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4.0 PÓRTICOS Os pórticos podem ser planos ou espaciais. Pórtico plano é um modelo de estrutura constituída de barras retas ou curvas situadas em um plano usualmente vertical, sob açoes que o solicita nesse plano de maneira que tenha apenas esforço normal, esforco cortante e momento fletor. A figura 31 apresenta seis configurações de pórticos planos de barras retas. Figura 31: Pórticos Planos de Barras Retas O Segundo dos pórticos planos da figura 30, chamado aquí de trirotulado, costuma ser denominado na literatura de triarticulado. O terceiro desses pórticos tem uma rótula interna e um tirante. Pórtico plano constituido de barras em malha rentagular que delimitam regiões fechadas, como o ultimo dos pórticos representados na figura anterior é denominado quadro em literatura mais antiga. Pórtico plano pode ser a idealização de parte plana de uma estrutura tridimensnional, como quando se considera, por exemplo, o comportamento integrado das vigas e pilares de um mesmo plano vertical de um edificio. A figura 32, mostra configurações de pórticos denominadas vigas armadas. Com esas configurações, busca-se reducir o efeito de flexão de uma barra horizontal, atraves de tirantes e escoras ou pendurais colocados, respectivamente, na parte inferior ou superior da barra. Aos tirantes costuma-se aplicar pré esforço de tração para proporcionar maior capacidade portante ao conjunto. Figura 32: Pórticos em configurações de vigas armadas. Outra configuração aporticada relevante é a denominada viga Vierendel mostrada na figura 33 e formada pela ligação rígida de barras ortogonais, de maneira que constituam um painel retangular alongado de comportamento análogo a uma viga. Figura 33: Pórticos em configurações de vigas Vierendel Em Pórtico Espacial, as barras podem ter Posições quaisquer e ser submetidas a quaisquer dos seis esforços seccionais, como no esquema simplificado de estrutura de edificio que pode ser observado na figura 34. Figura 34: Pórticos Espacial Os Arcos são casos particulares de pórticos planos de barras curvas, como pode ser visto na figura 35. Figura 35: Arcos 4.1 Associação de Pórticos. Quado unimos pórticos simples, os mesmos formam os denominados pórticos compostos conforme a figura 36. Figura 36: Pórticos Compostos O proceso de analise dos pórticos compostos é semelhante ao da Viga Gerber, ou seja, é necesario decompor o quadro composto em varios quadros simples. A decomposição de forma semelhante ao da viga Gerber sempre ocorre nas rótulas. Porém, existe uma diferença básica entre a decomposição de um quadro composto e de uma Viga Gerber; Na Viga Gerber a rótula sempre vira apoio do 1° genero para os trechos seguintes. No pórtico composto a rótula sempre vira apoio de 2° genero para os trechos seguintes. Para facilitar o proceso de decomposição de pórticos compostos, sugere- se seguir o seguinte roteiro: 1° Passo: Análise sempre inicia pelos apoios de 1° gênero, caso ocorra na estrtutura. 