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Atividade de Revisão Prova II

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ACCARINI, J. H., no capítulo 2 de sua obra intitulada “Economia Rural e Desenvolvimento – reflexões sobre o caso brasileiro” faz uma abordagem sobre a importância relativa das cinco funções do setor rural no processo de desenvolvimento econômico de um país essencialmente agrícola. A respeito disso, responda: (Tema o).
Cite essas cinco funções na sequência natural como apresentada pelo autor (que em linhas gerais, aproxima-se razoavelmente da que ocorreu no Brasil a partir da segunda metade do século XIX).
Essa sequência natural seria o suprimento de recursos ocupar posição de destaque no inicio do processo de transformação econômica, cedendo lugar, em seguida à transferência de mão-de-obra e à expansão do mercado interno, para onde normalmente orientadas as indústrias que se instalam com vistas, sobretudo, à substituição de importação. Após a criação das bases para o crescimento urbano-industrial, sua sustentação exige matérias-primas, tecnologias e equipamentos de origem externa, eu requer divisas para importa-los. Como o setor industrial ainda é pouco desenvolvido e incapaz de competir em termos de preços e qualidade com outros países tecnologicamente mais adiantados no mercado internacional, as exportações agrícolas podem transformar-se na principal fonte de receita cambial. Em linhas gerais, essa sequência aproxima-se razoavelmente da que se verificou no Brasil a partir da metade do século passado, quando se registra em várias regiões um incipiente processo industrial, cuja, implantação e desenvolvimento estiveram ligados nas origens do café, açúcar. Cacau, e outros produtos de exportação.
Comente quais as repercussões que podem ocorrer no comportamento da economia, em decorrência de possíveis falhas surgidas no cumprimento dessas funções.
As funções do setor rural se alteram ao longo do processo de desenvolvimento econômico. Essas funções precisam ser cumpridas de modo apropriado. Para isso é necessário gerar excedentes de produção em volumes adequados e a preços satisfatórios. Quando por alguma razão especifica ou conjunto delas, não é possível atender a essas exigências, o setor rural pode constituir sério obstáculo ao desenvolvimento econômico autossustentado pois, tratando-se de uma atividade básica, os reflexos de seu desempenho atingem a evolução dos outros setores e, portanto, o comportamento da economia como um todo.
Explique por que a participação do setor rural na renda nacional declina a medida que a renda per capita aumenta? (Tema o).
O inicio desse processo de declínio é gradativo e dinâmico, geralmente coincide com a formação de setores urbanos criados espontaneamente ou estimulados por incentivos do governo dirigidos, usualmente à implantação de segmentos urbano-industriais. Se instala e evolui parcela crescente do consumo de bens e de matérias-primas rurais deslocando-se para os centros urbanos, ocorre então transferência de armazenagem, beneficiando comércio transporte, e industrialização de produtos anteriormente inexistentes. Além disso passam a integrar outros setores como fabricas de insumos agrícolas tais com fertilizantes e equipamentos, além do comercio, bancos, transportes e serviços que contribuem para a renda nacional. Como consequência o setor rural continua crescendo mais, gradativamente, vai deixando de ser mais importante no valor global da produção da produção, perdendo em termos participação relativa da renda e também no nível de empregos.
Uma das teorias de desenvolvimento agrícola é o modelo de insumo moderno definido por Schultz. Esclareça: (Tema p).
Qual a razão, por ele apontada, do atraso vivenciado pelos produtores de subsistência existentes em raízes pobres?
O atraso dos produtores de subsistência é apontado como “inexistência de tecnologias alternativas que propiciassem maior produtividade e melhores lucros”. No entender de Schutz, esses produtores eram pobres, mas eficientes e, diante da falta de alternativas rentáveis para modernizar os processos de produção, viviam numa espécie de equilíbrio estacionário cujo rompimento exigiria a introdução de novos fatores de produção á preços reduzidos. O estímulo ao uso desses fatores denominados não tradicionais, não convencionais ou simplesmente insumos modernos, seriam condicionados pelos retornos econômicos que pudessem ser oferecidos aos produtores.
Quais os requisitos necessários para viabilizar sua proposta de transformar a agricultura e promover o desenvolvimento rural?
Para viabilizar sua proposta de transformar a agricultura e promover o desenvolvimento rural, seria necessário investir em pesquisa e experimentação e gerar conhecimentos tecnológicos que propiciassem expressivos retornos econômicos. E também seria necessário que o setor industrial desenvolvesse e produzisse os insumos modernos representativos desses conhecimentos e os produtores tivessem capacidade de utilizá-los de modo eficiente. 
Comente os objetivos da assistência técnica e extensão rural e também sobre a necessidade de interação entre os extensionistas rurais, os centros de pesquisa e os produtores. (Tema q).
