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SLIDES Direito Administrativo I

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Estrutura Administrativa
O estudo da Administração Pública em geral, compreendendo a sua estrutura e as suas atividades, devem partir do conceito de ESTADO, sobre o qual repousa toda a concepção moderna de organização e funcionamento dos serviços públicos a serem prestados ao administrado. 
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Conceito de ESTADO
O Conceito de Estado varia segundo o ângulo em que é considerado:
Do ponto-de-vista sociológico: é corporação dotada de um poder de mando originário.
Sob o aspecto político: é comunidade de homens, fixada sob um território, com poder superior de ação, de mando e de coerção.
Sob o prisma constitucional: é pessoa jurídica territorial soberana. 
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Conceito de ESTADO
Na conceituação do nosso Código Civil: é pessoa jurídica de direito público interno 
Como ente personalizado, o Estado tanto pode atuar no campo do direito público como no do direito privado, mantendo sempre sua única personalidade de direito público. 
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Conceito de ESTADO
SUJEITO CAPAZ DE ADQUIRIR DIREITOS E CONTRAIR OBRIGAÇÕES
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Elementos do Estado
O Estado é constituído de três elementos:
POVO: é o componente humano do Estado
TERRITÓRIO: a sua base física
GOVERNO SOBERANO: é o elemento condutor do Estado, que detém e exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto organização emanada do Povo 
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Elementos do Estado
O POVO EM UM DADO TERRITÓRIO, ORGANIZADO SEGUNDO SUA LIVRE E SOBERANA VONTADE.
REPRESENTATIVIDADE
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Noções de governo
No âmbito administrativo a expressão GOVERNO é usado para designar o conjunto de órgãos constitucionais responsáveis pela função política do Estado
FORMA DE GOVERNO (transmissão de poder na sociedade, relação entre governantes e governados): REPÚBLICA
SISTEMA DE GOVERNO: (relação entre o PL e PE) PRESIDENCIALISTA.
FORMA DE ESTADO: FEDERATIVA
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Poderes do Estado
São:
 
		
São independentes e harmônicos entre si e com suas funções reciprocamente indelegáveis (art. 2º da CF), a cada um deles corresponde uma função que lhe é atribuída com precipuidade.
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Legislativo– Executivo – Judiciário
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Poderes do Estado
Representam uma divisão estrutural interna visando ao mesmo tempo a especialização no exercício das funções estatais e a impedir a concentração de todo o poder do Estado nas mãos de uma única pessoa ou órgão.
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Funções precípuas dos Poderes
Legislativo: elaboração da lei – função 			 	 normativa
Executivo: a conversão da lei em ato 			 individual e concreto – função 			 administrativa
Judiciário: aplicação coativa da lei aos 	 			 litigantes – função judicial
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Organização do Estado
	A nossa Federação é formada unicamente pelas seguintes entidades estatais:
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 União – Estados – Municípios- Distrito Federal 
E Territórios.
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Direito Administrativo 
Conceito de Direito Administrativo
 Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado.
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Conceito
A)- Conjunto harmônico de princípios jurídicos....
-Sistematização de normas doutrinárias de direito.
-Não são regras de política ou ação social
-Indica o caráter científico da matéria.
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Conceito
B)- ...que regem órgãos, os agentes...
Ordena a estrutura e o pessoal do serviço público.
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Conceito
C)-... atividades públicas ...
-Atos praticados pela Administração pública nesta qualidade e excepcionalmente em condições de igualdade com o particular, sujeitos a normas de Direito privado.
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Conceito
D)-... tendentes a realizar concreta direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado.
-O DA rege toda e qualquer atividade da AP que provenha do Executivo, Legislativo e Judiciário.
-É uma ciência autônoma em relação a outros ramos do direito.
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Objeto do Direito Administrativo
Direito Público
-Interesse Público (Alessi)
-Supremacia do Int. Público
-Verticalidade
-Poder de Império
Ex: desapropriação
Direito Privado
-Interesse particular
-Autonomia da vontade
-Horizontalidade: paridade de condições.
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Objeto e abrangência do DA
O objeto não está restrito as relações jurídicas regidas pelo direito público.
Administração pública atua nos mais diversos setores.
Obediência aos princípios que regem a Administração pública.
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Objeto e abrangência do DA
Relações internas à administração pública entre órgãos e entidades administrativas.
Relação entre a AP e seus agentes estatutários e celetistas
Relação entre a AP e seus administrados
Atividade da AP exercida por particulares
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Fontes do Direito Administrativo
Fonte à origem, lugar de onde provém algo. No caso, de onde emanam as regras do Direito Administrativo. 
-Quatro são as principais fontes: 
 I – lei; II – jurisprudência; III – doutrina; IV – costumes. 
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Fontes do DA: LEI
Como fonte primária, principal, tem-se a lei, em seu sentido genérico (“latu sensu”), que inclui, além da Constituição Federal, as leis ordinárias, complementares, delegadas, medidas provisórias, atos normativos com força de lei, e alguns decretos-lei ainda vigentes no país etc. Em geral, é ela abstrata e impessoal. 
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Fontes do DA: JURISPRUDÊNCIA
Jurisprudência o conjunto de decisões do Poder Judiciário na mesma linha, julgamentos no mesmo sentido. Então, pode-se tomar como parâmetro para decisões futuras, ainda que, em geral, essas decisões não obriguem a Administração quando não é parte na ação. 
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Fontes do DA: DOUTRINA
Doutrina é a teoria desenvolvida pelos estudiosos do Direito, materializada em livros, artigos, pareceres, congressos etc. Assim, como a jurisprudência, a doutrina também é fonte secundária e influencia no surgimento de novas leis e na solução de dúvidas no cotidiano administrativo, além de complementar a legislação existente, que muitas vezes é falha e de difícil interpretação. 
