Buscar

CAIO Planilha Empresarial

Prévia do material em texto

Tribunal
	Inform / Súm
	Tema
	Jurisprudência
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	DIREITO DE EMPRESA
	
	ORAL TRF1
	HISTÓRIA E TEORIAS DO DIREITO EMPRESARIAL
	01) Discorra sobre o histórico do Direito Comercial na Idade Média?
O direito comercial surge propriamente na idade média, embora o comércio (atividade comercial) tenha surgido há muito mais tempo (remonta-se ao tempo dos fenícios).
Na Idade Média o comércio atingiu o seu estágio mais avançado, sendo uma característica de todos os povos, daí porque em tal período houve a necessidade de se criar um regime jurídico próprio para a disciplina das relações mercantis.
As grandes navegações impulsionaram a criação das primeiras normas, tendo em vista a necessidade mesmo de manter um comércio entre pessoas distantes entre si.
Na referida época surgiram as corporações de ofício, que logo assumiram relevante papel na sociedade, conseguindo obter, inclusive, certa autonomia para seus julgamentos.
A Idade Média é tida como a primeira fase do direito comercial, que se fundava, primordialmente, nos usos e costumes mercantis. Na época, por não existirem, ainda, os Estados Nacionais, não havia um poder político central que aplicasse o direito. O poder político era, na realidade, descentralizado e estava nas mãos da nobreza fundiária, daí porque as corporações de ofício, que eram ligadas aos comerciantes e não aos senhores feudais, tiveram tanta importância para o desenvolvimento dos primeiros preceitos jurídicos sobre tal atividade.
Foi na idade média que surgíramos primeiros institutos jurídicos do direito comercial, como os títulos de crédito (letra de câmbio), as sociedades (comendas)m os contratos mercantis (contrato de seguro) e os bancos. Além disso, as características próprias do direito comercial começaram a se delinear, como o informalismo e a influencia dos usos e costumes no processo de elaboração das regras.
	
	ORAL TRF1
	
	02) Discorra sobre o Sistema Francês como antecedente da definição de concepção de Direito Comercial?
No sistema francês, as atividades econômicas são agrupadas em dois grandes conjuntos, sujeitos a sub-regimes próprios, qualificando-se como civis ou comerciais. O referido sistema surgiu com a entrada em vigor do Code de Commerce, em 1808, documento legislativo conhecido como Código Mercantil napoleônico, de forte influência na codificação oitocentista.
A elaboração doutrinária fundamental do sistema francês é a teoria dos atos de comércio, vista como instrumento de objetivação do tratamento jurídico da atividade mercantil. Com ela, o direito comercial deixou de ser apenas o direito de uma certa categoria de profissionais, organizados em corporações próprias, para se tornar a disciplina de conjunto de atos que, em princípio, poderiam ser praticados por qualquer cidadão. Sob tal perspectiva, o sistema francês foi o responsável por uma certa objetivação do direito comercial, já que o seu foco estava na atividade desenvolvida, e não nos sujeitos que a desempenhavam. 
O sistema francês, que tinha como construção básica a teoria dos atos de comércio, foi adotada por quase todas as codificações oitocentistas, inclusive pelo Brasil (inspiração do Código Comercial de 1850), mas encontrou contraposição na teoria italiana, que desenvolvem a doutrina da empresa.
	
	ORAL TRF1
	
	03) Fale sobre o sistema Italiano e o Sistema Francês quanto à evolução do Direito Comercial?
Basicamente, tem-se que o Sistema Francês dividiu-se em dois sistemas de disciplina privada da economia: civis e comerciais. Sua elaboração doutrinária é a teoria dos atos de comércio, que trata a atividade mercantil, descrevendo o que ela viria a ser.
Por sua vez, o Sistema Italiano era regulado sob o prisma privatístico, encontrando sua síntese na teoria da empresa (consagração da tese da unificação do direito privado), deslocando a fronteira entre civil e comercial, mas principalmente um novo sistema de disciplina privada de atividade econômica.
O sistema italiano tenta superar lacunas antes não explicadas pelo sistema francês, tentando eliminar a dificuldade de separação do que vinha a ser ato comercial de ato meramente civil.
	
	ORAL TRF1
	
	05) Famosa classificação de Carvalho de Mendonça sobre atos de comércio, fale sobre?
A classificação de Carvalho de Mendonça para atos de comércio é a seguinte:
- atos de comércio por natureza ou profissionais: como a própria designação dá a entender, são aqueles praticados pelos comerciantes, no exercício de sua profissão;
- atos de comércio por dependência ou conexão: são os que visam facilitar o promover o exercício do comércio;
- atos de comércio por força de autoridade de lei: são aqueles que a lei assim os considera.
A classificação de Carvalho de Mendonça foi elaborada a partir do Regulamento 737, sendo, portanto, muito antiga e não mais utilizada, mesmo porque a teoria do ato de comércio foi substituída pela teoria da empresa.
	
	ORAL TRF1
	
	06) Regulamento 737, quanto aos atos de comércio, fale sobre?
O regulamento 737 foi o diploma normativo editado ao tempo do Código Comercial de 1850, que teve como característica mais marcante o fato de elencar o que viriam a ser os atos de comércio, providência que não foi adotada pelo próprio código.
Segundo o referido regulamento, consideravam-se atos de mercância (art. 19): § 1 - a compra e venda ou troca de efeitos móveis ou semoventes, para os vender por grosso ou a retalho, na mesma espécie ou manufaturados, ou para alugar o seu uso; § 2 - as operações de câmbio, banco e corretagem; § 3 - as empresas de fábricas, de comissões, de depósito, de expedição, consignação e transporte de mercadorias, de espetáculos públicos; § 4 - os seguros, fretamentos, riscos, e quaisquer contratos relativos ao comércio marítimo; § 5 - a armação e expedição de navios".
O regulamento 373 esteve em vigor até 1875, sendo o responsável pela consolidação, no Brasil, da teoria dos atos de comércio, servindo de referência doutrinária para a definição do âmbito de aplicação do direito comercial, mesmo após a sua revogação. Foi, portanto, relevante diploma normativo, cujas idéias permaneceram presentes por anos.
	
	ORAL TRF1
	
	07) No tempo em que o Direito Comercial era o direito das corporações, pessoas que praticavam os atos mercancias, existiam juízes para dirimir questões de conflitos, que juízes eram estes?
Não havia juízes com a mesma concepção que se tem hoje (juízes enquanto órgãos do Estado, pois sequer existiam os Estados Nacionais na época). No entanto, foram criadas as corporações de ofício que tinham, entre outras atribuições, a de julgar os casos que lhe eram submetidos. Exerciam esse papel os denominados cônsules, que eram pessoas da própria corporação eleitos pelos demais associados, para reger as relações entre seus membros.
	
	ORAL TRF1
	
	8 - Qual a melhor nomenclatura Direito Empresarial ou Comercial?
Diante da definitiva adoção da teoria da empresa pelo ordenamento jurídico brasileiro, a expressão “Direito Empresarial” mostra-se mais adequada que “Direito Comercial”. E não só por isso. Deve-se considerar, também, que hoje o direito empresaria cuida mais do que da atividade exercida pelo comerciante (hoje empresário). Cuida também de uma infinidade de outras atividades negociais (além do comércio, a indústria, os bancos, a prestação de serviços e outros).
Em outros termos: o atual direito comercial não cuida apenas do comérciom mas de toda e qualquer atividade econômica exercida com profissionalismo, intuito lucrativo e finalidade de produzir ou fazer circular bens ou serviços, tendo, portanto, objeto mais amplo.
Deste modo, a expressão “Direito Comercial”, por ser mais restritiva, mostra-se menos adequada para designar tudo aquilo que o Direito Empresarial de fato regula.
Por fim, é bom destacar que as próprias Universidades já reconhecem a adequação da nova designação, já tendo alterado o nome da disciplina em seus cursos jurídicos.
	
	ORAL TRF1
	
	09) O Direito Empresarial continuaria como disciplina autônoma,mesmo com a inserção desta seara no CC/2002?
Sim. Primeiro, porque a própria Constituição Federal conferiu autonomia ao direito empresarial, ao listar as matérias de competência legislativa privativa da União, mencionando o “direito civil” em separado do “direito comercial”. Segundo, porque tal disciplina é tratada nos cursos jurídico, por força de Portaria do Ministério da Educação, como disciplina autônoma e essencial. Terceiro, porque tem institutos que lhes são próprios, distintos do direito civil, ainda que tratados de maneira geral no mesmo diploma normativo (o Código Civil de 2002). E por último, porque a adoção da teoria da empresa, em substituição à teoria dos atos de comércio, manteve a bipartição dos regimes jurídicos disciplinadores das atividades econômicas,apenas passando a adotar o critério da empresarialidade para circunscrever contornos do âmbito de incidência do direito comercial.
	
	ORAL TRF1
	
	10) O se quer dizer por Lex mercatoria?
A Lex Mercatoria foi um sistema jurídico desenvolvido pelos comerciantes da Europa medieval e que se aplicou aos comerciantes de todos os países do mundo até o século XVII. Não era imposta por uma autoridade central, mas evoluiu a partir do uso e do costume, à medida que os próprios mercadores criavam princípios e regras para regular suas transações. Este conjunto de regras era comum aos comerciantes europeus, com algumas diferenças locais.
O direito comercial internacional moderno deve alguns de seus princípios fundamentais à Lex mercatoria desenvolvida na Idade Média, como a escolha de instituições e procedimentos arbitrais, de árbitros e da lei aplicável e o seu objetivo de refletir os costumes, uso e boa prática entre as partes.
Muitos dos principios e regras da Lex mercatoria foram incorporados aos códigos comerciais e civis a partir do início do século XIX.
	
