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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HEPATITES VIRAIS TIPOS B E C NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, 2003 - 2013 AQUIDAUANA, MS 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL 
 
CAMPUS DE AQUIDAUANA 
 
CURSO DE GEOGRAFIA - LICENCIATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HEPATITES VIRAIS TIPOS B E C NO 
ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, 2003 - 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AQUIDAUANA, MS 
 
2017 
 
 
 
DOUGLAS ORTIZ PAIXÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HEPATITES VIRAIS B E C NO ESTADO DE 
 
MATO GROSSO DO SUL, 2003 – 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao 
Curso de Geografia da Universidade Federal 
de Mato Grosso do Sul como requisito para 
obtenção do título de Licenciado em Geografia 
sob a orientação da Profa. Dra. Eva Teixeira 
dos Santos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AQUIDAUANA, MS 
 
2017 
 
 
 
PAIXÃO, Douglas Ortiz. Perfil Epidemiológico de Hepatites Virais dos tipos B E C no 
Estado de Mato Grosso do Sul, 2003 - 2013. Monografia [Curso Licenciatura em 
Geografia]. Aquidauana-MS: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul UFMS/CPAQ), 
2017. 
 
. 
 
 
 
 
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HEPATITES VIRAIS B E C NO ESTADO DE 
 
MATO GROSSO DO SUL, 2003 - 2013 
 
 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do grau Licenciado 
em Geografia e aprovado em sua forma final pelo Curso de Graduação em Licenciatura em 
Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Câmpus de Aquidauana 
 
 
Aquidauana-MS ____/____/2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
________________________________ 
 
Orientador: Profa. Dra. Eva Teixeira dos 
Santos (UFMS) 
 
 
______________________________ 
 
Profa. Mestre Lenita da Silva Vieira 
Ximenes (UFMS) 
 
 
____________________________ 
 
Prof. Mestre Alfredo Aguirre da 
Paixão (IFMS) 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
Agradeço a Deus, fonte de sabedoria. Meus pais, pelos ensinamentos que me guiam na 
vida. Minha esposa, pelo apoio pleno para que eu retomasse os estudos. Meus professores, pelo 
auxilio constante, paciência e confiança. Minha orientadora, por nortear a linha de pesquisa, 
incentivar a reflexão, a curiosidade e o respeito pela Geografia da Saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No dia em que um professor deixar de provocar a mente dos 
seus alunos e não mais conseguir estimula-los a pensar 
criticamente, estará pronto para ser substituído por um 
computador. 
(Augusto Cury) 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Esse trabalho apresenta o perfil epidemiológico das Hepatites virais B e C no estado de Mato 
Grosso do Sul. Teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico das Hepatites virais B e C 
no Estado de Mato Grosso do Sul no período de 2003 a 2013, a fim de contribuir para a 
compreensão da situação das hepatites no estado de Mato Grosso do Sul durante os últimos 
dez anos (2003 a 2013), bem como para a sensibilização sobre as formas de contaminação. A 
escolha do tema se justifica por compreender que as hepatites são doenças silenciosas, com 
sintomas assintomáticos, apresentam probabilidades de complicações das formas agudas, 
principalmente a hepatite C, considerada a mais perigosa e não tem vacina para esse tipo de 
hepatite. A hepatite B, mesmo tendo vacina, continua sendo motivo de preocupação para a 
saúde pública. A metodologia adotada é análise quantitativa, por meio de levantamento 
bibliográfico em referenciais teóricos que tratam do tema hepatites virais B e C, geografia da 
saúde e especialmente os relatórios de situações referentes Hepatites Virais do Sistema de 
Informação de Agravos Notificação (SINAN) de Mato Grosso do Sul, disponibilizados no 
banco de dados do Ministério da Saúde/ Serviços de Vigilância Sanitária em formato digital. 
Pelos dados coletados as hepatites virais B e C ainda estão presentes com relevância no 
Estado. A distribuição dos casos de hepatite B comparada a distribuição da Hepatite C, 
segundo faixa etária, a maioria dos casos de Hepatite B se concentra mas em indivíduos na 
faixa etária entre 20 a 39 anos e menos na faixa de 40 a 59 anos, enquanto a Hepatite C se 
concentra mais em indivíduos na faixa etária de 40 a 59 anos e menos na faixa etária de 20 a 
39 anos. Os dados de contaminação da hepatite B e C por sexo observa-se que as mulheres 
são mais infectadas pela Hepatite B, enquanto os homens são mais infectados pela Hepatite C. 
Conclui-se que as campanhas de sensibilização realizadas para população são importantes 
mecanismos para a diminuição dos casos de contaminação. Neste contexto a Geografia da 
Saúde é uma área que pode contribuir com estudos dessa natureza para auxiliar nos trabalhos 
de prevenção da doença. 
 
 
 
 
 
 
Palavras-chave: Geografia da Saúde. Hepatites virais B e C. 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
This study presents the epidemiological profile of viral hepatitis B and C in the state of Mato 
Grosso do Sul. The objective of this study was to analyze the epidemiological profile of viral 
hepatitis B and C in the State of Mato Grosso do Sul from 2003 to 2013, in order to 
Contribute to the understanding of the situation of hepatitis in the state of Mato Grosso do Sul 
during the last ten years (2003 to 2013), as well as to the sensitization on the forms of 
contamination. The choice of the subject is justified by the understanding that hepatitis is a 
silent disease, with asymptomatic symptoms, and is likely to be a complication of acute 
forms, especially hepatitis C, considered to be the most dangerous and does not have a 
vaccine for this type of hepatitis. Hepatitis B, even having a vaccine, remains a concern for 
public health. The methodology adopted is a quantitative analysis, by means of a 
bibliographical survey in theoretical references that deal with the topic of viral hepatitis B and 
C, health geography and especially the reports of situations related to Viral Hepatitis of the 
Information System of Aggravated Diseases Notification (SINAN) of Mato Grosso Of the 
South, available in the database of the Ministry of Health / Sanitary Surveillance Services in 
digital format. From the data collected viral hepatitis B and C are still present with relevance 
in the State. The distribution of cases of hepatitis B compared to the distribution of Hepatitis 
C according to age group, the majority of cases of Hepatitis B is concentrated but in 
individuals between the ages of 20 and 39 years and less in the range of 40 to 59 years, while 
the Hepatitis C is most concentrated in individuals between the ages of 40 and 59 years and 
less in the age group of 20 to 39 years. The data on hepatitis B and C contamination by sex 
show that women are more infected with Hepatitis B, whereas men are more infected with 
Hepatitis C. It is concluded that awareness campaigns carried out for the population are 
important mechanisms for the Of contamination. In this context the Geography of Health is an 
area that can contribute with studies of this nature to help in the works of prevention of the 
disease.. 
 
