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SISTEMAS DE UMA SONDA II Autores: Cesar Roberto da Silva Ferreira Ronaldo Ferreira Ribeiro SISTEMAS DE UMA SONDA II Programa Alta Competência Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das atividades profissionais na Companhia. É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo. Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força de trabalho às estratégias do negócio E&P. Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das competências necessárias para explorar e produzir energia. O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados e a reciclagem de antigos. Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de sucesso que ela é. Programa Alta Competência Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila está organizada e assim facilitar seu uso. No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual representa as metas de aprendizagem a serem atingidas. Autor Ao fi nal desse estudo, o treinando poderá: • Identifi car procedimentos adequados ao aterramento e à manutenção da segurança nas instalações elétricas; • Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao aterramento de segurança; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. ATERRAMENTO DE SEGURANÇA Como utilizar esta apostila Objetivo Geral O material está dividido em capítulos. No início de cada capítulo são apresentados os objetivos específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como orientadores ao longo do estudo. No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem. Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do capítulo em questão. Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas C ap ít u lo 1 Riscos elétricos e o aterramento de segurança Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá: • Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e riscos elétricos; • Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 21 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 1.4. Exercícios 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. Gabarito Objetivo Específi co Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente identifi cados, pois estão em destaque. Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 49 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos. Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. Nesse processo, o operador temimportante papel, pois, ao interagir diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico por contato indireto e de incêndio e explosão. 3.1. Problemas operacionais Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo de aterramento são: • Falta de continuidade; e • Elevada resistência elétrica de contato. É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo admissível para resistência de contato. Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm. 3.4. Glossário Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo abordado de um determinado item do capítulo. “Importante” é um lembrete das questões essenciais do conteúdo tratado no capítulo. CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1.6. Bibliografi a É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a primeira observação de um fenômeno relacionado com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome dado à resina produzida por pinheiros que protege a árvore de agressões externas. Após sofrer um processo semelhante à fossilização, ela se torna um material duro e resistente. Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais: 1.1. Riscos de incêndio e explosão Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma: Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera potencialmente explosiva por descarga descontrolada de eletricidade estática. Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos pessoais, materiais e de continuidade operacional. Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta dos principais pontos abordados no capítulo. Em “Atenção” estão destacadas as informações que não devem ser esquecidas. Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional! Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... SumárioSumário Introdução 15 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda 1. Sistemas de uma sonda 19 1.1. Sistema de geração e transmissão de energia 19 1.1.1. Instruções de operação 20 1.1.2. Fontes de energia 21 1.1.3. Um pouco de eletricidade 24 1.2. Sistema de movimentação de carga 41 1.2.1. Guincho 41 1.2.2. Guincho auxiliar 51 1.2.3. Bloco de coroamento 53 1.2.4. Catarina 55 1.2.5. Gancho da catarina 58 1.2.6. Cabo de perfuração 62 1.2.7. Elevador 87 1.2.8. Compensador de movimento 93 1.3. Sistema de rotação 102 1.3.1. Método rotativo convencional 102 1.3.2. Top drive 117 1.3.3. Motor de fundo 117 1.4. Sistema de monitoração – instrumentação 119 1.4.1. Tanque de Manobra (Trip Tank) 123 Capítulo 2. Ferramentas de manuseio 2. Ferramentas de manuseio 129 2.1. Chaves flutuantes 129 2.1.1.O uso das chaves flutuantes 129 2.1.2. Cunhas 133 2.1.3. Colar de segurança 137 Capítulo 3. Recomendações de segurança, meio ambiente e saúde 3. Recomendações de segurança, meio ambiente e saúde 143 3.1. Resultados esperados 145 Capítulo 4. Informações gerais 4. Informações gerais 149 4.1. Exemplo de um procedimento pré-operacional em sondas 149 4.2. Ordem de Manutenção 151 Exercícios 152 Glossário 155 Gabarito 156 Introdução A perfuração de um poço de petróleo é realizada através de uma sonda. Na perfuração rotativa, as rochas são perfuradas pela ação da rotação e do peso aplicado a uma broca existente na extremidade de uma coluna de perfuração, a qual consiste basicamente de comandos (tubos de paredes espessas), heavy weight (tubos semiflexíveis de peso intermediário entre os tubos de perfuração e os comandos), subs de cruzamento diversos, tubos de perfuração (tubos de paredes menos espessas), kelly e outros. Os fragmentos da rocha são removidos continuamente, através de um fluido de perfuração ou lama. Esse fluido é injetado por bombas para o interior da coluna de perfuração, por meio da cabeça de injeção (swivel) e retorna à superfície pelo espaço anular, formado pelas paredes do poço e pela coluna. Ao atingir determinada profundidade, a coluna de perfuração é retirada do poço e uma coluna de revestimento de aço, de diâmetro inferior ao da broca, é descida. O anular entre os tubos do revestimento e as paredes do poço é cimentado, com a finalidade de isolar as rochas atravessadas, permitindo então, com segurança, o avanço da perfuração. Após a operação de cimentação, a coluna de perfuração é novamente descida no poço, tendo – na sua extremidade – uma nova broca, de diâmetro menor que a do revestimento para o prosseguimento da perfuração. Pretendemos, portanto, evidenciar que os poços são perfurados em diversas fases, caracterizadas pelos diferentes diâmetros de brocas. 15 C ap ít u lo 1 Sistemas de uma sonda 18 Alta Competência 19 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda 1. Sistemas de uma sonda Todos os equipamentos de uma sonda rotativa – responsável por determinada função na perfuração de um poço, são agrupados nos chamados sistemas de uma sonda. Os principais sistemas são: • Sustentação de carga; • Geração e transmissão de energia; • Movimentação de carga; • Rotação; • Circulação; • Segurança de poço; • Monitoração; • Subsuperfície. Estudaremos, a seguir, quatro desses sistemas de forma mais detalhada: geração e transmissão de energia; movimentação de carga; rotação e monitoração. 1.1. Sistema de geração e transmissão de energia O sistema de geração tem como função garantir a energia necessária para manter em operação todos os equipamentos de uma sonda de perfuração, principalmente a mesa rotativa, o top drive, o guincho de perfuração e a bomba de lama. A falha desse sistema, durante a perfuração, pode ocasionar a prisão de ferramenta (pescaria) e em tempo não produtivo. 20 Alta Competência 1.1.1. Instruções de operação 1) Opere sempre que possível com a lâmpada de power-limit acesa. Se mais de um conjunto motor-gerador, por exemplo, estiver no barramento, e o medidor percentual marcar menos de 50%, um conjunto poderá ser retirado. 