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Autores: Gilmar Fernandes do Nascimento José Ivismário de Jesus Ronaldo Ferreira Ribeiro técnico de perfuração e poços BOMBAS ALTERNATIVAS E CENTRÍFUGAS técnico de perfuração e poços BOMBAS ALTERNATIVAS E CENTRÍFUGAS Material elaborado em parceria PrOMinP e Petrobras. Autores: Gilmar Fernandes do Nascimento José Ivismário de Jesus Ronaldo Ferreira Ribeiro técnico de perfuração e poços BOMBAS ALTERNATIVAS E CENTRÍFUGAS programa alta competência Este material é resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos da área de Exploração & Produção, da Universidade Petrobras e representantes do PrOMinP (Programa de Mobilização da indústria nacional de Petróleo e gás natural). Ele se estende para além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das atividades profissionais da Companhia. É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo. nesse contexto, o E&P através do Programa Alta Competência, visando prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força de trabalho às estratégias do negócio E&P. realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das competências necessárias para explorar e produzir energia. O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das competências, de modo a facilitar a formação e reciclagem dos empregados. A concepção pedagógica dos cursos, além de contemplar os aspectos tecnológicos tem uma preocupação constante com os aspectos relacionados à preservação da Saúde, Meio Ambiente e Segurança de todos os envolvidos em seus processos produtivos. Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de sucesso que ela é. sumáriosumário Capítulo 1 - Introdução 1. introdução 13 Capítulo 2 - Bombas volumétricas 2. Bombas volumétricas 17 2.1. Classificação das bombas de deslocamento positivo 18 2.1.1. Bombas volumétricas alternativas 18 2.1.2. Bombas volumétricas rotativas 23 2.1.2.1. Bombas volumétricas rotativas de rotor simples 23 2.1.2.2. Bombas volumétricas rotativas de rotor duplo 25 2.1.3. Aplicações importantes das bombas de deslocamento positivo 26 2.1.3.1. Bombeio mecânico 27 2.1.3.2. Bombeio por cavidades progressivas 28 Capítulo 3 - Turbobombas ou rotodinâmicas 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 31 3.1. Vantagens e desvantagens das turbobombas 31 3.2. Campo de aplicação 32 3.3. Elementos mecânicos básicos 33 3.3.1. rotor 33 3.3.2. Carcaça 38 3.3.3. Eixo 43 3.3.4. Luva de eixo 43 3.3.5. Caixa de gaxetas 44 3.4. Bombas alternativas 44 3.4.1. início de operação - check-list 44 3.4.2. Vida útil dos sobressalentes da bomba 47 3.4.3. Tabela programa de manutenção em fluid-end de bomba alternativa 49 3.4.4. inspeções diárias, semanais, mensais e semestrais 50 3.4.5. Guia para análise de problema em bombas alternativas 53 3.4.6. Valores de torque para aperto em bombas de lama Oilwell / Villares 65 Exercícios 68 Gabarito 72 Bibliografia 75 Figura 1.1 - Transformações de energia em um sistema de bombeamento 13 Figura 2.1 - Classificação das bombas de deslocamento positivo 18 Figura 2.2 - ilustração do funcionamento de uma bomba de simples efeito 20 Figura 2.3 - ilustração do funcionamento de uma bomba de duplo efeito 20 Figura 2.4 - Bomba de êmbolo 21 Figura 2.5 - Bomba de diafragma 22 Figura 2.6 - Bomba de palhetas deslizantes 24 Figura 2.7 - Bomba de elemento flexível 24 Figura 2.8 - Bomba de parafusos 25 Figura 2.9 - Bomba de engrenagem 26 Figura 2.10 - Bombas de lóbulos 26 Figura 2.11 - Bomba de lama 27 Figura 2.12 - Unidade de bombeio - UB (cavalo de pau) 27 Figura 2.13 - Configurações para o bombeio por cavidades progressivas 28 Figura 3.1 - rotores abertos 34 Figura 3.2 - rotor semiaberto 34 Figura 3.3 - rotores fechados 35 Figura 3.4 - Bomba centrífuga pura ou radial 36 Figura 3.5 - rotor hélico-centrífugo e trajetória do líquido na saída do rotor 37 Figura 3.6 - rotor helicoidal e trajetória do líquido na saída do rotor 37 Figura 3.7 - rotor axial e trajetória do líquido na saída do rotor 38 Figura 3.8 - Carcaça em voluta 39 Figura 3.9 - Carcaça com pás difusoras 40 Figura 3.10 - Carcaça concêntrica 40 Figura 3.11 - Carcaça tipo dupla voluta 41 Figura 3.12 - Bomba com carcaça partida radialmente 42 Figura 3.13 - Bomba com carcaça partida axialmente 42 Figura 3.14 - Bomba horizontal e bomba vertical 43 Figura 3.15 - Luva de eixo 43 Figura 3.16 - Gaxetas ou caixa de gaxetas 44 Lista de figuras C ap ít u lo 1 Introdução 12 Alta Competência 13 Capítulo 1. Introdução 1. Introdução Bombas são máquinas geratrizes cuja finalidade é realizar o deslocamento de um líquido por escoamento. São caracterizadas por receberem trabalho mecânico de uma máquina motriz e transformá-lo em energia hidráulica, comunicando ao líquido um acréscimo de energia na forma de energias cinética e de pressão. Motriz Geratriz Energia hidráulica Trabalho mecânico Figura 1.1 - Transformações de energia em um sistema de bombeamento As bombas podem ser classificadas em duas categorias: Deslocamento positivo ou volumétricas;• Turbo-bombas ou rotodinâmicas.• C ap ít u lo 2 Bombas volumétricas 16 Alta Competência Capítulo 2. Bombas volumétricas 17 2. Bombas volumétricas As bombas de deslocamento positivo ou volumétricas são aquelas em que a energia é fornecida ao líquido já sob a forma de pressão, não havendo, portanto, a necessidade de transformação. A movimentação do líquido é causada pela movimentação de um órgão mecânico que obriga o líquido a executar o mesmo movimento de que este está animado. Possuem uma ou mais câmara, em cujo interior o movimento de um órgão propulsor comunica energia de pressão ao líquido, provocando o escoamento deste. O líquido confinado em um compartimento sofre um aumento de pressão e é deslocado de uma posição estática para outra posição estática mais elevada. Uma das características mais importantes dessas bombas é o fato de manterem a vazão média praticamente constante, independentemente do sistema em que elas atuam, desde que a velocidade seja mantida constante. As bombas volumétricas são especificadas para serviços nos quais se requerem pressões elevadas e vazões relativamente baixas. 18 Alta Competência 2.1. Classificação das bombas de deslocamento positivo Alternativas Rotativas Um só rotor Palhetas Pistão rotativo Elemento flexível Parafuso simples Deslizantes Oscilantes Flexíveis Exteriores Interiores Duples Múltiplos Engrenagens Rotor lobular Pistões oscilatórios Parafusos Rotores múltiplos Pistão ou êmbolo Duplo efeito Simples efeito Simples duplex Acionadas por vapor Acionadas por motores de combustãointerna ou elétricos Operação por fluido ou mecanicamente Simples duplex triplex multiplex Simples multiplex Duplo efeito Diafragma Figura 2.1 - Classificação das bombas de deslocamento positivo 2.1.1. Bombas volumétricas alternativas As bombas volumétricas alternativas, também chamadas de bombas recíprocas, são máquinas que, a cada ciclo, deslocam um volume fixo de líquido, sem permitir o retorno deste. Por aspiração, o líquido enche sucessivamente os espaços de uma câmara e, em seguida, é impulsionado para fora dabomba, por uma peça móvel. As bombas volumétricas alternativas podem ser classificadas das seguintes formas: Capítulo 2. Bombas volumétricas 19 a) Quanto ao tipo de acionador: Bombas de ação direta• ⇒ o acionador é uma máquina de vapor que movimenta diretamente o órgão propulsor do líquido da bomba. São empregadas na alimentação de água de caldeiras, pois aproveitam o vapor gerado na caldeira para seu próprio acionamento; Bombas de potência• ⇒ o acionador é um motor elétrico ou de combustão interna, que atua através de um sistema biela/ manivela. b) Quanto ao número de cilindros: Simplex• ⇒ existe apenas 1 cilindro; Duplex• ⇒ quando existem 2 cilindros; Triplex• ⇒ quando existem 3 cilindros; Multiplex• ⇒ quando existem mais de 3 cilindros. c) Quanto à posição dos cilindros: Horizontal;• Vertical.