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Nota de Aula 3

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RESPONSABILIDADE CIVIL
Responsabilidade Civil Extracontratual 
Nota de aula 3
1 – Nexo Causal: o nexo causal é o elo/liame entre a conduta do agente e o resultado. Desse modo, define-se como nexo causal o vínculo entre a conduta do agente e o resultado.
Por exemplo, João ultrapassa o sinal vermelho e, consequentemente, colide com o carro de Pedro. Veja que o ato ilícito de João deu causa ao resultado (colisão).
2 - RELAÇÃO DE CAUSALIDADE NO CÓDIGO PENAL E SUAS TEORIAS:
O conceito de nexo causal é uno, ou seja, permanece o mesmo para o Direito Civil e para o Direito Penal. 
Sendo assim, nexo causal é o liame entre a conduta e o resultado. Entretanto, o Código Penal adotou a teoria da equivalência dos antecedentes causais ou conditio sine qua non, conforme art. 13, CP.
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Nesse sentido, faz-se necessário diferenciar a teoria da equivalência dos antecedentes causais e a teoria da causalidade adequada.
a) Teoria da equivalência dos antecedentes causais ou condições: tudo que concorria para o evento seria taxado como nexo causal, ou seja, as condutas são tidas como equivalentes, o que gera, consequentemente, a questão da infinidade. Sendo assim, não se distingue a causa (o que é necessário para que algo aconteça) de condição (o que permite a produção de efeitos, sejam negativos ou positivos).
Nesse sentido, observa-se a ampliação do nexo de causalidade, gerando a participação de estranhos, por exemplo, colisão de veículo. Pela teoria em apreço, teriam colaborado quanto ao nexo causal: o fabricante do veículo, o vendedor do veículo e o condutor do veículo.
Outro exemplo é o da arma de fogo, trazido por Janaína Conceição Paschoal:
“Corre-se o risco, por exemplo, de pretender responsabilizar, criminalmente, o comerciante que, de modo lícito, vendeu um revólver a alguém que, mais absurdo, utilizou a arma para matar seu cônjuge”. (PASCHOAL, Janaína Conceição; Direito Penal – Parte Geral. 2ª ed. – Editora Manole: Barueri, São Paulo. 2015, p. 51)
a.1) Processo Hipotético de Eliminação de Thyrén: pelo fato da teoria da equivalência das condições gerar a possibilidade de regressão infinita, faz-se necessário delimitar o campo da causalidade.
Sendo assim, considera-se causa o fato que, sendo retirado, altera o resultado. 
b) Teoria da Causalidade Adequada: considera-se como causa somente o antecedente necessário para ocasionar o resultado, ou seja, não faz regressões desproporcionais.
Ademais, além de necessária, ela deverá ser adequada. Desse modo, concorrendo várias condições para o resultado, a causa será somente aquela mais apta/adequada à produção do dano.
A teoria da causalidade adequada fora adotada pelo Código Civil de 2002, conforme art. 945.
Nesse sentido, faz-se necessário demonstrar a posição do TJ-RS:
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTE DE TRÂNSITO. DANOS MATERIAIS E MORAIS. COLISÃO EM RODOVIA. ÔNUS DA PROVA. TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA. O único responsável pelo acidente foi o apelante, JOSOÉ, que declarou ter perdido o controle sobre seu veículo. Ainda que as condições da rodovia não fossem as ideais, não logrou o recorrente comprovar que estas constituíram causa adequada para o sinistro, ônus que lhe incumbia, pois o art. 333, I, do CPC (prova dos fatos) se aplica também às causas na qual a parte alega estar albergada pela responsabilidade objetiva. Apelo desprovido. (Apelação Cível Nº 70048356752, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Umberto Guaspari Sudbrack, Julgado em 11/09/2014)
(TJ-RS - AC: 70048356752 RS, Relator: Umberto Guaspari Sudbrack, Data de Julgamento: 11/09/2014, Décima Segunda Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 12/09/2014)
OBSERVAÇÃO - IMPORTANTE:
 O fato de ser considerado nexo causal, por si só, não gerará a responsabilização do indivíduo na seara cível e nem criminal, tendo outros elementos/pressupostos como configuradores da responsabilidade.
