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Monografia epistemologia do século XX

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Sumário 
 
 1. Introdução ............................................................................................................... 4 
2. Autores .................................................................................................................... 6 
2.1 Karl Popper ......................................................................................................... 6 
2.2 Thomas Kuhn ...................................................................................................... 8 
2.3 Imre Lakatos ..................................................................................................... 10 
2.4 Larry Laudan .................................................................................................... 12 
2.5 Gaston Bachelard .............................................................................................. 15 
2.6 Stephen Toulmin ............................................................................................... 16 
2.7 Paul Feyerabend ................................................................................................ 18 
2.8 Humberto Maturana ......................................................................................... 21 
2.9 Mario Bunge ...................................................................................................... 24 
 3. Conclusão ............................................................................................................. 30 
 4. Referências Bibliográficas .................................................................................... 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
1. Introdução 
Primeiramente precisamos compreender alguns conceitos que ao longo do 
trabalho serão mencionados pela visão dos filósofos. 
O conhecimento é provado, ou seja, baseasse nas coisas que podemos 
comprovar. A indução generaliza os dados das observações. Se todos os objetos ou 
situações observadas em algum determinado tempo forem as mesmas, logo o indutivista 
acredita que todos os objetos ou situações seriam iguais. 
Porém, ainda é discutido como se justificar esse princípio. A base do 
indutivista para suas análises é não tirar conclusões antes de terminar sua observação. 
Esperou até recolher um grande número de observações do fato de que 
era alimentado ás 9 da manhã, e fez essas observações sob uma ampla 
variedade de circunstâncias, ás quartas e quintas-feiras, em dias 
quentes e frios, em dias chuvosos e dias secos. A cada dia 
acrescentava uma outra proposição de observação à sua lista. 
Finalmente, sua consciência indutivista ficou satisfeita e ele levou a 
cabo uma inferência indutiva para concluir. ‘’Eu sou alimentado 
sempre as 9 da manhã’’. Mas, ai de mim, essa conclusão demonstrou 
ser falsa, de modo inequívoco quando na véspera de Natal, ao invés de 
ser alimentado, ele foi degolado. (CHALMERS, 1993). 
 O autor traz a história do peru, que relata bem o problema que os indutivistas 
ainda encontram para justificar sua lógica, pois ao concluir sua pesquisa, não temos a 
garantia de sua conclusão ser a verdadeira, por hora se torna, porem corre o risco de ter 
outra conclusão não esperada. 
 Não podemos afirmar que todas as observações tenham o resultado verdadeiro, 
e sim, um resultado ‘provavelmente verdadeiro’, ou seja, não importa quantas vezes 
observamos o mesmo objeto, a mesma situação, um fenômeno, não podemos dizer que 
o que observamos terá uma conclusão cem por centro certa. Nos exemplos anteriores 
tiramos conclusões que no final não eram verdadeiras as análises feitas antes. Nem tudo 
podemos concluir da mesma forma. Outro exemplo claro que o autor traz é: 
‘‘O sol vai se pôr todos os dias. (De fato, no Ártico e na 
Antártida, há dias em que o Sol não se pões). ’’ (CHALMERS, 
1993) 
 
 
 
5 
Entendo que a indução não poderia ter uma conclusão generalizando tudo, pois 
como vimos, nem sempre o que observamos poderá servir para tudo, alguns fatos ao 
decorrer dos anos poderão modificar os resultados observados hoje. Acredito também 
que a indução pode ser aplicada nas observações de que um fato observado tem uma 
conclusão positiva, como o exemplo de Hume, observar que o Sol nascerá hoje, e não 
concluir que o Sol sempre nascerá. 
O relativista acredita, que um cientista carrega conhecimento e esses 
conhecimentos não poderá ser esquecido ao julgar uma teoria como verdadeira ou não. 
Cada um possui um ponto de vista e assim, nem todos os indivíduos concordam com as 
mesmas coisas. Nega o caráter único de se avaliar uma teoria, para ele as decisões são 
feitas pelos indivíduos ou a comunidade dando valor. 
Já o racionalista, característica importante é a universalidade e seu caráter não-
histórico. Diferenciando o racionalista em extremado, “afirma que há um critério único, 
atemporal e universal com referências ao qual se podem avaliar os méritos relativos de 
teorias rivais. ” (CHALMERS, 1993), o racional, (quando sua teoria deixa de ser eficaz, 
ele procura entre as teorias rivais a que melhor corresponde a ele, seja ela qual for.), e o 
típico, (Se as teorias estão de acordo com os critérios universais ele entende que as 
mesmas podem ser verdadeiras, aproximadamente verdadeiras, ou provavelmente 
verdadeiras.). 
Com isso veremos a seguir os filósofos e suas visões das ciências e seus pontos 
de vistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
2. Autores 
2.1 Karl Popper 
Karl Popper nasceu em 1902 em Viena, tornando-se professor do ensino médio 
por vários anos. Em 1926, lecionou lógica e método científico em alguns cursos de 
economia, concluiu seu doutorado em filosofia em 1928. Tornou-se professor de 
filosofia na universidade de Canterbury. 
Entre os seus temas centrais estão o critério de demarcação, conjecturas e 
refutações e o falsacionismo nas ciências. 
“Não me considero especialista nem em ciência nem em 
filosofia. Tenho, contudo, tentado com afinco, durante toda a minha 
vida, compreender alguma coisa acerca do mundo em que vivemos. O 
conhecimento científico e a racionalidade humana que o produz são, 
em meu entender, sempre falíveis ou sujeitos a erro. Mas são também, 
creio, o orgulho da humanidade. Pois o homem é, tanto quanto sei, a 
única coisa no universo que tenta entendê-lo. Espero que continuemos 
a fazê-lo e que estejamos também cientes das severas limitações de 
todas as nossas intervenções. “ (POPPER, apud GUTIERRE,2012) 
Por muito tempo, discutia-se o critério de demarcação do que é ou não ciência. 
Com objetivo de distinguirem o que seria ciência de fato e o que seria opinião. O que se 
sabia era que a ciência buscava a verdade acima de tudo, porém, precisava-se distinguir 
então o saber contingente, onde expressa a opinião, e o saber necessário que constituía o 
objeto do discurso científico, pois o único discurso que satisfazia as exigências era 
mostrando nos fenômenos conexões casuais onde os mesmos poderiam ser 
demonstrados, ou seja, utilizavam como critério de demarcação a verificabilidade. 
“Assim, a partir da crítica e do diálogo com os integrantes do 
Círculo de Viena, Popper tentou superar o problema da distinção 
entre ciência, nos termos em que este foi colocado por 
Aristóteles, ou seja, na forma de um receituário para se evitar o 
erro, além de se posicionar radicalmente contra a postura 
indutivista. “ (SCHMIDT, P.; SANTOS, J. L, 2007, p.4). 
Seu critério abrange que “ Um enunciado ou teoria é falsificável, segundo o 
meu critério, se e só se existir, pelo menos um falsificador potencial” (POPPER, 1987, 
 
