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Profª Thaís Aires As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Embora a maioria das mortes por DCV ocorra em pessoas com mais de 65 anos, 1/3 delas acontece prematuramente. 2002 16,7 milhões de óbitos, sendo 7,2 milhões por doença arterial coronária (DAC); 2020 35 a 40 milhões de mortes por DAC. Brasil AVC é a principal causa de morte » Doença Arterial Coronária (DAC); » Infarto Agudo do Miocárdio (IAM); » Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC); » Transplante Cardíaco. A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica de origem multifatorial que ocorre em resposta à agressão endotelial, acometendo principalmente a camada íntima de artérias de médio e grande calibre. Caracteriza-se pelo acúmulo de material lipídico no espaço intra e extracelular na camada íntima do endotélio, recoberto por capa fibrosa. ATERO Gordura ESCLEROSE Fibrose Fatores de Risco Modificam a Funcionalida de do Endotélio Torna-se + permeável e Ativo Facilita a entrada de LDL oxidada p/ o espaço subendotelial Processo Aterosclerótico » Dislipidemia; » Hipertensão; » Tabagismo; » Diabetes; » Obesidade; » Sedentarismo; » Hiperhomocisteinemia. ∙ Artérias coronárias: angina, infarto do miocárdio e morte súbita; ∙ Artérias cerebrais: acidente vascular cerebral; ∙ Circulação periférica: claudicação intermitente, isquemia do membro e gangrena. Apresenta evolução lenta e gradual, se inicia na infância e adolescência, é fortemente influenciada por fatores genéticos e estilo de vida e apresenta suas principais manifestações clínicas após 4 ou 5 décadas de evolução. » ↑ CT; » ↑ LDL; » ↑ TG; » ↑ Proteína C-reativa (PCR); » ↓ HDL. » Redução do peso, quando IMC >25Kg/m²; » Modificar o perfil das gorduras alimentares (AGS <7%, AGPI <10% e AGMI <20%); » Diminuir a ingestão de sal (5g/dia); » Acrescentar frutas e vegetais; » Ingerir proteína da soja (25g/dia). A terapia nutricional será adaptada não somente à DAC, como também às doenças relacionadas. É caracterizado pela necrose do músculo cardíaco em resultado de insuficiente perfusão sanguínea. » Dor precordial de forte intensidade; » Sensação de opressão ou queimação; » Sudorese; » Palidez; » Taquicardia. Repouso alimentar (jejum) de 4 a 12h após o evento. Quando iniciar a dieta, levar em consideração: ∙ Pct hemodinamicamente estáveis com incapacidade de alimentação VO SNE; ∙ Pct lúcidos com capacidade de alimentação VO, considerar: - Vômitos e náuseas freqüentes nas 1ªs 24h; - Repouso absoluto em leito no 1º dia e repouso relativo 2 a 3 dias após evento; - Estado clínico, metabólico e nutricional (DM, HAS, dislipidemias, obesidade). Caloria 20 a 30 Kcal/Kg/dia Proteína 0,8 a 1 g/Kg/dia ∙ Fracionamento em 4 a 6X/dia : ↓ volume e ↑ freqüência evitar a sobrecarga do trabalho cardíaco no momento da digestão; ∙ Iniciar com dieta em consistência líquido-pastosa melhor mastigação, deglutição e digestão; ∙ Evitar alimentos de difícil digestão e alimentos flatulentos desconforto digestório; ∙ Alimentação com consistência normal após 4º ou 5º dia; ∙ Educação nutricional Aumentar o consumo de vegetais, cereais integrais, carnes e derivados lácteos com ↓ teor de gorduras. É a falência do coração em propiciar suprimento adequado de sangue diante das necessidades metabólicas tissulares, ou fazê-lo apenas com elevadas pressões de enchimento, sendo a via final comum da maioria das cardiopatias. Brasil: » 2 milhões de pacientes; » 240 mil casos novos por ano; » É a 3ª causas de internamento hospitalar do SUS e a 1ª por motivo cardiovascular; » Aumento da incidência e da prevalência; » Mortalidade: em torno de 10%. E.U.A. 70% dos pcts ICC morrem em 10 anos A principal causa é a doença arterial coronária (DAC), seguida da HAS. IM, excesso de sódio dietético, não adesão à medicação, arritmias, embolia pulmonar, infecção e anemia Precipitar a ICC completa » Hipertensão; » Hipertrofia ventricular esquerda; » Cardiopatia coronária; » DM; » Idade > 65 anos. Lesão ao músculo cardíaco Ativação dos mecanismos compensatórios (SN adrenérgico, sistema renina-angiotensina, sistema de citocina) Restaurar a função homeostática Uso excessivo desses sistemas Lesão ventricular e remodelagem O coração tenta o estresse da parede por meio de na espessura da parede Remodelagem Ocorre antes que os sintomas sejam observados e + tarde contribui p/ piorá-los Pacientes assintomáticos Pacientes com ICC Níveis de norepinefrina, angiotensina II, aldosterona, endotelina e fatores neuro- hormonais que o estresse hemodinâmico no ventrículo Retenção de Na e vasoconstrição periférica Progressão da doença Terapias atuais Inibir vias indesejáveis e desejáveis Formas de compensar o débito cardíaco: » ↑ força de contração do coração; » ↑ tamanho do coração; » ↑ freqüência de bombeamento do coração; » Estimular os rins a conservar Na e