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Aula 06 Leishmania sp.

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Leishmania sp. 
Glêzia Renata da Silva Lacerda 
 
Graduada em Biomedicina / ASCES 
Mestre em Biotecnologia Industrial/ UFPE 
Doutora em Ciências Biológicas/ UFPE 
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA 
• Compreende um grupo de protozoários unicelulares; 
• Classe: Zoomastigophorea 
• Ordem: Kinetoplastida 
• Família: Trypanosomatidae 
• Gênero: Leishmania 
• Subgênero: Viannia e Leishmania 
Classificação atual: segundo a localização dos promastigotas no intestino do vetor 
 Subgênero Viannia: desenvolvimento limitado ao intestino médio e anterior. Por 
exemplo: Leishmania (Viannia) braziliensis 
 Subgênero Leishmania: desenvolvimento nas regiões posterior, média e anterior. 
Por exemplo: Leishmania (Leishmania) amazonensis 
Classificação Taxonômica 
Agente etiológico 
Leishmaniose 
• Doença transmitida ao homem através de insetos flebotomíneos que inoculam 
através de picada, o parasito do gênero Leishmania; 
• Endêmica no México, maior parte da América central e todos os países da 
América do Sul, exceto Chile; 
• No Brasil, ocorre em todos os estados com maior incidência na região Norte; 
• Afetam o sistema fagocítico mononuclear; 
• Podem ser encontradas em formas diferentes: 
 
• Leishmaniose Tegumentar: 
• Leishmaniose cutânea 
• Leishmaniose cutaneomucosa 
• Leishmaniose cutâneo difusa 
 
• Leishmaniose visceral 
Leishmaniose 
• Leishmaniose Tegumentar Americana 
 
• Leishmaniose Cutânea - Produzem 
exclusivamente lesões cutâneas, 
ulcerosas ou não, porém limitadas. 
 
• Leishmaniose Cutaneomucosa - 
Aparecimento de lesões ulcerosas 
destrutivas das mucosas do nariz, boca e 
faringe. 
 
• Leishmaniose Cutânea Difusa - Formas 
disseminadas, não ulcerosas que 
aparecem tardiamente em pacientes 
tratados de calazar. 
Leishmaniose 
 
• Leishmaniose Visceral 
• Parasitos apresentam tropismo pelo 
sistema fagocítico mononuclear do baço, 
fígado, medula óssea e tecidos linfoides. 
 
Morfologia 
Amastigotas 
• Habitam o interior de células fagocitárias do 
hospedeiro vertebrado; 
• São pequenos, ovais, esféricos ou fusiformes; 
• Núcleo grande e arredondado, ocupando 1/3 do 
corpo do parasito; 
• Cinetoplasto em forma de bastão e próximo ao 
núcleo ; 
• Não possuem flagelo livre; 
• Bolsa flagelar – invaginação da membrana na 
região anterior do corpo do parasito que abriga o 
flagelo; 
• Reprodução por divisão binária. B, blefaroplasto; F, flagelo; G, 
aparelho de Golgi; K, cinetoplasto; 
M, mitocôndria; mt, microtúbulos; 
N, núcleo; 
Morfologia 
Amastigotas 
Morfologia 
Promastigotas 
• Encontradas no trato digestivo do hospedeiro 
invertebrado; 
• São alongadas e possuem um flagelo livre e 
longo; 
• Granulações citoplasmáticas e pequenos 
vacúolos; 
• Núcleo arredondado ou oval, situado no meio ou 
na porção anterior do corpo do parasito; 
• Cinetoplasto em forma de bastão e próximo ao 
núcleo. 
B, blefaroplasto; F, flagelo; G, 
aparelho de Golgi; RE, retículo 
endoplasmático; L, lisossomos; K, 
cinetoplasto; M, mitocôndria; mt, 
microtúbulos; N, núcleo; 
Morfologia 
Promastigotas 
Morfologia 
Paramastigotas 
• Encontradas no trato digestivo do hospedeiro 
invertebrado; 
 