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Fontes do DA: COSTUME
Costumes, que hoje em dia têm pouca utilidade prática, princípio da legalidade, que exige obediência dos administradores aos comando legais. No entanto, em algumas situações concretas, os costumes da repartição podem influir de alguma forma nas ações estatais, inclusive ajudando a produção de novas normas. Diz-se costume à reiteração uniforme de determinado comportamento, que é visto como exigência legal. 
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Codificação do Direito Administrativo
Não se encontra codificado.
Regras administrativas: CF e leis espaças 
Ex: lei 8112/90
 lei 8666/93
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Interpretação do Direito Administrativo
Sistema Administrativo é o regime adotado pelo Estado para o controle dos atos ilegais ou ilegítimos pelo Poder Público.
Sistema inglês e Sistema francês.
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Sistema inglês
Sistema inglês ou Unicidade de jurisdição
- Todos os litígios administrativos podem ser levados ao Poder Judiciário que é o competente para dizer o direito e faz coisa julgada.
-Não veda a solução de litígios na área administrativa
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Sistema francês.
Sistema francês ou dualidade de jurisdição:
-Veda o Poder Judiciário o julgamento de litígios que envolva a Administração Pública.
-Tribunais de índole administrativa
-jurisdição comum e jurisdição administrativa
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Sistema Administrativo Brasileiro
-Sistema Inglês.
-artigo 5º, xxxv da CF: “A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça ao Direito”
-Controle de legalidade deverá ser exercido pelo Poder Judiciário e pela Administração Pública.
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Estrutura Administrativa do Estado
Entidades políticas
-integrantes da federação
-autonomia política
-PJDPinterno
-dotados de competência repartida na CF
-editam leis
Entidades administrativas
-Não dispõe de autonomia política
-não detém competência legislativa
-são criadas/autorizadas por lei
-executam as leis
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Estrutura Administrativa do Estado
Administração Pública
Prestação de serviço
público- art. 175 CF
Repartição de competência art. 21 ao 32 CF
O Estado exerce a função administrativa por meio de órgãos, pessoas jurídicas e seus agentes. O meio de atuação, em sentido instrumental amplo se divide em Centralizada , Descentralizada e desconcentrada.
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Estrutura Administrativa do Estado
Centralização administrativa:
O Estado executa suas tarefas diretamente.
Através de órgãos e agentes da AD que transferem funções para um órgão central.
Órgãos do Estado
Despersonalizados
Integrantes de uma mesma pessoa política
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Estrutura Administrativa do Estado
Desconcentração administrativa:
a)- técnica administrativa usada pela AD e AI
b)-Ocorre dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurídica
c)-distribuição interna de competência
d)- órgão não tem personalidade jurídica, mas tem autonomia administrativa e financeira
e)- Há hierarquia: subordinação
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Estrutura Administrativa do Estado
Descentralização administrativa
a)-Execução de funções estatais por meio de outras pessoas.
b)-Pressupõe duas pessoas distintas: Estado e executora.
c)-duas espécies: Por outorga e por delegação.
d)-Em nenhuma forma há hierarquia
e)-controle finalístico, tutela ou supervisão
f)-Na Delegação o controle é mais rigido, mais amplo do que na outorga.
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Estrutura Administrativa do Estado
Desc. Por outorga
-Estado cria uma entidade (pessoa jurídica) e a ela transfere o serviço.
Criação por lei e por prazo indeterminado
Administração Indireta
Desc. Por delegação
Estado transfere por contrato (concessão ou permissão) ou por ato unilateral (autorização) a execução de serviço público.
-contrato-determinado-concessão: PJ e permissão: PF e PJ 
-Ato unilateral-indeterminado: PF e PJ
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Administração Pública
Administração Direta: É a administração mediante a ação dos próprios órgãos do Estado aos quais se confiam tarefas administrativas (funções de governo) 
Administração Indireta: É a transferência de atividades administrativas a pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado. 
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Administração Direta
Pertencem a Administração Direta os Poderes:
Legislativo – Judiciário – Executivo 
E seus respectivos órgãos. 
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Administração Indireta
Pertencem a Administração Indireta:
Autarquias
Fundações
Empresas Públicas
Sociedade de Economia Mista
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	Princípios 	constitucionais	
	que informam a 	Administração Pública 
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A Constituição Federal é o cerne de todo o ordenamento jurídico 
Estrutura-se enquanto um sistema normativo formado por princípios e normas jurídicas
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Os princípios estão no vértice da pirâmide e as demais normas jurídicas conformam-se a eles
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Os princípios expressam valores éticos, sociais e políticos da sociedade, convertidos pelo legislador constituinte em preceitos jurídicos
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São várias as funções dos princípios constitucionais, interessando-nos destacar seu caráter orientador
 para a criação legislativa e 
 para o exercício das funções públicas administrativa e jurisdicional
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O princípio exige que tanto a lei como o ato administrativo
 respeitem seus limites
 tenham o seu mesmo conteúdo
 sigam sua mesma direção
 realcem seu mesmo espírito
 
								Augustin Gordilho
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Violar um princípio
 É muito mais grave que transgredir uma norma
 É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade
Celso Antônio Bandeira de Mello
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1º Grupo 
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	Princípios especificados 	 no Artigo 37 da Constituição Federal
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	Por uma feliz coincidência as iniciais das palavras que denominam os princípios especificados no artigo 37 da Constituição Federal formam o vocábulo mnemônico LIMPE que lembra limpeza, portanto transparência 
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 Legalidade
 Impessoalidade
 Moralidade
 Publicidade
 Eficiência
Princípios do Art. 37 da Constituição 
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Legalidade
O princípio da legalidade está na base do Estado de Direito 
Entre os particulares vige o princípio da autonomia da vontade, segundo o qual o que não for proibido por lei é permitido 
Para o administrador público isso não basta, ele deve agir sob o império das leis
Só pode fazer o que a lei lhe autoriza
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Impessoalidade
A Administração Pública deve atuar sem que a figura do administrador seja identificada 
A administração não se dispõe à promoção pessoal, já que o administrador atua em nome do interesse público
Também os seus atos não podem privilegiar pessoas específicas
Devem ser dirigidos a todos, indistintamente
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Moralidade
 
	Legalidade + Finalidade = Moralidade
 
Ética da conduta administrativa
A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. 
