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DIREITO DE PROCESSO CIVIL

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CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
12 – 08 – 2013
Art. 1º - Processo do Conhecimento
Art. 458 – Da Sentença e da Coisa Julgada
Art. 467 – Da Coisa Julgada
Bibliografia:
Prova – aberta e fechada 
e-mail: oliveirart26@yahoo.com.br
O que é processo? Par que serve processo?
- O processo abre oportunidade de ambas a partes se manifestarem.
 O processo desempenha papel importante para que se possa alcançar a verdade, sendo que toda sentença, toda decisão só será legítima se passar pelo processo.
*Conhecimento do PROCEDIMENTO do processo.
Direito –
Democracia – 
Ação – 
Processo – 
Jurisdição – 
14 – 08 -2013
- Sem o processo cria-se um poder arbitrário (discricionário).
- O processo não pode ser identificado como algo constrangedor, ameaçador.
19 -08 -2013
CONCEPÇÕES DE DIREITO
 Existem várias concepções que procuram delinear ou demarcar uma acepção que possa mostrar o que é Direito.
 É importante, sem que se entre nos acertos ou desacertos dessas linhas, partir para o encontro de uma definição relacionada ao direito que feche sintonia com o campo de referência que dê rumo ao termo direito. 
– Jusnaturalismo – Num foco jusnaturalista existe uma preocupação centrada na existência de um direito naturalístico, comprometido com os ideias de justiça, da moral, enfim, correlacionada a valores, que seriam nortes para a demarcação do termo direito.
 Esse direito tido como jusnaturalista seria aquele direito escrito desde que afinado com esses valores (justiça e moral). Se esse direito escrito divorciasse de tais valores, validade alguma teria, pois o direito jusnaturalístico, valores e justiça, teria supremacia sobre o direito escrito.
 Numa ótica jusnaturalista direito então seria aquele referencial solidificado. Em princípios universais muitas vezes não escritos brotados ou de origem divina ou fundados nos ideais que ordenam os primeiros princípios do homem.
 Jusnaturalismo – estando o direito escrito ou não, ele deve estar sempre de acordo com a moral, com a justiça. Ele deve estar de acordo com nossos valores. Direito Natural – Direito Idealista. O jusnaturalismo julga a “justiça” do direito. O jusnaturalismo censura a lei.
– Positivismo - Trabalhar uma concepção de direito com evocação ao positivismo é um demanda dispendiosa em face das inúmeras controvérsias que encerram este termo. Constata-se, por exemplo, a existência de um positivismo legalista, de um positivismo ideológico, de um positivismo sociológico, de um positivismo científico, de um positivismo filosófico, de um positivismo normativista e de muitos outros positivismos caracterizado pelas suas peculiaridades.
 O que se passa, então, neste tópico, é uma ideia embasada em um positivismo em seu sentindo lato (amplo), cuja concepção tem por diretriz o abandono de todo o direito, que não seja aquele direito posto pelo estado, nascido de uma ordem estabelecida pelos homens.
 Esse direito positivista do qual se faz referência é aquele direito que se apresentou ao mundo como uma oposição a ideia de direito natural. Tal direito vem, portanto da ordem estatal sendo ele imposto obrigatoriamente à sujeição da sociedade.
 A ideia dos valores deve ser fundida no momento da construção da norma, não sobrando ao interprete/aplicador espaço para questionar ou corrigir este direito posto.
 O direito positivista então se confunde com o direito leigo dentro deste sentido mais amplo.
 21 - 08 - 2013
Finalidade do Processo – é um procedimento, um instrumento, onde se apresenta os fatos, debaterão as provas, com finalidade de se chegar a um desfecho, apresentando uma sentença. O processo tem a finalidade de garantir uma discussão. Não cabe ao processo proporcionar paz, a riqueza das pessoas, etc.
Jusnaturalismo - Positivismo – Pós-Positivismo
A lei por si só não é capaz de resolve os problemas.
O jusnaturalismo despreza a lei, buscando o justo.
O positivismo trabalha com a lei, mas busca uma regra para aplicação desta.
26 -08 -2013
PÓS – POSITIVISMO
 Até mesmo o termo pós-positivismo desperta controvérsias. Embora haja vários autores brasileiros apegados ao tema inclusive dando a ele o rótulo de neoconstitucionalismo, certo é que existem outros autores que contestam esta terminologia sob o argumento de que o pós-positivismo não marca uma nova tendência teórica capaz de fazer gerar uma nova escola de pensamento. Para esses críticos do pós-positivismo, o que esta ocorrendo é simplesmente a inserção da moral na concepção da realidade do direito, razão pela qual esses críticos rotulam o pós=positivismo de moralismo.
 Seja como for, cabe assentar que sob a roupagem do pós-positivismo dá-se forte ênfase ao procedimentalismo e isso faz nascer o que muitos chamam de era procedimental.
 Dentro então da ideia pós-positivista, o processo ganha destaque como uma espécie de procedimento caracterizado pelo devido processo legal, capaz de revelar a jurisdição, ou seja, o direito de regência em caso de um conflito. 
 Para se atingir o que seja o direito, além da aplicação das regras, faz-se necessário também que sejam aplicados os princípios. Princípios e regras representam normas do direito e são referenciais do ordenamento jurídico que não podem deixar de ser aplicados.
 Dir-se-á que o pós-positivismo aproveita elementos do positivismo e do jusnaturalismo em busca de uma concepção refinada do direito, próxima dos valores e da justiça.
 Por intermédio do processo as partes participariam da construção do direito aplicável como solução de sua controvérsia.