Sendo assim, por exemplo, para determinada conduta ser considerada como crime, esta deverá observar a teoria tripartida, tendo os seguintes elementos: 1 – fato típico (conduta, nexo causal, resultado e tipicidade formal e material); 2 – antijuridicidade/ilicitude; 3 – culpabilidade (imputabilidade, potencial consciência sobre a ilicitude do fato e exigibilidade de conduta diversa).
 3 - NEXO CAUSAL E SEUS REFLEXOS NA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SUBJETIVA:
O nexo causal é um requisito imprescindível às espécies de responsabilidade civil.
Nesse sentido, nenhuma poderá excluir o nexo de causalidade de seus pressupostos, pois, sem ele, não haverá responsabilidade, conforme se vislumbra a seguir.
****(NOTA DE AULA 1)****
Pressupostos da Responsabilidade Civil Subjetiva:
- Conduta (Ação ou Omissão);
- Nexo causal;
- Dano;
- Culpa (Culpa ou Dolo).
Conforme art. 186, Código Civil
Pressupostos da Responsabilidade Objetiva:
- Conduta (Ação ou Omissão);
- Nexo Causal;
- Dano.
Conforme art. 927, p. u., CC/02
**OBSERVAÇÃO
Relação de Causalidade ≠ Imputabilidade
 
A relação de causalidade se distingue da imputabilidade, pois investiga de forma objetiva se o resultado poderá ser imputado ou não à conduta do agente.
Já na imputabilidade, faz-se uma aferição subjetiva, vez que o agente deverá ter consciência da conduta que acabara de praticar e de suas consequências, conforme outrora mencionado, especificamente na nota de aula 2, tópico 1.4. 
4 – CONCORRÊNCIA DE CAUSAS – CONCAUSAS:
Lembram-se da culpa concorrente, quando dois ou mais sujeitos concorrem para produzir o resultado? Por exemplo, dois indivíduos apostam corrida e, em alta velocidade, colidem entre si. 
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
Desse modo, ambos responderam de forma equitativa, ou seja, proporcional à concorrência/gravidade de sua culpa.
4.1 – ESPÉCIES DE CONCAUSAS:
4.1.1 – CONCAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDETES:
As causas absolutamente independentes rompem o nexo causal. Sendo assim, o agente só responderá pelos atos já praticados. Por exemplo, indivíduo colide com o outro e, enquanto estão aguardam a perícia, um deles tem mal súbito. 
Nesse sentido, o agente responderá pelos danos causados ao veículo do falecido, vez que sua morte não teve nenhuma relação com o fato. 
 TIPOS – CONCAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDETES:
a) Preexistentes: é uma causa efetiva é anterior à concorrente. Por exemplo, João quer matar Pedro e, para isso, dispara 2 vezes contra o mesmo. Entretanto, Pedro já havia tomado chumbinho, pois estava com depressão
A perícia constata que a causa da morte fora o chumbinho e não os ferimentos causados pelas balas.
b) Concomitantes: é uma causa efetiva ocorre no mesmo momento da concorrente. Por exemplo, João colide na traseira do carro de Maria e, no mesmo momento, esta tem um derrame cerebral, não tendo nenhuma relação com a colisão.
c) Superveniente: é uma causa efetiva ocorre posteriormente à concorrente. Por exemplo, sujeito A atira na perna de B, entretanto, antes de ocasionar a morte de B, chega C, o maior rival de B, desferindo várias facadas no mesmo. 
Constata-se que a morte fora proporcionada por C, em razão de suas facadas e não por A, respondendo este somente pelos atos já praticados, vez que se quebra o nexo causal.
