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QUESTIONÁRIO FISIO II 1 VA sistema digestório - respondido - Simples

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QUESTIONÁRIO DE FISIOLOGIA 
1. Diferencie meio interno e meio externo. Cite um processo que relacione ambos.
- O meio interno consiste no Líquido Extracelular (LEC) presente nos tecidos do corpo, como por exemplo o plasma sanguíneo, todo o interstício. O meio externo compreende todo os tecidos que tem contato direto com o ambiente, como a pele, mucosas dos órgãos e o trato digestório do animal. O processo absortivo, que consiste na passagem dos nutrientes provenientes dos alimentos (adquiridos pela alimentação) para o sangue relaciona os meios externo e interno.
 2. O que é homeostase?
- É o equilíbrio dinâmico do organismo, que não é estático (apesar do sufixo -stase), pois há variações dos parâmetros (pressão arterial, pressão oncótica, pressã osmótica concentração de íons, proteínas, outras substâncias no corpo, temperatura e etc), e, por isso, na verdade, é um termo que tende a cair em desuso, sendo substituído pelo termo homeocinese (homeo= igual; cinese= movimento).
3. Qual é a função do sistema digestório? 
- O sistema digestório tem a função de prover água e nutrientes necessários para suprir a necessidade energética do animal. Isso ocorre por meio da apreensão do alimento, mastigação/umedecimento do mesmo com a ação da saliva, a trituração, deglutição, processo digestivo e processo absortivo. A maior parte da digestão ocorre no intestino delgado duodeno com a ação do suco pancreático (contém proteases, lipases, sacarases, amilase pancreática e etc) e da secreção biliar.
4. Descreva diferenças na apreensão e mastigação de acordo com a espécie.
- A apreensão dos alimentos geralmente não altera a composição química do alimento (exceção: animais que produzem alfa-amilase salivar, como suínos, cão, ganso e humanos) e pode ser realizada pelos lábios (equinos), língua (bovinos e ovinos), dentes (carnívoros) e bico (aves). 
Quanto à mastigação, animais onívoros e carnívoros em geral comem alimentos menos grosseiros e, assim, apresentam movimentos verticais durante a mastigação; já os herbívoros, como se alimentam de alimentos mais grosseiros, como a forragem, apresentam movimentos laterais na mastigação. 
4. Quais são os dois tipos de processos existentes e os mecanismos envolvidos?
- A digestão é composta de processos mecânicos e processos enzimáticos. Os processos mecânicos se referem à digestão mecânica dos alimentos, com a mastigação e trituração dos alimentos. Os processos enzimaticos se referem à digestão química do alimento (que pode começar ou não na boca, a depender da espécie animal). 
Os mecanismos envolvidos na digestão abrangem a apreensão, mastigação, trituração e deglutição do alimento, a secreção de sucos digestivos (suco gástrico e suco pancreático), a secreção de bile, a circulação do sangue em órgãos digestivos e glândulas anexas e o controle das funções (nervosas, endócrinas e etc). 
A digestao membranária ocorre pelas enzimas dos enterócitos (p. ex.: lactose-> lactase -> glicose + galactose).
5. Qual é a importância da mastigação para a digestão?
- A mastigação confere o umedecimento adequado (pela ação da saliva) do alimento necessário para que ocorra a passagem do alimento para o esôfago.
6. O que é a saliva, onde é produzida e quais suas funções?
- A saliva é uma secreção mista (seromucosa) composta por água, eletrólitos e proteínas (enzimas); é oriunda das três principais glândulas: parótidas (de secreção serosa), mandibulares (submaxilares, de secreção mista) e sublinguais (secreção mucosa).
A função primária da saliva é facilitar a mastigação e a deglutição, através da umidificação e lubrificação dos alimentos. Também realiza a dissolução parcial dos alimentos (importante para o paladar), a limpeza da boca e dentes, tem atividade antisséptica (com imunoglobulinas, enzimas e lisozima), tem função excretora de substâncias (que pode ser uma desvantagem por possibilitar a transmissão de vírus), digere carboidratos quando há alfa-amilase salivar e tem função tampão, que é importante para o controle de lesões como aftas e é muito importante para os ruminantes, pois ajuda na excreção de componentes nitrogenados necessários para a formação de proteínas no rúmen, é rica em tampões como o bicarbonato e o PO4 que auxilia no controle do ph do rúmen (tamponamento) e mantém o ambiente ruminal fluido já que o rúmen não possui glândulas secretoras.