• Pequenas, ovais ou arredondadas; 
 
• Pequeno flagelo livre; 
 
• Cinetoplasto na região mediana próximo ao 
núcleo; 
 
• Ficam aderidas pelo flagelo ao trato digestivo 
do hospedeiro invertebrado. 
Morfologia 
Amastigotas, Promastigotas e 
Paramastigotas 
AMASTIGOTA PROMASTIGOTA PARAMASTIGOTA 
Reprodução 
AMASTIGOTA PRESENTES 
NOS FAGOSSOMOS DE 
MACRÓFAGOS EM 
HUMANOS 
PROMASTIGOTA 
PRESENTES NO TRATO 
DIGESTIVO DO VETOR 
DIVISÃO BINÁRIA LONGITUDINAL 
Vetores 
Hospedeiros Invertebrados 
• Fêmeas de mosquitos da família 
Phlebotomidae e subfamília Phlebotominae, 
conhecidos como “flebotomíneos”; 
• Gênero: 
• Lutzomyia - Brasil 
• Phlebotomus - África, Europa e Ásia 
• Possuem atividade noturna 
• No Brasil são conhecidos como mosquito 
palha, cangalhinha, birigui, asa branca; 
• Medem 2 a 4 mm de comprimento. 
• Corpo coberto de pelos finos. 
 
 
 
 
Vetores 
Hospedeiros Invertebrados 
FÊMEA DO MOSQUITO INGURGITADA APÓS REPASTO SANGUÍNEO 
Vetores 
Hospedeiros Invertebrados 
• A digestão do sangue dura em torno de 72 horas em média, 
dependendo da espécie; 
 
• Após o sangue ser digerido e os ovos estarem amadurecidos, a 
grande maioria das fêmeas morrem após a postura dos ovos; 
 
• As poucas fêmeas sobreviventes necessitam realizar uma segunda 
alimentação sanguínea, para da mesma forma maturarem seus 
ovos: é neste momento que elas transmitem a leishmaniose, pois 
no ato da picada injetam as formas flageladas (os protozoários) 
na corrente sanguínea de sua vítima. 
Reservatórios e 
Hospedeiros Vertebrados 
• Incluem uma grande variedade de mamíferos: roedores, 
marsupiais (gambá), edentados ( tatu, tamanduá, preguiça), 
canídeos e primatas, incluindo humanos. 
Ciclo Biológico 
• A saliva do inseto apresenta substâncias quimiotáticas para 
monócito, neuropeptídeos vasodilatadores que facilitam a ingesta 
ao mesmo tempo que imunossuprimem a resposta do hospedeiro, 
impedindo a destruição dos parasitos. 
FÊMEA DOS 
FLEBOTOMÍNEOS 
INOCULAM 
PROMASTIGOTAS 
METACÍCLICAS 
DURANTE O REPASTO 
SANGUÍNEO 
INÍCIO DO CICLO 
Ciclo Biológico 
Heteroxeno 
ESTÁGIOS EM 
HUMANOS 
ESTÁGIOS EM 
FLEBOTOMÍNEOS 
Ciclo Biológico 
Hospedeiro Vertebrado 
• Internalização das formas promastigotas metacíclicas através de 
fagocitose na superfície do macrófago: 4 a 8 horas; 
 
• Diferenciação das formas promastigotas em amastigotas dentro do 
vacúolo fagocitário: 24 horas; 
 
• Reprodução por divisão binária das formas amastigotas dentro do 
vacúolo parasitóforo presente nos macrófagos; 
 
• Morte celular com rompimento do macrófago e liberação das formas 
amastigotas; 
 
• Resposta inflamatória e invasão de novos macrófagos. 
 
 https://www.youtube.com/watch?v=COK2zBcitCE 
Ciclo Biológico 
Hospedeiro Invertebrado 
• Um novo ciclo inicia através da picada do flebotomíneo, durante o repasto 
sanguíneo, e ingestão de células parasitadas com as formas amastigotas 
presentes no sangue ou na linfa do vertebrado infectado; 
 
