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RESPONSABILIDADE CIVIL Do Empregador pelos atos dos Empregados

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RESPONSABILIDADE CIVIL
RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR PELOS ATOS DOS EMPREGADOS
Nota de Aula – Parte Especial 3
1. Conceito
Trata-se de uma espécie de responsabilidade por fato de outrem, na qual o empregador responde pelos atos praticados por seus empregados, desde que estes tenham ocorridos no exercício da função ou em razão dela, nos moldes do art. 932, III, CC/02.
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
(...)
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
(...)
Nesse sentido, deve-se observar que o ato praticado pelo empregado deverá manter relação com o seu trabalho, sob pena de implicar na responsabilização direta deste.
2. Responsabilidade do Empregador
A responsabilidade civil do empregador é objetiva, ou seja, torna-se prescindível a demonstração de culpa deste, nos moldes do art. 933, CC.
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
Entretanto, para consolidar a responsabilidade civil do empregador, a vítima do evento deverá comprovar a conduta dolosa/culposa do empregado.
Desse modo, para melhor compreensão:
Fato doloso ou culposo praticado pelo empregado.
Demonstrada a culpa ou dolo do empregado, consolida-se a responsabilidade civil objetiva do empregador.
 Consequência ConsequênciaVítima deverá demonstrar a responsabilidade subjetiva do empregado.
		
	
Atenção!!!
3. A RELAÇÃO DE EMPREGO TEM QUE SER ONEROSA PARA GERAR A RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR?
A onerosidade se define pela contraprestação oriunda do contrato de trabalho, sendo esta consolidada pelo lucro auferido pelo trabalho do empregado e pelo salário adimplido pelo empregador. 
Trata-se, desse modo, de uma contraprestação. O empregado gera lucros, portanto, merece um salário pelo tempo dedicado à produção.
 Lucro
	Empregado
Empregador
	Salário
Entretanto, há a figura do trabalhador voluntário, o qual não recebe salário. Nesse caso, não há a contraprestação, ou seja, onerosidade. 
Ocorre que, ainda que não haja a configuração da contraprestação, leia-se onerosidade, o empregador ficará responsável pelas condutas culposas ou dolosas praticados por seus empregados, desde que o dano tenha sido infligido no exercício da função ou em razão desta. 
4. DESVIO E ABUSO NAS ATRIBUIÇÕES DO EMPREGADO
O empregador responderá pelos atos praticados por seus empregados, ainda que estes tenham excedido ou desviado as suas funções, salvo se o prejudicado tem conhecimento do abuso ou excesso praticado pelo agente causador do dano, no caso, o empregado. 
Nesse sentido, demonstra-se as palavras de Sérgio Cavalieri.
A menos que o prejudicado tenha conhecimento desse excesso ou desvio, o patrão é responsável pela reparação do dano, até porque o terceiro não tem obrigação nem condições de saber os limites das funções do empregado, reputando-se legítimos, em face da teoria da aparência, todos os atos praticados na esfera de suas aparentes atribuições.[1: CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. 10ª ed. São Paulo: Atlas. 2012. P. 218.]
Outrossim, menciona-se o posicionamento consolidado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
APELAÇÃO CÍVEL - EMPREGADO - FRAUDE- VALIDADE DO PAGAMENTO - TEORIA DA APARÊNCIA - NEGÓCIO CONCRETIZADO - RESPONSABILIDADE DA EMPREGADORA POR ATOS PRATICADOS POR SEUS EMPREGADOS E PREPOSTOS - INTELIGÊNCIA ARTS. 932, III, E 1.173 DO CC/02.
- A irregularidade formal no pagamento, ainda que tomada por ocorrida, não nega a existência fática daquele, cuja responsabilidade é imposta ao empregador, à luz do que dispõem os artigos 932, III, e 1.175, ambos do CC.
- Aplica a Teoria da Aparência, visando a proteger aqueles que agiram de boa-fé nas relações contratuais, como forma de se prestigiar a moral e a honestidade. Por meio dela, resguarda-se aquele que confiou em pessoa que, apesar de não investida dos poderes necessários para firmar a avença, aparentava detê-los.
Nesse sentido, pautando-se pela teoria da aparência, se a conduta do empregado tiver, aparentemente, relação com suas atribuições empregatícias, o empregador será responsável. 
6. AÇÃO REGRESSIVA
Conforme supramencionada, a responsabilidade do empregador é objetiva, prescindindo-se da comprovação de culpa/dolo, nos moldes do art. 933, CC/02. 
Ademais, faz-se necessário relembrar que a responsabilidade em comento é solidária, nos moldes do art. 932, caput, CC.
Assim, ambos devem subsidiar o ressarcimento do dano consubstanciado.
Entretanto, havendo a reparação do dano de forma integral pelo empregador, este poderá ingressar com Ação Regressiva em face do empregado, nos moldes do art. 934, CC.