2° Passo: Sempre que existir um apoio do 1° gênero próximo de um tirante ou escora, o mesmo fará parte de um quadro (pórtico) biapoiado com articulação interna e contraventado (escora ou tirante). Neste caso ocorre a decomposição na rótula deste quadro, conforme a figura 37. Figura 37: Decomposição de um Pórtico Composto 3° Passo: Sempre que existir um apoio do 1° gênero e que não tenha próximo um tirante ou escora, o mesmo fará parte de um quadro biapoiado. A análise parte deste ponto e percorre as barras até encontrar a primeira rótula, ponto no qual ocorre a decomposição, conforme visto na figura 38. Figura 38: Decomposição de um Pórtico Composto 4° Passo: Após a análise dos apoios do 1° gênero, inicia-se a análise dos apoios do 2° gênero, neste caso, a análise parte deste ponto (apoio) e percorre as barras até encontrar a segunda rótula mais proxima, ponto no qual ocorre a decomposição, tal situação pode ser vista na figura 39. Figura 39: Decomposição de um Pórtico Composto Obs.: Quando existem dois apoios do 2° gênero sempre haverá uma rótula. 5° Passo: No caso da estrutura possuir apoio do 3° Gênero (engaste) a análise parte deste ponto (apoio) e percorre as barras até encontrar a rótula mais proxima, ponto no qual ocorre a decomposição . Conforme a figura 40. Figura 40: Decomposição de um Pórtico Composto Obs.: Se na decomposição a rótula ficar somente sobre a extremidade de uma barra de um quadro simples, a mesma não precisa ser representada na decomposição. 4.2 Diagramas de Esforços em Pórticos. Após termos visto procedimentos para a decomposição de porticos compostos em porticos simples, o passo seguinte é o calculo dos diagramas de esforços dessa estrutura. O processo de cálculo dos diagramas de esforços é semelhante ao das vigas simples. Para realizer esta análise deve-se utilizer o seguinte procedimento: 1° Passo: Identificar as seções que devem ser consideradas na análise (Figura 41): Figura 41: Identificação das Seções do Pórtico Seções sobre os apoios: a, i Seções sob cargas concentradas: h Seções sob cargas momento: c Seções no inicio e final de cargas distribuidas: e, f Seções sobre as Extremidades das barras: b, g Seçoes sobre as rótulas: d Obs.: Na maioria dos casos as seções que devem ser consideradas se sobrepõem. 2° Passo: Identificar e calcular as reações de apoio: Apoio a: Reaçao vertical (Ay), e reação horizontal (Ax) Apoio a: Reaçao vertical (Iy), e reação horizontal (Ix) As reações de apoio são determinadas pela equações de equilibrio: ሾ∑ ܨݔ = 0ሿ ሾ∑ ܨݕ = 0ሿ ሾ∑ ܯ = 0ሿ Esta equação estabelece que o somatório de momento em qualquer seção da estrutura é sempre igual a zero. A mesma é utilizada em relação a uma das seções sobre apoio, o que possibilita obter as reações de apoio com maior facilidade. Outro ponto relevante que deve ser esclarecido é a diferença entre o valor do momento e o somatório do momento emu ma determinada seção S de uma estrutura. ሾ∑ ܯݏ = 0ሿ Sempre será zero ܯݏ → Pode ser zero ou não. 3° Passo: Determinar o valor dos esforços solicitantes em cada seção considerada na análise. A determinação dos esforços solicitantes em cada seção considerada na análise permitirá a construção dos diagramas de esforços solicitantes (DEN, DEV, DMF). Obs.: Para porticos com barras inclinadas, os diagramas de esforços solicitantes (DEN, DEV, DMF) são traçados aplicando-se sempre o valor do esforço em cada seção de forma perpendicular ao eixo da barra, conforme