2) A lógica de contactores é acionada pelas chaves liga-desliga e frente-reverso. Evite ligar e desligar essas chaves, respectivamente. 3) Só desligue as chaves “liga-desliga” e “frente-reverso’ de motores com os potenciômetros aceleradores na posição zero. Desligar as contatoras de motores acelerados poderá causar danos irreversíveis aos contatos. 4) Evite acelerar e desacelerar livremente o acelerador manual. Confie no sistema; o motor será acelerado quando você precisar. 5) A bomba de lama só será acionada caso a chave “liga-desliga” do console auxiliar das bombas de lama estiverem ligadas. Fique atento. 6) Opere delicadamente o sistema. A geração de sondas mecânicas praticamente já foi concluída nesta etapa. 7) Em alguns casos, o console do sondador é pressurizado. Caso a pressão caia, o alarme será acionado. Fique atento. Com a evolução da eletrônica já é possível controlar a velocidade de motores AC. Assim, a utilização de motores DC tende a ser superada. Sistemas de controle mais complexos e precisos deverão substituir os atuais, com um nível de automação maior. A monitoração dos parâmetros de perfuração será feita por um computador, que determinará continuamente a melhor opção de perfuração. VOCÊ SABIA?? 21 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda 1.1.2. Fontes de energia A energia necessária para o acionamento dos equipamentos de uma sonda de perfuração é normalmente fornecida por motores a diesel. Nas sondas marítimas, quando existe produção de gás, a utilização de turbinas a gás para a geração de energia para toda a plataforma é a opção mais comum e econômica. Quando disponível, a utilização da energia elétrica de redes públicas pode ser vantajosa, principalmente, quando o tempo de permanência da sonda em cada locação for elevado. Uma característica importante dos equipamentos de uma sonda e que afeta o processo de transmissão da energia é a necessidade de eles operarem com velocidade e torque variáveis. Dependendo do modo de transmissão de energia para os equipamentos, as sondas de perfuração são classificadas em sondas mecânicas e diesel-elétricas. A saber: • Sondas mecânicas Nas sondas mecânicas (as mais utilizadas), a energia gerada nos motores a diesel é levada a uma transmissão principal (compound) através de acoplamentos hidráulicos e embreagens. Uma sonda mecânica está representada na figura a seguir. 22 Alta Competência Conversor de torque Embreagem Equipamentos Guincho Bombas de lama Mesa rotativa Pequenos motores AC Gerador AC Compound Motor diesel Sonda mecânica O compound é constituído de diversos eixos, rodas dentadas e correntes que distribuem a energia a todos os sistemas da sonda. As embreagens permitem que os motores sejam acoplados ou desacoplados do compound, propiciando maior eficiência na utilização dos motores a diesel. • Sondas diesel-elétricas As sondas diesel-elétricas geralmente são do tipo AC/DC, no qual a geração é feita em corrente alternada e a utilização, em corrente contínua. Motores a diesel ou turbinas a gás acionam geradores de corrente alternada (AC) que alimentam um barramento trifásico de 600 volts, o qual, alternativamente, também pode receber energia da rede pública. Pontes de retificadores controlados de silício (SCR) recebem a energia do barramento e a transformam em corrente contínua, que alimenta os equipamentos da sonda. 23 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda O SCR representa as iniciais Silicon Controlled Rectifier, ou seja, Retificador Controlador de Silício. Usa-se este nome para designar todo o sistema de geração de energia em uma sonda de perfuração. Os equipamentos auxiliares da sonda ou da plataforma como os de iluminação e de hotelaria, que utilizam a corrente alternada, recebem a energia do barramento após a sua passagem por um transformador. VOCÊ SABIA?? A figura a seguir apresenta uma sonda AC/DC, típica de sonda marítima. M o to res A C Motores DCSCR1 SCR2 SCR3 Geradores AC M o to re s D ie se l 60 0 v A C Bombas de Lama Mesa Rotativa Guincho Principal Transformador Esquema de sonda AC/DC – típica de sonda marítima As sondas a diesel elétricas com sistemas do tipo AC/AC (geração e utilização ocorrem em corrente alternada) têm uso incipiente, mas com tendência a aumentar no futuro. A energia é fornecida por motores a diesel, turbinas a gás ou através da rede pública de energia. Por utilizarmotores AC, não há necessidade de retificação da corrente, mas sim do controle da frequência aplicada aos motores. 24 Alta Competência 1.1.3. Um pouco de eletricidade Para compreendermos melhor o que foi apresentado e o que vem adiante, vamos entender um pouco mais sobre eletricidade. a) Corrente Elétrica Existem dois tipos de corrente elétrica, a saber: • AC – corrente alternada • DC – corrente contínua A corrente alternada (A/C) é a energia que aciona a maioria dos eletrodomésticos na sua casa. Ela possui a representação indicada na figura a seguir. Corrente alternada A corrente contínua (DC) é aquela gerada por baterias, por exemplo, acionando o seu rádio de pilhas ou gravador. Ela possui a seguinte representação: Corrente contínua 25 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda A corrente contínua pode ser utilizada para acionarmos motores elétricos. Assim: A flexibilidade do sistema é controlada pela chave seletora. Exemplo: 1 MP1 2 MP2 3 RT 4 MC ATENÇÃO Na posição 3 da chave seletora (numerada, conforme o indicador de seu relógio) o SCR 1 aciona a bomba de lama 1, o SCR2 aciona a bomba de lama 2, o SCR3, a mesa rotativa e o SCR4, a bomba de cimentação. 1.1.3.1. Opções de acionamento do guincho O guincho possui dois motores: o motor A e o motor B, e tem duas modalidades DWA e DWB, isto é, o motor A do guincho e o motor B do guincho são acionados por cubículos diferentes de SCR (Silicon Controlled Rectifier). Veja o exemplo da posição 11: 26 Alta Competência SCR Motor • DWA / DWB Observe que os motores são acionados por SCR diferentes. DWA SCR2 SCR3 DWA • DWS Ambos os motores (DWA e DWB) são colocados em série e acionados por um único SCR. Exemplo: posição 1 em que o SCR 1 aciona o DWS. 27 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda Assim teremos: DW SCR1 DWS DW ATENÇÃO A opção 1 produz maior velocidade, enquanto que a opção 2 produz maior torque, isto é, força. Desse modo, o lado esquerdo da chave seletora deverá ser utilizado em operações de manobra (TRIPPING) enquanto que o lado direito, em operações de perfuração (DRILLING). 1.1.3.2. Sondas a diesel elétricas – a evolução de uma ideia Primeiramente apenas sondas com acionamento mecânico eram utilizadas. Assim, junto a cada equipamento de perfuração (mesa rotativa, bomba de lama, guincho) existia um motor diesel para seu acionamento. Começou a ser estudada a possibilidade de acionarmos os equipamentos de perfuração utilizando-se motores elétricos. Como já sabemos, na época, controlar velocidade de motores AC não era tarefa das mais simples. Assim, optou-se por motores DC para ativar os equipamentos de perfuração. A geração de tensão DC ficaria a cargo de geradores DC, impulsionados por motores a diesel. 28 Alta Competência O esquema de sonda seria então: ATENÇÃO É importante observar que no esquema anterior, caso ocorresse um problema no gerador DC, o equipamento de perfuração a ele ligado pararia. Para se obter esta flexibilidade foi necessário colocar vários geradores AC selecionados através de uma lógica de contatoras. Assim teríamos: • Lógica de contatores No esquema anterior, se o contato 1 estiver fechado o motor diesel 1 e o gerador DC 1 acionarão a mesa rotativa. Se o contato 2 estiver fechado o motor diesel 2 e o gerador DC 2 acionarão a mesa rotativa. A grande desvantagem desse tipo de sonda é o grande número de motores diesel e de geradores DC necessários, que exigem manutenção delicada e constante. 