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FARMACOLOGIA Prova 1 - Resumo

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FARMACOLOGIA
GRADUANDA: BETINA MIRITZ KEIDANN – MEDICINA VETERINÁRIA - UFPEL
Datas das provas:
	
	Datas
	Peso
	1ª Prova
	27.04.15
	3.0
	2ª Prova
	18.05.15
	3.0
	3ª Prova
	22.06.15
	3.0
	Seminário
	11.05.15
	1.0
	Retardatários
	29.06.15
	-
02.03.2015
INTRODUÇÃO:
 Sistemas Mecanismo de ação
 FARMACOLOGIA Farmacodinâmica Locais de ação
 Geral 
 Farmacocinética Sistema LADME
FARMACODINÂMICA: Estudo de ações e efeitos dos fármacos e seus mecanismos de ação no organismo. “O que o fármaco faz ao corpo”. Uma das bases para o uso terapêutico dos fármacos.
FARMACOCINÉTICA: É a divisão da farmacologia geral que estuda o “trânsito” dos fármacos dentro do organismo. “O que o corpo faz ao fármaco”; 
 L(liberação); A(absorção); D(distribuição); M(metabolização); E(eliminação).
“Os fármacos não criam funções, apenas modulam funções fisiológicas intrínsecas”.
AÇÃO FARMACOLÓGICA ≠ EFEITO FARMACOLÓGICO:
Ação: alterações bioquímicas ou fisiológicas que modificam funções celulares. A nível celular, não sendo possível enxergar, como por exemplo ao entrar com um anti-histamínico não enxerga-se o bloqueio dos receptores de histamina.
Efeito: consequência da ação. É possível detectar, como a sonolência causada pelo anti-histamínico. 
MECANISMO DE AÇÃO:
Os fármacos em geral apresentam:
Múltiplos efeitos decorrentes de mecanismo de ação único em diferentes sítios; (Ex.: Atropina: taquicardizante, midriático {é a dilatação da pupila em função da contração do músculo dilatador da pupila. Seu contrário, ou seja, a contração da pupila, é conhecida como miose.}, diminui a micção, antiespasmódico. Age bloqueando os receptores de acetilcolina, interferindo na sua ação.).
Múltiplos efeitos decorrentes de múltiplos mecanismos de ação. (Ex.: Anti-histamínicos: bloqueadores dos receptores H1 (apenas bloqueiam os receptores histamínicos impedindo a sua conexão) e H2 (reduzem eficazmente a secreção acida gástrica estimulada por alimentos, pentagastrina, insulina, cafeína ou histamina). Ocorre depressão do SNC, como por exemplo sonolência, lassidão, fadiga, fraqueza, depressão.
SÍTIO DE AÇÃO OU BIOFASE:
CONCEITO: Onde o medicamento vai agir;
LOCALIZAÇÃO: 
Extracelular; Ex.: Eparina, age na cascata de coagulação, é um anticoagulante;
Intracelular; Ex.: Aminoglicosídeos, são bactericidas, inibidores de síntese proteica das bactérias sensíveis, agindo portanto intracelularmente.
Membrana; Ex.: Insulina, que possui receptor RTK (do inglês receptor tirosin kynases), a ligação da insulina a uma ou duas subunidades α (membrana) induz uma mudança conformacional no domínio intracelular do receptor. O receptor sofre autofosforilação, aumentando sua atividade.
Órgão Efetor: Órgão onde o fármaco age, como por exemplo Coração no caso de taquicardizante.
 
ALVOS DE AÇÃO:
Enzimas; Ex.: Paracetamol tem como alvo as COX 1, 2 e 3 (cicloxigenases: são responsáveis pela formação de importantes mediadores biológicos chamados prostanóides (incluindo prostaglandinas, prostaciclina e tromboxano). A inibição farmacológica da COX pode causar alívio aos sintomas da inflamação e da dor. Este é o mecanismo de ação de diversas drogas conhecidas (AINEs) como a aspirina e o ibuprofeno.
Moléculas Transportadoras: Proteínas carreadoras, transporte ativo. Ex.: Imipramina, antidepressivo que inibe a captação de noradrenalina fazendo-a sobrar na fenda sináptica. Cocaína tem o mesmo efeito, inibe a captação de noradrenalina, fazendo-a acumular na fenda causando uma “viagem”.
Canais Iônicos: Atuam bloqueando o canal iônico, como por exemplo os anestésicos locais que bloqueiam o canal de sódio por exemplo, alterando o balanço eletrolítico.
Receptores: São estruturas proteicas, macromoléculas. Intensão neste caso é bloquear o receptor, como por exemplo os anti-histamínicos que atuam nos receptores de histamina. O que determina a união do fármaco no seu receptor, é a sua estrutura química. O efeito do fármaco portanto é resultado da interação do mesmo com o seu receptor.
RESPOSTA AO FÁRMACO:
Interação com os componentes macromoleculares (Fármaco-Receptor) → Alteração das funções desses componentes (Receptores histamínicos por exemplo não conseguem captar histamina) → Alterações bioquímicas e fisiológicas como consequência → Resposta.
FAMÍLIAS DE RECEPTORES:
TIPO 1: Ligado à canal iônico, membrana. Ex.: nACh (Receptor nicotínico) e GABA (Neurotransmissor inibidor do SNC). Ambos, neurotransmissores rápidos.
TIPO 2: Acoplados à proteína G, membrana. Ex.: mACh (Receptor muscarínico) e adrenérgicos (Receptores de adrenalina e noradrenalina). Neurotransmissores lentos.
TIPO 3: Ligado à quinases (tipo de enzima que transfere grupos fosfatos de moléculas doadoras de alta energia (como o ATP) para moléculas-alvo específicas (substratos)). Membrana. EX.: insulina, fator do crescimento.
TIPO 4: Controlam a transcrição de genes. Intracelular → nuclear. EX.: hormônios esteroidais e tireoidais.
09.03.2015
RECEPTORES: TIPO 2
São os receptores acoplados à Proteína G (consta de 3 subunidades: alfa, beta e gama, sendo somente a alfa ativa). A Proteína G é transdutora de sinal, ou seja, capta o sinal e passa adiante.
1º Mensageiro (fármaco, agonista {fentanil – anestésico})
↓
Receptor (Opióide µ {complexo-receptor})
↓
Proteína G (transdutor a partir da subunidade alfa)
↓
Enzima Fosfolipase C e Adenilciclase (amplificador)
↓
2º Mensageiro (No caso da Fosfolipase C é o IP3 e no da Adenilciclase é o AMPc)
↓
Resposta ao fármaco (neste caso, analgesia)
A Proteína G é um nucleotídeo guanidínico; quando ativa-se a subunidade alfa se desliga da Proteína G e somente ela se liga na enzima.
AGONISTA: uma substância química que interage com um receptor membranário, ativando-o e desencadeando uma resposta que pode ser aumento ou diminuição de uma manifestação particular da atividade das células às quais os receptores estão associados; 
ANTAGONISTA: se refere aos compostos químicos que se ligam a determinados receptores neurológicos porém sem ativá-los, impedindo que os componentes que o ativariam de se ligarem.
TEORIA DE CLARK E ARIENS:
	
	Afinidade
	Atividade Intrínsica
	Agonista
	+
	+
	Antagonista
	+
	-
	Agonista Parcial
	++
	-
AGONISTA PARCIAL: Possui muita afinidade pelo receptor, porém quase nada de atividade intrínseca (A atividade intrínseca é uma medida da capacidade do fármaco para produzir um efeito farmacológico ao unir-se ao seu receptor). Primeiramente estimulam e depois bloqueiam a resposta.
TEORIA DA ASSOCIAÇÃO E DISSOCIAÇÃO:
	
	Associação
	Dissociação
	Agonista
	Rápida
	Rápida
	Antagonista
	Lenta
	Lenta
INTERAÇÕES ENTRE OS FÁRMACOS:
Os pacientes em geral são tratados por mais de um fármaco, existem escolhas dietéticas individuais, em alguns casos podem estar utilizando medicamento de venda livre como vitaminas e outros suplementos naturais, ou seja, o profissional precisa avaliar quais as causas das possíveis interações.
Sinergismo: Vantajoso, pois diminui os efeitos colaterais. Existem 2 tipos: 
→ DE ADIÇÃO: Quando associamos medicamentos e o efeito é 1+1=2 (o efeito final é igual a soma dos efeitos de cada droga separada);
→ DE POTENCIAÇÃO: o efeito de 1+1>2 (o efeito final é maior que a soma dos efeitos de cada droga separada. Ex. anticolinestesasico+acetilcolina (biotransforma a acetilcolina).
→ SENSIBILIDADE OU FACILITAÇÃO: a substância inibindo um mecanismo aumenta o efeito de outra substancia, ou seja, ação indireta. Ex.: a acetilcolina não é usada clinicamente devido a sua metabolização muito rápida, ocasionada pela colinesterase,
entra-se portanto com um anticolinesterásico que possui como efeito um aumento do peristaltismo, que faz com que sobre acetilcolina.
Antagonismo: Quando associamos 2 ou mais substancias e uma diminui ou inibe o efeito da outra:
→ Fisiológico: são substancias diferentes que atuam em receptores diferentes e produzem resposta antagônicas, são 2 fármacos agonistas.
→ Químico: uma substancia reage com a outra quimicamente inibindo o efeito.
→ Fisico: como exemplo temos o carvão ativado que absorve as substancias administradas via oral.
→ Antagonismo por bloqueio de receptor: 
# Competitivo Reversível: as substancias competem pelo mesmo receptor, vence a competição a substancia em maior concentração.
# Irreversível: mudar a concentração não adianta.
→ Não competitivo: fármaco contra um fenômeno fisiológico, como impedir o influxo de cálcio por exemplo.
ÍNDICE TERAPÊUTICO:
Número sem unidade que nos dá a segurança do medicamento. O quanto a dose tóxica ou letal está longe ou próximo da dose eficaz.
1 (ruim-facilmente intoxica) ............................ 10 (ótimo)
16.03.2015
## FARMACOCINÉTICA: é a parte da farmacologia que se estuda o transito do fármaco no organismo, desde que ele é administrado até que ele seja eliminado. Sistema LADME.
Importância da Farmacocinética:
Determinação adequada da posologia de acordo com: forma farmacêutica, dose indicada no caso clinico, intervalo entre as doses e via de administração.
Reajuste da posologia de acordo com a resposta clinica.
Interpretação de respostas inesperadas ao medicamento.
Melhor compreensão da ação das drogas.
Posologia em situações especiais.
Pesquisa de aspectos da farmacocinética clínica de medicamentos novos.
SISTEMA LADME: Liberação, Absorção, Distribuição, Metabolização e Excreção. 
Fatores que alteram a absorção dos fármacos:
Forma Farmacêutica – Comprimido, cápsula, endovenoso, suspensão...