 Em linhas gerais, estão algumas diretrizes de suporte às concepções em torno do que seja o direito.
Art. 1º-CPC – JURISDIÇÃO – revelação do direito (direito revelado).
Jurisdição Contenciosa e Voluntária.
28 – 08 - 2013
TEORIA GERAL DO PROCESSO
 Jurisdição - é a norma de direito revelada pelo processo que vai servir de regência para a solução do conflito. A jurisdição é então o direito aplicado ao caso concreto.
 Existe uma afirmação que tem a sua origem na corrente instrumentalista do processo no sentido de ser este instrumento da jurisdição. Pode-se dizer que, em verdade que a jurisdição é que é instrumento do processo e não o processo instrumento da jurisdição, pois só vai haver um direito legítimo e válido se este for ditado dentro de um processo. Jurisdição é dizer o direito, e só se diz o que é direito se, se percorrer o caminho processual.
 O Código de Processo Civil tem em sua estrutura a existência de uma jurisdição contenciosa e uma jurisdição voluntária. Na contenciosa, haveria o pressuposto conflito para que houvesse solução pelo direito. Numa jurisdição voluntária, não haveria conflito para composição. Nessa, ocorrência apenas uma atuação necessária do Estado Juiz como modo de validação dos atos envolvendo os interessados. Em essência, a jurisdição voluntária não seria nem mesmo jurisdição contenciosa.
 Segundo um renomado professor português José Alberto dos Reis, a jurisdição voluntária não é jurisdição e não é voluntária, tudo porque ela é parte do pressuposto lide (litígio) e é uma jurisdição obrigatória.
 Segundo o que se encontra na dinâmica do CPC, art. 1º, numa jurisdição voluntária, graciosa, administrativa ou consensual, há tão somente uma participação da justiça em negócios privados para que eles tenham validade. No foco de alguns autores de processo, na jurisdição voluntária o juiz exerce função parecida com a de um tabelião, isto é, função administrativa.
 Seja como for, na essência só se pode dizer que a verdadeira jurisdição é aquela que tem uma lide (litígio) como suporte para justificá-la. Como modo de se arranjar no sentido para justificar a tal jurisdição voluntária vamos dizer que ela também parte da existência de uma lide, estando esta lide situada no fato de que o interessadosocorre-se do processo como meio de busca de solução para a sua questão forçadamente e não espontaneamente. O fato do interessado ter que buscar a justiça faz emergir a ideia da lide.
Segundo alguns autores na jurisdição voluntaria, não há partes, pois não há conflito, o que existe é interessados. Segundo o professor há lide sim, pois muitas vezes o interessado busca o Estado juiz contra a sua vontade. Ex. quando há necessidade de interditar uma pessoa, a lei exige que se faça formalmente.
Exceção ao princípio da inércia no campo civil.
CPC – tem 1220 artigos, dividido em 5 livros:
Livro I – Processo do Conhecimento – art. 1º a 565.
Livro II – Processo de Execução – art. 566-795.
Livro III – Processo Cautela –art. 796 a 889.
Livro IV – Procedimentos Especiais – art. 890 a 1210.
Livro V – Disposições Finais e Transitórias – art. 1211 a 1220.
02 – 09 - 13
 
 Em regra há necessidade de provocação das partes, porém existe exceções para que o juiz atue sem ser provocado.
Existe exceção a inércia do juiz? Sim, ver artigos com Ronaldo.
 Ação: é um direito subjetivo público que as pessoas tem de provocar a tomada de uma decisão jurídica diante de uma situação de conflito. Esta decisão jurídica será válida e legítima dentro de um procedimento chamado processo na orbita de um estado de direito.
 Na linha do código de processo civil em vigor, o direito de ação não se confunde com direito de acesso a justiça.
 No direito de ação é necessário que a parte preencha as condições desta ação para que alcance uma solução do mérito da demanda.
 Preenchendo então a possibilidade jurídica do pedido, o interesse processual e a legitimidade para agir terá a parte o direito de ação, isto é, do julgamento do mérito de sua causa.
 Por causa deste fator, sustenta-se que o direito de ação é condicionado diferentemente disso, sustenta-se que o acesso a justiça é incondicionado ( constituição  art. 5º inciso XXXV).
  Acesso a justiça é tão somente o direito que a pessoa tem do alcance de um pronunciamento judicial, seja ele de mérito ou não.
 Toda e qualquer demanda serve para retratar o acesso a justiça garantido pela CF/88.
 Ação e direito de acesso a justiça são coisas diferentes. O direito de ação é autônomo como também é abstrato.
 Ele é autônomo porque não é atributo ou um apêndice do direito material; é abstrato porque o direito de ação não depende do resultado final da demanda.
 Desde que a parte obtenha no processo judicial uma sentença de mérito, esta parte teve seu direito de ação garantido.
 O conteúdo da ação é a pretensão ou seja, aquele pedido de providencia concreta invocado pela parte requerente. Quando a parte exercita o direito de ação ela esta demandando. O veiculo desta demanda é a petição inicial.
 Não se deve confundir causa com lide. A causa é a questão litigiosa apresentada ou deduzida no processo; é um fenômeno endoprocessual.
 A lide é um fato pré processual é um fato que pode se tornar uma causa bastando para esta transformação, que ela faça parte de um processo.
 Condições da ação:
Como já dito, a  parte deve preencher as condições da ação, como forma de obter um pronunciamento jurisdicional de mérito em sua demanda. O não preenchimento destas condições da  ação ocasiona a carência da ação e, portanto a não concretização da decisão de mérito.
 As condições da ação devem estar presentes não só no momento da apresentação da demanda em juízo, mas também no momento do proferimento da sentença.
