Anotação livro: A questão da capital: Marítima ou no Interior - Francisco Adolfo Varnhagen (Visconde de Porto Seguro)

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Biografia- Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878)
-Nasceu em São João de Ipanema, interior de São Paulo, no dia 17 de fevereiro de 1816 filho de um engenheiro alemão e uma portuguesa. Morou no Brasil até seus 6 anos depois mudou-se para Portugal vivendo lá até os 24 anos.
-Estudou no Real Colégio da Luz, em Lisboa; ingressou na Academia da Marinha e foi tenente de artilharia do Exército Português.
-Quando retorna ao Brasil, em 1840, ingressa no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IGHB), instituto do qual Karl Phillip Von Martius também fazia parte.
-Vive e desenvolve suas obras num contexto onde a nação brasileira precisava ser construída como tal, portanto, precisaria de relatos de um passado honroso e glorioso.
-Vê a Europa como símbolo máximo de desenvolvimento que o Brasil deveria alcançar, representando o pensamento da elite aristocrática do período.
-Recebeu o título de Visconde de Porto Seguro, realizou trabalhos como diplomata e também ganhou uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.
-Morre em 26 de junho de 1878.
Obra escolhida: “A questão da capital: marítima ou no interior?” – VARNHAGEN, Francisco.
- O opúsculo foi publicado em 1877 e uma reedição foi feita pelo Arquivo Nacional em 1935, o período da reedição foi marcado por debates sobre uma nova capital e de certa forma, o Arquivo Nacional utilizou de tal obra como argumento.
- Defendia que a capital do Brasil saísse do Rio de Janeiro, onde o clima fosse ameno e fresco (o mais próximo da Europa possível) e que não fosse longe demais para ser interligada à linha férrea.
- A capital no interior traria riqueza e desenvolvimento para a região. Região esta que estaria livre de escravos e pobres porque países estrangeiros não tinham a quantidade de negros e vadios que o Rio possuía até então.
- Interesse em industrializar a região da nova capital, que deveria ser construída em Goiás, ou Pernambuco ou Bahia.
- Utilização de fontes como o Memorial Orgânico de 1850 e o do ano de 1851 impressos em Madrid e cartas de diplomatas enviadas ao jornal Guanabara, e ainda um documento do deputado de Lisboa ordenando que a capital do Brasil fosse interiorizada.
- Varnhagen utilizou as fontes apenas para fortalecer seu argumento, sem fazer análises das mesmas. Como se a fonte falasse por ela mesma.