• d) Quanto à ação de bombeamento: De simples efeito• ⇒ apenas uma face do órgão movimentador atua sobre o líquido (sucção e descarga são feitos em um só lado); 20 Alta Competência Válvula de descarga Haste Pistão Válvula de admissão Válvula de descarga Haste Pistão Válvula de admissão Figura 2.2 - ilustração do funcionamento de uma bomba de simples efeito De duplo efeito• ⇒ quando as duas faces do órgão movimentador atuam sobre o líquido (sucção e descarga de ambos os lados: enquanto um lado succiona, o outro descarrega e vice-versa). Haste Pistão Válvulas de admissão Válvulas de descarga Haste Pistão Válvulas de admissão Válvulas de descarga Figura 2.3 - ilustração do funcionamento de uma bomba de duplo efeito e) Quanto ao curso do órgão movimentador: De curso constante• ⇒ construção usual; De curso variáve• ⇒ permitem variar a vazão (conhecidas como bombas “dosadoras” ou “proporcionadoras”). Capítulo 2. Bombas volumétricas 21 f) Quanto ao tipo da peça propulsora de líquido: Bomba alternativa de pistão• ⇒ o órgão que produz o movimento do líquido é um pistão, que se desloca, com movimento alternativo, dentro de um cilindro. A operação de uma bomba alternativa de pistão se processa em duas fases distintas: aspiração e descarga. Bomba alternativa de êmbolo• ⇒ difere da anterior somente pela forma do órgão propulsor. O êmbolo nada mais é que um pistão alongado. Tem o mesmo princípio de funcionamento e as mesmas características, só que suporta pressões mais elevadas. Figura 2.4 - Bomba de êmbolo Bomba alternativa de diafragma• ⇒ nesse tipo de bomba, o órgão que fornece a energia ao líquido é uma membrana acionada por uma haste com movimento alternativo. Há casos de construção mais complexa em que a haste age em um fluido (normalmente óleo) que, por sua vez, atua na membrana. 22 Alta Competência Diafragma Êmbolo Válvula de recalque Válvula de aspiraçãoCâmara 1 Câmara 2 Óleo Figura 2.5 - Bomba de diafragma Princípio de funcionamento das bombas alternativas de pistão• na fase de aspiração, o movimento do pistão tende a produzir o vácuo no interior do cilindro, provocando o escoamento do líquido para dentro desse cilindro. nessa fase, a pressão na linha de sucção é superior à existente no interior do cilindro, fazendo com que a válvula de admissão permaneça aberta, mantendo-se fechada a válvula de descarga. na fase de descarga, o pistão exerce força sobre o líquido, emperrando-o para a linha de descarga, provocando a abertura da válvula de descarga e mantendo fechada a válvula de sucção. Para as bombas alternativas de duplo efeito, essas fases são realizadas simultaneamente. Geralmente, há quatro válvulas: duas para sucção e duas para descarga. Capítulo 2. Bombas volumétricas 23 Elementos mecânicos básicos• Os órgãos principais de uma bomba alternativa são: o cilindro, o pistão e as válvulas. O pistão se movimenta no interior do cilindro e é o órgão transmissor de energia ao líquido. As válvulas são os órgãos que controlam a entrada e a saída de líquido no cilindro. nas bombas de força, tem-se ainda o sistema biela-manivela, responsável pela transformação do movimento rotativo em alternativo. 2.1.2. Bombas volumétricas rotativas Bombas rotativas é um nome genérico para designar uma grande variedade de bombas, todas elas volumétricas, comandadas por um movimento de rotação. As bombas rotativas podem ser de rotor simples (com palhetas deslizantes, de elemento flexível ou de parafuso) ou de rotores múltiplos (com engrenagens, de rotor lobular ou de fusos). 2.1.2.1. Bombas volumétricas rotativas de rotor simples a) Bombas rotativas de palhetas deslizantes São compostas de um rotor cujo eixo de rotação é excêntrico ao eixo da carcaça. O rotor possui ranhuras radiais, nas quais se alojam palhetas rígidas, com movimento livre na direção radial. Devido à sua rotação, a força centrífuga projeta as palhetas contra a carcaça, formando câmaras entre elas, de tal forma que o fluido fique aprisionado. 24 Alta Competência Devido à excentricidade entre rotor e carcaça, essas câmaras apresentam uma redução do volume no sentido do escoamento. O fato de o aumento de pressão ser provocado por redução de volume justifica a classificação desse tipo de bomba como bomba volumétrica ou de deslocamento positivo. Figura 2.6 - Bomba de palhetas deslizantes b) Bombas rotativas de elemento flexível Um excêntrico desloca uma peça tubular (flexível), tendo em cima uma palheta, guiada por uma ranhura fixa. O fluido se desloca entre o elemento flexível e a carcaça, desde a admissão até a descarga da bomba. Figura 2.7 - Bomba de elemento flexível Capítulo 2. Bombas volumétricas 25 c) Bombas rotativas de parafuso A bomba de parafuso único ou bomba helicoidal de câmara progressiva consta de um rotor que é um parafuso helicoidal, o qual gira no interior de um estator elástico, também com forma de parafuso, mas com perfil de hélice dupla. O rotor gira em torno do seu eixo principal, formando espaços entre ele e a parte interna do estator. O líquido preenche esses espaços e se desloca axialmente, de forma contínua, com o movimento do rotor, da boca de aspiração para a de recalque. Figura 2.8 - Bomba de parafusos 2.1.2.2. Bombas volumétricas rotativas de rotor duplo a) Bombas rotativas de engrenagem Consistem em duas rodas dentadas, que trabalham dentro de uma caixa, com folgas muito pequenas em volta das rodas. Com o movimento das engrenagens, o fluido, aprisionado nos vazios entre os dentes e a carcaça, é empurrado pelos dentes e forçado a sair pela descarga. novos espaços se formam do lado da sucção, e são preenchidos pelo fluido, e assim sucessivamente. 26 Alta Competência Figura 2.9 - Bomba de engrenagem b) Bombas rotativas de lóbulos As bombas de lóbulos têm dois rotores, cada qual com dois, três e até quatro lóbulos, conforme o tipo. O princípio de funcionamento dessas bombas é similar ao das bombas de engrenagens. Figura 2.10 - Bombas de lóbulos 2.1.3. Aplicações importantes das bombas de deslocamento positivo a) Utilização como bombas de lama As bombas alternativas de pistão são as mais indicadas na perfuração de poços de petróleo (bombas de lama). realizam a função mais importante do sistema, pois mantêm um volume mínimo de fluido necessário, com o objetivo de elevar até a superfície os detritos removidos pela broca. São bombas alternativas, acionadas por motores elétricos ou diesel, com a finalidade de bombear fluido de perfuração a alta pressão. Capítulo 2. Bombas volumétricas 27 Figura 2.11 - Bomba de lama b) Utilização na elevação artificial de petróleo Os métodos tradicionais de elevação artificial mais largamente empregados no mundo são: bombeio mecânico (UB’s); bombeio por cavidades progessivas (BCP); bombeio centrífugosubmerso (BCS); e o gas-lift. Desses, o bombeio mecânico e o bombeio por cavidades progressivas fazem uso de bombas de deslocamento positivo. 2.1.3.1. Bombeio mecânico nesse método de elevação artificial, o movimento rotativo de um motor elétrico é transformado em movimento alternativo por uma unidade de bombeio, localizada próximo à cabeça de produção. Uma coluna de hastes transmite o movimento alternativo para o fundo do poço, acionando uma bomba alternativa de pistão, que desloca os fluidos produzidos para a superfície. Figura 2.12 - Unidade de bombeio - UB (cavalo de pau) 28 Alta Competência 2.1.3.2. Bombeio por cavidades progressivas O sistema consiste de uma bomba helicoidal, do tipo parafuso sem fim, cujo movimento rotativo produz o deslocamento de cavidades em seu interior, as quais movimentam os fluidos produzidos até o sistema de coleta, na superfície. T de bombeamento Revestimento Tubulação Haste de sucção Bomba PC tubular Bomba PC inserível Figura 2.13 - Configurações para o bombeio por cavidades progressivas C ap ít u lo 3 Turbobombas ou rotodinâmicas 30 Alta Competência Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 31 3. Turbobombas ou rotodinâmicas Também conhecidas como bombas centrífugas, são máquinas que fornecem energia ao líquido por meio da força centrífuga, criada pelo movimento de rotação de um órgão rotatório em seu interior, com o objetivo de transferir o fluido de um ponto a outro. Portanto, as bombas centrífugas transformam o trabalho mecânico proveniente de fonte externa em energias cinética e de pressão, que são cedidas ao líquido. Seu emprego vem aumentando dia a dia devido à sua flexibilidade operacional, ao baixo custo de manutenção e aos progressos técnicos que estão acontecendo em seu funcionamento. 