Buscar

PETIÇÃO INICIAL SONHO GELADO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL E COMERCIAL DA COMARCA DE LINHARES/ES
CÁSSIO DA SILVA FREITAS, Brasileiro, Engenheiro, Solteiro, RG nº 3.333.000-ES, inscrito no CPF sob o n° 055.005.005-05, residente e domiciliado na Avenida Marechal, n° 12, bairro Centro, CEP 29.900-000 Linhares/ES, cassiofreitas@gmail.com vem, perante Vossa Excelência, representado por suas advogadas que ao final subscreve (procuração à fl. 06), com endereço profissional na Avenida dos Direitos, n° 171, bairro da Justiça, mardoneadvogados@gmail. CEP 29.900-000 Linhares/ES, com fundamento no Artigo 319 do Código de Processo Civil, propor a presente
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
Em face do 
SONHO GELADO, inscrita no CNPJ sob o n° 002.00./0002-02, com sede na Avenida Paulista, n° 03, bairro Jardim Europa, São Paulo/SP, sonhogelado@gmail.com pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
PRELIMINARMENTE
Da Assistência Judiciária Gratuita
A concessão dos benefícios da gratuidade de justiça, uma vez se tratar a presente ação de relação de consumo como adiante será explicado. 
	DOS FATOS
Em 15 de dezembro de 2016, o Autor adquiriu da empresa Ré um aparelho de ar condicionado (modelo: xxx número: xxx), no valor de R$ 1.999,00 (Um mil novecentos e noventa e nove) reais conforme consta na nota fiscal em anexo (fl. 08).
Fato é que ao chegar a sua residência e proceder à instalação do aparelho, o Autor verificou que o produto apresentava problemas, desarmava sozinho e não refrigerava o ambiente.
Em virtude dos problemas apresentados, Cassio no dia 26 de dezembro de 2016, entrou em contato com a fornecedora, que prestou devidamente o serviço de assistência técnica. Nessa oportunidade, foi trocado o termostato do aparelho. 
Todavia, apesar disso, o problema persistiu, razão pela qual Cássio, por diversas outras vezes, inclusive por e-mail, entrou em contato com a empresa SONHO GELADO solicitando a substituição do aparelho, como apresenta o anexo (fl. 09 e 10), a fim de tentar resolver a questão amigavelmente.
A empresa negou a substituição do mesmo, afirmando que enviaria um novo técnico à sua residência para analisar novamente o produto. Porém a assistência técnica somente poderia ser realizada 15 (quinze) dias após contato, devido a grande quantidade de demanda no período do verão. 
Porém, tendo transcorrido o prazo de 30 (trinta) dias sem a resolução do defeito pelo fornecedor, não lhe restou outra opção senão a propositura da presente demanda.
	FUDAMENTOS JURÍDICOS
Dispõe sobre a proteção do consumidor:
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Tendo em vista que o requerente comprou o aparelho dando destinação final, qual seja, utilizou o aparelho para refrigerar o ambiente, ele se enquadra como consumidor.
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Observa-se que a requerida pratica a comercialização de ar condicionado, por este motivo ela se classifica como fornecedora.
 § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
Assim estabelecida à relação de consumo aplica-se o CDC. 
A Requerente exige que a Empresa Ré seja responsabilizada em SUBSTITUIR O PRODUTO uma vez que o autor honrou com todo o pactuado no momento da compra, estando em dia com a Empresa Requerida. 
Conforme dispõe o artigo 18, §6º, III, do CDC:
"Art. 18 Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas"
“§6° São impróprios ao uso de consumo:”
“III – os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam”.
Assim exposto, os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem pelos vícios de qualidade que os tornem inadequados ao consumo a que se destinam e, via de consequência, poderá o Requerente, não tendo o vicio sanado no prazo máximo de 30 dias, exigir a restituição dos valores pagos nos termos do §1º, II, do artigo 18 do CDC, “in verbis”:
“§1° não sendo o vicio sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:”
I – a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
Foi prestada a assistência técnica em 26/12/2016 na qual não obteve êxito então o autor exerceu o direito de pedi a substituição do produto em 26/01/2017, com isso a requerida não resolveu o incidente no prazo legal de 30 dias.
Dessa forma, o Requerente exige que a Requerida seja responsabilizada pelos vícios do produto por ela colocados no mercado.
Tutela provisória de urgência
A parte autora, junta documentos que comprovam a compra (15 de dezembro de 2016) e as reclamações (fl. 09 e 10) sendo essa a probabilidade do direito. 