7. EXONERAÇÃO DA RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR
O empregador poderá demonstrar causas excludentes de nexo de causalidade, como, por exemplo, o caso fortuito ou a força maior, bem como poderá demonstrar que o fato praticado não possui relação com o exercício das atribuições do empregado. 
Desse modo, faz-se necessário transcrever as lições de Sérgio Cavalieri. 
Se o ato não for praticado no exercício da função, ou em razão dela, inexiste conexão de tempo, de lugar e de trabalho. Querer impor a condenação do patrão nesses casos é violar o texto da lei; é consagrar a teoria do risco integral, porquanto fica descaracterizada a própria relação de preposição, não havendo que se falar em responsabilidade do comitente.[2: CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. 10ª ed. São Paulo: Atlas. 2012. P. 218.]
Assim, configurando-se uma causa excludente de nexo de causalidade, o empregador não responderá pelos danos causados pelos atos dos seus empregados. 
8. QUESTÕES
1) Com relação à responsabilidade do empregador, assinale a opção correta.
A) Parte superior do formulário
APara que seja indenizada pelo dano, é imprescindível que a vítima faça prova da relação de preposição.
B) Para responsabilização do empregador, não basta que o dano tenha sido causado em razão do trabalho.
C) O empregador é responsável pelos atos do preposto, ainda que a relação não tenha caráter oneroso. 
D) Em relações regidas pelo Código Civil, ainda que o empregado não tenha atuado com culpa, o empregador será objetivamente responsável pelo dano por ele causado.
E) A aparente competência do preposto não se presta para acarretar a responsabilidade do comitente.
2) A respeito da responsabilidade civil do empregador ou comitente por seus empregados, serviçais e prepostos, é correto afirmar que: (Banca: FGV; Órgão: SEFAZ – RJ; Prova: Fiscal de Rendas; Ano: 2009)Parte superior do formulário
a)
a) não há responsabilidade na ausência de vínculo empregatício.
b)a responsabilidade do empregador ou comitente depende da comprovação de sua "culpa in eligendo" ou "culpa in vigilando".
c) a responsabilidade do empregador exclui a do empregado.
d) o empregador que ressarcir a vítima poderá reaver o que houver pago em ação contra seu empregado.
e) não há responsabilidade quando o empregador ou comitente é pessoa física.
3) Marcos Rocha é funcionário de uma sociedade exploradora de petróleo e gás, cumprindo a função de motorista. Ao manobrar o carro da empresa, Marcos atinge um veículo estacionado, causando danos à sua lataria. 
O proprietário do veículo estacionado, vítima do dano injustamente causado, para ser ressarcido, deve acionar judicialmente: (Banca: CESGRANRIO; Órgão: INNOVA; Prova: Advogado Júnior; Ano: 2012)
Parte superior do formulário
aa 
 a) a sociedade empregadora de Marcos, com base na presunção de culpa in eligendo.
b) a sociedade empregadora de Marcos, com base nos artigos 932, III, e 933, do Código Civil, que estabelecem a responsabilidade civil objetiva do empregador pelos atos de seu empregado, em exercício de sua função. 
c) a sociedade empregadora e Marcos,solidariamente, com fundamento na responsabilidade civil subjetiva de ambos.
d) Marcos, fundamentando a ação reparatória na responsabilidade civil culposa, afastada a possibilidade de responsabilização da sociedade empregadora, haja vista que o dano foi diretamente causado por Marcos.
e) Marcos, o causador do dano, com base em sua responsabilidade civil objetiva, por conta da guarda de bem perigoso prevista no artigo 927, parágrafo único do Código Civil.
4) Quanto à responsabilidade civil, assinale a afirmativa correta. (Banca: FMP-RS; Órgão: TJ-MT; Prova: Provimento; Ano: 2014)
Parte superior do formulário
a) O agente que, estando em situação de legítima defesa, causa ofensa a terceiro, por erro na execução, não responde pela indenização do dano, ainda que provada sua culpa.
b) A legítima defesa putativa exime o agente de indenizar os danos causados.
c) A obrigação de reparar o dano independe de prova de culpa quando o autor, em razão da sua atividade, criar um risco maior para terceiros. 
d) Não se admite na esfera cível, tal como na esfera penal, para fins de fixação da indenização, a compensação de culpas.
e) O empregador é responsável pelo dano mesmo se a vítima sabia que o preposto procedia fora de suas funções.
5) Considere que José, motorista de uma empresa de transporte de cargas, tendo obtido autorização para manter o veículo durante o horário de almoço, tenha causado, exatamente nesse período, acidente de trânsito com lesão a terceiro. Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
Parte superior do formulário
a)a) A responsabilidade entre José e seu empregador será solidária. 
b) A empresa não poderá ser cobrada isoladamente pela reparação dos danos.
c) O direito de regresso não existirá entre José e a empresa, caso esta arque com os prejuízos.
d) O lesado não poderá ajuizar ação conjunta contra José e seu empregador porque a natureza da responsabilidade do empregado e do empregador é diversa.
e) A empresa não responderá pelos danos porque que o acidente ocorreu quando José não estava cumprindo ordem de seu empregador.
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