3.1. Vantagens e desvantagens das turbobombas As turbobombas apresentam as seguintes vantagens: Vazão uniforme;• Ausência de ponto morto;• Ocupação de espaço reduzido;• Baixo custo de manutenção;• Ausência de válvulas;• Apresentação de menores vibrações;• Exigência de fundações mais simples;• Trabalho com líquidos contendo lamas, lodos ou outras • impurezas; Exigência de menor número de sobressalentes etc.• 32 Alta Competência Por outro lado, apresentam as seguintes desvantagens:• São de difícil aspiração;• Têm menor rendimento;• São desaconselháveis para pequenas vazões e altas pressões;• Apresentam necessidade de • escorva antes de começar a operar; Escorva: é um processo de preparação da bomba para funcionamento, no qual o ar e os gases contidos no interior desta e na tubulação de sucção são extraídos e substituídos pelo fluido a ser bombeado. Portanto, antes de começar a operação, a bomba, bem como a tubulação de sucção, devem estar cheias de líquido. 3.2. Campo de aplicação O campo de aplicação das turbobombas é vastíssimo. São empregadas frequentemente em: Serviços de abastecimento de água e de esgoto;• Estações de tratamento;• Sistema de irrigação e drenagem;• Centrais termoelétricas e de refrigeração;• indústrias têxtil, petrolífera, química e petroquímica;• Mineração;• Sistemas de combate a incêndio;• Uso domiciliar etc.• Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 33 3.3. Elementos mecânicos básicos Basicamente, os principais órgãos componentes de uma turbobomba são: rotor (impelidor), carcaça, eixo e luva de eixo, mancais, pedestais, caixa de gaxetas e gaxetas. 3.3.1. Rotor Também chamado de impelidor, é o órgão da bomba que tem a função de transferir à massa líquida o movimento de rotação de que está dotado, comunicando a mesma aceleração, para que essa massa adquira energia cinética e se realize a transformação da energia mecânica de que está dotado. O rotor é, portanto, a peça mais importante da bomba e, por essa razão, merece dos fabricantes uma atenção toda especial em seu projeto e sua construção. Basicamente, um rotor é projetado para fornecer uma vazão “Q”, contra uma altura manométrica “H”, girando a “n” rotações por minuto. Em suma, é um disco ou uma peça de formato cônico dotado de pás. Classificação dos rotores:• Quanto a sua forma construtiva os rotores podem ser classificados em abertos, semiabertos e fechados. Rotores abertos• ⇒ são projetados sem as paredes laterais e as palhetas são presas unicamente ao cubo central. Sob o ponto de vista estrutural, são rotores tão frágeis que, quando as palhetas são longas, elas são reforçadas com nervuras. Os rotores abertos são indicados para líquidos viscosos ou sujos, que contém pastas, lama, areia, esgotos sanitários etc. 34 Alta Competência Figura 3.1 - rotores abertos Rotores semiabertos• ⇒ são desprovidos da parede dianteira, mas possuem a parede traseira, as palhetas e o cubo. São rotores mais robustos que os do tipo aberto. Os rotores semiabertos são usados no bombeamento de líquidos: viscosos; com elevada concentração de sólidos abrasivos em suspensão; e sujos, tais como os encontrados em esgotos e drenagem. Figura 3.2 - rotor semiaberto Rotores fechados• ⇒ são os mais empregados nas bombas centrífugas – quase universalmente preferidos – pois, salvo casos extremos, apresentam melhor rendimento em operação. Os rotores fechados possuem paredes dianteira e traseira, palhetas e cubo central. Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 35 Figura 3.3 - rotores fechados Quanto à admissão do líquido os rotores podem ser classificados em rotores de simples sucção ou rotor de dupla sucção. nos rotores de simples sucção, o líquido é admitido no rotor apenas por um lado, enquanto nos rotores de dupla sucção, a admissão do líquido se processa por dois lados opostos. Os rotores de dupla sucção podem ser constituídos de dois rotores de simples sucção sem parede traseira, montados costa-a-costa e fundidos numa só peça. Classificação das turbobombas segundo o número de rotores empregados Bombas de simples estágio• ⇒ são aquelas nas quais existe apenas um rotor. O fornecimento de energia ao líquido é feito em um único estágio. Teoricamente, seria possível projetar-se uma bomba com um único estágio para quaisquer condições propostas. Contudo, por razões óbvias, determinadas pelas dimensões excessivas e pelos correspondentes custos elevados, além do baixo rendimento, fazem com que os fabricantes não utilizem bombas de um estágio para grandes alturas de elevação. Bombas de múltiplos estágios• ⇒ quando a altura de elevação é grande, faz-se o líquido passar por dois ou mais rotores fixados ao mesmo eixo e colocados em uma mesma caixa, cuja forma permite esse escoamento. 36 Alta Competência A passagem do líquido por cada rotor e difusor constitui um estágio na operação de bombeamento. Essas bombas são próprias para instalações de alta pressão, pois a altura total a que a bomba recalca o líquido é, não considerando as perdas, teoricamente igual à soma das alturas parciais que seriam alcançadas por meio de cada um dos rotores componentes. As turbobombas são classificadas segundo a trajetória do líquido no rotor, podendo ser: bomba centrífuga pura ou radial, bomba de fluxo misto ou diagonal, que subdivide-se em bomba hélico-centrífuga e bomba helicoidal, e bomba axial ou propulsora. Bomba centrífuga pura ou radial • O líquido entra no rotor, paralelamente ao eixo, e é dirigido à periferia pelas pás, seguindo os raios do rotor e saindo em ângulo reto. 1 2 3 II I Figura 3.4 - Bomba centrífuga pura ou radial As bombas centrífugas radiais são usadas, geralmente, para o recalque de pequenas vazões e para grandes alturas de elevação. Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 37 Bomba hélico-centrífuga• O líquidochega axialmente ao rotor e percorre uma trajetória em curva reversa, devido ao formato das pás, e sai do rotor em trajetória situada num plano perpendicular ao eixo de rotação. Voluta b) Eixo Ro to r Figura 3.5 - rotor hélico-centrífugo e trajetória do líquido na saída do rotor Bomba helicoidal• nessas bombas, o líquido percorre uma trajetória em hélice cônica reversa, pois as pás possuem dupla curvatura, e sai do rotor em direção inclinada com relação ao eixo de rotação, ganhando pressão na voluta da bomba. Essas bombas possuem formato intermediário entre as hélico- centrífugas e as axiais. Figura 3.6 - rotor helicoidal e trajetória do líquido na saída do rotor 38 Alta Competência Bomba axial ou propulsora• nesse tipo de bomba, a trajetória das partículas do líquido começa paralelamente ao eixo e se desenvolve em hélice cilíndrica, devido ao formato das pás. O escoamento axial se dá pela propulsão das hélices e não pela força centrífuga, como ocorre nas outras turbobombas. Em geral, possuem eixo vertical (chamadas bombas verticais de coluna) e são usadas para grandes vazões e pequenas alturas de elevação. Figura 3.7 - rotor axial e trajetória do líquido na saída do rotor 3.3.2. Carcaça É o componente responsável pela contenção do fluido bombeado, bem como, sob certo aspecto, por efetuar a transformação da maior parte da elevada energia cinética com que o líquido sai do rotor em energia de pressão. Desse modo, ao atingir a boca de saída da bomba, o líquido é capaz de escoar com velocidade razoável, equilibrando a pressão que se opõe ao seu escoamento. Essa transformação é operada de acordo com a equação de Bernoulli, pois o difusor sendo, em geral, de seção gradativamente crescente, realiza uma contínua e progressiva diminuição da velocidade do líquido que por ele escoa, com o simultâneo aumento da pressão, de modo que esta tenha valor elevado e a velocidade seja reduzida na ligação da bomba ao encanamento de recalque. Ainda assim, é colocada uma peça trancônica na saída da bomba, para reduzir ainda mais a velocidade na tubulação de recalque, quando isso for necessário. Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 39 Classificação das carcaças• As carcaças podem ser classificadas quanto ao formato em: voluta, dupla voluta, concêntrica, difusor e difusor-voluta. Carcaça em voluta (forma de caracol)• ⇒ é o tipo mais usual de carcaça, utilizada predominantemente em bombas de simples estágio. A voluta tem como função primordial coletar o fluido que sai na periferia do impelidor e orientar o caminho desse fluido até a saída da bomba; Figura 3.8 - Carcaça em voluta Carcaça com pás difusoras• ⇒ grande parte das bombas de simples estágio utiliza carcaças em voluta, principalmente devido a sua boa eficiência, ao baixo custo e à simplicidade mecânica. Entretanto, no que concerne às bombas de multiestágios, as preferidas são as carcaças com pás difusoras, que possuem eficiência ligeiramente superior. nesse caso, o fluido, ao sair de cada rotor, penetra em um canal de seção crescente, formado por pás difusoras fixas à carcaça, processando-se, assim, a necessária conversão da energia cinética em energia de pressão. 40 Alta Competência Figura 3.9 - Carcaça com pás difusoras Carcaça concêntrica• ⇒ tem formato circular, apresentando seções transversais iguais em volta do rotor. A carcaça e o rotor têm um centro em comum. Apesar de seu baixo custo de fabricação, o emprego de carcaças concêntricas é reduzido, e elas foram superadas pelas carcaças tipo voluta. Figura 3.10 - Carcaça concêntrica Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 41 Carcaça em dupla voluta• ⇒ surgiu como solução mais econômica de um projeto de carcaça que desenvolvesse pequeno empuxo radial. O projeto consiste de duas volutas simples, defasadas de 180°, com parte do líquido passando externamente a uma delas e se juntando no canal de descarga. Figura 3.11 - Carcaça tipo dupla voluta Quanto à bipartição da carcaça, as bombas rotodinâmicas são divididas em: bombas com carcaças bipartidas radialmente e bipartidas horizontalmente. Bombas com carcaças partidas radialmente• nessas bombas, o acesso ao rotor é obtido pela retirada de uma tampa frontal da bomba. Esse processo é usado nas bombas de pequeno porte, e é necessária a desmontagem da tubulação de sucção e de descarga. 42 Alta Competência Figura 3.12 - Bomba com carcaça partida radialmente Bombas com carcaças partidas horizontalmente• nessas carcaças, os bocais de sucção e de descarga são localizados na parte inferior, de forma que a abertura da carcaça e o acesso ao rotor são realizados sem a necessidade de desmontagem das tubulações. Geralmente, são bombas de grande porte, utilizadas para grandes vazões. Figura 3.13 - Bomba com carcaça partida axialmente Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 43 3.3.3. Eixo A função básica do eixo é transmitir o torque na partida e durante a operação, bem como suportar o rotor e outras partes rotativas. Deve trabalhar sempre com deflexão menor que a folga mínima entre as partes rotativas e estacionárias. Em função da posição do eixo, as bombas classificam-se em: horizontais e verticais. Figura 3.14 - Bomba horizontal e bomba vertical 3.3.4. Luva de eixo As luvas de eixo têm a função de proteger o eixo contra erosão, corrosão e desgaste. O objetivo mais comum da luva de eixo é proteger o eixo na região da caixa de gaxetas. nesse caso, a superfície externa das luvas deve ser lisa, dura e concêntrica com a linha de centro do eixo. Figura 3.15 - Luva de eixo 44 Alta Competência 3.3.5. Caixa de gaxetas A caixa de gaxetas é uma das partes mais importantes das bombas centrífugas. Defeitos na sua construção ou condição, mesmo simples, podem impedir o funcionamento satisfatório da bomba. A caixa de gaxetas tem, usualmente, a forma de uma caixa cilíndrica que acomoda um certo número de anéis de gaxetas em volta do eixo ou da luva do eixo, comprimidos, para o ajuste desejado, por uma peça denominada sobreposta. Esse ajuste deve ser tal que haja um mínimo vazamento, da ordem de 30 a 60 gotas por minuto, que possibilite a lubrificação e auxilie o arrefecimento das gaxetas. Gaxetas ou anéis de gaxetas são anéis geralmente de amianto grafitado, que se acomodam no interior da caixa de gaxetas. A função principal das gaxetas é proteger a bomba contra vazamentos nos pontos em que o eixo passa através da carcaça. Figura 3.16 - Gaxetas ou caixa de gaxetas 3.4. Bombas alternativas 3.4.1. Início de operação - check-list Ao iniciar a operação de qualquer bomba, seja para operação ou para teste, verifique todos os itens referentes ao seu check-list de partida, pois se um destes itens for ignorado, você poderá danificá-la ou causar um acidente. Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 45 Se o equipamento foi preparado para operação conforme descrito anteriormente, ele está pronto para ser colocado em serviço. Guia para a partida inicial (• check-list): a) Se a bomba for equipada com um sistema de lubrificação externa, energize o sistema 5 minutos antes da partida. b) Se a bomba for equipada com um sistema de lubrificação integral ou tiver uma combinação de sistema de lubrificação por banho / jato de óleo, remova as tampas de inspeção do terminal de acionamento e coloque uma boa quantidade de lubrificante nos rolamentos dos pinos das cruzetas, etc. recoloque as tampas. c) Verifique a temperatura do lubrificante no reservatório da bomba, ela deve estar dentro dos limites especificados na tabela de lubrificantes. c 1) Verifique a temperatura do óleo lubrificante do power-end; caso esteja com a temperatura acima da máxima especificada, deve ser resfriado(utilize água fria fluindo através do trocador de calor). c 2) Se o lubrificante estiver com a temperatura abaixo da mínima especificada, aumente-a, fazendo-o circular através do sistema de lubrificação (também poderá utilizar água quente fluindo através do trocador de calor ou um aquecedor do tipo de imersão). O.B.S.: não coloque a bomba em operação nem a mantenha em operação quando a temperatura do lubrificante estiver acima ou abaixo dos limites fixados na tabela de lubrificantes. d) Se a bomba for equipada com um sistema de limpeza e refrigeração de camisas, energize-o. e) Gire a bomba manualmente uma volta completa, para certificar- se de que todas as partes móveis estão livres e podem se mover sem restrição. 46 Alta Competência f) Abra a válvula de derivação. g) Abra a válvula do tanque de sucção. h) inicie o movimento vagarosamente, verifique o sentido de rotação e controle em baixa rotação para iniciar o movimento dos cilindros. i) Abra a válvula da tubulação de descarga, aumente a potência, feche a válvula de derivação e verifique os seguintes itens: i l) Verifique a bomba de lubrificante para certificar-se do fluxo no sistema de lubrificação. i 2) Verifique se o sistema de limpeza e refrigeração de camisas está funcionando corretamente. i 3) Verifique se há vazamentos nos furos de avisos das gaxetas das camisas, juntas, tampões de válvulas, gaxetas das placas de desgaste. i 4) Verifique se há vazamentos de óleo nos diafragmas. i 5) Verifique a pressão de sucção. i 6) Verifique a pressão de descarga. i 7) Verifique a temperatura do lubrificante. i 8) Verifique se o estabilizador de sucção está operando no nível correto. i 9) Verifique a pressão de carga do amortecedor de pulsação da descarga. i 10) Verifique quanto a vazamentos de óleo na tubulação externa. i 11) Verifique quanto a vazamentos nas tubulações de sucção e de descarga. Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 47 i 12) Verifique se todas as fixações externas por parafusos e prisioneiros estão com torque corretamente aplicado. j) Se a bomba estiver sendo operada abaixo de 50 rpm, consulte o fabricante para instruções sobre lubrificação. O.B.S.: isto não se aplica às bombas som sistema de lubrificação independente, que têm lubrificação adequada em todas as condições de serviço. l) Verifique a regulagem da válvula de segurança quanto à pressão de desarme; se está compatível com a pressão relativa ao diâmetro da camisa em uso. m) Verifique quanto à fixação das braçadeiras da haste, se não estão batendo (a folga nas braçadeira dos pistões pode danificar os mesmos, como também a camisa da bomba). n) Verifique o nível do óleo lubrificante e o seu nível de contaminação (geralmente uma contaminação do fluido de refrigeração indica um desgaste do pistão/camisa). o) Cheque cuidadosamente a manobra nas linhas de sucção e recalque da bomba (evite acidentes). p) Mantenha as bombas com a vida útil dos sobressalentes sobre controle (nada mais desagradável do que durante uma operação, ao substituir a bomba, constatarmos que está com defeito, fazendo com que tenhamos de interromper a operação). 3.4.2. Vida útil dos sobressalentes da bomba Visando à substituição dos sobressalentes um pouco antes da sua falha, foram feitos estudos que determinaram aproximadamente a vida útil dos mesmos para uma determinada condição de operação. Abaixo, temos alguns valores em horas de vida útil, levantados no campo, em condições de operação em que o teor de areia era de, no máximo, 1%. 48 Alta Competência não devemos nos esquecer de que estes valores variam de acordo com as condições operacionais e o fornecedor. Componentes Vida útil (horas) Camisa 800 Gaxeta tampão desc. 600 Gaxeta tampão sucção 600 Borracha pistão 150 Borr. Válv. Sucção 300 Borr. Valv. Descarga 300 Haste do pistão 5000 Sede de sucção 600 Sede de descarga 600 Placa de desgaste 3000 Sub haste 5000 Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 49 3.4.3. Tabela programa de manutenção em fluid-end de bomba alternativa PR O G R A M A D E M A N U TE N Ç Ã O P R EV EN TI V A P /F LU ID -E N D ’S B O M B A S TR IP LE X B O M B A N º. : C IL IN D R O N º. : D A TA : D A TA SO B R ES SA LE N TE S SE D E IN ÍC IO 15 0H S 30 0H S 45 0H S 60 0H S 70 0H S M O LA C A M IS A G A X ET A C A M IS A PI ST Ã O C O M PL ET O B O R R A C H A PI ST Ã O JU N TA T . V Á LV U LA IN SE R TO G U IA V Á LV U LA PL A C A D ES G A ST E H A ST E PI ST Ã O O B SE R V A Ç Ã O SU B ST IT U IÇ Ã O IN SP EÇ Ã O V Á LV U LA IN SE R TO V Á LV U LA H O R A S D E O PE R A Ç Ã O N Ú M ER O : G ir a o c o rp o d o p is tã o ¼ d e vo lt a n o s en ti d o h o rá ri o G ir a a ca m is a ¼ d e vo lt a n o se n ti d o h o rá ri o G ir a o c o rp o d o p is tã o ¼ d e vo lt a se n ti d o a n ti -h o rá ri o 50 Alta Competência 3.4.4. Inspeções diárias, semanais, mensais e semestrais Visando uma melhor continuidade operacional, tem-se dado destaque, ao longo do tempo, à manutenção preventiva nas bombas de perfuração x tempo de sonda parada. Os gastos com sobressalente são geralmente mais baixos do que as paradas devido à falha dos mesmos. As LTM (lista de tarefas de manutenção) - método adotado pela Petrobras para efetuar manutenções preventivas e de monitoração ao longo da operação da bomba tem sido uma ferramenta muito importante na continuidade operacional. Essa é uma lista de observações a serem consideradas quando da manutenção de bombas padrão (algumas bombas não possuem determinados itens). Cada companhia operadora deve reparar sua lista específica para este propósito e um programa estabelecido que seja seguido e anotado. Diariamente Verificar o nivel de óleo na carcaça ou tanque de circulação;• Verificar a pressão de óleo;• Verificar a temperatura do óleo;• Verificar se há contaminação do óleo;• Verificar se é preciso trocar o cartucho de filtragem;• Lubrificar a bomba do sistema de limpeza das camisas;• Lubrificar a bomba de superalimentação;• Drenar o reservatório de resíduos do pistão;• Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 51 Verificar a pressão de sucção;• Verificar a pressão de descarga;• Verificar se há vazamentos de óleo;• Verificar se há vazamentos de lama;• Verificar a pressão correta e o nível de fluido no estabilizador • de sucção; Verificar a pressão correta do amortecedor de pulsação e • descarga; Verificar o sistema de limpeza das camisas;• Verificar se há vazamentos no diafragma;• Verificar se ha vazamentos nos retentores de óleo;• Verificar acoplamentos das hastes dos pistões;• Verificar se há vazamentos no trocador de calor;• Verificar se a bomba está limpa;• Verificar se a área de trabalho está limpa.• Semanalmente Verificar todos os parafusos dos terminais de acionamento do • fluido; Verifique os parafusos de fixação da bomba;• Verifique os parafusos dos flanges de sucção;• 52 Alta Competência Verifique os parafusos dos flanges de descarga;• Verificar se a área de trabalho está limpa;• Verifique o funcionamentodos controles de segurança.• Mensalmente Verificar o desgaste dos pistões e camisas;• Verificar o desgaste das extensões das hastes;• Limpar o filtro de óleo;• Limpar o filtro do sistema de limpeza das camisas;• Limpar o reservatório de residuos;• Limpar os respiros da carcaça e da caixa de engrenagens;• Verificar válvulas, sedes e molas;• Verificar disponibilidade e condições das ferramentas.• A cada 6 meses Verificar a folga das cruzetas;• Verificar a folga dos pinos das cruzetas;• Verificar a folga do rolamento principal;• Verificar a folga do rolamento do eixo pinhão;• Verificar a folga do rolamento do girabrequim;• Verificar o desgaste das engrenagens "• sprockets" e correntes; Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 53 Verificar as "• sprockets", polias e acoplamentos; Trocar o óleo (trocar também o cartucho de filtragem);• Trocar a mistura para limpeza das camisas. • As LTM's (Lista de Tarefas de Manutenção) expedidas para manutenção das bombas utilizadas pela Petrobras são de extrema importância para a operacionalidade das mesmas. 3.4.5. Guia para análise de problema em bombas alternativas Sem um exame cuidadoso, não é possível diagnosticar a causa de todos os problemas que podem aparecer durante a operação da bomba. Os sintomas mais comuns estão descritos abaixo. Se as soluções aqui descritas não resolverem o problema, reporte-se ao corpo técnico da unidade. Poderá existir uma combinação de problemas ou surgirem outros, aqui não relacionados. Pancadas mecânicas Causas Correções Folga excessiva dos rolamentos do eixo de manivelas e/ou pinhão Trocar os rolamentos Folga excessiva ou dentes quebrados no conjunto pinhão/coroa Trocar o conjunto pinhão/coroa. Folga excessiva no casquilho ou rolamento das bielas Ajustar a folga dos casquilhos ou trocar os rolamentos Casquilho das bielas danificadas Trocar os casquilhos Pino das cruzetas danificadas Trocar o pino das cruzetas Folga excessiva na bucha da biela no pino Trocar a bucha da biela Alojamento do pino na cruzeta desgastado Recuperar ou trocar a cruzeta 54 Alta Competência Causas Correções Folga excessiva entre cruzeta e seu alojamento ou telha Trocar a cruzeta e recuperar o alojamento na carcaça ou ajustar a folga da telha Camisa da bomba folgada Reapertar os parafusos de fixação da camisa Haste do pistão folgado na cruzeta Reapertar e travar a haste do pistão Pistão folgado na haste Trocar e reapertar a porca do pistão Molas das válvulas quebradas ou cansadas Trocar as molas danificadas Sede de válvula folgada no fluid-end Reapertar ou recuperar eixos, polias, chavetas e buchas Bomba girando no sentido contrário Corrigir o sentido de rotação Folga nos alojamentos/tampas dos rolamentos Verifique e aperte Desgaste na bucha/rolamento do pino da cruzeta Substitua Desgaste na cruzeta Ajuste ou substitua as sapatas e guias Pancadas hidráulicas Causas Correçoes Entrada de ar pelas juntas ou furos na sucção Trocar as juntas