• Formação de uma membrana que envolve o alimento no intestino médio do 
inseto, conhecida como matriz peritrófica; 
• Ruptura da matriz peritrófica pela ação de proteases e liberação do parasito que adere as 
microvilosidades intestinais do inseto através do flagelo; 
 
• Após 18 a 24 horas, ocorre transformação das formas amastigotas em 
flagelados pequenos, ovoides e pouco móveis; 
 
• Após 3 a 4 dias, ocorre multiplicação intensa por divisão binária e 
transformação em formas promastigotas delgadas e longas  procíclicas 
Ciclo Biológico 
Hospedeiro Invertebrado 
• 8.No estômago do inseto, macrófago se rompe 
liberando amastigotas. Transformação dos 
amastigotas em promastigotas, que se dividem 
por divisão binária; 
 
• 9.Promastigotas migram para o intestino e 
colonizam as regiões do piloro e íleo, 
transformando-se em paramastigota (subgênero 
Viannia); 
 
• 10.Paramastigotas se aderem ao epitélio e se 
reproduzem. Transformação em promastigota e 
migração para o estômago, e em seguida para a 
faringe do inseto (promastigotas metacíclicas). 
Leishmaniose 
Tegumentar Americana 
Leishmaniose Tegumentar 
Americana 
• Zoonose que acomete humanos e diversas espécies de animais 
silvestres e domésticos, podendo apresentar diversas formas 
clínicas;• Doença que causa lesões na pele e nas mucosas, além de 
deformidade facial; 
• Conhecida como botão-do-oriente ou úlcera de Bauru. 
ANUALMENTE, SÃO ESTIMADOS 2 MILHÕES DE CASOS NO MUNDO. 
MAS, APENAS 600 MIL SÃO OFICIALMENTE DECLARADOS. 
SOMENTE 32 DOS 88 PAÍSES ONDE EXISTE PREVALÊNCIA DE 
LEISHMANIOSES, POSSUEM NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA! 
Leishmaniose Tegumentar Americana 
Agente etiológico 
• Espécies que provocam Leishmaniose Tegumentar em humanos, 
no Brasil 
 
• Leishmania (Viannia) braziliensis*; 
• Leishmania (Viannia) guyanensis*; 
• Leishmania (Viannia) lainsoni; 
• Leishmania (Viannia) shawi; 
• Leishmania (Viannia) naiffi; 
• Leishmania (Leishmania) amazonenses*. 
Leishmaniose Tegumentar Americana 
Patogenia 
SALIVA POSSUI 
SUBSTÂNCIAS 
QUE ATRAEM 
CÉLULAS 
FAGOCITÁRIAS 
SOMENTE MACRÓFAGOS 
FIXOS (HISTIÓCITOS) 
CONSEGUEM ESTABELER A 
INFECÇÃO 
PROMASTIGOTAS 
TRANSFORMAM-SE EM 
AMASTIGOTAS QUE 
MULTIPLICAM-SE POR 
DIVISÃO BINÁRIA 
MAIS MACRÓFAGOS SÃO 
ATRAÍDOS E A LESÃO INICIAL 
CARACTERIZA-SE POR UM 
INFILTRADO INFLAMATÓRIO 
FORMAS 
PROMASTIGOTAS SÃO 
INOCULADAS NA DERME 
INÍCIO 
Patogenia 
Evolução das lesões ulceradas na LTA 
Histiocitoma 
L
e
s
õ
e
s
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o
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 b
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rd
a
s
 a
lt
a
s
 
PODEM REGREDIR 
ESPONTANEAMENTE, 
PERMANECER 
ESTACIONÁRIA OU 
EVOLUIR PARA UM 
NÓDULO DÉRMICO 
Formas clínicas 
Leishmaniose Cutânea 
• Formação de úlceras únicas ou múltiplas confinadas na derme, 
com a epiderme ulcerada; 
 
• Alta densidade de parasitos nas bordas das úlceras nas fases 
iniciais da infecção; 
 
• Infecções crônicas apresentam escassez de parasitos nas úlceras. 
 
