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Aula 11 Taenia solium e Taenia saginata

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Taenia solium e Taenia 
saginata 
Glêzia Renata da Silva Lacerda 
 
Graduada em Biomedicina / ASCES 
Mestre em Biotecnologia Industrial/ UFPE 
Doutoranda em Ciências Biológicas/ UFPE 
A classe Cestoda 
 Compreende parasitos hermafroditas, de 
tamanhos variados, encontrados em animais 
vertebrados; 
 Apresentam o corpo achatado, em forma de 
fita, com órgãos de adesão na extremidade 
anterior e não possuem sistemas digestório e 
circulatório; 
 Sistema reprodutor bem desenvolvido  
hermafroditas; 
 Os cestoides mais frequentes que parasitam 
humanos pertencem à família Taenidae: 
Taenia solium e Taenia saginata. 
A classe Cestoda 
Taenia sp. não 
apresenta sistema 
digestivo. A absorção 
de nutrientes e a 
excreção de resíduos 
metabólicos é 
realizada pelo 
tegumento, através 
de difusão 
Aumentam a área de contato 
Taenia solium e Taenia 
saginata 
 Popularmente conhecidas como “solitárias”; 
 Responsáveis por um conjunto de alterações patológicas causadas pelas 
formas adultas e larvares nos hospedeiros  COMPLEXO TENÍASE-CISTICERCOSE; 
 Grave problema de saúde pública em países com precárias condições 
sanitárias, socioeconômicas e culturais. 
TENÍASE 
ALTERAÇÃO PROVOCADA PELA FORMA ADULTA DA T. 
solium OU T. saginata NO INTESTINO DELGADO DO 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO 
CISTICERCOSE 
ALTERAÇÃO PROVOCADA PELA LARVA DE T. solium OU 
T. saginata NOS TECIDOS DE HOSPEDEIROS 
INTERMEDIÁRIOS 
T. solium e T. saginata 
Morfologia – Vermes adultos 
 Cor branca leitosa; 
 Extremidade anterior bastante afilada; 
 Corpo achatado, dividido em: 
 Escólex ou cabeça: pequena dilatação na 
extremidade anterior, funcionando como órgão de 
fixação; 
 Colo ou pescoço: porção mais delgada, onde as 
células estão em intensa multiplicação (zona de 
formação das proglotes); 
 Estróbilo ou corpo: observa-se a diferenciação 
tecidual, com o reconhecimento dos órgãos internos 
e segmentação do estróbilo 
T. solium e T. saginata 
 
Principais diferenças entre T. solium e T. saginata 
T. solium T. saginata 
Escólex 
 Globoso 
 Presença de rostro ou rostelo 
 Dupla fileira de acúleos 
 Quadrandular 
 Sem rostro ou rostelo 
 Sem acúleos 
Proglotes 
 Ramificações uterinas pouco 
numerosas 
 Saem passivamente com as 
fezes (3 a 6 anéis unidos) 
 Ramificações uterinas 
muito numerosas 
 Saem ativamente no 
intervalo das defecações, 
separadamente 
Cisticerco  Apresenta acúleos  Não apresenta acúleos 
Capacidade de gerar uma 
cisticercose humana 
 Sim  Não 
Ovos  Indistinguíveis  Indistinguíveis 
Comprimento 
 800 a 1000 proglotes 
 2 a 4 metros 
 Mais de 1000 proglotes 
 8 s 12 metros 
T. solium e T. saginata 
Morfologia – Vermes adultos 
 
T. solium e T. saginata 
Morfologia – Vermes adultos 
 Cada proglote é um organismo independente; 
 Existem órgãos masculinos e femininos na mesma 
proglote; 
 São divididas em proglotes jovens, maduras e 
grávidas. 
 
