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Prof. Robésio Teixeira Gomes Módulo III Técnicas e Instrumentos de Análise Organizacional Robésio T. Gomes Para organizar ou reorganizar uma organização, área ou uma atividade, são necessários determinados procedimentos, que pode-se denominar de Levantamento de Dados. Por meio do levantamento passa-se a conhecer toda a realidade do que acontece no processo em estudo, podendo assim, gerar melhorias no processo. Robésio T. Gomes Entrevista Questionário Observação Direta Pesquisa Documental Organograma Fluxograma Layout Técnicas Instrumentos Mecanismo: Quem? Porquê? O que? Quando? Como? Para quem? Onde? Quanto? Robésio T. Gomes Técnica de conversação executada de forma planejada, sistemática e documentada. Geralmente, é feita entre duas ou mais pessoas que têm interesses ou problemas em comum. Quando utilizar: • Informações que necessitam de reflexões em conjunto; • A amplitude do processo contempla poucas áreas devido ao tempo e ao custo; • Necessita de informações registradas na memória dos entrevistados, devido sua experiência. Robésio T. Gomes Vantagens Contato direto Perceber reações Perguntas mais flexíveis Contribui a participação Desvantagens Consome mais tempo e recursos Abrange um universo menor de pesquisa Podem ocorrer subjetividades Robésio T. Gomes Técnica utilizada para obter informações sobre um processo de forma presencial ou a distância. As questões são formuladas de forma objetiva, lógica e sistematizadas. Quando utilizar: • Necessidade em obter respostas quantitativas; • Obter informações de áreas distantes. • Necessidade em obter informações de uma grande quantidade de pessoas envolvidas. Robésio T. Gomes Vantagens Custo da fase de execução baixo; Não há necessidade de analista na fase de aplicação; Resultados prontos mais rápidos; Alcance de um universo maior de pessoas; Possibilita tratamento estatístico. Desvantagens Pode haver distorções na interpretação; Fase de planejamento mais complexa; Em caso de obter maior detalhes deixa a desejar; Quantidade de respondentes pode ser menor que o necessário prejudicando o trabalho de análise. Robésio T. Gomes Esta técnica consiste na verificação in loco de tudo que acontece no ambiente de forma sistemática e planejada, para isso, os sentidos humanos deverão ser utilizados. Quando utilizar: • Necessidade de conhecer o ambiente (espaço físico) onde se desenvolve o processo; • Verificação in loco os fluxos e as forças atuantes do ambiente; • Validação das informações obtidas pela entrevista ou questionário. Robésio T. Gomes Vantagens Permite o estudo do processo no local (gargalos e pontos críticos; Permite a comparação das informações; Complementa o levantamento realizado. Desvantagens A presença de uma ou mais pessoas provoca inibição; Limitada ao tempo de duração das atividades observadas; Fatos imprevisíveis interfere m na observação. Robésio T. Gomes Consiste na identificação, coleta e análise de toda a documentação, visando ampliar o conhecimento do processo em estudo. O que pesquisar: histórico dos problemas anteriores, alternativas adotadas e questões legais envolvidas; O que fazer: • Identificar áreas envolvidas e verificar diversos documentos de entrada, processamento, saída, bem como documentos correlatos. Robésio T. Gomes Vantagens Permite verificar se a empresa tem uma cultura de documentação; Complementa o levantamento efetuado; Compara documentos e os fatos levantados; Possibilita uma visão geral da organização. Desvantagens Técnica usada associada a uma das outras; Existência de resistência dos administradores em elaborar, manter e orientar-se pela documentação de processo; Documentação desatualizada. Robésio T. Gomes Representação gráfica e abreviada da formalização da estrutura de uma organização; Requisitos Fácil leitura da estrutura da empresa Permitir boa interpretação dos componentes da organização Fazer parte de um processo organizacional de representação estrutural Disposição e hierarquização dos diversos órgãos, setores, suas posições e respectivas interdependências, itinerário de comunicações, vinculação e subordinação. Finalidade • Representar os órgãos componentes de uma empresa; • Representar as funções desenvolvidas pelos órgãos (genericamente); • Vincular e/ou relacionar as interdependências entre