Formas clínicas 
Leishmaniose Cutânea 
• Leishmania (Viannia) braziliensis 
• Lesões são conhecidas por úlcera de Bauru; 
• Responsável pela forma cutânea mais destrutiva, com úlceras em forma de 
cratera; 
• Ampla distribuição geográfica; 
• Leishmaniose Localizada. 
Formas clínicas 
Leishmaniose Cutânea 
• Leishmania (Viannia) guyanensis 
• Lesões são conhecidas por pian bois; 
• Úlcera única do tipo “cratera de lua” e frequentemente dissemina-se pelo 
corpo, através do sistema linfático; 
• Inicialmente, são nódulos móveis (forma nodular não-ulcerada) que mais 
tarde aderem à pele e ulceram (forma nodular-ulcerada); 
• Leishmaniose disseminada. 
 
 
Formas clínicas 
Leishmaniose Cutânea 
• Leishmania (Leishmania) amazonensis 
• Lesões ulcerosas simples e limitadas, contendo muitos parasitos nas bordas 
das lesões; 
• Vetores de hábitos noturnas; 
• Rara no homem. 
Formas clínicas 
Leishmaniose Cutaneomucosa 
• Conhecida por espúndia ou nariz de anta; 
 
• Agente etiológico: 
• Leishmania (Viannia) braziliensis 
 
• Produz meses ou anos após a lesão primária, 
lesões degenerativas secundárias envolvendo 
mucosas e cartilagens; 
 
• Processo lento de curso crônico; 
 
• Propagação via hematogênica; 
 
• Formação de nódulos circunscritos e ulceração 
na porção cartilaginosa. 
 
Formas clínicas 
Leishmaniose Cutaneomucosa 
• Destruição das cartilagens e ossos, especialmente do nariz e região 
palatina. 
 
• Inicia-se com um discreto infiltrado inflamatório no septo nasal, 
resultando em coriza constante e posterior processo ulcerativo; 
 
• O processo estende-se à faringe e laringe com perturbação da fonação 
e alimentação; 
 
• O processo ulcerativo pode se estender pelos lábios e se propagar pela 
face; 
 
• Cicatrizes de lesões antigas podem gerar metástases anos após o 
tratamento, devido à presença de parasitos. 
 
Formas clínicas 
Leishmaniose Cutaneomucosa 
 
Formas clínicas 
Leishmaniose Cutâneo Difusa 
• Caracteriza-se por lesões difusas não ulceradas por toda a pele, 
contendo grande número de amastigotas; 
• Também chamada de forma lepromatosa; 
• Agente etiológico: 
• Leishmania (Leishmania) pifanoi 
• Leishmania (Leishmania) amazonenses  Brasil 
• Metástases através de vasos linfáticos e sangue e migração de 
macrófagos parasitados de um sítio para outro; 
• Associada a uma deficiência do sistema imunológico do paciente; 
• Doença de curso crônico e para toda vida; 
• Sem resposta a tratamentos convencionais. 
 
 
Formas clínicas 
Leishmaniose Cutâneo Difusa 
Leishmaniose Tegumentar Americana 
Diagnóstico – Clínico 
• Forma cutânea 
• Formas ulceradas, normalmente localizadas em áreas expostas da pele, 
com formato arredondado ou ovalado; 
• Base eritematosa e de consistência firme; 
• Bordas bem delimitadas e elevadas; 
• Lesões formam placas de tamanhos variados com limites nítidos em contato 
com a pele sã; 
• Necessidade de diagnóstico diferencial para outras patologias como úlcera 
tropical, hanseníase, tuberculose cutânea, etc 
Leishmaniose Tegumentar Americana 
Diagnóstico – Parasitológico 
• Exame direto da borda da lesão em esfregaços corados  
fragmento retirado a partir de biópsia ou escarificação nas bordas 
da lesão. 
• Exame histopatológico  fragmento obtido a partir de biópsia. 
• Cultura  fragmentos de tecido ou aspirado das bordas das 
lesões ou de linfonodos próximos. 
O exame parasitológico é feito através da pesquisa do parasito em 
materiais obtidos das lesões existentes 
Leishmaniose Tegumentar Americana 
Diagnóstico – Imunológico 
• Métodos para avaliação da resposta celular 
• Teste intradérmico ou Intradermorreação de Montenegro 
 