O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo 
	Dec. nº 1.171, de 22/06/94, III 
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Publicidade
Gerenciamento público deve ser às claras, transparente
Tal publicidade permitirá à população controlar e fiscalizar a administração
É imprescindível, portanto, para que se exerça o controle social
Publicidade não pode ser confundida com propaganda pessoal
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Eficiência 
EC/19/98- Administração gerencial-resultado
Trata-se do dever da boa gestão administrativa
O dever de aplicar a melhor solução legal e ética, mais efetiva à realização da finalidade administrativa
É a utilização dos meios adequados para a obtenção de resultados de interesse público
Busca de maior eficácia possível às ações do Estado
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Eficiência
Atuação do agente público: avaliação de desempenho e perda de cargo, assegurado ampla defesa.
Escolas de governo- permissão de convênios ou contratos entre os entes da federação.
Eficiência = economicidade = controle financeiro do Estado
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Eficiência
Eficiência: modo pelo qual desempenha a função, ou seja, a conduta dos agentes.
Eficácia:meios e instrumentos empregados pelo agente
Efetividade: resultado obtido.
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2º Grupo 
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	Princípios reconhecidos:
 Podem estar explícitos ou implícitos no texto constitucional, além dos especificados no Art. 37. 		
	
	
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	O fato desses princípios, não constarem expressamente do Artigo 37 da Constituição não lhes diminui a importância
	
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Supremacia do Interesse público
O Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o interesse privado é princípio geral de direito, inerente a qualquer sociedade organizada. 
É a própria condição de sua existência, uma vez que todo poder emana do povo e, por evidente, em seu nome e benefício será exercido
O interesse público expressa o bem comum, o bem-estar de uma coletividade
 
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Indisponibilidade do Interesse público
o administrador não pode dispor livremente do interesse público, pois não representa seus próprios interesses quando atua, devendo assim agir segundo os estritos limites impostos pela lei. O princípio da indisponibilidade do interesse público aparece como um freio ao princípio da supremacia do interesse público. 
O bem público é indisponível, pq pertence ao povo
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Proporcionalidade (principio da proibição de excesso)
Proporção adequada entre os meios usados e a finalidade almejada.
"o princípio da proporcionalidade representa, a rigor, uma dimensão concretizadora da supremacia do interesse primário (da coletividade), verdadeiro interesse público, sobre o interesse secundário (próprio Estado)". 
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Razoabilidade
Tem por escopo aferir a compatibilidade entre os meios empregados e o fim visado
Está ligado diretamente a adequação e necessidade. Não basta o ato ter finalidade é preciso que os meios empregados sejam adequados a consecução. 
Desarrazoado por inadequação
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Razoabilidade e proporcionalidade (lei 9784/1999, art.2º)
As competências administrativas devem ser ponderadas (motivos
razoáveis) e exercidas de forma compatível com a extensão e intensidade (proporcionais) exigidas para cumprimento da finalidade de interesse público 
CONTROLE DE ATOS DISCRICIONÁRIOS (razoabilidade)
CONTROLE DE ATOS SANCIONATÁRIOS (proporcionalidade)
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Segurança jurídica
segurança jurídica concede aos indivíduos a garantia necessária para o desenvolvimento de suas relações sociais, tendo, no Direito, a certeza das conseqüência dos atos praticados. 
A estabilidade da decisão administrativa é uma qualidade do agir administrativo, que os princípios da Administração Pública impõem'". 
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Contraditório
contém o enunciado de que todos os atos e termos ou de natureza procedimental devem primar pela ciência bilateral das partes, e pela possibilidade de tais atos serem contrariados com alegações e provas. 
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Ampla defesa
traduz a liberdade inerente ao indivíduo (no âmbito do Estado Democrático) de, em defesa de seus interesses, alegar fatos e propor provas. Neste aspecto, mostra-se evidente a correlação entre a Ampla Defesa e contraditório, não sendo concebível falar-se em um sem pressupor a existência do outro – daí a inteligência do inciso LV, do artigo 5.º Constitucional, em agrupá-los em um dispositivo. A Ampla Defesa abre espaço para que o litigante exerça, sem qualquer restrição, seu direito de defesa. 
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Devido Processo Legal
ato praticado por autoridade, para ser considerado válido, eficaz e completo, deve seguir todas as etapas previstas em lei.
Ex: licitações
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Principio da motivação
É a obrigação conferida ao administrador de motivar todos os atos que edita, sejam gerais, sejam de efeitos concretos. 
Motivar significa: - mencionar o dispositivo legal aplicável ao caso concreto; - relacionar os fatos que concretamente levaram à aplicação daquele dispositivo legal. 
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Motivação
Para todos os atos dos agentes públicos têm que haver um motivo explicável, um fundamento de fato e de direito
O princípio da motivação é a própria explicação dos pressupostos e dos fundamentos que embasam as decisões do agente público 
Todos os atos administrativos devem ser motivados para que o Poder Judiciário possa controlar o mérito do ato administrativo quanto à sua legalidade. 
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Autotutela
Art. 5º, inciso XXXV, CF/88
Autotutela: Poder-dever da AP, ex officio, em controlar seus próprios atos tanto na legalidade (anular) ou do mérito (revogar).
Objeto: atos ilegais ou legais (que perderam seu objeto)
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Princípio da Finalidade
Além de ater-se à letra da lei, o administrador deve considerar o objetivo que gerou a criação do ato.