 Quando se fala em possibilidade jurídica do pedido como condição da ação esta se exigindo que não exista qualquer proibição dentro do ordenamento jurídico do pedido formulado pelo autor.
 Aqui que ingressa em juízo buscando a penhora de bens de uma pessoa jurídica de direito publico, não vai alcançar seu objetivo pela impossibilidade jurídica de seu pedido, algo igual também vai acontecer com a pretensão daquele que busca numa demanda reivindicar herança de pessoas viva ou recuperar aquilo que pagou por dívida prescrita.
 O interesse de agir requer a presença da necessidade e utilidade do processo como procedimento para solução do conflito.
 Processo útil é processo adequado a simples citação do réu num processo faz gerar o seu interesse processual, pois uma vez citado surge para o réu o interesse da defesa.
Não demonstra interesse processual aquele que cobra em juízo dívida que não esta vencida ou aquele que busca um reconhecimento de paternidade de filho que já esta reconhecido.
 A terceira das condições da ação é a legitimidade das partes ( legitimatio ad causam). Parte legitima é aquela que se diz em juízo titular do interesse em conflito.
 A legitimidade, como condição da ação surge da mera afirmação em juízo da titularidade do direito material em disputa judicial.
 É importante também observar que a legitimidade processual do réu surge pelo simples fato da sua citação para oferecer defesa no processo.
 É interessantíssimo também anotar que a disciplina do art 3º do CPC vale para normatizar a legitimatio ad causam e a capacidade processual ( legitimatio ad processum), do art. 7º do CPC.
 Existe uma distinção entre legitimação ordinária e extraordinária, havendo coincidências entre a legitimação do direito material com a legitimidade para estar em juízo teremos a legitimação ordinária.
 Se aquele que tem legitimidade para o processo como parte não é o que se diz titular do direito material disputado em juízo, ele possui legitimidade extraordinária ( art. 6º CPC).
 A legitimidade extraordinária também é conhecida como legitimação anomala ou substituição processual.
04 – 09 – 13
 Age em legitimação extraordinária o MP na ação de investigação de paternidade conforme previsão da lei 8560/92 art 11 paragrafo 4º.
 Outro caso de legitimação extraordinária é a situação do condomínio que reivindica o domínio de um imóvel.
 A legitimação extraordinária também difere da representação, pois na legitimação o legitimado age em nome próprio, no interesse próprio em defesa de pretensão alheia.
Na representação o representante age em nome alheio e em defesa de direito alheio.
 Existe também diferença em legitimação extraordinária ( substituição processual) no caso da sucessão processual, o que ocorre é uma troca da parte, tal como ocorre quando um dos litigantes morre no curso da relação processual.
Em situação assim, se o direito em discussão for passivo de transmissão for os herdeiros, o sucessor ingressará no processo no lugar daquele litigante morto.
 Processo: é uma espécie de procedimento revestida de garantias contidas na CF/ 88, devido processo legal, que tem por finalidade afirmar e validar a jurisdição. Cabe processo a  missão de apresentar o provimento jurisdicional, ou seja, a setenta.
 O processo é o único, no entanto de acordo com a estrutura do código de processo civil brasileiro em razão do litígio que se rebate, natureza da ação, atividade desenvolvida pela parte  a um desdobramento do processo em três espécies:
1 – cognição ou conhecimento
2 – execução
3 – cautelar
 Todo processo tem ainda um ou mais procedimentos que lhes dão curso aos seus atos.
Quando se quer acertar um direito, definir um direito lança-se mão do processo de conhecimento, que é desenvolvido segundo procedimentos comuns, ordinários ou sumário e sumaríssimo.
 Dotados nos juizados especiais.
 Quando há uma busca da satisfação ou realização de um direito já estabelecido, deve se recorrer ao processo de execução que alias possui um ritual específico para o desenvolvimento de seus atos.
 Quando se pretende garantir a eficácia de um processo ( execução ou conhecimento) deve se recorrer ao processo cautelar, cujo procedimento é cautelar.
 No 4º livro do CPC encontram-se os procedimentos especiais. Em face da natureza de certos direitos materiais é que existem esses procedimentos especiaisque vão fundir em seus atos a atividade de conhecimento com providencia na natureza cautelar e executaria.
 Os procedimentos especiais são subdivididos em procedimentos de jurisdição contenciosa e voluntária.
 O desenvolvimento válido e regular do processo exige a presença dos pré supostos processuais objetivos e subjetivos.
 Na linha dos objetivos está a forma a citação, a necessidade da petição apta, a ausência de coisa julgada de litispendência, ausência de perempção e ausência de nulidade.
 Os pressupostos subjetivos são aqueles conectados a competência de juiz a capacidade das partes e a representação por advogado, existe uma distinção entre a capacidade de ser parte e aquela  que é a capacidade processual. A capacidade de ser parte é aquela que se confunde com a capacidade de direito do código civil.
 Sendo de se observar que esta capacidade vai além da abrangência das pessoas físicas ou jurídicas para alcançar os entes personalizados.
 Para se ter uma ideia disso cabe lembrar que o nascituro pode ser parte processual.
 Como também pode ser parte o condômino
 Pode se dizer então que a capacidade de ser parte cria uma situação de entes com personalidade judiciária embora alguns não tenham personalidade jurídica.
 A capacidade processual é aquela capacidade conferida a parte para estar em juízo, isto é, de executar por si só os atos processuais.
 Ela se confunde com a capacidade  de fato ou de exercício dado pelo cc brasileiro.
 Essa capacidade processual é também conhecida por legitimatio ad processum.