Key-words: Health Geography. Viral hepatitis B and C. 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 
Figura 01 Hepatite B - por faixa etária Mato Grosso do Sul 2003-2013 21 
Figura 02 Hepatite B - por sexo - Mato Grosso do Sul 2003-2013 22 
Figura 03 Hepatite C - por faixa etária - Mato Grosso do Sul 2003-2013 23 
Figura 04 HepatiteC - pro sexo Mato Grosso do Sul 2003-2013 23 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 01 Incidência de Hepatite B região Centro Oestes 2003 - 2013 20 
Tabela 02 Incidência da Hepatite C região Centro Oeste 2003 - 2013 20 
 
 
 
 
 
 
 
SIGLAS E ABREVIATURAS 
 
HBV Vírus Hepatite B 
HVC Vírus Hepatite C 
SINAN Sistema de Informações de Agravos Notificação 
SUS Sistema Único de Saúde 
SVS Sistema de Vigilância em Saúde 
VHB Vírus Hepatite B 
VHC Vírus Hepatite C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 11 
1.1 Objetivo geral: ................................................................................................................ 12 
1.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 12 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................. 13 
2.1 Da Geografia Médica à Geografia da Saúde .................................................................. 13 
2.2 Espaço Geográfico .......................................................................................................... 14 
2.3 Saúde e doença, conceitos vitais..................................................................................... 15 
2.4 Hepatites Virais .............................................................................................................. 16 
2.4.2 Hepatite C .................................................................................................................... 19 
2.5 Hepatites B e C em Mato Grosso do Sul, Relatório de Situação.................................... 20 
 
3 METODOLOGIA .................................................................................................................. 22 
 
4 RESULTADOS ..................................................................................................................... 23 
4.1 Incidências das Hepatites B e C no Estado de Mato Grosso do Sul ............................... 23 
4.2 Hepatites B, por faixa etária e sexo ................................................................................ 24 
4.3 Hepatite C, por faixa etária e sexo .................................................................................. 25 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 28 
REFERENCIAS ....................................................................................................................... 29
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
As hepatites virais constituem um grave problema de saúde pública pela quantidade 
de notificações das doenças, competem como doenças crônicas. Os agentes etiológicos que 
causam hepatites virais são designados por letras do alfabeto (A, B, C, D e vírus E). As 
causadas pelos Vírus da Hepatite B (VHB o HBV) e da Hepatite C (VHC ou HCV), de 
distribuição universal, tem em comum a lesão das células hepáticas. Do ponto de vista clinico 
possuem semelhanças, mas, quanto as suas evoluções, são diferentes. 
 
Para ambas as hepatites existem tratamento quando detectada a tempo de evitar a 
destruição do fígado e o desenvolvimento de câncer e cirrose. No Brasil, por muito tempo os 
Estados adotaram terapia diferenciadas com o uso de medicamentos independente da 
recomendação do Ministério da Saúde. Com a instituição do Protocolo clinico e diretrizes 
terapêuticas para o tratamento da hepatite e coinfecções, a prescrição tornou-se mais segura e 
eficaz (BRASIL, 2010). 
 
A relevância do tema se justifica por ser as hepatites doenças silenciosas, com 
sintomas mascarados que apresentam grandes possibilidades de complicações das formas 
agudas. A hepatite C, considerada a mais perigosa das hepatites, se torna crônica na maioria 
dos casos. Não tem vacina para esse tipo de hepatite. A hepatite B, a segunda mais perigosa, 
tão grave quanto a Hepatite C, mesmo tendo vacina, continua sendo motivo de preocupação 
para a saúde pública, pois não se limitam à enorme quantidade de pessoas infectadas, mas, se 
estende às complicações agudas e crônicas como cirrose e câncer no fígado. 
 
A metodologia quantitativa com abordagem especificamente geográfica por meio de 
levantamento bibliográfico em referenciais teóricos que tratam do tema hepatites virais B e C, 
geografia da saúde e especialmente os relatórios de situações referentes Hepatites Virais do 
Sistema de Informação de Agravos Notificação (SINAN) de Mato Grosso do Sul, 
disponibilizados no banco de dados do Ministério da Saúde/Serviços de Vigilância Sanitária. 
 
Na estrutura desse estudo se apresentam os principais conceitos que relacionam a 
geografia médica com a geografia da saúde; os conceitos de hepatites virais B e C; a 
incidência dessas infecções no Estado de Mato Grosso do Sul comparado com os demais 
estados da Região Centro Oeste e a incidência por faixa etária e sexo. Visando assim, 
contribuir para o entendimento das situações das Hepatites B e C no Estado de Mato Grosso 
do Sul os objetivos foram: 
12 
 
1.1 Objetivo geral: 
 
Analisar o perfil epidemiológico das Hepatites virais B e C no Estado de Mato Grosso do Sul 
no período de 2003 a 2013, a fim de contribuir para a compreensão da situação das hepatites 
no Estado de Mato Grosso do Sul durante os últimos dez anos (2003 a 2013), bem como para 
a sensibilização sobre as formas de contaminação. 
 