Deve buscar o resultado prático, eficiente, compatível com as reais necessidades e aspirações da sociedade (interesse público) 
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Princípio da Igualdade
Diz a Constituição que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (Art. 5º)
Logo, o administrador não pode tratar de forma desigual situações iguais no campo dos direitos e das obrigações
Tratamento igual para situações iguais e desigual para situações desiguais
 
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Lealdade e boa-fé
É um princípio que está bastante relacionado à moralidade administrativa
O administrador não pode adotar comportamento astucioso, impregnado de malícia para confundir ou dificultar o exercício de direitos
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	Esses princípios são 	amplamente reconhecidos pela 	jurisprudência e pela doutrina
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O que acontece quando os princípios da Administração Pública são desrespeitados ?
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Primeiro é preciso dizer que o desrespeito aos princípios da Administração Pública constitui grave desrespeito diretamente ao povo
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Constitui uma traição à confiança depositada em governantes e servidores para a administração de bens e de interesses públicos
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A inobservância a qualquer dos princípios que informam a Administração Pública pode gerar a nulidade do ato e a responsabilização administrativa, cível e criminal do agente
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Administração Pública Indireta
Pessoas administrativas, vinculadas a Administração direta que tem o objetivo de desempenhar as atividades administrativas de forma descentralizada.
Abrangência: Todas as entidades federativas podem ter a sua AI devido sua autonomia, sendo obedecidos os requisitos: competência para a matéria e interesse administrativa na descentralização.
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Administração Pública Indireta
Composição:
Art. 4º, II, DL 200/67- Personalidade jurídica própria.
a)- autarquias
b)-Empresas públicas
c)- Sociedade de Economia mista
d)-Fundações públicas – acrescida pela lei 7596/87
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Principios inerentes a Administração Pública Indireta
Princípio da Reserva legal: artigo 37, XIX CF/88.
Lei específica cria autarquias
Lei ordinária específica autoriza a criação de SEM , EP e fundações.
Lei ordinária define atuação SEM e EP art. 173, parágrafo 1º
Lei Complementar define atuação das fundações 
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Principios inerentes a Administração Pública Indireta
Artigo 37, caput da CF
No que couber os princípios reconhecidos
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Principios inerentes a Administração Pública Indireta
Principio da Especialidade:
A necessidade absoluta de ser expressamente consignado em lei a atividade que será exercida pela entidade da Administração Indireta.
Principio do controle ou tutela administrativa
Toda entidade da API é submetida ao controle da AD a que é vinculada. É subdivido em Controle Político, institucional, administrativo e financeiro.
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Principios inerentes a Administração Pública Indireta
Controle político: dirigentes escolhidos e nomeados pela autoridade competente.
Controle Institucional: obriga a entidade a exercer os fins para o qual foi criada.
Controle Administrativo: permite a fiscalização dos agentes e da rotina na entidade.
Controle financeiro: fiscalização dos setores financeiro e contábil.
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Autarquias
Pessoa jurídica/ de direito público/ integrante da Administração pública indireta,/ criada por lei,/ para desempenhar funções que,/ despidas de caráter econômico,/ sejam próprias e típicas do Estado.
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Criação, organização e extinção das Autarquias
Lei de Iniciativa do chefe do Executivo, cria ou extingue as autarquias. Negatória a ato administrativo.
Artigo 61, Parágrafo 1º, II, b CF/88
Art. 61 - A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. 
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: 
II - disponham sobre: 
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios; 
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Patrimônio das autarquias
Transferência de bens móveis e imóveis do ente federado que a criou. São bens públicos e no caso de sua extinção reincorpora ao patrimônio da pessoa que a criou. 
Bens públicos: imprescritível e impenhorável
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Nomeação dos dirigentes
Chefe do Executivo.
Forma de investidura: na lei que a criou.
Curiosidade: Algumas autarquias necessita da anuência do Senado Federal expressa na Constituição Federal para a nomeação. Ex: BACEN.
Em outros casos a anuência do Senado Federal é por força de lei infraconstitucional.
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Nomeação dos dirigentes
Principio da Simetria.
STF= Nomeação de dirigentes em autarquias estaduais e distritais: aprovação da Assembléia legislativa.
Exoneração: Sem anuência de ninguém, interferência entre os três poderes: lei inconstitucional.
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Controle de desempenho
Não há hierarquia, há vinculação.
Pessoa jurídica distinta da pessoa política, com autonomia administrativa é diferente de autonomia (tripla capacidade)
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Contrato de gestão das autarquias
Ampliação da autonomia gerencial
através do contrato de gestão – metas estipuladas – prazo determinado – avaliação de desempenho- 
Ampliação da autonomia gerencial: quando celebram o contrato de gestão as autarquias PODERÃO ser qualificadas como AGÊNCIA EXECUTIVA.
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Autarquias sob regime especial
Maiores privilégios
Nomenclatura equivocada do legislador
Têm em suas leis instituidoras instrumentos aptos a conferir-lhes maior autonomia.
Agências reguladoras federais vem sendo criadas como autarquias sob regime especial, mas nem toda agência reguladora é uma autarquia.
Só celebram contrato de gestão se a lei que criou autorizar.
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Autarquias sob regime especial
Agências executivas podem ser autarquias comuns ou especiais. 
Agência reguladora pode ser ao mesmo tempo uma agência executiva.
Agência reguladora fiscaliza a atividade de determinados setores da economia
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Foro privilegiado
Artigo 109, I e VIII CF/88: Justiça Federal
Litígios comuns
Mandado de Segurança: coator agentes de autarquias federais.
Autarquias estaduais e municipais não tem foro privilegiado: Justiça comum.