	ORAL TRF1
	
	1) Teoria da empresa: o que é a empresa? Posso considerar como uma unidade (os elementos da empresa)? À vista deste conceito empresário seria quem? O sócio não é o empresário (...) a sociedade quando ela existe, quando exerce empresa, agora pergunto: esse sócio pode ser empresário? Em que circunstâncias?
Resposta:
Empresa é a atividade econômica constituída para produção e circulação de bens e serviços do mercado. O núcleo do conceito é o termo atividade e importa não confundir a atividade com o próprio estabelecimento em si.
Quanto ao conceito de empresário, o CC/2002 o define como aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens e serviços. Em outros termos: o empresário é aquele que exerce a atividade de empresa. Partindo disso, tem-se que não necessariamente será empresário todo e qualquer sócio, mas apenas aquele que desempenha a atividade de empresa. Aquele que apenas a integra, sem poderes de administração e/ou gerência não pode ser tido como empresário. Eis a distinção.
	
	
	
	
	 
	 
	
	 
	STJ 3aT
	426
	Nome Empresarial
	A tutela do nome comercial deve ser entendida de modo relativo, pois o registro mais antigo gera a proteção no ramo de atuação da empresa que o detém, mas não impede a utilização do nome em segmento diverso, sobretudo quando não se verifica qualquer confusão, prejuízo ou vantagem indevida em seu emprego.
	 
	Questão TRF1
	 
	A) O empresário casado pode alienar os imóveis que integram o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real, independentemente da outorga do cônjuge, qualquer que seja o regime de bens.
(C) – GABARITO PRELIMINAR 
-CC. Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.
	 
	Questão TRF1
	 
	B) Define-se empresa como qualquer organização cuja finalidade seja o exercício profissional de atividade econômica, incluindo-se trabalhos de natureza intelectual, científica, literária ou artística.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
-CC. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
	 
	Questão TRF1
	 
	E) A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário pode regularizar a sua situação perante a junta comercial.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
	CJF
	Enunciado 467
	Integralização do Capital Social
	Enunciado 467 - V Jornada CJF
Art. 974, § 3º: A exigência de integralização do capital social prevista no art. 974, § 3º, não se aplica à participação de incapazes em sociedades anônimas e em sociedades com sócios de responsabilidade ilimitada nas quais a integralização do capital social não influa na proteção do incapaz.
	
	Oral TRF2
	Empresa
	1) (a) O que é o estabelecimento, nesse ambiente de empresa, empresário? (b) Nesse conceito de empresa, qual a importância prática de saber qual o conceito de empresa? (c) Qual a relevância do conceito de empresa para o direito? (D) Se a empresa não estiver contida numa sociedade, se eu encontro pessoas exercendo uma atividade comercial, essas pessoas serão classificáveis como individuais empresários? (d) Serão uma sociedade? (e) Numa situação concreta, de fato, em que identifico pessoas praticando atos de comércio, como se define isto?
Resposta:
(a) O estabelecimento empresarial pode ser definido como o conjunto organizado de bens corpóreos e incorpóreos reunidos pelo empresário para o exercício da empresa; dessa reunião é originado um sobrevalor, conhecido como aviamento (Direito Italiano) ou fundo de comércio, razão pela qual o valor do estabelecimento é maior do que o da soma dos bens individualmente considerados.
(b) A importância de saber o conceito de empresa é ligada a todo o regime jurídico especial aplicado ao conjunto de pessoas que exercer atividade profissional organizada para a produção ou circulação de mercadorias e serviços.
(c) e (d) A atividade organizada de produção e circulação de mercadorias e serviços exercida por pessoa individual faz incidir o conceito de empresário individual, com normas regulamentadoras especiais, previstas no Código Civil, na parte destinada ao Direito de Empresa. Nessa caso não serão uma sociedade, que pressupõe, salvo hipóteses excepcionais, um conjunto de pessoas, mas sim um empresário individual.
(e) Na atual teoria da empresa, a conceituação de empresário não depende mais da prática de atos de comércio, mas sim da forma como é exercida a atividade. Assim, se a atividade é exercida de forma profissional, com a organização profissional dos fatores de produção, de forma habitual e com intuito de lucro, estará caracterizada, na prática, a atividade de empresário.
2) Evoluindo neste mesmo exemplo: se estes empresários resolvem formalizar a relação, constituindo uma sociedade com um tipo de responsabilidade limitada? Como fica isto relativamente às obrigações já contraídas?
Resposta:
Tendo-se em vista que as relações anteriores foram formalizadas em momento no qual não se existia qualquer limitação de responsabilidade (citação), a posterior constituição de pessoa jurídica não pode prejudicar o sobredito ato jurídico perfeito, razão pela qual a formalização citada não produz efeitos em relação aos credores anteriores.
3) Digamos que a sociedade que eles formem constitua um patrimônio. Relativamente às obrigações contraídas antes de sua constituição eles respondem ilimitadamente. Indago: essa limitação de responsabilidade contém o patrimônio social também, i. é, compromete o patrimônio social por eles formado ou não?
Resposta:
Sim, mesmo antes da constituição da personalidade jurídica entende-se que o conjunto de bens destinados ao exercício da empresa se constitui em patrimônio especial, em face de sua afetação, respondendo inicialmente pelas obrigações sociais (arts. 988 c/c 1.024, CC).
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	REGISTRO DE EMPRESA
	
	
	
	
	CJF
	Enunciado 465Registro - Transformação 
	Enunciado 465 - V Jornada CJF
Arts. 968, § 3º, e 1.033, parágrafo único: A “transformação de registro” prevista no art. 968, § 3º, e no art. 1.033, parágrafo único, do Código Civil não se confunde com a figura da transformação de pessoa jurídica.
	 
	 Questão CESPE - AGU/2012
	 
	 Segundo o ordenamento jurídico brasileiro, é inadmissível o exercício da atividade empresarial sem a devida inscrição da sociedade empresária na junta comercial. - ERRADA
Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.
Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo.
Ou seja, a assertiva é falsa, uma vez que o CC/2002 prevê a existência da sociedade em comum. 
	STF
	Súm 439
	
	SÚMULA 439 STF
Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação.
	CJF
	Enunciado 489
	
	Enunciado 489 - V Jornada CJF
Arts. 1.043, II, 1.051, 1.063, § 3º, 1.084, § 1º, 1.109, parágrafo único, 1.122, 1.144, 1.146, 1.148 e 1.149 do Código Civil; e art. 71 da Lei Complementar n. 123/2006: No caso da microempresa, da empresa de pequeno porte e do microempreendedor individual, dispensados de publicação dos seus atos (art. 71 da Lei Complementar n. 123/2006), os prazos estabelecidos no Código Civil contam-se da data do arquivamento do documento (termo inicial) no registro próprio.
	STJ 1aS
	Rec Rep
	CNPJ - Alteração do cadastro - Exigências da RFB - Regularização de pendências fiscais - Violação à livre iniciativa
	A inscrição e modificação dos dados no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ devem ser garantidas a todas as empresas legalmente constituídas, mediante o arquivamento de seus estatutos e suas alterações na Junta Comercial Estadual, sem a imposição de restrições infralegais, que obstaculizem o exercício da livre iniciativa e desenvolvimento pleno de suas atividades econômicas. A Lei nº 5.614/70, que versa sobre o cadastro federal de contribuintes, outorgou ao Ministro da Fazenda o dever de regular o instrumento de registro, para dotar o sistema de normas procedimentais para viabilizar a inscrição e atualização dos dados, sem permitir que imposições limitadoras da livre iniciativa restassem veiculadas sob o jugo da mencionada lei. As turmas da Primeira Seção desta Corte já assentaram que é ilegítima a criação de empecilhos, mediante norma infralegal, para a inscrição e alteração dos dados cadastrais no CNPJ. Conforme cediço, "o sócio de empresa que está inadimplente não pode servir de empecilho para a inscrição de nova empresa pelo só motivo de nele figurar o remisso como integrante”. (REsp 1103009)
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
	 
	 
	 
	 
	CJF
	Enunciado 490
	Direito de não-restabelecimento
	Enunciado 490 - V Jornada CJF
Art. 1.147: A ampliação do prazo de 5 (cinco) anos de proibição de concorrência pelo alienante ao adquirente do estabelecimento, ainda que convencionada no exercício da autonomia da vontade, pode ser revista judicialmente, se abusiva.
	 
	Questão TRF1
	 
	C) Não havendo previsão contratual, o adquirente de estabelecimento pode usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com qualificação de sucessor, por ato entre vivos.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
-CC. Art. 1.164. Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.
	 
	Questão TRF1
	 
	D) A cessão de créditos referentes a estabelecimento transferido não produz efeitos em relação aos devedores.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
- CC. Art. 1.149. A CESSÃO DOS CRÉDITOS referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.
	 