7. O que é o esôfago e qual a sua função?
- É um tubo muscular de músculo liso (em ruminantes tem músculo estriado esquelético que promove o antiperistaltismo, que é voluntário, para a ruminação) que cruza a cavidade torácica e passa pelo hiato esofágico do diafragma 
8. O que é a deglutição e quais são as suas fases?
- A deglutição é a passagem do alimento da boca para o estômago, que ocorre por meio de uma série coordenada (pelo SNA) de contrações musculares que contém 3 fases: a fase voluntária (ocorre na boca com a apreensão do alimento pelo animal), a fase faríngea e a fase esofagiana. As fases faríngea e esofagiana são reflexas e dependentes de estímulos dos receptores sensoriais (impulso nervoso aferente); esses receptores estão localizados na parte posterior da boca, faringe e epiglote. Ocorre a elevação do palato mole e abaixa a epiglote, formando uma câmara completamente fechada, onde a respiração é inibida nesse estágio e o volume da cavidade é diminuído, logo, a pressão intrafaríngea aumenta e ocorre o relaxamento do esfíncter esofagiano superior. A ingesta passa pelo esfíncter, há um relaxamento receptivo inicial do esôfago para receber a ingesta e conjuntamente iniciam-se os movimentos peristálticos. Após o bolo alimentar ter passado para o esôfago a pressão do esfíncter esofágico superior cai.
9. Considerando o tubo digestório dos monogástricos, responda:
a) Quais são as funções do estômago glandular desses animais.
- O estômago dos monogástricos tem a função de acrescentar fluidos digestivos à ingesta, armazenar alimentos (distendendo-se) e também contém uma barreira imune que diminui a multiplicação de micro-organismos e sua passagem para o intestino.
b) Qual é a função do muco presente no tubo digestório? Do que é constituído? Cite locais de produção, degradação e alguma substância que possa estimular sua secreção.
- O muco é costituído de água e proteínas; com aspecto de líquido gelatinoso, protege o epitélio, prevenindo ou minimizando lesões de abrasão, lesões enzimáticas e também lesões químicas. Além disso, protege contra desidratação e micro-organismos, que tem sua mobilidade reduzida pela consistência gelatinosa do muco. 
O muco é produzido e degradado pela ação das protaglandinas (e do HCl gástrico produzido pelas gll. gástricas: quanto + HCl, maior é a quantidade de muco), de modo que as prostaglandinas (PGE2) estimulam a secreção do muco e a diminuição destas reduz a quantidade de muco. A glândula gástrica secreta muco, pepsinogênio e HCl. A glândula pilórica secreta um pouco de muco.
10. Qual é a funçao das glandulas gástricas e pilóricas?
- A glândula gástrica é a principal glândula estomacal secretora de muco, pepsinogênio e HCl. O pepsinogenio é uma pré-enzima que é excretada e, pela açao do pH, torna-se uma enzima pepsina.
 A glândula pilórica (localizada entre o final do estômago e o ínicio do duodeno) é endócrina, produtora do hormônio Gastrina, além de um pouco de muco e um pouco de pepsinogênio.
11. Qual é a função do HCl? Explique como ocorre a sua produçao no estômago.
- O HCl tem como funçao a acidificação, além de realizar a degradação química e ativiar as pepsinas, que são um grupo de enzimas proteolíticas potentes que difere (em estrutura quimíca?) entre as espécies. O HCl é produzido pelas celúlas das glândulas gástricas e pilóricas.
 O HCl é constituído de íons H+ e Cl-. O H+ provém da reaçao entre a água (H20) e o dióxido de carbono (CO2), que é catalisada pela enzima anidrase carbônica, que resulta num primeiro momento em H2CO3 e depois HCO3 + H+. Isto é: H20 + CO2 = H2CO3 = HCO3- + H+. O HCO3- é absorvido pelo plasma (LEC) em troca de Cl- e o H+ é secretadopara o lúmen estomacal em troca de K+ (pela H+/K+ ATPase). Dessa forma, o H+ reage com o Cl- no lúmen estomacal formando HCl. Esse processo se inicia na fase cefálica/psicogênica da secreção.