A assistência técnica visa orientar os produtores rurais quanto ao uso de tecnologias alternativas. O objetivo-síntese da extensão rural é de natureza mais abrangente: melhorar as condições de vida do homem do campo, entretanto, como essa melhoria passa, quase sempre pelo aumento da renda do produtor o serviço de extensão rural acaba centralizando-se na prestação de assistência técnica, pois desenvolve ações em diversas áreas com finalidade entre os produtores tecnologias já utilizadas em especial, aquelas criadas por centros de pesquisas testadas em estações experimentais. Os extensionistas rurais completam, portanto as atividades dos centros de pesquisa público e privados servindo como uma espécie de ponte entre diferentes produtores e principalmente entre produtores e aqueles centros com os quais precisam estar em permanente contato. Esses processos de interação é necessário para que os extesionistas se mantenham atualizados e afinados com os novos conhecimentos gerados e, ao difundi-los entre o maior número possível de produtores isso se converta, finalmente em aumentos de produção com menores custos e maiores retornos.
Sobre o programa de preços mínimos, esclareça quais são as formas alternativas de atuação do governo e comente as dificuldades ou distorções enfrentadas para implementá-las. (Tema q).
Primeira alternativa: Contemplação da diferença entre os preços mínimos e os praticados no mercado. Quando os mercados são pouco organizados e transparentes, tal sistema sofre dificuldades operacionais já que há a necessidade de apurar previamente os preços recebidos pelos produtores.
Segunda alternativa: O governo pode oferecer ao produtor um financiamento baseado na multiplicação do preço mínimo pela quantidade armazenada. Esse financiamento garantido pelo produto estocado é concedido no curto prazo, e pode ser liquidado mediante a transferência definitiva de estoques para o governo. Se nesse prazo, houver recuperação dos preços, em que o produtor poderá ter a possibilidade de algum lucro, o pagamento do financiamento poder ser realizado em dinheiro. Nessa alternativa, mesmo não vendendo de imediato seus excedentes o produtor tem a garantia que receberá o preço mínimo, e devido a possibilidade dos preços se recuperarem durante o prazo do financiamento, para o governo, esse sistema pode evitar a aquisição de grandes lotes de produtos e interferências desnecessárias ao mercado.
Terceira alternativa: Estender esses financiamentos a exportadores, indústrias, beneficiadores e a outros agentes, desde que comprovem ter pago ao produtor pelo menos o preço mínimo estabelecido. Esses agentes não tem a opção de entregar os estoques para liquidar o financiamento, pois esse benefício deve caber apenas aos produtores rurais. Essa forma de garantir preços mínimos permite incluir produtos perecíveis, que precisam de condições especiais de armazenamento; como o governo não tem capacidade para esse armazenamento, não háa opção de conceder aos tomadores desses financiamentos a liquidação através dos estoques. Quando indústrias, beneficiadores e outros agentes têm maior acesso a esses financiamentos e existem expectativas generalizadas de crescimento dos preços, a procura por tais financiamentos tende a superar a sua oferta. Dessa maneira, é possível que haja excessiva concentração de recursos nas mãos desses agentes fazendo com que muitos produtores se vejam forçados a vender seus excedentes antes da recuperação dos preços, o que iria contra o objetivo da política dos preços mínimos, cujos os principais beneficiados devem ser os produtores. 
Que discrepância existe entre as reformas agrárias ocorridas nos países da Península Ibérica e a implementada no Brasil, quanto ao funcionamento da pequena produção tradicional? (Tema r).
No Brasil quase 5 anos após a implantação do PNRA, as ações reformistas continuavam vinculadas a determinações anteriormente fixadas no âmbito de projetos de regularização fundiária. Também ressalta que o assentamento das famílias e os planos efetivos de produção em áreas desapropriadas ou arrecadadas continuavam a desfrutar de peso pouco significativo no conjunto das realizações, diluindo-se, nas estatísticas fornecidas, entre ações fundiárias de um modo geral. Contudo não havia uma preocupação mais rigorosa com o discernimento entre terras desapropriadas e regularizadas. Na Ibéria, no caso espanhol, os pequenos produtores conformam-se com o polo marginal e encontram dificuldade de sobrevivência estrutural, a bandeira da reforma agraria era justamente enfatizada na situação dessas classes marginalizadas no agro. Mas seria afetado pelas batalhas legais que apresentam caráter sucessivo desde a aprovação da lei. Vários tópicos da lei são tomados como afrontosos a legislação do Estado e a Constituição, terminando por inviabilizar qualquer decisão que invertesse os rumos consumidos por esse setor. Enquanto que em Portugal, no V Governo Provisório a reforma agrária deixa de ser uma inspiração para se transformar numa realidade, concretizando-se no dia a dia de ocupação de terras dos latifundiários por trabalhadores desempregados ou por pequenos produtores com áreas insuficientes. Já no VI Governo Provisório novos instrumentos legais e repressivos mais rigorosos são utilizados visando conter esse processo de reforma com conotação mais popular e radical. 
Qual a variação apresentada por GUANZIROLI, C. E., no artigo “PRONAF dez anos depois: resultados e perspectivas para o desenvolvimento rural”, sobre o efeito de uma política de crédito focalizada na categoria de agricultores familiares periféricos. (Tema s).
Uma política de credito focalizada nos setores mais carentes do meio rural poderia ser um contra-senso, já que eles não tem atividade que sustente ou demande esse tipo de política. Existe então a questão se o crédito é a melhor forma para modificar a realidade da exclusão social na agricultura, já que esse crédito seria para quem não tem renda monetária. Por esse motivo foi criada a proposta no INCRA a qual afirma que esses grupos deveriam ser alvos de políticas agrarias e sociais e não de crédito.