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LITIGIOS ENTRE SERVIDORES E AUTARQUIAS
SPEF______AUTARQUIA = JF
SPEAEM ____AUT. ESTADUAIS OU MUNICIPAIS = JC
SPC_______JT ART 114 CF
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Privilégios Processuais
Mesmos privilégios da Fazenda Pública
a)Prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer
b)- Isenção de custas judiciais (reembolsar sim)
c)- dispensa de procuração
d)- dispensa de preparo prévio em recursos
e)- Não sujeito a concurso de credores na falência, inventário e arrolamento
f) Reexame necessário
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Empresas públicas e Sociedade de Economia Mista.
Formalmente de Direito privado
Materialmente de Direito Público
Natureza ambivalente ou híbridos: pertencem ao mesmo tempo ao domínio publico e domínio privado
Personalidade Jurídica Própria
Instrumento de ação do Estado no domínio Econômico 
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Empresas públicas e Sociedade de Economia Mista.
Criação autorizada por lei específica – LO – PE elabora atos constitutivos através de Decretos
Obrigação de registro público para nascimento da personalidade jurídica.
SEM: participação de capital privado e público- controle acionário é da pessoa que a criou.
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Empresas públicas e Sociedade de Economia Mista.
Finalidade ou objeto: atividade economica ou prestação de serviço.
-art. 173 = agente econômico
-art. 175= serviços próprios do Estado que não podem ser delegados
Criadas para explorar a atividade econômica quando necessárias ao imperativo da Segurança Nacional ou relevante interesse coletivo: CEF, BNDES, Embrapa, ECT...
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Empresas públicas e Sociedade de Economia Mista.
Criação de subsidiárias – autorização legislativa. Artigo 37 XX
Adin 1649/DF- Dispensa autorização legislativa quando existe a previsão para este fim na lei ou ato normativo que a criou, sendo a mesma a medida autorizadora.
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Empresas públicas e Sociedade de Economia Mista.
Controle administrativo: não há hierarquia, mas sim vinculação, controle finalístico, supervisão.
Ampliação da autonomia gerencial: contrato de gestão- avaliação de desempenho – Não poderá ser qualificada de agência executiva (exclusiva de autarquias e fundações) Lei 9.649/98
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Empresas públicas e Sociedade de Economia Mista.
Benefícios fiscais: art. 173, parágrafo 2º
Entendimento majoritário é que não se aplica a empresas que prestam serviços públicos.
Caput do artigo 173 trata-se de empresa pública que atua no setor econômico.
Podem ter benefícios fiscais desde que empresas privadas também tenham.
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FUNDAÇÕES PÚBLICAS
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
ART. 5º IV DECRETO-LEI 200/67
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. 
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FUNDAÇÕES PÚBLICAS
a)-Quem institui: pessoa política
b)-Quem mantém: ente instituidor que destina recursos orçamentários
c)-objeto: atividade de interesse social, sem fim lucrativos
d)-Diferença entre FP e FPública está no instituidor e no patrimônio afetado
e)- Autorizada por lei
Lei complementar estabelecendo as áreas de atuação das fundações é exigência da CF, mas até o momento não foi ediada.
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PERSONALIDADE JURÍDICA
ART. 37 XIX
PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO OU PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO????
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PERSONALIDADE JURÍDICA
Entendimento predominante é que um ente político poderá criar uma fundação com personalidade jurídica de direito público ou de direito privado. 
STF- Adin 191/RS
RE nº101.126/84
Di Pietro, Diogenes Gasparini, Miguel Reale e Cretella Jr.
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PERSONALIDADE JURÍDICA
Para esta corrente todos os dispositivos constitucionais que se referem a fundações são aplicáveis ao gênero, independente se ela é pública ou privada.
As regras de direito público podem estar na CF, lei ou lei institucional.
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PERSONALIDADE JURÍDICA
2ª corrente: Celso Antonio Bandeira de Melo.
Todas as fundações públicas são pessoas jurídicas de direito público, eis que é atribuída as mesmas a titularidade do serviço público e não apenas seu exercício.
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PERSONALIDADE JURÍDICA
3ª corrente: Hely Lopes Meirelles, Carvalho Filho e Marçal Justen Filho
Todas as fundações são de direito privado, independente de serem instituídas pela Administração direta. 
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PERSONALIDADE JURÍDICA
As atividades administrativas que podem ser desempenhadas por sujeitos dotados de personalidade privada. Se a natureza da atividade impuser o regime de direito público, teria que criar uma autarquia.
O Estado não pode criar uma pessoa privada para realizar suas próprias funções atribuindo-lhe patrimônio público e impedir a incidência do regime de direito público.
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Critérios diferenciadores
FPDPÚBLICO
-Inexigibilidade de inscrição de seus atos constitutivos no Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
-Titularidade de serviço público
-Origem dos recursos: previsão de orçamento na pessoa federativa
-Bens públicos
-Podem ser sujeitos ativos tributários 
FPDPRIVADO
-É exigível o registro de atos
-Execução de serviço público
-Renda dos serviços que prestam, doações etc.
-bens não são públicos
-Não podem ser sujeitos tributários.
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Atuação do Ministério Público
Fundações públicas: Fiscalizador
Fundações privadas: curador-autorização prévia e prestação de contas.
Fundação privada – Instituição que presta um serviço social, sem fins lucrativos,criada por um particular, pessoa física ou jurídica, que retira de seu patrimônio para investir na instituição.
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PARAESTATAIS OU TERCEIRO SETOR
Entidades paraestatais é nome dado àqueles entes que não obstante possuam personalidade jurídica própria e estejam disciplinados por algumas normas de direito público, não se enquadram nos moldes legais previstos para que pertençam ao quadrode entes da Administração Pública Direita ou Indireta. 