os órgãos; • Mostrar os níveis administrativos que compõem a organização. Robésio T. Gomes O organograma apresenta ainda: Existem várias maneiras de se representar a estrutura da empresa. A escolha do tipo ideal, fica a critério do analista, que deve considerar a natureza da organização. Benefícios • Facilita o SIG e o fluxo de comunicação • Auxilia a graduar trabalhos e tarefas e uniformizar cargos • Auxilia a visualizar o todo organizacional, as necessidades de mudanças e o crescimento da empresa. Limitações • Exibe apenas uma dimensão dos relacionamentos existentes entre indivíduos e as frações organizacionais • Mostra as relações que devem existir e não a realidade existente Robésio T. Gomes A construção de um organograma deve preceder inicialmente de: Definição dos objetivos Definição das funções primárias e secundárias: afinidade e similaridade Descrição das funções Levantamento dos relacionamentos Hierarquização dos órgãos Definição de autoridade Escolha do modelo Robésio T. Gomes Algumas regras a serem adotadas • Deve ser evitado o uso exclusivo de siglas, códigos ou abreviaturas dos órgãos; • A subordinação de um órgão (autoridade hierárquica) em relação a outro é representada por linha cheia, de cima para baixo, ou da esquerda para direita; • Outras formas de autoridade (funcional, coordenação, etc) deve ser convencionado pelo responsável da construção do organograma (deve ser feito uma legenda explicativa); • Órgãos de igual hierarquia não podem estar ligados uns aos outros, mas sim à linha da autoridade superior. • Órgãos de assessoria/staff devem ficar posicionados horizontalmente, pouco abaixo da via hierárquica de autoridade a que está vinculado; ; • Para representação de órgãos de caráter mais formal, deve ser dada preferência à utilização de retângulos; • O tamanho do retângulo pode variar em função do nível hierárquico de cada setor representado; • Informações de natureza temporária não devem ser apresentadas no organograma (nome do responsável pelo órgão, por exemplo),evitando, assim, constantes alterações do desenho; • g) Não confundir, o organograma é utilizado, usualmente, para representar os órgãos e não os cargos ou funções. Robésio T. Gomes Robésio T. Gomes Robésio T. Gomes Robésio T. Gomes É um gráfico de organização que tem por objetivo demonstrar detalhadamente as principais atividades desempenhadas em cada órgão do organograma. A sua Origem vem do Organograma; A sua utilização se presta a: conhecimento por parte do colaborador, de que trabalhos e atividades são desenvolvidas nos demais órgãos da empresa. equidade na distribuição do trabalho, através da análise da relação atividade e número de pessoas envolvidas. especificação das atividades/tarefas desempenhadas e melhor entendimento do trabalho total; visualização da organização/estruturação interna de cada órgão; Robésio T. Gomes Robésio T. Gomes O termo fluxograma vem do inglês flow-chart Flow Fluxo Chart Gráfico Fluxograma é uma técnica de representação gráfica que se utiliza símbolos previamente convencionados, do movimento, fluxo ou sequência de operações de qualquer trabalho, pessoas,materiais, documentos ou produtos. Fonte: http://igualatudonavida.wordpress.com/ Robésio T. Gomes Robésio T. Gomes Por intermédio do fluxograma, pode-se demonstrar os seguintes aspectos de um fluxo de processo: Como vantagens, pode-se entender que: Permite verificação o funcionamento dos componentes de um sistema; Entendimento simples e objetivo em relação a outros métodos; Facilita a localização de deficiência; Aplicação a qualquer sistema: simples ou complexo; Rápido entendimento acerca de alterações realizadas. Quais operações são realizadas Onde são realizadas as operações Quem as executa Quais as entradas e saídas Qual o fluxo das informações Quais os recursos empregados no processo Quais os custos parciais e totais Qual o volume de trabalho Qual o tempo de execução Robésio T. Gomes Padrão ANSI (American National Standards Institute) Simbologia simplificada DecisãoProcesso ConectorTerminal (início/fim) Direção de fluxo Processo Terminal (início/fim) Decisão Conexão de página Modificação programa Display Direção de fluxo Espera Cartão perfurado Documento Arquivo off-line Input/Output Memória principal Sub-rotina Conexão Arquivo on-line Operação Robésio T. Gomes 1 Determine o âmbito ou limite do processo, definindo com clareza onde e inicia (entrada) e quando termina (saída) o processo em estudo; 2 Pode começar com um macro fluxograma e a seguir adicionar detalhes onde forem necessários; 3 Determine em seguida as etapas do processo em uma folha enumerando uma lista de todas as atividades principais, entradas, resultados, e decisões, do começo ao fim do processo. 