e eliminar os furos Obstrução na linha de sucção Desobstruir a sucção Obstrução no filtro de sucção Desobstruir o filtro Entrada de ar pelo stuffing box Trocar ou reapertar as gaxetas Presença de gás/ar no fluido Desarear o fluido Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 55 Causas Correçoes Válvulas de sucção e/ou recalque danificadas Trocar válvulas, sedes e molas Amonecedor de sucção e/ou recalque furados e/ou descarregados Reparar a câmara ou os amortecedores, trocar e recarregá-la NPSH disponível do sistema insuficente (cavitação) Aumentar o NPSH disponível Head de aceleração muito elevado Reduzir o head de aceleração Projeto das linhas de sucção inadequado Reavalie todo o projeto das linhas de sucção Bomba de pré-carga defeituosa (se houver). Ar no interior da mesma. Reparar a bomba de pré-carga Válvulas na linha de sucção parcialmente abertas Abrir completamente as válvulas Baixa pressão de bombeio Causas Correções Válvulas e/ou molas quebradas Trocar as válvulas e molas quebradas Válvulas emperradas Trocar as válvulas emperradas Válvula de alívio de segurança dando passagem Reparar a válvula de alívio Pressão de trabalho superior à pressão ajustada na válvula de segurança Calibrar a válvula de alívio de segurança Pistão com inserto gasto e/ou danificado Trocar os insertos dos pistões Pistão solto da haste Recolocá-lo na haste e colocar porca auto- travante Recirculando pela junta das camisas Trocar as juntas e travar a camisa 56 Alta Competência Causas Correções Coluna furada em algum ponto Retirar a coluna e identificar o furo Válvula do manifold das bombas dando passagem Identificar a válvula e substituí-la Queda de jato da broca Identificar a queda e retirar a coluna para nova instalação Sistema não está exigindo pressão Verificar motivo junto à operação Falha em algum elemento da coluna (motor de fundo-barrilete etc.) Comprovar a falha Enchimento incompleto Melhore a pressão na sucção. Diminua a velocidade da bomba Vazamento do fluido pelo fluid end Corrija o vazamento Leitura errônea do manômetro Substitua ou recalibre o manômetro Baixa pressão de sucção Causas Correções Alimentação deficiente Aumente o nível ou suprimento de fluido Baixa vazão da bomba de pré-carga Aumente a velocidade da bomba de pré- carga Vazão de fluido retardada Remova restrições da tubulação de sucção Leitura errônea no manômetro Recalibre ou substitua o manômetro Bomba de pré-carga com ar Escorve a bomba Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 57 Pressão de bombeio elevada Causas Correções Coluna semiobstruída Desobstruir a coluna Mangotes/mangueiras com a camada interna solta Substituir o mangote Válvulas semiabertas Abrir completamente as válvulas Temperatura do fluido baixa/vazão de bombeio elevada Aumentar a temperatura até o valor especificado Temperatura ambiente baixa Reprogramar os parâmetros de temperatura e vazão Formação de emulsão Adicionar desemulsificante Adensamento de fluido Esperar homogeneizar o fluido Vibração excessiva nas linhas de sucção e/ou recalque Causas Correções Válvulas danificadas Reparar as válvulas Válvulas emperrando Reparar as válvulas Amortecedor de sucção descalibrado Calibrar o amortecedor Amortecedor de recalque descalibrado Calibrar o amortecedor Amortecedor atmosférico sem colchão de ar Esvaziar o amortecedor para formar o colchão de ar Pressão de sucção insuficiente Aumentar a pressão de sucção Entrada de ar pela sucção Reparar as linhas de sucção 58 Alta Competência Causas Correções CPM da bomba muito elevado Reduzir CPM da bomba Obstrução parcial da linha de sucção Desobstruir a linha de sucção Distância entre ponto de ancoragem da sucção e/ou recalque incorreta Redimensionar o projeto de ancoragem da linha de sucção e/ou recalque Temperatura elevada do fluido Refrigerar o fluido bombeado Presença de gás dissolvido no fluido Desarear o fluido bombeado Projeto das linhas de sucção e recalque deficiente Melhorar o projeto do sistema de sucção e recalque. NPSH disponível insuficiente Aumentar o NPSH disponível Head de aceleração muito elevado Reduzir o head de aceleração Vibração excessiva da bomba Causas Correções Fundação pouco rígida Reprojetar a fundação Parafusos da base folgados Reapertar os parafusos Tubulação mal ancorada Ancorar corretamente Polias da bomba e/ou propulsor desbalanceada. Balancear as polias Correias folgadas Tensionar corretamente as correias Motor elétrico com fase desbalanceada Trocar o motor elétrico Estabilizador de sucção defeituoso Reparar ou trocar o estabilizador de sucção Amortecedor derecalque defeituoso Reparar ou trocar o amortecedor de recalque Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 59 Aquecimento do power end Causas Correções Nível de óleo baixo ou elevado Completar nível de óleo Viscosidade de óleo elevada Colocar óleo correto Mancais de rolamento com folga insuficiente Reajustá-lo de acordo com a especificação Correias com tensão excessiva Tencionar corretamente as correias Bombas girando no sentido contrário Corrigir o sentido de rotação CPM muito elevado Reduzir o CPM da bomba Ventilação inadequada do ambiente Melhorar a ventilação ambiente Pressão de bombeio elevada Reduzir a pressão de bombeio Acoplamento desalinhado Alinhar acoplamento Trocador de calor deficiente Recuperar trocador de calor Bomba em ambiente muito quente Proteger com revestimento térmico Bomba operando em sobrecarga Reduzir a pressão e/ou vazão Mal funcionamento do trocador de calor Limpe os tubos e casco. Ajuste a vazão do refrigerante. 60 Alta Competência Alta pressão do óleo Causas Correções Baixa temperatura do óleo Mantenha a temperatura na média Óleo contaminado Troque o óleo Válvula de alívio mal ajustada verifique e reinstale Verifique e reinstale Filtro de óleo obstruído Troque o cartucho de filtragem Restrições nas passagens Limpe as passagens Erro na leitura do manômetro Recalibre ou substitua o manômetro Baixa pressão do óleo Causas Correções Baixo nível do óleo Verifique e adicione óleo se necessário Alta temperatura do óleo Veja (alta temperatura do óleo Lubrificante contaminado Troque o óleo Válvula de alívio mal ajustada Verifique e ajuste corretamente Vazamentos na tubulação Repare todos os vazamentos Desgaste na bomba de óleo Repare ou substitua a bomba de óleo Tela de sucção entupida Limpe a tela e troque o óleo Erro na leitura do manômetro Recalibre ou substitua o manômetro Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 61 Desgaste excessivo de gaxetas Causas Correções Gaxetas mal especificadas Especificar corretamente as gaxetas Mais gaxetas que o recomendado Retirar as gaxetas em excesso Gaxetas montadas incorretamente Montar as gaxetas conforme recomendado Fluido muito abrasivo Proceder a filtragem do fluido Desalinhamento da haste do stuffing box Melhorar o alinhamento Haste do êmbolo ranhurada ou corroída Trocar haste ou êmbolo Lubrificação inadequada das gaxetas Melhorar a lubrificação das gaxetas Refrigeração inadequada Melhorar a refrigeração Stuffing box desgastado Trocar o stuffing box Aperto excessivo do engaxetamento Apertar o suficiente para evitar o vazamento Bomba operando com cavitação Aumentar a pressão de sucção Entrada de ar na bomba Escorvar a bomba corretamente Desgaste excessivo dos pistões / camisas Causas Correções Falha do sistema de refrigeração do pistão Reparar o sistema de refrigeração Falta de escorva da bomba Reparar ou instalar válvula de pé na sucção Elastômetro do pistão incompatível com o fluido bombeado Selecionar o inserto do pistão com elastômero compatível com o fluido bombeado Pistão folgado (aperto insuficiente da porca) Apertar corretamente a porca do pistão 62 Alta Competência Causas Correções Pistão folgado (montado com cone sujo) Limpar o cone da haste antes da montagem Corpo do pistão com desgaste excessivo Trocar o corpo do pistão Desgaste excessivo do diâmetro interno da camisa Trocar a camisa ou recuperar o seu diâmetro interno Corrosão