Lipo e Hidrossolubilidade – Primeiros fatores que alteram a absorção: solubilidade: tem a ver com a substancia ser solúvel em água, ser aquosa ou oleosa. Qual vai ser mais rapidamente absorvida? A que tiver na forma aquosa, pois os líquidos corporais são aquosos, então vai se difundir melhor aquela que estiver na forma aquosa. Na forma oleosa ela vai custar mais a se difundir dado a disparidade dos líquidos. Uma injeção na forma aquosa não dói tanto como na forma oleosa, pois a oleosa fica restrita e custa mais para se difundir;
Via de administração – VO (mais lenta normalmente), SC, IM, IV (mais rápida);
Irrigação do local de administração: diretamente proporcional, quanto maior a irrigação no local de absorção, mais rapidamente o fármaco vai ser absorvido. Quando se injeta um fármaco por via endovenosa podemos dizer que a absorção é pronta, imediata, não tem tempo de absorção, pois o fármaco está sendo administrado diretamente no sangue e a absorção teoricamente é desde a liberação do fármaco até a chegada do mesmo no sangue.
Superfície de absorção: quanto maior a superfície, mais rapidamente a absorção ocorre. 
pH: substancia acida no meio ácido não se dissocia, melhor absorvido, básico no meio básico não se dissocia, é melhor absorvida, uma substancia acida no meio básico se dissocia, se for uma substancia alcalina no meio ácido se dissocia. “Igual não se dissocia, melhor absorvido”. “Diferente dissocia, mais lenta absorção”.
Coeficiente de partição óleo/água (alto coeficiente, maior lipossolubilidade): nos diz exatamente, através de uma equação, a percentagem da parte dissociada e da parte não dissociada, e quando a parte dissociada for igual a parte não dissociada ou seja o fármaco estiver 50% na forma dissociada e 50% na parte não dissociada, o pH esta igual ao PK da solução (ou seja se o pH é 7 o PK tbm) que é o quanto ela esta dissociada ou não, entao se eu mudar o pH eu mudo essa função. Esse PK é um valor que nós temos a disposição. Então quanto maior for esse coeficiente de partição óleo agua mais alta é a lipossolubilidade pois a porção que estará em maior percentagem é a não dissociada porque vai ser melhor absorvido;
Tamanho das moléculas (mesmo lipossolúvel, interfere): mesmo sendo lipossolúvel o fármaco se ele tiver moléculas muito grandes ele vai ter dificuldade de atravessar as membranas.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: Enterais, parenterais e mucosas:
Enteral: são as vias onde ocorre passagem de fármaco pelo trato gastrointestinal. A via oral é considerada um protótipo desta.
Mucosas: vias sublingual, retal, vaginal e saco ocular.
Tópica: onde temos efeito local, não temos o efeito sistêmico.
Parenteral: recebe a substancia por outra forma que não pelo trato digestivo, a via mais importante é a endovenosa, e também temos intramuscular, subcutânea, intrarterial, intrarticular, intracardiaca, intraperitoneal, transdérmica.
Uma via não atinge a concentração da outra ao mesmo tempo. A via que é mais devagar é a oral. A via venosa não tem tempo de absorção, se atinge a concentração máxima na hora que injetamos (visto que a absorção é até a chegada do fármaco ao sangue para que seja iniciada a distribuição).
Fatores que determinam a escolha da via:
Efeito local ou sistêmico da droga: dependendo da patologia se escolhe a via;
Propriedade da droga e forma farmacêutica administrada: suspensão, comprimido, endovenosa...
Tempo necessário para o início do tratamento: se temos uma emergência não vou usar via oral vou usar uma via parenteral de preferência uma intravenosa. 
Idade do paciente: não podemos administrar um fármaco em um paciente idoso que vá provocar um efeito súbito que por via venosa possa levar a morte do paciente, deve se contra-balançar, pesar, pois quando falamos em idade do paciente falamos também na metabolização, porque o paciente idoso não metaboliza com a mesma maneira que um paciente com idade mediana, e um paciente recém-nascido tbm não vai metabolizar da mesma maneira. Ex a mensodiasepina que é um tranquilizante menor se vou administrar para um paciente idoso o efeito vai ser muito mais drástico do que um paciente de idade mediana. Metabolização e risco de morte pelo efeito súbito.
Conveniência: por via oral é indolor, nos casos não urgentes é conveniente. Já quando se quer um efeito rápido, a via intravenosa é a mais conveniente. 
Duração do tratamento
Obediência do paciente ao regime terapêutico (posológico): vai depender do dono.
VIA ORAL:
Vantagens:
Mais conveniente e aceitável (ato de deglutir é normal);
+ segura
Fácil administração
Econômica
Confortável, indolor
Efeitos locais e sistêmicos
Possibilidade de remover o medicamento
Desvantagens:
Absorção variável (ineficiente)
Período de latência médio a longo (efeito demorado)
Ação dos sucos digestivos
Interação com alimentos
Pacientes não colaboradores (inconscientes, por exemplo)
Efeito de primeira passagem
pH do trato gastrintestinal
A maioria dos fármacos se dissolvem no estômago, a não ser que sejam preparadas para serem absorvidas mais abaixo (fármacos de dissolução intestinal). As formas liquidas são melhores absorvidas que as solidas e o intestino delgado é o sitio primário de absorção dos fármacos administrados por via oral, então ele se dissolve no estomago e passa para o trato gastrointestinal que são absorvidos a maioria dos fármacos na porção alta do intestino, na parte delgada. 
Efeito de primeira passagem: é um fenômeno do metabolismo da droga no qual a concentração da droga é significantemente reduzida pelo fígado antes de atingir a circulação sistêmica. Após uma droga ser ingerida, ela é absorvida pelo sistema digestivo e entra no sistema porta hepático. Antes de atingir o resto do corpo, ela é carregada através da veia porta hepática para o fígado. O fígado metaboliza muitas drogas, às vezes de tal maneira que somente uma pequena quantidade de droga ativa é lançada a partir do fígado em direção ao resto do sistema circulatório do corpo. Essa primeira passagem pelo fígado diminui significativamente a biodisponibilidade da droga. Vias de administração alternativas podem ser
usadas, como intravenosa, intramuscular, sublingual e transdérmica. Estas vias evitam o efeito de primeira passagem pois permitem que a droga seja absorvida diretamente na circulação sistêmica. NÃO é significativo para a maioria dos fármacos. Quando observado, é significativo e ocorre diminuição da biodisponibilidade e efeito farmacológico.
Fatores como cirrose e anastomose porta – cava DIMINUEM o efeito de primeira passagem, aumentam a concentração o fármaco será biodisponivel na circulação sistêmica, é ruim? É pois talvez não queremos uma dose aumentada, se não houver o efeito de primeira passagem, se o paciente for um hepatopata vamos ter que adequar, vamos dar uma dose menor. 
Fármacos que sofrem efeito de primeira passagem: isoproterenol, terbutalina, alprenolol, propranolol, dopamina, desipramina, nortriptilina, atropina e lidocaína.
VIA SUBLINGUAL → Altamente Vascularizada
Altamente vascularizada, vai direto para o coração e depois que já promoveu o efeito farmacológico vai para o trato gastrointestinal o que é uma grande vantagem. A maior utilidade são os antianginosos. O efeito é muito rápido.
Vantagens:
Fácil acesso e aplicação
Circulação sistêmica
Latência curta (rápida absorção e desvio da circulação porta)
Emergência
Desvantagens:
Irritação da mucosa
Pacientes inconscientes 
VIA RETAL
Administramos o medicamento através de enema ou supositório. Também desvia da circulação porta.
Vantagens:
Circulação sistêmica fugindo da circulação porta, evitando o efeito de primeira passagem);
Pacientes não colaboradores (semiconscientes, vômitos, estados febris, convulsivos)
Impossibilidade da via oral (irritação gástrica, disfagia)
Impossibilidade da via parenteral
Desvantagens:
Absorção lenta (não tão lenta quanto a oral)
Lesão da mucosa 
Incômodo
Expulsão
Absorção errática (irregular e incompleta) - não podemos garantir que foi absorvido... Ex.: se houver uma defecação.
Quais os fármacos usados por esta via: AINEs, Antieméticos, Anticonvulsiavantes, Aminofilina.
VIA INTRAMUSCULAR:
Vantagens:
Efeito rápido com segurança
Fácil aplicação
Desvantagens:
Dolorosa
Substâncias irritantes ou com pH diferente - existem alguns anti-inflamatórios que não devem ser administrados no mesmo musculo, se for tratamento prolongado deve-se alternar o musculo, pois ocorre lesão muscular.
Não suporta grandes volumes
Absorção relacionada com o tipo de substância:
- Solução aquosa rápida
- Solução oleosa lenta
VIA ENDOVENOSA:
Vantagens:
Efeito farmacológico imediato
Controle da dose
Admite grandes volumes
Permite substâncias com pH diferente da neutralidade
Desvantagens:
Efeito farmacológico imediato - desvantagem pois se acontece a administração de um medicamento errado ou uma dose errada ai o efeito vai acontecer rapidamente e não podemos parar com aquele efeito.
Material esterilizado
Pessoal competente
Irritação no local da aplicação
Facilidade de intoxicação - justamente que a absorção é muito rápida 
Acidente tromboembólico - pode acontecer a formação de um trombo e provocar uma embolia.
VIA SUBCUTÂNEA:
A absorção é muito lenta, então se usa para vacinas, algumas soluções. Não comporta grandes volumes pois vamos ter a formação de um aumento de volume na pele.
Biodisponibilidade: é o que estará disponível a nível de receptores, nível de alvos de ação em relação a dose do fármaco que foi absorvida, a quantidade de fármaco que estará disponível a nível dos alvos de ação. A fração de uma dose administrada de uma droga não alterada que atinge a circulação sistêmica. Objetivos e importância: DETERMINAR:
Quantidade ou proporção de fármaco absorvido após a administração, a forma farmacêutica, vai nos dizer o que foi absorvido, o que está no sangue e que vai chegar no alvo de ação.
Velocidade na qual o fármaco foi absorvido
Duração da presença do fármaco nos líquidos e tecidos
Relação entre concentração plasmática e eficácia terapêutica {gráfico abaixo}
BIOEQUIVALÊNCIA: IMPORTÂNCIA poder comparar duas preparações farmacêuticas com o mesmo P.A - na mesma dose
Figura: mostra o fármaco quando absorvido, a bolinha representa a quantidade de fármaco. Entra no organismo em uma quantidade X e quando ele chega no alvo ele fica reduzido, e por ex o efeito de primeira passagem, porque diminui a concentração do fármaco, então ele é administrado em uma quantidade X e vai diminuindo ao longo do caminho pois ele sofre perdas, e o efeito é uma perda só que esta já está considerada, então ao longo do caminho ocorrem várias perdas, diminuindo o fármaco no seu local de ação. OBS: é pela via oral que ocorre o efeito de primeira passagem a parenteral não.