4 Estabeleça a sequência do processo ordenando as etapas na ordem em que são executadas. 5 A não ser que esteja fazendo um Fluxograma para um processo novo, coloque em sequência como as coisas são e não como deveriam ser. Robésio T. Gomes Bloco Simplificado É o mais simples dos fluxogramas; Indicado apenas às tarefas sem diferenciá-las por tipo; Utilizado para visualização rápida do processo; Pode ser horizontal ou vertical; Utilizam-se frase curtas para identificar cada atividade realizada; Algumas empresas o chamam de macrofluxo, sendo que a partir dele, pode-se criar um fluxograma (detalhamento) 1... 2 ... 3... 4...5...6... Inicio Fim Robésio T. Gomes Reconhecer a necessidade Aprovar a requisição Apresentar uma lista de candidatos internos Entrevistar candidatos internos Fazer pesquisa externaSelecionar candidatos Entrevistar candidatos Classificar candidatos Ofertar emprego Apresentar novo funcionário Bloco Simplificado – exemplo contratação funcionário Robésio T. Gomes Fluxograma Horizontal Tanto a elaboração quanto a leitura são feitas como se estivesse escrevendo ou lendo (direção natural); - de cima para baixo e da esquerda para a direita, utilizando símbolos e convenções previamente definidos; - o sentido da circulação no fluxo é dado pelas linhas de ligação; elas fornecem a sequência das operações e a fluência das informações; - evite o uso de linhas de ligação muito longas. Dê preferência às linhas horizontais e verticais; - em casos de cruzamentos deve ser usado o pequeno arco para esclarecer que as linhas não se tocam, além de indicarem a ordem de ocorrência. Exemplo: Existem duas variáveis desse tipo de fluxograma, o descritivo e o de colunas Robésio T. Gomes Fluxograma Horizontal Descritivo Envolve uma grande quantidade de ações, decisões, funções e áreas. Descreve o fluxo de atividades, dos documentos e das informações que circulam em um processo, por meio de símbolos padronizados. É recomendável para atividades com mais de trinta passos ou que envolva mais de três áreas. Fluxograma Horizontal de Colunas Representa graficamente as áreas envolvidas no processo, sendo apresentadas em colunas; Permite uma visão completa, clara e precisa de tudo o que acontece em determinada área, e dela em relação às demais. Robésio T. Gomes Início Sensibilização da população para separação lixo seco Público alvo separou lixo? Separar lixo seco Coletar lixo 1 vez semana Enviar lixo coletado à Associação Catadores (AS) A AS recebe lixo coletado Tem apenas lixo seco? Selecionar material Material selecionado? Enfardar material Acondicionar material enfardado Comercializar produto final Fim Separar o lixo orgânico Enviar ao aterro sanitário 1 1 N S S N S N Robésio T. Gomes Início Acordar Fim Tomar café Olhar TV Ir à praia Almoçar Cansado ? Dia de sol? Cochilar Jogar futebol Passear Jantar Dormir SIM NÃO Bloco Simplificado – exemplo contratação funcionário SIM NÃO Robésio T. Gomes Robésio T. Gomes Robésio T. Gomes Robésio T. Gomes Fluxograma Vertical Utilizado no estudo de processos produtivos; Pode ser impresso como formulário padronizado e é constituído de símbolos e convenções pré- impresso em colunas verticais. O fluxograma vertical tem como vantagens a rapidez de preenchimento (uma vez que se trata de um formulário impresso padronizado), a clareza na apresentação e a facilidade de leitura. Robésio T. Gomes Padrão ANSI – exemplo simulação de propriedade para produção Início Selecionar região Região Válida? Fornecer o turno de trabalho e a precipitação crítica Especificar o período de simulação Selecionar uma colhedora Outra colhedora? Definir um talhão Outro talhão? Criar arquivo temporário de propriedade Fim Selecionar o cultivar Cultivar válido? Fornecer área de lavoura Fornecer as datas de semeadura e início da colheita Datas válidas? Arquivo de definições da propriedade COLHEDORA: - Marca - Modelo - Potência - Plataforma - Preço REGIÃO: - Nome - Sigla - Turno de trabalho Max. - Período de semeadura. CULTIVAR: - Coef. de perdas A,B e C - Coef. de produtividade C Não Não Não Não Não Sim Sim Sim SimSim Robésio T. Gomes Modelos em figuras Processo de fabricação de aço trefilado Robésio T. Gomes Robésio T. Gomes Modelos em figuras http://www.japudo.com.br/saboaria/introducao/ Processo de extração do óleo de palma bruto Robésio T. Gomes Modelos em figuras http://mensagensvirtuais.xpg.uol.com.br/cerveja/fabricacao.htm Processo de fabricação e comercialização de Cerveja Robésio T. Gomes https://www.lucidchart.com/pt https://support.office.com/pt-br/article/Criar-um- fluxograma-b%C3%A1sico-e207d975-4a51-4bfa-a356- eeec314bd276 (Microsoft Visio) https://www.gliffy.com/ http://www.nchsoftware.com/chart/ https://grapholite.com/ Robésio T. Gomes Como definição pode-se dizer que o layout é o “arranjo físico de diversos postos de trabalho nos espaços existentes na organização, envolvendo, além da preocupação de melhor adaptar as pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade desempenhada, a arrumação dos móveis, máquinas, equipamentos e matérias-primas”. Antônio Cury (2002) É o posicionamento no espaço de departamentos ou postos de trabalho, de modo a minimizar um custo, satisfazendo um conjunto de restrições; Visa harmonizar e integrar equipamento, mão-de-obra, material, áreas de movimentação, armazenagem, administração, mão- de-obra indireta, enfim todos os elementos que possibilitam uma atividade; Robésio T. Gomes A necessidade de se fazer um layout pode-se originar em virtude da implantação de um sistema ou, devido alteraçãode determinado ambiente. Causas para alteração Instalações obsoletas Redução de custos de produção Variação na procura Ambiente de trabalho inadequado Condições inseguras Material ou fluxo percorre grandes distâncias Objetivos Melhorar a utilização do espaço Melhorar a satisfação no trabalho Racionalização do fluxo Redução de tempo de utilização Redução de custos Robésio T. Gomes Pode ser desenvolvido para Escritório e Fábrica, para isso deve obedecer a certos princípios. L a y o u t E s c ri tó ri o • Proximidade; • Atendimento ao público; • Apresentação visual; • Direcionamento. L a y o u t F á b ri c a • Integração; • Mínima distância; • Obediência ao fluxo (sequencia lógica do processo); • Racionalização do espaço, satisfação e segurança e flexibilidade. Produto Quantidade Basicamente, o problema do arranjo físico recai sobre dois elementos: Robésio T. Gomes É o arranjo destinando a escritórios ou a demais áreas administrativas. Cuida do arranjo físico de móveis em uma unidade, sala ou espaço específico; Fases para a análise da distribuição do espaço: Cálculo da área do posto de trabalho Planta baixa do espaço a ser ocupado Distribuição do espaço Determinação da quantidade e natureza dos móveis Confecção das miniaturas dos móveis e equipamentos Demarcação das instalações: elétricas, telefônicas, redes, etc. Submissão da proposta Aprovação Robésio T. Gomes Na construção de um arranjo físico atentar para algumas questões: P la n ta b a ix a S im b o lo g ia Ambiência Iluminação Ruídos Cores Temperatura Ventilação Indica perigo (alarme, extintores, etc.) Identifica partes móveis e perigos de máquinas e equipamentos Sentido de perigo, cuidado (parte baixa, corrimão, etc) Sentido de perigo, cuidado (parte baixa, corrimão, etc) Indica cuidado (elevadores, entrada de caixas subterrâneas, etc) Identifica coletores de resíduo Robésio T. Gomes Corredor Ideal para trabalho em pequenas equipes; Preço das divisórias; Paredes e divisórias demarcam grupos. Contudo, perde-se pelo menos 5% do espaço com paredes: • Formação involuntária de grupos • Interação em cada grupo é maior que entre grupos • É necessário cuidado na “criação” dos grupos Robésio T. Gomes Espaço Aberto Grandes áreas, grande concentração humana; Geralmente ocupa todo um andar; Separa espaço apenas para as chefias; Privilegia a comunicação; Tarefas que não exijam grande concentração; Difícil controle disciplinar; A gerencia deve ficar de frente para os subordinados. Robésio T. Gomes Panorâmico Uso parcial de salas individuais: envolvimento pessoal quando necessário; Divisórias com meia altura: Mesas mesmo padrão, diferença na tonalidade; Supervisão discreta e mais facilitada Redução de ruído; Observações: Funcionários podem ser resistentes à mudança. Robésio T. Gomes Robésio T. Gomes Robésio T. Gomes (ARAUJO, LUIS C. G. - 2001) Robésio T. Gomes Enfatiza Processo: variedade/volume Enfatiza Produto: variedade/volume É o arranjo destinado a cuidar da disposição geral de máquinas e equipamentos em unidades industriais; Deve permitir um arranjo de recursos produtivos da operação e, em grande parte, determinado pelo tipo de produto, tipo de processo, de produção e volume de produção. São quatro os tipos básicos: V o lu m e Variedade Produto ou Linha Celular Funcional ou Processo Fixo ou Posicional Robésio T. Gomes Linear ou por Produto • O layout em linha tem uma disposição fixa orientada para o produto; • Os postos de trabalho (máquinas, bancadas) são colocados na mesma sequência de operações que o produto terá; • As máquinas, os equipamentos ou as estações de trabalho são colocados de acordo com a sequência de montagem, sem caminhos alternativos para o fluxo produtivo; • Esta é a solução ideal quando se tem apenas um produto ou produtos similares, fabricados em grande quantidade e o processo é relativamente simples; • Quando se fala em arranjo em linha, não se trata necessariamente de uma disposição em linha reta, por isso, é comum que projetos linear em forma de U ou S ou outra forma de circuito diferente; • O sistema não é flexível. Exemplos: Indústria Automobilística Industria Alimentícia Frigoríficos Robésio T. Gomes Linear ou por Produto - Modelo http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA820AC/arranjo-fisico-planejamento-estrategico Robésio T. Gomes Linear ou por Produto – Exemplo: Frigorífico Fonte: http://www.sistemafaep.org.br/frigorificos-se-destacam-na-bolsa-em-2013.html Robésio T. Gomes Linear ou por Produto Vantagens Produção em massa com grande produtividades Alto custo de instalação, equipamentos especializados, produtividade elevada de mão-de-obra (tarefas repetitivas), grau de complexidade de tarefas é mínimo e grau de automação mais elevado Carga de máquina e consumo de material constantes ao longo da linha de produção. Fácil balanceamento de produção (mesmo produto em toda a linha) controle de produtividade mais fácil Facilidade no controle de velocidade de produção (aumento ou diminuição), Controle mais eficiente do funcionário Desvantagens Alto investimento em máquinas Alto grau de automação, custo alto e manutenção frequente, Algumas máquinas podem se muita específicas sendo utilizada apenas para um tipo de operação Gera tédio no operadores Alto nível de divisão de trabalho, Índice de absenteísmo alto e muito afastamento de trabalho (lesões). As pessoas não demonstram muito interesse na manutenção de equipamento Falta de flexibilidade da linha de produção Tempo alto de resposta nas mudanças de produção ou mudança de um novo produto. Tempo de set up alto. Fragilidade e paralizações e subordinação aos gargalos Se um elo falha a linha pode parar. A produção mais lenta (gargalo) determina a velocidade de produção Robésio T. Gomes Funcional ou por Processo • Máquinas e ferramentas são agrupadas funcionalmente de acordo com o tipo geral de processo de fabricação; • Os materiais são deslocados às seções estabelecidas, podendo acontecer que se tenham que deslocar à mesma seção por mais de uma vez; • Normalmente utilizada em processos intermitentes, com uma forte componente de equipamentos universais, quando são produzidos artigos em lotes ou à unidade e em que o fluxo de operações pode ser diferente para cada artigo; • Em virtude de precisarem realizar uma grande variedade de processos de manufatura, são necessários equipamentos de fabricação de uso genérico; • Este arranjo físico tem a capacidades de realizar uma variedade de produtos, por causa disso, há a necessidade dos trabalhadores possuírem um nível técnico relativamente alto para realizar várias tarefas diferentes. Setor de Digitação Setor de Cópias Setor de Encadernação Setor de Corte Exemplos: Hospitais Lojas Comerciais Usinagem de Peças Robésio T. Gomes Funcional ou por Processo - Modelo http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA820AC/arranjo-fisico-planejamento-estrategico Robésio T. Gomes Funcional ou por Processo – Exemplo: Hospital Fonte: http://www.coroflot.com/stevestankiewicz/digital-infographics Robésio T. Gomes Funcional ou por Processo - Modelo Vantagens Grande flexibilidade para atender demanda do mercado Apenas alterar o fluxo é possível atender as necessidades. Bom nível de motivação Exigência de mão-de-obra especializa e qualificada. A produção não é repetida contribuindo pra uma não monotonia Atendea produtos diversificados em quantidades variáveis ao mesmo tempo Permite fabricação de mais de um tipo de modelo simultaneamente Menor investimento para instalação do parque industrial Agrupamento de equipamentos similares, geralmente, reduzem os custos de instalação. Quando for vendido ou trocado. Maior margem de produto Fabricação de produto de maior valor agregado Desvantagens Apresenta um fluxo longo dentro da fábrica Necessidade de deslocamento a distâncias maiores; Produto vai e volta em um mesmo processo; Diluição menor de custo fixo em função de menor expectativa de produção Por não saber a sequencia a empresa deve dispor de todos os recursos necessários ou ter máquinas em duplicidade. Dificuldade no balanceamento Programação do trabalho é maior em virtude de constantes alterações na produção Maior necessidade de preparo e set up de máquina Robésio T. Gomes Celular ou de Grupo • Composto de células de produção e montagem interligadas por um sistema de controle de material de “puxar”. • Nas células, operações e processo são agrupados de acordo com a sequência de produção que é necessária para fazer um grupo de produtos. • As máquinas na célula são todas, normalmente de ciclo único e automático, sendo que elas podem completar o seu ciclo desligando automaticamente. • Normalmente inclui todos os processos necessários para uma peça ou submontagem completa; • Os trabalhadores são treinados para lidar com mais de processo (operadores polivalentes), trabalhando de pé e caminhando, Exemplos: Manufatura de Computador Maternidade Lanchonete Robésio T. Gomes Celular ou Grupo - Modelo http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA820AC/arranjo-fisico-planejamento-estrategico Robésio T. Gomes Celular ou Grupo – Exemplo: Lanche Fonte: http://dimensaoprojetos.com/projetos-lanchonetes/ambientacao-lanchonete/ Robésio T. Gomes Posicional ou de Posição Fixa • O material permanece parado enquanto que o homem e o equipamento se movimentam ao redor; • Atualmente, sua aplicação se restringe principalmente a caso onde o material, ou o componente principal, é difícil de ser movimentado, sendo mais fácil transportar equipamentos, homens e componentes até o material imobilizado; • O número de itens finais normalmente não é muito grande, mas o tamanho do lote dos componentes para o item final pode variar de pequeno a muito grande; • Especificamente para montagem de grandes máquinas, montagens de navios, de prédios, barragens, grandes aeronaves, etc. A eroporto Exemplos: Cirurgia Construção de Rodovia Estaleiro Robésio T. Gomes Posicional ou de Posição Fixa - Modelo http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA820AC/arranjo-fisico-planejamento-estrategico Robésio T. Gomes Posicional ou de Posição Fixa - Exemplo Fonte: http://www.planobrazil.com/fevereiro-09/ Robésio T. Gomes Tipo de Arranjo Vantagens Desvantagens Linear • Baixos custos unitários para altos volumes; • Oportunidade para especialização de equipamentos; • Movimentação de materiais e clientes conveniente. • Baixa flexibilidade de mix; • Não muito robusto contra interrupções; • O trabalho pode ser repetitivo; Processo • Flexibilidade de mix e produto; • Robusto em caso de interrupção de etapas; • Fácil supervisão de instalações e de equipamentos. • Baixa utilização de recursos; • Possibilidade de altos estoques em processo ou filas de clientes; • Dificuldade para controlar o fluxo. Celular • Boa relação entre flexibilidade e custo para operações com alta variedade; • Atravessamento rápido; • Trabalho em grupo pode resultar em motivação. • Alto custo para reconfigurar o arranjo atual; • Pode requerer capacidade adicional; • Pode reduzir níveis de utilização de recursos. Posição Fixa • Alta flexibilidade de mix e produto; • Produto ou cliente não movido ou perturbado; • Alta variedade de tarefas para a mão de obra • Altos custos unitários; • Complexa programação de espaço e de atividades • Muita movimentação de pessoal e equipamentos. Robésio T. Gomes Fatores a ser considerados Tipo de produto Tipo de Produção