 
 
7 
apud SILVEIRA, 1994, p. 206).Ou seja, quando um enunciado possuir a descrição de 
um fato, porém ir contra a teoria. 
Para Popper, todo conhecimento é provisório refutável e corrigido. Sua visão 
de racionalista afirma que todas as teorias podem sim ter erros e os mesmos podem ser 
solucionados e não abandonados. Seu objetivo não é comprovar uma teoria e sim saber 
quando a mesma está errada e como proceder quando acontecer. “Pode-se dizer, 
resumidamente, que o critério que define o “status” científico de uma teoria é sua 
capacidade de ser refutada ou testada” (MOREIRA, 2016, P. 8) 
Afirma então que a solução da demarcação é utilizar o critério da refutabilidade 
ou testabilidade para distinguir entre teorias científicas e não científicas. Resume-se 
então o falsacionista na visão de Popper: 
A ciência começa com problemas, problemas estes associados à 
explicação do comportamento de alguns aspectos do mundo ou 
universo. Hipóteses falsificáveis são propostas pelos cientistas 
como soluções para o problema. As hipóteses conjeturadas são 
então criticadas e testadas. Algumas serão rapidamente 
eliminadas. Outras podem se revelar mais bem-sucedidas. Estas 
devem ser submetidas a críticas e testes ainda mais rigorosos. 
Quando uma hipótese que passou por uma ampla gama de testes 
rigorosos com sucesso é eventualmente falsificada, um novo 
problema, auspiciosamente bem distante do problema original 
resolvido, emergiu. Este novo problema pede a invenção de 
novas hipóteses, seguindo-se a crítica e testes renovados. E, 
assim, o processo continua indefinidamente (CHALMERS, 
1999, apud MOREIRA, 2016, p. 9). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
2.2 Thomas Kuhn 
Físico e filosofo, Thomas Kuhn nasceu em 1922 em Cincinnat, Estados 
Unidos. Formou-se então em física na universidade de Harvard, onde obteve seu 
mestrado 1946 e doutorado 1949, ambas em física. Tornou-se professor na 
universidade, lecionando a disciplina de ciências, com isso, por ter que estudar a história 
da ciência, Kuhn então desenvolveu sua obra. Lecionou também em outras 
universidades renomadas na Califórnia, Princeton e no Instituto de tecnologia de 
Massachusetts onde finalizou sua carreira ao falecer em 1996. 
Sua epistemologia possui conceitos como paradigma, ciência normal, 
revolução científica, e a incomensurabilidade. 
Anteriormente a sua visão, a ciência era vista como uma ciência neutra, onde 
se dava por indução, era acumulativa e linear e que seu conhecimento obtido era 
definitivo. Porem na visão de Kuhn, a ciência não era neutra, ou seja, antecedida por 
teorias, os cientistas ao observar já possuíam conhecimentos de algumas teorias e assim 
já levavam a pressupostos teóricos. Reconhecia que a ciência possuía um caráter 
construtivo. 
Kuhn afirma que a ciência segue um modelo de desenvolvimento baseado em 
ciência normal (período em que a ciência estava voltada apenas para um paradigma), 
surgindo então as revoluções científicas (ciência extraordinária, onde surge novos 
paradigmas e então tense a disputa de selecionar aquele que mais se completa nas 
explicações). 
A ciência normal, tem como objetivo forçar a natureza a se encaixar nos 
limites preestabelecidos dos paradigmas, a mesma não tem a função de descobrir novos 
fenômenos e espécies, quando um fenômeno não pode ser explicado por um paradigma 
em vigor o mesmo é esquecido, ignorado. 
Essa ciência nada mais é que um limite estabelecido pelos cientistas 
conservadores, ou seja, na visão de Kuhn, os cientistas devem se concentrar em resolver 
os fenômenos antigos com esses paradigmas e não criar novos. 
 
 
 
9 
Coloca então, que o critério de demarcação difere a ciência das outras pelo 
período de ciência normal. Onde utiliza como exemplo “a astronomia durante a Idade 
Média (Paradigma ptolomaico); a mecânica nos séculos XVIII e XIX (Paradigma 
newtoniano); a ótica no século XIX (paradigma ondulatório); a teoria da Relatividade 
no século XX (paradigma relativismo). ” (KUHN, 1978, apud OSTERMANN, 1996, 
p.188) 
Já a Revolução Científica, trata do período que os cientistas não conseguem 
mais explicar os fenômenos, porém os mesmos não podem ser deixados de lados, e 
assim surge as anomalias, o chamado período extraordinário. Com isso surge um novo 
paradigma e o mesmo, após ser aceito, torna permanente e assim volta a ciência normal. 
Com isso, ocorre a competição desses paradigmas pela aceitação dos cientistas 
mostrando visões diferenciadas de mundo. “Se novas teorias são chamadas para 
resolver as anomalias presentes na relação entre uma teoria existente e a natureza, então 
a nova teoria bem-sucedida deve permitir predições diferentes daquelas derivadas de 
sua predecessora. Essa diferença não poderia ocorrer se as duas teorias fossem 
logicamente compatíveis”. (OSTERMAM, 1996, P. 191). Nesse Sentido Kuhn emprega 
a expressão de incomensurabilidade de paradigmas. 
A ideia de Kuhn para a incomensurabilidade é que os padrões científicos 
utilizados em vigor são diferentes as definições de cada paradigma, ou seja, os padrões 
pré-estabelecidos e aceitos pela sociedade científica não serão os mesmos para definir 
um paradigma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
2.3 Imre Lakatos 
Lakatos nasceu em 1922-1974 em Debrecen Hungria. Graduou-se em 
matemática, física e filosofia na universidade de Debrecen em 1944. Obteve seu 
doutorado em filosofia em 1961 na universidade de Cambridge. Foi professor de 
filosofia e metodologia científica. Entre os seus temas centrais, podemos citar o 
programa de investigação, o núcleo central, heurística negativa e positiva e o cinturão 
protetor. 
Minha dívida pessoal com ele é imensa: mudou minha vida mais que 
nenhuma outra pessoa (...). Sua filosofia me ajudou a romper, de 
forma definitiva, com a perspectiva hegeliana que eu havia, retido 
durante quase vinte anos, e, o que é ainda mais importante, me 
forneceu um conjunto muito fértil de problemas, um autêntico 
programa de pesquisa" (Lakatos, 1989; p.180 apud SILVEIRA, 1996, 
p.219). 
Lakatos foi um seguidor de Popper, porém, tinha algumas crenças diferentes. 
Acreditava que uma teoria não era totalmente descartada só pelo fato de passarmos a ter 
outra que melhor justificava os fatos, e sim, que ambas poderiam ser uteis e se 
completassem. Ele também tenta justificar com a sua ‘’metodologia dos programas de 
pesquisas científicas’’ as críticas que Popper recebera por algumas teorias. 
A metodologia dos programas de pesquisa científica 
A própria ciência como um todo pode ser considerada um imenso 
programa de pesquisa com a suprema regra heurística de Popper: 
'arquitetar conjecturas que tenham maior conteúdo empírico do que as 
suas predecessoras' " (Lakatos, 1979; p.162 apud SILVEIRA, 1996, 
p.220). 
Acreditava que uma teoria não estaria sozinha, e sim, cada uma estaria 
interligada, sendo ela progressiva (o cientista obtém novos resultados) e regressivas (o 
cientista não consegue mais adquirir novos resultados). Assim torna a visão da ciência 
como a história dos programas de pesquisas e não das teorias isoladas. 
O programa de pesquisa de Lakatos consistia em um núcleo firme e o cinturão 
protetor, onde o mesmo afirmava que o núcleo firme não se alterava, servia como base 
para as pesquisas, mesmo encontrando anomalias, essa teoria inicial se manteria. Já o 
 