Figura: para mostrar que a biodisponibilidade é a área sob a curva, embaixo da curva, é assim que se mede, a maior área sob a curva é a primeira então a biodisponibilidade por via intramuscular é maior do que por via oral, e por via endovenosa seria maior ainda.
PULANDO PARA A EXCREÇÃO!!!
Glomérulo Renal (emaranhado de vasos) → filtração do sangue
Túbulos contorcidos proximais e distais → reabsorção {Se um fármaco for lipossolúvel, vai ser reabsorvido e não vai ser excretado}
Se o fármaco chegar lá nos túbulos renais de forma lipossolúvel ele será reabsorvido, se diz “reabsorção” porque ele já foi absorvido uma vez, então o fármaco será eliminado na forma hidrossolúvel, ele será melhor eliminado quanto mais hidrossolúvel ele estiver, então o objetivo da metabolização é transformar os medicamentos no mais hidrossolúvel possível através das reações de metabolização, pois se ele estiver lipossolúvel ele será reabsorvido e não excretado!
Então, se eu preciso aumentar a eliminação de um fármaco que chega no meio ácido da urina em uma forma acida não dissociado o que fazemos? Temos que alcalinizar a urina, pois assim o ácido se dissociará no meio alcalino e será eliminado (ácido no ácido não dissocia, básico no básico não dissocia).
Aqui ocorrem todos os processos na formação da urina e que é importante para eliminação, a filtração glomerular, a reabsorção tubular e a secreção tubular, dos 3 processos a reabsorção é a mais importante pois:
600ml de sangue passam pelo rim por minuto, e destes somente 1/5 é filtrado, ou seja, 120ml, e destes 120ml somente 1ml é eliminado, fica juntando na bexiga, e os 119 que foram filtrados foram reabsorvidos. Agora que vem a importância da reabsorção, se eu inibir 1% de 119= 1,19 (ex inibir 1% através de 1 farmaco)se eu inibir 1% disso aqui quanto eu aumento a eliminação? Mais de 100%
Conta que ela fez no quadro: 600ml 1/5= 120-1=119(1% de 119)=1,19 +1= 2,19 mais de 100%
Os metabolitos são hidrofílicos e por isso o fármaco é eliminado. O fármaco lipossolúvel deve sofrer a metabolização para ser eliminado se ele chegar a nível lipossolúvel ele não será eliminado e sim reabsorvido.
Alguns fármacos que sofrem secreção tubular:
ÁCIDOS: chega nos rins e não é filtrado a eliminação dele é por secreção tubular, e isso é importante pois uns competem com os outros e dependendo da dose impedem a eliminação de um ou de outro se forem usados juntos;
Acetazolamida
AAS
Penicilinas
Probenecida
Diuréticos tiazídicos e de alça
Metabólitos conjugados
BASES:
Amilorida
Dopamina
Morfina
Anti-histamínicos
...lembrar: AAS e alcalinização da urina.
Para um fármaco que foi absorvido ser excretado, é preciso diminuir sua lipossolubilidade. 
Vias de eliminação: a principal é a renal depois a biliar, fecal, pulmonar, saliva (metais pesados), pele, suor, mamaria.
DISTRIBUIÇÃO:
Movimentos das moléculas do fármaco da circulação sanguínea para as diversas zonas do organismo, então o sangue que vai distribuir o fármaco para o organismo, vai levar para onde ele necessita ir. Depois de administrada e absorvida... A DROGA É DISTRIBUÍDA PELO SANGUE E OUTROS FLUIDOS A TODOS OS TECIDOS DO CORPO.
Analisar:
Concentração plasmática da droga
Permeabilidade do endotélio capilar
Ligação das drogas às proteínas plasmáticas: No sangue o fármaco fica livre ou não.
Qual a forma que vai atuar nos alvos de ação? Livre. O fármaco não se une ao alvo de ação ligado a uma proteína plasmática. Na droga livre teremos ação farmacológica e na droga ligada estas proteínas vão servir como reservatório, e o fármaco se desliga da proteína plasmática quando é administrado uma nova dose, uma percentagem fica livre e outra fica ligada, mas não fica ligada para sempre, se desliga e nova dose vai ser administrada e vai acontecer de novo a mesma coisa pois todos os fármacos tem uma percentagem de ligação às proteínas plasmáticas, e é importante pois os fármacos competem pela ligação proteica e se eu fizer uma interação não muito boa eu terei um desligamento das proteínas plasmáticas não previsto e terei aumento dos efeitos colaterais.
Biodisponibilidade 
Volume de distribuição das drogas
O grau de ligação protéica da droga depende da:
Afinidade
Concentração sanguínea da droga e das proteínas, pois se o fármaco tem afinidade e está em grande concentração mais ele vai se ligar as proteínas plasmáticas.
RESERVATÓRIOS MEDICAMENTOSOS:
Proteínas plasmáticas (PLASMA: 5% do peso corporal);
Tecido adiposo: os fármacos lipossolúveis têm afinidade pelo tecido adiposo (GORDURA: 20%);
LÍQUIDO INTRACELULAR: 35%
LÍQUIDO TRANSCELULAR: 2%
Ossos
LIQUIDO INTERSTICIAL: 16%
Interação ao nível de distribuição: Uma droga com maior afinidade por certa proteína pode deslocar a droga ligada podendo produzir níveis tóxicos, há uma competição de 2 fármacos e um se eu der uma dose maior, eu desloco aquele fármaco que estava ligado a proteína, assim eu posso elevar as doses a nível toxico.
Ex: clofibrato e a tiroxina são usados para o hipertireoidismo então se houver uma associação destes 2 e eles tiverem uma afinidade por ligação proteica vai ocorrer um hipertireoidismo pois vai ficar extremamente alto o hormônio tireoide então houve competição entre os 2 e o clofibrato desloca a tiroxina e aumenta a concentração da tiroxina no sangue e ocorre o hipertireoidismo e assim como os outros: ac. etacrinico e antidiabéticos orais. Aqui estamos vendo um sinergismo pois vai aumentar o efeito dos antidiabéticos orais e da tiroxina.
	Fármaco deslocador
	Fármaco deslocado
	Efeito obtido
	Clofibrato
Sulfonamidas
Ácido etacrínico
Sulfonamidas
Lidocaína e Procaína
Clofibrato
	Tiroxina
Metotrexato
Antidiabéticos orais
Tolbutamida
Succinilcolina
Bis-hidróxicumarína
	Hipertireoidismo
Reação tóxica exagerada
Hipoglicemia
Hipoglicemia
Apnéia prolongada
Hemorragia
METABOLIZAÇÃO:
Biotransformação ou conversão de compostos estranhos ao organismo a derivados que podem ser facilmente eliminados. O objetivo da metabolização é transformar os medicamentos em mais hidrossolúveis possíveis essas substancias estranhas para serem bem eliminados.
Existe um termo que se chama PRÓ-DROGA é aquele fármaco que necessita ser metabolizado antes de fazer o efeito farmacológico pois ele precisa sofrer uma ação de ativação, ele sofre a metabolização e se transforma em uma substancia ativa para poder atuar.
Vamos falar em 2 tipos de ação de metabolização:
Reações de metabolização de fase 1: são chamadas de catabólicas ou não-sintéticas, não formam um novo composto para o fármaco ser eliminado, apenas fazem a metabolização do fármaco transformando-os em metabolitos para serem eliminados. As reações de fase 1 são: oxidação, redução e hidrolise.
Reações de fase 2: são chamadas de anabólicas ou sintéticas, que formam um novo composto através da reação de metabolização para que este composto seja eliminado, e que compostos são estes? Glicosídeos, sulfatos, e essas reações são de conjugação (é com ac glicuronico ou sulfúrico, se forma os metabolitos que são novas substancias para serem eliminadas), metilação e acetilação (ex um composto ganha um radical metil).
Na fase 1 as principais enzimas envolvidas são do citocromo P450, estas enzimas (CYP 1, CYP 2 e CYP 3) fazem parte de um sistema metabolizador (este sistema é passivo de sofrer indução enzimática).
Na fase 2 as principais enzimas envolvidas são as UGT. São outras enzimas e a importância dessas metabolizadoras é a alteração com a idade, bebes recém-nascidos não metabolizam naturalmente as substancias e podem ter superdosagem de fármacos pois não metabolizam bem, e os de mais de idade não metabolizam bem pois enzimas já estão em desnaturação.
Indução do P450(CYP):
Fenobarbital, glicocorticoides, antibióticos macrolídeos, anticonvulsivantes, todos são indutores, ou seja, aceleram a metabolização de outros fármacos, induzindo a enzima. A indução diminui a concentração de outro fármaco ou dele mesmo. 
→ O fenobarbital desenvolve uma tolerância a dose, deve ser aumentada ao longo do tratamento e isso se deve ao fato dele ser um indutor enzimático.
→ Carbamazepina X Anticoncepcional Oral (indução), a carbamazepina se for fazer uma interação do anticoncepcional diminui a concentração do mesmo.
Inibição da CYP:
Esse sistema pode ser inibido por outros (fármacos uns induzem e outros inibem). 
→ Cimetidina (anti-histamínicos de receptores H2, vão inibir → então faz interação com outros), cetoconazol, cloranfenicol, esteroides...
→ Fluoxetina x Tricíclicos (inibição) se forem tomados juntos vai inibir a metabolização dos tricíclicos aumentando a concentração dos tricíclicos e isso pode levar a efeitos exagerados
INTRODUÇÃO AO SNA 23.03.2015
O Sistema Nervoso faz do organismo uma unidade funcional integrando o sistema nervoso, o sistema endócrino e o sangue.
O SNA também é chamado de visceral, sistema vegetativo (é o que acontece com indivíduos com morte cerebral, o coração bate e etc para manter o ser com ‘’vida’’), sistema involuntário (não depende da vontade própria) e na periferia é representado por gânglios, plexos e nervos. Inerva uma série de órgãos: coração, vasos, músculo liso, glândulas, vísceras...
Quais partes do SNC que fazem a ligação com o resto do organismo? Hipotálamo e o núcleo do trato solitário, eles são os principais locais de integração das funções do SNA que regulam:
Pressão arterial
Temperatura
Equilíbrio hídrico
Metabolismo de carboidratos e lipídeos
Emoções
Sono
Respostas sexuais
Respiração 
 SNA regula processos DE MANEIRA GERAL como:
Contração e relaxamento músculos lisos 
Batimento cardíaco 
Secreção hormônios
Processos metabólicos
SNA divide-se em SNASimpático e SNAParassimpático:
SISTEMA NERVOSO AUTONOMO SIMPÁTICO:
As fibras são tóraco-lombares! O Sistema Simpático é hiperglicemiante. Predomina principalmente durante “respostas ativas”: STRESS, LUTA e FUGA. Ex.: quando vou praticar um esporte radical, meu coração vai bater rapidamente, vou ficar PÁLIDA (vasoconstrição nos vasos da pele e das vísceras) e broncodilatação, meu músculo vai estar aquecido (vasodilatação nos vasos dos músculos).
