Buscar

Introdução à Ergonomia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade Federal da Paraíba
Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Mecânica
Disciplina: Ergonomia					Prof.: Francisco Soares
Aluno: Paulo Roberto O. de Carvalho 				Mat.: 11011241
Síntese – Capítulo 1
	Este resumo tem por objetivo introduzir conceitos sobre ergonomia, como conceitos, surgimento, sua funcionalidade e importância anteriormente e nos dias atuais. Temos diversas definições de ergonomia, todas procuram enfatizar o caráter interdisciplinar e o objeto de seu estudo, que é a interação entre o homem e o trabalho no sistema homem-máquina-ambiente. No Brasil, temos como definição que ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento, ambiente e particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas que surgem desse relacionamento. Os ergonomistas trabalham em três domínios especializados chamados ergonomia física (fisiologia, biomecânica, anatomia), ergonomia cognitiva (memória, raciocínio e resposta motora) e a ergonomia organizacional (sistemas sócio-técnicos, estruturas organizacionais, políticas e processos). Temos como objetivo da ergonomia reduzir a fadiga, estresse, erros e acidentes, proporcionando segurança e saúde aos trabalhadores durante o seu relacionamento com o sistema produtivo.
	Os estudos sobre a ergonomia começaram a ser realizados no final do século XIX. A ergonomia nasceu o dia 12 de julho de 1949 na Inglaterra. O neologismo ergonomia vem do grego ergon que significa trabalho e nomos que significa regras. Seu estudo se intensificou com a eclosão da II Guerra, com o objetivo de adaptar os instrumentos bélicos às características e capacidades do operador, melhorando o desempenho e reduzindo a fadiga e os acidentes. A ergonomia difundiu-se em praticamente todos os países do mundo, anualmente ocorrem eventos de caráter nacional ou internacional para apresentação e discussão dos resultados das pesquisas. No final do XIX surge o taylorismo, que através da super-fragmentação do trabalho e monotonia, cronometragem do tempo de execução das tarefas, bônus por produtividade, punição por metas não alcançadas, adequação do ritmo de trabalho ao ritmo ditado pelas máquinas, vai de encontro à ergonomia no que diz respeito ao bem estar do funcionário, causando tédio, problemas motores e psicológicos, fazendo com que o funcionário trabalhe com execução de movimentos repetitivos, ritmo acelerado, sem pausa e em desconformidade com o seu próprio ritmo e adaptação do homem à máquina. Na década de 1920 surge a escola de relações humanas, a qual procura explicar os porquês do comportamento das pessoas. Vimos na Teoria da Administração Cientifica que a motivação era pela busca do dinheiro e das recompensas salariais e materiais do trabalho. A experiência de Hawthorne veio demonstrar que o pagamento, ou recompensa salarial, não é o único fator decisivo na satisfação do trabalhador. Elton Mayo e sua equipe passaram a ver que o homem também é motivado por recompensas simbólicas, sociais e não-materiais. Contudo, não deixa de ter seu lado perverso, as empresas consideram-na como um meio relativamente barato de aumentar a produtividade, sem necessidade de pagar os incentivos financeiros preconizados pelo taylorismo.
	Atualmente há um maior respeito com as individualidades, necessidades do trabalhador e normas de grupo. AS linhas de montagem estão sendo gradativamente eliminadas e substituídas por grupos menores e mais flexíveis, chamados de grupos autônomos, onde cada grupo se encarrega de fazer o produto por completo. A distribuição das tarefas é feita pelos próprios membros da equipe, havendo assim uma maior liberdade. A ergonomia pode dar diversas contribuições para melhorar as condições de trabalho. No Brasil não existem cursos superiores para ergonomistas, mas existem vários cursos de pós-graduação. A contribuição da ergonomia é dada de acordo com a ocasião, classificando-se em ergonomia de concepção (contribuição ergonômica se faz durante o projeto do produto, da máquina ambiente ou sistema), ergonomia de correção (aplicada em situações reais, já existentes para resolver problemas na segurança, fadiga, doenças ou quantidade e qualidade da produção), ergonomia de conscientização (capacita os próprios trabalhadores para identificação e correção dos problemas diários ou emergenciais), e a ergonomia de participação (envolver o próprio usuário do sistema na solução de problemas ergonômicos). Hoje em dia existem esforços para a difusão da ergonomia na sociedade, em alguns países industrializados pode-se dizer que a ergonomia já atingiu níveis em que os conhecimentos científicos e tecnológicos foram incluídos no processo produtivo e passou a ser “consumido” pela população em geral.
	Nos dias de hoje, poucos trabalhadores dependem da força física, mas apenas dos aspectos cognitivos, a qual se refere ao processo de aquisição, armazenamento e uso dos conhecimentos para o trabalho. Além disso, o trabalho moderno exige a capacidade de interações cada vez maiores com outras pessoas. Na década de 1980 surgiu a macroergonomia, ou seja a ergonomia aplicada em toda a organização. A ergonomia deve ser aplicada desde as etapas iniciais do projeto de uma máquina, sistema, ambiente ou local de trabalho. Estas devem sempre incluir o ser humano como um de seus componentes. Assim, as características desse operador devem ser consideradas conjuntamente com as características ou restrições das partes mecânicas, sistêmicas ou ambientais, para se ajustarem mutuamente umas às outras. Sua aplicação na indústria contribui para melhorar sua eficiência, confiabilidade e qualidade das operações, pode ser feito por três vias, aperfeiçoar o sistema homem-máquina-ambiente, organização do trabalho e melhoria das condições do trabalho. Sua aplicação na agricultura mineração e construção civil ainda não ocorre com intensidade desejável devido ao caráter relativamente disperso das atividades e ao pouco poder de organização desses trabalhadores. Já no setor de serviços a oportunidade para o estudo e aplicações da ergonomia é grande, pois é o que mais se expande com a modernização da sociedade. No que diz respeito ao nosso cotidiano, a ergonomia está presente na maior comodidade e segurança dos transportes, os aparelhos domésticos mais seguros e eficientes. Porém como tudo relacionado ao setor produtivo é relacionado ao custo, o uso da ergonomia só será aceito se for comprovado que é economicamente viável. Em princípio, será considerado viável se a razão custo/benefício, expresso em termos monetários, for menor que 1,0, ou seja, os benefícios serem superiores aos custos. Há duas questões que nem sempre são quantificáveis, o risco do investimento, os quais são associados a incertezas e produzem resultados imprevistos, e os fatores intangíveis, que são os não quantificáveis, em termos monetários, como por exemplo, com o aumento de moral, motivação conforto e melhoria das comunicações entre os membros da equipe.

Outros materiais