 
 
11 
cinturão protetor, consiste nas teorias auxiliares, ou seja, a base se mantem e conforme a 
metodologia estabelecida para se estudar um objeto, poderíamos obter anomalias e com 
isso ocorrem novas transformações, novas hipóteses, porém, seu núcleo continua o 
mesmo. 
Todo programa de pesquisa precisa de rotas que indicam onde devemos seguir, 
denominadocomo heurística positiva que indica as alterações que devem ser feitas no 
cinturão protetor para superar as anomalias encontradas, e a rota que nos indica que não 
devemos prosseguir denominado de heurística negativas, essa, justifica que o núcleo 
firme não é alterado independente se o resultado for uma anomalia ou algum caso 
problemático. Neste caso justificasse as alterações no cinturão protetor. 
"A heurística positiva consiste num conjunto parcialmente articulado 
de sugestões ou palpites sobre como mudar e desenvolver as ' 
variantes refutáveis do programa de pesquisa, e sobre como modificar 
e sofisticar o cinto de proteção ' refutável ' " (Lakatos, 1979; p. 165 
apud SILVEIRA, 1996, p.222). 
Lakatos diz que uma teoria não poderá ser abandonada se não houver outra que 
a supere: “O embate se dá entre, no mínimo, dois programas de pesquisa e os fatos; a 
superação de um programa por outro não acontece instantaneamente, constituindo-se 
em um processo temporalmente extenso” (MOREIRA, 2016). Defende então como 
lógica de pesquisa o que ele chama de falsacionismo metodológico de base evolutiva, 
onde se sobrevive as teorias mais apitas, ou seja, as que possuem mais informações, 
mais conteúdo para se sustentar. Utiliza esse método como demarcação de teorias 
científicas das não- cientificas. 
 
 
 
 
 
 
 
12 
2.4 Larry Laudan 
Americano, Laudan nasceu em 1945, obteve seu doutorado em física na 
universidade de Kansas e em filosofia na universidade de Princeton. Lecionou aulas de 
história e filosofia da ciência por muitos anos. Atualmente Laudan leciona em 
universidades mexicanas. 
Sua epistemologia se destaca na resolução de problemas (empírico e 
conceituais), as tradições de pesquisas e as teorias científicas. 
Sua visão da ciência é pragmática, afirmando que a mesma precisa de teorias 
eficazes na resolução de problemas ou, um modelo cientifico por resoluções de 
problemas. 
Não podemos afirmar que a ciência tem se encaminhado para um caminho 
progressivo, pois não possuímos métodos de comprovar se a ciência está avançando ou 
não, mas podemos dizer que avançamos as teorias as tornando cada vez mais 
comprovadas com aplicações práticas e com isso, podemos realizar fatos novos. 
Ao propor um modelo voltado para a resolução de problemas, sejam 
eles empíricos ou conceituais, acredita-se que os mesmos sejam a 
unidade básica do progresso científico. O objetivo da ciência seria 
então, ampliar ao máximo o leque de problemas empíricos resolvidos, 
reduzindo em contrapartida a quantidade de problemas anômalos e 
conceituais. Então, a ciência não é algo racional, mas complexa e 
diacrônica, pois se encontra submetida a eventuais mudanças e 
transformações ao longo dos tempos (LAUDAN, 1986). 
Os problemas empíricos são aqueles voltados para o mundo natural, ou seja, 
problemas reais, porém, estranhas que precisem de soluções práticas e aceitáveis de 
imediato. “Esses problemas reais se diferenciam dos fatos, os quais são designados 
como enunciados verdadeiros sobre o mundo, e que muitas vezes não remetem a um 
problema empírico porque são desconhecidos” (OSTERMANN e PRADO, 2005 apud 
BOCATO, 2013, P. 7) 
Dividem-se em três tipos: 
o Problemas não resolvidos: não possui soluções adequadas, ou seja, não possui 
teorias que solucionem os mesmos. 
 
