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TÍTULOS DE CRÉDITOS CONCEITOS E PRINCÍPIOS DIREITO EMPRESARIAL 2017.

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Luís Guilherme, 2017. 
 
 
Título de crédito 
 
Títulos de créditos são documentos representativos de obrigações pecuniárias (Cheque, nota 
promissória ou letra de câmbio). Mais aceita pela doutrina “Título de crédito é o documento 
necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado”. 
Os títulos de créditos são regulados em lei como títulos executivos extrajudiciais, CPC, art. 784, na 
qual se dá na execução imediata daquilo que se deve. 
 
Princípios: 
 
Cartularidade – Literalidade – Autonomia 
 
Cartularidade: o credor tem de provar que se encontra na posse do documento. Não há que se 
falar em exigibilidade sem a apresentação do documento e para a ação de execução é necessário o 
documento originário. 
 
Literalidade: só se exige aquilo que está expresso no título de crédito, ou seja, fora dela fica 
inexigível pleitear a execução do título. 
 
Autonomia: uma prestação nula não atingira as demais. Portanto, no título de crédito pode ter 
várias obrigações, várias assinaturas, com isso, se uma obrigação for nula (incapacidade, assinatura 
falsa, vício redibitório, etc.), não será anulável aos demais. Essa é a grande qualidade, aos 
empresários, do título de crédito. Diferente da cessão de crédito. Portanto, trata-se da 
independência do título de credito, sendo uma característica e não princípio, e, como também a 
solidariedade executiva. 
 
Ex. O comprador emite um cheque, referente à compra de um bem imóvel, e o transfere para o 
devedor e este o transfere, perante o terceiro. 
Com isso o terceiro não poderá ser prejudicado pela relação feita entre o comprador e o vendedor. 
Sendo que o comprador terá a obrigatoriedade de pagar, sem exercer nenhuma defesa pessoal, 
ainda que o bem tenha sido restituído ao vendedor, vício redibitório, (ex. bem imóvel), e poderá ter 
o direito de regresso sobre o vendedor. 
Observação. Importante ressaltar que, caso o comprador não tenha como arcar com a dívida, ou 
dizer que é incapaz, etc., poderá o terceiro protestar o título e escolher aquele a quem deverá 
pagá-lo, neste caso, o vendedor (princípio da solidariedade executiva). 
 
Subprincípios: 
 
Abstração: É aquilo que deu a causa da obrigação, ou seja, a origem da obrigação. 
 
Oponibilidade das exceções pessoais: o terceiro não pode ser prejudicado por vicio que se deu na 
origem da causa, por tanto, não há do que discutir a lide, e sim que se cumpra o título de crédito. 
Diferente da cessão de crédito, CC, art. 294. 
Ricardo negrão[9] aduz: 
 
Por força da abstração as obrigações mantêm-se independentes umas das outras e, por 
decorrência da inoponibilidade das exceções pessoais, os devedores não podem alegar vícios e 
defeitos de suas relações jurídicas contra o portador de boa-fé que não participou do negócio 
jurídico do qual resultou a dívida que lhes é exigida. 
Todas essas características que concernem ao título de crédito dar-se como garantia segura ao 
empresário, e amolda o título de crédito. Em relação aos subprincípios eles coadunam com o 
princípio da autonomia. 
Vendo isso, já se é possível configurar os aspectos do título de crédito, como: 
A) Aquela pessoa que lhe transfere o título, seu devedor, não poderá mais cobrá-lo (Principio da 
Cartularidade); 
B) Todas as questões discutidas, só poderão ser aquelas expressas no título (Principio da 
Literalidade); 
C) Nenhuma relação a qual não o tenha participado poderá prejudicá-lo, ou seja, não terá discussão 
na lide àquilo que deu origem dá obrigação (Princípio da Autonomia). 
 
Conceituando: 
 
Todas as circunstâncias apresentadas funcionam para que se dê mais segurança ao empresário e, 
também, para pessoa física que pode utilizar o título de crédito. Haja vista que nas maiorias das 
vezes o devedor é desconhecido do credor. Como já dito, o título de crédito é uma representativa 
de obrigação pecuniária, não se confundindo com a obrigação de fato. Pelo mesmo modo há 
facilidades concernentes ao título, dentro da celeridade e eficácia, como: 
 
· Título de crédito extrajudicial: Não terá necessidade de discutir a lide, o próprio titulo de crédito 
já impõe a execução, ou seja, tem eficácia no momento em que cobrar o devedor; 
· Possibilita a circulação: Ex. endosso em que faz a circulação do título, não tendo limites, pode 
utilizar em dividas com credores, como garantias a bancos, etc., não há limites. Claro, circulação é a 
faculdade do devedor, pode ele mesmo pagar e extinguir a obrigação; 
· Facilidade e segurança. 
Bibliografias: 
Fabio Ulhoa Coelho, 28º edição (2016); 
Ricardo negrão, vol. 2 - 13º edição, 2017.

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