1.2 Objetivos Específicos 
- Verificar a incidência de notificações das hepatites virais B e C, por sexo e faixa etária no 
Estado de Mato Grosso do Sul; 
 
- Identificar como o Estado de Mato Grosso do Sul se posiciona em relação aos demais 
Estados da região Centro Oeste; 
 
- Verificar o perfil (sexo e faixa etária) dos casos notificados das hepatites virais B e C no 
período estudado. 
13 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
2.1 Da Geografia Médica à Geografia da Saúde 
 A relação entre a medicina e a geografia, assumiu importância no final do século XIX, 
tendo como principal desafio o espaço geográfico, por compreender que não é possível isolar 
o enfermo do seu ambiente, que pode ser responsável pela causa das enfermidades, assim 
como, também pode o ambiente promover a cura (JUNQUEIRA, 2009). "Cabe ao geógrafo 
captar os problemas que ocorrem no espaço e as enfermidades que acometem diariamente a 
população" (SANTOS,2010, p. 47). 
 
 
Convém reforçar que o ambiente, por ser o local onde a pessoa mantém contato com 
tudo ao seu redor, ele exerce influência de várias maneiras, principalmente quando o espaço 
geográfico é modificado pelo homem por necessidades sociais e econômicas em diferentes 
lugares no mundo. 
 
Geografia da saúde é a denominação dada a uma especialização da geografia a 
serviço da análise da distribuição de agravos à saúde, do aprimoramento das técnicas de seu 
respectivo sistema. Ainda que útil, essa área apresenta aspectos difusos e abrangentes, porém, 
devido as novas questões manifestadas pela sociedade globalizada, principalmente, devido ao 
intercâmbio frequente de elementos vivos entre diferentes áreas, a geografia da saúde tornou-
se um campo rico para o desenvolvimento de estudos e pesquisas no sentido de investigar 
velhas-novas epidemias, como por exemplo, a febre-amarela, erradicada no Brasil início do 
século XX, que acabou ressurgindo de forma avassaladora no final do mesmo século 
(SANTIAGO, 2012). 
 
De acordo com o estudo de Santana (2014), a geografia da saúde ou geografia médica,em vários países do mundo tem sido questão de debates no sentido de definir qual a referência 
mais apropriada. As divergências mais relevantes estão relacionadas acerca da metodologia, 
da epistemologia e da semântica, bem como dos conteúdos e de como essa disciplina se insere 
no contexto das ciências sociais e como se relaciona com as ciências naturais. Para a maioria 
dos autores, o termo aceito tem sido Geografia da Saúde, verificando ainda, variações em 
muitos países. 
 
 No Brasil desde meados do século XX, vários trabalhos de pesquisa vêm sendo 
desenvolvidos, os primeiros por médicos, com a finalidade de relacionar as condições 
socioeconômicas e ambientais com a saúde da população. Periodicamente eventos científicos 
14 
 
reúnem centenas de geógrafos. Em 1993, aconteceu o primeiro Simpósio Nacional de 
Geografia da Saúde/Fórum Internacional de Geografia da Saúde. Em 2013, o VI Simpósio, 
ocorreu em São Luís do Maranhão (SANTANA, 2014) 
 
Os conceitos reconhecidos na geografia da saúde estão diretamente ligados aos 
fatores sociais e ambientais e a influência que eles exercem, afetando a qualidade de vida das 
pessoas de várias maneiras, como por exemplo, ambiente insalubre, falta de saneamento 
básico entre outros. A conscientização da influência desses fatores na qualidade da saúde, 
talvez ainda seja muito recente na sociedade, alguns segmentos do poder público deve mostrar 
os reais prejuízos, e como eles intervém negativamente na saúde e na qualidade de vida das 
pessoas. 
 
Segundo Nogueira (2006 apud NOGUEIRA; REMOALDO, 2010) a Geografia da 
Saúde pode ser definida como subdisciplina geográfica, ao mesmo tempo especifica e 
abrangente devido à natureza do seu objeto de estudo e a diversidade teórica e metodológica. 
A especificidade se caracteriza por um lado pela dimensão espacial incorporada no estudo da 
saúde (resultados em saúde e planejamento dos serviços de saúde), por outro lado pela 
aplicação de ferramentas e abordagem da geografia ao seu objeto de estudo. 
 
2.2 Espaço Geográfico 
A respeito do que seria exatamente o espaço geográfico, não há um consenso entre os 
geógrafos. Diferentes conceituações preservam entre si algumas características próprias da 
geografia, com ênfase nas relações entre a sociedade e a natureza, voltadas para preocupação 
espacial. Tradicionalmente o espaço era compreendido como uma extensão da superfície. Na 
geografia teórico-quantitativa, com base no positivismo lógico, o espaço era entendido como 
uma dimensão geométrica, passível de representação e análise cartográfica e matemática. Na 
Geografia Crítica o espaço se configura como histórico a partir das relações sociais. 
Finalmente, na Geografia humanista ou cultural, o conceito de espaço passa a ser secundário 
na análise geográfica, passando a ser valorizado a experiência e o comportamento do 
indivíduo ou do grupo (RAMOS, 2014). 
 
Sendo o espaço geográfico também um elemento de investigação no campo da 
Geografia da Saúde, compreender seus conceitos auxilia no entendimento dos aspectos 
relacionais do homem com o ambiente natural, com as mudanças em consequência da 
globalização, que exige valorizar o contexto ambiental e promover ações de sustentabilidade 
15 
 
e, ainda o relacionamento afetivo entre as pessoas e o lugar que pode estar relacionado com a 
personalidade e a cultura de cada um. 
 