Olhos:
→ Midríase (dilatação pupilas);
→ Relaxamento músculo ciliar (este músculo faz a acomodação visual, para longe e para perto).
Coração: Aumenta/ estimula todas as propriedades fundamentais:
→ Aumenta F.C;
→Aumenta Contratilidade;
→ Automatismo (faz o coração bater sozinho fora do corpo por exemplo);
→ Condutibilidade/ Estabilidade (fazem os estímulos passarem para cima e para baixo, pelos nervos todos).
O SN Autônomo Simpático predominantemente causa fenômenos excitatórios. Isso quer dizer que não é tudo que o Simpático excita. E para o parassimpático vale a mesma coisa: predominantemente inibitório!
A princípio, quase todas as ações do SNA são opostas (Simpático X Parassimpático). O trato gastrintestinal é estimulado pelo Parassimpático (ex.: de fenômeno excitatório pelo Parassimpático).
Pulmão:
→ Broncodilatação.
Vasos: O Simpático é responsável pelo tônus do Vaso;
→ Dilatação: Nos vasos da Musculatura esquelética;
→ Constrição: Na Pele, mucosa, vísceras (palidez).
Quando bloqueia-se o receptor Parassimpático do Vaso não há uma notória mudança, pois há poucos. Já se há o bloqueio dos receptores simpáticos no vaso, há uma mudança significativa. Ex: Estímulo
com Ach.
Fígado:
Glicogenólise: (+) glicogênio fosforilase → glicogênio → glicose 1P.
Gliconeogênese: (-) glicogênio sintase → glicosil → glicogênio.
Formação de glicose na Luta e na Fuga ;)! 
SISTEMA NERVOSO AUTONOMO PARASSIMPÁTICO:
Nos comanda na hora da saciedade, do repouso, da digestão, na tranquilidade. 
Predomina principalmente durante “respostas passivas”: Saciedade, repouso, digestão;
Predominantemente atividade inibitória;
Tem alguns fenômenos que o parassimpático é excitatório, como no TGI por exemplo.
Olhos:
→ Miose (Constrição/ contração de pupilas);
→ Contração músculo ciliar.
Coração:
→ Diminui F.C;
→ Diminui Contratilidade.
Pulmão:
→ Broncoconstrição: Tem vários neurotransmissores e substâncias endógenas envolvidas na Broncoconstrição. Por exemplo, a histamina, que é sintetizada no organismo e quando é ativado todo um Sistema de Reação Alérgica, a histamina ta envolvida, fazendo entre outras coisas, a Broncoconstrição. Mas outros fármacos fazem também a Broncoconstrição. Ex: a Acetilcolina, que é o mediador do Parassimpático.
Exemplo: Para quem tem bronquite, se faz nebulização com 2 medicamentos: Estimulantes β2 (fazem broncodilatação. Ex: Fenoterol (Berotec)) e Bloqueadores Colinérgicos (mais usado: Ipratrópio, que é o Atrovent): Há um envolvimento dessas substâncias todas (mais de uma) na broncoconstrição.
T.G.I: Aumento de todas as funções do TGI, que levam a defecação:
→ Aumenta motilidade, frequência, peristaltismo;
→ Dilatação esfíncteres;
→ (+) Secreção Glândulas;
→ (+) Secreção HCl.
Obs: Parassimpático aumenta as funções do trato urinário também.
SNA – DIVISÃO ANATÔMICA:
Partes Centrais e Periféricas:
Centrais: Cérebro, Cerebelo, Bulbo e Medula;
Periféricas: Cadeias paravertebrais (sinapse muito próxima as cadeias, fazendo uma cadeia de gânglios paravertebrais), plexos e seus ramos. (Cadeias paravertebrais: Isso é a anatomia dos nervos do Simpático e do Parassimpático, e no Simpático nós temos essas Cadeias Paravertebrais, porque a Sinapse é muito próxima da Medula e faz uma cadeia de Gânglios paravertebrais);
Simpático:
Segmento tóraco-lombar;
É Anatomicamente Fibras curtas pré-sinápticas e fibras pós-longas;
Neurônio Pré (Fibras curtas)e Neurônio Pós (Fibras longas):
→ O fluxo Simpático abandona o SNC (abandona a medula) nas raízes medulares torácicas e lombares (tóraco-lombar);
→ Os gânglios simpáticos formam duas cadeias paravertebrais, que são cadeias torácicas e lombares.
Parassimpático:
Fibras pré longas e Fibras pós curtas;
O sistema Parassimpático está conectado ao SNC através de: 
Efluxo de pares cranianos (III, VII, IX e X);
Efluxo sacral.
O par de nervos muito importante é o Vago (X).
Em geral, os efluxos parassimpáticos situam-se em proximidade ou no interior do órgão alvo;
O Parassimpático faz a sinapse da Fibra-pré com a Fibra-pós muito próxima do órgão que ele vai inervar. Às vezes é até na intimidade do órgão que ele faz essa sinapse. Por isso ele não tem cadeia paravertebral (o parassimpático).
SNSimpático x SNParassimpático:
*Outras diferenças: Tamanho das fibras, onde faz sinapse (parassimpático a sinapse é próxima ao órgão, simpático não.);
Imagem: mostra a emergência da medula e os órgãos efetores.
DIVISÃO FUNCIONAL DO SNA
Sistema Adrenérgico, Catabólico: Divisão Simpática;
O Sistema Simpático também é chamado de Sistema Adrenérgico.
Como o Simpático é Adrenérgico, se a Noradrenalina também é liberada pelos neurônios do Simpático? A noradrenalina é liberada, mas por uma consagração de nome de chama Fibra Adrenérgica, Sistema Adrenérgico. Mesmo a Noradrenalina estando envolvida, NÃO se chama sistema noradrenérgico.
Sistema Colinérgico, Anabólico: Divisão Parassimpática.
Esta é outra denominação para o Parassimpático.
Figura: mostrando as Fibras emergindo do Crânio e do Sacro, da porção cranial e sacral, estimulando todos estes órgãos, e os mesmos órgãos também tem que recebe-lo. A inervação simpática em azul é tóraco-lombar.
SIMPÁTICO: ÓRGÃOS EFETORES QUE SÃO PREDOMINANTEMENTE INERVADOS PELO SNPSimp:
Vasos sanguíneos: responsável pelo tônus do vaso, se não fosse a inervação predominantemente simpática os vasos estariam sempre relaxados. A inervação simpática é tanta comparada a do parassimpática no vaso, que quando bloqueia-se os receptores α responsáveis por esta constrição, que o vaso relaxa. De acordo com a explicação utilizando-se o quadro: Vem vindo um marcador de pressão arterial, é administrado noradrenalina que faz com a pressão eleve, aí ela é metabolizada e depois retorna ao normal. Agora bloqueou-se os receptores α responsáveis pela constrição, é administrada novamente a noradrenalina que não faz efeito, ela se adaptou, pois se bloquearmos os receptores responsáveis pela constrição, consequentemente temos o relaxamento, por isso a noradrenalina não teve seu efeito, o que prova que a inervação simpática é predominante. Se caso fosse feito um procedimento semelhante a este relacionado a ação parassimpática, administrando-se acetilcolina no lugar da noradrenalina e depois uma atropina (bloqueador de acetilcolina ocupando-se seu receptor, bloqueando-o) não acontece nada perceptível no vaso, visto que tais receptores estão em quantidade muito inferior comparando-se ao simpático, não sendo perceptível o efeito. 
Glândulas sudoríparas (predominantemente, ou seja, também tem inervação parassimpática);
Funções metabólicas;
ÓRGÃOS INERVADOS PRINCIPALMENTE PELO SNPParassimp:
Glândulas salivares;
Glândulas gástricas;
Glândulas exócrinas;
Genitália externa em tecido erétil;
As glândulas são predominantemente inervadas pelo parassimpático.
NEUROTRANSMISSORES:
Fibras que liberam acetilcolina são colinérgicas, e adrenalina\noradrenalina são adrenérgicas.
Parassimpático: Fibra pré-sináptica e a Fibra pós-sináptica são colinérgicas.
Simpático: Fibra pré-sináptica é colinérgica e pós-sináptica é adrenérgica.
Nervo motor\Fibras somáticas: inerva a musculatura esquelética. Fibra colinérgica, visto que a acetilcolina e o neurotransmissor na musculatura esquelética. 
RECEPTORES:
Parassimpático: Fibra colinérgica > gânglio: receptor colinérgico nicotínico > fibra colinérgica > órgão efetor com receptor colinérgico muscarínico. 
Simpático: fibra colinérgica > gânglio com receptor colinérgico nicotínico > fibra adrenérgica > órgão efetuador com receptor adrenérgico; 
Nervo motor: receptores colinérgicos nicotínicos. 
Resumindo podemos dizer que: os receptores colinérgicos muscarínicos estão nos efetuadores do parassimpático. Coração, musculo liso e glândulas. E os nicotínicos gânglios, e musculo esquelético. Os adrenérgicos estão no SNASimpático, que na realidade os órgãos efetuadores são os mesmos, ou seja, todo órgão tem receptor para o simpático e parassimpático, portanto os órgãos efetuadores são os mesmos.
SÍNTESE COLINÉRGICA:
Tudo começa com uma substância chamada colina que todos nós temos no organismo que faz parte ali dos fosfolipídios, a colina e transportada para dentro dos neurônios por transporte ativo, ou seja, envolve uma substancia carreadora, então a etapa que se apresenta da síntese é por uma enzima chamada colinacetilase, enzima que faz essa síntese e ela tem um nome bem sugestivo pois ela faz a transferência de um radical acetil então a colina + acetilcoA vai sintetizar a acetilcolina + a coenzima A que será liberada na reação.
Dentro do neurônio a colina+ acetilcoa →(Por meio da colinacetilase) → Ach+ CoA
Depois que a acetilcolina ser sintetizada ela é transportada para dentro da vesícula onde ela é armazenada, e será liberada por um mecanismo chamado exocitose (é o mecanismo através do qual os neurotransmissores são liberados: a vesícula colaba na membrana e a rompe, jogando o neurotransmissor na fenda sináptica (GAP), que é o espaço entre o neurônio e o tecido pós-sináptico).
Liberação de acetilcolina: 
Ocorre um potencial de ação (PA), ocorrendo a despolarização, entra um íon de cálcio para que
ocorra a exocitose. Existem outros neurotransmissores envolvidos, mas de menos significância que vão ser liberados junto na exocitose, como por exemplo o VIP. Depois de liberada a acetilcolina ela vai se juntar a receptores Muscarínicos nos efetuadores do parassimpático e nicotínicos nos gânglios em função neuromuscular, quando a acetilcolina é liberada além de ela ir para os receptores muscarínicos e nicotínicos ela sofre uma metabolização ali no tecido nervoso, essa metabolização e feita por uma enzima chamada acetilcolinesterase essa é uma enzimas envolvida na metabolização de acetilcolina pois existe outra que fica localizada no plasma chamada pseudocolinesterase (ou colinesterase falsa).