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PARAESTATAIS OU TERCEIRO SETOR
HELY LOPES: A expressão “entidades paraestatais” foi inicialmente difundida no Direito Administrativo brasileiro como gênero que compreenderia as pessoas jurídicas de direito privado, criadas por lei, para a realização de serviços de interesse coletivo, sob normas e controle do Estado. Esse conceito, desenvolvido pelo Professor Hely Lopes Meirelles, abrangia, basicamente, as pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Indireta (empresas públicas e sociedades de economia mista) e os chamados serviços sociais autônomos (SESC, SENAI, SESI etc.). 
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PARAESTATAIS OU TERCEIRO SETOR
MARIA SYLVIA DI PIETRO: “entidades paraestatais” exclusivamente pessoas privadas, sem fins lucrativos, que exercem atividades de interesse público, mas não exclusivas de Estado, recebendo fomento
do Poder Público, e que não integram a Administração Pública em sentido formal. 
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PARAESTATAIS OU TERCEIRO SETOR
O terceiro setor coexiste com o primeiro setor, que é o próprio Estado, e com o segundo setor, que é o mercado é a chamada descentralização administrativa por cooperação e dentre eles encontram-se:
a) os serviços sociais autônomos;
b) as organizações sociais;
c) as organizações da sociedade civil de interesse coletivo (OSCIP);
d) as “entidades de apoio”. 
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SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS - Sistema S
SESC, SENAC, SENAI e SESI. 
Pessoas jurídicas de Direito Privado que prestam serviço de relevante interesse social à população em geral ou à uma determinada classe profissional. 
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SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS - Sistema S
Não possuem fins lucrativos, mas recebem recursos e contribuições de classes profissionais e empresas ou mediante convênios com a Administração Pública. 
Serviço de natureza eminentemente pública por isto se sujeita a certas normas de direito público como a exigência de teste seletivo para a contratação de seu quadro de pessoal e a submissão ao controle exercido pelo Tribunal de Contas (somente quando receber recursos públicos), conforme disposto no artigo 70, parágrafo único da Constituição Federal. 
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SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS - Sistema S
Ex: O SESC se trate de Serviço Social do Comércio, o SENAI de Serviço Nacional de aprendizagem Industrial, SENAC de Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, SESI de Serviço Social da Indústria 
Art. 149, III CF: contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas 
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ENTIDADES DE APOIO
Maria Sylvia Di Pietro, “por entidades de apoio podem-se entender as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por servidores públicos, porém em nome próprio, sob forma de fundação, associação ou cooperativa, para a prestação, em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do Estado, mantendo vínculo jurídico com entidades da administração direta ou indireta, em regra por meio de convênio”. 
Essas entidades de apoio não têm uma lei geral que as regule. As únicas que têm regramento legal são as denominadas “fundações de apoio às instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica”, que estão disciplinadas na Lei nº 8.958, de 20.12.1994. 
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ORGANIZAÇÕES SOCIAIS 
São pessoas jurídicas de Direito Privado que mediante contrato de gestão com a Administração Pública prestam serviços sociais sem fins lucrativos, dirigidos ao ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente e à saúde. 
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ORGANIZAÇÕES SOCIAIS
Regulamentação: 9.637 de 15.05.1998 
Requisitos: Para ser qualificada como organização social (utilização pública) e assim possa receber recursos públicos a entidde deverá possuir um órgão de deliberação superior, o chamado “Conselho de Administração”, formado por representantes do Poder Público e de membros da comunidade. 
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ORGANIZAÇÕES SOCIAIS
Uma vez cumpridos os requisitos exigidos a entidade passará a receber recursos estatais de forma a promover o fomento e incentivo de suas atividades, através da celebração de um contrato de gestão entre a Administração Pública e a entidade privada. 
O status de organização social, no entanto, poderá ser revogado a qualquer tempo, desde que não cumpridas as normas estabelecidas no contrato de gestão. 
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ORGANIZAÇÔES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO 
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos e instituídas por particulares, que prestam serviços de utilidade pública de competência não exclusiva do Estado. 
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ORGANIZAÇÔES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO 
No entanto, apresentam um importante diferencial relacionado com o objetivo estatal almejado ao instituir tais entidades: enquanto as organizações sociais são claramente instituídas com a finalidade de extinguir a atividade estatal da área onde atuam as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público são instituídas pelo Estado com a intenção de realmente promover fomento ou incentivo a determinada atividade. 
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ORGANIZAÇÔES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO 
Além desse diferencial marcante podemos constatar que por se tratar de atividade de real fomento estatal, a sociedade civil de interesse público se sujeita a requisitos bem mais rígidos para obtenção de sua qualificação, se comparada com a organização social. Entre eles podemos destacar a necessidade da entidade atuar em uma das atividades elencadas no art. 3º. da Lei 9790 de 23.03.1999 e sua habilitação perante o Ministério da Justiça. 
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ORGANIZAÇÔES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO 
Além disso, o art. 4º. da mesma lei exige : a inscrição no estatuto das pessoas jurídicas interessadas princípios como o da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência; a adoção de práticas de gestão que dificultem de forma pessoal ou coletiva a obtenção de vantagens pessoais decorrentes da participação no respectivo processo decisório e a prestação de contas, quando se utilizar de bens ou recursos públicos, conforme determina o art. 70 da CF. 
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Organizações Sociais: Contrato de gestão
Oscip: Termo de Parceria
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ÓRGÃOS E ENTIDADES
Art. I e II do Parágrafo 2º do artigo 1º da lei 9784/99:
 I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta;
 II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;
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TEORIA DO ÓRGÃO PÚBLICO
Amplamente adotada ela doutrina e jurisprudência.
 A pessoa jurídica manifesta sua vontade meio dos órgãos de forma presumida.
Órgãos são integrantes da própria estrutura da pessoa jurídica.