12. Por que a luz estomacal é ácida e o LEC da mesma região tende a ser mais básico?
- O lúmen estomacal é ácido pela presença de um potente ácido (HCl) e o LEC tende a ser básico por causa da liberação/perda de íons H+, além do compartimento ser pequeno.
13. Como ocorre o controle da secreção gástrica? Descreva este controle, destacando os hormônios envolvidos.
- Ocorre um controle neuroendócrino, caracterizado por uma fase cefálica/psicogênica e outra gástrica. 
A fase cefálica ou fator psicogênico refere-se ao Sistema Nervoso Gastrinstestinal Intrínseco (SNGI), composto de ganglios presentes no sistema digestório que sofrem estímulo parassimpático e assim estimulam as glandulas gástricas, estimulando a secreção gástrica; essa fase está estreitamente relacionada aos órgãos dos sentidos e a informação é processada no córtex cerebral.
A fase gástrica ou fator gástrico ocorre através da distensão da parede estomacal e da alteração do pH captados por receptores, estimulando a secreção do hormônio Gastrina pelas glândulas pilóricas (é liberado no sangue e vai para o estômago, aumentando então a secreção de HCl + pepsinogênio); a gastrina também se associa com a Histamina (produzida por mastócitos) para a potencialização do HCl. A distensão estomacal ocorre por meio de receptores de estiramento (baroceptores) que estão diretamente relacionados com o volume da ingesta. O pH estomacal sobe aos poucos quando a ingesta chega ao estômago, estimulando a secreção, fazendo com que o pH baixe novamente até determinado ponto. Quando o pH estiver muito baixo a secreçao de HCl irá parar e a distensão também irá diminuir; portanto, haverá a secreção do hormônio Enterogastrona pelos enterócitos do Intestino Delgado Duodeno quando a ingesta chegar nesse local; essa secreçao de Enterogastrona é estimulada pela alteraçao do pH [do duodeno]; este hormônio atua no estômago, sendo transportado pelo sangue, e inibe a secreção gástrica. Nesse processo a fase cefálica pode acabar interferindo na finalizaçao da secreção. A fase cefálica é finalizada quando a ingesta passa do Intestino Delgado para o Intestino Grosso, pois cessam os estímulos da secreçao de gastrina, CKK e secretina.
14. Quais sao os principais eventos que ocorrem no Instestino Delgado durante o processo de digestao?
- Ocorre a secreçao de muco para proteçao do epitélio intestinal por causa da acidez da ingesta; e a ação das secreções pancreática e biliar, com:
 # digestão de proteínas por proteases (p. ex.: tripsina, quimiotripsina e carboxipeptidase); 
# emulsificaçao de gorduras pela secreçao biliar;
# digestao de lipídeos pela açao de lipases pancreáticas, esterase do colesterol, fosfolipases e etc;
# digestao de amido e outros carboidratos complexos pela amilase pancreática; 
# digestao de carboidratos não complexos.
15. Descreva como ocorre o controle da secreção biliar.
- Controle nervoso e hormonal. O controle nervoso está relacionado com a fase cefálica, em condiçoes de estresse, por exemplo. O controle hormonal é endócrino pela secreção de Colecistoquinina (CKK) e Secretina do sangue para o LEC por meio da estimulaçao da alteraçao de pH da mucosa duodenal e jejunal pelo pH ácido da ingesta vinda do estômago. 
A CKK é o principal hormônio regulador da ccontraçao da vesícula biliar e secreçao da enzima pancreática; atua também relaxando o esfíncter de Oddi em conjunto com a Secretina que estimula a produçao de bile.
A Secretina estimula a produçao de bicarbonato no fígado, pancreas e glândulas de Brunner. Ajuda a neutralizar o ácido gástrico que entra no duodeno a partir do estômago. A função da secretina é a de promover a secreção pancreática e biliar de HCO3-, que entao neutraliza H+ no lúmen do Intestino Delgado. Tal neutralizaçao é essencial para a digestão de gorduras.
A finalização da secreção biliar ocorre quando para de chegar ingesta no ID.
animais c/ vesícula biliar -> Secretam bile quando há ingesta e eliminam bile quando em excesso.