 Resta colocar o que deve ser entendido por capacidade postulatória. Tal capacidade é aquela conferida aquele que tem aptidão para requerer  alguma media judicial e que depende de habilitação daquele que vai promover o requerimento judicial.
 A capacidade postulatória é também conhecida por IUS POSTULAND e é dada em regra ao advogado.
11 - 09 – 2013
CAPACIDADE POSTULATÓRIA – art. 36 (“ius postuland”) exigência da presença de advogado para que se possa reclamar em juízo. A regra é a exigência de advogado para representar, há algumas exceções. É o mesmo que pressuposto processual.
CAPACIDADE PROCESSUAL - art. 7º - Independência por si só de praticar os atos da vida civil, esta independência se adquiri com a maioridade civil. Quem não possuir tal capacidade será representado pelos pais, tutores ou curadores.
Art. 133 CF.
CAPACIDADE DE SER PARTE - mais abrangente, qualquer um pode ser parte.
Procuração – art. 38.
LEGITIMAÇÃO ORDINÁRIA E LEGITAMAÇÃO EXTRAORDINÁRIA
Legitimação Ordinária – art. 6º - ir em juízo defender o que é próprio.
Legitimação Extraordinária – ir em juízo defender direito de outrem.
Lei 8560/92 – art. 2º, parágrafo 4º (legitimidade Extraordinária).
Legitimação Extraordinária = substituição processual ou legitimação anômala.
Legitimação Extraordinária ≠ substituição de partes ou sucessão processual
	↓
 (quando há uma troca da parte no curso do processo 
 nos casos passíveis de sucessão. Ex. morte. Art. 430)
Prova: mais ou menos 6 questões abertas - 2 a 3 linhas respondem as perguntas.
Consulta ao código.
25 – 09 – 2013
CORREÇÃO DA PROVA
Questões:
1 – Legitimação Extraordinária, substituição processual ou legitimação anômala. Oo ainda legitimação graciosa.
2– Sobre propor ação em jogo do bicho:
 Não é possível, pois o pedido é juridicamente impossível.
 Condições da ação (legitimidade – interesse - ? )
3-Direito da ação é incondicionada?
 Não está vinculado às condições da ação.
4-Ação voluntária.
ATOS PROCESSUAIS
Forma – Tempo – Lugar – Prazo – Comunicação – Nulidades
 O ato processual é aquele que cria modifica ou extingui uma relação jurídica processual. É o praticado pelos sujeitos do processo.
 Em regra, os atos processuais são públicos excepcionalmente, existem atos processuais que são praticados em segredo de justiça, CPC – art. 155. Tal ocorre porque se de um lado a constituição garante a publicidade dos atos processuais, de outro, esta mesma constituição preserva a intimidade das pessoas.
 Os atos processuais devem ser redigidos na língua portuguesa, haja vista que o art. 156 do CPC dispõe a obrigatoriedade de uso vernáculo na redação dos atos do processo.
 Os atos das partes estão previstos pela redação do art. 158 do CPC. Entenda-se que há um envolvimento do réu, do autor, de terceiros intervenientes e do MP na prática desses atos.
 Cabe observar que certos atos geram efeitos imediatos quando praticados no processo (art. 158 – CPC). A desistência da ação, no entanto, só produz efeito a partir da homologação por sentença dessa desistência (art. 158, parágrafo único – CPC). Os principais atos praticados pelo juiz do processo, sentença, decisão interlocutória e despachos, ganham regulamentação pelo art. 162 do CPC. O art. 163 esclarece sobre o significado do acórdão estando os atos do escrivão previstos no art. 166.
 A partir do art. 172 encontra-se a recomendada regulamentação dos atos processuais, estando o art. 176 a regulamentação do lugar desses atos processuais. Quanto aos prazos processuais a partir do art. 177 está a disciplina em torno do assunto. Pode-se dizer que aqueles prazos previstos por lei são tidos como prazos legais; os prazos estabelecidos pelo juiz são denominados prazos judiciais; prazos convencionais são os que permitem um ajuste ou convenção sobre eles (art. 181); quando não existe previsão legal de prazo ou fixação deste pelo juiz vamos ter os prazos gerais (art. 185).
 Cabe também acrescentar quanto a existência do prazo próprio e impróprio. Quando está diante de um prazo que gera desvantagem para aquele que não observa o seu tempo de cumprimento, por exemplo, preclusão, revelia, vamos estar diante de um prazo próprio. Se a sequência do descumprimento do prazo for a imposição de sanções disciplinares aquele que descumpriu o prazo, tal como ocorre em prazos fixados pelo juiz, MP como fiscal da lei e auxiliares da justiça, esse prazo é tido como impróprio.
 Prazo comum é o prazo dado no mesmo momento para aqueles que devam pronunciar nos autos do processo (art. 40, § 2º do CPC).
 Prazo particular é aquele dado a uma das partes para pronunciamento nos autos do processo. Prazo peremptório é aquele que não pode ser em regra mudado, já o prazo dilatório é tido como aquele prazo que pode ser modificado.
 A comunicação dos atos processuais tem disciplina a partir do art. 200 do CPC, encontrando-se na regulamentação, regras quanto à expedição de carta precatória, carta de ordem, carta rogatória.
 Nesse contexto ainda está a regulamentação em torno da citação e da intimação, havendo regras sobre citação pelo correio, oficial de justiça, edital, etc.
 As intimações também estão disciplinadas a partir do art. 234. E a questão das nulidades processuais a partir do art. 243.
 É importante registrar que na dinâmica dos prazos o instituto da preclusão tenha enorme relevância art. 183 do CPC.