interna da camisa Recuperar ou trocar a camisa Teor de sólido do fluido muito elevado. Abrasivos no fluido Melhorar o sistema de remoção de sólidos do fluido bombeado Vida útil muito curta das camisas Use camisas de "super DI-HARD" Contaminação do óleo do cárter Causas Correçoes Já foi abastecido com óleo contaminado Trocar o óleo por outro Juntas das tampas de visita danificadas Trocas as juntas e apertá-las corretamente Retentor da haste danificado Trocar os retentores Defletor da haste ausente ou danificado Instalar ou trocar os defletores Suspiro do cárter sem o filtro Colocar o filtro no suspiro do cárter Vazamento no diafragma Causas Correções Extensão de haste gasta ou danificada Substitua a extensão da haste Corrosão na extensão da haste Lixe ou substitua a extensão da haste Retentores gastos Substitua os retentores Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 63 Causas Correções Retentores instalados incorretamente Verifique a montagem dos retentores. Limpe e lixe o furo do diafragma Anel de lanterna gasto Substitua o anel de lanterna Defletor de óleo mal colocado Verifique a montagem do defletor de óleo Óleo represado no diafragma Faça um furo de dreno na parte mais baixa. Limpe o furo de dreno Pressão no interior da carcaça Limpe ou substitua o respiro Vazamento no retentor de óleo Causas Correções Bordas dos retentores gastas Substitua o retentor Bordas dos retentores danificadas Substitua o retentor Má vedação no diâmetro externo Limpe e lixe o acionamento do retentor de oleo Material estranho no retentor Limpe e lixe o eixo. Lixe ou substitua a manga do eixo Pressão no interior da carcaça Limpe ou substitua o respiro Consumo excessivo de potência Causas Correções Pressão de bombeio muito alta Reduzir a pressão de descarga CPM da bomba muito elevado Reduzir o CPM da bomba Engaxetamento muito apertado Folgar o prensa-gaxeta Pistões e camisas superdimensionadas Colocar pistão e camisa corretos 64 Alta Competência Causas Correções Correias muito apertadas Tencionar corretamente as correias Baixa voltagem no motor elétrico Aumentar a voltagem Mancais de rolamento com pouca folga Ajustar a folga correia dos rolamentos Acoplamento desalinhado Alinhar corretamente o acoplamento Desgaste ou quebra frequente de hastes Causas Correções Aperto excessivo do pistão e/ou cruzeta Apertar com torque recomendado Aperto insuficiente do pistão e/ou cruzeta Apertar com torque recomendado Projeto da haste insuficiente Melhorar o projeto Número de reparo/cromagem elevado Trocar por haste nova Pressão de trabalho muito elevada Reduzir a pressão de trabalho Fluido corrosivo Adequar material da haste ao fluido bombeado Aperto excessivo do engaxetamento Apertar levemente o engaxetamento Morsas devido pancada com marreta Evitar pancadas com marreta na superfície da haste Desalinhamento da cruzeta, stuffing box e fluid end Rever o alinhamento destes componentes Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 65 Quebra frequente de parafusos do fluid end Causa Correçoes Parafuso e porca com grau SAE insuficiente Colocar parafusos e porcas conforme especificação Torque incorreto Apertar com o torque recomendado Pressão de recalque muito alta Reduzir a pressão de descarga Pistão com diâmetro grande Reduzir o diâmetro do pistão Esforços elevados provocados por unhas Realinhar todos os flanges 3.4.6. Valores de torque para aperto em bombas de lama Oilwell / Villares O torque apropriado de todos os parafusos, porcas, prisioneiros e fixadores é iMPOrTAnTE. Torque incorreto poderá causar ruptura por fadiga ou escoamento e resultar em sérios danos. 1) Limpe cuidadosamente todas as roscas, internas e externas, no momento da instalação; 2) Lubrifique as roscas e a face inferior da ca beça do parafuso ou prisioneiro e também a face inferior da porca com um composto antiengripante de boa qualidade; 3) Aperte progressiva e uniformemente os para fusos para prevenir desalinhamento ou danos aos componentes; 4) Os seguintes valores devem ser observados no aperto final dos parafusos: 66 Alta Competência Torques de aperto (kg / m) ROSCA DIN 8.8 DIN 10.9 DIN 12.9 SAE GRAU 5 SAE GRAUS 6«7 SAE GRAU 8 SAE GRAU 2M 8 2.5 3.5 4.1 0.7 M 10 4.9 6.9 8,3 1.5 M 12 8.6 12.0 14.5 2.6 M 16 21.0 29.5 35.5 6.6 M 20 41.0 58 69 13.0 M 24 71.0 100 120 22,4 M 30 145 200 210 45,0 M 36 252 350 428 78,8 M 42 405 570 685 126,5 M 48 610 860 1030 190.5 Capítulo 3. Turbobombas ou rotodinâmicas 67 M ud P um p Oi lw el l A -1 70 0 PT T rip le x St ro ke : 12 in ch es Li ne r Si ze (in ) G al lo ns pe r S tro ke 15 0 14 0 13 0 12 0 11 0 10 0 90 80 70 60 50 40 30 M ax . Pr es su re (p si) 7, 75 7, 35 11 02 ,8 10 29 ,3 95 5, 7 88 2, 2 80 8, 7 73 5, 2 66 1, 7 58 8, 1 51 4, 6 44 1, 1 36 7, 6 29 4, 1 22 0, 6 23 78 7, 5 6, 89 10 32 ,8 96 3, 9 89 5, 1 82 6, 2 75 7, 4 68 8, 5 61 9, 7 55 0, 8 48 2, 0 41 3, 1 34 4, 3 27 5, 4 20 6, 6 25 40 7, 25 6, 43 96 5, 1 90 0, 7 83 6, 4 77 2, 1 70 7, 7 64 3, 4 57 9, 0 51 4, 7 45 0, 4 38 6, 0 32 1, 7 25 7, 4 19 3, 0 27 18 7 6, 00 89 9, 7 83 9, 7 77 9, 7 71 9, 7 65 9, 7 59 9, 8 53 9, 8 47 9, 8 41 9, 8 35 9, 9 29 9, 9 23 9, 9 17 9, 9 29 15 6, 75 5, 58 83 6, 5 78 0, 8 72 5, 0 66 9, 2 61 3, 5 55 7, 7 50 1, 9 44 6, 2 39 0, 4 33 4, 6 27 8, 8 22 3, 1 16 7, 3 31 35 6, 5 5, 17 77 5, 7 72 4, 0 67 2, 3 62 0, 6 56 8, 9 51 7, 2 46 5, 4 41 3, 7 36 2, 0 31 0, 3 25 8, 6 20 6, 9 15 5, 1 33 81 6 4, 41 66 1, 0 61 6, 9 57 2, 8 52 8, 8 48 4, 7 44 0, 6 39 6, 6 35 2, 5 30 8, 5 26 4, 4 22 0, 3 17 6, 3 13 2, 2 39 68 5, 75 4, 05 60 7, 0 56 6, 6 52 6, 1 48 5, 6 44 5, 2 40 4, 7 36 4, 2 32 3, 8 28 3, 3 24 2, 8 20 2, 3 16 1, 9 12 1, 4 43 21 5, 5 3, 70 55 5, 4 51 8, 4 48 1, 3 44 4, 3 40 7, 3 37 0, 3 33 3, 2 29 6, 2 25 9, 2 22 2, 2 18 5, 1 14 8, 1 11 1, 1 47 23 5 3, 06 45 9, 0 42 8, 4 39 7, 8 36 7, 2 33 6, 6 30 6, 0 27 5, 4 24 4, 8 21 4, 2 18 3, 6 15 3, 0 12 2, 4 91 ,8 50 00 * M ax . I np ut H P: 17 00 15 87 14 73 13 60 12 47 11 33 10 20 90 7 79 3 68 0 56 7 45 3 34 0 * l im ite d by s tru ct ua l s tre ng th St ro ke R at e (s pm ) Pu m p Ou tp ut in G al lo ns p er M in ut e Vo lu m et ric E ffi cie nc y is as su m ed 1 00 % a nd M ec ha ni ca l E ffi cie nc y is as su m ed to b e 90 % 68 Alta Competência exercícios 1) Marque V (verdadeira) e F (falsa) para as afirmativas a seguir: ( ) As bombas volumétricas alternativas são máquinas que, a cada ciclo, deslocam um volume fixo de líquido, sem permi- tir o retorno deste. ( ) Quanto ao tipo de acionador, as bombas volumétricas alter- nativas podem ser classificadas em bombas de ação direta e bombas de potência. ( ) nas bombas de ação direta, o acionador é um motor elétri- co ou de combustão interna, que atua através de um siste- ma biela/manivela. ( ) Quando as bombas volumétricas possuem dois cilindros são chamadas de duplex. 2) relacione as colunas, quanto ao tipo da peça propulsora de líquido: ( 1 ) Bomba alternativa de pistão ( ) Produz o movimento do líquido, que se desloca, com movimento alternativo, den- tro de um cilindro. A operação de uma bomba desse tipo se processa em duas fa- ses distintas: aspiração e descarga. ( 2 ) Bomba alternativa de êmbolo ( ) nesse tipo de bomba, o órgão que forne- ce a energia ao líquido é uma membrana acionada por uma haste com movimento alternativo. ( 3 ) Bomba alternativa de diafragma ( ) Tem o mesmo princípio de funcionamento e as mesmas características, só que suporta pressões mais elevadas. 3) Descreva os principais órgãos de uma bomba alternativa e quais as suas funções: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ Exercício 69 4) Cite duas aplicações importantes das bombas de deslocamento positivo: _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 5) Cite as vantagens e desvantagens características das turbobombas: Vantagens: ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ___________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ _____________________________________________________________ Desvantagens: ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ___________________________________________________________ _____________________________________________________________ 6) O que é escorva? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 70 Alta Competência 7) Cite alguns dos empregos frequentes das turbobombas: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 8) O órgão da bomba que tem a função de transferir à massa líquida o movimento de rotação de que está dotado, comunicando a ela aceleração, para que a massa adquira energia cinética e a transformação da energia mecânica se realize é: ( ) Eixo ( ) Luva de eixo ( ) rotor ( ) Mancais 9) A carcaça é responsável: ( ) Por proteger o eixo contra erosão, corrosão e desgaste. ( ) Pela contenção do fluido bombeado, bem como, sob cer- to aspecto, por efetuar a transformação da maior parte da elevada energia cinética com que o líquido sai do rotor em energia de pressão. ( ) Por suportar o rotor e outras partes rotativas. ( ) Por transmitir o torque na partida e durante a operação. Exercício71 10) Correlacione as colunas de acordo com as características apresentadas: ( 1 ) Bomba centrí- fuga pura ou radial ( ) O líquido chega axialmente ao rotor e percorre uma trajetória em curva rever- sa, devido ao formato das pás, e sai do rotor em trajetória situada num plano perpendicular ao eixo de rotação. ( 2 ) Bomba héli- co-centrífuga ( ) nessas bombas, o líquido percorre uma trajetória em hélice cônica reversa, pois as pás possuem dupla curvatura, e sai do rotor em direção inclinada com relação ao eixo de rotação, ganhando pressão na voluta da bomba. ( 3 ) Bomba axial ou propulsora ( ) São usadas, geralmente, para o recal- que de pequenas vazões e para gran- des alturas de elevação. ( 4 ) Bomba heli- coidal ( ) A trajetória das partículas do líquido começa paralelamente ao eixo e se de- senvolve em hélice cilíndrica, devido ao formato das pás. 11) A função básica do eixo é: ( ) Suportar o rotor e outras partes rotativas. ( ) Transmitir o torque na partida e durante a operação, bem como suportar o rotor e outras partes rotativas. ( ) Proteger o eixo contra erosão, corrosão e desgaste. ( ) Conter o fluido bombeado, bem como, sob certo aspecto, efetuar a transformação da maior parte da elevada ener- gia cinética com que o líquido sai do rotor em energia de pressão. 72 Alta Competência Gabarito 1) Marque V (verdadeira) e F (falsa) para as afirmativas a seguir: ( V ) As bombas volumétricas alternativas são máquinas que, a cada ciclo, deslocam um volume fixo de líquido, sem permitir o retorno deste. ( V ) Quanto ao tipo de acionador, as bombas volumétricas alternativas podem ser classificadas em bombas de ação direta e bombas de potência. ( F ) nas bombas de ação direta, o acionador é um motor elétrico ou de combustão interna, que atua através de um sistema biela/manivela. Justificativa: Esta é uma característica nas bombas de potência. ( V ) Quando as bombas volumétricas possuem dois cilindros são chamadas de duplex. 2) relacione as colunas, quanto ao tipo da peça propulsora de líquido: ( 1 ) Bomba alternativa de pistão ( 1 ) Produz o movimento do líquido, que se desloca, com movimento alternativo, dentro de um cilindro. A operação de uma bomba desse tipo se processa em duas fases distintas: aspiração e descarga. ( 2 ) Bomba alternativa de êmbolo ( 3 ) nesse tipo de bomba, o órgão que fornece a energia ao líquido é uma membrana acionada por uma haste com movimento alternativo. ( 3 ) Bomba alternativa de diafragma ( 2 ) Tem o mesmo princípio de funcionamento e as mesmas características, só que suporta pressões mais elevadas. 3) Descreva os principais órgãos de uma bomba alternativa e quais as suas funções: Os principais órgãos de uma bomba alternativa são o cilindro, o pistão e as válvulas. O pistão se movimenta no interior do cilindro e é o órgão transmissor de energia ao líquido. As válvulas são os órgãos que controlam a entrada e a saída de líquido no cilindro. 4) Cite duas aplicações importantes das bombas de deslocamento positivo: Utilização como bombas de lama e na elevação artificial de petróleo. Gabarito 73 5) Cite as vantagens e desvantagens características das turbobombas: Vantagens: • Vazão uniforme; • Ausência de ponto morto; • Ocupação de espaço reduzido; • Baixo custo de manutenção; • Ausência de válvulas; • Apresentação de menores vibrações; • Exigência de fundações mais simples; • Trabalho com líquidos contendo lamas, lodos ou outras impurezas; • Exigência de menor número de sobressalentes. Desvantagens: • São de difícil aspiração; • Têm menor rendimento; • São desaconselháveis para pequenas vazões e altas pressões; • Apresentam necessidade de escorva antes de começar a operar. 6) O que é escorva? É um processo de preparação da bomba, para funcionamento, no qual o ar e os gases contidos no seu interior e na tubulação de sucção são extraídos e substituídos pelo fluido a ser bombeado. Portanto, antes de começar a operação, a bomba, bem como a tubulação de sucção, devem estar cheias de líquido. 7) Cite alguns dos empregos frequentes das turbobombas: • Serviços de abastecimento de água e de esgoto; • Estações de tratamento; • Sistema de irrigação e drenagem; • Centrais termoelétricas e de refrigeração; • Indústrias têxtil, petrolífera, química e petroquímica; • Mineração; • Sistemas de combate a incêndio; • Uso domiciliar. 74 Alta Competência 8) O órgão da bomba que tem a função de transferir à massa líquida o movimento de rotação de que está dotado, comunicando a ela aceleração, para que a massa adquira energia cinética e a transformação da energia mecânica se realize é: ( ) Eixo ( ) Luva de eixo ( X ) Rotor ( ) Mancais 9) A carcaça é responsável: ( ) Por proteger o eixo contra erosão, corrosão e desgaste. ( X ) Pela contenção do fluido bombeado, bem como, sob certo aspecto, por efetuar a transformação da maior parte da elevada energia cinética com que o líquido sai do rotor em energia de pressão. ( ) Por suportar o rotor e outras partes rotativas. ( ) Por transmitir o torque na partida e durante a operação. 10) Correlacione as colunas de acordo com as características apresentadas: ( 1 ) Bomba centrífuga pura ou radial ( 2 ) O líquido chega axialmente ao rotor e percorre uma trajetória em curva reversa, devido ao formato das pás, e sai do rotor em trajetória situada num plano perpendicular ao eixo de rotação. ( 2 ) Bomba hélico- centrífuga ( 4 ) nessas bombas, o líquido percorre uma trajetória em hélice cônica reversa, pois as pás possuem dupla curvatura, e sai do rotor em direção inclinada com relação ao eixo de rotação, ganhando pressão na voluta da bomba. ( 3 ) Bomba axial ou propulsora ( 1 ) São usadas, geralmente, para o recalque de pequenas vazões e para grandes alturas de elevação. ( 4 ) Bomba helicoidal ( 3 ) A trajetória das partículas do líquido começa paralelamente ao eixo e se desenvolve em hélice cilíndrica, devido ao formato das pás. 11) A função básica do eixo é: ( ) Suportar o rotor e outras partes rotativas. ( X ) Transmitir o torque na partida e durante a operação, bem como suportar o rotor e outras partes rotativas. ( ) Proteger o eixo contra erosão, corrosão e desgaste. ( ) Conter o fluido bombeado, bem como, sob certo aspecto, efetuar a transformação da maior parte da elevada energia cinética com que o líquido sai do rotor em energia de pressão. Bibliografia GiLES, r. V. Mecânica dos fluidos e hidráulicas. São Paulo: McGraw-Hill, 1975. 401p. (Coleção Shaum). JArDiM, S. B. Sistemas de bombeamento. Porto Alegre: Sagra - Luzzato 1992. 164 p. KSB - CEnTrO DE TrEinAMEnTO DO PrODUTO. Manual de treinamento manutenção. 7. ed. 2000. 92p. MACYnTirE, A. J. Bombas e instalações de bombeamento. rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1980. 667 p. MATTOS, E. E.; FALCO, reinaldo de. Bombas Industriais. 2. ed. rio de Janeiro: interciência, 1998. STrEETEr, V. L.; WYLiE, E. B. Mecânica dos Fluidos. São Paulo: McGraw-Hill, 1982. 75 Bibliografia