Equídeos -> não tem vesícula biliar, a secreção biliar é contínua em pequenas quantidades; o fornecimento de lipídeos a esses animais deve ser feito ao longo do dia; nao fornecer grande quantidade de lipídeos numa só refeição, pois a quantidade de bile é insuficiente durante a refeição.
16. Quais são as funções dos sais biliares?
- Os sais biliares quebram a molécula grande de lipídeos em fragmentos menores, isto é, tem açao detergente, realizando a emulsificação de gorduras, assim aumentando a superfície de contato para as enzimas e facilitando a digestao; aumenta também o transito de lipídeos, desagregando da parede intestinal e diminui a tensao superficial. Os sais biliares estao sempre ligados a molécula lipídica, logo, eles tem importancia, pois facilitam o trabalho das lipases, que irao agir para digerir os fragmentos de lipídeos. Mesmo depois da ação das enzimas é necessário os sais biliares. Os sais biliares também tem a funçao de excretar substancias tóxicas como bilirrubina, toxinas (detoxicação), colesterol, derivados do colesterol (ex.: hormonios esteroides), medicamentos.
17. Por que nao se pode ter sais biliares ligados aos quilomícrons?
- Porque se os sais biliares estiverem presentes no sangue, eles irao se ligar a qualquer tipo de membrana, provocando a fragmentaçao nas membranas, consequentemente as células iriam morrer e, no caso, gerar alguma lesão.
18. No que consiste basicamente o processo de ressíntese dos sais biliares?
- A ressíntese dos sais biliares consiste basicamebte da volta dos sais biliares para o fígado por meio do sistema porta. Depois disso, haverá uma ressíntese de lipídeos pelos enterócitos, de forma que os lipídeos (tri-acil-gliceróis) irão se ligar a proteínas transportadoras (globulinas) no LEC, tornando-se quilomícrons. Passam entao desde o ducto linfático abdominal até o ducto linfático torácico e depois para a veia cava. 
Quando não ocorre isso, os sais biliares podem acabar sendo eliminados nas fezes.
19. Acerca do processo digestivo, descreva o que ocorre no intestino delgado jejuno e íleo.
- Ocorre a continuaçao dos processos digestivos vindos do duodeno pela açao das enzimas da superfície celular e citoplasma dos enterócitos (enterozimas) do jejuno e do íleo, as quais são responsáveis por fazer a degradação final de macromoléculas da ingesta, tornando estas menores para que sejam absorvidas. Também continua a secreçao de muco e açao do hormônio Enterogastrona.
20. Descreva a fermentaçao que ocorre nos ruminantes domésticos e disserte basicamente sobre a microbiota envolvida. 
- A fermentaçao é a atividade metabólica de degradaçao de substancias organicas (nao necessariamente alimentos) realizada por micro-organismos e ocorre nos pré-estomagos do ruminante. Para que ocorra a digestao fermentativa o ambiente deve estar em condiçoes adequadas de ph, umidade, osmolaridade, substatros nutritivos, temperatura e o tempo de permanencia da ingesta deve ser cosiderável (mais longo, duradouro). A pressao também pode ser importante em casos de ser muito alta ou muito baixa. A digestao fermentativa é feita por fungos (como os micoplasmas), protozoários e bactérias. As bactérias sao as mais numerosas, possuem multiplicaçao rápida, alta capacidade de fermentaçao, existem mais de 30 espécies, mais importantes e dezenas com importancia menor. Os protozoários tem tamanho maior, mas estao em mesma massa que as bactérias; possuem capacidade fermativa menor. Os fungos sao micro-organismos pouco estudados com grande importancia na digestao de paredes celulares (carboidratos complexos). 
Os micro-organismos retém uma interaçao entre si, associando-se para a digestao, ao associares as enzimas no processo digestivo, utilizando catabólitos degradados por outros micro-organismos.
O controle da microbiota no líquido ruminal acerca da sua quantidade de bactérias (principalmentequando ocorre o crescimento de alguns micro-organismos) geralmente é realizado pelos protozoários por meio da fagocitose desses micróbios que se multiplicaram em excesso.
Os protozoários também preservam substancias da digestao fermentativa, armazenando amido e proteínas e prevenindo a acidose metabólica.
 
21. Cite espécies de ruminantes domésticos, relacione os compartimentos com o tipo de digestao e qual a vantagem evolutiva da ruminaçao na natureza.