 
 
13 
o Problemas Resolvidos: Os que possuem teorias que possam satisfazer a solução 
dos fenômenos estudados. 
o Problemas Anômalos: São aqueles problemas que não conseguem ser resolvidos 
por teorias em questão, porem podem ser solucionados por teorias rivais ou 
alternativas. 
Se entende então, que só se tem o progresso se os problemas apresentados de 
alguma forma forem resolvidos. Já os problemas conceituais, sendo representados por 
uma teoria, possui dois problemas conceituais: 
o Problemas Internos: Quando o cientista não pode mais prosseguir com a teoria 
pois a mesma se autocontradiz, passando a ter conceitos que não conseguem 
justificar os fenômenos. 
o Problemas Externos: Quando surge outra teoria que explique melhor os 
acontecimentos. Ou quando outra teoria possui melhor argumentação. 
O que Laudan afirma então, é que a ciência se faz com os problemas que a 
mesma cria, ou seja, com a solução de problemas empíricos e com menos problemas 
conceituais. Precisa-se solucionar todos os problemas com as teorias e não ter 
problemas entre essas teorias. Acredita também que o progresso ocorra com as tradições 
de investigação 
Uma tradição de investigação é um conjunto de supostos gerais acerca 
das entidades e processos de um âmbito de estudo, e acerca dos 
métodos apropriados que devem ser utilizados para investigar os 
problemas e construir teorias deste domínio (ibid, p.116 apud 
MOREIRA, 2016, P. 22). 
As tradições de investigação são colocadas como um conjunto de teorias em 
evolução, as quais não podem ser analisadas fora do seu contexto histórico. Apresenta 
essencialmente duas características importantes, uma metodológica e outra ontológica. 
o Função Metodológica: Grupo de regras onde fala o que se pode ou não fazer em 
uma determinada área. 
o Função Ontológica: Diz respeito ao objeto, ou seja, se possui métodos legítimos 
e ilegítimos, existe também objetos e fenômenos legítimos e ilegítimos. 
 
 
 
14 
Sendo então, trabalhados nas tradições o caminho que o cientista leva para 
criar sua teoria. 
Tais considerações remetem ao fato de que o núcleo firme, porém 
passível de modificações, pode alterar-se de forma totalmente 
diferente das características originais, sendo que, tais progressos ou 
degradações são necessários para o avanço científico. Neste sentido as 
teorias evoluem por aceitação, utilização, degeneração ou mesmo 
progressividade (LAUDAN, 1986). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
2.5 Gaston Bachelard 
Bachelard nasceu em Bar-Sur-Aube na região da Champaigne em 1884- 1962 
na França. Trabalhou desde novo e conciliava os seus estudos. Obteve licenciatura em 
Matemática em 1912, porém teve seus estudos interrompidos pela convocação no 
exército. Ao voltar a Bar-Sur-Aube, lecionou física e química no ensino secundário. 
Iniciou seu curso de filosofia aos 35 anos. 
Concluiu seu doutorado defendendo então sua tese “Um ensaio sobre o 
conhecimento aproximado” em 1920. Iniciou então a lecionar na universidade Faculté 
des Lettres em Dijon Paris, ensinando história e filosofia das ciências. 
Sua epistemologia trás em questão os conceitos dos obstáculos 
epistemológicos, pois afirma que os mesmos impedem o crescimento científico, ou seja, 
todo cientista deveria deixar de lado hábitos e pensamentos para assim alcançar o 
espírito cientifico. Esses obstáculos não se referem a elementos ou fatores externos e 
sim, estão se referindo a dificuldade de captar o acontecimento ou fenômeno devido 
ás condições epistemológicas que impedem o desenvolvimento científico. Bachelard 
destaca alguns desses obstáculos. Fala então, do primeiro obstáculo, experiência 
imediata, que nos faz colocar a experiência acima da crítica, ou seja, faz que toda a 
experiência vivida por nós se torna mais importante que o questionamento das 
dificuldades encontradas ao longo do seu caminho. Outro obstáculo, generalista, seria a 
generalização prematura da elaboração do conhecimento, ou seja, a tendência de tratar 
casos específicos como regras gerais. 
Acredita que o espírito científico deve ser aberto e disperso, ou seja, cada 
experiência e hipóteses são necessárias para se ter o pleno conhecimento. 
Pensar corretamente o real é aproveitar as suas ambiguidades para 
modificar e alertar o pensamento.Dialetizar o pensamento aumenta a 
garantia de criar cientificamente fenômenos completos, de regenerar 
as variáveis degeneradas ou suprimidas que a ciência, como o 
pensamento ingênuo, havia desprezado no seu primeiro estado (ibid., 
p.48 apud MOREIRA, 2016, P.28) 
 
 
 
16 
2.6 Stephen Toulmin 
Nascido em Londres em (1922- 2009), Toulmin graduou-se em matemática e 
física pelo King’s College. Obteve seu doutorado em filosofia na universidade de 
Cambridge. Atuou como professor dês da sua graduação, dando aula em universidades 
renomadas nos Estados Unidos. 
Sua visão epistemológica da visão do conhecimento científico visa uma nova 
teoria da compreensão humana, ou seja, para Toulmin, o ser humano conhece e também 
é consciente de que conhece, por isso vem crescendo novas ideias e discursões, porém, 
torna-se muito vastas. Propõe então, novos conceitos e mudanças conceitual baseados 
em novas explicações onde levem em conta os processos sócio histórico. 
A teoria do conhecimento para esse filósofo, não poderia se basear em 
princípios fixos e imutáveis, ou seja, o mundo em que conhecemos desde as primeiras 
tentativas de tentarmos entende-lo, estaria mudando, com isso, acreditava que para 
conseguir um bom entendimento deveríamos interagir com o humano atual, seus 
conhecimentos e incluir o mundo em que ele vive, criando assim, novos problemas que 
sejam atuais porem, com crenças e ideias sobre a natureza que já conhecemos. 
Como já mencionado, seu ponto chave para sua nova teoria são os conceitos e 
as mudanças conceituais. Toulmin caracteriza então, os conceitos coletivos em dois 
aspectos, a inovação, refere-se aos fatores que levam a tradição intelectual a avançar, e a 
seleção, aos fatores que levam a tradição intelectual coletiva a aceitar algumas 
inovações. 
É preciso entender então que os conceitos são ideias compartilhadas 
coletivamente e os pensamentos e crenças são ideias individuais. Trazendo então duas 
dimensões, sendo elas, a coletiva e a individual. Onde a coletiva, entende-se que são 
adquiridos conhecimentos através da nossa educação e da nossa cultura, com isso, 
acabam sendo reflexo do pensamento e da compreensão da sociedade onde cada 
indivíduo vive, ou seja, tudo que aprendemos, possuímos a capacidade de modicar e de 
inovar com o tempo esses conhecimentos. 
Toulmin acredita, que os problemas do século XX, baseiam-se no dilema do 
absolutista, que afirma que “a razão é por natureza igual para todos os homens” e o 
 
 
 
