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Relac¸a˜o carga-massa do ele´tron Estrutura da mate´ria 1 ; Turma 2 . Alunos: Pedro Ventura Paraguassu´ , Juan B.de.S.Leite e Victor de Jesus Valada˜o UERJ-IFADT-DFNAE CONTEU´DO ii Conteu´do 1 Introduc¸a˜o iii 2 Instrumental iii 3 O experimento iv 3.1 Procedimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iv 3.2 Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iv 3.3 Tratamento de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iv 3.4 Ana´lise dos dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vi 4 Conclusa˜o vi 5 Bibliografia vi 1 INTRODUC¸A˜O iii 1 Introduc¸a˜o Em 1897 Willian Thompson mediu a relac¸a˜o carga massa do ele´tron atrave´s do fenoˆmeno dos raios cato´dicos. O fenoˆmeno visto por Thompson , foi nada mais do que um feixe de ele´trons (raios cato´dicos) passando dentro de uma ampola. No presente relato´rio iremos medir a mesma relac¸a˜o atrave´s de um experimento parecido , que sera abordado no decorrer do presente relato´rio. No contexto do nosso experimento a relac¸a˜o carga-massa e´ obtida teoricamente atrave´s da seguinte formula: e m = 125V R2 32(Nµ0Ir)2 (1) Onde V e´ a tensa˜o , I e´ a corrente , N e´ o numero de espiras , µ0 a constante de permeabilidade , R e´ o raio da bobina e r e´ o raio do feixe. 2 Instrumental Utilizamos os seguintes instrumentos: • Fonte de Alta Tensa˜o • Fonte de Baixa Tensa˜o • Mult´ımetro • Aparato e/m • Diversos Cabos Figura 1: Bancada com os instrumentos utilizado. Fonte: O Autor 3 O EXPERIMENTO iv 3 O experimento O experimento faz uso de um aparato chamado Bobina de Helmholtz, que consiste em dois solenoides coaxiais que produzem um campo magne´tico aproximadamente uniforme na regia˜o interior aos solenoides. Esse campo magne´tico e´ responsa´vel por fazer os ele´trons ejetados do filamento entrarem em movimento circular uniforme que e´ crucial pra determinac¸a˜o da relac¸a˜o carga massa do mesmo. 3.1 Procedimento 1. Montamos a bancada com todos os instrumentos. 2. Com os instrumentos ligados , ajustamos a corrente e tensa˜o ate que se formasse um feixe de ele´trons circular. 3. Medimos o raio desse feixe circular. 4. Repetindo os itens 2 e 3 , fizemos 10 medidas. 3.2 Dados Obtemos os seguintes dados: Medidas : 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Tensa˜o (V ) : 238 221 211 195 174 245 255 266 276 293 Corrente (A) : 1,27 1,01 1,05 1,07 1,10 1,17 1,18 1,21 1,26 1,11 Raio (cm) : 4,4 5 4,5 4,5 4 4,5 4,5 4,5 4,5 5 OBS: Optamos por escolher correntes e tenso˜es que nos retornassem valores de raio parecidos , a fim de tornar fa´cil a medida do mesmo. 3.3 Tratamento de Dados Com as informac¸o˜es contidas no manual do mult´ımetro (referenciar) e´ poss´ıvel determinar o erro associado a cada medida. E´ de suma importaˆncia alertar de que se fez invia´vel a obtenc¸a˜o do manual do mult´ımetro utilizado “Mult´ımetro Minipa ET-1501”, em vista desse utilizamos o manual da versa˜o mais pro´xima “Mult´ımetro Minipa ET-1502”, que acreditamos ter paraˆmetros de erro mais pro´ximos do que verso˜es mais atuais, sendo assim nossos erros na˜o estritamente confia´veis. Sendo os paraˆmetros de erro: Medida de Tensa˜o DC escala 1000V : ±(1% + 2D) Medida de Corrente DC escala 20A : ±(2% + 5D) 3 O EXPERIMENTO v Sendo assim poss´ıvel determinar os erros associados a`s medidas de corrente e tensa˜o, podemos deduzir uma equac¸a˜o para propagac¸a˜o de erros: e m = f(r, V, I) (2) σ2f = ( ∂f ∂r σr) 2 + ( ∂f ∂V σV ) 2 + ( ∂f ∂I σI) 2 (3) Se a ≡ 125R2 32N2µ20 , σ2f = a2σ2V I4r4 + 4a2V 2σ2I I6r4 + 4a2σ2V σ 2 r I4r6 (4) σf = ±(2aV I2r2 ) √ (5) σf = ±2f √ σ2r r2 + σ2V 4V 2 + σ2I I2 (6) Levando em considerac¸a˜o a metade da menor medida para uma re´gua milime- trada, e as especificac¸o˜es do fabricante do mult´ımetro temos: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 