- Os ruminantes geralmente, de acordo com a taxonomia, sao animais da subordem Ruminantia e, de acordo com a fisiologia, na alimentaçao e funcionamento (independente da taxonomia). Os ruminantes podem também ser caracterizados por remastigarem o alimento ou ingesta, realizando primeiramente a digestao fermentativa e depois a digestao glandular, diferentemente dos nao-ruminantes (digestao glandular -> digestao fermentativa = digestao fermentativa pós-gástrica). Existem ruminantes "funcionais", como o servídeo e a alpaca; os pseudoruminantes (nao ruminantes na taxonomia pois nao tem órgaos de ruminante), como os camelídeos (tem omaso pequeno ou praticamente ausente). Os ruminantes, na natureza, geralmente sao presas, herbívoros que utilizam a ruminaçao como um mecanismo de defesa, uma vantangem evolutiva com melhor capacidade adaptativa em diversas condiçoes ambientais (de clima, por exemplo), ingerindo grandes quantidades de forragem numa única refeiçao para digerir o conteúdo apenas posteriormente, quando se encontrar fora de perigo, isto é, um local mais seguro, longe dos predadores.
Além disso, a vantagem específica do ruminante é que o aproveitamento dos nutrientes da forragem é muito mais eficiente do que os animais unicavitários/monogástricos, pois a degradaçao dos carboidratos complexos das paredes celulares realizada pelas enzimas dos micro-organismos presentes no trato digestório do ruminante torna possível o aproveitamento do conteúdo celular da célula vegetal, porçao essa do alimento que os monogástricos nao aproveitam por nao conseguir digerir e, assim, os ruminantes tem o sucesso evolutivo caracteizado pela maior disponibilidade de energia e versatilidade também. Em suma, a vantagem provém da simbiose/mutualismo com os micróbios, trazendo a digestao microbiana, que degrada a parede celular da célula vegetal.
OBS.: Os ruminantes nao tem a fase cefálica para a secreçao do estomago.
22. Descreva os eventos relacionados à digestao no Intestino Grosso.
- No intestino grosso está presente o material que ainda nao foi digerido, isto é, substancias mais grosseiras. Nessa porçao do intestino ocorre bastante secreçao de muco para nao lesionar a parede intestinal com a parte dura da ingesta ou permitir a passagem de micro-organismos responsáveis pela digestao fermentativa. O muco também protege a parede intestinal da microbiota. 
 
23. Uma vez que a forragem tem baixo valor proteico, qual é a fonte de proteínas para o ruminante?
- As forragens realmente em geral tem pouca proteína (baixo valor proteico, principalmente as que nao sao leguminosas), assim, o ruminante nao encontra boa quantidade de aminoácidos essenciais nesse alimento, mas os micro-organismos (bactérias) possuem proteínas na sua constituiçao celular ("bife de bactérias"), com alto valor nutricional (acerca de digestibilidade e quantidade de aminoácidos essenciais) e sao consituidos como a principal fonte de proteína na alimentaçao do ruminante. As proteinas microbianas sao digeridas pelo processo de digestao glandular que ocorre no abomaso. 
Ureia, nitritos e amonia tem proteínas de baixo custo que sao ingeridos na dieta e encaminhados para os micro-organismos, que utilizam esses compostos nitrogenados e carboidratos para sintetizar proteínas (utilizam nitrogenio nao proteico e CHOs para produzir proteínas).
 Através dos produtos industrias podemos também ter proteínas conjugadas, principalmente com minerais. Nao sao afetadas pelas enzimas microbianas, nao sendo degradadas nos pré-estomagos (por isso faz parte da PNDR - proteina nao degradas no rúmen ou by pass) e sao absorvidas no intestino delgado e sao fontes de aminoácidos essenciais, como a metionina, que nao é facilmente encontrada na natureza. Porém, o uso dessas proteínas tem alto custo e por isso geralmente sao mais utilizadas em granjas mais tecnificadas, em produçao de vacas leiteiras, por exemplo.
