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Pressupostos Processuais

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ROTEIRO PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Parte 01
1. Conceito (Oscar Bülow): são determinados elementos de existência, requisitos de validade e condições de eficácia da relação jurídica processual. 
2. O pressuposto processual pode dizer respeito ao processo (todo) ou a cada ato do processo.
3. Os pressupostos processuais normalmente são classificados em pressupostos de existência e de validade.
4. Nem toda falta de pressuposto processual acarreta inadmissibilidade do processo. Só atrapalha o processo a falta de pressuposto que impeça a análise do objeto litigioso principal discutido. Exemplo: se falta competência ao juízo, o processo não pode caminhar. Mas se falta competência do juízo para analisar a reconvenção, o processo principal tem condições de caminhar.
5. Assim, se ligue nas dicas:
Nem toda falta de pressuposto processual acarreta inadmissibilidade do processo;
Nem toda falta de pressuposto processual pode ser reconhecida de ofício;
Nem toda falta de pressuposto processual pode ser reconhecida a qualquer tempo (Exemplo: réu não citado contesta e não alega nada. Precluiu.)
Nem toda falta de pressuposto processual impede o julgamento de mérito.
6. Classificação de Fredie Didier Júnior:
6.1. Pressupostos de existência: Juiz, parte e demanda.
6.2. Pressupostos de validade subjetivos: Juiz competente e imparcial; Capacidade processual; capacidade postulatória; legitimidade ad causam.
6.3. Pressupostos de validade objetivos: respeito ao rito processual; interesse de agir; inexistência de coisa julgada e litispendência (esses dois são negativos).
7. Capacidade de ser parte: há mais partes nessa vida que pessoas. Até quem não tem personalidade jurídica pode ser parte. Cuidado. Não se exige capacidade de ser parte do réu para a existência do processo. O processo existe sem réu. 
8. Existência de órgão jurisdicional: demanda colocada diante de um não-juiz é uma não-demanda. Logo, não há falar em processo. 
9. Existência de demanda. Aqui vale apenas o ato de pedir, e não o conteúdo.
10. Capacidade processual. É a capacidade de praticar atos processuais sem a necessidade de assistência ou representação. Há uma relação íntima entre capacidade processual e capacidade civil. Mas nem sempre haverá coincidência. Exemplo: pessoas casadas têm sua capacidade processual restringida pelo CPC, mas são civilmente capazes. Outro exemplo: um incapaz de 16 anos, eleitor, pode ajuizar ação popular. 
10.1. E as pessoas jurídicas? Elas têm capacidade processual. Quando agem em juízo, são PRESENTADAS e não representadas. 
10.2. O espólio é representado pelo inventariante. Quando este for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja parte (art. 75, p. 1o, CPC). 
10.3. As sociedades ou associações irregulares são representadas pela pessoa que administra seus bens. Detalhe: uma vez proposta a ação contra estes entes, não podem alegar falta de regularidade de constituição, pois isso seria venire contra factum proprium. 
10.4. As pessoas jurídicas de direito público são presentadas (por lei) pelos seus procuradores. Detalhe: o CPC permite (art. 75, p. 4o), que os Estados e DF firmem convênios recíprocos para que as procuradorias de um presentem os outros. Trata-se de negócio jurídico processual.
10.5. Os entes despersonalizados serão presentados ou representados em juízo por aquele que exerça funções de administração, gerência, direção. Exemplo: a câmara de vereadores, que não tem personalidade jurídica, mas tem personalidade judiciária, é presentada pelo seu presidente. 
Súmula 525-STJ: A Câmara de vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais.
STJ. 1ª Seção. Aprovada em 22/04/2015.
11. O que acontece se o juiz perceber que não há capacidade processual da parte no caso concreto? Deve sempre intimar a parte para que possa sanar o vício em prazo razoável. E se o defeito persistir? Aí depende. Se foi o autor, o processo é extinto. Se foi o réu, será revel. Se foi terceiro, este será excluído do processo. 
	Só se decreta nulidade, se houver prejuízo.

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