 Deve-se entender por preclusão aquela perda da faculdade do exercício de um ato processual, seja pela fluência do tempo, necessária a tanto, seja por incompatibilidade entre o que foi feito e uma possível ação futura.
 Tem-se entendido por preclusão temporal aquela gerada por decurso do tempo; lógica, aquela preclusão decorrente da prática de um ato inibidor de outro ato que gere incompatibilidade com o primeiro ato praticado; consumativa é aquela preclusão que surge do exercício do ato previsto em lei, ou seja, quando se exercita o ato consuma-se o direito desse exercício não havendo mais possibilidades de emenda ou alterações daquilo que se fez.
 Comenta-se ainda quanto a existência de preclusão judicial (pró-judicato) que é aquela preclusão que incide sobre atos do juiz. Tem-se entendido que para ojuiz só existia preclusão consumativa (vide art. 473 do CPC).
 É incisivo também anotar sobre a existência de prazos diferenciados para as partes no processo: arts 181 e 191 do CPC, art 5º da lei de assistência judiciária (defensor público).
 Como uma ultima nota os prazos processuais estão impregnados de princípios: 
brevidade, utilidade, continuidade, inalterabilidade, paridade de tratamento.
30 – 09 - 2013
Art. 158 – A desistência por si só gera efeitos.
Parágrafo Único – a desistência só produzirá efeitos após homologada por sentença.
Art. 267 , VIII
Art. 162,§ 1º - Sentença → é um ato do juiz enquadrado nos art. 267 e 269.
Ex. de questão de prova:
- Dê um exemplo de sentença.
 R: art. 267, VIII – extinção do processo sem resolução de mérito quando o autor desistir da ação.
DESPACHO – não cabe recurso. Os recursos são, para a decisão interlocutória e para a sentença.
Sentença - caberá apelação – art. 513.
Decisão interlocutória – caberá agravo – art. 522.
Apelação → recurso.
Contestação →resposta de réu - art. 297.
02 -10 -2013
ATOS DO JUIZ - ART. 162
Sentença – Despacho – Decisão Interlocutória 
A sentença deverá estar enquadrada no art. 267 ou 269.
Da sentença caberá recurso (Apelação) – art. 513.
Despacho não cabe recurso – art. 504.
Disposições Interlocutórias – caberá recurso (agravo) – art. 522.
Inócuo – não gera efeito, inofensivo. 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA - §3º art. 162.
→ Ato do juiz que acontece no curso do processo, decisão importante, sendo que caberá agravo.
→ Decisão interlocutória é tudo que ocorre no curso do processo sem finalizá-lo. São atos influenciam na decisão do processo, são atos de importância suprema.
Vista à Parte = pronunciar sobre o documento
Partes da Sentença:
Relatório – o juiz vai descrever tudo que aconteceu no processo. Toda sentença possui relatório, salvo no juizado especial criminal, neste ele é dispensado devido à ideia de simplicidade. 
Fundamentação – o juiz demonstrará o porquê de suas decisões.
Dispositivo – indica o artigo de lei em que se enquadra a pena, a pena, qual o regime e pena de multa.
28 – 10 – 2013
Respostas da Prova
– Impossibilidade Jurídica do Pedido. Pois, atividade de prostituição em si não é crime, pode-se dizer que é imoral dependendo do conceito de moral.
- Não. Art. 8º. (questão tratava de o menor poder propor ação).
– Preclusão Lógica.
– Não. Preclusão Consumativa.
- Não. É um Prazo Impróprio.
30- 10- 2013
LITISCONSÓRCIO
 É também conhecido como cumulação subjetiva tendo previsão a partir do art. 46 do CPC.
 Ocorre quando figuram um ou mais litigantes em um dos polos ou em ambos de uma relação processual.
 Quanto ao momento de formação do litisconsórcio ele pode ser inicial e também incidental.
 Em relação a obrigatoriedade pode ser facultativo, quando existe opção em sua formação; pode ser obrigatório, quando há exigência legal sua formação.
 Em torno da uniformidade da decisão dada no processo, existe o litisconsórcio unitário se a decisão proferida é idêntica para os litisconsortes; existe também o litisconsórcio simples, se a decisão não é a mesma para os litisconsortes.
 Tanto no litisconsórcio necessário como no facultativo vão existir casos de decisão igual e decisão diferente para os litisconsortes.
 Questão interessante também é a polêmica em torno do litisconsórcio ativo necessário em relação ao princípio da disponibilidade da ação conjugado ao princípio ao livre acesso a justiça. Se de um lado não se pode obrigar alguém a demandar contra outro contrariando a sua vontade, de outro não se pode impedir que a vontade alheia impeça alguém de demandar contra outrem. 
 A autonomia dos litisconsortes tem regulamentação no art. 48 do CPC, sendo ainda louvável registrar que o litisconsórcio é algo permitido em qualquer processo ou procedimento.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
 Esse fenômeno se dá quando alguém ingressa em um processo de outrem, seja como parte, seja como auxiliar da parte litigante.
 Para que exista esta intervenção o terceiro interveniente tem que demonstrara interesse jurídico, ou seja, ele deve ser titular de uma relação jurídica que possa ser atingida pela sentença que vier a ser proferida no processo em que o terceiro postula a sua intervenção.
 A intervenção de terceiros pode se dá de modo espontâneo a exemplo da oposição e da assistência, como também pode ser provocada, tal como ocorre na nomeação a autoria, na denunciação da lide e no chamamento ao processo.
 
I – OPOSIÇÃO
 É uma modalidade de intervenção de terceiros em que o interveniente (opoente) ingressa no processo pendente em busca do bem desfrutado em tal processo. Na oposição, o autor e réu do processo pendente formam um litisconsórcio passivo necessário do opoente.