Vontade do agente que atua no órgão = Vontade do Estado 
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CONCEITO
UNIDADES INTEGRANTES DA ESTRUTURA DE UMA MESMA PESSOA JURÍDICA NAS QUAIS SÃO AGRUPADAS COMPETÊNCIAS A SEREM EXERCIDAS POR MEIO DE AGENTES PÚBLICOS. SÃO RESULTADO DA TÉCNICA DE ORGANIZAÇÃO NA FORMA DE DESCONCENTRAÇÃO
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CLASSIFICAÇÃO (Hely Lopes)
QUANTO A SUA ESTRUTURA
1- Órgãos simples ou unitários: são aqueles que possuem apenas um único centro de competência, sua característica fundamental é a ausência de outro órgão em sua estrutura, para auxiliá-lo no desempenho de suas funções.
2- Órgãos Compostos: são aqueles que em sua estrutura possuem outros órgãos menores, seja com desempenho de função principal ou de auxilio nas atividades, as funções são distribuídas em vários centros de competência, sob a supervisão do órgão de chefia. Ex: Ministério da Fazenda e Receita Federal. 
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B) QUANTO A SUA ATUAÇÃO FUNCIONAL.
1- Órgãos Singulares: são aqueles que decidem e atuam por meio de um único agente, o chefe. Os órgãos singulares possuem vários agentes auxiliares, mas sua característica de singularidade é expressa pelo desenvolvimento de sua função por um único agente, em geral o titular. Ex. PR
2- Órgãos Colegiados: são aqueles que decidem pela manifestação de vários membros, de forma conjunta e por maioria, sem a prevalência da vontade do chefe, a vontade da maioria é imposta de forma legal, regimental ou estatutária. Ex. CN e TJ
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C)- QUANTO A SUA POSIÇÃO HIERÁRQUICA
.Escala governamental ou administrativa.
1- Órgãos Independentes: são aqueles que originam da Constituição Federal e representativos pelo Poder de Estado, estão no topo da pirâmide governamental, não subordina-se a hierarquia, mas estão sujeitos a controles constitucionais. Exercem fundamentalmente função política, judiciais. Ex.CD, SF, STF e STJ
2-Órgãos Autônomos: são aqueles na cúpula da Administração, subordinados a seus chefes, possuem característica de autonomia administrativa, técnica e financeira, em geral são órgãos diretivos, e desempenham funções de planejar, coordenar, supervisionar e controlar
as atividades de sua competência. Ex. Ministérios
3- Órgãos Superiores: são aqueles que tem poder de controle, decisão e comando dos assuntos referentes a sua área de atuação, sujeitos a controle hierárquico, sem possuir autonomia financeira ou administrativa. Ex. Procuradorias, coordenadorias, gabinetes etc
4-Órgãos Subalternos: são aqueles dotados de pouco poder de decisão, em geral realizam funções de execução, como serviços rotineiros, cumprem decisões superiores.
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CAPACIDADE PROCESSUAL
Segundo o artigo sétimo do CPC, a capacidade processual atribuída à pessoa física ou jurídica, como regra, portanto, o órgão não tem capacidade processual.
Exceto: mandado de segurança na defesa de sua competência quando violada por outro órgão. Isto beneficia os órgãos autônomos e independentes.
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AGENTES PÚBLICOS
Conceito: Toda pessoa física que exerça por eleição, nomeação, designação, contratação, mandato, algum cargo, emprego ou função pública.
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CARACTERÍSTICAS
Qualquer título exerça função pública.
Remunerado ou voluntário.
Permanente ou transitoriamente;
Política ou administrativamente.
De alguma forma manifesta a vontade do Estado. 
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Agente público # servidor público # empregado público
Agente público: Sentido amplo. 
Servidor público: espécie de agente público. Mantém relação funcional com o Estado em regime estatutário. São titulares de cargos públicos. Sujeito a regime jurídico de direito público.
Empregado público: espécie de agente público: mantém vinculo funcional permanente com a AP sob regime contratável. Sujeito a regime de direito privado.
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Classificação dos agentes públicos
A)- Agente Político: São os componentes do Governo nos seus primeiros escalões, investidos em cargos, funções , mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercício de atribuições constitucionais. Esses agentes atuam com plena liberdade funcional, desempenhando suas atribuições com prerrogativas e responsabilidades próprias, estabelecidas na Constituição e em leis especiais. Em regra não são hierarquizados, sujeitos apenas às regras constitucionais.
Ex: chefes do executivo, ministros, secretários e membros do PL. Para alguns autores membros do PJ e do MP são agentes políticos.
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B)- Agentes Administrativos: São todos aqueles que se vinculam ao Estado ou às suas entidades autárquicas e fundacionais por relações profissionais, sujeitos à hierarquia funcional a ao regime jurídico determinado pela entidade estatal a que servem. São investidos a título de emprego e com retribuição pecuniária, em regra por nomeação, e excepcionalmente por contrato de trabalho ou credenciamento. Nessa categoria incluem-se, também, os dirigentes de empresas estatais (não os seus empregados), como representantes da Administração indireta do estado, os quais, nomeados ou eleitos, passam a ter vinculação funcional com órgãos.
EX. servidores públicos, empregados públicos e temporários.
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Classificação dos agentes públicos.
C)- Agentes Honoríficos: “São cidadãos convocados, designados ou nomeados para prestar, transitoriamente, determinados serviços ao Estado, em razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional, mas sem qualquer vínculo empregatício ou estatutário e, normalmente, sem remuneração. EX: jurados, mesários etc.... 
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D- Agentes Delegados: “São particulares que recebem a incumbência da execução de determinada atividade, obra ou serviço público e o realizam em nome próprio, por sua conta e risco, mas segundo as normas do Estado e sob permanente fiscalização do delegante” EX: concessionários, permissionários, leiloeiros, tradutores etc.
 Classificação dos agentes públicos.
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Classificação dos agentes públicos.
E)- Agentes Credenciados: “São os que recebem a incumbência da Administração para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante remuneração do Poder Público credenciante” 
Ex: dupla sertaneja.