29 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda Passou-se então ao estudo de possibilidade de uso do gerador AC e convertendo-se para DC através das chaves eletrônicas SCR, cuja configuração seria: Para resolver o problema de seletividade, criou-se o conceito de “barramento único”, ou seja, todos os geradores AC seriam ligados ao mesmo ponto e daí todas as chaves eletrônicas seriam alimentadas. A configuração seria então: SCR 1 SCR 2 SCR 3 GERADOR AC MOTOR DC Equipamento de Perfuração Equipamento de Perfuração Equipamento de Perfuração MOTOR DC MOTOR DC MOTOR DIESEL MOTOR DIESEL MOTOR DIESEL CHAVES LÓGICA DE CONTATORES AC ELETRÔNICAS BARRAMENTO GERADOR AC GERADOR AC 30 Alta Competência Observe que, desse modo, o SCR 1 aciona a mesa rotativa ou a bomba de lama; o SCR 2, a bomba de lama ou guincho; o SCR 3, o guincho ou a mesa rotativa. Além disso, com apenas um conjunto motor-gerador todos os equipamentos de perfuração poderão ser acionados, desde que o motor gerador tenha capacidade para isso, pois o barramento AC é único. A flexibilidade, a economia e a manutenção nesse sistema são bastante melhoradas. DIAGRAMA DO SISTEMA SCR TR CCM MP 2 MP 1 MOTOR DIESEL GERADOR AC DISJUNTOR MOTOR DIESEL GERADOR AC DISJUNTOR DWB DWA RT Circuito limitador de potência 31 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda O sistema SCR prevê um circuito limitador de potência, visando a proteger o motor diesel e o gerador AC, impedindo que uma potência maior do que a especificada seja gerada, pois, se isso ocorresse, poderia danificar o motor ou o gerador. Assim que a capacidade máxima fosse atingida, a potência DC fornecida aos motores seria limitada, o que causaria um impedimento na elevação dos níveis de potência enviada aos motores DC já acionados. Esse circuito não causa a queda de geradores de barramento (os chamados black-outs), muitas vezes, pelo contrário, visa a impedir que isso ocorra. Quando esse limite é atingido, a lâmpada indicadora no console do sondador (“limite de potência”) acende. Isso significa que o motor- gerador está em sua plena carga, ou seja, está trabalhando no seu ponto ótimo, com o maior aproveitamento possível de diesel, gerando o KW a um custo mais baixo. O ideal seria que pudéssemos operar com a lâmpada de POWER- LIMIT sempre acesa. Outro conjunto motor-gerador deverá ser colocado no barramento (o SPM da MP diminuiu, por exemplo) se for necessário. ATENÇÃO Circuito de Sprocket Slip (deslizamento) A fim de proteger os motores DC que acionam as bombas de lama, o sistema prevê um circuito chamado de sprocket-slip que desliga imediatamente este equipamento caso algum problema seja detectado, como: motores DC com problemas, diferente tensão nas correntes mecânicas que conectam o motor à bomba, por exemplo. 32 Alta Competência • Console do sondador Partes constituintes: 1. Chave seletora; 2. Chave de liga-desliga de Bomba de Lama 1; 3. Acelerador manual de Bomba de Lama 1; 4. Chave de liga-desliga de Bomba de Lama 2; 5. Acelerador manual de Bomba de Lama 2; 6. Chave de frente-reverso do guincho; 7. Acelerador manual do guincho; 8. Chave de frente-reverso da mesa rotativa; 9. Acelerador manual de mesa rotativa; 10. Lâmpadas indicadoras; 11. Ajuste de limite de corrente (torque) de mesa rotativa; 12. Medidor de corrente (torque) de mesa rotativa; 13. Medidor percentual de limite de potência; 14. Botoeira de emergência. 33 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda 1.1.3.3. Motores Motores AC são de difícil controle de velocidade, enquanto que motores DC são de fácil controle, bastando apenas variar a tensão a ele aplicada para variar a sua velocidade. 1) Como obter-se voltagem DC: 1.1) Voltagem DC pode ser obtida a partir de pilha e de bateria, como as que você costuma utilizar. 1.2) Para valores mais elevados, utilizam-se geradores DC, geralmente acionados por motores a diesel. 1.3) Através da operação de RETIFICAÇÂO, pode-se “transformar” tensão alterada em contínua. Para tanto, utilizam-se “chaves eletrônicas”. Essas chaves eletrônicassão chamadas de retificadoras ou diodos e são representadas com o seguinte símbolo: 34 Alta Competência Caso essas chaves sejam controladas, são chamadas de tiristores, ou chaves controladas de silício, ou simplesmente SCR. Sua representação é a seguinte: Desse modo, variando-se o controle do gate (ou porta), controla-se o tempo que a “chave eletrônica” fica fechada ou aberta, controlando- se assim, o valor de tensão retificada DC. Para se conseguir uma tensão mais próxima possível à tensão DC, utilizam-se três fases de tensão AC, que são então retificadas em um circuito contendo várias chaves eletrônicas. A forma de onda de fase A, B e C será: 35 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda A chave eletrônica será então: Chaves de liga-desliga As chaves de liga-desliga, frente-reverso são provi- das para todos os equipamentos de perfuração. IMPORTANTE! A bomba de lama, como possui movimento alternativo, não traz a opção de sentido. Já a mesa rotativa e o guincho trazem essa opção. Apenas o motor do guincho A (DWA) pode ser acionado para trás. Consequentemente, a opção DWS só poderá funcionar na posição “frente”. Em alguns sistemas, a chave: é substituída por: 36 Alta Competência Isso significa que, se colocarmos para a esquerda, a MP 1 será acionada e, se colocamos para a direita, a CP 1 será acionada. Neste caso, a chave seletora aparecerá: 2 MP1 / CP1 Significando que o SCR2 aciona a bomba de lama 1 ou a bomba de cimentação 1. • Variação de velocidade de motores Já sabemos que, para variar a velocidade de um motor DC, teremos de variar a tensão a ele aplicada, ou seja, a saída da ponte de SCR deverá variar de 0 a 750 VDC. Para que essa variação se processe é necessário variar a tensão aplicada aos gates dos SCR. Para variar a velocidade de um equipamento de perfuração, varia-se a tensão aplicada ao gate do SCR utilizando-se aceleradores manuais no console do sondador. Assim, temos: ACELERADOR ACELERADOR MÓDULO DE CONTROLE MÓDULO DE CONTROLE MANUAL MOTOR DC BASTANTE ACELERADO OVDC OVDCACELERADO MANUAL MOTOR DC MOTOR DC EQUIP. PERF. Equipamento de perfuração MOTOR DC POUCO 37 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda O guincho possui como opção o acelerador de pé, que funciona do mesmo modo que o acelerador manual. Entretanto, só é liberado para a operação quando este último for retirado da posição “zero“. Além disso, o sistema prevê um circuito que gera uma rampa quando se pisa no acelerador de pé, visando a provocar uma variação gradual de velocidade do motor. GERADOR DE RAMPA No instante de tempo t você “pisou fundo” no acelerador de pé guincho. O sistema perceberá, desse modo, a velocidade do motor. t t • Ordem no acionamento O sistema possui um circuito, chamado de ZTI, que impede um motor DC partir acelerado. Isso seria conseguido caso primeiramente se girasse o potenciômetro acelerador e, em seguida, acionasse a chave liga-desliga. Para evitar esse problema, o sistema impede a partida do motor nestas condições. Basta que o acelerador manual seja zerado para que, então, nova partida seja dada ao motor. 1º Chave liga-desliga (frente-reverso) 2º Acelerador manual • Medidor de corrente de mesa rotativa Este medidor indica a corrente elétrica que está sendo entregue à mesa rotativa. A corrente elétrica é proporcional ao torque, indicando, portanto, o torque que está sendo aplicado à coluna. 38 Alta Competência • Ajuste de corrente da mesa rotativa A corrente (torque) máxima entregue à mesa rotativa pode ser ajustada no potenciômetro colocado na frente do console do sondador. Quanto mais à direita for girado este potenciômetro, maior será o torque que o motor da mesa rotativa poderá oferecer. • Botoeira de emergência Caso essa botoeira seja acionada, todos os disjuntores que interligam as pontes dos SCR ao barramento irão abrir, fazendo com que não haja mais geração de tensão DC. Assim, todos os equipamentos de perfuração pararão. A energia AC, entretanto, continuará presente em toda a sonda. • Lâmpadas indicadoras 0 100 GEN 1 SCR 1 MP 1 BLWR ON MP 2 BLWR ON INDICADOR DE POTÊNCIA LIMITE DE POTÊNCIA DW BLWR ON RT BLWR ON SCR 2 SCR 3 SCR 4 GEN 2 GEN 3 ATENÇÃO As lâmpadas GEN acenderão quando o conjunto motor gerador for colocado no barramento (disjuntor-fechar). 