A que mais vai importar pra nós é a acetilcolinesterase. Esse local na fenda que metaboliza acetilcolina e transforma de novo a acetilcolina em colina + acetato (por meio de uma hidrolise) A reação é uma reação não-sintética e vai ser liberada a colina que vai ser novamente aproveitada para nova síntese.
O receptor é muscarínico e ele está envolvido com a proteínaG , e os segundos mensageiros são o IP3 e o DAG (diacilglicerol). O DAG vai intermediar esta função de segundo mensageiro em M1, vai aumentar o cálcio e vai ocorrer excitação e secreção de HCL a nível de estomago e excitação do SNC. 
‘É muito importante esse fenômeno excitatório que a acetilcolina tem a nível central: ela se equilibra com a dopamina a nível de SNC que tem uma ação inibitória, então há um equilíbrio, e quando falta dopamina desenvolve o Parkinson. Os parkinsonianos tem tremores que são causados por acumulo de acetilcolina, então o paciente tem um desequilíbrio de acetilcolina e muitas vezes tem que tomar anticolinérgicos que não é propriamente a atropina é a benstropina que atravessa facilmente a BHE e atua no cérebro pra controlar um pouco essa acetilcolina que tá em excesso com os fenômenos excitatórios e isso leva a um efeito colateral gravíssimo no parkinsoniano que é o mal funcionamento o TGI , e muitas vezes pacientes parkinsonianos fazem fecalomas (fezes endurecidas) e muitas vezes tem que passar por processos cirúrgico para retirada destes.’’
Receptores M2 são os chamados receptores cardíacos pois predominam no coração. Os segundos mensageiros nesses receptores levam a uma diminuição 3 pois no coração o parassimpático faz bradicardia, e essa diminuição leva a uma baixa do cálcio que é importante na contração e aumenta a concentração de potássio dando uma hiperpolarização, inibição neural e cardíaca, então o efeito do parassimpático no coração é inibição cardíaca – bradicardia, ao contrário do simpático que é taquicardia. Nesse caso do receptor M2 o segundo mensageiro acionado não é o mesmo que em M1.
Receptores M3 são os chamados glandulares por que tem predominantemente em glândulas mas tem também em musculo liso, os segundos mensageiros são os mesmos que em M1: IP3 e DAG, nas glândulas o parassimpático aumenta a secreção, contrai musculo liso, síntese de Óxido Nítrico nos vasos.
A acetilcolina contrai o trato urinário e no TGI aumenta os peristaltismos, mas nos vasos ela não é hipertensiva, ela faz vasodilatação, nos brônquios ela faz broncoconstrição. A vasodilatação que ocorre é por síntese de um segundo mensageiro chamado NO (oxido nítrico) então a vasodilatação promovida pela acetilcolina não ocorre se não tiver a síntese de NO pois é ele que vai promover a vasodilatação. É importante essa mediação do NO na vasodilatação.
Nos receptores nicotínicos da junção neuromuscular quando o músculo esquelético vai contrair, antes que ocorra a fase 1 da despolarização com entrada de cálcio ocorre a fase 0, que consiste na entrada brusca de sódio. Este sódio que entra faz uso de um canal, canal este que possui um receptor ligado a ele, o receptor nicotínico ligado ao canal de sódio especificadamente, que vai promover o influxo do sódio e dar início a todo o potencial de ação que culminará na contração do musculo esquelético. Portanto na junção neuromuscular temos um receptor ligado a canal iônico e um receptor ligado aos canais de sódio especificadamente.
Vamos ter fármacos que interferem em todos esses fenômenos, existem fármacos que inibem a captação de colina que são usados cientificamente (não existem medicamentos para o ser Humano ou animais tomarem, pois ninguém vai querer diminuir a síntese de colina propositadamente) 
Drogas que Inibem a captação de colina: hemicolinico é usado cientificamente (pesquisas); 
Drogas que Inibem a captação para vesícula e armazenamento: vesamicol, cientificamente usado;
Toxina botulica impede a liberação de acetilcolina e o musculo esquelético não contrai, essa toxina é usada para algumas doenças como faceais e também usado esteticamente pois não liberando acetilcolina o musculo não contrai e não faz rugas, nome comercial BOTOX.
Inibe a metabolização da Acetilcolina: para reverter um bloqueio por atropina por exemplo, reversão do bloqueio competitivo reversível eu uso um anticolinesterásico, que impede a metabolização da ACh, fazendo com que sua concentração aumente.
Os que interferem nas ações da acetilcolina (coração, trato gastrointestinal e glândulas): 
agonistas (Promovem os efeitos); M e N
antagonistas (bloqueiam os efeitos dos agonistas); M e N
anticolinesterásicos (inseticidas são anticolinesterásicos mas nem todos anticolinesterásicos são inseticidas, existem uns utilizados clinicamente);
Se o curare, citado como exemplo de bloqueador neuromuscular, que era um tipo de veneno utilizado pelos índios que causava paralisia respiratória dos animais abatidos pelos indígenas, porque quando os mesmos comiam a carne do animal não se envenenavam? Porque os curares só são absorvidos quando administrados pela via parenteral, por via oral eles não passam para o sangue.
Resumo dos receptores Colinérgicos:
Muscarínicos:
M1 - Neurônios;
M2 - Células cardíacas; Neurônios; Músculo liso;
M3 - Bexiga; Glândulas exócrinas; Músculo liso;
M4 – Neurônios;
M5 – Neurônios;
Nicotínicos:
Nicotínicos musculares – localizados na junção neuromuscular esquelética;
Nicotínicos ganglionares –responsáveis pela transmissão nos gânglios simpáticos e parassimpáticos;
Nicotínicos dos SNC –espalhados por todo o cérebro, em localização e composição molecular variada.
SÍNTESE ADRENÉRGICA:
Tirosina (aminoácido plasmático) através da tirosinahidroxilase é captada para dentro do neurônio por transporte ativo, vira Dopa, que através da dopadescarboxilase forma Dopamina (precursor imediato da Noradrenalina) nos neurônios dopaminérgicos (neurônios estes que formam e armazenam a dopamina). A Dopamina, portanto, através da dopaminaβhidroxilase vira Noradrenalina que é armazenada nas vesículas. 
*Nos neurônios periféricos é formado predominantemente a Noradrenalina (80% Nor e 20% Adr);
*A Adrenalina que está nas vesículas dos neurônios periféricos está lá por captação, ela não foi sintetizada lá, foi sintetizada em massa na Suprarrenal (80% Adr e 20% Nor).
**Nos neurônios periféricos, portanto a síntese só vai até a Noradrenalina. Na Suprarrenal a Noradrenalina é sintetizada dentro da vesícula e jogada para o citoplasma neuronal sofre ação da Fenilalanina N-Metil-Transferase (metila), ou seja, a Adrenalina é a Noradrenalina metilada, com um radical metil a mais. 
Por que não existe síntese de adrenalina num neurônio periférico? Porque no neurônio periférico não existe a enzima que transforma NORA em Adrenalina (N-Metil-Transferase), ela só existe na suprarrenal.
Por que a enzima Tirosina hidroxilase é tão importante na cadeia de síntese? Porque ela é o passo limitante na cadeia de síntese do neurotransmissor adrenérgico (controla a velocidade de síntese: se tem pouco neurotransmissor formado ela acelera, se tem muito neurotransmissor, por feedback faz com que essa enzima diminua a velocidade de síntese).
Reserva fixa: Noradrenalina na vesícula ligada à ATP;
Reserva lábil: Adrenalina no citoplasma do neurônio;
Receptores Adrenérgicos: 
α1 – Ligados a proteína G. Contração
do musculo liso e vasoconstrição.
α2 - Existem 3 subgrupos: α2A, α2B e α2C. Inibição da insulina e liberação de glucagon no pâncreas, contração dos esfíncteres no TGI. Pré-Sináptico: diminuem por mecanismo de feedback a liberação do neurotransmissor
β1 – Cardíaco - Taquicardia
β2 – Predominante em musculatura lisa e vísceras. Broncodilatação, vasodilatação, 
β3 - É o receptor adrenérgico que predominantemente causa efeitos metabólicos, nas quais as ações específicas do receptor β3 incluem, por exemplo, a estimulação da lipólise do tecido adiposo, está também presente na bexiga no musculo detrusor.
Quando a Noradrenalina é liberada na fenda sináptica (GAP) ela tem destinos:
Vai para receptores adrenérgicos (estimula os receptores pós-sinápticos simpáticos);
Volta para o neurônio (chamado de 2° destino: captação 1 ou recaptação neuronal);
Captação 2: captação extra-neuronal.
Estímulo de receptores α2 (pré-sinápticos), esses receptores são importantes pois diminuem por mecanismo de feedback a liberação do neurotransmissor. Então quando os receptores α2 são estimulados diminui a liberação do neurotransmissor, são importantes pois são usados como anti-hipertensivos (um grupo de anti-hipertensivos que atua em α2 são anti-hipertensivos que diminuem a liberação do neurotransmissor e a P.A tende a diminuir);
Enzimas que metabolizam os neurotransmissores adrenérgicos:
COMT - (catecol-orto-metil-transferase) metaboliza a Nor e Adrenalina nos tecidos;
MAO - (Mono-amino-oxidase) metaboliza a Nor no citoplasma do neurônio (a MAO também existe no fígado).
Captações:
As captações 1 e 2 culminam com efeito. 
A captação 2 (da fenda para os tecidos) passa através das membranas destes. Essa captação 2 só existe quando tiver sobrando muita NORA na fenda.
A captação 1 existe sempre, a captação 1 é a segunda maior fonte de armazenamento (primeira fonte de armazenamento é a síntese) do neurotransmissor, ela é liberada e volta para a vesícula neuronal (a primeira fonte é a síntese). Fármacos que inibem a captação 1: antidepressivos e cocaína.
O principal metabólito urinário é o ácido-vanil-mandélico, é importante conhecer porque quando ele tá em excesso pode ser a existência de um tumor de suprarrenal: feocromocitoma. É interessante porque quando o ácido-vanil-mandélico está em grande concentração é aumento de NORA (aí faremos a pergunta: mas como isso, se na suprarrenal há liberação de ADRENALINA e não de NORA?) É que no tumor há uma inversão da síntese, a fenilalanina N-Metil-transferase baixa essa concentração e não leva à síntese de Adrenalina, então tem muita NORA sobrando.
FÁRMACOS ADRENÉRGICOS: SIMPATOMIMÉTICOS
*O que é, e quem é o neuro-hormônio, Nor ou Adr? Neuro-hormônio é um hormônio e que secretado por uma glândula e captado pelo neurônio. Adrenalina, secretada pela Suprarrenal. 