O conceito mais relevante de espaço geográfico para a compreensão da ocorrência e 
distribuição das doenças transmissíveis, foi elaborado por Pavlovsky na década de 1930, que 
expressa a apreensão espacial integrada ao conhecimento das doenças transmissíveis com a 
geografia e a ecologia (PAVLOVSKY, s/d, p. 19 Apud CZERESNIA ; RIBEIRO, 2000,p. 
598): 
Um foco natural de doença existe quando há um clima, vegetação, solo específicos e 
micro-clima favorável nos lugares onde vivem vetores, doadores e recipientes de 
infecção. Em outras palavras, um foco natural de doenças é relacionado a uma 
paisagem geográfica específica, tais como a taiga com uma certa composição 
botânica, um quente deserto de areia, uma estepe, etc., isto é, uma biogeocoenosis. O 
homem torna-se vítima de uma doença animal com foco natural somente quando 
permanece no território destes focos naturais em uma estação do ano definida e é 
atacado como uma presa por vetores que lhe sugam o sangue. 
 
Pavlovsky apresenta uma teoria que estabelece o espaço geográfico como o ambiente 
onde circula naturalmente agentes infecciosos, tocados ou não pela mão do homem. Assim, os 
fatores ligados ao espaço geográfico, são indicadores de probabilidades de contaminação ou 
de boas respostas ao tratamento. Portanto o espaço geográfico oferece a possibilidade de 
infectar em momentos distintos e as condições necessárias para propagação de inúmeras 
doenças, assim como, permite desenvolver estratégias de prevenção. 
2.3 Saúde e doença, conceitos vitais 
Em 1946 a Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu saúde como sendo um 
estado completo de bem-estar físico, mental e social, não somente a ausência de doença e de 
incapacidade, mas, um estado positivo geral do indivíduo. O Ministério da Saúde, a partir de 
2004, percebe a saúde como ausência de doença, um bem-estar ou aptidão funcional. Numa 
concepção mais moderna, a saúde pode ser o equilíbrio e a harmonia das condições 
biológicas, psicológicas e sociais do ser humano (NOGUEIRA; REMOALD0, 2010). 
 
A geografia também ampliou seu conceito e atua no estudo da superfície terrestre, da 
paisagem, da individualidade dos lugares, da natureza e da relação do homem e meio 
ambiente. Requer conhecimento multidisciplinar, por necessitar das contribuições de ouras 
ciências, particularmente do conhecimento médico, relacionados aos seus objetos principais, a 
saúde e a doença (PEITER, 2005). 
Na Lei Orgânica de Saúde (LOS), n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990, que regula o 
Sistema Único de Saúde (SUS) em todo território nacional, a saúde é compreendida como um 
16 
 
direito fundamental do ser humano e reconhece em seu artigo 3º, que os fatores determinantes 
e condicionantes dos níveis de saúde estão relacionados a alimentação, moradia, saneamento 
básico, ambiente, trabalho, renda, educação, atividade física, transporte, o lazer e o acesso aos 
bens e serviços essenciais (BRASIL, 1990). 
 
Para Nogueira (2010), o estado de saúde resulta de um conjunto de diversos fatores 
que podem ser: (1) individuais: biológicos, imutáveis (por exemplo, sexo e idade), 
socioeconômicos, mutáveis (ocupação, educação, renda) e culturais (etnia); (2) ligados ao 
ambiente físico e social: fatores relacionados à qualidade do ambiente e o sistema de saúde 
(ar, água, solo, redes de suporte|) e, (3) comportamento e estilo de vida: se refere às 
influencias sofridas pelo comportamento individual, como por exemplo hábitos alimentares e 
vícios como álcool e tabagismo. 
 
Compreende-se que a saúde e a doença como resultado de uma escolha ou condição de 
vida que acarreta consequências positivas (saúde) e negativas (doença). Daí a necessidade de 
questionar a importância de viver de forma integrada ao ambiente, reformulando conceitos do 
cotidiano. Embora alguns fatores sejam imutáveis, novos conhecimentos podem reorganizar o 
dia a dia e promover a saúde. 
 
Não há um conceito exclusivamente biológico para “saúde”. Além da definição 
ligada à medicina, a saúde está estreitamente ligada com o bem estar e o desenvolvimento, 
entendida numa dimensão sociocultural (SANTANA, 2014). "As relações entre espaço e 
saúde vêm sendo se estudadas em diversas disciplinas dos campos da Saúde (principalmente 
na Epidemiologia) e na Geografia. Os estudos contribuem para compreender os processos 
saúde e doença[...]" (PEITER, 2005, p. 20). 
 
2.4 Hepatites Virais 
Hepatites virais são doenças causadas por diferentes vírus que tem afinidade com o 
fígado, com características distintas e diferentes vias de transmissão. Em alguns, a doença só 
se manifesta décadas após o contágio. Incluídas na Lista de Doenças de Notificação 
Compulsória no Brasil, desde 1998, os agravos e fatores determinantes da doença vem sendo 
monitorado, com a finalidade de promover prevenção e avaliar o impacto. Os casos 
notificados e confirmados, inscritos na Ficha de Investigação das Hepatites Virais, são 
registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e, as análises 
descritivas dos casos de hepatites virais são publicadas no Boletim Epidemiológico – 
Hepatites Virais (BRASIL, 2010a; 2016). 
17 
 
 
De modo geral, a hepatite é reconhecida como uma infecção viral que provoca a 
inflamação do fígado, decorrente do o uso abusivo de álcool, de drogas e de alguns 
medicamentos, bem como doenças hereditárias e autoimunes. Classificada como aguda e 
crônica. Sendo a icterícia1 (amarelão) o sintoma mais reconhecido da hepatite. O sintoma 
mais reconhecido da hepatite é a icterícia, o amarelão da pele, dos olhos e das mucosas, 
normalmente percebida em recém-nascidos. 
 
Em 2009, foi criado no Brasil o Programa Nacional de Hepatites Virais (PNHV), 
integrado ao Departamento de DST e Aids. Em 2010, o documento Hepatites virais: desafios 
para o período 2011-2012, estabeleceu metas para o controle dessas doenças no Brasil. Em 
2011, o Ministério da Saúde intensificou ações programáticas pela reestruturação 
organizacional do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids 
Hepatites Virais, promovendo assim, metas e estratégias para o controle de três agravos 
(BRASIL, 2011b). 
 