	Questão TRF1
	 
	E) O estabelecimento comercial compõe o patrimônio do empresário, que possui livre disponibilidade para aliená-lo, sem a necessidade de concordância dos credores.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
- NCC. Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.
(PASSÍVEL DE RECURSO) – em regra, há a livre disponibilidade para alienação do patrimônio sendo dispensável a necessidade de concordância dos credores. A eficácia desse procedimento somente ficará condicionada à concordância dos credores na hipótese do art. 1.145, ou seja, se não restarem bens suficientes para solver o passivo.
	CJF
	Enunciado 488
	Penhora - Website
	Enunciado 488 - V Jornada CJF
Art. 1.142 e Súmula n. 451 do Superior Tribunal de Justiça: Admite-se a penhora do website e de outros intangíveis relacionados com o comércio eletrônico.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	NOME EMPRESARIAL
	
	
	
	
	CJF
	Enunciado 491
	Nome empresarial - Âmbito de proteção
	Enunciado 491 - V Jornada CJF
Art. 1.166: A proteção ao nome empresarial, limitada ao Estado-Membro para efeito meramente administrativo, estende-se a todo o território nacional por força do art. 5º, XXIX, da Constituição da República e do art. 8º da Convenção Unionista de Paris.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
	
	
	
	
	CJF
	Enunciado 468
	EIRELI - Composição
	Enunciado 468 - V Jornada CJF
Art. 980-A: A empresa individual de responsabilidade limitada só poderá ser constituída por pessoa natural.
	CJF
	Enunciado 469
	EIRELI - Novo ente jurídico
	Enunciado 469 - V Jornada CJF
Arts. 44 e 980-A: A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) não é sociedade, mas novo ente jurídico personificado.
	CJF
	Enunciado 470
	EIRELI - Patrimônio 
	Enunciado 470 - V Jornada CJF
Art. 980-A: O patrimônio da empresa individual de responsabilidade limitada responderá pelas dívidas da pessoa jurídica, não se confundindo com o patrimônio da pessoa natural que a constitui, sem prejuízo da aplicação do instituto da desconsideração da personalidade jurídica.
	CJF
	Enunciado 473
	EIRELI - Integralização do capital - Imagem, nome ou voz
	Enunciado 473 - V Jornada CJF
Art. 980-A, § 5º: A imagem, o nome ou a voz não podem ser utilizados para a integralização do capital da EIRELI.
	CJF
	Enunciado 471
	EIRELI - Registro
	Enunciado 471 - V Jornada CJF
Os atos constitutivos da EIRELI devem ser arquivados no registro competente, para fins de aquisição de personalidade jurídica. A falta de arquivamento ou de registro de alterações dos atos constitutivos configura irregularidade superveniente.
	CJF
	Enunciado 472
	EIRELI - Nome
	Enunciado 472 - V Jornada CJF
Art. 980-A: É inadequada a utilização da expressão “social” para as empresas individuais de responsabilidade limitada.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	ESTUDO DAS SOCIEDADES
	 
	 
	 
	 
	STJ 4aT
	477
	Joint Venture - Responsabilização - Legitimidade ativa do sócio - 
	Sucede ser consabido que a personalidade jurídica da sociedade não se confunde com a dos sócios, pois são pessoas distintas, tais quais seus direitos e obrigações, além de que ninguém pode pleitear em nome próprio direito alheio, salvo quando autorizado em lei. Por isso, o sócio que tem interesse meramente econômico não tem legitimidade para figurar no polo ativo da demanda que busca indenização para os prejuízos eventualmente causados à sociedade a qual integra, o que é plenamente aplicável à hipótese
	STJ 4aT
	428
	Desconsideração da Personalidade jurídica
	A jurisprudência pátria, emboradispense ação autônoma para levantar o véu da pessoa jurídica, somente permite tal providência em casos de abuso de direito cujo delineamento conceitual encontra-se no art. 187 do CC/2002, desvio de finalidade ou confusão patrimonial.
	STJ 4aT
	379
	Direito Societário - Liquidação
	O cargo de liquidante judicial não se compatibiliza com o procedimento de dissolução parcial em que não se pretende a liquidação da sociedade, mas, tão-somente, a apuração dos haveres do sócio excluído. Para tanto, basta o procedimento ordinário de liquidação e cumprimento da sentença, quando o magistrado indica técnico habilitado à realização de perícia contábil para determinar a quota-parte devida ao ex-sócio.
	STJ 4aT
	428
	Falecimento do sócio
	O falecimento de um dos sócios, embora possa gerar o encerramento das atividades da empresa, em função da unipessoalidade da sociedade limitada, não necessariamente importará em sua dissolução total, seja porque a participação na sociedade é atribuída, por sucessão causa mortis, a um herdeiro ou legatário, seja porque a jurisprudência tem admitido que o sócio remanescente explore a atividade econômica individualmente, de forma temporária, até que se aperfeiçoe a sucessão.
	STJ 2aS
	Rec Rep
	Aspectos Processuais
	Falta ao autor interesse de agir para a ação em que postula a obtenção de documentos com dados societários, se não logra demonstrar: a) haver apresentado requerimento formal à ré nesse sentido; b) o pagamento pelo custo do serviço respectivo, quando a empresa lhe exigir, legitimamente respaldada no art. 100, parágrafo, 1º da Lei 6.404/1976.
	STJ 3aT
	481
	Responsabilização dos sócios
	Na hipótese, a Turma entendeu ficar comprovado que todos os onze sócios eram administradores e realizaram uma má gestão da sociedade autora, acarretando-lhe prejuízos de ordem material e não haver incompatibilidade qualquer entre a solidariedade passiva e as obrigações divisíveis, estando o credor autorizado a exigir de qualquer dos devedores o cumprimento integral da obrigação, cuja satisfação não extingue os deveres dos coobrigados, os quais podem ser demandados em ação regressiva. As obrigações solidárias e indivisíveis têm consequência prática semelhante, qual seja, a impossibilidade de serem pagas por partes, mas são obrigações diferentes, porquanto a indivisibilidade resulta da natureza da prestação (art. 258 do CPC), enquanto a solidariedade decorre de contrato ou da lei (art. 265 do CC/2002). Nada obsta a existência de obrigação solidária de coisa divisível, tal como ocorre com uma condenação em dinheiro, de modo que todos os devedores vão responder integralmente pela dívida.
	STJ 4aT
	498
	Dissolução de sociedade. Renome de um dos sócios não entra no cálculo da apuração de haveres
	Quando um sócio deixa a sociedade (dissolução parcial de sociedade), deve-se calcular a parte que lhe cabe no patrimônio social. A isso se chama “apuração de haveres”.
A possível repercussão econômica do renome de um dos sócios não integra o cálculo na apuração de haveres em dissolução parcial de sociedade simples composta por profissionais liberais. Isso porque o renome é atributo personalíssimo, intransferível, fora do comércio, e não é passível de indenização a título de fundo de comércio.
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	
	No curso do processo judicial, a eficácia probatória dos livros empresariais contra a sociedade empresária opera-se independentemente de eles estarem corretamente escriturados - CORRETA
	CJF
	Enunciado 474
	
	Enunciado 474 - V Jornada CJF
Arts. 981 e 983: Os profissionais liberais podem organizar-se sob a forma de sociedade simples, convencionando a responsabilidade limitada dos sócios por dívidas da sociedade, a despeito da responsabilidade ilimitada por atos praticados no exercício da profissão.
	CJF
	Enunciado 475
	
	Enunciado 475 - V Jornada CJF
Arts. 981 e 983: Considerando ser da essência do contrato de sociedade a partilha do risco entre os sócios, não desfigura a sociedade simples o fato de o respectivo contrato social prever distribuição de lucros, rateio de despesas e concurso de auxiliares.
	CJF
	Enunciado 476
	
	Enunciado 476 - V Jornada CJF
Art. 982: Eventuais classificações conferidas pela lei tributária às sociedades não influem para sua caracterização como empresárias ou simples, especialmente no que se refere ao registro dos atos constitutivos e à submissão ou não aos dispositivos da Lei n. 11.101/2005.
	CJF
	Enunciado 486
	
	Enunciado 486 - V Jornada CJF
Art. 1.134: A sociedade estrangeira pode, independentemente de autorização do Poder Executivo, ser sócia em sociedades de outros tipos além das anônimas.
	
	
	
	
	
	
	
	SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS
	
	
	
	
	
	
	
	SOCIEDADE EM COMUM
	
	
	
	
	
	
	
	SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
	
	
	
	
	
	
	
	SOCIEDADES PERSONIFICADAS
	
	
	
	
	
	
	
	SOCIEDADE SIMPLES
	
	
	
	
	CJF
	Enunciado 477
	
	Enunciado 477 - V Jornada CJF
Art. 983: O art. 983 do Código Civil permite que a sociedade simples opte por um dos tipos empresariais dos arts. 1.039 a 1.092 do Código Civil. Adotada a forma de sociedade anônima ou de comandita por ações, porém ela será considerada empresária.
	CJF
	Enunciado 478
	
	Enunciado 478 - V Jornada CJF
Art. 997, caput e inc. III: A integralização do capital social em bens imóveis pode ser feita por instrumento particular de contrato social ou de alteração contratual, ainda que se trate de sociedade sujeita ao registro exclusivamente no registro civil de pessoas jurídicas.
	CJF
	Enunciado 479
	
	Enunciado 479 - V Jornada CJF
Art. 997, VII: Na sociedade simples pura (art. 983, parte final, do CC/2002),a responsabilidade dos sócios depende de previsão contratual. Em caso de omissão, será ilimitada e subsidiária, conforme o disposto nos arts. 1.023 e 1.024 do CC/2002.
	CJF
	Enunciado 481
	
	Enunciado 481 - V Jornada CJF
Art. 1.030, parágrafo único: O insolvente civil fica de pleno direito excluído das sociedades contratuais das quais seja sócio.
	CJF
	Enunciado 482
	
	Enunciado 482 - V Jornada CJF
Art. 884 e 1.031: Na apuração de haveres de sócio retirante de sociedade holding ou controladora, deve ser apurado o valor global do patrimônio, salvo previsão contratual diversa. Para tanto, deve-se considerar o valor real da participação da holding ou controladora nas sociedades que o referido sócio integra.
	CJF
	Enunciado 483
	
	Enunciado 483 - V Jornada CJF
Art. 1.033, parágrafo único: Admite-se a transformação do registro da sociedade anônima, na hipótese do art. 206, I, d, da Lei n. 6.404/1976, em empresário individual ou empresa individual de responsabilidade limitada.
	