*Mimetizam as ações de estimulação do SNASimpático. Alguns exemplos:
OLHO:
α1- Midríase
β2 - Relaxamento Músculo Ciliar
CORAÇÃO:
β1 - ↑ F.C. e Contratilidade
ARTERÍOLAS:
Pele e Mucosa - α1; α2 - Contração
Vísceras Abdominais - α1- Contração (efeito αβmisturados, para bloquear os efeitos do simpático no TGI necessita usar bloqueador para ambos). Final é a contração do esfíncter. 
Músculo Esquelético - β2 – Dilatação mas contrai em α1.
PULMÃO:
β2 – Broncodilatação
FÍGADO:
α1 - Glicogenólise (+) glicogênio fosforilase e (-) glicogêniosintase 
Porque o simpático é um sistema hiperglicemiante.
MÚSCULO ESQUELÉTICO:
β2 - ↑ Contratilidade e Glicogenólise
 ↑ captação muscular K+ ↓ K+ plasma;
CLASSIFICAÇÃO:
Ação direta: São os que agem diretamente nos receptores, seja α e\ou β. Agonistas em α (1, 2, 1e2), Agonistas em β (1,2, 1e2). Quem são os fármacos de ação direta? São os ENDÓGENOS (que sintetizamos): Adrenalina e Noradrenalina e o Isoproterenol que é sintético. {Estes 3 compostos mais a dopamina e dobutamina são catecolaminas pois possuem o grupamento catecol}. 
Ação indireta: são aqueles que aumentam ou diminuem a captação de NORA. Os que aumentam atuam sobre NORA para estimular a exocitose ou a que está no citoplasma. Ex.: (atua sobre a que está no citoplasma): tiramina, ela não é importante pelo uso como medicamentos, está contida em vários alimentos, essa ao ingerida vai liberar a NORA do citoplasma, e pode até causar se for usada com outro medicamento que iniba a enzima MAO uma crise hipertensiva. Pois vai haver muita NORA no citoplasma. Quem os fármacos de ação indireta?
Ação Mista: São aqueles que atuam em receptores e também na liberação de adrenalina. Quem são eles?
AÇÃO DIRETA:
Os alvos de ação são receptores α e β. SNA simpático tem ações predominantemente excitatórias, não são todas porque no TGI o conjunto α e β resulta numa ação inibitória. A maioria das ações excitatórias são ações α, como a vasoconstrição, e as β2 são ações inibitórias (relaxamento dos brônquios, do útero), também há ação excitatória no coração por β1.
Receptores envolvidos na ação dos adrenérgicos diretos:
α - α1( pós sinápticos) e α 2 ( pré – sinápticos)
β - β 1 e β 2
O estímulo em α produz efeito excitatório em todos os tecidos onde houver estes receptores com exceção na musculatura intestinal que se relaxa efeito que seria mediado por receptores α2 .
O estímulo em β produz efeitos inibitórios exceto no coração e algumas respostas metabólicas.
ADRENALINA – RECEPTORES E EFEITOS
Coração – o efeito da adrenalina é por receptores β1;
Aumenta o consumo de O². EX: em insuficiência cardíaca não se usa adrenérgico e sim cardiotônico (os 2 aumentam a força de contração) porque os cardiotônicos não aumentam o consumo de O², só a força de contração. Os adrenérgicos forçariam muito mais o coração para aumentar o O².
Pode ser definida como agente cronobatmo-dromo-inotrópico positivo, ou seja, aumenta o automatismo, a excitabilidade, a condução e a contratilidade. Ela é estimulante.
↑ a frequência cardíaca e volume sistólico -> ↑ débito cardíaco
O fluxo coronário é grandemente aumentado pela ação da adrenalina em consequência do aumento do metabolismo miocárdico que produz substâncias vasodilatadoras e não pela ação nos receptores adrenérgicos. (Não se usa adrenalina para aumentar o fluxo coronário e sim nitratos, que tem absorção rápida, são potentes vasodilatadores e não aumentam o consumo de O². 
Vasos sanguíneos: Vasoconstrição com redução do fluxo sanguíneo cutâneo, mesentérico e renal (α1), vasodilatação nos vasos da musculatura esquelética com aumento do fluxo (β2). (Precisa-se “aquecer’’ o músculo esq. Para a luta/fuga)
Pressão arterial – a PAM não se altera porque o aumento do débito cardíaco causado pelo efeito inotrópico positivo (força de contração) e pela taquicardia contribui para elevação da pressão sistólica, mas a pressão diastólica cai por diminuição da resistência periférica. Portanto aumenta a sistólica, diminui a diastólica então a média praticamente não se altera com a adrenalina.
Efeitos METABÓLICOS:
Efeito HIPERGLICEMICO: elevação da glicemia por Glicogenólise (α e β) diminui a secreção de insulina e aumenta a glicemia. 
Lipólise com transformação de triglicerídeos em ácidos graxos livres. β 
Secreção de insulina – aumentada por estímulo β e inibida por estímulo α (efeito predominante que concorre para uma hiperglicemia).
EFEITOS RESPIRATÓRIOS 
Broncodilatação - β2
A ação agonista em α1 contribui para o descongestionamento da musculatura brônquica. Quando falamos em congestionamento nasal temos vasodilatação, então em α temos um efeito descongestionante que provoca vasoconstrição. 
MÚSCULO LISO
TGI – relaxa por estímulo α e β e culmina com a contração dos esfíncters.
α – contrai o piloro
β – relaxa o cárdia – em função deste efeito os bloqueadores β tem sido usados no tratamento do refluxo esofágico.
Útero gravídico – relaxa em β2 (pode-se usar os mesmos medicamentos que relaxam os brônquios, pois os receptores são os mesmos). Ex.: Berotec em aborto prematuro.
TRATO URINÁRIO- contração do esfíncter em α
Músculo detrusor
da bexiga – relaxa em β2
Músculo trígono vesical contrai em α1, o uso de bloqueadores α1 tem sido proposto no tratamento da retenção urinária por hiperplasia prostática (a hiperplasia contrai o ureter e diminui o fluxo, se usarmos bloqueador α vou inibir essa contração melhorando o fluxo urinário).
USOS TERAPÊUTICOS DA ADRENALINA:
Alivio do broncoespasmo – quando a nebulização já não funciona, usada via subcutânea.
Choque anafilático: I.V. 
Parada cardíaca (maior emergência da medicina) - Intracardíaca
Choque e bloqueio átrio ventricular: perdeu o lugar para os estimulantes β1 específicos.
→ Lembrando que não se usa Adr na insuficiência cardíaca devido ao consumo de O2, prejudicial ao paciente, usa-se como substituto de escolha o cardiotônico. Quando há necessidade de aumentar o fluxo coronário na angina de peito usa-se os nitratos por via sublingual. 
Efeitos colaterais: decorrem de suas ações farmacológicas
Tremores e palpitações
Arritmias
Taquicardias
Extra-sístoles
Fibrilação ventricular
Crises hipertensivas graves com hemorragia – nitroprussiato (nitrato- sublingual) de sódio e bloqueadores α.
NORADRENALINA – EFEITOS
Mediador químico nas terminações nervosas simpáticas e constitui 20% das catecolaminas das adrenais. Atua em α¹, α² e β¹.
Efeitos farmacológicos:
P.A. – Aumento das pressões sistólicas e diastólica, aumento da resistência periférica e consequente aumento da pressão arterial média – estímulo dos barorreceptores. O fluxo sanguíneo para os rins, fígado e músculo esquelético se reduz. EX: estímulo dos barorreceptores na insuficiência cardíaca: o coração perde força de contração e o débito diminui, com isso os barorreceptores são estimulados a liberar NORA. Quando a diminuição da passagem de sangue pelos barorreceptores estimula a liberação dos adrenérgicos para fazer efeitos do simpático para tentar compensar a falta de força de contração, porém não adianta. Se usam então os cardiotônicos, os estímulos nos barorreceptores param e a liberação dos adrenérgicos (a mais por conta da patologia) cessam também.
Hiperglicemia por Glicogenólise (α)
Reações adversas: além das comentadas com a adrenalina (em α vamos ter as mesmas comentadas na adrenalina, como a vasoconstrição por exemplo, em β extra-sístole, palpitações...). Vamos ter tremores com a Nor? Não era pra ter, pois os tremores ocorrem em β2. Em o efeito colateral que fez muitas vítimas quando era de uso corrente foi a necrose no local da injeção intravenosa quando havia extravasamento da solução. Clinicamente não é usada praticamente...
*ADRENALINA, NORADRENALINA E DOPAMINA SOFREM DEGRADAÇÃO PELAS MAO E COMT. 
AGONISTAS β NÃO SELETIVOS
Agonista β que estimula os receptores β1 e β2, sendo não seletivos estimulam tanto um, quanto o outro.
ISOPROTERENOL/ ISOPRENALINA (todos os efeitos que vimos na adrenalina em β¹ e β² ele vai fazer): VASODILATAÇÃO E TAQUICARDIA SOMENTE. (Não faz nada em α).
A injeção intravenosa de isoprenalina causa discreto aumento da pressão sistólica (aumento do débito cardíaco), mas causa uma evidente queda da pressão diastólica e consequente redução da pressão arterial média. Provoca enorme queda de PA e taquicardia. 
* Se ela perguntar qual é o efeito de β² nos vasos? Vasodilatação.
O efeito de relaxamento dos músculos lisos é mais evidente nos brônquios e na musculatura do TGI. (β2 ). 
Não se usa em broncoespasmos: causa enorme vasodilatação e taquicardia
Hiperglicemia – não é acentuada pois como se viu este efeito é as custas mais de receptores α do que dos β e o isoproterenol só atua em receptores β.
DOBUTAMINA – Agonista Predominante em β1
Catecolamina sintética, é uma carta na manga na insuficiência cardíaca quando o paciente não responde aos cardiotônicos, se usa ela e é mais na função inotrópica (inotropismo positivo), ao contrário de adrenalina não aumenta o consumo de 0².
Efeito predominante em β1 estimulando o coração, mas estranhamente o efeito acontece predominantemente na função inotrópica provocando poucos efeitos de taquicardia e arritmogênico. 
Efeitos discretos em α1 eβ2.
AGONISTAS β2
Porque quem usa bombinha tem taquicardia (em β1), mas a broncodilatação é em (β2)? Devido ao uso em excesso e perda de especificidade (podendo se ligar ao β1)
#PS: O que faz um fármaco se juntar ao seu alvo de ação? A sua estrutura química. 
Drogas com ação broncodilatadora seletiva:
Metaproterenol 
Terbutalina
Salbutamol (aerolin) Não é degradado pela COMT
Fenoterol (berotec)
Não afetam a função cardíaca em doses terapêuticas, mas em doses mais altas podem provocar estímulo cardíaco em β1. 