• Baseada na visualização da resposta de hipersensibilidade celular 
retardada do paciente; 
 
• Utilização de antígeno promastigota de Leishmania braziliensis mortas; 
• Injeta-se 0,1 a 0,2mL do antígeno por via intradérmica na face interna 
do braço; 
 
• A leitura é realizada no 3º dia; 
 
• Positividade indicada pelo aparecimento de pápula eritematosa igual ou 
maior que 5 milímetros. 
Leishmaniose Tegumentar Americana 
Diagnóstico – Imunológico 
Leishmaniose Tegumentar Americana 
Profilaxia 
• Difícil controle nas áreas florestais do Brasil; 
• Uso, em larga escala, de inseticidas e dedetização em 
florestas é inviável devido ao custo e aos problemas 
ambientais que pode desencadear. 
• Uso de inseticidas de ação residual em 
ambientes domiciliares que apresentem novos 
casos; 
• Construção de casas a uma distância mínima 
de 500m da mata; 
• Utilização de repelentes e mosquiteiros; 
• Controle do lixo orgânico, através da limpeza 
de quintais e terrenos, possíveis criadouros. 
 
 
 
LEISHMANIOSE VISCERAL 
AMERICANA 
Leishmaniose Visceral Americana 
• Doença infecciosa sistêmica, de evolução crônica, caracterizada 
por febre irregular de intensidade média e de longa duração, 
esplenomegalia, hepatomegalia, anemia, leucopenia e 
trombocitopenia; 
• Emagrecimento, edema e estado de debilidade progressiva 
contribuem para a caquexia e óbito; 
• Conhecida como calazar. 
ANUALMENTE, SÃO ESTIMADOS 500 MIL NOVOS CASOS NO MUNDO. 
NO BRASIL, O MINISTÉRIO DA SAÚDE RELATA CERCA DE 3.500 CASOS 
NOVOS POR ANO, SENDO QUE MAIS DE 50% OCORREM EM CRIANÇAS 
MENORES DE 10 ANOS. 
Leishmaniose Visceral Americana 
Agente etiológico 
• Espécies que provocam Leishmaniose Visceral em humanos: 
 
• Leishmania (Leishmania) chagasi  Brasil 
• Leishmania (Leishmania) donovani 
• Leishmania (Leishmania) infantum 
Leishmaniose Visceral Americana 
Transmissão 
• Através da picada de fêmeas de Lutzomyia longipalpis 
infectadas; 
 
• Compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas, durante 
o uso de drogas injetáveis; 
 
• Transfusão sanguínea; 
 
• Transmissão congênita e acidentesde laboratório são raros e não 
representam relevância epidemiológica. 
Leishmaniose Visceral Americana 
Patogenia 
SALIVA POSSUI 
SUBSTÂNCIAS 
QUE ATRAEM 
CÉLULAS 
FAGOCITÁRIAS 
PODE-SE DESENVOLVER 
UMA LESÃO NODULAR 
LOCAL CHAMADA DE 
LEISHMANIOMA 
A PARTIR DA PELE, OS 
PARASITAS MIGRAM 
PARA LINFONODOS E, EM 
SEGUIDA, PARA AS 
VÍSCERAS 
NAS VÍSCERAS, OCORRE UMA 
INFILTRAÇÃO DE MACRÓFAGOS 
NÃO-PARASITADOS, ALÉM DE 
LINFÓCITOS E OUTRAS CÉLULAS 
FORMAS 
PROMASTIGOTAS SÃO 
INOCULADAS NA DERME 
INÍCIO 
Leishmaniose Visceral Americana 
Patogenia 
• Parasitismo em macrófagos do baço, medula óssea, gânglios 
linfáticos e fígado; 
 