	
	
	
	
	
	
	SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
	
	
	
	
	
	
	
	SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	SOCIEDADE LIMITADA
	
	
	
	
	STJ 3aT 
	420
	Sociedade Limitada - Dissolução Parcial
	Na generalidade dos casos, a retirada de sócio de sociedade por quotas de responsabilidade limitada dá-se pela ação de dissolução parcial, com apuração de haveres, para a qual têm de ser citados os demais sócios e a sociedade.
	STJ 3aT
	479
	Sociedade Limitada - quebra de "affectio societatis" não é suficiente para a exclusão de sócios
	no pedido de dissolução parcial de sociedade por cotas de responsabilidade limitada, a alegação de quebra da affectio societatis não é suficiente para a exclusão de sócios. De acordo com a Min. Relatora, deve ser demonstrada a justa causa, ou seja, os motivos que ocasionaram essa quebra, comprovando-se o inadimplemento do dever de colaboração social e especificando-se os atos que teriam prejudicado a consecução do fim social da sociedade empresária.
	
	Questão TRF1
	
	A lei que dispõe sobre as sociedades por ações reconhece como essencial o direito de o acionista B) fiscalizar a gestão dos negócios sociais e retirar-se da sociedade nos casos previstos em lei.
	CJF
	Enunciado 484
	
	Enunciado484 - V Jornada CJF
Art. 1074, § 1º: Quando as deliberações sociais obedecerem à forma de reunião, na sociedade limitada com até 10 (dez) sócios, é possível que a representação do sócio seja feita por outras pessoas além das mencionadas no § 1º do art. 1.074 do Código Civil (outro sócio ou advogado), desde que prevista no contrato social.
	CJF
	Enunciado 485
	
	Enunciado 485 - V Jornada CJF
Art. 1.076: O sócio que participa da administração societária não pode votar nas deliberações acerca de suas próprias contas, na forma dos arts. 1.071, I, e 1.074, § 2º, do Código Civil.
	
	Oral TRF5
	Alteração do capital social
	02) O capital social pode ser alterado pelos administradores ou apenas pelos sócios?
Resposta:
Nos termos do artigo 1076, I do Código Civil, a alteração do contrato social, de que depende a alteração do capital, demanda a aprovação de, no mínimo, sócios que representem ¾ do capital social.
	
	
	
	
	
	
	
	SOCIEDADE ANÔNIMA
	 
	 
	 
	 
	
	Oral TRF1
	SA 
	1) Como o senhor definiria uma S/A? Porque ela se chama anônima?
Resposta:
Em seu curso de Direito Comercial, Fábio Ulhoa Coelho apresenta a seguinte definição: “Anônima é a sociedade empresária com capital social dividido em valores mobiliários representativos de um investimento (as ações), cujos sócios tem, pelas obrigações sociais, responsabilidade limitada ao preço de emissão das ações que titularizam”. Entende-se que a S/A, porque voltada para a atração de grandes investimentos, trata-se de uma sociedade entre anônimos e, por isso, sociedade anônima.
	
	Oral TRF1
	SA - Histórico - Períodos
	2) Quais são os períodos históricos institucionais da S/A? (Outorga, Autorização, Registro, Regulamentação). Qual foi a S/A mais destacada que foi fundada neste período? Banco do Brasil.
Resposta:
Em seu curso de Direito Comercial, Fábio Ulhoa Coelho leciona: “A doutrina divide a trajetória histórica das sociedades anônimas em três períodos: outorga, autorização e regulamentação. No primeiro, a personalização e a limitação das responsabilidade dos acionistas eram privilégios concedidos pelo monarca e, em geral, ligavam-se a monopólios colonialistas. No segundo período, elas decorriam de autorização governamental. No último, bastavam o registro, no órgão próprio. No Brasil, no período colonial e no início do Império, as sociedades anônimas se constituíam por ato de outorga do poder real ou imperial. O Banco do Brasil, por exemplo, foi constituído em 1808, com a chegada da família real portuguesa à sua então colônia, mediante alvará do regente D. João VI.”
	STJ
	Súm 389
	Certidão de assentamento - Pagameto do “Custo do serviço” 
	SÚMULA 389 STJ
A comprovação do pagamento do “custo do serviço” referente ao fornecimento de certidão de assentamentos constantes dos livros da companhia é requisito de procedibilidade da ação de exibição de documentos ajuizada em face da sociedade anônima.
	STJ 4aT
	404
	SA - Dissolução - Ausência de afinidade
	É possível a dissolução de sociedade anônima familiar quando ausente a afinidade entre os sócios.
	CJF
	Enunciado 487
	
	Enunciado 487 - V Jornada CJF
Arts. 50, 884, 1.009, 1.016, 1.036 e 1.080: Na apuração de haveres de sócio retirante (art. 1.031 do CC), devem ser afastados os efeitos da diluição injustificada e ilícita da participação deste na sociedade.
	STJ 4aT
	478
	SA - Aumento de capital - Diminuição da participação acionária
	A suposta má escolha do critério de fixação do preço de emissão das ações, se comprovada, poderá ensejar hipótese de responsabilidade civil dos controladores, que se resolve em perdas e danos, e não em declaração de nulidade de assembleia (art. 117 da mesma lei). Ademais, tal como salientou o acórdão recorrido, a pretensão autoral choca-se com o princípio da preservação da empresa, pois a anulação da deliberação da assembleia inviabilizaria o próprio funcionamento da companhia, além de causar imensuráveis transtornos aos demais acionistas e a terceiros.
	 
	Questão TRF1
	Órgãos - Assembleia Geral
	C) Nas sociedades anônimas, a assembleia geral possui competência privativa para deliberar sobre transformação, fusão, incorporação e cisão da companhia, sua dissolução e liquidação, eleger e destituir liquidantes assim como para julgar-lhes as contas.
(C) – GABARITO PRELIMINAR
Lei 6.404/76. Art. 122. Compete privativamente à assembléia-geral: VIII - deliberar sobre transformação, fusão, incorporação e cisão da companhia, sua dissolução e liquidação, eleger e destituir liquidantes e julgar-lhes as contas;
	
	Oral TRF2
	SA - Transformação
	1) O que é o fenômeno da transformação?
Resposta:
Em seu curso de Direito Comercial, Fábio Ulhoa Coelho leciona: “Transformação é a mudança do tipo da sociedade empresária. Por essa operação, por exemplo, a limitada se torna anônima, ou vice-versa. Na transformação, permanece a mesma pessoa jurídica, submetida, porém, ao regime do novo tipo adotado.”
	
	Oral TRF2
	SA - Transformação
	2) A mudança de título jurídico – a transformação de uma companhia em ltda. e vice versa -implica em alguma perturbação da atividade empresária, i.é, ocorre sem solução de continuidade?
Resposta:
Sobre o procedimento da transformação, dispõe a Lei nº 6.404/76: “Art. 221. A transformação exige o consentimento unânime dos sócios ou acionistas, salvo se prevista no estatuto ou no contrato social, caso em que o sócio dissidente terá o direito de retirar-se da sociedade. Parágrafo único. Os sócios podem renunciar, no contrato social, ao direito de retirada no caso de transformação em companhia.” Por sua vez, em seu curso de Direito Comercial, Fábio Ulhoa Coelho leciona: “Na transformação, devem ser observadas as regras de constituição de sociedade aplicáveis ao novo tipo. Os sócios da limitada, para transformarem em anônima, devem reunir-se em assembleia de fundação, lavrando a respectiva ata, ou comparecer perante o tabelião, para assinatura da escritura de constituição. Os acionistas da anônima, por sua vez, devem assinar o contrato social. Nenhum outro ato dos sócios é preciso para a mudança do tipo.” Não há previsão, pois, de interrupção das atividades.
	 
	Questão TRF1
	Transformação
	A) A transformação determina a extinção das sociedades que se unem para formar sociedade nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
Lei 6.404/76. Art. 220. A transformação é a operação pela qual a sociedade passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro.
	