 A matéria relacionada a oposição está regulamentada a partir do art. 56 do CPC.
II – NOMEAÇÃO A AUTORIA
 É uma modalidade de intervenção de terceiros em que a parte em um processo (réu) indica um terceiro para figurar em seu lugar numa demanda pendente. Esse terceiro indicado pelo réu ganha rótulo de nomeado, e o réu provocante da nomeação recebe o nome de nomeante.
 A matéria está disciplinada no CPC a partir do art. 62.
 O sucesso da nomeação a autoria depende da tríplice concordância do autor, do réu e do nomeado.
 
III – DENUNCIAÇÃO DA LIDE
 É uma modalidade de intervenção de terceiro em que a parte de um processo pendente (autor ou réu) requer a intervenção do terceiro na demanda em curso para que esse terceiro garanta eventual direito de regresso, caso essa parte provocante da intervenção seja derrotada pelo seu adversário no processo.
 A matéria tem regulamentação a partir do art. 70 do CPC, sendo certo que na hipótese do inciso I desse artigo a provocação da denunciação da lide pode ser feita tanto pelo autor como pelo réu do processo pendente; nas hipóteses dos incisos II e III do art. 70 do CPC só é possível haver denunciação da lide por parte do réu.
 Quem discussões são travadas em relação a este tema como, por exemplo, o assunto relacionado a obrigatoriedade ou não da denunciação da lide sob pena do direito regressivo ou também denunciação da lide diante da responsabilidade objetiva estatal.
IV – CHAMAMENTO AO PROCESSO
 É uma modalidade de intervenção de terceiros provocada em que visa a parte em que provoca a intervenção de terceiros (réu) formar contra este terceiro um título executivo. Forma-se assim uma nova relação jurídica envolvendo o réu do processo pendente e o terceiro, sendo o réu denominado Chamante e o terceiro Chamado.
 O chamamento ao processo não serve para buscar responsabilidade ao coabrigado cambiário. Sendo, aliás, uma figura de pouco uso nos meios forenses.
V – ASSISTÊNCIA 
 É uma modalidade de intervenção de terceiros espontânea em que o terceiro interveniente ingressa em um processo para auxiliar na vitória de uma das partes.
 Embora não situada no capitulo de intervenção de terceiros, a assistência desfruta de tal natureza jurídica não só pela finalidade do instituto, mas também pela própria disposição assentada no art. 280 do CPC.
 A assistência tem desdobramento em duas espécies: simples ou adesiva e litisconsorcial ou qualificada.
 Na assistência simples ou adesiva, existe tão somente uma relação jurídica entre assistente e assistido, que não envolve o adversário do assistido. O interesse do assistente é um interesse indireto para que o assistido vença a demanda e o envolve com seu adversário.
 Na assistência litisconsorcial existe um interesse direto do assistente na relação jurídica embasadora do pedido de assistência. Nesta assistência o assistente é equiparado a parte. Na assistência simples o assistente tem atuação acessória.
06 – 11 - 2013
COMPETÊNCIA
 É a competência da jurisdição estandoo critério estabelecido na legislação brasileira.
 Quando se fala em competência de foro, existe uma referência à circunscrição territorial, ou seja, a comarca ou a sessão judiciária.
 Quando se em fala em circunscrição de juiz, é uma referência que se liga aquele juízo competente entre os diversos que existem em comarca ou sessão judiciária.
 Encontra-se tratado entre os artigos 88 e 90 do CPC o assunto referente a competência internacional. Embora exista este título, o que em verdade, encontra-se tratado nestas disposições é caso de aplicação da jurisdição brasileira em causas que existe conexão internacional.
 Diante disso, melhor seria que estivesse colocado no CPC o título CASOS DE JURISDIÇÃO INTERNACIONAL e não COMPETÊNCIA INTERNACIONAL, tudo porque o legislador brasileiro não tem poderes para legislar além do seu âmbito de soberania.
 Dentro da disciplina do art. 88 encontra-se a chamada jurisdição cumulativa ou concorrente, ou seja, os julgamentos ocorridos no Brasil não afastam a possibilidade de julgamentos externos. Estes, no entanto, para que tenham validade no Brasil terão que ser homologados pelo Superior Tribunal Justiça aqui no Brasil (STJ).
 No art. 89 e seus incisos vão estar situações que ilustram o que se chama de jurisdição absoluta ou exclusiva. Nas questões enumeradas em tais disposições não existe possibilidade da ocorrência de julgamentos que não sejam feitos pela justiça brasileira para que aqui tenham valor.
 Retomando o assunto da competência interna da justiça brasileira é oportuno frisar que a competência se firma a partir do momento da propositura da ação ( art. 263/CPC), sendo irrelevantes as modificações supervenientes de fato ou de direito que possam alterar a competência tal como se lê na disposição do art. 87 do CPC.
 Essa impossibilidade de mudança da competência ocorrida como ajuizamento da ação faz gerar o fenômeno da doutrina tratado como o da perpetuação da jurisdição.
 É bom observar que a regra da não modificação da competência sobre a flexibilização anotada no próprio art. 87 do CPC.
 Não só no Código do Processo Civil, a partir do art. 86, está o tratado da competência, como também em outra legislação, como na Constituição Federal, a exemplo da tratativa feita nessa norma nessa norma maior dentro dos artigos 92, inciso I a VII; 102; 105; 108; 109; 125 e 126.