17 
relativista, que afirma que “padrões racionais dependem do contexto histórico”. Critica 
o programa de Kuhn, afirmando que a ciência não avança com revoluções científicas e, 
os cientistas não aderem paradigmas por questões dogmáticas. Porém, concorda com 
Kuhn na crítica indutivista, onde entende que a mesma não pode aderir conclusões 
profundas de fatos tão abrangentes. 
Compara a evolução das espécies de Darwin com o desenvolvimento 
conceitual. Pois nem todos os conhecimentos são transmitidos para as gerações 
seguintes. 
Essa explicação evolutiva dos conceitos caracteriza, de um lado, 
a continuidade e coerência de disciplinas separadas e 
identificadas por diferentes atividades intelectuais dos seres 
humanos e, de outro, um estado de profundas mudanças a longo 
prazo pelas quais as disciplinas se transformam ou são 
superadas. (MOREIRA, 2016, P. 32) 
Sendo essas disciplinas, empresas racionais, onde conseguem reunir grupos de 
pessoas com mesmos interesses, sendo eles, o objeto de estudo, métodos e objetivos. 
Podemos usar como exemplo a Física Atômica – “O que mantém esses homens unidos 
em sua profissão comum é seu interesse compartilhado por preocupações próprias da 
física atômica, mediante alguma outra prova. ” (MOREIRA, 2016, P32). Através dessas 
disciplinas, busca-se sempre o crescimento e a melhor explicação dos fenômenos. 
Os problemas conceituais estão sempre surgindo, pois, nossas ideias de mundo 
variam constantemente, contudo, como colocar a natureza como o problema, se nossas 
ideias se associam com as nossas ambições e intelectualidade. 
Toulmin assevera que devemos abandonar o pressuposto de que a 
compreensão humana opera necessária e universalmente de acordo 
com princípios fixos. Esta postura inverte o ponto de prova. Antes a 
mudança conceitual era o fenômeno que devia ser explicado dentro de 
um cenário de imutabilidade intelectual; agora o fluxo intelectual é 
esperado e tudo o que é contínuo, estável ou universal se converte no 
fenômeno que exige explicação. A regra é a variabilidade conceitual. 
(MOREIRA, 2016, P. 34) 
 
 
 
18 
2.7 Paul Feyerabend 
Feyerabend filósofo austríaco, nascido em Viena, em 1924, viveu nos EUA e 
na Europa. Serviu no exército militar, e em 1946, após ser atingido na coluna, passou a 
utilizar muletas até o final de sua vida em 1994. Após o ocorrido voltou a Viena para 
assim dar continuidade a seus estudos. Estudou história e filosofia e obteve doutorado 
em física em 1951. 
Estudou em Cambridge como orientado de Karl Popper em 1952. Mesmo 
achando Popper um físico renomado, Feyerabend não concordava com som suas ideias. 
Passou a lecionar na Universidade de Bristol com o curso de filosofia da ciência. 
Sua obra de grande destaque chama-se “Contra o Método”, onde seus 
principais conceitos são, o anarquismo epistemológico, o pluralismo metodológico, 
contra-regra, contra-indução, e o vale tudo. 
Anarquismo Epistemológico 
A ciência é um empreendimento essencialmente anárquico: o 
anarquismo teorético é mais humanitário e mais suscetível de 
estimular o progresso do que suas alternativas representadas por 
ordem e lei. (FEYERABEND, 1977, P. 19) 
Primeiramente devemos esclarecer o que se entende por “anarquismo 
epistemológico”. Sendo assim, “Anarquismo” significa tudo aquilo que possa ser 
contrário às normas e aos costumes pré-estabelecidos. Porém na sua visão, Feyerabend 
não se opõe as metodologias e sim no fato de serem regidas por regras únicas, ou seja, 
nas regras universais. Não acredita que exista “o” método e sim métodos que possam 
ser utilizados de formas diferentes para várias situações. Sendo assim, o anarquista 
epistemológico defende sua visão tal qual o anarquista político e o religioso. 
Acredita que o mundo, descrito pela ciência, possui realidades mais profundas, 
e as mesmas possam ser vistas de maneiras diferentes. Se o mundo que queremos 
explorar, sendo desconhecido, não podemos restringir nossas opções de pesquisa 
diretamente, devemos, por contrário, deixá-las em aberto. 
 
 
 
19 
Com tudo, se autodenominou anarquista, pois sua proposta de modelo do 
conhecimento permite que o profissional desenvolva livremente suas pesquisas. Afirma 
então que para desenvolver o conhecimento Tudo Vale. (FEYERABEND, 2007). 
Seu pressuposto admite que o fenômeno estuado e seu compreendimento são 
ideias corretas de um único processo, e não possui fatos ruins. Estamos sempre a sujeito 
de relevar nossos conhecimentos filosóficos e histórico-cultural. 
O conhecimento ... não é um gradual aproximar-se da verdade. É, 
antes, um oceano de alternativas mutuamente incompatíveis (e, talvez, 
até mesmo incomensuráveis), onde cada teoria singular, cada conto de 
fadas, cada mito que seja parte do todo força as demais partes a 
manterem articulação maior, fazendo com que todas concorram, 
através desse processo de competição, para o desenvolvimento de 
nossa consciência. Nada é jamais definitivo, nenhuma forma de ver 
pode ser omitida de uma explicação abrangente. (FEYERABEND, 
1977, P.40-41, apud REGNER, 1996, P. 236) 
Vale Tudo 
Feyerabend defende que nenhuma das metodologias propostas foram bem-
sucedidas até agora,pois como iriamos explicar a ciência com base em algumas regras 
metodológicas simples. 
Vale tudo não é um princípio que eu defendo – eu não acredito que 
princípios possam ser usados ou discutidos eficientemente fora da 
situação concreta de pesquisa à qual eles devem supostamente ser 
aplicados – mas a exclamação horrorizada do racionalista que olhar a 
história mais de perto. (Feyerabend, 1993, apud PRESTON, 1997, p. 
172) 
Sua proposta nunca foi de postular princípios metodológicos, mas sim, mostrar 
a maneira que a ciência se deu através de sua história. Não podemos afirmar que existe 
uma desordem na ciência, mas podemos dizer, que existe uma busca constante de regras 
para solucionar teorias, observações e hipóteses. 
Defende o princípio da contra-indução, que seria o procedimento que se opõe 
as regras do racionalismo, pela possibilidade de êxito por dois motivos: 
 
 
 