4.1.2 – CONCAUSAS RELATIVAMENTE INDEPENTES:
As causas relativamente independentes não quebram o nexo causal, respondendo o agente pelo resultado mais gravoso. 
Sendo assim, imaginemos a seguinte situação: Pedro gosta de dirigir muito rápido, assim, resolveu correr em uma avenida de sua Cidade. Entretanto, acaba perdendo o controle do veículo e atropela Maria, senhora de 65 anos.Dona Maria, chegando no hospital, não suporta os ferimentos e nem as dores, vez que esta já estava lutando contra um quadro grave de insuficiência respiratória e, consequentemente, já estava bastante debilitada.
Sendo assim, Pedro responderá por sua morte, no âmbito do Direito Penal, no âmbito civil, Pedro responderá da seguinte maneira:
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima.
CONCAUSAS RELATIVAMENTE INDEPENDENTES:
a) preexistente: quando a causa efetiva é anterior é anterior à concorrente. Por exemplo, sujeito que possui hemofilia e, ao ser cortado por golpes de facas pelo sujeito B, morre.
b) concomitante: quando a causa efetiva ocorre ao mesmo tempo da concorrente. Por exemplo, sujeito A rouba o sujeito B, este, pelo nervosismo, vem a ter uma parada cardíaca, vindo a óbito. 
c) superveniente: quando a causa efetiva é posterior à concorrente. CUIDADO!!! Quando a causa for relativamente superveniente e, por si só, produzir o resultado, ela quebrará o nexo causal, respondendo o agente somente pelos atos praticados.
Assim, por exemplo, Pedro atira em João, sendo este levado ao hospital por meio de ambulância. Entretanto, chegando próximo ao hospital, a ambulância colide com outro veículo, não sobrevivendo ninguém que estava em seu interior.
Nesse sentido, Pedro responderá apenas por tentativa de homicídio, sendo responsabilizado civilmente pelos danos causados à vítima, não se aplicando o disposto no art. 948, CC, pois não fora ele o responsável pela morte.
Já nos outros casos, os agentes responderão pelo resultado mais gravoso, pois, em regra, as concausas relativamente independentes não quebram o nexo causal.
4.2 – CONCURSO DE AGENTES: 
Se, no mesmo caso, o dano for causado por mais de um autor, ambos responderão pelo mesmo, conforme art. 942, CC.
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.
Nesse sentido, a responsabilidade dos agentes será solidária, observando, certamente, o grau de culpabilidade dos agentes, nos moldes do art. 944, parágrafo único, CC/02.
4.3 – CAUSALIDADE DA OMISSÃO:
Se a lei determinar uma conduta e o sujeito se omitir, a sua omissão poderá violar um dever jurídico primário, sendo a omissão interpretada como uma conduta que não é capaz de impedir o dano.
Em outras palavras, a omissão não dá causa diretamente ao resultado, mas permite o seu acontecimento, vez que nada influencia para a sua coibição.
Sendo assim, por fim, responde o agente quando ele deveria agir por determinação legal, mas não age, acarretando, como consequência de sua omissão, o resultado.
Por exemplo, agente que sabe que tem que andar com os faróis do carro acesos no período noturno, mas acaba desrespeitando o Código de Trânsito Nacional. Nesse sentido, o carro em alta velocidade ultrapassa o sinal vermelho, entretanto, havia uma senhora passando na faixa de pedestre, não tendo como a mesma escapar do atropelamento, pois, pelo fato das luzes estarem desligadas, não viu a aproximação do veículo.
5 – EXCLUDENTES DE NEXO CAUSAL
5.1 – CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR:
Caso fortuito: há autores que defendem que caso fortuito se reflete em acontecimentos humanos, por exemplo, greve, guerra. Seria um acontecimento imprevisível.
 Força maior: há doutrinadores que defendem que a força maior se reflete em acontecimentos naturais, por exemplo, tsunami, tempestade. A força maior seria um evento previsível, mas inevitável.