 É corrente a divisão quanto a existência de uma competência absoluta e de uma competência relativa. Em uma competência absoluta, o critério é firmado em face da prevalência do interesse público para o delineamento dessa competência. Diante disso no caso de incompetência absoluta do juízo os atos decisórios serão nulos serão nulos e a sua sentença pode ser recindida ( objeto de ação rescisória ). O vício da incompetência absoluta deve ser declarado de ofício pelo próprio juiz (art. 113 do CPC). É um vício que pode ser alegado a qualquer tempo pelo autor, réu e interveniente(s) sendo assunto que pode ser tratado na preliminar de uma constentação.
 A competência absoluta é uma competência indisponível.
 Sendo a matéria e a hierarquia os critérios que dão a diretriz para a fixação desta competência, tal como que colhe da planta do art. 111 do CPC.
 A competência relativa é a competência criada em função dos interesses particulares. Existindo incompetência desse nível não haverá nulidades de atos decisórios. Essa competência é disponível.
 Ocorrendo vício dessa natureza, se não houver questionamento tempestivo do vício, a irregularidade da competência fica sanada.
 De um modo geral os critérios norteadores para a fixação dessa competência tomam como ponto questões atinentes ao valor da causa e o elemento território.
 Para se arguir o vício da incompetência realtiva, a parte deve apontar um vício na sua contestação ou por meio de uma simples petição inicial.
 Como já foi dito, até o mesmo juiz da causa deve reconhecer a anomalia por sua conta própria ainda que não exista qualquer denúncia apontando o vício.
 A incompetência relativa deve ser questionada por meio da exceção de incompetência de juízo, tal como está afirmado no art. 112 do CPC. Vide também os art. 304 e seguintes do CPC. 
 Quando se fala dentro do tema competência sobre conexão ou sobre continência, deve se buscar o sentido dessas coisas através da leitura dos arts. 103 e 104 do CPC.
11 -11- 2013
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Litisconsórcio – quando há a presença de dois ou mais litigantes.
Litisconsórcio Necessário Ativo – em casos excepcionais, o litigante que se nega a participar pode ser citado.
Implicações – art. 48. 
Intervenção de Terceiros – um estranho intervém no assunto porque tem interesse jurídico no caso. Ex. assistência, oposição, denunciação da lide ou chamamento ao processo, nomeação a autoria.
EXTROMISSÃO PROCESSUAL – quando há substituição da nomeante pela nomeante pela nomeada.
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- Obrigatoriedade ou não da denunciação da lide, denunciação da lide em responsabilidade objetiva (possibilidade).
- Revista Jurídica UIT nº7.
Em caso de evicção cabe denunciação da lide.
Oposição – quando um terceiro se opõe ao processo. Na oposição tem um Litisconsórcio Passivo Necessário (o opoente ingressa na ação contra os dois 1º litigantes).
Ex. Ramon entra contra Carine dizendo que determinado imóvel o pertence. A opoente Bruna interfere na ação alegando que o imóvel é dela. Daí Ramon e Carine tornam-se opostos na ação.
Intervenção de Terceiros:
Ex. Ramon (dono) aluga um imóvel para Carine. Carine aluga este imóvel para Bruna. Ramon entra com ação para desfazer o contrato com Carine. Bruna interfere no processo a favor de Bruna.
13 -11 – 2013
PETIÇÃO INICIAL
 A petição inicial é o veículo da demanda. Quando você está pedindo ao estado uma providência jurisdicional. A questão litigiosa que é deduzida em juízo, isto é, no processo, é a causa, e esta não se confunde com a lide, já que a lide é um fato pré-processual.
 Os requisitos de uma petição inicial estão postos no art. 282 do CPC. Nada obstante você encontra um ou outro requisito em outras disposições do código, sendo certo, de qualquer modo, que o texto básico da petição inicial está centrado no já citado art. 382.
 É importante frisar que a petição inicial deve ser revestida desses requesitos do art. 282. Caso falte algum desses requisitos numa petição inicial, será dada oportunidade para que haja o suprimento da falha (art. 284/CPC) e se não houver a correção da falha ocorrerá o indeferimento da petição inicial (ato esse caracterizado de sentença extintiva do processo sem resolução do mérito – art. 267/CPC).
 Cabe também esclarecer que existem vícios capazes de contaminar uma petição inicial que não podem ser consertados, caso, por exemplo, da existência de uma impossibilidade jurídica ao pedido ou de falta de interesse processual.
 Sendo um pouco mais claro sobre este assunto o que eu quero dizer é que, em situação como as antes apontadas não haverá margem para qualquer emenda da petição inicial (possibilidade do art. 284/CPC), haja vista que prepondera nas situações destacadas a aplicação da regra do art.295, inciso I e III, parágrafo único, inciso III.
 De qualquer modo em face da ideia de que o processo não tem um fim em si mesmo, a possibilidade de correção de vícios tem sempre destaque especial. Somente naqueles casos de vícios insanáveis é que não vai haver espaços para correções (emendas) da petição inicial.
 Entre os requisitos da petição inicial o do inciso III do art. 282 é que se refere a causa de pedir, isto é, a petição inicial deve conter os fatos e os fundamentos jurídicos do pedido, ou seja, o evento (fenômeno) e a sua repercussão jurídica, ou seja, no campo do direito.
 Não se exige que o demandante apresente na sua petição inicial o artigo de lei que vai servir de embasamento ao seu pedido.O pedido também é um requisito extremamente importante de uma petição inicial, sendo ele o limitador da decisão que vai ser proferida, de modo que essa decisão não pode ser proferida além do pedido (ultra petita) ou diferente do pedido (extra petita) e também sem que haja apreciação ou exame de tudo aquilo que foi pedido (citra petita).