Diversos tipos de hepatites virais são identificados pelas letras do alfabeto, (hepatite A, 
B, C, D, E, G) e reconhecidas como infecções que lesam o fígado. Para efeito dessa pesquisa, 
apenas as hepatites virais B e C serão estabelecidas para estudos. Em 2009, o Sistema Único 
de Saúde (SUS), realizou mais de 9 milhões de testes para as hepatites virais. No terceiro 
trimestre de 2010, 8.018 pacientes estavam em tratamento para a hepatite B e 10.507 em 
tratamento para a hepatite C. Em 2010 foi publicado pelo PNHV o documento “que 
estabeleceu metas para o controle dessas doenças no Brasil (BRASIL, 2010b) 
 
Os objetivos do governo (BRASIL, 2010b), consiste em prevenir novas infecções e 
melhorar a qualidade de vida dos portadores das hepatites B, C e D. Identificar os principais 
fatores de risco; ampliar estratégias de imunização da hepatite B; detectar, prevenir e controlar 
os surtos oportunamente; reduzir a prevalência de infecções e avaliar o impacto das medidas 
de controle são fatores fundamentais nessa resposta. 
 
As hepatites virais, têm distribuição universal, podendo fazer parte das características 
locais de algumas regiões, decorrente das condições sanitárias e de higiene. Por se tratar de 
uma preocupação da saúde púbica, o Brasil tem desenvolvido ações para promover prevenção 
de agravos. Nesse contexto reconhecer as características da relação entre a sociedade com a 
natureza, contribui para reduzir a prevalência de impactos das contaminações, além evitar a 
 
1 Segundo WONG (1999), a icterícia, uma descoloração amarelada da pele e de outros órgãos, é uma das 
características da hiperbilirrubinemia, que se refere a um acúmulo excessivo de bilirrubina no sangue. Disponível 
em: < http://www.uff.br/disicamep/ictericia.htm> 
 
18 
 
perda de qualidade de vida das ´pessoas, no sentido de promover a saúde e a prevenção desses 
agravos. 
2.4.1 Hepatites B 
Aproximadamente 1,5 milhão de brasileiros convivem com a Hepatite B, a maioria 
nem suspeita, só descobre quando o fígado já está esfacelado. Quando os recém-nascidos 
entram em contato com os VHB há 90% de chance de se tornarem cronicamente infectados. 
Quando a infecção ocorre aos cinco anos de idade, essa chance diminui para até 50%. Na fase 
adulta diminui para até 10% . O vírus da hepatite B (VHB), devido à alta especificidade, 
infecta o homem, que se constitui o reservatório natural, aumentando o risco de desenvolver a 
doença icterícia com o passar da idade. Cem vezes mais contagioso que o vírus da AIDS, o 
HIV. (FERREIRA; SILVEIRA, 2004; VARELLA, 2011). 
 
No Brasil mais de 36.000 salas de vacinação oferecem a vacina para a hepatite B. A 
imunização é realizada em três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda 
dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose (0, 1 e 6 meses). Todo recém-nascido 
deve receber a primeira dose da vacina logo após o nascimento, preferencialmente nas 
primeiras 12 horas de vida. A testagem para a hepatite B é recomendada para vítimas de 
abuso sexual, de acidente com material biológico, profissionais de saúde, usuários de drogas 
injetáveis/inaláveis, homossexuais, coletadores de lixo hospitalar e domiciliar e doadores de 
sangue (BRASIL, 2010b). 
 
A principal via de transmissão da hepatite B é a sexual, seguida pela chamada 
transmissão vertical, quando há o risco da mãe transmitir ao filho durante a gravidez. Também 
pelo contato com sangue, pelas vias parenterais (transfusão) e percutâneas e por fluidos 
corporais; por meio do compartilhamento de seringas e agulhas, contaminadas, colocação de 
piercing, procedimentos de tatuagem, manicure com materiais não esterilizados, 
compartilhamento de objetos contaminados com sangue, transfusão de sangue, 
hemoderivados, hemodiálise ou ainda sêmen e secreção vaginal (BRASIL, 2011b). 
De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2010, p. 08), a transmissão 
predominante da hepatite B é a sexual e a população jovem é a mais vulnerável: " O inquérito 
nacional mostrou que sua prevalência é dez vezes maior na população jovem, na faixa etária 
entre 29 e 39 anos". 
 
Nem todos os portadores do vírus da Hepatite B vão ter a doença, cerca de 95% das 
pessoas o eliminam naturalmente. Os 5% se tornam portadores crônicos. O problema é que a 
19 
 
doença pode não aparecer por 20 ou 30 anos. Quando aparece, a barriga incha e a pessoa fica 
amarela, já pode estar com cirrose ou câncer de fígado, pois, o vírus provoca câncer, assim 
como o uso do cigarro (VARELLA, 2011). 
 
Na realidade não sabemos quantas pessoas realmente têm o vírus, porque o 
Ministério da Saúde só lida com dados notificados. Mesmo com estratégias de prevenção 
incluída no calendário do SUS, e a cobertura ampliada da vacinação, parece que a 
sensibilização sobre o agravo que a doença representa ainda não é percebido pelas pessoas. A 
imunização recomendada a ser realizada em três doses nem sempre é seguida à risca. 
Normalmente, a maioria procura atendimento quando ocorre destruição do fígado. 
 
