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O Sensoriamento remoto tem por objetivo estudar objetos ou regiões na superfície da Terra sem entrar diretamente em contato com os mesmos. Esses objetos de interesse, vegetação, culturas agrícolas, solos, formações rochosas, corpos d`água, etc são, em seu conjunto, genericamente denominados de alvos. Estas informações de interesse são obtidas basicamente através do estudo da interação da Radiação Eletromagnética – REM emitidas por Fontes naturais (Sol) ou artificiais (radar) com esses alvos, (Erbert, M.; 2001) e captadas por Sensores. Fonte de energia REM REM Sensor 1672 – NEWTON observou que um raio luminoso ao atravessar um prisma desdobrava-se em um feixe colorido, apresentando um espectro de cores. 1822 – Utilização da primeira câmera primitiva 1827 - A primeira fotografia obtida por Joseph Nicephore Niepce na França. A exposição do filme durou 8 horas uma emulsão de Betume da Judéia – um tipo de asfalto 1858 – A primeira fotografia aérea obtida por Gaspard Felix Tournachon a partir de um balão a 550m de altitude sobre Paris – França. 1903 – Primeiras utilizações de câmaras fotográficas para fins cartográficos 1909 – Primeiras tomadas de fotos aéreas por aviões 1860 – Primeira fotografia aérea obtida através de balões nos EUA. Fotografia aérea oblíqua do centro de Boston obtida por Samuel A. King e J.W. Black através de um balão a 400m de altitude em 15 de outubro deste ano 1930 – Cobertura sistemáticas do território para fins de levantamento de recursos naturais. 1914 – Utilização da fotografia aérea para reconhecimento do território inimigo durante a I Guerra Mundial 1940 – Desenvolvimento de equipamentos de radiometria sensíveis ao Infravermelho – Invenção do filme infravermelho – Detector de Camuflagem 1944 – Primeiros experimentos com câmeras multiespectrais. 1962 – Desenvolvimento de veículos espaciais não tripulados e lançamento dos primeiros satélites meteorológicos (NINBUS, TIROS, etc.) – Primeira fotografia orbital. 1971 – Nasce o microprocessador. 1972 – Surgimento do programa de sensoriamento remoto orbital ERTS- 1 ( o primeiro da série LANDSAT-1) - NASA, além dos programas espaciais SPOT – francês, além de outros como o SEASAT. 1981 – Lançamento do PC-IBM. 1993 – Lançamento do SCD-1 (Brasil). 1995 – Lançamento do CBERS (Brasil) – Primeiro satélite de sensoriamento remoto brasileiro em consórcio com a china. 1983 – Lançamento do Landsat-4. 1992 – Lançamento do JERS-1 (Japão) com um radar de abertura sintética (SAR) e um sensor ótico a bordo. 1993 – Lançamento do Landsat-6 (fracassado). Manutenção controlada da “atmosfera” entre o alvo e o sensor - energia x matéria. A resposta espectral do objeto depende: Geometria fonte x sensor x alvo; Densidade de cobertura do solo pela cultura; Conhecimento do comportamento espectral de um objeto sob condições controladas, permitindo a fixação de variáveis, tais como: ângulo de incidência do iluminante, potência do fluxo incidente, etc. Sensoriamento remoto através de equipamentos sensores colocados a bordo de satélites artificiais posicionados entre 800Km (heliosíncronos); e 30.000Km (geoestacionários) de altitude; A atmosfera possui uma maior relevância na qualidade da imagem do que nos outros níveis; Possuem uma cobertura sistemática da superfície, pois as órbitas privilegiam o imageamento na mesma hora do dia, sob as mesmas condições de iluminação. Um fluxo de REM ao se propagar pelo espaço pode interagir com superfícies ou objetos (incluindo a atmosfera terrestre), sendo por estes, refletido, absorvido e transmitido. As variações que estas interações com os objetos produzem na REM dependem das propriedades físico-químicas destes objetos, constituindo assim uma valiosa fonte de informações a respeito sobre a superfície dos objetos. SENSOR REMOTO capta e mede a quantidade de energia refletida e/ou emitida por estes alvos para obter informações sobre estes alvos A Radiação EletroMagnética – REM não necessita de um meio para se propagar e pode ser caracterizada tanto pelo seu comprimento (dados em metros e suas subdivisões) de onda quanto pela sua frequência (em Hertz – Hz) O modelo ondulatório é utilizado para explicar a propagação da onda eletromagnética propagando-se pelo espaço a uma velocidade de 300.000 Km/s (velocidade da luz). Extensa faixa do espectro (10nm a 400nm). Películas fotográficas são mais sensíveis à radiação UV que a luz visível. Uso para detecção de minerais por luminescência e poluição marinha. Forte atenuação atmosférica nesta faixa, o que se apresenta como um grande obstáculo à sua utilização. É definida como a radiação capaz de produzir a sensação de visão para o olho humano. Possui pequena variação de comprimento de onda (0,38 a 0,750mm). Importante para o SERE, pois imagens obtidas nessa faixa geralmente apresentam excelente correlação com a experiência visual do intérprete. Grande importância para o sensoriamento remoto. Engloba radiação com comprimentos de onda de 0,75mm a 1,0mm. A radiação IR é facilmente absorvida pela maioria das substâncias e produz o efeito de aquecimento. Pode ser dividido em: IR Próximo, IR Médio, IR Distante (ou Termal) Situa-se na faixa de 1mm a 30cm. Nesta faixa, pode-se construir dispositivos capazes de produzir feixes de REM altamente concentrados, chamados radares. Pouca atenuação pela atmosfera (ou nuvens), propicia um excelente meio para uso de sensores de microondas em qualquer condição de tempo. Baixas freqüências e grandes comprimentos de ondas. As ondas nesta faixa são utilizadas para comunicação, pois, além de serem pouco atenuadas pela atmosfera, são refletidas pela ionosfera, propiciando uma propagação de longo alcance.