• Os monócitos podem transportar os parasitos para todos os pontos 
do organismo; 
 
• No curso da infecção, outros órgãos podem ser parasitados, tais 
como pulmão, rins, intestinos e pele; 
 
• Hiperplasia dos macrófagos no baço e no fígado, causando 
esplenomegalia e hepatomegalia, achados mais importantes da 
doença. 
Leishmaniose Visceral Americana 
Sintomatologia 
Sinais e Sintomas % 
Esplenomegalia 99 
Febre 95 
Hepatomegalia 90 
Palidez 85 
Anemia 98 
Perda de peso 90 
Dor abdominal 50 
Tosse 40 
Edema 40 
Aumento dos linfonodos 35 
Anorexia 30 
Epistaxe 30 
Diarreia 15 
Formas clínicas 
Assintomática 
• Febre baixa recorrente; 
• Tosse seca; 
• Diarreia; 
• Sudorese; 
• Prostração. 
 
PODE APRESENTAR CURA ESPONTÂNEA OU MANTER O PARASITO SEM 
NENHUMA EVOLUÇÃO CLÍNICA POR TODA A VIDA. 
Formas clínicas 
Aguda 
• Fase inicial da doença; 
• Observa-se febre alta, palidez de mucosas e hepatoesplenomegalia 
discreta; 
• Algumas vezes, apresenta tosse e diarreia. 
Formas clínicas 
Sintomática Crônica ou Calazar 
• Forma de evolução prolongada; 
 
• Caracterizada por febre irregular, associada 
ao contínuo agravamento dos sintomas; 
 
• Emagrecimento progressivo, conduzindo a 
uma desnutrição proteico-calórica, caquexia 
acentuada; 
 
• Hepatoesplenomegalia associada à ascite 
determinam o aumento do abdome; 
 
• Edema generalizado, dores musculares, 
perturbações digestivas, epistaxes e retardo 
da puberdade. 
Formas clínicas 
Sintomática Crônica ou Calazar 
Leishmaniose Visceral Americana 
Diagnóstico – Parasitológico 
• Exame direto da borda da lesão em esfregaços corados  
fragmento retirado a partir de biópsia ou aspirado de órgãos. 
• Exame histopatológico  fragmento obtido a partir de biópsia. 
• Cultura  fragmentos de tecido ou aspirado de órgãos. 
O exame parasitológico é feito através da pesquisa do parasito em 
materiais obtidos de aspirado da medula óssea, baço, fígado e 
linfonodos 
A PUNÇÃO DE MEDULA ÓSSEA É A TÉCNICA MAIS SIMPLES E QUE REPRESENTA 
MENOS RISCO PARA O PACIENTE 
Tratamento Leishmaniose 
Cutânea 
• Antimoniais Pentavalentes; 
 
• Pentamidinas; 
 
• Anfotericina B. 
Leishmaniose Visceral Americana 
Epidemiologia 
CICLO SILVESTRE 
CICLO PERIDOMICILIAR 
CICLO DOMICILIAR 
 A leishmaniose visceral é uma doença própria de 
zonas rurais, mas pode ser adquirida em lugares que 
as condições ambientais facilitem o 
desenvolvimento do vetor; 
No Brasil, ocorre mais de 90% dos casos relatados na 
América Latina, especialmente na Região Nordeste. 
Leishmaniose Visceral Americana 
Profilaxia 
• Estudo da fauna flebotômica na região; 
 
• Estudos de reservatórios silvestres da região; 
 
• Combate às formas adultas do inseto vetor, 
através do uso de inseticidas de ação residual 
nas áreas intra, peridomiciliar e em anexos das 
residências; 
 
• Tratamento dos doentes; 
 
• Vacinação dos cães; 
 
• Utilização de coleiras impregnadas com 
inseticidas.

Outros materiais