Comente os três momentos da modernização da agricultura brasileira e os resultados gerais que se chegou a cada um deles, de acordo com José Graziano da Silca. (Tema t).
Foram três momentos decisivos: 
O primeiro- Constituição dos CADs a partir da integração técnica intersetorial entre as indústrias que produzem para a agricultura, a agricultura propriamente dita e as agroindústrias processadoras, integração que só se torna possível a partir da internacionalização do D1 da agricultura. A partir daqui não é mais a agrorindustria que comanda, pois ela passa a depender diretamente do desenvolvimento do setor industrial para si e para a agricultura.
O segundo momento – A industrialização da agricultura supõe, além da existência do D1 a própria agricultura moderna. As variáveis-chaves da agricultura mudam: parte significativa da agricultura cresce não mais apenas em função dos preços das commodities no mercado externo, mas também em função das demandas industrias . De um lado a p´rocura de matérias-primas pelas agroindustriais , de outro a busca de mercado pelas industrias de maquinas e insumos. O desenvolvimento da agricultura a partir desse momento não é autônomo, mas passa a depender da dinâmica da indústria.
O terceiro momento- O padrão tornou-se ainda mais completo pela emergência da integração de capitais sob comando do capital financeiro, com reflexos não apenas na base técnica da atividade agrícola, mais principalmente no plano de concentração e centralização do capital e da terra e no plano das relações com o Estado, ocorrendo assim, mudança no processo agrícola.
Sobre a globalização da agricultura, responda: (Tema u).
Qual a extensão dessa globalização na esfera produtiva?
Podemos afirmar que existem três posições sobre a extensão globalização: Uma é que o mundo não tem fronteiras, os Estados nacionais perderam sua importância, assim buscar a inserção possível nas tendências mundiais; a segunda é pode ser uma questão ideológica disfarçada, a do imperialismo norte-americano e que se deve fincar o pé nas conquistas nacionais porque essa onda é passageira; a terceira é a globalização é só uma etapa do desenvolvimento capitalista. Nessa etapa a marca fundamental é que a transformação de empresas multinacionais em empresas transnacionais que operam em escala mundial, o que é muito diferente de empresas que operam em um número restrito e determinado de países da orbita de influência da sua “pátria originaria”. Mas são empresas que evidentemente têm um Estado por de trás não são empresas sem pátria como querem fazer crer. Existe uma grande dificuldade em saber até onde esta transnacionalização efetivamente chegou ao nível produtivo. Há pelo menos duas grandes áreas onde a globalização é indiscutível. Uma nos complexos carnes e grãos, que hoje já estão internacionalizados. Assim, por exemplo, da mesma maneira que se fala no carro mundial, fala-se no frango mundial, no novilho mundial. Outro segmento onde é clara a globalização da orbita produtiva é na área de indústria alimentícia, que tem levado ao limite a chamada dieta fordista, composta basicamente de massas, carnes e alimentos duráveis do tipo congelados e/ou enlatados.
Diante dos impactos do meio ambiente sobre a atividade agrícola globalizada (que está submetida a políticas geoambientais de ajudas diretas, de certificação de qualidade e de direitos de produção), até que ponto são contempladas nesse contexto as preocupações específicas que marcam a agricultura, as questões social e ecológica de países como o Brasil?
 A grande questão do caso brasileiro é que em nenhum momento as questões da distribuição da terra, da renda, da riqueza e do emprego aparecem neste cenário globalizado. Este é um problema que já devia ter sido resolvido. Não se deve adiar soluções e engatar neste mundo com uma agricultura extremamente dinâmica como o caso do Brasil, sem resolver os problemas dos boias-frias, dos sem-terra, daqueles que ficaram para trás. Estamos a caminho de uma fase do desenvolvimento agrícola, onde a relevância dos aspectos da preservação ambiental, da saúde e do consumidor, emergem como elementos centrais. Mais infelizmente nada das preocupações especificas que marcam a agricultura e a questão ecológica de países do terceiro mundo se faz presente neste contexto.
Faça um comentário sobre os principais motivos que levam a tão forte coalização de interesses de cada um dos três mais importantes agentes responsáveis pela formação do mercado de biodiesel. (Tema v).
A formação do mercado de biodiesel, com a dimensão da responsabilidade social é o resultado de coalização de interesses de três atores: empresas e movimentos sócias, sob a coordenação do governo federal . Atores que antes se encontravam apenas em situações de conflito passaram a ser responsáveis conjuntamente pela formação de um arranjo produtivo. Essa inusitada configuraçãofoi possível em função das substantivas mudanças na concepção de controle que orienta a ação dos três principais agentes responsáveis pela formação do mercado de biodiesel : empresas passaram a adotar a responsabilidade social como núcleo dos negócios, movimentos sociais trocaram a contestação pela parceria como empresas e o governo passou a exercer o papel de catalizador de agentes antagônicos ao invés da tradicional pratica corporativista.

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