 
24. O que sao AGV/AGCC? Onde sao utilizados? Qual a desvantagem do excesso de AGV na dieta?
- AGV sao produtos metabólicos eliminados por micro-organismos através da digestao fermentativa. Sao utilizados no ciclo de Krebs, principalmente nos tecidos hepáticos e muscular para formar glicogenio; 60% a 80% da energia utilizada pelos ruminantes (ATP) é dependente dos AGV vindos das bactérias. O tecido muscular é quase 100% dependente dele. Por conta dessa característica do metabolismo do ruminante, muitas vezes se diz que o ruminante é um animal gliconeogenico (geralmente nao usa glicose como subtrato para formaçao de ATP e, sim, AGV). 
O excesso de AGV altera o pH do rúmen e é tóxico para as bactérias, atrapalhando a digestao; logo, precisam ser removidos do rúmen e isso ocorre através das papilas ruminais, que absorvem os AGV por meio de microvilosidades diretamente para o sangue.
25. Qual a funçao da motilidade rumino-reticular e quais sao os seus padroes?
- A motilidade e transito nos pré-estomagos do ruminante tem como principal objetico reter substratos fermentáveis e progredir substratos nao fermentáveis ou nao digeridos. A motilidade rumino-reticular também é responsável por manter a simbiose, garantindo o fluxo adequado da ingesta (retendo fermentáveis e progredindo os já degradados ou nao fermentáveis/digeridos). É descrita como as contraçoes musculares da parede dos pré-estomagos.
Os padroes de motilidade rumino-reticular sao divididos em contraçoes primarias (para mistura dos substratos, separaçao das partículas grande das pequenas e distribuiçao dos micro-organismos uniformemente) e contraçoes secundárias (para eructaçao). A contraçao do rúmen é voluntária, mas a eructaçao e a contraçao de mistura ocorre de forma involuntária.
 Isto é: para diminuir o tempo de digestao, o rúmen mistura o que já está fermentado com o que precisa ser fermentado. O substrato da zona sólida ao ser movimentado em direçao à zona pastosa, perde a parte que já estava fermentada e retorna cheio de micro-organismos. Da mesma forma ocorre em relaçao às zonas líquida e pastosa. Quando o rúmen e o retículo se movimentam as partículas pequenas (fermentadas ou nao) passam junto com o líquido para o abomaso pelo orifício retículo-omasal. Como o gás fica na parte superior, ocorre uma contraçao dorsoventral para que o gás fique no nível do cárdia, saindo para o esofago, ou seja: ocorre a contraçao, o cárdia relaxa e o pescoço é inclinado, eliminando assim o gás (CH4 - metano).
26. Descreva a regurgitaçao.
- A regurgitaçao é a etapa inicial da ruminaçao, característica de ruminantes funcionais. As contraçoes retrógadas do esofago em direçao à boca sao denominadas antiperistaltismo. O peristaltismo é caracterizado pelas contraçoes da musculatura lisa do esofago no sentido aboral (boca -> ânus).
A regurgitaçao é um processo voluntário, pois o esofago dos ruminantes possui musuculatura estriada esquelética, além da lisa. Ocorre quando o retículo é contraído e o cárdia relaxado. Os músculos intercostais e o diafragma se contraem, ocorre a inspiraçao, a glote se fecha e a pressao torácica fica negativa. O animal rumina a zona pastosa e o retículo está também em sua maioria na zona pastosa. A ruminaçao é importante para aumentar a superfície de contato para a açao das enzimas.
27. Cite uma patologia que pode ocorre quando há excesso de fermentaçao e por quê.
- Geralmente o excesso de fermentaçao ocorre por ausencia de ruminaçao (que pode ocorrer quando o animal está sob estresse). Pelo fato da fermentaçao produzir CH4 e CO2 (metano e dióxido de carbono), o acúmulo desses gases nos pré-estomagos do animal causa distensao excessivadesses pré-estomagos e leva o animal a ter timpanismo.
28. Dercreva o controle normal da motilidade rumino-reticular e ocasioes que podem alterá-la.
- A motilidade rumino-reticular geralmente é regulada por controle nervoso, sendo normalmente controladas as contraçoes musculares da parede dos pré-estomagos por estímulos nervosos do Sistema Nervoso Autonomo Parassimpático (SNAP), que atua diretamente sobre o Sistema Nervoso Gastrintestinal Intrínseco (SNGI); porém, em condiçoes de estresse, esse controle pode sofrer interferencias do Sistema Nervoso Autonomo Simpático (SNAS), que faz com que os movimentos ruminais diminuam. Em suma, o controle normalmente é do SNAP, mas em estresse atua o SNAS, diminuindo os movimentos ruminais. 