2.4.2 Hepatite C 
A transmissão do vírus da hepatite C ocorre fundamentalmente de forma parenteral 
(transfusão), o vírus é um patógeno exclusivamente humano. Principal causador de doenças 
hepática crônica nos pacientes em diálise, por serem pacientes constantemente expostos à 
contaminação em função dos procedimentos invasivos e exposição a outros pacientes 
infectados. Quanto maior o tempo de diálises, maior o risco. Os transplantados renais também 
são vítimas de doenças hepáticas. A cirrose é a terceira causa de óbito nos transplantados 
renais em longo prazo A hepatite C pode levar a fibrose hepática, a cirrose e ao câncer 
hepático. Nas fases avançadas, ao óbito (BABINSKI et al., 2008). 
 
A HVC é diagnosticada na fase crônica, geralmente em teste sorológico de rotina ou 
por doação de sangue. Isso ocorre porque ossintomas são inespecíficos e a doença evolui 
durante décadas sem diagnósticos. Daí a necessidade de uma equipe multiprofissional clínica 
especializada e o aumento da oferta de diagnóstico sorológico, principalmente para as 
populações vulneráveis aos sintomas. Os sintomas, raramente se apresentam antes da fase 
aguda hepatite C que pode envolver náuseas, vômitos, fadiga, febre baixa e cefaleia e 
posteriormente outras manifestações (BRASIL, 2015). 
 
 No Brasil, a tecnologia capaz de diagnosticar essa infecção chegou aos bancos de 
sangue do país em 1993. Antes, quando não havia exames que permitisse diagnosticar o 
portador do VHC, o governo federal proibia a doação de sangue como forma de prevenir 
contágio. As pessoas que fazem uso de drogas injetáveis, são vistas como grupo de risco. 
Entretanto, a transmissão não está restrita somente a esses grupos, pode ocorrer também em 
procedimentos de manicure e pedicuro; piercing e tatuagens; tratamentos odontológicos 
(BRASIL, 2015). 
20 
 
 
Observa-se a Hepatite C é transmitida principalmente por sangue contaminado, mas, 
não é a única foram de contágio, pode também ser transmitida pelo contato sexual, pela mãe 
durante a gravidez e pelo compartilhamento de seringas, agulhas ou de instrumentos para 
manicure, pedicure, tatuagem e colocação de piercing e ainda não existe vacina para esse tipo 
de hepatite. 
 
De acordo com o Ministério da Saúde, quanto a seriedade e o impacto nos sistemas 
de saúde decorrente das hepatites virais, há um consenso internacional (BRASIL, 2011b, p. 
8): 
Existe consenso internacional sobre a magnitude das hepatites virais. Segundo a 
Organização Mundial de Saúde (OMS), 170 milhões de pessoas são portadoras 
crônicas de hepatite C e 350 milhões portadoras crônicas de hepatite B. Esses 
agravos têm elevado impacto na saúde das populações, nos sistemas nacionais de 
saúde e na economia dos países. 
 
A hepatite C, doença tão silenciosa, quanto a hepatite B, é mais grave devido ao 
período que ela mantém o vírus na corrente sanguínea sem apresentar os sintomas, e também 
pelos sintomas serem quase que comuns a outros tipos de agravos. Como a forma de 
transmissão ocorre por meio do sangue infectado, principalmente pela via parenteral, a 
transmissão sexual e vertical não oferecem riscos como oferece para o vírus da hepatite B. 
Entretanto, a forma mais indicada para evitar a contaminação das hepatites virais é evitar 
comportamentos de alto risco com o uso indiscriminado de droga e álcool, bem como evitar 
compartilhar instrumentos não esterilizados para realização de piercing, tatuagem e manicure, 
além de objetos para higiene pessoal (escovas de dentes, lâminas de barbear e de depilar etc.). 
2.5 Hepatites B e C em Mato Grosso do Sul, Relatório de Situação 
Para compreensão da epidemiologia das hepatites virais, especificamente o índice de 
prevalência no estado de Mato Grosso do Sul, as informações aqui apresentadas tiveram como 
fontes principais, os dados dos Boletins Epidemiológicos – hepatites virais e do Relatório de 
Situação/ Mato Grosso do Sul, documentos do Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância 
Sanitária (SVS); os relatórios do SINAN e do Sistema de Informações sobre Mortalidade. 
 
Nos Boletins Epidemiológicos, são informados através de tabelas e gráficos, os casos 
em relação ao sexo, faixa etária e prováveis fontes/práticas de infecção para cada uma das 
hepatites virais, A, B, C e D. Também apresenta a situação epidemiológica das hepatites, a 
distribuição e o impacto da doença nas regiões brasileiras (BRASIL, 2016). 
 
21 
 
O SINAN é a principal base para o funcionamento do sistema de vigilância 
epidemiológica de doenças transmissíveis, implantado no Brasil em 1993 e regulamentado em 
1998, tornando-se obrigatória a alimentação regular da base de dados nacional pelos 
municípios, estados e Distrito Federal, para relevância de uma determinada doença, detectar 
surtos e epidemias e elaborar hipóteses epidemiológicas a serem testadas em estudos 
epidemiológicos específicos (MIYAZATO, 2010). 
 
De acordo com Relatório de Situação da SVS que reúne dados e análises concisas 
sobre as principais ações de vigilância, prevenção e controle de doenças, no período de 1999 a 
2010, os casos confirmados de hepatite B no Estado de Mato Grosso do Sul totalizaram 2.097 
e os casos confirmados de hepatite C, foram 448, dos quais, 67 foram detectados em 2010. 
Importante ressaltar que são considerados casos confirmados aqueles que apresentaram os 
testes anti-HCV e HCV-RNA reagentes (BRASIL, 2011a) 
. 
22 
 
3 METODOLOGIA 
 
A metodologia adotada é análise quantitativa. Um estudo descritivo com abordagem 
especificamente geográfica por meio de levantamento bibliográfico em referenciais teóricos 
que tratam do tema hepatites virais B e C, geografia da saúde e especialmente os relatórios de 
situações referentes Hepatites Virais do Sistema de Informação de Agravos Notificação 
(SINAN) de Mato Grosso do Sul, disponibilizados no banco de dados do Ministério da Saúde/ 
Serviços de Vigilância Sanitária em formato digital. 
 