20 
o Precisa-se sempre ampliar os conhecimentos para podermos ter novas 
concepções, possuir novas alternativas, e assim comparar ideias novas das 
antigas. 
o As teorias não estão em harmonias com todos os fatos conhecidos no seu campo 
de domínio. 
Acredita que o homem não pode conhecer o mundo apenas com suas próprias 
avaliações e sim, necessita de opiniões externas para conseguir um bom entendimento 
dos fatos. Com tudo, Feyerabend é a favor a contra-regra, que leva o indivíduo 
introduzir hipóteses que vão contra as teorias aceitas. Critica o que denominou de 
condição de coerência, que leva o cientista a adequar suas hipóteses novas as teorias 
antigas. 
Na visão de Feyerabend a condição de coerência, impede os cientistas a 
criarem novas hipóteses, e assim serem forçados a utilizarem métodos antigos e não 
novos para solucionar novos fatos. Contudo, denominou o princípio da autonomia. 
Afirmando que os cientistas devem comparar suas teorias com outras, adotarem 
métodos diferentes se for preciso ao invés de abandonar suas teorias, surgindo assim o 
processo de competição. 
O pluralismo das teorias e das doutrinas metafísicas não é apenas 
importante para a metodologia; também é parte essencial da 
concepção humanitária. Educadores e progressistas têm sempre 
tentado desenvolver a individualidade de seus discípulos, para 
assegurar que frutifiquem os talentos e convicções particulares e, por 
vezes, únicos que uma criança possua... Os argumentos em prol da 
pluralidade evidenciam que ... é possível conservar o que mereceria o 
nome de liberdade de criação artística e usá-la amplamente não apenas 
como trilha de fuga, mas como elemento necessário para descobrir e, 
talvez, alterar os traços do mundo que nos rodeia (op. cit., apud 
MOREIRA, 2016, p. 37). 
“Contudo, Feyerabend entende que só é possível alcançar o progresso da 
ciência se a diferença entre o ser e o dever ser não for encarada como linha divisória 
fundamental, assim como a distinção entre observação e teoria, pois, a experiência sem 
a teoria é tão incompreensível quanto teoria sem a experiência. “(MOREIRA, 2016, 
P.38). 
 
 
 
21 
2.8 Humberto Maturana 
Biólogo, nascido em 1928, Santiago (chile). Obteve PH.D. em biologia na 
universidade de Harvard, e trabalhou em neurofisiologia no M.I.T. Atualmente atua 
como professor no departamento de biologia da universidade do Chile desde 1960. 
Interessou-se por filosofia, antropologia, anatomia, genética e cardiologia. Sua 
obra de maior destaque chama-se Cognição, Ciência e vida cotidiana, sendo seu 
principal conceito a Autopoiese. 
Maturana procura explicar o fenômeno do conhecer a partir do Conhecedor/ 
Observador, ou seja, suas experiências, e pela abordagem de cunho biológico, 
conhecida como a teoria da Autopoiese. 
o Autopoiese: voltado para a capacidade que os seres têm de se produzirem a si 
próprios, ou seja, o sistema de ser vivo tem a capacidade de se manter sozinho 
sem a ajuda do meio externo, o sistema pode se manter vivo sem precisar de 
alguém ou alguma coisa para ajudar. 
É uma explicação do que é o viver e, ao mesmo tempo, uma 
explicação da fenomenologia observada no constante vir a ser dos 
seres vivos no domínio de sua existência. Enquanto uma reflexão 
sobre nossa experiência com os outros na linguagem, é também uma 
reflexão sobre as relações humanas em geral, e sobre a linguagem e a 
cognição em particular. (MATURANA, 2001. P.13, apud MOREIRA, 
2004, P. 597) 
Sustenta que a linguagem se fundamenta nas emoções e é a base para a 
convivência humana, ou seja, as emoções e as experiências do observador são validas 
para relatar um fato. O pesquisador com a paixão de pesquisar consegue assim, relatar 
os fatos do observado, se ele não tem essa paixão não teria um motivo para pesquisar. 
Sendo assim, para Maturana, um fato relatado tem que ser vivido pelo observador, pois 
só assim, se adquire conhecimento e para ser aceito não precisa de tantas regras, apenas 
tem que ser aceito por alguém. 
O conhecimento é uma apreciação de um observador sobre a conduta 
do outro, que pode ser ele mesmo. No momento em que se vê isto 
dessa forma, por um lado, descobre-se que o conhecimento é sempre 
adquirido na convivência. Descobre-se que se aprende a ser de uma ou 
 
 
 
22 
outra forma na convivência com os outros seres humanos. Por outro 
lado, descobre-se que o conhecimento tem a ver com as ações. 
(MATURANA, 2001, P.123 apud MOREIRA, 2016, P. 41). 
Sua ideia central procura explicar o conhecedor, pois explicando o conhecedor 
conseguiremos explicar o conhecer, com isso, usamos como ponto de partida a 
experiência do observador e o observar. Denomina então o homem como uma máquina 
autopoética, capas de se correlacionar internamente produzindo sua própria organização 
através da produção de seus próprios componentes. Porém Maturana afirma que o 
explicar é distinto da experiência, ou seja, quando você vive uma experiência sua 
explicação pelo acontecido não será de fato como ocorreu, e sim seria uma justificativa 
pelo ocorrido. 
O explicar é sempre uma reformulação da experiência que se explica. 
As explicações são sempre reformulações da experiência, mas nem 
toda reformulação da experiência é uma explicação. Uma explicação é 
uma reformulação da experiência aceita por um observador. (OP. Cit., 
p. 29 apud MOREIRA, 2004, p. 600) 
Maturana chama atenção no fato de que na experiência, a ilusão é 
indistinguível da percepção, ou seja, não conseguimos distinguir a verdade da ilusão. 
Podemos citar como exemplo, “quando ‘sentimos’ que nosso trem está partindo, mas na 
verdade estamos parados e o trem no trilho ao lado é que está em movimento. “ 
(MOREIRA, 2004, P. 599). 
Dois modos de aceitar explicações 
Objetividade sem Parênteses, o observador não precisa estar lá para que ela 
exista, é independente se tiver alguém. Fenômenos da natureza seria um exemplo. Cada 
observador pode observar e relatar de formas diferentes e todas elas são verdadeiras. 
Objetividade Entre Parênteses, cada observador tenta explicar e fazer com que 
os outros aceitem seu ponto de vista, porém, nem todos estão ou enxergam a mesma 
coisa, pois possuem experiências e emoções diferentes, então sua realidade não é aceita 
e mesmo assim, o observado desse observador não está errado, apenas não é 
compreendido por todos. 
Critério de validação das explicações Científicas 
 
 
 