Contínua ou não contínua Natureza dos riscos poluição, riscos químicos, segurança pessoal e de prédio Perspectiva de expansão futura Característica da matéria-prima Física, química, peso, volume, quantidade, etc. Características das máquinas e equipamentos Pessoal Segurança contra acidentes, quantidade, Gênero e serviços a serem prestados de acordo com as leis do trabalho. Estocagem Perecibilidade dos materiais, localização e arrumação Serviços auxiliares Vestiário, restaurante, etc. Finalizando, pode-se ainda ter o Arranjo Físico Misto: utilizado quando se deseja aproveitar as vantagens dos diversos tipos de arranjo conjuntamente. Geralmente é utilizada uma combinação dos arranjos por produto, por processo e celular. Lembre-se: Prof. Robésio Teixeira Gomes Módulo IV Documentos de Processo Robésio T. Gomes “Conjunto ou coleção sistemática de normas, diretrizes, políticas, objetivos, instruções que indicam para todos os funcionários da organização o que deve ser feito, como, onde, quando, quem deve fazer e por que é feito” D’Ascenção (2007) “Todo e qualquer conjunto de normas, procedimentos, funções, atividades, políticas, objetivos, instruções e orientações que devem ser obedecidos e cumpridos pelos executivos e funcionários da empresa, bem como a forma como estes devem ser executados, quer seja individualmente, quer seja em conjunto”. Oliveira, 2002 Robésio T. Gomes Fixação e efetivação dos critérios e padrões necessários para o bom desempenho do processo; Permissão para a uniformização da terminologia técnica do processo; Possibilidade do aumento da eficiência e eficácia do processo; Auxílio ao gerenciamento do processo, por meio de revisão e da avaliação constante dos procedimentos do processo; Representação da evolução histórica do processo dentro da organização, etc. Robésio T. Gomes Vantagens • importante e constante fonte de informações sobre os trabalhos na empresa; • facilitam o processo de efetivar normas, procedimentos e funções administrativas; • possibilitam treinamento aos novos e antigos funcionários da empresa; • são um instrumento efetivo de consulta, orientação e treinamento na empresa e representam uma restrição para a improvisação inadequada que aparece na empresa nas mais variadas formas; • ajudam a fixar critérios e padrões, além de uniformizarem a terminologia técnica básica do processo administrativo; • representam um legado histórico da evolução administrativa da empresa; e • aumentam a predisposição do pessoal para assumir responsabilidades, visto que aquilo que deverá ser feito está claramente estabelecido por escrito. Robésio T. Gomes Desvantagens • constituem um ponto de partida, mas não a solução para todos os problemas administrativos que podem ocorrer na empresa; • sua preparação, quando mal feita ou pouco cuidadosa, traz, paralelamente, sérios inconvenientes ao desenvolvimento normal das operações dos vários órgãos da empresa; • custos de preparação e de atualização podem ser elevados, dentro de uma relação custos versus benefícios identificada pela empresas; • incluem, somente, os aspectos formais da empresa, deixando de lado os aspectos informais que estão presentes em qualquer processo; • diminuem a incidência de julgamento pessoal, limitando a iniciativa e a criatividade individuais; • seu uso pode ficar prejudicado e difícil devido a uma redação pouco clara, prolixa, deficiente e inadequada; e • quando muito sintéticos, tornam-se pouco úteis e, por outro lado, quando muito detalhados, corremo risco de tornarem obsoletos diante de pequenas mudanças. Robésio T. Gomes Princípios básicos para a utilização • necessidade real e efetiva da empresa; • diagramação estruturada e adequada para suas finalidades; • redação simples, curta, eficiente, clara e inteligível, com bom índice ou sumário; • instruções autênticas, necessárias e suficientes; • distribuição a todos os funcionários que dele necessitam; • racional, adequada e aprimorada utilização pelos usuários dos sistemas abordados no manual; • um processo contínuo de revisão, centralização e distribuição; e • adequada flexibilidade Robésio T. Gomes Princípios básicos para a utilização • necessidade real e efetiva da empresa; • diagramação estruturada e adequada para suas finalidades; • redação simples, curta, eficiente, clara e inteligível, com bom índice