Os dados coletados através do estudo foram analisados através do Software Excel 
que serviu de suporte para a elaboração dos gráficos que apresentam os casos notificados na 
Região Centro Oeste e no estado de Mato Grosso do Sul no período de 2003 a 2013 referentes 
Hepatites Virais B e C, por sexo e faixa etária. 
 
De acordo com Malhotra (2012), a média equivale a um valor obtivo da soma de 
todos os elementos estudados, divididos pela mesma quantidade de elementos, após seleção 
do período de 2003 a 2013, os gráficos foram elaborados. 
 
Na análise quantitativa, os passos podem ser definidos a partir de uma sequência de 
atividades que pode envolver categorização de dados a partir de muitos fatores, tais como: a 
natureza dos dados coletados, a extensão da amostra, os instrumentos de pesquisa e os 
pressupostos teóricos que nortearam a investigação e a interpretação e redação do relatório 
(GIL, 2002). O recorte especial é o Estado de Mato Grosso do Sul, pela necessidade de 
sintetizar o percentual das hepatites virais B e C no Estado. O recorte temporal é o período 
compreendido de 2003 a 2013. 
 
A pesquisa foi complementada com uma revisão sistemática das notificações dos casos 
de hepatites no Estado de Mato Grosso do Sul e na região Centro Oeste, constantes na Base de 
Dados do Sistema de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, que apresenta os 
gráficos com evidencias das notificações dos últimos dez anos das hepatites virais B e C. 
23 
 
4 RESULTADOS 
4.1 Incidências das Hepatites B e C no Estado de Mato Grosso do Sul 
Em relação à Hepatite B e C no Estado de Mato Grosso do Sul, no período de 2003 a 
2013, comparados aos demais Estados da região Centro Oeste, foram encontrados 2.738 casos 
notificados de Hepatite B e 1582 casos de Hepatite C (Tabelas 01 e 02). 
 
Tabela 01 – Incidência de Hepatite B Região Centro Oeste – 2003 - 2013 
 
 Unidade da 
 Federação 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total 
 
Mato Grosso do 
Sul 271 313 342 265 212 230 322 194 245 156 188 2738 
 Mato Grosso 224 244 422 540 367 468 676 593 707 576 691 5508 
 Goiás 469 522 767 606 524 442 522 415 373 294 371 5305 
 Distrito Federal 150 145 194 133 122 137 191 148 125 108 155 1608 
 Total 1114 1224 1725 1544 1225 1277 1711 1350 1450 1134 1405 15159 
 
Observa-se na Tabela 01 a comparação do Estado de Mato Grosso do Sul, no que se 
refere à incidência de hepatite B no período de 2003-2013, com os demais Estados da região 
Centro- Oeste. O número expressivo de 2738 notificações do Estado de Mato Grosso do Sul 
supera as notificaçõesdo Distrito Federal, com 1608 casos e Estados de Goiás com 5305 e 
Mato Grosso com 5508 mostram um elevado número de notificações. Já na Tabela 02 estão 
apresentados os dados de incidência de hepatite C nos Estados de Mato Grosso do Sul 
comparados com os demais Estados da região. 
 
Tabela 02 – Incidência de Hepatite C Região Centro Oeste – 2003 – 2013 
 
Região e Unidade 
da 
 Federação 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total 
 Mato Grosso do Sul 210 260 298 221 62 51 87 82 77 105 129 1582 
 Mato Grosso 54 70 81 90 54 35 50 68 163 114 141 920 
 Goiás 261 264 241 207 187 140 101 103 65 78 120 1767 
 Distrito Federal 93 111 299 146 103 88 155 154 122 58 68 1397 
 Total 618 705 919 664 406 314 393 407 427 355 458 5666 
 
 
Os resultados revelam que a notificações de Hepatite C no Estado de Mato Grosso do 
Sul no período de 2003 a 2013 supera os Estados de Mato Grosso e do Distrito Federal e se 
24 
 
com 1582 casos notificados, se aproxima expressivamente do resultado do Estado de Goiás. 
Com 1767 notificações. Tendo maior incidência no ano de 2005, com 298 notificações e 
menor no ano de 2011, com 77 notificações. Entretanto, as notificações se elevaram nos anos 
de 2012 e 2013, com 105 e 129 notificações. 
 
Esse resultado confirma o consenso internacional da OMS, de que milhões de 
pessoas são portadoras crônicas tanto das Hepatites B quanto das Hepatites C, situação que 
eleva o impacto da saúde das pessoas e afeta os sistemas nacionais de saúde, bem como a 
economia dos países. 
 
4.2 Hepatites B, por faixa etária e sexo 
De acordo com a Base de Dados do Serviço de Vigilância e Saúde do Ministério da 
Saúde, no período de 2003 a 2013 foram notificados 2738 casos Hepatite B mostrados por 
faixa etária e sexo nas figuras 01 e 02. 
 
A Figura 01 mostra 2738 casos de hepatite B notificados em Mato Grosso do Sul, 
segundo a faixa etária, notificados no período de 2003 a 2013. Os casos se concentraram mais 
nas idades de 20 a 39 anos, com 1538 notificações, seguido pela idade 40 a 59 anos com 733 
notificações e 10 a 19 com 256 notificações. O ano de maior incidência da doença foi 2005, 
com 342 notificações. 
 
Figura 01- Hepatite B - por faixa etária - Mato Grosso do Sul - 2003-2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde(SVS) 
25 
 
A figura 02 mostra que dos 2.738 casos de hepatite B notificados, em Mato Grosso 
do Sul, segundo o sexo no período de 2003 a 2013, 1.191 não tem informação do sexo. Entre 
os sexos masculino e feminino, 865 dos casos é predominantemente feminino, sendo 682 
casos masculinos, o que mostra que a diferença de 183 casos entre os sexos não é tão 
significativa para um juízo a respeito de quem está mais vulnerável. 
 