 Vê-se em face dessa enunciação que existe íntima correlação entre pedido e sentença, estabelecendo o legislador, disposições que marcam essa conclusão: CPC, artigos 128, 460, 293, etc.
 Todo pedido deve ser certo e determinado. Pedido certo é aquele pedido expresso, registrado por escrito, pedido determinado é aquele pedido quantificado, delimitado em sua quantidade e extensão.
 Numa leitura melhor doa RT. 286/CPC deve-se afastar do dispositivo a expressão, ou seja, haja vista que todo pedido deve certo e determinado, e não certo ou determinado. Só excepcionalmente, será possível a formulação de um pedido indeterminado, sendo esta possibilidade admitida pela disposição do art. 286 e sua 2ª parte, em casos enumerados nesta norma.
 Sendo, portanto, um requisito essencial da petição inicial, o legislador deve o cuidado de tratar desse em diversos artigos do CPC: no art. 287 encontra-se a regra do pedido cominatório; no art. 288 a regra do pedido alternativo; no art. 289 a regra do pedido subsidiário; no art. 290 a regra do pedido nas obrigações de trato sucessivo; no art. 291 a regra do pedido nas obrigações indivisíveis; no art. 292 a regra dos pedidos cumulados; no art. 293 a regra dos pedidos restritivos, bem como dos implícitos.
 A possibilidade do aditamento tem disciplina no art. 294, não se pode compreender essa disposição sem que haja o exame do texto do art. 264 do CPC.
18 – 11 - 2013 
DA RESPOSTA DO RÉU
 A partir do art. 297 do CPC encontra-se o delineamento da resposta do réu. A diretriz está dentro do procedimento ordinário, como também estão as linhas da petição inicial, pois este procedimento funciona como regra geral dos demais procedimentos. 
 No prazo de resposta, o réu pode oferecer não só a contestação, mas também a reconvenção, as exceções, podendo também impugnar valor de causa e a concessão da justiça gratuita.
 Vê-se, assim, que a resposta é um gênero integrado por diversas espécies de defesa. A principal de tais defesas é a contestação.
 Em face do princípio da eventualidade ou concentração, na contestação o réu deve alegar toda a sua matéria de defesa, seja no que tange a forma, seja a matéria de mérito.
 Dentro de uma dimensão técnica, antes da defesa de mérito, a defesa do réu deve ser dirigida aos aspectos formais do processo, tal como está escrito no artigo 301 do CPC. Os fatos não rebatidos na contestação são, normalmente, presumidos como verdadeiros diante da revelia (CPC – arts. 302, 319 e 320).
 No campo das exceções, o réu pode arguir a incompetência relativa de juízo, arguir suspeição e impedimento deste mesmo juiz. Lembre-se que a incompetência absoluta do juízo, não de vê ser apontada por meio de exceção, haja vista que este vício deve ser questionado em matéria preliminar da contestação ou mesmo por intermédio de uma simples petição. Como nota de recurso a exceção de incompetência serve tão apenas para questionar a incompetência relativa do juízo.
 Também no momento da resposta o réu pode apresentar a reconvenção, que nada mais representa do que uma demanda do réu contra o autor que seja conexa com a ação principal ou com os fundamentos as defesa, devendo ser lembrado que nem todo procedimento admite a figura da reconvenção, tal como ocorre no procedimento sumário, havendo lá no lugar da reconvenção o chamado pedido contraposto (CPC – arts. 278, parágrafo 1º).
 A reconvenção tem o seu tratamento dispensado pelo Código de Processo Civil (CPC) entre os artigos 315 a 318.
 Não havendo extinção do processo sem resolução do mérito ou julgamento antecipado da lide ou mesmo acordo finalizador da demanda surge a fase de produção das provas até então inexistentes nos autos.
 Todos os demais meios legais ou moralmente legítimos servem para provar a verdade dos fatos (CPC – art. 332). A disciplina do ônus da prova recebe tratamento pelo art. 333 do CPC.
 Produzidas as provas, as partes apresentam as suas alegações finais, surgindo depois disto a sentença, que representa a conclusão em torno do assunto posto sobre o julgamento.
 A sentença deve estar constituída por um relatório, por uma fundamentação, por um dispositivo e pela assinatura do juiz (autenticidade). O art. 458 do CPC revela partes destas exigências.
 Quando a sentença torna-se imutável e indiscutível, ela passa para o plano da coisa julgada, fenômeno que ganha disciplina a partir do art. 467 do CPC. A garantia da coisa julgada é também direito fundamental que tem acento no art. 5°, XXXVI da CFB.
 No plano processual existe uma coisa julgada formal, bem como uma coisa julgada material. Nesta, a imutabilidade da decisão é mais profunda, por quanto o mérito da lide foi decidido tornando-se indiscutível. Quando ocorre uma coisa julgada tão somente formal é porque não houve decisão de mérito. Também cabe observar que uma coisa julgada material passa previamente pelo plano de uma coisa julgada formal.
Explicações da Petição Inicial
Petição Inicial – art. 282, incisos:
I – COMPETÊNCIA – não pode sser qualquer juiz;
II – toda petição inicial deve conter estes requisitos (do e do réu);
III - causa de pedir, o evento ocorrido, fato jurídico (legitimidade da ação), fenômeno que repercute no campo jurídico. Há fatos que não têm revelância, por ex., processar alguém porque entrou na sala e não deu boa noite...
Pesquisar – quando a petição for indeferida inciso I, art. 295, por falta do inciso II, art. 282, o que ocorrerá coma a petição? Ela poderá ser emendada, o processo será extinto?

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