σV (V ) 2,19 2,105 2,055 1,975 1,87 2,225 2,275 2,33 2,38 2,465 σI (A) 0,0377 0,0351 0,0355 0,0357 0,036 0,0367 0,043 0,0371 0,0376 0,0361 σr (m) 0,0005 0,0005 0,0005 0,0005 0,0005 0,0005 0,0005 0,0005 0,0005 0,0005 Utilizando a equac¸a˜o 1 e a 6 podemos obter: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 e/m(108C/g) 2,49 2,83 3,09 2,75 2,94 2,89 1,27 2,93 2,81 3,11 σe/m(10 8C/g) 0,15 0,20 0,21 0,19 0,20 0,18 0,06 0,18 0,17 0,20 Produzindo: e m = (2, 87± 0, 26)108C/g (7) � = 0, 26 2, 87 = 9, 05% (8) Compatibilidade Tendo o valor de referencia : ( e m )ref = (1, 75881962± 0, 00000053)108C/g (9) Temos |fexp − fref |√ σ2fexp + σ 2 fref = 4, 27 > 2 7−→ Incompat´ıvel (10) 4 CONCLUSA˜O vi 3.4 Ana´lise dos dados Sabendo-se de antema˜o da imprecisa˜o do experimento, ao inve´s de melhorar a precisa˜o das medidas de raio (feitas unicamente e a` direita do feixe que se encon- trava menos dispersa) e fazer poucas medidas, os autores decidiram realizar uma bateria maior de medidas, a fim de ter uma populac¸a˜o maior de medidas e assim compensar a imprecisa˜o das medidas. E´ nota´vel observar que todo o espectro de tenso˜es (V ) permitidas pelo experimento foi varrido, com medidas de 174 V a` 293 V , ja´ os valores de corrente (I) foram ajustados para manter o raio da circun- fereˆncia em condic¸o˜es boas de medic¸a˜o, por isso variam de 1,01 A ate´ 1,27 A, pore´m durante a tomada de medidas foi poss´ıvel observar um oscilac¸a˜o considera´vel da fonte de baixa tensa˜o, muitas vezes foi dif´ıcil medir a corrente e consequentemente o raio (pois o pro´prio raio da circunfereˆncia oscilava muito devido as oscilac¸o˜es na corrente) que com certeza influenciou no resultado das medidas. Um problema nota´vel se dava na determinac¸a˜o do centro da circunfereˆncia de raios cato´dicos, como nossa estrate´gia de medida envolvia apenas a medic¸a˜o de um lado da circunfereˆncia, era crucial determinar o centro dela, para que a medida de raio fosse feita corretamente, todos os membros do grupo concordaram em deixar o raio numa faixa entre 4 e 5 cm, onde o centro de curvatura era bem pro´ximo do zero da re´gua espelhada. Outro fator decisivo na tomada de dados, se da´ pelo problema do instrumento de medic¸a˜o, a re´gua espelhada e´ um instrumento para facilitar as medidas, pore´m ela na˜o leva em considerac¸a˜o a curvatura do vidro, ou seja, era poss´ıvel perceber que ao tentar medir o raio do feixe de ele´trons quando este era muito grande (pro´ximo da borda do vidro), existia uma espe´cie de paralaxe devida a curvatura do vidro, podemos acreditar que esse efeito ocorra em menor escala um pouco afastado nas bordas, pore´m ainda exista. 4 Conclusa˜o Assim foi obtido o valor da raza˜o carga-massa do ele´tron de (2, 87± 0, 26)108C/g dado o valor de refereˆncia, o resultado obtido foi incompat´ıvel a` 4,3σ, com um erro relativo de 9%, considerado um resultado impreciso. Alguns fatores relevantes que podem ser considerados para a incompatibilidade do experimento, sa˜o tais como os discutidos na sec¸a˜o 3.4 e a na˜o confiabilidade dos erros calculados do mult´ımetro, tendo em vista que na˜o possu´ımos o manual do modelo utilizado podemos estar subestimando os erros, pore´m mesmo que o erro fosse dobrado, a medida ainda sim seria no mı´nimo inconclusiva e o erro relativo seria da ordem de 20 %, oque nos sugere que a estrate´gia adotada pelos autores de realizar mais medidas na˜o foi muito bem sucedida ja´ que o valor encontrado e´ 63% maior do que o valor de refereˆncia. 5 Bibliografia • http://portal.if.usp.br/labdid/sites/portal.if.usp.br.labdid/files/ET-1502.pdf • Caruso, Francisco, and Vitor Oguri. F´ısica Moderna: origens cla´ssicas e fundamentos quaˆnticos. Elsevier, 2006. • Vuolo, Jose´ Henrique. Fundamentos da teoria dos erros. E. Blucher, 1996.
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