39 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda As lâmpadas SCR acendem quando as células de SCR recebem os 600 VAC na sua entrada, isto é, quando o seu disjuntor for fechado. BLWR ON: Blower On significa ventilador ligado, motores AC auxiliares dos motores DC, que são os seguintes: • Para mesa rotativa – lubrificador de corrente (ventilador) • Para a bomba de lama – ventiladores (2) Lubrificadores de haste Lubrificadores de corrente super-charger • Para o guincho – ventiladores (2) ATENÇÃO Uma lâmpada acenderá sempre que todos os motores auxiliares AC dos motores DC forem ligados, o que é feito automaticamente quando o motor DC for acionado (chave liga-desliga ou frente-reverso e acelerador manual). Caso algum motor não seja acionado ou pare de funcionar, um alarme será ouvido internamente no console do sondador. • Limite de potência – esta lâmpada acenderá para indicar que o(s) conjunto(s) motor-gerador(es) que estiver(em) na barra estão funcionando a plena carga e um novo conjunto motor- gerador deverá ser colocado na barra, caso se deseje aumentar a velocidade de algum motor DC e esta não responda. 40 Alta Competência • Indicador de potência (percentual) – este medidor indica a porcentagem da potência gerada que está sendo utilizada na sonda. Quando a lâmpada de limite de potência acender, este medidor deverá estar em torno 100%. TERMOS USUAIS TERMOS DESCRIÇÃO MP BOMBA DE LAMA RT MESA ROTATIVA DWA MOTOR A DO GUINCHO DWB MOTOR B DO GUINCHO DWS OPÇÃO DE GUINCHO SÉRIE GEN ON GERADOR CONECTADO AO BARRAMENTO SCR ON SCR CONECTADO AO BARRAMENTO ASSIGMENT SELEÇÃO TRIPPING OPERANDO DRILLING PERFURANDO RT LIMIT LIMITE DE CORRENTE DA MESA ROTATIVA BLWR ON VENTILADOR LIGADO – NOME GENÉRICO DOS MOTORES AUXILIARES DOS EQUIPAMENTOS DE PERFURAÇÃO FWD PARA FRENTE REV PARA TRÁS OFF DESLIGADO PWR LIMIT LIMITE DE POTÊNCIA EMERGENCY OFF EMERGÊNCIA XFMR TRANSFORMADOR SPROCKET SLIP DESLIZAMENTO DE CORRENTE MECÂNICA NAS BOMBAS DE LAMA Com a evolução da eletrônica já é possível controlar a velocidade de motores AC. Assim, a utilização de motores DC tenderá a ser superada com o passar do tempo. Sistemas de controle mais complexos e precisos deverão substituir os atuais, com um nível de automação maior. A monitoração dos parâmetros de perfuração será feita por um computador que determinará continuamente a melhor opção de perfuração. 41 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda 1.2. Sistema de movimentação de carga A função do sistema de movimentação de cargas é permitir içar ou abaixar colunas de perfuração e de revestimento ou quaisquer outros equipamentos de subsuperfície, para dentro ou fora do poço. Seus principais componentes são a torre e a subestrutura, o conjunto bloco/catarina, guincho, gancho de catarina cabo de perfuração. Os principais componentes do sistema de movimentação de cargas são: • Guincho; • Bloco de coroamento; • Catarina; • Gancho de catarina; • Cabo de perfuração; • Braços do elevador; • Elevador. 1.2.1. Guincho O guincho (destacado pelo retângulo na ilustração) recebe a energia mecânica necessária para a movimentação de cargas através da transmissão principal – no caso de sondas a diesel – ou diretamente de um motor elétrico acoplado a ele, nas sondas elétricas.42 Alta Competência O guincho é constituído por: • Tambor principal; • Tambor auxiliar; • Freios; • Molinetes; • Embreagens. Guincho em destaque 43 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda Guincho O tambor principal tem a função de movimentar o cabo de perfuração que, por sua vez, movimenta as cargas dentro do poço. O freio é um mecanismo de grande importância numa sonda, pois realiza as funções de parar ou de retardar o movimento de descida de carga no poço, permitindo dois tipos de freios numa sonda: • Freio principal (mecânico, por fricção) tem a função de parar e assim manter a carga que está sendo movimentada; • Freio secundário – que é hidráulico ou eletromagnético – e tem a função de apenas diminuir a velocidade de descida da carga, de modo a facilitar a atuação do freio principal. O molinete é um mecanismo tipo embreagem que permite tracionar cabos ou cordas. Há dois tipos de molinetes numa sonda: o molinete das chaves flutuantes para apertar ou desapertar as conexões da coluna de perfuração ou revestimento; e o giratório – ou cathead, que permite o içamento de pequenas cargas quando nele for enrolada uma corda, chamada catline. 44 Alta Competência • Construção A carcaça do guincho de perfuração é fabricada com chapa grossa e membros estruturais pesados, a fim de se obter um alojamento resistente à prova do tempo e ao estanque de óleo para os eixos e os acionadores a correntes. Suportes estruturais robustos apoiam os mancais principais dos eixos. A correta distribuição de peso se faz utilizando componentes estruturais pesados, porém reduzindo-se o peso onde este não é requerido, o que resulta em um eficiente projeto de soldagem. A carcaça do guincho é um invólucro oco, usinado em broqueadeira horizontal depois da soldagem, originando uma precisa manutenção de centros das correntes. Todos os segmentos de chapas que facilitam a remoção dos eixos do guincho, e que devem suportar as cargas dos mancais, são fixados por meio de pinos cônicos ajustados. A carcaça do guincho é ainda montada sobre uma base resistente, construída com vigas pesadas. A carcaça é aparafusada de uma maneira muito simples a uma seção do contra-eixo da rotativa. As seções do contra-eixo da rotativa proporcionam uma plataforma para os sondadores. Para transporte, a carcaça é separada e transportada em duas peças. O guincho tem grandes aberturas de acesso, de modo que as peças internas possam ser alcançadas com facilidade e rapidez. Essas aberturas são superdimensionadas, oferecendo o máximo de acessibilidade. Todas as guardas da carcaça são seladas com uma junta de borracha esponjosa, de tipo celular fechado, proporcionando uma vedação perfeita. Há guardas de proteção facilmente removíveis sobre as embreagens de alta e de baixa, proporcionando fácil acesso a elas. O interior do guincho é projetado de maneira que as tubulações fiquem protegidas no caso de ruptura das correntes. A guarda de tomada de força permite total basculação, para se ajustar a qualquer ângulo, proporcionando um acionamento completamente vedado. 45 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda • O tambor O guincho é equipado com um tambor fabricado com 36" de diâmetro por 62" de comprimento. Pode ser fornecido liso ou com sulcos, conforme necessário. É utilizado o sistema de ranhuras LeBus, montado na fábrica por solicitação do cliente. Esse guincho foi projetado para suportar a carga máxima de um cabo de aço de 1 ½". Quando utilizando, esta bitola de cabo proporcionará o guarnimento de 12 linhas com até 3 camadas enroladas no tambor. Tambor É fornecido um sistema de ancoragem de cabos do tipo de cunha cônica, utilizado com sucesso em projetos anteriores. A mesma cunha de ancoragem pode ser empregada para todas as bitolas de cabos até 1 ½". Uma mangueira flexível transversal, suportada independentemente, no tambor, transfere água de refrigeração de um aro de freio para o outro. Ela pode ser facilmente removida do tambor sem a desmontagem do eixo. • Freios e refrigeração Grandes freios refrigerados a água fazem parte do guincho de perfuração. A razão entre o diâmetro do flange do freio e o diâmetro do carretel do tambor fica entre as maiores oferecidas no mercado para esta classe de sonda. Essa razão é uma indicação da capacidade de frenagem. Mantendo-a elevada, é possível obter a máxima vantagem de um dado sistema de freios. 