O artigo 393, CC, não faz nenhuma distinção entre os mesmos, cabendo a doutrina fazer.
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.
Tais conceitos são defendidos por Carlos Roberto Gonçalves, mas Caio Mário entende justamente o contrário. 
5.2 – CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA
A responsabilidade ficará afastada quando se comprovar a responsabilidade exclusiva da vítima. Desse modo, por exemplo, se a vítima está andando de bicicleta e se joga em cima do meu carro, minha responsabilidade será eximida, vez que a culpa do ocorrido fora exclusivamente da própria lesada/vítima.
Nesse sentido, posiciona-se o TJ-MG:
INDENIZAÇÃO. DANOS MATERIAIS E MORAIS. RESPONSABILIDADE CIVIL. ATROPELAMENTO. CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. Restando patente nos autos a culpa exclusiva da vítima pelo sinistro analisado nos autos, que se constitui como uma excludente de responsabilidade civil, não há que se falar em indenização a ser paga pelos réus.
(TJ-MG - AC: 10145110479725001 MG, Relator: Cláudia Maia, Data de Julgamento: 24/04/2014, Câmaras Cíveis / 13ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 09/05/2014)
OBSERVAÇÃO:
Veja que a culpa exclusiva da vítima não se confunde com a culpa concorrente prevista no art. 945, CC, vez que nesta há concorrência de culpa entre a vítima e o causador do dano, respondendo os dois de acordo com a gravidade de suas culpas. 
.
A culpa exclusiva da vítima acaba rompendo o nexo causal, ou seja, o agente que, a priori, seria responsabilizado, na verdade, não será, vez que a sua responsabilidade restou prejudicada pro não ter um elemento essencial, qual seja, o nexo causal. Não há mais relação de causa e efeito.
5.3 – FATO DE TERCEIRO:
Define-se terceiro como toda pessoa além da vítima e do causador do dano. Para a responsabilidade civil, o fato de terceiro só irá eximir o causador do dano quando, comprovadamente, a culpa for exclusiva de terceiro. 
Nesse sentido, para servir como excludente de nexo causal, a culpa de terceiro deverá se equiparar ao caso fortuito ou força maior. 
A jurisprudência nacional cada vez mais entende que o fato de terceiro, em regra, não elide a culpa do causador do dano, vez que este poderá ingressar com ação regressiva, conforme art. 934, CC, salvo quando o terceiro for descendente seu, absolutamente ou relativamente incapaz.
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.
Por fim, vale ressaltar a posição do TJ-RS
ACIDENTE DE TRÂNSITO. FATO ENVOLVENDO DOIS VEÍCULOS DIANTE DA RESIDENCIA DA AUTORA, CAUSANDO DANOS MATERIAIS NO MURO ONDE O VEÍCULO DOS DEMANDADOS COLIDIU. IMPOSIÇÃO DE REPARAÇÃO DOS DANOS. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE CULPA DOS RÉUS POR CULPA DE TERCEIRA PESSOA EMBASADA NA CULPA EXCLUSIVA DESTA., INCABÍVEL A DISCUSSÃO SOBRE A RESPONSBILIDADE PELO ACIDENTE NESSA AÇÃO, ATÉ PORQUE, JÁ EXISTENTE DEMANDA PRÓPRIA PARA TAL FIM. CABIMENTO DE EVENTUAL AÇÃO REGRESSIVA CONTRA O OUTRO POSSÍVEL CULPADO. SENTENÇA MANTIDA PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS, RECURSO NÃO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71004823308, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em 27/06/2014)
(TJ-RS - Recurso Cível: 71004823308 RS, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Data de Julgamento: 27/06/2014, Quarta Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 03/07/2014)
CLÁUSULA DE NÃO INDENIZAR EXIME A RESPONSABILIDADE DO AGENTE CAUSADOR DO DANO? 
Alguns defendem a admissão de determinada clásula, entretanto, deverá decorrer do expresso consenso entre as partes, priorizando o princípio da autonomia das vontades.