Uso clínico: 
Tratamento de broncoespasmos 
Retardamento do parto prematuro e tratamento do aborto evitável.
Efeitos colaterais:
Tremores
Ansiedade
Palpitações
Taquicardia
Arritmias cardíacas
AGONISTAS α1 
*Todo α1 faz vasoconstrição e consequentemente diminuição da irrigação do local.
METOXAMINA
FENILEFRINA
METARAMINOL – Amina de ação mista: além de atuar nos receptores α1, atuam também liberando Noradrenalina. 
Usos terapêuticos: 
Descongestionantes nasais: atua fazendo a vasoconstrição na mucosa nasal, e em excesso pode necrosar. Mesma coisa com a mucosa nasal de quem cheira cocaína.
Midriáticos (faz a dilatação da pupila pela contração do músculo radial da íris); 
Efeitos Colaterais: Muda um pouco, não é mais os efeitos de β1 que é tudo parecido, aqui é α, se contrai muito...:
Bradicardia reflexa – devido a contração excessiva > ↑PA > Bradicardia.
 Oxigenação da mucosa nasal (necrose tecidual e perda do olfato), pois com a vasoconstrição não chega O².
AGONISTAS α2
*α2 pré-sinápticos grande importância (muito usados como anti-hipertensivos) e a2 pós-sinápticos nos vasos: vasoconstrição:
CLONIDINA, GUANABENZO e α-metil-dopa (muito usados nos seres humanos, anti-hipertensivos, não provocam má formação=teratogenia)
Nos α2 pós-sinápticos vão fazer vasoconstrição e aumento da PA, no núcleo do trato solitário (SNC- α2 ultrapassam a BHE) a nível central α2 fazem diminuição da atividade simpática para a periferia e diminuição da PA.
Nos α2 pré-sinápticos uma vez estimulados diminuem a liberação do neurotransmissor (NORA) e diminuição prolongada da PA, por isso são anti-hipertensivos.
USO: Hipertensão 
EFEITOS COLATERAIS: Sedação (porque causam sedação? Porque atuam em nível central. Deve-se tomar a noite), secura na boca, hipotensão/postural ortostática (quando nos levantamos rapidamente, não irrigando o cérebro devido à baixa PA), disfunção sexual, dermatite contato. 
DOPAMINA - Sustância endógena, é um neurotransmissor central de grande potência, precursor da noradrenalina e adrenalina. 
Efeito dose dependente (efeitos diferentes de acordo com a dose. Em doses baixas ela atua em receptores dopaminérgicos fazendo vasodilatação. Ex.: fluxo renal diminuído em doenças cardíacas é usada, fazendo vasodilatação). Em doses intermediárias estimula β1, em doses mais elevadas faz vasoconstrição. Muito usada em emergências, UTI’s. Resumindo: é dose-dependente, usada em hipotensão arterial com resistência periférica baixa, no choque e na hipotensão grave após ataque do miocárdio.
Efeitos farmacológicos: Vasos:
Vasodilatação em receptores dopaminérgicos dos rins, mesentério e coronárias. (Doses pequenas).
Estímulo β1 em doses intermediárias
Vasoconstrição por estímulo α em doses altas.
DROGAS ADRENÉRGICAS DE AÇÃO INDIRETA e MISTA
Metaraminol – mista (libera Nor e atua em α ) 
Tiramina – indireta (libera Nor no citoplasma)
Efedrina – mista (libera Nor e atua em α e β) (pode ser usada como droga pois tem ação central – aumenta desempenho corporal, etc).
Fenilpropanolamina – mista (é uma anfetamina também). Metilfenidato = Ritalina.
Anfetamina – mista (usada p/ aumentar desempenho em corridas, etc). Tem ação central.
LIBERAÇÃO DE NORADRENALINA:
Quem faz a liberação de Noradrenalina? Tiramina. Pode ser formada a partir da tirosina a nível intestinal por ação da descarboxilase de bactérias.
A Tiramina entra no neurônio e
forma uma via diferente, forma um neurotransmissor diferente que é a octapamina que vai para dentro das vesículas e joga a NORA para fora, e também libera NORA do citoplasma além das vesículas. Se inibir a enzima MAO vai aumentar a NORA do citoplasma (reserva lábil). Presente em Vários Alimentos: vinhos, cerveja, queijos fortes/envelhecidos (cheddar, camembert), arenque, fígado galinha em conserva, uvas, banana, chocolate. Alimentos ricos em TIRAMINA não devem ser consumidos junto com inibidores da MAO.
ANFETAMINAS
↑liberação catecolaminas (Nor, dopamina), todas as funções simpáticas vão acontecer com a anfetamina porque libera Nora a age nos receptores α.
↑PA, provoca arritmias;
Estimulação a nível central, Áreas corticais, sistema ativação reticular 
↑respiração
Estado alerta, autoconfiança, concentração 
↑Atividade motora, verbal (central)
↓ sensação fadiga;
Melhora performance física
USO: Obesidade (pois estimula o centro da saciedade), distúrbios hiperatividade (ritalina). 
EFEITOS: *Os efeitos podem ser totalmente revertidos dependendo da dosagem e frequência de administração (uso repetitivo)
Tolerância (para de agir, deve-se aumentar a dose) se desenvolve rapidamente.
Uso crônico: fadiga, depressão, dor-de-cabeça, insônia, ↓libido, irritabilidade, agressividade, provoca dependência.
DEPENDÊNCIA (pois atua a SNC): Angina, hipertensão, boca seca, náuseas, vômitos, cólicas 
Efeitos psicóticos: Ansiedade, delírio, alucinações, estados de pânico
COCAÍNA e DESIPRAMINA: 
Diminuem a captação de Noradrenalina > sobra mais no citoplasma > atuam em receptores α e β e causam suas respostas.
↑ Noradrenalina: Sistema límbico (euforia, melhora do humor) e Sistema de Vigília (melhora atenção e causa insônia);
↑ Dopamina: Sistema Límbico (euforia, melhora do humor) e Sistema Nigroestriado (aumento da atividade motora);
Uso clínico: é uma ferramenta farmacológica como antidepressivo (Desipramina);
Efeitos colaterais: devido a ação em α 1 e 2 causa vasoconstrição e a ação em β1 causa aumento da FC e contratilidade.
Hipertensão
Taquicardia
Arritmias
EFEDRINA: Atua em α e β causando seus efeitos:
Usos: descongestionante nasal e asma (não é o de escolha, poderia mas não é, o de escolha são os estimulantes β2)
Efeitos colaterais: Taquicardia, palidez, hipertensão e insônia; (simpático).
Efeitos da Efedrina em α:
Vasoconstrição
Efeitos da Efedrina em β:
Broncodilatação pela ação de β2
↑ FC e contração pela ação β1
*Aumenta a liberação de Noradrenalina.
XILASINA: fármaco usado para sedação. É um agonista de α2 pré-sináptico. A xilasina estimula esses receptores e a estimulação induz a inibição da adenilciclase resultando na redução do AMPcíclico (2º mensageiro).
O que acontece na ativação dos receptores α2 pré-sináptico? Estimulando os α2 pré-sinápticos diminui a liberação do neurotransmissor, então ele controla a liberação do neurotransmissor.
A xilasina por ativação da proteína G (acoplada aos canais iônicos de potássio) provoca uma hiperpolarização que contribui para a redução da estabilidade neuronal central e sedação. A xilasina é usada para induzir a sedação na hora da anestesia, ela é um estimulante α2 central, ela não atua perifericamente.
ANTIADRENÉRGICOS
BLOQUEIAM / ATENUAM OS EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO DO SNS (Simpático):
Ação direta: Antagonistas α e Antagonistas β;
Ação indireta (agem neuronalmente, sem agir em receptores): ↓Liberação de Noradrenalina e ↓ Síntese de Noradrenalina (diminuindo sua concentração);
α BLOQUEADORES:
Classificação: A classificação não cai na prova, porém é uma forma didática de organizarmos os fármacos:
Haloalquilaminas: Dibenamina (antagonista irreversível), Fenoxibenzamina;
Imidazolinas: Tolazolina, Fentolamina;
Alcaloides do Ergot: Ergotoxina, Ergotamina; São substancias provenientes de contaminação por parasitas, eles fazem contaminação do pão por exemplo, atualmente não existe mais mas nos tempos antigos as pessoas comiam este pão para enxaqueca. A ergotamina é vasoconstritora, não tem nada a ver com bloqueio α, ela tem ação ocitócica (contração da musculatura uterina). Pode ser usado em hemorragias pós-parto. 
HALOALQUILAMINAS - bloqueadores competitivos irreversíveis fazendo bloqueio prolongado. O bloqueio acaba porque lentamente o fármaco vai deixando o receptor.
São mais potentes em α1 (pós-sinápticos)
Bloqueiam também α2. (Pré-sinápticos) 
Taquicardia (β1). Se eles bloqueiam α1 pós-sináptico e α2 pré-sináptico a noradrenalina fica na fenda pré-sináptica e se dirige para os receptores β1.
IMIDAZOLINAS: bloqueio α1 competitivo, mas fugaz (forma rápida, ele é usado no tratamento da hipertensão durante a manipulação do tumor de suprarrenal). 
A Fentolamina é equipotente nos dois αs, mas a tolazolina tem maior afinidade pelos α2 – acentuados efeitos simpatomiméticos.
O que acontece quando se manipula um tumor de glândula? Ocorre uma liberação muito grande do hormônio, mas quando for na suprarrenal (feocromocitoma) há uma inversão ao invés de ser liberada muita adrenalina é liberado noradrenalina.
Usos terapêuticos: quando o efeito simpático é muito grande, ocasiona não só a diminuição da função intestinal como obstrução intestinal.
Controle a curto prazo da pressão arterial em pacientes com feocromocitoma 
Alívio da obstrução intestinal
ALCALÓIDES DO ERGOT: agonista parcial tem importância histórica. Ergotismo (envenenamento por ergot-ocitócicos + Vasculopatia, o quadro todo se chama ergotismo). Pessoas que trabalham com cereais parasitados, podem ter vasoconstrição das extremidades - vasculopatia periférica.
Uso no tratamento da enxaqueca pela vasoconstrição, a enxaqueca é causada por uma vasodilatação pulsátil, portanto todo medicamento que promover a vasoconstrição melhora-a.
FÁRMACOS ALFA-BLOQUEADORES:
PRAZOSINA: usado com os βbloqueadores e com os diuréticos. Sendo ainda uma medida auxiliar. Uso dos bloqueadores do tipo prazosin: na hipertrofia prostática. Quando ocorre a hipertrofia prostática o músculo da próstata amassa o ureter e o fluxo urinário diminui, por isso se usa o prazosin para impedir a contração do músculo da próstata impedindo o amassamento do ureter permitindo que ocorra um maior fluxo urinário. Mecanismo de ação: bloqueia somente receptores α1 (pós-sinápticos): Menor tendência a provocar taquicardia. Pode produzir hipotensão ortostática.