46 Alta Competência As redes para as camisas de água dos freios foram aperfeiçoadas com mangueiras facilmente removíveis, de projeto simplificado. Um projeto melhorado da camisa foi incorporado aos flanges dos freios. Esse novo projeto proporciona uma ação de respiração da camisa d’água, evitando fissuras nas suas soldas. Um projeto aperfeiçoado da caixa de gaxetas de água foi incorporado na extremidade do eixo do tambor, para a admissão de água de refrigeração dos freios. Existe um anel espaçador entre as fileiras das gaxetas externas, sendo ainda carregado por mola. Niples de alívio são incorporados na caixa de gaxetas, a fim de aliviar a pressão alta da graxa, que poderia provocar o colapso dos anéis de engaxetamento. Um novo engaxetamento simplificado para o tubo de água utiliza o-rings. • Embreagens As embreagens (de alta e de baixa do tambor) utilizadas no guincho de perfuração são do tipo disco de atrito Twin Disc PO342. Esse projeto foi selecionado por sua alta capacidade de torque e excelentes características de dissipação de calor, para utilização em serviço pesado. Ambas são do mesmo tamanho, oferecendo intercambiabilidade. A embreagem de alta do tambor proporciona generosa capacidade de dissipação de calor, necessária para enfrentar as frequentes aplicações de carga, característica do serviço do tambor de alta. As placas de atrito podem ser substituídas nessa embreagem sem sua remoção. Existem parafusos de travamento em todas as embreagens de atrito, para operação em emergência. Existe um novo mecanismo pneumático simplificado na transmissão do guincho para o acoplamento e desacoplamento das embreagens do tipo de eixo ranhurado longitudinalmente. É um mecanismo utilizado e muito simples, facilmente removível ou montado no guincho, podendo ter manutenção pela remoção da tampa de acesso, na traseira da carcaça do guincho. São utilizados cilindros de câmbio simples, do tipo de três posições, que não requerem molas para a liberação da embreagem. As embreagens são de funcionamento pneumático, tanto para câmbio quanto para liberação. 47 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda • Lubrificação Bicos borrifadores, que promovem um borrifo em leque, lubrificam e refrigeram as correntes do guincho. O mesmo tipo de bico borrifador é utilizado em todo o equipamento. A sua localização é tal que ficam protegidos de avarias causadas por falha das correntes. Esse projeto proporciona generosas quantidades de óleo sobre as correntes, aumentando materialmente a sua vida útil. Duas bombas de óleo de grande capacidade, montadas em flanges, são fornecidas com o guincho. Elas são instaladas na antepara da transmissão e acionadas por uma só corrente, com capacidade mais do que suficiente. Uma bomba é suficiente para o sistema de lubrificação, contudo, ambas também podem ser operadas simultaneamente. Há um filtro simples, de projeto altamente aperfeiçoado, montado do lado de fora do espaço de transmissão do guincho, com conexões simples para redes, a fim de limpar o óleo antes da recirculação. Todos os mancais do guincho são lubrificados com graxa, eliminando as problemáticas gaxetas para óleo, e todos os mancais de suporte dos eixos são lubrificados de um ponto central, por meio de graxeiros convenientemente localizados. Todas as rodas dentadas de embreagem são facilmente lubrificadas através de pontos múltiplos,acessíveis por grandes aberturas na carcaça do guincho. Essas aberturas têm tampas articuladas e são de fácil acesso. ATENÇÃO Onde é necessário, há instruções detalhadas para a aplicação de graxa. Placas de instrução com letras em alto relevo indicam os pontos de aplicação. • Freios Para o controle da velocidade de movimentação da carga existem dois sistemas de frenagem do tambor do guincho: o principal, por fricção; e o secundário, hidráulico ou eletromagnético. 48 Alta Competência O freio principal consiste de duas cintas ajustadas às do tambor com cerca de 270° de contato. As cintas são compostas por sapatas de amianto responsáveis pela frenagem. As extremidades frontais das cintas estão conectadas por dois parafusos a uma barra equalizadora que assegura a mesma tensão de contato das cintas nas duas jantes. O parafuso permite a regulagem do aperto das cintas às jantes. As extremidades posteriores da cinta estão ligadas à alavanca do sondador. Quando o sondador empurra a alavanca para baixo, a cinta do freio é tracionada iniciando a frenagem. Para dissipar o calor produzido, as jantes são refrigeradas com circulação de água internamente a elas, conforme imagem a seguir. Freio principal Com o aumento da profundidade dos poços e consequente aumento das cargas a serem movimentadas pelo guincho, desenvolveram-se sistemas de freios auxiliares a partir da década de 40. Os freios hidráulicos são máquinas hidrodinâmicas que absorvem potência pela conversão de energia mecânica em calor dentro de um fluido (normalmente água). Fica montado no mesmo eixo onde se localiza o tambor principal do guincho, na extremidade oposta à alavanca do sondador. Quando acoplado a este eixo (através de embreagem pneumática, por exemplo), o elemento rotor do freio impele a água para o elemento estator criando resistência ao seu movimento. Como a quantidade de energia mecânica a ser dissipada depende da quantidade e velocidade da água dentro da carcaça do 49 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda freio, um sistema de circulação de água fresca é montado. No exemplo da figura a seguir, à medida que as cargas ficam mais pesadas, o sondador aumenta o nível de água dentro do tanque elevando a assistência do freio hidráulico à frenagem do tambor do guincho. Freio hidráulico Outro sistema auxiliar de freio muito usado é o freio eletromagnético. O princípio básico usado neste tipo de freio é a atração existente entre os pólos magnéticos norte e sul. O freio eletromagnético consiste de um tambor de aço, que gira com o eixo do tambor principal do guincho quando o freio está acoplado, e de bobinas que permanecem estacionárias. Quando o sondador aciona o freio, a corrente elétrica passa através das bobinas tornando-as pólos magnéticos. O campo magnético criado induz corrente elétrica no tambor do freio, onde são gerados campos magnéticos de polaridade contrária aos pólos estacionários. Assim, a atração entre as bobinas e o tambor causa o torque de frenagem no eixo e calor, que é dissipado por sistema de refrigeração a água. Através da variação do fluxo de corrente nas bobinas, o sondador pode controlar a intensidade de frenagem no tambor do guincho ao descer a tubulação no poço. 50 Alta Competência Freio eletromagnético Freio eletromagnético (Elmago) • Carretéis auxiliares (catheads) Suportes universais para carretéis auxiliares de manobra (catheads) são montados em cada extremidade do eixo de carretéis. Os carretéis Foster, Kelco e American, de enroscamento e desenroscamento de juntas, são intercambiáveis e podem ser facilmente instalados ou convertidos no campo, se desejado. As ancoragens dos carretéis são montadas de modo intercambiável na mesma sapata. 51 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda O console do sondador é deslocado o suficiente para permitir que o cabo de enroscar passe com segurança em frente do sondador. Este é ainda protegido por uma guarda de reforço treliçada. 1.2.2. Guincho auxiliar • Tambor auxiliar e molinetes Estes elementos estão montados no eixo secundário do guincho. No tambor auxiliar fica armazenado um cabo de aço mais fino do que o cabo de perfuração (1/2 poI, por exemplo) que serve para descer pequenos equipamentos no poço (é utilizado na perfuração de poços direcionais para a descida de registradores de inclinação e direção por dentro da coluna de perfuração). Nas extremidades do eixo secundário estão instalados os dois tipos de molinetes: os catheads, que acionam as chaves flutuantes; e os molinetes de fricção, que servem para movimentar pequenas cargas na plataforma. Ao atuar o cathead, um cabo de aço é enrolado puxando o rabo da chave flutuante transmitindo torque à conexão. No caso do molinete de fricção, içam-se pequenas cargas por meio de um cabo conhecido por catline, que tem um gancho numa extremidade e um pedaço de corda na outra. O catline passa por urna polia fixada ao bloco de coroamento de modo que, ao se enrolar a corda no molinete de um lado, eleva-se uma carga presa no gancho do catline do outro. O tambor auxiliar e os molinetes: partes do guincho de perfuração 52 Alta Competência • Acionamento de controle de alimentação Tanto o freio Hydromatic quanto o Dynamatic podem ser equipados com uma extensão de eixo para um acionador de controle de alimentação, construído na forma de um único cartucho, para ali ser montado. O guincho foi projetado de modo a permitir a passagem de uma corrente de acionamento pela base, para um dispositivo de controle montado numa subestrutura. Se desejado, o controle pode ser montado à frente ou atrás do acionador, no piso da sonda. Há uma roda dentada no controle de alimentação para a seleção da razão de acionamento, conforme necessário. • Cuidados na operação a) Motores de acionamento No caso de guinchos acionados por motores de combustão interna, é importante evitar acelerações bruscas e, ao utilizar transmissões com mais de um motor, evitar que trabalhem com velocidades diferentes, sobrecarregando o que estiver com velocidade superior. No acionamento com motores elétricos, deve ser observado o funcionamento dos ventiladores. Caso estes não estejam funcionando, os motores não poderão ser ligados. b) Transmissão Na operação das embreagens, verifique a pressão do ar de acionamento e a presença de óleo ou graxa nos tambores das embreagens. ATENÇÃO Operar as embreagens com pressão de ar abaixo das especificadas pelo fabricante e/ou com presença de óleo ou graxa no tambor, poder provocar superaquecimento causado pelo deslizamento das sapatas no tambor, reduzindo a vida útil das mesmas e comprometendo a segurança da operação. 