23 
Na perspectiva científica, para Maturana existe quatro condições que devem 
satisfazer as explicações, sendo elas: 
o O Fenômeno: é a maneira que o observador deve fazer para poder relatar e 
observar o fenômeno em si, ou seja, como o observador vai poder analisar os 
fatos, quais materiais utilizar. 
o A hipótese explicativa: é a maneira que o observador relatao observado e 
quando posto a prática consegue gerar o fenômeno a ser explicado. 
o A dedução: é o conjunto de experiências que o observador carrega para poder 
realizar a experiência, ou seja, todo conhecimento que o observador possui e 
com isso necessita utilizar para poder analisar o novo fenômeno. 
o A realização da experiência: momento onde o observador coloca em prática o 
que foi observado. 
Com tudo, podemos afirmar que o conhecimento científico é sempre contínuo, 
que a paixão científica vem através da vontade de pesquisar, com isso, sempre pode-se 
ter novas perguntas e novos métodos explicativos aceitos por comunidades científicas. 
O critério de validação utilizados pelos cientistas, para Maturana, é o que define a 
ciência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
2.9 Mario Bunge 
Nascido em 1919 na cidade de Buenos Aires (Argentina), Mario Bunge 
estudou na universidade nacional de La Plata, onde graduou-se com PH.D. em ciências 
físico-matemática em 1952. Tornou-se professor na universidade dando aula de física 
teórica e filosofia, e na universidade de Buenos Aires. Atualmente atua como professor 
de lógica e metafísica na universidade McGil em Montreal. 
Em sua epistemologia, Bunge divide a ciência em três conceitos principais, 
sendo eles, a verificabilidade, modelo teórico e modelo conceitual. 
Bunge considera que a ciência nem sempre está em busca do conhecimento 
objetivo e com isso divide-a em duas partes, sendo ela: 
o Ciência Formal: Necessita da lógica formal, as que utilizamos como padrão, ou 
seja, formas abstratas que denominamos porem não enxergamos, como exemplo 
o número 3, onde conhecemos essa forma porem não a enxergamos. Incluem-se 
a lógica e a matemática. 
o Ciência Fática: É aquela ciência que está sempre mudando, ou seja, verifica 
hipóteses, se é ou não possível e seu final é improvável. Necessita do algo a 
mais para que suas hipóteses sejam aceitas como certas ou não. 
Afirma também, que a ciência possui um conhecimento de racionalidade, que 
“...é constituído por ideias que se vinculam entre si mediante regras lógicas e se 
organizam em sistemas (teorias). ” (BUNGE, 1972, apud CUPANI, 2002) e 
objetividade, “O conhecimento científico concorda aproximadamente com o objeto de 
estudos; que as ideias se adaptam em alguma medida aos fatos. (MOREIRA, 2016, 
p.45). 
Caracteriza o conhecimento científico através da verificabilidade, ou seja, na 
sua visão, é o modo, o método e a forma que os problemas científicos se apresentam e 
são colocados a provas. Todos os métodos precisam possuir procedimentos que ao gerar 
resultados sejam possíveis de ser refeitos através de quem quer que seja. 
O método Científico 
 
 
 
25 
Bunge questiona se existe um método que seria utilizado como padrão em 
pesquisas, ou seja, todos as pesquisas possuiriam um manual de como ser feita e todos 
passariam a utilizar sem exceção. Com isso afirma que jamais existiria tal método a 
menos que se modificasse radicalmente a definição de ciência. 
O método utilizado para pesquisa é apenas o caminho que passa a nos ajudar 
para que as novas descobertas sejam feitas. Tal método segundo Bunge estaria longe de 
ser uma receita. 
Modelos Científicos 
Bunge define como Modelo Conceitual ou Objeto-Modelo o modo de tentar 
dar forma e nome para objetos inexistentes, e no final comprovar a existência ou não do 
objeto em estudo. Se no final não tiver um resultado positivo esse modelo serve de 
exemplo para novas ideias e modelos. Logo define o modelo teórico como um aumento 
na complexidade da compreensão, ou seja, se adquire mais conceitos e explica com 
mais detalhes o objeto em análise. 
Quando suposições e dados especiais respeitantes a um corpo 
particular [objeto-modelo] são associados à mecânica clássica e à 
teoria clássica da gravitação [teorias gerais], produz-se uma teoria 
especial [modelo teórico] sobre esse corpo. Temos deste modo teorias 
lunares, teorias sobre Marte, teorias sobre Vênus, e assim por diante. 
(Bunge, 1973, p; 54, apud PIETROCOLA, P. 222) 
Pressuposições do conhecimento científico 
o Realismo Ontológico: Todas as pesquisas e ações implicam em nossas ações e 
nossos conhecimentos, pois sem isso não teríamos como criar teorias. 
o Determinismo Ontológico: Tudo tem um motivo de ter acontecido, nada surge 
do nada, sempre tem algo por trás dos acontecimentos. Aqui Bunge trata que não 
existe magia, nada desaparece ou surge do nada. 
Com tudo, Bunge assume um papel de racionalista, afirmando que a 
ciências naturais possui característica fundamental a verificabilidade. 
Afirma que a modelização é um “processo criativo do ser humano que 
encerra um aspecto idealizado de um pedaço da realidade, é uma 
eficaz de apreender a realidade” (MOREIRA, 2016, P. 47). 
 
 
 
26 
2.10 Ernest Mayr 
Biólogo alemã (1904- 2005), dedicou grande parte da sua carreira ao estudo da 
evolução, genética das populações e taxonomia. Obteve doutorado em zoologia com 
apenas 16 meses de formado. 
Sua epistemologia trata na afirmação de que cada ciência requer seu próprio 
método de pesquisa, com tudo, esses métodos nem sempre serão válidos ou eficaz para 
todos, tendo então um enfoque na biologia. Mayr afirmava que tal ciência seria 
independente, pois muitos conceitos de física não eram capazes de justificar a existência 
dos seres vivos. 
Com o surgimento da teoria de Darwis, “Evolução”, essa necessidade de 
transformar essa ciência em independente se tornou maior. Pois como iriam explicar 
que os seres vivos teriam origem de ancestrais, e dentre outros fatos e descobertas 
posteriormente. 
Mayr destaca quatro princípios básicos que assim sustentariam suas ideias de 
que a biologia não se encaixaria nos conceitos da física, sendo elas: 
o Essencialismo ou Tipologia: Não era aceitado grandes variedades de variações, 
ou seja, cada objeto da origem ao mesmo objeto exatamente iguais, sem 
podendo assim dizer ter variações entre eles. Usando um exemplo dos 
triângulos, ele só pode dar origem em outro triangulo e um retângulo só dá 
origem a outro triangulo e não sendo possível outra forma geométrica surgir 
nessa combinação. 
o Determinismo: Trata nas diversas possibilidades que o mundo dá, ou seja, se 
conhecermos todas as possibilidades de situações poderíamos assim saber o 
futuro eterno. 
o Reducionismo: Acreditava que a explicação para tudo estava no conhecimento 
das menores partes dos seres, objetos em estudo, ou seja, quando conhecemos a 
menor forma que funcionamento de um ser, sua célula, e como ela funciona, 
poderíamos assim saber tudo sobre seu funcionamento. 
 