água. » Manifestações mais freqüentes: dispnéia, edema periférico e fadiga; » Casos mais graves ↓ débito cardíaco com alterações na perfusão periférica sudorese, palidez cutaneomucosa, manifestação de ↓ fluxo cerebral (confusão mental, perda de memória, ansiedade, insônia, síncope e cefaléia); » Arritmias palpitações, síncope e morte súbita; » Tratamento das doenças subjacentes » Mudanças no estilo de vida » Terapia farmacológica ∙ HAS; ∙ Dislipidemias; ∙ DM. ∙ Dieta ↓ gordura saturada, colesterol e Na; ∙ Controle de peso; ∙ Atividade física; ∙ Abandono do tabagismo. » A dieta objetiva fornecer energia e nutriente necessários, minimizar a perda de peso, recuperar o estado nutricional e evitar a sobrecarga cardíaca; » Aliviar os sintomas; » Melhorar a capacidade funcional; » Melhorar a qualidade de vida; » Prevenir o desenvolvimento e a progressão da IC; » Atenuação do remodelamento ventricular; » ↓ mortalidade. » Multidisciplinar; » Modificações do estilo de vida; » Dieta; » Fármacos diversos; » Intervenção cirúrgica. É a perda da massa muscular, com prejuízo da mobilidade e da capacidade funcional, além de piora do prognóstico. Ocorre um ↑ da TMB (+/- 18%), ocasionando em uma aceleração do metabolismo. É a redução do peso corporal involuntária de, pelo menos, 6%, em mais de 6 meses. (Springer et al., 2006) Fatores que contribuem p/ ↓ ingestão alimentar e aproveitamento de nutrientes: ∙ Alterações no trato digestório (congestão hepática e compressão gástrica) sensação de plenitude pós-prandial ∙ Edema de alças intestinais ↓ capacidade absortiva; ∙ Náusea, anorexia; ∙ Dispnéia e fadiga ↓ aceitação alimentar; ∙ Hipermetabolismo; ∙ Febre. Perda ponderal progressiva Caquexia Cardíaca Déficit de peso de até 20% Perda de peso corporal Massa muscular do coração Fator adicional na descompensaçãocardíaca Caquexia cardíaca caracterizada por perda permanente de massa magra 10% do peso corporal total. » Aporte Calórico-protéico » Fracionamento » Consistência Pacientes não desnutridos 28 Kcal/Kg/dia e 1g/Kg/dia; Pacientes desnutridos 32 a 35Kcal/Kg/dia e 1,5 a 2g/Kg/dia. ↑ densidade calórica → ↑ quantidade e ↓ volume → módulos de nutrientes, suplementos nutricionais, ↑ % de gordura. 5 a 6x/dia ↓ trabalho cardíaco, facilitar a ingestão calórica, ↓ plenitude pós- prandial. Alterada de acordo com a aceitação e quadro clínico pastosa (dispnéia ou fadiga). ↓ Aceitação alimentar por V.O. Iniciar SNE. » Carboidrato » Proteína » Lipídeo » Fibra 50-60% do VET Normoglicídica. Normo a hiperprotéica Depende do estado nutricional. 25 a 30% VET Normolipídica (Preferir AG mono e poliinsaturados e colesterol < 200 mg/dia). 20 a 30g/dia (6g de solúvel) Auxilia no trânsito intestinal. » Sódio – Na » Potássio - K 2g Na/dia (5g de sal/dia). ICC moderada ou grave 1 a 2g de Na/dia. Restrições mais rigorosas são pouco indicadas, pois ↓ palatabilidade da dieta, ↓ aceitação alimentar. 2 a 4g/dia Protege contra danos cardiovasculares e como medida auxiliar em pacientes submetidos à terapia com diuréticos. Depleção de K toxicidade digitálica → anorexia, náusea e vômito, desconforto abdominal, alucinação, depressão, sonolência e arritmias cardíacas. » Restrição Hídrica 500 a 2.000 ml/dia ou 0,8 a 1,3ml/cal Nem sempre é necessária! Depende do grau de IC e quadro clínico. Monitoração diária do peso, balanço hídrico e observação dos sinais de congestão determinar a necessidade ou não da restrição de líquidos (Quando há edema importante). É a única possibilidade de cura para a ICC em estágio terminal. O estado nutricional pré-transplante é fator importante na evolução do quadro pós-operatório. Desnutrição > susceptibilidade a infecções, complicações pós-operatórias e mortalidade 30 Kcal/Kg/dia 1,0 a 1,2g/Kg/dia 35 a 40Kcal/Kg/dia 1,5 a 2,0g/Kg/dia MANUTENÇÃO DE PESO GANHO DE PESO Um estado nutricional adequado antes do transplante influenciará na recuperação! Objetivos da terapia nutricional: ∙ Auxiliar no controle das alterações metabólicas decorrentes da terapêutica imunossupressora (evitar a rejeição do novo órgão); ∙ Promover a cicatrização; ∙ Curar a infecção; ∙ Fornecer energia para ambulação e atividade física; ∙ Reabastecer as reservas de nutrientes. Medicamentos utilizados no tratamento: ∙ Corticóides: hiperlipidemia, hiperglicemia, catabolismo protéico, hipoalbuminemia, retenção de sódio e ganho de peso; ∙ Ciclosporina: Hiperglicemia, hiperlipidemia, hipercalemia, hipomagnesemia, hipertensão, disfunção renal e hepática, anemia e leucopenia. 1,5 a 2,0g/Kg/dia 30 a 35Kcal/Kg/dia PERÍODO IMEDIADO Necessidades de nutrientes aumentadas pelo estado catabólico do período pós-cirúrgico. » Normoglicídica 50 – 60% do VET; » Normoprotéica; » Normolipídica; » Hipossódica (2g/dia); » Fibra 20 – 30g/dia. Evitar CH simples. 1g/Kg/dia VET de acordo com as NEE PERÍODO TARDIO
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