a figura 42. Figura 42: Esforços Atuantes no Pórticos Para porticos com rótulas existe além das três equações de equilibrio ሾ∑ ܨݔ = 0ሿ,ሾ∑ ܨݕ = 0ሿ, ሾ∑ ܯ = 0ሿ; Uma quarta equação: ሾ∑ ܯோó௧௨ = 0ሿ. Para este tipo de portico as reações de apoio são determinadas de forma mais fácil utilizando inicialmente a quarta equação. Figura 43: Pórtico Rotulado Para porticos contraventados (escora ou tirante), nestes casos as barras trabalham como escora ou tirante apresentam apenas esforço normal constant ao longo das barras: Q = M = 0. Figura 44: Esforços Atuantes no Pórticos Exemplo: 1) Decomponha os porticos compostos e indique a ordem de resolução. a) b) c) d) 2) Determine as reações de apoio e os diagramas de esforços solicitantes para o quadro apresentado a seguir. Resolução: O 1° Passo é transformar o portico composto em dois simples. O 2° Passo é calcular as reações de apoio dos porticos simples. Pórtico 1: ሾ∑ ܨݔ = 0ሿ → ܪ = 0 ሾ∑ ܨݕ = 0ሿ → ܸ + ܸ = 6 ሾ∑ ܯܿ = 0ሿ → −(3)(6) + 6 ܸ = 0, ܸ = 3 ݇ܰ = ܸ = 3 ݇ܰPórtico 2: Obs.: Para os porticos com rótula as reações são determinadas de forma mais fácil uttilizando o somatorio de momento nas rótulas. ൣ∑ ܯ ି = 0൧ → 4ܪௗ = 0, ܪௗ = 0 ሾ∑ ܨݔ = 0ሿ → ܪௗ + ܪ − 1 = 0 ሾ∑ ܨݕ = 0ሿ → ܸ + ௗܸ = ܸᇲ + 5 → ܸ + ௗܸ = 8 ൣ∑ ܯ ି ௦௨ௗ = 0൧ → 4ܪ − 5 ܸ + (2,5)(5) = 0, ܸ = 3,3݇ܰ , ௗܸ = 4,7 ݇ܰ Cálculo dos Diagramas de Esforços Esforço Normal. ܰ௦ = −3,3 ݇ܰ, ܰ = −3,3 ݇ܰ, ܰௗ = −ܪ + 1 = 0, ܰ = 0, ௗܰ௦ = −4,7 ݇ܰ ܰ = −4,7 ݇ܰ, ܰ௦ = −3,0 ݇ܰ, ܰ = 3 ݇ܰ, ܰௗ = 0, ܰ = 0, ܰ௦ = −3 ݇ܰ ܰ = −3 ݇ܰ Esforço Cortante ܳ௦ = −1 ݇ܰ, ܳ = −1 ݇ܰ, ܳௗ = 3,3 ݇ܰ = 0, ܳ = 3,3 − 5 = −1,7 ݇ܰ, ܳௗ௦ = 0 ܳ = 0, ܳ௦ = 0, ܳ = 0, ܳௗ = 3 ݇ܰ, ܳ = 3 − 6 = −3 ݇ܰ, ܳ௦ = 0 ܳ = 0 Momento Fletor ܯ௦ = 0, ܯ = (1)(4) = 4 ݇ܰ. ݉, ܯௗ = 4,0 ݇ܰ. ݉ = 0, ܯ = 0, ܯௗ௦ = 0 ܯ = 0, ܯ௦ = 0, ܯ = 0, ܯௗ = 0, ܯ = ܸ(6) − (6)(3) = 0, ܯ௦ = 0 ܯ = 0 DIAGRAMAS ESFORÇOS. 3) Determine as reações de apoio e os diagramas de esforços solicitantes para o portico abaixo. Resolução: O 1° Passo é transformar o portico composto em dois simples. O 2° Passo é calcular as reações de apoio dos porticos simples. Pórtico 1: ൣ∑ ܯି = 0൧ → 4ܪ = 0, ܪ = 0 ሾ∑ ܨݔ = 0ሿ → ܪ + ܪ + 8 + 1 = 0 → ܪ = −9 ݇ܰ ሾ∑ ܨݕ = 0ሿ → ܸ + ܸ = 0 ሾ∑ ܯିௗ௧ = 0ሿ → 6 ܸ − 8ܪ + (8)(4) = 0 → ܸ = 6,67 ݇ܰ , ܸ = −6,67 ݇ܰ Pórtico 2: ൣ∑ ܯ ି = 0൧ → 4ܪௗ = 0, ܪௗ = 0 ሾ∑ ܨݔ = 0ሿ → ܪௗ + ܪ − 2 = 0 → ܪ = 2 ݇ܰ ሾ∑ ܨݕ = 0ሿ → ܸ + ௗܸ + ܸᇲ − 10 = 0 → ܸ + ௗܸ = 3,33 ݇ܰ ൣ∑ ܯ ି ௦௨ௗ = 0൧ → 5 ܸ + (10)(2,5) = 0, ܸ = 5 ݇ܰ , ௗܸ = −1,67 ݇ܰ Pórtico 3: ሾ∑ ܨݔ = 0ሿ → ܪ − ܪᇱ = 0 → ܪ = 2 ݇ܰ ሾ∑ ܨݕ = 0ሿ → ܸ − ܸᇲ = 0 → ܸ = 5 ݇ܰ ሾ∑ ܯ = 0ሿ → 4ܪᇱ + ܯ = 0 → ܯ − 8 ݇ܰ. ݉ Cálculo dos Diagramas de Esforços Esforço Normal. ܰ௦ = −5 ݇ܰ, ܰ = −5 ݇ܰ, ܰௗ = −ܪ + 2 = 0, ܰ = 0, ௗܰ௦ = 1,67 ݇ܰ ܰ = 1,67 ݇ܰ, ܰ௦ = 6,67 ݇ܰ, ܰ = 6,67 ݇ܰ, ܰௗ = −1 ݇ܰ, ܰ = −1 ݇ܰ ܰ௦ = −6,67 ݇ܰ, ܰ = −6,67 ݇ܰ Esforço Cortante ܳ௦ = −2 ݇ܰ, ܳ = −2 ݇ܰ, ܳௗ = 5 ݇ܰ = 0, ܳ = 5 − 10 = − 5 ݇ܰ, ܳௗ௦ = 0 ܳ = 0, ܳ௦ = 0, ܳ = 0, ܳௗ = 6,67 ݇ܰ, ܳ = −6,67 ݇ܰ, ܳ௦ = 9 ݇ܰ ܳ = 9 − 8 = 1 ݇ܰ Momento Fletor ܯ௦ = 8 ݇ܰ. ݉, ܯ = ܯௗ = 0, ܯ = ܯௗ௦ = 0 ܯ = 0, ܯ௦ = 0, ܯ = ܯௗ = 0, ܯ = ܸ(6) = 40 ݇ܰ. ݉, ܯ௦ = 0 ܯ = 8 ܪ − 10(4) = 40 ݇ܰ. ݉ DIAGRAMAS ESFORÇOS. 4) Determine as reações de apoio e os diagramas de esforços solicitantes para os porticos abaixo. a) b) c) d)
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