53 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda Observe os procedimentos de lubrificação do sistema de transmissão que cabem ao operador. c) Tambor principal Caso seja tambor ranhurado, verifique o desgaste das ranhuras a fim de evitar problemas com o enrolamento do cabo, para não causar amassamento do mesmo, comprometendo a segurança do sistema. Antes de iniciar o trabalho, faça um check list da leitu- ra de todas as pressões registradas pelos manômetros. IMPORTANTE! 1.2.3. Bloco de coroamento O bloco de coroamento é um conjunto estacionário de 4 a 7 polias – montadas em linha – em um eixo suportado por dois mancais de deslizamento, localizado na parte superior do mastro ou torre. O bloco suporta todas as cargas que lhe são transmitidas pelo cabo de perfuração, conforme a imagem seguinte (1). 54 Alta Competência Bloco de coroamento e catarina O bloco suporta todas as cargas que lhe são transmitidas pelo cabo de perfuração. As dimensões das polias estão relacionadas com os diâmetros dos cabos de aço que podem passar por elas. Quanto maior o diâmetro do cabo maior o diâmetro da polia.Se a abertura do canal da polia for estreita para o cabo, ambos se desgastarão por abrasão. E se for larga demais, o cabo se achatará ao passar pela polia devido à falta de apoio lateral. • Cuidados na operação Garanta a lubrificação dos mancais, a fim de não prejudicar a movimentação das polias, acelerando o desgaste dos gornes (canal) e cabos de perfuração. Os gornes das polias devem ser lubrificados através da passagem do cabo de perfuração. 55 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda ATENÇÃO Nunca utilize o cabo de perfuração sem que esteja devidamente lubrificado em toda sua extensão, pois o cabo “seco” provoca um desgaste excessivo nos gornes. As polias do bloco de coroamento devem ser inspecionadas periodicamente e os seus gornes atenderem à tolerância, em sua profundidade, de no mínimo 1,33” m e no máximo de 1,75” m. 1.2.4. Catarina A catarina é também um conjunto de polias justapostas em um pino central, mas que não fica fixada à torre. Pela movimentação do cabo passado entre as polias do bloco de coroamento e as suas próprias polias, a catarina se movimenta ao longo da altura da torre, içando ou descendo equipamentos no poço. Em sua extremidade inferior encontra-se uma alça que a liga ao gancho. Catarina 56 Alta Competência O gancho é o elemento de ligação da carga ao sistema de polias, conforme ilustrado na imagem anterior. Seus principais elementos são: • Comando – elemento responsável pela transmissão da carga ao corpo do gancho; • Mola e amortecedor hidráulico – equipamentos que evitam choques elevados do batente do comando no corpo do gancho. Ao suspender a carga, a mola se comprime suavizando o choque além de forçar o óleo para cima do elemento retentor da mola. Ao se liberar a carga, a mola força o comando para sua posição original com velocidade atenuada pela passagem restringida do óleo; • Trava – dispositivo que permite ou não a rotação do comando. Mola Trava do Giro Articulação Gancho O gancho pode ser integrado à catarina formando com ela um equipamento unitário, conforme ilustrado na figura a seguir. 57 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda Catarina com gancho integrado A catarina fica suspensa pelo cabo de perfuração, que passa alternadamente pelas polias do bloco de coroamento e pelas polias da própria catarina, formando um sistema com 8 a 12 linhas passadas. Na parte inferior da catarina, encontra-se uma alça pela qual é preso o gancho. • Cuidados na operação Os mesmos cuidados dispensados com a lubrificação do bloco de coroamento são aplicados à catarina. Além dos cuidados de lubrificação, durante a operação de subida e descida da catarina, o operador deve estar atento para que não ocorra o choque da mesma com a mesa do torrista ou com o bloco de coroamento. A fim de evitar esse acidente, existe um dispositivo chamado limitador de curso de catarina, que deve ser calibrado constantemente. Trata-se de um dispositivo responsável pela segurança, no movimento de subida da catarina, que limita o curso superior, evitando o choque com o bloco de coroamento. O limitador é uma válvula pneumática que limita a altura máxima que a catarina pode alcançar, uma vez acionada, corta o ar das embreagens de acionamento do tambor principal, ativando o freio mecânico. Este 58 Alta Competência dispositivo é instalado na parte superior interna do tambor principal do guincho e é acionado quando o cabo é enrolado, após a catarina atingir a altura previamente estabelecida na regulagem do limitador. Limitador de catarina Limitador de catarina 1.2.5. Gancho da catarina O gancho consiste de um corpo cilíndrico que, internamente, contém um sistema de amortecimento para evitar que os golpes causados na movimentação das cargas se propaguem para a catarina, conforme ilustração a seguir. O gancho deve ser periodicamente inspecionado quanto a desgaste e a trincas causados por partículas magnéticas. ATENÇÃO Gancho que apresente trinca NÃO deve ser reutilizado. 59 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda Bloco de Coroamento Cabo de Perfuração Catarina Gancho de Catarina Guincho Principal Âncora Carretel de cabo novo Gancho da catarina e cabo de perfuração Periodicamente as travas do giro e da articulação do gancho devem ser examinadas quanto ao funcionamento, desgastes e lubrificação. É importante verificar o nível de óleo do amortecedor hidráulico e o desgaste nos olhais de sustentação (local onde são instalados os links/ braços da catarina) dos braços do elevador. No levantamento de uma carga com o auxílio do gancho, o início da operação deve ser realizado lentamente até que o sistema de amortecimento atinja seu curso máximo, a fim de que não haja choques violentos que possam danificar o equipamento. 60 Alta Competência Olhais de sustentação Amortecedor • Procedimentos de operação Funcionamento das travas de segurança Os ganchos possuem uma trava de segurança na sua lateral que impede o giro da parte inferior, quando acionada. Os ganchos do fabricante B.J possuem ainda uma segunda trava opcional, através da qual o gancho tem liberdade de giro, somente quando estiver com carga, travando-se em uma posição pré-fixada, quando não estiver sendo solicitado. A trava de segurança é utilizada quando se está per- furando e quando se deseja que o conjunto catarina - gancho sofra rotação acima da cabeça de injeção. IMPORTANTE! Em manobras de retirada ou descida de coluna, a trava de segurança deve estar aberta, permitindo o giro da parte inferior do gancho, que está solidário ao elevador e à coluna por intermédio dos braços do elevador. Nos ganchos, com a segunda trava opcional, esta é acionada com o elevador voltado para a posição de trabalho do torrista, facilitando e agilizando a operação e, ao mesmo tempo, permitindo o giro da parte inferior do gancho – quando solicitado pela carga da coluna. 61 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda • Operações a) Ao enganchar a cabeça de injeção, deve-se: • Liberar a trava de giro; • Destravar e abrir a articulação do gancho; • Posicionar a articulação frente à alça da cabeça de injeção; • Acionar a trava de giro; • Enganchar a alça da cabeça de injeção; • Fechar e travar a articulação. b) Ao desenganchar a cabeça de injeção, deve-se: • Colocar a haste em sua bainha; • Destravar e abrir a articulação do gancho; • Desenganchar a alça da cabeça de injeção; • Fechar e travar a articulação; • Liberar a trava de giro e prosseguir com as operações. c) Para realizar a manobra de coluna: • Siga os procedimentos do item anterior, se a cabeça de injeção estiver enganchada; • Caso se disponha do gancho com a trava opcional, deve-se acioná-la após posicionar o elevador para o torrista; 62 Alta Competência • Na descida da coluna, o torrista deve utilizar a calha do gancho para guiar a seção de tubos a ser alçada pelo elevador. 