Se faz presente, ao passo que o Requerente e sua família irão ficar um grande período sem o bem (aparelho), tal fato afeta, o principio da dignidade da pessoa humana e o direto ao lazer, consolidados na CF
Portanto os requisitos do artigo 300 do CPC se fazem presente.
Do Dano Material e Moral
O Requerente propõe a presente ação embasando-se no artigo 186 do Novo Código Civil Brasileiro, “in verbis”:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito, ou causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
O artigo mencionado deve ser associado ao caput artigo 927, do mesmo dispositivo legal:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.”
Além dos dispositivos acima elencados, é oportuno mencionar o que garante a Constituição de 1988:
“Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
(...)
III – a dignidade da pessoa humana;
Art. 5º...:
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; (grifamos).
Também, o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, no seu art. 6º, protege a integridade moral dos consumidores, destacando como Direito Básico do Consumidor:
“Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:
(...)
VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos. (grifamos).
O requerente adquiriu o produto para ter uma melhor qualidade de vida, e até a presente data só teve prejuízos, raiva, frustrações e transtornos.
Do “QUANTUM” Indenizatório
Uma vez reconhecida à existência do dano Material e Moral, e o consequente direito à indenização deles decorrentes, é necessário analisar o aspecto do quantum pecuniário a ser considerado e fixado.
E essa indenização que se pretende em decorrência dos danos Materiais e Morais, há de ser arbitrada, mediante estimativa prudente, que possa em parte, compensar os "DANOS" do Autor, no caso, a súbita surpresa que lhe gerou transtornos, de comprar um aparelho de extrema utilidade e não poder usar por negligência da Empresa Requerida, vindo lhe trazer dissabores de cunho pessoal e patrimonial que jamais pensou vivenciar.
Com relação à questão do valor da indenizaçãopelos DANOS MATERIAIS cumpre ressaltar que o valor do “bem” foi de R$ 1.999,00 (mil novecentos e noventa e nove) reais, pago em 26/12/2016, com incidência de correção monetária da data da compra.
Quanto ao DANO MORAL, destaca-se o desleixo da empresa Requerida em atender o consumidor de maneira digna, não assumindo os termos de substituir o produto nos temos do CDC, afrontando o consumidor em sua dignidade, honra e financeiramente.
Sem qualquer justificativa a essa altura que afaste dela o dever de indenizar o Requerente pelos Danos Morais que passou a suportar, e acredita que somente com a mão do Estado/JUIZO, para sustar os Danos sofridos, sendo assim, não podendo ser fixado em um patamar inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais) a título de Danos Morais.
	DOS PEDIDOS
Em face do exposto, requer a Vossa Excelência:
A citação da empresa Ré no endereço constante no preambulo da presente petitória;
A concessão dos benefícios da gratuidade de justiça, uma vez se tratar a presente ação de relação de consumo, e ser o requerente a parte que figura na qualidade de consumidor na relação jurídica entre este e a requerida, nos termos do Artigo 11, inciso IV da Constituição Estadual do Estado do Espírito Santo;
A concessão do pedido de tutela de urgência para determinar que o requerido substitua ou restitua o valor do aparelho no prazo de 5 dias sob pena de multa;
Para fins do art. 319, inciso VII do CPC o REQUERENTE manifesta o interesse na realização de audiência de conciliação ou mediação.
A inversão do ônus da prova em prol do requerente, nos termos do inciso VIII, do artigo 6º do CDC;
Seja ACOLHIDA a presente inicial, para condenar a empresa ré:
f.1) A substituição do produto (ar condicionado no valor de 1.999,99) ou a restituição do valor, corrigido monetariamente, desde a data do efetivo pagamento, a titulo de DANOS MATERAIS;
f.2) a pagar a titulo de DANOS MORAIS no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
f) A condenação da Requerida a pagar custas e honorários advocatícios, arbitrados em 20% (vinte por cento). 
Protesta provar o alegado pela produção de provas pericial, documental e oral, e todas as demais cabíveis.
Dá-se à presente ação o valor de R$ 11.999,00 (onze mil e novecentos e noventa e nove reais).
Termos em que,
pede deferimento.
Linhares/ES, 22 de setembro de 2016. 
	XXX			XXX
OAB/ES n° 104.000 OAB/ES n° 105.000
	XXX
OAB/ES n° 106.000

Continue navegando