INDORAMINA: não atua a nível de vênulas 
Propriedades farmacológicas: Pelo fato de bloquear os receptores α1 há Diminuição da pressão arterial, e reduz a resistência periférica. Em pacientes com I.C. (insuficiência cardíaca) há uma melhora da função cardíaca porque faz vasodilatação venular e arterial, diminuindo a pré e pós carga no coração. Não tem efeito inotrópico positivo. Também age centralmente causando sedação.
USOS TERAPÊUTICOS: Substituem os anteriores.
Segunda ou terceira escolha no tratamento da hipertensão. É comum sua associação com os βbloqueadores e diuréticos. Medida auxiliar no tratamento da ICC refratária.
Hipertrofia prostática: reduzem o tônus do músculo liso da próstata e no colo da bexiga, diminuindo a resistência ao fluxo da urina. 
A Indoramina difere do prazosin por não atuar à nível de vênulas, portanto não produzindo hipotensão postural. Como bloqueia também receptores histaminérgicos, produz sedação, tendo que ser administrada à noite.
Em alguns lugares é usado como falso-Viagra, devido a vasodilatação.
EFEITOS COLATERAIS: 
Hipotensão acentuada (Efeito de primeira dose). Como evitar? Administrando a noite.
Taquicardia reflexa pela hipotensão
Disfunção sexual – todo medicamento que bloquear um ou outro receptor do simpático pode causar. 
Retenção hidrossalina – retém sódio, vai de encontro ao uso terapêutico como anti-hipertensivo, daí ele não ser a primeira escolha no tratamento da hipertensão. 
 
β BLOQUEADORES 
‘Conquista do séc xx”: o β bloqueador que foi sintetizado em 1964 é referência até hoje. A descoberta destes foi uma maravilha para a ciência. Todos tem a mesma estrutura, porém todos
mudam em um radical, devido a isso foi feita a seguinte classificação:
ASI (atividade simpatomimética intrínseca - agonista parcial) – OXIPRENOLOL, PINDOLOL, ACEBUTOLOL (OPA). Agonista parcial: fármacos que estimulam primeiro os receptores e depois bloqueavam. Se usar um antagonista β num paciente com atividade simpatomimética aumentada vai piorar o quadro. Não devem ser usados em pacientes que tenham atividade do simpático aumentada.
CARDIOSSELETIVOS β1- ATENOLOL, METOPROLOL, ACEBUTOLOL (AMA). São aqueles que bloqueiam os receptores β1 cardíacos. Usados nos asmáticos por exemplo, pois não afetam os receptores β2!!
AÇÃO QUINIDÍNICA (estabilizadora de membranas): PROPRANOLOL, ACEBUTOLOL, OXPRENOLOL, PINDOLOL, LABETALOL: São os de ação anestésica local mas não é usado como anestésico local, pois existem melhores. São importantes pois se o paciente apresenta arritmia não há estabilização de membrana, pois o coração bate descompassadamente e usando o propranolol por exemplo ele vai fazer a estabilização dessa membrana. Esta ação estabilizadora de membranas é tão importante que por exemplo a lidocaína, conhecida vulgarmente como xilocaína, é usada como antiarrítmico (IV) na emergência. Por causa da ação estabilizadora de membrana. 
FARMACOCINÉTICA DOS β BLOQUEADORES:
Absorção: Via oral a grande maioria, também existe IV (propranolol por exemplo em emergências);
Concentração plasmática: Variável de um para outro composto, mas quem sofre o efeito de primeira passagem é o propranolol – biodisponibilidade do propranolol é diferente pelas diferentes vias: se eu usar ele IV eu posso usar a dose de 1mg, se eu usar ele VO eu uso 40mg. {O efeito de primeira passagem acontece só por via oral}.
Meias vidas – não condiz com seus tempos de ação – metabólitos ativos, redistribuição (não termina tão rapidamente o efeito como os outros, os metabolitos é como um resto do medicamento). {Meia vida do fármaco é o tempo que ele leva pra cair 50% da sua dose inicial na circulação (no plasma)}. Para um medicamento atingir o equilíbrio no plasma ele leva de 4 a 6 meias vidas. 
Melhor guia terapêutico é a resposta do paciente e não recomendações padronizadas. O melhor medicamento é aquele que provoca a melhor resposta ao nosso paciente.
Propriedades farmacológicas: Dependem do grau de atividade adrenérgica no momento do bloqueio: se a atividade adrenérgica for muito alta, por exemplo, uma hipertensão muito alta se eu usar medicamento eu vou ter uma resposta melhor, pois tava muito alta e vai começar a baixar aquela pressão. Em outras palavras: se um normotenso (aquele que não tem hipertensão) ingerir um hipertensivo a pressão dele não vai baixar. Então se a atividade adrenérgica é mais alta ele vai responder melhor.
β BLOQUEADORES NÃO-SELETIVOS
PROPRANOLOL - Antagonista β1 e β2.
Provoca ausência de dilatação nos vasos, pelo β2 diminui a contração muscular (tremor essencial) e em β1 diminui as propriedades fundamentais do coração (efeitos do β1 diminuem).
Outros efeitos:
Brônquios: bloqueia os receptores β2, impedindo a broncodilatação, não podendo ser usado em asmáticos.
Útero: bloqueia os receptores β2, bloqueando o relaxamento da musculatura uterina. Não usar em ameaça de parto prematuro.
Olho: diminuição da pressão intraocular, 
Renina: a renina é liberada forma angiotensina II leva a vasoconstrição, aumenta de volemia (retenção de sódio) e aumento da pressão arterial. Impede a liberação de renina, não faz a vasoconstrição diretamente, não libera Aldosterona, não retém sódio, não aumenta a volemia, não aumenta a pressão arterial. Mecanismo da renina explica o uso dos bloqueadores β no tratamento da hipertensão.
Metabolismo: A hiperglicemia não é diminuída significativamente no homem, visto que o efeito principal da glicemia é por receptores α.
EFEITOS COLATERAIS: 
Aumento resistência vias aéreas (ASMA), bloqueando a broncodilatação ocorrendo a broncoconstrição.
Tolerância exercício físico, hipoglicemia (DIABÉTICOS)
USOS TERAPEUTICOS: 
Anti-hipertensivo 
Angina (↓ contratilidade, ↓ consumo O2)
Arritmia cardíaca (após IAM)
Glaucoma (↓ pressão intraocular)
Hipertireoidismo há um aumento da atividade simpática, controla-se com bloqueador β como coadjuvante com substancias antitireoidianas.
Ansiedade 
Enxaquecas 
ANTAGONISTAS β1 SELETIVOS
Alprenolol, Atenolol, Oxprenolol → FC e Contração
Porque o aumento da resistência das vias aéreas com bloqueador β1? Quando a dose aumenta de um seletivo β1 vai funcionar em β2 também. Um bloqueador β1 em altas doses pode provocar também o aumento da resistência das vias aéreas em β2.
EFEITOS COLATERAIS: ocorre em altas doses. Aumento resistência vias aéreas, ↓ tolerância exercício físico, hipoglicemia.
USO: 
Anti-hipertensivo (↓ Débito Cardíaco,↓ descarga Simpática)
Angina (↓ contratilidade, ↓ consumo O2)
Arritmia cardíaca (após IAM) – nós podemos usar o β1 especifico. 
TEORIAS QUE EXPLICAM A AÇÃO HIPOTENSORA DOS BETA-BLOQUEADORES
1- Redução do débito cardíaco, reajustando os barorreceptores (acaba pela diminuição da pressão arterial média). PAM = DC x RPT: pressão arterial media é igual a debito cardíaco vezes resistência periférica total
2- Redução da atividade da renina – é o que mais explica a ação anti-hipertensiva: renina > angiotensina I > angiotensina II > Aldosterona > retenção do sódio > aumenta volemia > aumenta pressão arterial. Liberação de renina pelo aparelho justaglomerular renal é β, se for bloqueado não forma angioI, nem angioII, e tudo isso diminui, e nisso reside o principal mecanismo dos bloqueadores β. Assim como os inibidores da eca (angioI > angioII) também é amplamente utilizado.
3- Ação sobre o SNC, poderiam inibir o fluxo simpático para a periferia, mas alguns não ultrapassam a BHE então não é a principal escolha. DESPREZIVEL.
4- Bloqueio de receptores β pré-sinápticos – não tem significância maior, por isso nem são citados. DESPREZIVEL.
5- Aumento da secreção de prostaglandinas, principalmente E2 e A2 que fazem vasodilatação.
Ioimbina: é um bloqueador de α2 pré-sináptico. Pouquíssimo uso clínico. Quando se usa bloqueia os receptores α2 pré-sinápticos bloqueando a liberação do neurotransmissor acaba elevando a pressão arterial. α2 quando estimulados diminuem a inibição do neurotransmissor, aumentando-o na fenda, aumentando a pressão arterial.
DROGAS QUE REDUZEM A FUNÇÃO DO NEURÔNIO ADRENÉRGICO – GANGLIOPLÉGICOS
ALFA-METILDOPA: se transforma no organismo em α-metil-dopamina que se transforma em α-metil-dopamina que se transforma em α-metil-noradrenalina (semelhante ao neurotransmissor, mas não é igual) que estimula α2 a liberar menos neurotransmissor e a pressão tende a descer. 
Mecanismo de ação - Uso clínico
Efeitos colaterais: Ela é um estimulante α2 com efeito central ela pode levar a sonolência, tontura, xerostomia (boca seca), congestão nasal, diminuição da libido, retenção hidrossalina, febre, hepatotoxicidade, anemia hemolítica, galactorréia, hipotensão postural. ALDOMET: nome comercial da Alfa-Metil-Dopa.
Drogas que interferem com a síntese de Noradrenalina: 
α-metil-tirosina é usada somente em pesquisa, visto que ela vai impedir que esta enzima transforme a tirosina em dopa. Lembrando que a Tirosina Hidroxilase é o passo limitante, que regula a velocidade da síntese. 
Metil-dopa que vai se transformar em metil-dopamina e depois em metil-noradrenalina, interfere com a síntese mas também estimula fatores... ?
Reserpina e Guanetidina que impedem a dopamina de entrar na vesícula (para virar noradrenalina); Reserpina atua no neurônio e não em receptor.
*Estas drogas impedem que a dopamina entre na vesícula para virar noradrenalina (neurotransmissor) e ao mesmo tempo liberam as noradrenalinas da reserva fixa (dentro da vesícula) para fora para o citoplasma e posteriormente para a fenda sináptica.
Carbidopa: inibe a dopadescarboxilase inibindo a metabolização da dopa (virar dopamina antes da BHE) permitindo-se que a dopa atravesse a BHE e vire dopamina a nível cerebral. 
Bretílio: usado

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