Carlos Roberto Gonçalves defende a validade da cláusula, desde que cumpra com os seguintes requisitos: a) bilateralidade de consentimento (vedação de imposição); b) não colisão com preceito de ordem pública; c) igualdade de posição das partes (vedação em contrato de adesão);d) inexistência do escopo de eximir o dolo ou a culpa grave do estipulante (geraria impunidade); e, por último, ausência da intenção de afastar obrição inerente à função (não pode a cláusula de não indenizar atingir a obrigação principal). 
Nesse sentido, sendo esta imposta, será nula, como é o caso previsto no Código do Consumidor, vez que julga como nula a cláusula de não indenizar, por exemplo, nos estacionamentos, vez que é de extrema onerosidade ao consumidor, pois este deverá suportar os danos causados, conforme art. 51, CDC.
Sendo assim, se tais cláusulas vierem estipuladas no contrato de adesão, estas não serão admitidas.
Em resumo, a doutrina brasileira 
*****QUESTÕES****
1) O caso fortuito e a força maior são excludentes da responsabilidade civil por inexistência do seguinte requisito: (Banca: VUNESP; ÓRGÃO: CÂMARA MUNICIPAL DE SERTÃOZINHO – SP; ANO: 2014; CARGO: PROCURADOR JURÍDICO LEGISLATIVO)
a) nexo de causalidade
b) ato ilícito
c) culpa
d) dano
e) ação humana
2) André, motorista não profissional, colidiu seu veículo com o de Isaac, que o acionou judicialmente. A responsabilidade de André é: (BANCA: FCC; ÓRGÃO: TJ-AP; ANO: 2014; CARGO: TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA E ADMINISTRATIVA)
Parte superior do formulário
a) subjetiva, dependendo da comprovação de culpa, além de nexo de causalidade e dano.
b) subjetiva, dependendo apenas da comprovação de nexo de causalidade e dano.
c) objetiva, dependendo da comprovação de culpa, além de nexo de causalidade e dano.
d) objetiva, dependendo apenas da comprovação de nexo de causalidade e dano.
e) objetiva, dependendo apenas da comprovação do dano.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
3) Marcelo exerce, com habitualidade, atividade que, por sua natureza, implica risco para os direitos de outrem. Se desta atividade advier dano, Marcelo responderá de maneira: (BANCA: FCC; ÓRGÃO: PGE-MT; ANO: 2016; CARGO: PROCURADOR DO ESTADO)
Parte superior do formulário
a) subjetiva, não sendo necessária a comprovação do elemento culpa, mas se exigindo, em regra, a existência de nexo de causalidade. 
b) subjetiva, a qual exige, em regra, a comprovação de nexo de causalidade e culpa. 
c) objetiva, não sendo necessária, em regra, a comprovação dos elementos culpa ou nexo de causalidade. 
d) objetiva, não sendo necessária a comprovação do elemento culpa, mas se exigindo, em regra, a existência de nexo de causalidade.  
e) objetiva, a qual exige, em regra, a comprovação de nexo de causalidade e culpa. 
4) Quanto à responsabilidade civil, NÃO é correto afirmar: (BANCA: FUMARC; ÓRGÃO: PREFEITUARA DE MATOZINHOS – MG; ANO: 2016; CARGO: ADVOGADO) 
a) Parte superior do formulário
A)AAAAAAA indenização mede-se pela extensão do dano, salvo casos em que houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, quando o juiz poderá reduzir equitativamente a indenização. 
b) O dever de indenizar depende da existência de ato ilícito, dano e nexo de causalidade. 
c) O direito civil brasileiro não admite responsabilidade objetiva no que se refere a danos causados por pessoas jurídicas de direito privado, nem mesmo quando se tratar de relação de consumo.
d) Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem, independentemente de culpa, pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.
Parte inferior do formulário
Parte inferior do formulário
 Parte inferior do formulário
	1 - A
	2- A
	3 – D
	4 - C
aaA 
a

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