	Oral TRF2
	Cisão
	5) O que é uma cisão?
Resposta:
Em seu curso de Direito Comercial, Fábio Ulhoa Coelho leciona: “A cisão é a operação pela qual uma sociedade empresária transfere para outra, ou outras, constituídas para essa finalidade ou já existentes, parcelas do seu patrimônio, ou a totalidade deste. Quando a operação envolve a versão de parte dos bens da cindida em favor de uma ou mais sociedade, diz-se que a cisão é parcial; quando vertidos todos os bens, total. Neste último caso, a sociedade cindida é extinta. Por outro lado, se a sociedade empresária para a qual os bens são transferidos já existe, a operação obedece às regras da incorporação (LSA, art. 229, § 3º).”
6) Quando a cisão é parcial e essa a parcela cindida é incorporada numa sociedade já existente, como fica a questão da solidariedade? Essa divisão de responsabilidade é oponível perante o Fisco?
Resposta:
“A companhia cindida que subsistir e as que absorverem parcelas do seu patrimônio responderão solidariamente pelas obrigações da primeira anteriores à cisão.(...) O ato de cisão parcial poderá estipular que as sociedades que absorverem parcelas do patrimônio da companhia cindida serão responsáveis apenas pelas obrigações que lhes forem transferidas, sem solidariedade entre si ou com a companhia cindida (...)” (Lei 6.404/76, art. 233). Tal convenção particular, porém, não é oponível ao fisco (CTN, art. 123). (obs.: na verdade há divergência quanto à aplicabilidade do dispositivo em relação àsdividas fiscais, havendo forte corrente no sentido de ser possível a oposição frente ao Fisco, que teria prazo para se manifestar)
	 
	Questão TRF1
	Cisão
	B) Na cisão com extinção da companhia cindida, as sociedades que absorverem parcelas do patrimônio da referida companhia responderão subsidiariamente pelas obrigações da companhia extinta.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
Lei 6.404/76. Art. 229. § 1º Sem prejuízo do disposto no artigo 233, a sociedade que absorver parcela do patrimônio da companhia cindida sucede a esta nos direitos e obrigações relacionados no ato da cisão; no caso de cisão com extinção, as sociedades que absorverem parcelas do patrimônio da companhia cindida sucederão a esta, na proporção dos patrimônios líquidos transferidos, nos direitos e obrigações não relacionados.
	 
	Questão TRF1
	Fusão
	D) A fusão não depende do consentimento de todos os sócios, salvo se prevista na ata da assembleia, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
	
	Oral TRF2
	Incorporação - Sucessão universal
	3) O que é uma incorporação. O que acontece com os patrimônios das pessoas jurídicas (incorporadora e incorporada)? Reformulando: conceitue juridicamente a figura desta “absorção” patrimonial; Quando eu incorporo o patrimônio de outra sociedade em que há um somatório de elementos patrimoniais, ou seja, existe alguma coisa que acontece relativamente às posições jurídicas titularizadas pela incorporada até o momento passa a ser da incorporadora. Sob o ponto de vista jurídico o que acontece? Por exemplo, a relação de crédito que incorporada tenha com terceiros, a incorporadora assume que posição? Qual a titulação dos elementos patrimoniais – ativos e passivos – da incorporadora quando ocorre a incorporação? (Há uma sucessão.) E essa sucessão se dá em caráter singular ou universal? Ou seja, se dá posição jurídica à posição jurídica ou se dá como, por exemplo, na morte civil em que há sucessão universal?
Resposta:
“Incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações” (Lei nº 6.404/76, art. 227). Neste mesmo sentido, dispõe o artigo 1.116 do Código Civil. Trata-se de sucessão universal, pois todo o patrimônio jurídico (ativo e passivo) é transferido da incorporada para a incorporadora. (Ferri: "Dá-se, portanto, necessariamente, uma sucessão a título universal da sociedade incorporadora ou que resulta da fusão no patrimônio das sociedades que, em conseqüência da fusão, perdem a sua autonomia.")
4) A partir deste conceito de sucessão universal como fica a responsabilidade da incorporadora relativamente às obrigações da incorporada perante terceiros, Fisco inclusive?
Resposta:
Considerando que a incorporada absorve todo o patrimônio da incorporada, patrimônio este que representa a garantia dos credores deste, outra conclusão não resta senão a de que a incorporada torna-se devedora dos débitos da incorporada, inclusive fiscais. No ponto, convém lembrar o art. 1.122 do Código Civil, segundo o qual “Até 90 (noventa) dias depois de publicados os atos relativos à incorporação, fusão ou cisão, o credor anterior, por ela prejudicado, poderá promover judicialmente a anulação deles.”
	 
	Questão TRF1
	Incorporação
	E) A sociedade que houver de ser incorporada tomará conhecimento desse ato, e, se o aprovar, autorizará os administradores a praticar o necessário à incorporação, não podendo haver a subscrição de bens.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
Lei 6.404/76. Art. 227. § 2º A sociedade que houver de ser incorporada, se aprovar o protocolo da operação, autorizará seus administradores a praticarem os atos necessários à incorporação, inclusive a subscrição do aumento de capital da incorporadora.
	
	Oral TRF2
	Operações como planejamento tributário
	8) Quando as operações societárias são utilizadas como instrumento de economia fiscal ou como etapa de projetos de planejamento fiscal, essas operações podem ser desfeitas? Essas operações são desconsideráveis? São ineficazes sob o ponto de vista do agente público?
Resposta:
Em seu curso de Direito Comercial, Fábio Ulhoa Coelho leciona: “As operações de incorporação, fusão e cisão, na maioria das vezes, podem ter por objetivo o planejamento tributário (para compensar perdas de uma sociedade com lucros de outro do mesmo grupo, observados os limites admitidos em lei)”. Assim, enquanto permanecerem no campo da licitude (ex: ausência de simulação), pode-se concluir que o agente público não pode desconsiderá-las. Porém, havendo simulação, torna-se aplicável a norma antielisiva prevista no parágrafo único do artigo 116 do CTN: “a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimento a serem estabelecidos me lei ordinária”.
	
	Oral TRF2
	Dissolução
	7) Como se dá a dissolução de uma sociedade? Ela perde a personalidade jurídica?
Resposta:
Em seu curso de Direito Comercial, Fábio Ulhoa Coelho leciona: “A dissolução, entendida como procedimento de terminação da personalidade jurídica da sociedade empresária, abrange três fases: a dissolução (ato ou fato desencadeante), a liquidação (solução das pendências obrigacionais da sociedade) e a partilha (repartição do acervo entre os sócios)”. 
	
	Oral TRF2
	Ato abusivo - União como controladora
	Na hipótese em que há uma sociedade de economia mista controlada pela União pergunta-se: a União pode ser sujeito de abuso de controle com base na lei das S/A? Pode praticar ato abusivo na qualidade de controladora de uma companhia? Sim ou não e por quê? A S.E.M. se submete à lei das S/A?
Resposta:
Segundo a Lei 6.404/76: (i) “as sociedades anônimas de economia mista estão sujeitas a esta Lei” (art. 235); (ii) “a pessoa jurídica que controla a companhia de economia mista tem os deveres e responsabilidade do acionista controlador” (art. 238); (iii) “o acionista controlador responde pelos danos causados por atos praticados com abuso de poder” (art. 117). Por conseguinte, é possível concluir que a União pode ser sujeito ativo de abuso de poder de controle, até porque entendimento contrário redundaria na irresponsabilidade do poder público, desfecho em nada compatível com o ordenamento.
	
	Oral TRF5
	Responsabilidade Sócios
	1) Discorra sobre a responsabilidade dos sócios.
Resposta:
A responsabilidade dos sócios das pessoas jurídicas que exercem atividades de empresário irá depender, basicamente, do tipo empresarial escolhido para a atividade.
Em comum, há ao menos a limitação da responsabilidade, que é o patrimônio de afetação, assim entendido o conjunto de bens destinados ao exercício da atividade. As obrigações ligadas à empresa, ainda que não haja personalidade jurídica, será inicialmente suportada pelo referido patrimônio.
Já no que tange às diferenciações, tem-se basicamente o que segue:
Na sociedade em comum, que não tem personalidade jurídica, todos respondem pelas dívidas sociais, de forma ilimitada, ressalvado o já citado patrimônio de afetação (art. 990).
Na sociedade em conta de participação, apenas o sócio ostensivo exerce a atividade empresarial e apenas ele responde pelas dívidas sociais. A especialização patrimonial somente produz efeitos entre os sócios (art. 994, §1º)
Nas sociedades em nome coletivo, já há personalidade jurídica, mas a responsabilidade é ilimitada, embora os sócios possam, entre si, fazer pactos limitativos de responsabilidade (art.1.039, §único).
Nas sociedades em comandita por ações, o sócio em geral tem responsabilidade limitada ao valor subscrito, ao passo em que o sócio administrador terá responsabilidade subsidiária, mas ilimitada e solidária (entre si) pelas obrigações da sociedade (art. 282, LSA)
Nas sociedades em comantida simples, os sócios comanditados são responsabilizados solidária e ilimitadamente, enquanto os comanditários respondemapenas pelo valor de suas cotas.
Nas sociedades limitadas, a responsabilidade dos sócios é limitada ao valor de suas cotas, mas respondem pela integralização do capital social.
Nas sociedades anônimas, os sócios respondem apenas e tão somente pela integralização da sua cota social, não havendo que se falar sequer em responsabilidade pela integralização das demais.
	STJ 3aT
	500
	Responsabilidade civil - administradores
	Para o ajuizamento da ação de responsabilidade civil contra os administradores da sociedade anônima, é necessária a prévia propositura da ação de anulação da assembleia geral que aprovou as contas da sociedade.
Somente após o trânsito em julgado da sentença que julgar procedente a ação anulatória da assembleia (pela ocorrência de erro, dolo, fraude ou simulação), será possível ajuizar a ação de responsabilidade.
Os Ministros consideraram que a regra do art. 134, § 3º, da LSA é especial em relação ao art. 159 do mesmo diploma legal, de modo que a companhia deve primeiro conseguir anular a assembleia que aprovou as contas, alegando a ocorrência de erro, dolo, fraude ou simulação. Só após essa providência é que será possível a ação de responsabilidade.
Art. 134 (...)
§ 3º A aprovação, sem reserva, das demonstrações financeiras e das contas, exonera de responsabilidade os administradores e fiscais, salvo erro, dolo, fraude ou simulação (artigo 286).
Art. 159. Compete à companhia, mediante prévia deliberação da assembleia-geral, a ação de responsabilidade civil contra o administrador, pelos prejuízos causados ao seu patrimônio.
4aT tem decisão no mesmo sentido
	 
	Oral TRF1
	SA - Valores Mobiliários
	 3) O que são valores mobiliários? Do lado da empresa são instrumentos?
Resposta:
Em seu curso de Direito Comercial, Fábio Ulhoa Coelho leciona: “Valores mobiliários são instrumentos de captação de recurso pelas sociedades anônimas emissoras e representam, para quem os subscreve ou adquire, um investimento.”
4) Quais seriam os exemplos de valores mobiliários?
Resposta:
Diz a Lei nº 6.385/76, com redação dada pela Lei nº 10.303/01: “Art. 2º São valores mobiliários sujeitos ao regime desta Lei: I - as ações, debêntures e bônus de subscrição; II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários referidos no inciso II; III - os certificados de depósito de valores mobiliários; IV - as cédulas de debêntures; V - as cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de investimento em quaisquer ativos; VI - as notas comerciais; VII - os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários; VIII - outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes; e IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros.” 
	