Figura 02- Hepatite B – por sexo – Mato Grosso do Sul - 2003-2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde(SVS) 
 
4.3 Hepatite C, por faixa etária e sexo 
No período de 2003 a 2013, foram notificados em Mato Grosso do Sul 1.582 casos 
de Hepatite C, registrados por faixa etária e sexo, no Ministério da Saúde /Serviço de 
Vigilância em Saúde, mostrados nas figuras 03 e 04. 
 
A figura 03 mostra que a ocorrência da Hepatite C por idade, é mais evidente na 
faixa etária dos 40 a 59 anos, onde foram registrados 717 casos, seguido de 628 casos para as 
idades de 20 a 39 anos. 
26 
 
Figura 03 - Hepatite C por faixa etária - Mato Grosso do Sul – 2003 - 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde(SVS) 
 
Na figura 04, observa-se que a incidência de Hepatite C é maior para o sexo 
masculino com 869 casos e menor para o sexo feminino, com 712 casos., apenas um caso o 
sexo foi ignorado. 
 
Figura 04 - Hepatite C por sexo - Mato Grosso do Sul – 2003 - 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde(SVS) 
 
 
27 
 
De acordo com esse estudo, a distribuição dos casos de hepatite B comparada a 
distribuição da Hepatite C, segundo faixa etária, a maioria dos casos de Hepatite B se 
concentra mais em indivíduos na faixa etária entre 20 a 39 anos e menos na faixa de 40 a 59 
anos, enquanto a Hepatite C se concentra mais em indivíduos na faixa etária de 40 a 59 anos e 
menos na faixa etária de 20 a 39 anos. 
 
É possível compreender que apesar da via sexual não ser a única forma de 
contaminação do vírus da Hepatite B, é a principal, desse modo, os indivíduos mais jovens, 
com vida sexual ativa que não tomaram as devidas precauções estão mais expostos à 
contaminação. Os indivíduos mais velhos podem, sobretudo, contrair o vírus por outras 
formas de contaminação, como pelo uso de materiais pérfuro cortantes, seringas, agulhas ou 
de instrumentos para manicure, pedicure, tatuagem etc. 
 
Em relação à Hepatite C, de acordo com os estudos do Dr. Dráuzio Varella, a maioria 
dos casos dos casos, a doença é assintomática. Pode ocorrer uma forma aguda da 
enfermidade, antes da fase crônica, com mal-estar, vômitos, náuseas, pele amarelada 
(icterícia), dores musculares, perda de peso e muito cansaço, ou seja, nem sempre o portador 
do vírus apresenta a enfermidade precocemente (VARELLA, 2011). 
 
Os dados de contaminação da hepatite B e C por sexo observa-se que as mulheres 
são mais infectadas pela Hepatite B, enquanto os homens são mais infectados pela Hepatite C. 
é possível atribui esse resultado ao fato de já existe vacina para a Hepatite B, e essa 
providência diminui a incidência de contaminação, principalmente de mulheres que 
normalmente se protegem com mais assiduidade, principalmente quando engravidam. 
 
Como para a Hepatite C não existe vacina e a não contaminação depende de 
conhecer as formas de prevenções e evitá-las, como por exemplo, não compartilhe objetos de 
higiene pessoal, de manicure (alicates, lixas, espátulas), instrumentos para tatuagem que 
possam conter sangue, porque o vírus da Hepatite C chega sobreviver quatro dias fora do 
corpo humano, é possível verificar que entre os homens os cuidados são menos frequente, 
tendo também o fator consumo de bebida alcoólica que pode aumentar o risco de desenvolver 
a doença. 
28 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
As hepatites virais B e C, competem como doenças crônicas de distribuição 
universal, lesam o fígado. O vírus da hepatite pode ser transmitido por compartilhamento de 
agulhas, seringas e outros procedimentos como manicure e tatuagem e, principalmente, pela 
via sexual. Portanto é uma doença sexualmente transmissível. Muitas vezes a fase 
inflamatória da Hepatite B quando tratada a tempo, elimina o vírus e a pessoa se torna imune 
a novas infecções. Quando não eliminado pode causar inflamação crônica e no decorrer de 
ano levar a complicações hepáticas graves como a cirrose e o câncer de fígado. 
 
Como não foi foco de estudo as prováveis fontes ou mecanismos de infeção, existe 
por hipótese a chance de que os casos de contaminação da hepatite C, tanto entre homens 
quanto mulheres pelo vírus da hepatite C sejam por uso de objetos pérfuro-cortantes 
contaminados e a ingestão de bebida alcoólica, seguido daqueles que receberam transfusão 
sanguínea e dos que tiveram relações sexuais desprotegidas. 
 
Teoricamente não existe recomendação específica para evitar as hepatites virais B e 
C, uma vez que ambas são silenciosas em maior ou menor grau, sendo a via sexual a principal 
forma de transmissão da hepatite B e talvez a de maior incidência, entretanto a HepatiteC é 
mais grave pelo fato de que demora anos ou até décadas para que as complicações apareçam e 
quando ocorre, na maioria dos casos o fígado mesmo desempenhando suas funções está bem 
agredido e acaba determinando quadros graves de insuficiência hepática, cirrose ou câncer. 
 
Como o vírus existe em grande quantidade no sangue, permanece vivo no ambiente 
por bastante tempo e pode ser transmitido por pequenas lesões, sendo que a possibilidade de 
contágio é alta, principalmente para pessoas que convivem com infectados. 
 
Dessa forma, as campanhas de sensibilização realizadas para população são 
importantes mecanismos para a diminuição dos casos de contaminação. Neste contexto a 
Geografia da Saúde é uma área que pode contribuir com estudos dessa natureza para auxiliar 
nos trabalhos de prevenção da doença. 
29 
 
26 
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DRAUZIO+VARELLA+E+O+VIRUS+SEM+CHARME.html> Acessado em: 09 jan 2017

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