29. Cite funçoes do processo de ruminaçao e consequencias da ausencia desta.
- A ruminaçao evita o acúmulo de ácido após a fermentaçao, que é tamponado quando a ingesta é remastigada e engolida com uma grande quantidade de saliva. A presença da fibra na dieta estimula a ruminaçao ( qnto + fibra, + ruminaçao). A ausencia da ruminaçao (pode ocorrer quando há excesso de graos na dieta e falta de fibra na dieta) pode diminuir a salivaçao, prejudicando o pH (tornando-o ácido), assim, muitos micro-organismos benéficos ao animal sao destruídos e alguns patogenicos podem ser favorecidos, podendo ocasionar acidose ruminal ou ruminite.
30. Quais sao as funçoes e qual processo ocorre no omaso?
- No omaso estao presentes pregas músculo-epiteliais, como lâminas, que aumentam a superfície de contato. Ele tem a funçao de absorçao de parte da água, bicarbonato (oriundo da saliva = HC03), Ácidos Graxos Voláteis (AGV) e outros nutrientes. A absorçao de HCO3 pelo omaso é importante para que a ingesta nao altere o pH do abomaso, prejudicando a barreira imune; é também uma forma de reaproveitar a saliva (excreçao de saliva no alimento -> reabsorçao do bicarbonato no omaso-> HCO3 na corrente sanguínea -> HCO3 vai p/ as glandulas salivares).
31. Descreva os processos que ocorrem no abomaso.
- O abomaso é o estomago/cavidade glandular, com líquidos digestivos, sendo semelhante ao estomago dos monogástricos/unicavitários. Sao digeridos os micro-organismos (fungos, protozoários e bactérias) e as proteínas.
32. Qual é a utilidade da goteira esofágica?
- A goteira esofágica desvia o leite ingerido pelo filhote para o abomaso, pois a fermentaçao do leite é patogenica para o animal nessa idade, podendo causar ruminoreticulite. 
33. Onde ocorre a digestao fermentativa nos animais nao-ruminantes? Em quais animais é mais importante?
- A digestao fermentativa nos animais nao-ruminantes ocorre no Intestino Grosso por meio de micro-organismos (bactérias, fungos e protozoários). 
A digestao fermentativa é evidente em suínos e coelhos, mas em ruminantes e carnívoros é irrelevante (e é feita por micro-organismos e as vitaminas do Complexo B sao utilizadas como substrato). Equídeos e coelhos sao animais cóloncecofuncionais e o equino é um animal que tem o Intestino Grosso (cólon e ceco) bem desenvolvido, aproveita mais a fibra do que outros monogástricos/unicavitários para produzir AGV.
34. Explique suscintamente o processo de digestao e as especificidades no coelho.
- O coelho faz a digestao química da ingesta (enzimas), fato que já lhe confere maior ganho de peso quando comparado aos ruminantes, depois ocorre a digestao fermentativa no ceco e a expulsao do cecotrofo para aproveitar a proteína microbiana por meio de digestao glandular e também aproveita grande quantidade de AGV.
35. Descreva a absorçao: onde ocorre, quais os produtos absorvidos no local e algum fator que poderia diminuir a absorçao.
- A absorçao ocorre majoritariamente no Intestino Delgado, onde a água é absorvida por osmose e produtos finais de carboidratos sao absorvidos por co-transporte/simpatia; assim, a glicose é absorvida com gasto de energia por meio de bombas presentes nas microvilosidades da membrana celular do enterócito juntamente com o sódio e depois o sódio sai da célula com gasto de energia pela bomba de Na+/K+. A absorçao de água também é auxiliada pela ingestao de sódio.
A absorçao pode ser diminuída pela presença de fibra, pois a fibra aumenta o transito no intestino (tanto ID quanto IG).
No intestino delgado ocorre expressivamente a absorçao de derivados da digestao de carboidratos, lipídeos e proteínas e no Intestino Grosso ocorre a absorçao AGV, poucos eletrólitos e vitaminas (principalmente as do Complexo B).
Obs.: Ruminantes absorvem AGV principalmente no rúmen por meio das papilas ruminais.

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