	Oral TRF1
	SA - Valores Mobiliários - Bônus de Subscrição
	5) O que é um bônus de subscrição? Quando um investidor adquire este bônus, ele não estaria realizando a compra de uma ação?
Resposta:
Em seu curso de Direito Comercial, Fábio Ulhoa Coelho leciona: “Bônus de subscrição é o valor mobiliário que atribui ao seu titular o direito de preferência para subscrever novas ações da companhia emissora, quando de futuro aumento de capital social.” Portanto, quando um investidor adquire este bônus, ela não compra ações, mas apenas o direito de preferência sobre ações futuras.
	
	
	
	
	
	
	
	SOCIEDADE COMANDITA POR AÇÃO
	
	
	
	
	
	
	
	SOCIEDADE COOPERATIVA
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	PROPRIEDADE INDUSTRIAL
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	B) O titular fica sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se exercer os direitos dela decorrentes de forma abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder econômico, comprovado nos termos da lei, por decisão administrativa ou judicial.
(C) – GABARITO PRELIMINAR 
-(art. 132, Lei 9.279/96).
	STJ 3aT STJ 2aS
	420 432
	Patente - Pipeline
	Info 420 - 3aT: O regime de patente nominado pipeline autoriza a revalidação, no território nacional, de patente concedida ou depositada em outro país. Para sua concessão, o princípio da novidade é mitigado e sequer são examinados os requisitos usuais para a patente. Então, é clara sua natureza excepcional, de caráter temporário, pois esse regime não é previsto em tratados internacionais. Vem daí a necessidade de ser interpretado restritivamente, seja por contrapor o sistema comum de patentes seja por restringir a concorrência e a livre iniciativa. Seu prazo de proteção nesse país deve ser o remanescente que a patente tem no exterior, contado a partir da data do primeiro depósito no sistema de concessão original (o primeiro depósito no exterior), prazo que deve incidir desde a data do depósito no Brasil, limitado tal período a 20 anos. Arts. 40 e 230, § 4º, da Lei n. 9.279/1996; art. 33 do Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (TRIPS) e art. 4º bis da Convenção de Paris para a Proteção da Propriedade Industrial (CUP). O mesmo entendimento foi dado pela 2aS no Info 432.
	STJ 4a T
	462
	Propriedade Industrial –Patente Pipeline – Modificação superveniente no país de origem e prorrogação do prazo no Brasil
	Não há previsão legal para que eventuais modificações supervenientes de legislação estrangeira do país onde foi realizado o depósito da patente possam implicar prorrogação do prazo de patente pipeline no Brasil. Tal procedimento, se adotado, segundo o Min. Relator, geraria insegurança jurídica e violaria o princípio da independência das patentes e a própria soberania do país. É cediço que as patentes pipelines, com plena vigência no art. 230 da Lei n. 9.279/1996, são transitórias e equivalem a uma revalidação no Brasil das patentes de produtos em desenvolvimento concedidas no exterior, observados os requisitos impostos no país de origem no momento do depósito da revalidação.
	STJ
	Jurisp
	Propriedade Industrial
	Mesmo vigente o TRIPs desde 1º/1/1995, conforme sua ratificação e promulgação, a regra contida em seu art. 65, II, por constituir uma ressalva concedida ao Brasil, sintetiza direito norteador ao reconhecimento de que a entrada em vigor do acordo ocorreu apenas em 1º/1/2000. Não há suporte legal nem obrigação do Brasil de garantir às patentes de invenção depositadas em data anterior a 1º/1/2000 a prorrogação por cinco anos do prazo de validade, originalmente estabelecido em 15 anos, mediante a aplicabilidade direta e sem reservas do ADPICs. (TRF2 tinha posição [já modificada] no sentido oposto, em função da adoção da teoria dualista sobre a relação entre direito interno e internacional - o fato da publicação do decreto faria com que vigisse na ordem interna a partir da sua publicação, apesar da faculdade contida no tratado, que valeria apenas no cenário internacional. A posição atual é pela segurança do ato jurídico perfeito em que a patente foi concedida com prazo específico e a prorrogação do prazo violaria essa segurança)
	STJ 3aT
	482
	Propriedade Industrial
	a proteção decorrente do registro da marca "Disque Amizade 145" e da patente sobre a correlata invenção (serviço oferecido) no INPI tem o condão de propiciar ao seu titular o direito de exploração exclusiva da aludida marca do serviço e do serviço respectivamente. A alteração do mencionado código telefônico consubstancia matéria exclusivamente afeta aos termos do contrato de concessão entabulado entre as partes, bem como às normas regulatórias do setor de telecomunicações expedidas pela Anatel, não importando afronta à utilização exclusiva da marca "Disque Amizade 145" e da correlata invenção. 
	STJ 3aT
	481
	Proteção do depositante
	Discute-se no REsp se o depósito de marca juntoao INPI confere ao depositante o direito à sua proteção independentemente do registro. A Turma entendeu que o acórdão recorrido violou o art. 130, III, da Lei n. 9.279/1996, que é expresso em conferir também ao depositante – e não apenas ao titular do registro da marca – o direito de “zelar pela sua integridade material ou reputação”. Mas a demora na outorga do registro não pode andar a favor do contrafator. Assim, não apenas ao titular do registro, mas também ao depositante é assegurado o direito de zelar pela integridade material ou reputação da marca, conforme o disposto no citado artigo, configurando-se o interesse processual.
	 
	Questão TRF1
	 
	D) A ação de nulidade poderá ser ajuizada a qualquer tempo da vigência da patente, perante a justiça estadual, pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial ou por qualquer pessoa com legítimo interesse.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-Lei 9.279/96. Art. 56. A ação de nulidade poderá ser proposta a qualquer tempo da vigência da patente, pelo INPI ou por qualquer pessoa com legítimo interesse.
Art. 57. A ação de nulidade de patente será ajuizada no foro da Justiça Federal e o INPI, quando não for autor, intervirá no feito.
	STJ 3aT
	493
	Propriedade industrial - competência
	Para que o juízo estadual negue a proteção conferida pelo registro da marca ou do desenho industrial, é necessário que, antes, a invalidade desse registro tenha sido reconhecida pelo juízo federal competente, em processo que conte com a participação do INPI. 
Ainda que a LPI preveja, em seu art. 56, §1º, a possibilidade de alegação de nulidade do registro como matéria de defesa, a melhor interpretação de tal dispositivo aponta no sentido de que ele deve estar inserido numa ação que discuta, na Justiça Federal, a nulidade do registro. Não faria sentido exigir que, para o reconhecimento da nulidade pela via principal, seja prevista uma regra especial de competência e a indispensável participação do INPI, mas para o mero reconhecimento incidental da invalidade do registro não se exija cautela alguma. 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	INVENÇÃO
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	E) A patente de invenção deve atender aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial e vigorará pelo prazo de quinze anos, contados da data de depósito.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-Lei 9.279/96. Art. 40. A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos e a de modelo de utilidade pelo prazo 15 (quinze) anos contados da data de depósito.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	MODELO DE UTILIDADE
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	 C) A patente de modelo de utilidade que envolva descoberta abrange as teorias científicas e métodos matemáticos, vigorando pelo prazo de vinte anos, contados da data de depósito.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-Lei 9.279/96. Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade: I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos;
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	DESENHO INDUSTRIAL
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	MARCA
	 
	 
	 
	 
	STJ
	Súm 142
	Marca - Ação - abstenção do uso de marca - Prazo
	Súmula: 142 [cancelada]
PRESCREVE EM VINTE ANOS A AÇÃO PARA EXIGIR A ABSTENÇÃO DO USO DE MARCA COMERCIAL.
Obs: Atualmente, é de 10 anos entre presentes, e 15 anos, entre ausentes, o prazo prescricional para ações que discutam a abstenção do uso do nome ou da marca comercial (AgRg no REsp 981.004)
	STJ
	Súm 143
	Marca - Ação de perdas e danos - Prazo
	Súmula 143 STJ
Prescreve em cinco anos a ação de perdas e danos pelo uso de marca comercial.
	 