T. solium e T. saginata 
Morfologia – Vermes adultos 
 Proglotes jovens: 
 Mais curtas do que largas 
 Início do desenvolvimento dos órgãos genitais 
masculinos e femininos 
 Proglotes maduras: 
 Órgãos reprodutores completos e aptos para fecundação 
 Proglotes grávidas: 
 Mais distantes do escólex 
 Mais compridas do que largas 
 Órgãos reprodutores sofrem involução 
 Útero ramifica-se ficando repleto de ovos 
 
 
MADURA 
b: Útero 
c: Testículos 
g: Vagina 
h: Ovário 
GRÁVIDA 
Ramificações 
uterinas 
repletas de 
ovos 
T. solium e T. saginata 
Morfologia – Vermes adultos 
Proglotes grávidas de T. solium  Quadrangular e útero com 12 pares de ramificações 
Proglotes grávidas de T. saginata  Retangular e útero com no máximo 26 ramificações 
12 ramos dendríticos Até 26 ramos dicotômicos 
Taenia solium Taenia saginata 
T. solium e T. saginata 
Morfologia – Vermes adultos 
Proglotes grávidas de Taenia solium  80 mil ovos/proglote 
Proglotes grávidas de Taenia saginata  160 mil ovos/proglote 
Cada cápsula ovígera possui um ou mais ovos 
T. solium e T. saginata 
Morfologia – Ovos 
 Esféricos; 
 Morfologicamente indistinguíveis; 
 Medem cerca de 30 µm de diâmetro; 
 Revestidos por uma casca protetora, o 
embrióforo, que confere resistência no 
ambiente; 
 Internamente, encontra-se o embrião 
hexacanto ou oncosfera, com dupla 
membrana e 3 pares de acúleos. 
T. solium e T. saginata 
Morfologia – Cisticerco 
Vesícula translúcida replete de líquido 
transparente, apresentando no interior o escólex 
com quarto ventosas, rostelo (T. solium) e colo; 
Cisticerco de T. saginata não apresenta rostelo; 
Quando ingerido pelo hospedeiro definitivo 
(homem), ocorre a desenvaginação do escólex 
no intestino delgado; 
No SNC humano, pode se manter viável durante 
anos, sofrendo modificações até completa 
calcificação da larva. 
T. solium e T. saginata 
Morfologia – Cisticerco 
NO INTERIOR EXISTE O RECEPTACULUM CAPITIS (INVAGINAÇÃO 
MEMBRANA) – CONTÉM O ESCÓLEX INVAGINANDO A FUTURA TÊNIA 
T. solium e T. saginata 
Biologia 
NA FASE ADULTA OU REPRODUTIVA, T. solium e T. saginata vivem no 
intestine delgado humano; 
 
CISTICERCO DE T. SOLIUM é encontrado em tecido subcutâneo, muscular, 
cardíaco, cerebral e ocular de suínos e acidentalmente em humanos e cães; 
 
CISTICERCO DE T. SAGINATA é encontrado no tecido de bovinos. 
Ciclo Biológico 
Parasito Heteroxeno 
1  Proglotes grávidas repletas de ovos são eliminadas para o 
exterior e rompem-se através da contração muscular ou 
degeneração de membrana; 
2  Hospedeiros intermediários (suínos ou bovinos) ingerem 
ovos através de água ou alimentos contaminados; 
3  No intestino desses hospedeiros, as oncosferas sofrem 
ação dos sais biliares, sendo liberadas dos ovos; 
Penetração das oncosferas nas vilosidades intestinais com 
auxílio dos acúleos; 
Após alguns dias, penetram nos vasos sanguíneos, sendo 
transportadas a vários tecidos; 
Oncosferas transformam-se em cisticercos  preferência por 
tecidos com alta oxigenação; 
4  Homem ingere carne de porco ou boi crua ou mal cozida; 
5 e 6  Cisticerco evagina-se e fixa-se por meio de escólex na 
mucosa intestinal, transformando-se em tênia adulta. 
 
Transmissão 
Teníase 
 Ingestão de carne suína ou bovina , crua ou mal cozida, infectada, 
respectivamente, pelo cisticerco de cada espécie de Taenia. 
Transmissão 
Cisticercose 
 Ingestão acidental de ovos viáveis de T. solium que foram eliminados nas 
fezes de indivíduos portadores de teníase; 
Os possíveis mecanismos são: 
 Autoinfecção externa  ingestão de ovos ou proglotes de sua própria T. 
solium (falta de higiene  mãos contaminadas ou coprofagia); 
 Autoinfecção interna  proglotes grávidas retornam para o estômago através 
de vômitos ou movimentos retroperistálticos do intestino. O suco gástrico libera 
oncosferas que voltam ao intestino delgado; 
 Heteroinfecção  ingestão de alimentos ou água contaminados com ovos de 
T. solium disseminados no ambiente em fezes de outro indivíduo. 
 