 
 
27 
o Busca de leis naturais universais: A razão principal dessa menor importância das 
leis na formulação de teorias biológicas talvez seja o papel principal do acaso e 
da aleatoriedade em sistemas biológicos. Outras razões para o pequeno papel das 
leis são o caráter único de um alto percentual dos fenômenos em sistemas vivos 
e também a natureza histórica dos eventos. 
Com tudo, muitos cientistas não aceitaram essa divisão, pois a física era a base 
das explicações. Foram surgindo então novas hipóteses para explicar os problemas não 
solucionados desses seres. Surge assim o Vitalismo e a Teologia: 
o Vitalismo: Por não conseguir solucionar alguns problemas no estudo dos seres, 
naturalistas passaram a acreditar que os seres assim como o movimento dos 
planetas eram controlados por uma força oculta e invisível chamada gravidade, 
os seres também possuíam uma força que foi chamada de Vis Vitalis. E assim 
todos os problemas eram justificados por essa força oculta. 
o Teologia: Acreditavam em um mundo de duração longa ou eterna, mas com umatendência para o melhoramento ou a perfeição. Essa visão era aceita por diversas 
religiões, sendo representada pelo cristianismo que tinha ideias como a do 
milénio e da ressureição. 
Mayr foi então procurando e apresentando fatos que justifiquem essa 
independência, com isso afirma que a biologia se compõe em dois campos distintos, 
sendo eles: 
o Biologia Funcional: lida com a fisiologia de todas as atividades de organismos 
vivos, sobretudo com todos os processos celulares, onde podem ser explicados 
de maneira mecanicista por química e física. 
o Biologia Histórica: Trabalha com a parte histórica e evolucionista da biologia, 
ou seja, precisamos conhecer sua origem para podermos entender sua evolução. 
Um dos seus argumentos principais para tal independência é o surgimento de 
espécies e a extinção e outras. “Não há como explicar fenômenos únicos através de leis 
universais”. O último passo no desenvolvimento da autonomia da biologia foi a 
descoberta de vários conceitos ou princípios biológicos específicos. 
 
 
 
28 
o A complexidade dos sistemas vivos: Todo sistema biológico possui capacidades 
de se reproduzirem, possuem metabolismos, se regeneram, se adaptam, crescem 
e possuem organização hierárquica. Com isso são tão complexos que que existe 
no mundo inanimado, e não são aplicáveis para a física. 
o Evolução: Anteriormente se via o mundo como um planeta que não havia tido 
alteração desde a sua criação, porém, com os estudos dos seres vivos, pode-se 
perceber que nosso planeta e tudo que possui vida tem se alterando a cada ano. 
o Biopopulação: esse conceito é fundamental na diferença do mundo inanimado e 
do ser vivo, onde que no inanimado Platão afirma que suas classes possuem um 
representante idênticos e que as variações são consequência de acidentes, já nos 
seres, não existe iguais, ou seja, todos os seres vivos possuem características 
específicas, onde sé o mesmo tem. 
o Casualidade Dual: Processo puramente físicos, ou seja, leis naturais, que em 
associação com o acaso controlam por completo tudo o que acontece no mundo 
das ciências exatas. 
Contudo, a biologia precisava além de conceitos novos outros métodos de 
explicação, pois como explicar a extinção dos dinossauros sem poder experimentos e 
como explicar a origem dos seres humanos. Com isso foi-se criado um novo método 
heurístico, o Narrativas Históricas. 
o Narrativas Históricas: (...). Tal como na formulação de teorias o cientista começa 
com uma conjectura e testa exaustivamente sua validade, assim também na 
biologia evolucionista o cientista constrói uma narrativa histórica, que tem então 
seu valor explicativo testado. (Mayr, 2005, p.28). 
Reducionismo X Visão Holista 
Na abordagem reducionista, reflete em conhecer o ser em sua menor porção e 
passaríamos a intender seu funcionamento, porem para Mayr, mesmo se conhecermos 
os prótons, nêutrons, elétrons, mesmo assim não conseguiríamos a compreender a 
origem da vida. A visão holística trabalha com a interação de níveis superiores, ou seja, 
 
 
 
29 
mesmo sabendo todas as moléculas que compõem um órgão, mesmo assim não 
saberíamos como ele funcionaria. 
Com essa visão de que precisamos saber além da sua composição 
microscópica, o reducionismo foi deixando de ser eficaz para a biologia e as mais um 
fato de que essa ciência seria independendo surgia. 
A biologia organiza seus conhecimentos em estruturas conceituais e 
não em leis. Os conceitos possuem maior flexibilidade e 
aproveitamento heurístico. O progresso da ciência biológica consiste 
em grande medida no desenvolvimento de novos conceitos e 
princípios (classificação, seleção, evolução, espécie, taxa, 
descendência, aptidão, variedade, casualidade, etc.) e no permanente 
refinamento e articulação desses conceitos e, ocasionalmente, 
eliminação de conceitos errôneos. (Moreira, 2009,2016, p. 52) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
3. Conclusão 
Podemos concluir então que ao passar dos anos, cada filósofo teve uma 
contribuição muito grande para a formação da nossa ciência. Cada ideia trabalhada e 
exposta de formas diferentes podemos ter uma visão mais ampla e assim questionar qual 
método poderia satisfazer melhor a nossa realidade de hoje em dia. 
Cada um com sua visão, proporcionou para a ciência uma forma diferenciada e 
mais aprofundada de enxergarmos os fenômenos. Tanto na visão científica de Kuhn, 
Lakatos, ambos físicos, que na sua visão estudaram a ciências voltada a física. 
Trabalhando conceitos que hoje utilizamos como metodologias universais. 
Todas as visões e os questionamentos estabelecidos por cada um, em 
determinados momentos foram satisfatórios, porém, como já dizia Feyerabend, não se 
pode ter um método único para se utilizar como base. 
Acredito como eles, que a ciência é muito ampla e que não podemos 
estabelecer metodologias únicas e irrefutáveis, pois o mundo muda, e os problemas 
mudam com ele, com isso, precisamos de novos métodos e novas metodologias que 
assim, possam solucionar esses problemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
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Outros materiais