	Questão TRF1
	 
	A) O titular da marca pode impedir que comerciantes ou distribuidores utilizem sinais distintivos que lhes sejam próprios, juntamente com a marca do produto, para a sua promoção e comercialização.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-Lei 9.279/96 - Art. 132. O titular da marca não poderá: I - impedir que comerciantes ou distribuidores utilizem sinais distintivos que lhes são próprios, juntamente com a marca do produto, na sua promoção e comercialização;
	STJ 3aT
	443
	Propriedade Industrial
	O Brasil adota o sistema atributivo, segundo o qual somente com o registro da marca no INPI é que se garante o direito de propriedade e de uso exclusivo a seu titular, a não ser que se trate de marca notoriamente conhecida.
	STJ 3aT
	443
	Marca
	O direito à exclusividade do uso da marca, em razão de seu registro no INPI, limita-se à classe para a qual foi concedido, não alcançando outros produtos, não similares, enquadrados em classes diversas, excetuados os casos de marcas “notórias”. (no caso, um produto era laticínio e outro era massa alimentícia, farinha e fermento - como fazem parte de categorias distintas dentro da classificação do INPI, puderam usar concomitante a marca)
	STJ
	Questão
	Propriedade Industrial
	o STJ entendeu que se, de um lado, a nulidade opera eficácia retroativa (ex tunc) – porque o vício na constituição do registro da marca impõe o desfazimento de todos seus efeitos -, de outro, a caducidade somente possui efeitos prospectivos (ex nunc), pois, em realidade, nenhum vício torna inválida a anterior concessão e manutenção do registro.
	STJ 2aS
	480
	Caducidade
	A Seção, ao prosseguir o julgamento, por maioria, acolheu os embargos ao reconhecer os efeitos prospectivos (ex nunc) da declaração de caducidade do registro da marca industrial. Enquanto, se fossem os efeitos da declaração de caducidade ex tunc, na hipótese de um terceiro interessado apropriar-se daquela marca, esse estaria legitimado a pedir lucros cessantes referentes a todos os antigos proprietários. Consectário disso seria o início de uma reação em cadeia de ações de regresso até que o penúltimo prejudicado pela inércia consiga cobrar do último o prejuízo decorrente da abstenção de uso, gozo ou fruição do sinal industrial.
	STJ 4aT
	481
	Marca
	Aduz ainda que tolerar que se possam recondicionar produtos, sem submissão ao controle e aos padrões adotados pelo titular da marca – que também comercializa o produto no mercado –, significaria admitir a inequívoca confusão ocasionada ao consumidor que, ao adquirir produto da marca, espera obter bem de consumo que atenda a determinado padrão de qualidade e confiabilidade que associa ao signo
	STJ 3aT
	477
	Marca - Limitação
	o Min. Relator esclarece que a recorrente pretende obter exclusividade sobre o uso da marca de palavras comuns desprovido de origem que, isolada ou conjuntamente, descreve o produto comercializado. Assim, o acolhimento de tal pretensão acabaria por criar monopólio indevido, pois os concorrentes ficariam impedidos de anunciar a comercialização de portas prontas, o que é vedado pelo art. 124 da Lei n. 9.279/1996. 
	STJ 3aT
	472
	Marca - Limitação
	não sendo possível vislumbrar identidade entre as referidas marcas apta a ensejar confusão e captação indevida de consumidores, não há falar, no caso, em ofensa ao art. 195 da referida lei ante a inexistência de concorrência desleal.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	DIREITOS AUTORAIS
	 
	 
	 
	 
	STJ
	Súm 228
	Direito autoral - interdito proibitório
	Súmula: 228 STJ
É inadmissível o interdito proibitório para a proteção do direito autoral.
	STJ 3aT
	478
	Direitos autorais - reprodução sem intenção de lucro
	com o advento da Lei n. 9.610/1998 (Lei dos Direitos Autorais), não se exige a utilidade econômica do evento como condição para a cobrança de direitos autorais, ou seja, esses direitos podem ser cobrados também nas hipóteses em que a execução pública da obra protegida não é feita com o intuito de lucro.
	STJ 4a T
	467
	Responsabilidade - Trabalho artístico - Ausência de autorização
	quando a utilização do trabalho artístico possui intuito comercial (direta ou indiretamente) e não há autorização do artista para tanto, deve ser observado o disposto nos arts. 77 e 78 da LDA, ficando caracterizada a ofensa ao seu direito autoral. Ressaltou, com base na doutrina, que o fato de a obraestar localizada em logradouro público não altera a titularidade dos direitos patrimoniais do autor sobre ela, diferentemente da obra disposta em domínio público, em que essa titularidade inexiste ou cessou e, por isso mesmo, sua utilização é livre.
	STJ - 4aT
	404
	Software - Prova - Licença de uso
	A principal questão discutida no REsp foi analisar a determinação contida no art. 9º da Lei n. 9.609/1998, ou seja, se a licença de uso de software só pode ser provada por contrato de cessão de direito ou notas fiscais (interpretação restritiva) ou se poderia ser comprovada por outros meios legais (interpretação mais ampla). Para a tese vencedora, inaugurada pelo Min. Luis Felipe Salomão, apesar de o art. 9º da citada lei fazer remissão expressa ao contrato de licença e ao documento fiscal como meios hábeis de provar a regularidade do uso de software, esse artigo não excluiu expressamente outros meios de prova. 
	STJ - 4aT
	404
	Software - Utilização ilegal - Danos Materiais - Quantificação
	A quantificação dos danos materiais pela utilização ilegal de software deve dar-se como disposto no art. 103 da Lei n. 9.610/1998 (Lei dos Direitos Autorais).
	STJ 3aT
	429
	Software - Art. 103, p.u.
	A sanção do art. 103, parágrafo único, da Lei n. 9.610/1998 tem sua aplicação condicionada à impossibilidade de identificação numérica da contrafação. Como a perícia especificou e apurou a quantidade de programas utilizados pela recorrida, é indevido o arbitramento da indenização por meio da multiplicação da quantidade de programas utilizados irregularmente por três mil vezes seu valor de mercado. A fixação do valor da indenização pela prática de contrafação, deve observar a razoabilidade. Condenou-se ao pagamento equivalente a dez vezes o valor de mercado dos programas de computador contrafaceados.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	LEI DE FALÊNCIA
	 
	 
	 
	 
	STJ
	Súm 361
	Falência - Notificação do protesto - identificação da pessoa que recebe
	SÚMULA 361 STJ
A notificação do protesto, para requerimento de falência da empresa devedora, exige a identificação da pessoa que a recebeu.
	STJ
	Súm 280
	Falência - Prisão do Falido
	Súmula 280 STJ
O art. 35 do Decreto-Lei n° 7.661, de 1945, que estabelece a prisão administrativa, foi revogado pelos incisos LXI e LXVII do art. 5° da Constituição Federal de 1988.
➔a antiga lei de falência permitia a decretação da prisão do falido, hipótese de prisão civil que não teria sido recepcionado pela CF/88.
	STJ 2aS
	400
	Liquidação Extrajudicial
	Compete ao juízo do foro do domicílio do consumidor processar e julgar ação de repetição de valores pagos à entidade de previdência privada em liquidação extrajudicial, bem como a indenização por danos morais. Não obstante as disposições das Leis ns. 10.190/2001, 6.024/1974 e 11.101/2005 (Lei de Falência), aplicáveis, no que couber, às entidades de previdência privada, quanto à liquidação extrajudicial, no caso, não se concluiu necessariamente pela fixação da competência em razão do juízo universal, por se entender que prevalece o art. 101, I, do CDC, coerente com a Súm. n. 321/STJ (O Código de Defesa do Consumidor é aplicável à relação jurídica entre a entidade de previdência privada e seus participantes) 
	STJ 3aT
	480
	Falência - Extensão dos efeitos da falência de uma empresa à outra - Decisão incidental
	A Turma entendeu ser possível estender os efeitos da falência de uma empresa a outra, por decisão incidentalmente proferida, sem a oitiva da interessada, na hipótese em que não há vínculo societário direto entre as empresas, mas em que há suspeitas de realização de operações societárias para desvio de patrimônio da falida nos anos anteriores à quebra, inclusive com a constituição de sociedades empresárias conjuntas para esse fim. A cadeia societária descrita no caso demonstra a existência de um modus operandi que evidencia a influência de um grupo de sociedades sobre o outro, seja ele ou não integrante do mais amplo. Logo, é possível coibir esse modo de atuação mediante o emprego da técnica da desconsideração da personalidade jurídica, ainda que para isso lhe deva dar nova roupagem. A Turma reafirmou ainda que se pode estender o efeito do decreto de falência a sociedades coligadas do falido sem a necessidade de ação autônoma.
	STJ 3aT
	495
	Falência - competência
	A competência para processar e julgar o pedido de falência de empresa em liquidação extrajudicial, ou seja, sob intervenção do BACEN é da Justiça Estadual (e não da Justiça Federal).Terceira Turma. REsp 1.162.469-PR, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, DJ 12/4/2012.
	STJ 3aT
	498
	Falência - controle judicial
	A assembleia de credores é soberana em suas decisões quanto aos planos de recuperação judicial. Contudo, as deliberações desse plano estão sujeitas aos requisitos de validade dos atos jurídicos em geral, requisitos esses que estão sujeitos a controle judicial.
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	
	No curso do processo falimentar, é cabível ação revocatória a ser proposta pelo administrador judicial, pelo sócio cotista, por terceiro interessado ou pelo MP, no prazo de cinco anos, contado da decretação da falência, conforme expressa disposição legal. - ERRADA
Art. 130. São revogáveis os atos praticados com a intenção de prejudicar credores, provando-se o conluio fraudulento entre o devedor e o terceiro que com ele contratar e o efetivo prejuízo sofrido pela massa falida.
Art. 131. Nenhum dos atos referidos nos incisos I a III e VI do art. 129 desta Lei que tenham sido previstos e realizados na forma definida no plano de recuperação judicial será declarado ineficaz ou revogado.
 