ou sumário; • instruções autênticas, necessárias e suficientes; • distribuição a todos os funcionários que dele necessitam; • racional, adequada e aprimorada utilização pelos usuários dos sistemas abordados no manual; • um processo contínuo de revisão, centralização e distribuição; e • adequada flexibilidade. Robésio T. Gomes Estrutura de um Manual • índice numérico ou sumário: é o índice básico com indicação do assunto e do número da • página; • apresentação: nessa parte é enfocado seu objetivo; • instruções para uso: deve ser suficientemente clara e objetiva, para facilitar seu uso pelos vários funcionários envolvidos no processo; • conteúdo básico: é a parte mais extensa do manual e que possui todo conteúdo principal; • apêndice: nessa parte, normalmente, são colocados formulários, fluxogramas, organogramas, gráficos, exemplos etc.; • glossário: é uma espécie de dicionário de termos técnicos, que serve para homogeneizar a conceituação dos termos técnicos utilizados no manual; Sugestão para a codificação de um manual Robésio T. Gomes Manual de Organização • enfatiza e caracteriza os aspectos formais das relações entre os diferentes departamentos – ou unidades organizacionais – da empresa, bem como estabelecer e definir os deveres e as responsabilidades correlacionados a cada uma das unidades organizacionais da empresa. Manual de Normas e Procedimentos • descreve as atividades que envolvem as diversas unidades organizacionais da empresa, bem como detalhar como elas devem ser desenvolvidas. Manual de Políticas e Diretrizes • contem a descrição detalhada e completa das políticas que devem ser seguidas pelos executivos e funcionários da empresa, no processo de tomada de decisões que levam aos objetivos estabelecidos. Manual de Padrões • determina quais são as especificações pré- determinadas e que dizem respeito aos diferentes tipos padrões para as funções, tais como: compras, controle de qualidade, planejamento de produtos etc. Manual de Instruções Especializadas • agrupa normas e instruções de aplicações específicas a determinado tipo de atividade ou tarefa. Manual de Finalidades Múltiplas • Objetivo é informar os empregados sobre os mais variados aspectos da empresa e servir como base de treinamento e avaliação dos planos organizacional e técnico da empresa. Manual de Formulários • instrumento por demais útil quando da criação ou modificação de um sistema de trabalho administrativo e muito na instrução de novos formulários, alterações de layout e fluxo de formulários Robésio T. Gomes Veículo de transmissão das informações que se tornam indispensáveis para o planejamento, execução e controle das diferentes atividades desenvolvidas. Conforme Oliveira (2006, p. 293) sua criação é necessária sempre que “a utilização das informações ocorrer depois do momento em que eles se tornem disponíveis e haja necessidade de armazená-las para que não se percam no desenvolvimento do processo administrativo”. Seus objetivos são: Proporcionar valor legal a determinadas operações; Uniformizar os procedimentos administrativos; Facilitar o controle dos processos; Estabelecer que dados devem ser utilizados em um processo; Evitar repetição de dados; Facilitar o tratamento de dados e informações; Facilitar o fluxo de informações; Facilitar a compreensão dos dados e informações. Robésio T. Gomes Elaboração Levantamento e análise • Inventário dos formulários existentes • Levantar o fluxo de trabalho e a presença das informações • Estudar a viabilidade de aproveitar os formulários existentes Elaboração de novos formulários • Identificar as informações importantes • Desenhar o layout do formulário • Tamanho e formato do papel Dispor as questões do formulários dentro de uma sequência lógica Escolher o tipo e qualidade do papel Tendência • Formulários Eletrônicos Porque? • agilidade; • redução no volume de papel utilizado na organização: menos espaço, • redução de impacto ambiental (além da fonte não renovável ao processo químico na elaboração do papel é altamente nocivo); • redução de custos diretos em longo prazo e custos indiretos de forma imediata; • facilidade de controle; • facilidade do preenchimento com a opção de inclusão de informações on-line; • possibilidade de intercâmbio e ferramentas. Robésio T. Gomes
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