1.2.6. Cabo de perfuração O chamado cabo de perfuração é um cabo formado por arames de aço. Na sua construção são observados os seguintes itens: • Número de pernas e fios (arame); • Construção / disposição dos fios em cada perna. ATENÇÃO Lembre-se: a composição é importante na seleção de um cabo, tendo em vista a sua aplicação. 1.2.6.1. Tipos de composição do cabo a) Seale Na composição seale existem pelo menos duas camadas adjacentes com o mesmo número de arames. Todos os arames de uma mesma camada possuem alta resistência ao desgaste. Seale 63 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda b) Filler A composição filler possui arames principais e arames finos, que servem de enchimento para a boa acomodação dos outros arames. Os arames de enchimento não estão sujeitos às especificações queos arames principais devem satisfazer. Os cabos de aço fabricados com essa composição possuem boa resistência ao desgaste, boa resistência à fadiga e alta resistência ao amassamento. Filler c) Warrington Warrington é a composição onde existe pelo menos uma camada constituída de arames de dois diâmetros diferentes e alternada. Os cabos de aço fabricados com essa composição possuem boa resistência ao desgaste e boa resistência à fadiga. Warrington 64 Alta Competência Cabo de perfuração d) Almas • Almas de fibra - as almas de fibra em geral dão maior flexibilidade ao cabo de aço e podem ser: almas de fibras naturais (AF) – Sisal; e Alma de Fibras Artificiais (AFA) – Polipropileno. Alma de fibra 65 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda • Almas de aço – apresentam maior resistência ao amassamento e aumentam a resistência à tração. Podem ser: Alma de Aço (AA) e Alma de Aço Independente (AACI). Alma de aço e) Torção Quando as pernas são torcidas da esquerda para a direita, diz-se que o cabo é de torção regular à direita (Z). Cabo de torção regular à direita Quando as pernas são torcidas da direita para a esquerda, diz-se que o cabo é de torção regular à esquerda (S). Cabo de torção regular à esquerda No cabo de torção regular, os arames de cada perna são torcidos em sentido oposto à torção das próprias pernas (em cruz). IMPORTANTE! 66 Alta Competência f) Passo de um Cabo Passo de um cabo é a distância horizontal correspondente a uma volta completa de uma perna em torno da alma. Resistência dos fios componentes Denominação Americana Resistência à tração (Kg/mm2) Características Técnicas PS (Plow Steel) 160/180 Resistência aproximada à tração de 140-160 kg/mm². Usado na fabricação de cabos onde, ao uso para o qual se destina, é mais importante a flexibilidade do que a resistência à tração. IPS (Improved Plow Steel) 180/200 Resistência à tração de 180-200kg/ mm². Condições melhores que as do tipo anterior, sendo indicado para a fabricação de cabos onde se requer as características de tração, abrasão e torção, simultaneamente. EIPS (Extra Improved Plow Steel) 200/220 Resistência à tração aproximada de 200-230 kg/mm². São os arames mais resistentes empregados na fabricação de cabos de aço, sem prejuízo das características de tração e flexão. Não é indicado para os cabos que se destinam ao uso em elevadores, pontes rolantes e perfuração por percussão, onde são mais apropriados os cabos de menor resistência à tração e menos rígidos. 67 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda 1.2.6.2. Critérios de inspeção e descarte para cabos de aço Muitas vezes é entendido que a “inspeção” é limitada apenas ao cabo de aço, porém a mesma deve ser estendida a todas as partes do equipamento que tenham contato com o cabo, ou seja, durante a inspeção do cabo, devemos inspecionar também as partes do equipamento como polias, tambores etc. onde o mesmo trabalha. Podemos dividir a inspeção do cabo em dois tipos, a saber. 1º Inspeção frequente Este tipo de inspeção visa a detectar danos como: dobras, amassamento, gaiola de passarinho, perna fora de posição, alma saltada, grau de corrosão, pernas rompidas, entre outros, que possam comprometer a segurança dos cabos de aço. Esse tipo de inspeção é feita através de análise visual e deve ser realizado pelo operador do equipamento ou por outra pessoa responsável no início de cada turno de trabalho. Caso seja detectado algum dano grave ou insegurança quanto às condições do cabo, o mesmo deve ser retirado e submetido a uma inspeção periódica. 2º Inspeção periódica Este tipo de inspeção visa a uma análise detalhada das condições do cabo de aço. A frequência dessa inspeção tem de ser determinada por uma pessoa qualificada, devendo estar baseada em alguns fatores, tais como: a vida média do cabo determinada pela experiência anterior, a agressividade do meio ambiente, a relação entre a carga usual de trabalho e a capacidade máxima do equipamento, a frequência de operação e a exposição a trancos. As inspeções não precisam necessariamente ser realizadas em intervalos iguais, e devem ser mais frequentes quando se aproxima o final da vida útil do cabo. É importante que essa inspeção abranja todo o comprimento do cabo, dando foco nos trechos onde o cabo trabalha, ou seja, nos pontos críticos do equipamento. 68 Alta Competência • Critérios de substituição Não existe uma regra precisa para se determinar o momento exato da substituição de um cabo de aço, uma vez que, diversos fatores estão envolvidos. Aspectos como: condições do meio ambiente, condições gerais de partes do equipamento (polias/ tambores), condições de uso do equipamento, período de uso do equipamento, dentre outros, influenciam diretamente na sua durabilidade. Dessa forma, a substituição do cabo deve ser feita baseada na inspeção do mesmo. A inspeção periódica é muito importante e deve ser baseada em alguma norma ou literatura que apresente um critério de substituição do cabo. Uma boa inspeção deve começar por detectar os pontos críticos no equipamento. Chamamos de pontos críticos qualquer ponto que possa expor o cabo a um esforço maior a desgastes ou mesmo a algum dano. Na maior parte dos equipamentos, estes pontos são trechos onde o cabo trabalha em contato direto com alguma parte do equipamento, como: polia, tambor, dentre outros. É importante lembrar que, ninguém melhor do que o operador do equipamento, para conhecer os pontos críticos do mesmo. • Substituição Antes da substituição do cabo, algumas características devem ser consideradas. a) Redução de diâmetro Geralmente a redução do diâmetro do cabo pode ser causada por: desgaste excessivo dos arames, deterioração da alma ou corrosão interna ou externa. 69 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda Para cabos convencionais (Classes 6x7, 6x19 e 6x37), as normas admitem uma redução da ordem de 5% do diâmetro nominal. Já para cabos de aço elevado- res (Classe 8x19), é admitida uma redução de diâme- tro da ordem de 6% do diâmetro. IMPORTANTE! É necessário ressaltar, porém, a correta medição do diâmetro, conforme já comentado anteriormente. Dessa forma, quando verificada uma redução menor do que as propostas acima, o cabo deverá ser substituído. b) Corrosão Além de acelerar a fadiga, a corrosão também diminui a resistência à tração do cabo de aço através da redução de área metálica. A corrosão pode apresentar-se na parte interna ou externa do cabo. Embora a corrosão interna seja mais difícil de ser visualizada, alguns indícios podem indicar sua existência, como: variações de diâmetro ou perda de afastamento Imagens de áreas do cabo de aço afetadas pela corrosão 70 Alta Competência Deve-se verificar a existência de corrosão na região da base de soquetes. Esta região se mostra propícia para acúmulo de umidade, conforme ilustrado na imagem a seguir. IMPORTANTE! Corrosão na base de soquete c) Arames rompidos A ruptura de arames geralmente ocorre por abrasão, por fadiga, por flexão ou por amassamentos