Art. 132. A ação revocatória, de que trata o art. 130 desta Lei, deverá ser proposta pelo administrador judicial, por qualquer credor ou pelo Ministério Público no prazo de 3 (três) anos contado da decretação da falência.
	STJ
	Súm 307
	Concurso - Preferência - Adiantamento de contrato de câmbio - Preferência
	Súmula: 307 STJ
A restituição de adiantamento de contrato de câmbio, na falência, deve ser atendida antes de qualquer crédito.
	STJ
	Súm 478
	Concurso - Preferência - Cotas condominiais - Preferência sobre crédito hipotecário
	Súmula 478, STJ:
Na execução de crédito relativo a cotas condominiais, este tem preferência sobre o hipotecário.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	COMPETÊNCIA JURISDICIONAL
	 
	 
	 
	 
	STJ 2aS
	378
	Competência - Recuperação e Falência - Questões trabalhistas
	Ao juízo trabalhista compete, tão-somente, a análise da matéria referente à relação de trabalho, ficando a cargo do juízo da recuperação judicial todo o questionamento a respeito da satisfação do respectivo crédito (execução). 
	STF Pleno
	548
	Competência - Recuperação e Falência - Questões trabalhistas
	Compete à Justiça Comum o julgamento de execução de créditos trabalhistas contra empresas em processo falimentar ou em recuperação judicial. A execução de todos os créditos, inclusive os de natureza trabalhista, deve ser processada no juízo falimentar. Tais regras consagram o princípio da universalidade do juízo falimentar, que exerce uma vis attractiva sobre todas as ações de interesse da massa falida, caracterizando a sua individualidade. Afastada a regra da execução individual dos créditos, instaura-se, em substituição, o concurso de credores, a permitir a concretização do princípio da par condicio creditorum, que garante tratamento isonômico a todos os credores de uma mesma categoria na percepção do que lhes é devido.
	STJ 2aS
	453
	Competência. Recuperação judicial
	não há conflito de competência quando a execução promovida pela Justiça trabalhista recai sobre o patrimônio dos sócios da empresa em recuperação judicial. Salientou-se, contudo, ser exceção a essa regra a hipótese de o juízo da recuperação igualmente decretar a desconsideração da personalidade jurídica para atingir os mesmos bens e pessoas, ainda que posteriormente – o que limitaria a aplicação, pelo juízo laboral, da disregard doctrineaos sócios de empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico –, caso em que prevalece a competência do juízo da recuperação
	STJ 4aT
	478
	Competência - Aluguel de imóvel arrecadado na falência
	A Seção conheceu do conflito e declarou competente o juízo falimentar para decidir o destino dos aluguéis referentes aos imóveis arrecadados na falência.
	CJF
	Enunciado 466
	Competência - Sede - Definição
	Enunciado 466 - V Jornada CJF
Arts. 968, IV, parte final, e 997, II: Para fins do Direito Falimentar, o local do principal estabelecimento é aquele de onde partem as decisões empresariais, e não necessariamente a sede indicada no registro público.
	STJ
	Súm 480
	Competência - Bens não abrangidos pelo plano de recuperação
	Súmula 480 STJ
O juízo da recuperação judicial não é competente para decidir sobre a constrição de bens não abrangidos pelo plano de recuperação da empresa.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	RECUPERAÇÃO JUDICIAL
	 
	 
	 
	 
	STJ 2aS
	
	Recuperação Judicial - Término do prazo legal de 180 dias - Prosseguimento das execuções individuais
	A posição firmada pelo STJ é que o prazo de 180 dias previsto no § 4º do art. 6º (“Na recuperação judicial, a suspensão de que trata o caput deste artigo em hipótese nenhuma excederá o prazo improrrogável de 180 dias contado do deferimento do processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial), em que pese a literalidade dessa regra, não é peremptório, de sorte que o seu transcurso não é suficiente para que se tenha o prosseguimento automático das execuções individuais:
Em regra, uma vez deferido o processamento ou, a fortiori, aprovado o plano de recuperação judicial, revela-se incabível o prosseguimento automático das execuções individuais, mesmo após decorrido o prazo de 180 dias previsto no art. 6º, § 4, da Lei 11.101/2005. Precedentes. . (STJ, Segunda Seção, AgRg no CC 116594, Rel. Min. Luis Salomão, DJe de 19/03/2012)
	STJ 2aS
	422
	Recuperação Judicial
	Apesar das divergências na doutrina, este Superior Tribunal tem estabelecido que, aprovado e homologado o plano de recuperação judicial da sociedade empresária, os créditos serão satisfeitos de acordo com as condições ali estipuladas. Dessa forma, mostra-se incabível o prosseguimento das execuções individuais.
	STJ 2a S
	472
	Recuperação judicial – Suspensão – Execução fiscal – Parcelamento
	as execuções de natureza fiscal não são suspensas em razão do deferimento da recuperação judicial, mas nelas é vedado ao juiz praticar atos que comprometam o patrimônio do devedor ou excluam parte dele do processo de recuperação. Ademais, consignou o Min. Relator que, caso o executivo fiscal prossiga, a sociedade empresária em recuperação não poderá valer-se do benefício do parcelamento – modalidade que suspende a exigibilidade do crédito tributário – nos termos dos arts. 155-A, §§ 3º e 4º, do CTN e 6º, § 7º, da Lei n. 11.101/2005. Salientou que a concessão desse incentivo não viola o art. 187 do CTN, porquanto o crédito não perde seus privilégios, apenas passa a ser recolhido de modo diferido a fim de que a sociedade empresária possa adimplir a obrigação tributária de forma íntegra. Concluiu, portanto, que a doutrina e a legislação atuais entendem que às sociedades empresárias, mesmo em recuperação judicial, deve ser assegurado o direito de acesso aos planos de parcelamento fiscal, mantendo, com isso, seu ciclo produtivo, os empregos gerados e a satisfação de interesses econômicos e de consumo da comunidade.
	STJ 2a S
	462
	Competência – Recuperação judicial
	Discussão quanto ao juízo competente (trabalhista ou juízo universal) para decisão em relação à obrigação assumida no plano de recuperação judicial. Por maioria a 2a S do STJ entendeu que se o devedor assumiu, de modo expresso, no plano de recuperação, o dever de adimplir em um ano os débitos trabalhistas, o alegado descumprimento desse dever, ao menos em princípio, não deve autorizar automaticamente a continuação do processo executivo na Justiça do Trabalho. Em vez disso, a questão deve ser levada ao conhecimento do juízo da recuperação, a quem compete, com exclusividade, apurar se o descumprimento ocorreu e fixar as consequências desse descumprimento, podendo chegar à falência do devedor. Observou que a execução dos créditos, nessas hipóteses, deve ser universal e não individual, respeitando-se as regras de pagamento disciplinadas na citada lei em respeito ao princípio par conditio creditorum. Em outras palavras, todas as questões atinentes ao cumprimento do plano de recuperação aprovado devem ser submetidas ao juízo da recuperação judicial.
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	
	De acordo com a legislação de regência, o deferimento do processamento da recuperação judicial de sociedade empresária suspende o curso de todas as ações e execuções que tramitem contra o devedor; contudo, em hipótese nenhuma, a suspensão pode exceder o prazo improrrogável de cento e oitenta dias contado do deferimento do processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial. -CERTA
Gabarito estranho - é cópia do caput e do §4o, mas há exceções no próprio artigo:
 Art. 6o A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário.
 	§ 1o Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia ilíquida.
 	§ 2o É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza trabalhista, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8o desta Lei, serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo crédito, que será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentença.
 	§ 3o O juiz competente para as ações referidas nos §§ 1o e 2o deste artigo poderá determinar a reserva da importância que estimar devida na recuperação judicial ou na falência, e, uma vez reconhecido líquido o direito, será o crédito incluído na classe própria.
 	§ 4o Na recuperação judicial, a suspensão de que trata o caput deste artigo em hipótese nenhuma excederá o prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias contado do deferimento do processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial.
 	§ 5o Aplica-se o disposto no § 2o deste artigo à recuperação judicial durante o período de suspensão de que trata o § 4o deste artigo, mas, após o fim da suspensão, as execuções trabalhistas poderão ser normalmente concluídas, ainda que o crédito já esteja inscrito no quadro-geral de credores.
 	§ 6o Independentemente da verificação periódica perante os cartórios de distribuição, as ações que venham a ser propostas contra o devedor deverão ser comunicadas ao juízo da falência ou da recuperação judicial:
 	I – pelo juiz competente, quando do recebimento da petição inicial;
 	II – pelo devedor, imediatamente após a citação.
 	§ 7o As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica.
 	§ 8o A distribuição do pedido de falência ou de recuperação judicial previne a jurisdição para qualquer outro pedido de recuperação judicial ou de falência, relativo ao mesmo devedor.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	FALÊNCIA
	 
	 
	 
	 
	STJ 4a T
	462
	Lei de Falência – Valor insignificante
	Com fundamento no princípio da preservação

Continue navegando