 
Patogenia 
Teníase 
 Fatores Patogênicos: 
 Cepa do Parasito 
 Carga Parasitária Adquirida (pode 
ser observado pessoas infectadas 
com mais de uma tênia) 
 Idade 
 Estado Nutricional 
 Resposta Imunológica do Indivíduo 
A RELAÇÃO DE PARASITISMO LEVA À TONTURAS, NÁUSEAS, VÔMITOS, APETITE 
EXCESSIVO, ALARGAMENTO E DORES ABDOMINAIS E PERDA DE PESO. 
Pode causar 
Fenômenos tóxicos 
alérgicos 
Hemorragias 
Destruição doepitélio e inflamação 
Patogenia 
Cisticercose 
 Homem é o hospedeiro intermediário acidental; 
 Cisticercos podem se alojar nos tecidos subcutâneo ou muscular, base da 
lingua, glândulas mamárias, globo ocular e sistema nervoso central; 
 
Ação mecânica: deslocamento e compressão tecidual  dor, fadiga e 
cãimbras (cisticercose muscular e subcutânea); palpitações e ruídos 
(cisticercose cardíaca); descolamento e perfuração da retina (cisticercose 
ocular); 
Ação inflamatória: infiltrado de células inflamatórias como macrófagos, 
linfócitos e eosinófilos. 
 
Patogenia 
Cisticercose 
 Processo inflamatório; 
 Perda parcial ou total da visão; 
 Exame de fundo de olho: 
cisticercos desenvaginado no 
interior do humor vítreo. 
Patogenia 
Neurocisticercose 
 Processo inflamatório inicia após a instalação da larva e acentua-se após a 
morte da mesma; 
 Cisticerco: 
 Absorvido; 
 Calcificado (15%), permanecendo por anos. 
 
 Cefaleia intensa, hipertensão intracraniana, crises convulsivas epilépticas, 
pertubações mentais, paralisias, obstrução da passagem de líquido 
cefalorraquidiano com consequente hidrocefalia. 
 
 
Patogenia 
Neurocisticercose 
 
Diagnóstico – Teníase 
Parasitológico 
 Parasitológico de fezes: 
 Métodos rotineiros 
 Método da fita adesiva ou método de Graham 
PESQUISA DE PROGLOTES E, MAIS RARAMENTE, DE OVOS DO 
PARASITO NAS FEZES DO HOSPEDEIRO 
MICROSCOPICAMENTE, OS OVOS DAS DUAS ESPÉCIES DE TÊNIAS SÃO 
IGUAIS, PORTANTO PARA FAZER O DIAGNÓSTICO ESPECÍFICO, HÁ 
NECESSIDADE DE REALIZAR A TAMIZAÇÃO (FILTRAR AS FEZES) PARA 
RECOLHIMENTO DAS PROGLOTES E IDENTIFICAÇÃO PELA MORFOLOGIA DAS 
RAMIFICAÇÕES UTERINAS 
Diagnóstico – Teníase 
Parasitológico 
MÉTODO DE GRAHAM 
Diagnóstico – Cisticercose 
 Imunológico: pesquisa de anticorpos anticisticercos no soro, LCR e humor 
aquoso; 
 Fixação do complemento / ELISA / Imunoeletroforese; 
 Ultrassonografia, Tomografia, Ressonância Magnética e Radiografia. 
Profilaxia 
 Não comer carnes, linguiças e outros produtos feitos com carnes malpassados; 
 Consumir, apenas, carnes ou produtos que tenham sido liberados pela inspeção sanitária; 
 Ter hábitos higiênicos; 
 Construir privadas ou instalações sanitárias com fossa séptica; 
 Impedir o acesso de suínos e bovinos às fezes humanas; 
 Inspecionar rigorosamente as carnes e fiscalizar os matadouros. 
Tratamento 
 Teníase: 
 Praziquantel 
 Niclosamida  Imobilização da tênia e 
eliminação nas fezes. 
Cisticercose: 
o Neurocisticercose 
 Cirurgia 
 Praziquantel / Albendazol + Corticosteroides + Anticonvulsivantes 
o Ocular 
 Cirurgia.

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