gerados pelo uso indevido ou por acidente durante o funcionamento do cabo, podendo ocorrer tanto nos arames internos como externos. Dentro do possível é importante que, durante a inspeção, os arames rompidos sejam retirados do cabo com um alicate, conforme indicado nas imagens a seguir. Retirada dos arames 71 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda Os arames internos mantêm contato internamente na perna e na alma. Já os arames externos mantêm contato nas regiões entre pernas ou entre a perna e a alma. Dois tipos de quebras devem ser analisados: • Quebra de topo – onde as rupturas dos arames são notadas no topo da perna; • Quebra no vale – localizadana região entre pernas. A ruptura de arames no vale deve ser tratada com muito cuidado, pois a mesma é gerada através do nicking formado pelo atrito entre pernas. Nicking De uma forma geral, quando é detectado um rompimento de arames no vale, certamente outros estarão rompidos ou na eminência de se romper. Atenção especial deve ser dada a alguns pontos críticos, como por exemplo, na base de terminais, pois é muito difícil visualizar as quebras neste ponto. Quando é verificado o rompimento de dois arames nesta região, recomenda-se a substituição dos mesmos ou que sejam resoquetados. A resoquetagem não deve ser feita se o encurtamento do cabo prejudicar a sua operação. 72 Alta Competência Geralmente a ruptura dos arames externos dá-se no topo do cabo de aço sendo gerada por desgaste abrasivo, fadiga por flexão ou mesmo amassamentos. Algumas normas, como por exemplo, a NBR ISO 4309, apresentam fórmulas complexas para a determinação do número máximo de arames rompidos. Abaixo, sugerimos o critério de determinação de fios rompidos, segundo normas ASME. A quantidade de arames rompidos deve ser verificada no comprimento de um passo. O passo do cabo de aço é definido como a distância na qual uma perna dá uma volta completa em torno da alma do cabo, conforme ilustrado na imagem a seguir. A tabela abaixo sugere a quantidade máxima de fios rompidos em um passo. Critério de fios rompidos para cabos convencionais Classe (classificação) Fios rompidos aleatoriamente em 1 passo Fios rompidos na perna em 1 passo 6x19 6 3 6x37 12 1 Tabela baseada nas normas ASME B30.2 e B30.5 Como podemos explicar as possíveis causas da ruptura de um cabo de aço? Quando rompido, o arame registra algumas características, através das quais, podemos concluir as possíveis causas que geraram seu rompimento. 73 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda Apresentamos as características mais notadas em campo, representadas nas ilustrações a seguir. Contato com partes cortantes Deformação plástica Fadiga por corrosão Fadiga por vibração Severa corrosão Sobregarca Uso abrasivo Corte com ferramenta 74 Alta Competência Fadiga por flexão • Danos por temperatura Se, durante a inspeção, for detectada alguma evidência de dano por alta temperatura o cabo deverá ser substituído. Cabos expostos a altas temperaturas (acima de 300 ºC) podem apresentar redução em sua capacidade de carga. Estes danos poderão ser verificados através da aparência do lubrificante (borra) ou mesmo pela alteração de cor dos arames na região afetada. • Danos por distorção Os danos apresentados abaixo são motivos suficientes para a substituição do cabo de aço. Observe as ilustrações atentamente. Elas poderão auxiliá-lo na identificação dos danos e a adequada reparação deles. Alma saltada gerada por alívio repentino de tensão Gaiola de passarinho gerado por alívio repentino de tensão 75 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda Rompimento. Cabo de aço que trabalhou fora da polia. Podemos perceber duas características de rupturas nos arames: amassamento e sobrecarga. Rabo de porco. Gerado pelo trabalho do cabo em diâmetros pequenos. Esmagamento. Dano geralmente causado pelo enrolamento desordenado de cabos no tambor ou mesmo pelo incorreto ângulo formado entre a polia de desvio e o tambor. 76 Alta Competência O cabo proveniente do carretel é passado e fixado emuma âncora situada próximo à torre, onde se en- contra um sensor para medir a tensão no cabo, a qual está relacionada com o peso total sustentado pelo guincho. O cabo de aço é passado no sistema bloco- catarina, enrolado e fixado no tambor do guincho. IMPORTANTE! 1.2.6.3. Tonelada milha – desgaste do cabo • Conceito Devido ao percurso limitado da catarina, o cabo de perfuração fica submetido aos esforços localizados de dobramentos, tensão e atrito em intervalo definido. Para se ter uma medida de desgaste do cabo, Handerson introduziu um conceito que relaciona carga com deslocamento linear, usando tonelada milha. 77 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda O trabalho realizado pelo cabo de perfuração é utilizado no programa para correr e cortar o cabo, permitindo que os pontos críticos sejam deslocados, conseguindo dessa maneira um melhor aproveitamento dele. Os pontos críticos são os locais onde o cabo sofre fle- xão nas polias do bloco de coroamento e da catarina, bem como no tambor do guincho. Lembre-se de que esses pontos se movem quando a catarina muda de posição. IMPORTANTE! Quem realiza o trabalho no cabo são os comandos, a catarina e os drill pipes. O trabalho dos comandos é calculado como um trabalho de uma carga concentrada na ponta – conhecida como trabalho da carga C. Trabalho na Manobra Trabalho é: ∫ × sdF 78 Alta Competência Mas também pode ser calculado, quando a força é constante, como sendo a força na direção do movimento multiplicada pela distância percorrida: Trabalho = Força X Distância. C = (Wdc - Wdp)*L • Trabalho da catarina Para uma seção, a catarina sobe e desce, logo seu trabalho é de: Tct = 2 * M * Ls Para N Secções, Tct = 2 * M * Ls * N = 2 * M * D Para manobra completa: Tct = 4 * M * D Onde: Tct = Trabalho da catarina M = Peso da catarina Ls = Comprimento de uma secção D = Profundidade do poço • Trabalho da Carga “C” Para manobra de descida: Tc = N * C * Ls = C * D Para manobra completa: Tc = 2* C * D 79 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda Onde: Tc = Trabalho da Carga C C = Excesso de peso dos Comandos em relação aos drill pipes Ls = Comprimento de uma Seção D = Profundidade do Poço Lembre-se da existência do fluido, o empuxo. IMPORTANTE! • Trabalho do DP Descida da primeira seção Tdp1 = Wdp * Ls * Ls Descida da segunda seção Tdp2 = 2 * Wdp * Ls * Ls Descida da enésima seção Tdpn = N * Wdp * Ls * Ls Peso da Coluna 80 Alta Competência • Trabalho da descida A Soma de todas resulta: Tdpt = Tdp1 + Tdp2 + ... + Tdpn Tdpt = Wdp * Ls * Ls * (1 + 2 + 3 + ... + N) Soma de uma PA..... Tdpt = Wdp * Ls * Ls * N * (1 + N) / 2 Tdpt = Wdp * D * (Ls + D) / 2 • Trabalho do DP Como o trabalho é o mesmo na descida ou na retirada da coluna, se tem: Manobra completa = Tdpt = Wdp * D * (Ls + D)... Lembre-se da existência do fluido – Empuxo. IMPORTANTE! • Trabalho Total TM= 4 X M X D + 2 X CX D + WDP X D X (LS + D) 5280 X 2000 5,280 pés = 1 milha 2,000 lbf = 1 ton americana 81 Capítulo 1. Sistemas de uma sonda TM= D x ( Ls + D) x Wdp + D x (M + ½ x C) 10,560 000 2,640 000 E o trabalho das outras operações? Tonelada Milha • Perfurando de D1 a D2 sem repasse Tperf = 2 * (TD2 - TD1) • Perfurando de D1 a D2 com repasse Tperf = 3 * (TD2 - TD1) • Testemunhando de D1 a D2 Ttest = 2 * (TD2 - TD1) • Pescaria em D1 Tpesc = 2 * TD1 A seguir, apresentamos alguns exemplos de procedimentos relativos ao manuseio do cabo de perfuração. a) Passagem do cabo de aço Objetivo → Otimizar o processo de movimentação do cabo de perfuração, priorizando a segurança pessoal e operacional. 82 Alta Competência Procedimentos 1. Faça diariamente o acompanhamento da tonelada-milha e sempre antes de mover o cabo com a programação – a cada 250 toneladas-milha acumuladas, mova 5 m de cabo / 4,5 m – inspecione visualmente o cabo, visando a identificar falhas do sistema ou falhas operacionais. 2. Definido o comprimento do cabo a ser movido pela TM (Tonelada Milha) ou inspeção visual, coloque os clipes (três, de preferência) com um cabo de apoio na medida definida a partir da âncora, no sentido da bobina. Faça essa medição e esse posicionamento dos clipes pelo menos
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