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RJU: EC 19/98
       Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4) 
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EC:19/98 alterou o caput do art. 39/CF
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes". 
Retirou a exigência de adoção de RJU.
Por algum tempo foi possível a contratação concomitante de servidores públicos e de empregados públicos pela AD, autarquias e fundações públicas de qualquer ente federativo.
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Adin 2135/DF/07 Suspensa a eficácia do caput do artigo 39. 
Inconstitucionalidade formal da EC 19/98, quanto à nova redação dada ao art. 39. A alteração do artigo que alterava a constituição em seu referido artigo simplesmente não fora aprovada por 3/5 das duas Casas do Congresso, em dois turnos de votação, como exige o art. 60, §2º, da CF. 
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Conflitos
Com base na redação original do artigo 39 da CF foi promulgada a Lei nº 8.112/90, que demarcou a opção da União pelo regime estatutário, no qual os servidores são admitidos sob regime de Direito Público, podem alcançar estabilidade e possuem direitos e deveres estabelecidos por lei (e que podem, portanto, ser alterados unilateralmente pelo Estado-Legislador). Justamente por isso, o art. 243 daquele diploma transformou – de forma inconstitucional, diga-se de passagem – os antigos empregados públicos das pessoas de Direito Público em servidores estatutários. 
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Conflitos
Com base na vigência da EC:19/98 foi promulgada a Lei nº 9.962/00, que "Disciplina o regime de emprego público do pessoal da Administração federal direta, autárquica e fundacional, e dá outras providências". Passou então a ser possível a admissão, na Administração Direta, nas autarquias e nas fundações de Direito Público federais, de servidores (lato sensu) celetistas, ou empregados públicos. 
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ADin 2135/07: efeito ex nunc.
Todas as normas editadas durante sua vigência das alterações trazidas pela EC/19/98 serão válidas.
OBS: Funcionário público não existe mais na esfera administrativa , somente na esfera penal.
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Responsabilidade Civil do Estado
Responsabilidade objetiva
ARTIGO 37 , § 6º
Teoria do risco administrativo: obrigação econômica de reparar o dano causado injustamente ao particular.
Dano causado por ação
Agente público nesta qualidade
Não incluem SEM e EP que explorem atividade econômica.
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Responsabilidade objetiva Civil do Estado
Agente público nesta qualidade, ônus da prova é exclusiva da AP.
Se a culpa for exclusiva do particular: exclusão da AP
Se a culpa for da AP: indenização
Pessoas na custódia do Estado: sem atuação do Estado.
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LEGITIMIDADE PASSIVA?
AÇÃO DIRETA CONTRA O AGENTE OU A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA?
POSSO ABRIR MÃO DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA E ENTRAR COM AÇÃO CONTRA O AGENTE?
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LEGITIMIDADE PASSIVA
STF: RE 327094/06: NÃO.
Duas garantias prevista no §6º do art. 37.
a)- Ao administrado lesado: Estado é pessoa solvente
b)-Ao servidor: só responde civil e administrativamente perante a AP.
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LEGITIMIDADE PASSIVA
STJ: RE 731746/08: SIM
Pode entrar com ação contra o agente público eis que não lhe é concedido nenhum privilégio pessoal. Pode arcar com suas responsabilidades, não podendo mitigar as garantias legais concedidas a vitima.
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Prestadores de serviço
Responsabilidade objetiva das prestadoras de serviço público:
RE 262651/SP: não se estende a terceiros não usuários , será apenas entre elas e o usuário. 
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DA AÇÃO REGRESSIVA
Direito de regresso.
AP tem que ter sido condenada a pagar a indenização com o trânsito em julgado.
AP que causou o dano indeniza o particular independente de comprovação
de dolo ou de culpa, mas o agente só será condenado a ressarcir a AP se houver dolo ou culpa
Transmissão causa mortis (sucessores)
O agente responde mesmo não tendo mais vínculo com a AP
Ação é imprescritível: prática ilícita que decorre prejuízos aos cofres públicos.
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Responsabilidade Subjetiva da Administração Pública
Responsabilidade Subjetiva: responsabilidade pelos danos causados por atos de terceiros ou fenômenos da natureza.
	-Exigência da Comprovação da omissão culposa da AP.	
 (terá que ser provada a culpa na omissão da AP)
	-Ônus da prova = do particular (tem que provar que o dano causado pela omissão do terceiro não agente público ou de evento da natureza seria evitado se a AP estivesse atuado corretamente.
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	-Culpa administrativa anônima = culpa não individualizada, isto é, não precisa se provar a negligência, imperícia ou imprudência de um agente público determinado, mas sim da AP por inteiro.
Ex: manifestação pública
Enchente
	-Ação de indenização é usada para a reparação do dano causado pela AP ao particular.
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	-O autor demonstrará a relação causa e consequência, entre o fato lesivo e o dano e ainda o valor patrimonial desse dano.
	-AP deverá comprovar que o particular concorreu com dolo ou culpa para o evento danoso, podendo resultar três situações.
Se não provar, deverá indenizar o particular.
Se provar culpa total do particular, ficará eximida da obrigação de reparar
Se comprovar que houve culpa recíproca a obrigação será atenuada proporcionalmente.
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	-Valor: o que a vitima perdeu, o que gastar e o que eventualmente ganhará.
	-Prescrição: 5 anos.
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DA AÇÃO REGRESSIVA
Direito de regresso.
AP tem que ter sido condenada a pagar a indenização com o trânsito em julgado.
AP que causou o dano indeniza o particular independente de comprovação de dolo ou de culpa, mas o agente só será condenado a ressarcir a AP se houver dolo ou culpa
Transmissão causa mortis (sucessores)
O agente responde mesmo não tendo mais vínculo com a AP
Ação é imprescritível: prática ilícita que decorre prejuízos aos cofres públicos.

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