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Autor: Silas Santana Ribeiro técnico de perfuração e poços INSTRUMENTAÇÃO APLICADA À PERFURAÇÃO II INSTRUMENTAÇÃO APLICADA À PERFURAÇÃO II Autor: Silas Santana Ribeiro INSTRUMENTAÇÃO APLICADA À PERFURAÇÃO II Programa Alta Competência Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das atividades profissionais na Companhia. É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo. Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força de trabalho às estratégias do negócio E&P. Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das competências necessárias para explorar e produzir energia. O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados e a reciclagem de antigos. Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de sucesso que ela é. Programa Alta Competência Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila está organizada e assim facilitar seu uso. No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual representa as metas de aprendizagem a serem atingidas. Autor Ao fi nal desse estudo, o treinando poderá: • Identifi car procedimentos adequados ao aterramento e à manutenção da segurança nas instalações elétricas; • Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao aterramento de segurança; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. ATERRAMENTO DE SEGURANÇA Como utilizar esta apostila Objetivo Geral O material está dividido em capítulos. No início de cada capítulo são apresentados os objetivos específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como orientadores ao longo do estudo. No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem. Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do capítulo em questão. Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas C ap ít u lo 1 Riscos elétricos e o aterramento de segurança Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá: • Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e riscos elétricos; • Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 21 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 1.4. Exercícios 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. Gabarito Objetivo Específi co Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente identifi cados, pois estão em destaque. Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 49 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos. Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o seu papel, precisa ser bem projetado e construído.Além disso, deve ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico por contato indireto e de incêndio e explosão. 3.1. Problemas operacionais Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo de aterramento são: • Falta de continuidade; e • Elevada resistência elétrica de contato. É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo admissível para resistência de contato. Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm. 3.4. Glossário Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo abordado de um determinado item do capítulo. “Importante” é um lembrete das questões essenciais do conteúdo tratado no capítulo. CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1.6. Bibliografi a É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a primeira observação de um fenômeno relacionado com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome dado à resina produzida por pinheiros que protege a árvore de agressões externas. Após sofrer um processo semelhante à fossilização, ela se torna um material duro e resistente. Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais: 1.1. Riscos de incêndio e explosão Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma: Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera potencialmente explosiva por descarga descontrolada de eletricidade estática. Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos pessoais, materiais e de continuidade operacional. Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta dos principais pontos abordados no capítulo. Em “Atenção” estão destacadas as informações que não devem ser esquecidas. Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional! Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... SumárioSumário Introdução 15 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoraçãoda Sonda 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda 19 1.1. Indicadores 19 1.1.1. Indicador de peso 20 1.1.2. Indicador de RPM da Mesa Rotativa 25 1.1.3. Indicador de torque de Mesa 27 1.2. Registradores 30 1.2.1. Registrador de parâmetros 31 1.3. Transdutores Elétricos Pneumáticos E/P 37 1.4. Transmissores 38 1.5. Inclinômetro 39 1.5.1. Montagem e Operação 42 1.6. Sondador automático 50 1.6.1. Montagem e Operação 50 Exercícios 53 Glossário 56 Bibliografia 57 Gabarito 58 Introdução Nos últimos tempos, houve a necessidade do aumento da produção para atender à demanda e baixar ocusto dos produtos. Como efeito, a criação e a fabricação de novos produtos proporcionaram o aparecimento de um número cada vez maior de indústrias, que surgiram devido ao controle automático de processos, sem o qual não haveria produção de boa qualidade. O controle automático de processo industrial é cada vez mais empregado para aumentar a produtividade, baixar os custos, eliminar os erros que seriam provocados pelo elemento humano e manter automática e continuamente o balanço energético de um processo. Para controlar automaticamente o processo, precisamos saber como este se comporta a fim de corrigi-lo, fornecendo ou dele retirando energia. Para controle são necessários instrumentos e aparelhos específicos que medem e manipulam a grandezas de processo. Denominamos Instrumentação a ciência que estuda os instrumentos de medição, tais como indicadores, registradores, transdutores, transmissores, inclinômetro, sondador automático etc. Estes instrumentos objetivam determinar grandezas físicas ou químicas, bem como mantê-las dentro de limites preestabelecidos ou, relacioná- las na quantidade-tempo desejadas. 15 C ap ít u lo 1 Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda 18 Alta Competência 19 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda O conjunto de equipamentos, ferramentas e instrumentos utilizados para a perfuração de um poço é denominado sonda de perfuração. De um modo geral, podemos chamar de instrumento todo acessório que ajuda ou possibilita ao homem o melhor desempenho de suas atividades. Assim temos, por exemplos, a palavra escrita ou falada como instrumento de comunicação; as ferramentas como instrumento de trabalho do homem; o estetoscópio como instrumento de trabalho do médico etc. Na indústria, denominamos instrumento o dispositivo que serve para medir, registrar ou controlar as variáveis do processo, como: pressão, peso, nível, temperatura, vazão, densidade etc. Dentre os instrumentos de medição relacionados a essas variáveis, destacam-se: indicadores, registradores, transdutores, transmissores, inclinômetro, sondador automático etc. 1.1. Indicadores O instrumento que sente uma variável do processo e apresenta o seu valor de forma instantânea é chamado de indicador. Há diferentes tipos de indicadores, conforme a variável: indicador de pressão, indicador de temperatura, indicador de peso, indicador de vazão etc. Os valores das variáveis podem ser mostrados a partir do conjunto escala-ponteiro (analógico) ou de dígitos (digital). Nesse sentido, o indicador pode ser analógico ou digital (eletrônico). Nos instrumentos indicadores analógicos a medida é obtida a partir da posição de um ponteiro que pode se mover sobre uma escala fixa. O ponteiro é móvel por se encontrar solidário com um sistema que pode rodar em torno de um eixo. 20 Alta Competência O desenvolvimento da tecnologia eletrônica e a crescente utilização do cálculo automático vieram conferir à instrumentação digital uma importância tal que atualmente apenas algumas funções especiais são reservadas à aparelhagem analógica. Os melhores indicadores analógicos não permitem uma resolução muito superior a uma parte em cem, correspondente a um aparelho digital com apenas dois dígitos. Por outro lado é possível construírem- se aparelhos digitais com resolução de seis ou mais dígitos (uma parte em um milhão). A indicação digital é de mais fácil leitura do que a analógica, eliminando, por exemplo, erros de paralaxe. Essa característica permite a utilização por pessoal não especializado. 1.1.1. Indicador de peso O braço direito do sondador. O indicador de peso, geralmente é considerado como o instrumento mais importante em uma plataforma de perfuração. Como parte integral do sistema de elevação, ele ajuda o sondador a perfurar um poço correto, e a obter a máxima metragem de cada broca e é absolutamente essencial para operações delicadas como testemunhagem, trituração de peças metálicas no poço, pescaria etc. As brocas de perfuração são equipamentos dispendiosos, assim como as manobras para suas substituições. Entretanto, as brocas durarão mais e perfurarão mais quando for usado o peso apropriado sobre elas. Manter o peso certo ajudará bastante a broca a girar em torno do seu verdadeiro eixo vertical. O bom sondador tem de saber bastante sobre o que está acontecendo em lugares que ele não poderá ver. Os indicadores de peso ajudam-no a “ver” o que está acontecendo, a tempo de evitar alguns problemas e corrigir o restante. 21 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda O indicador de peso consiste de dois diais (escalas) concêntricos e dois ponteiros. No dial interno, o ponteiro amarelo indica a carga total do gancho (catarina), conhecido como Weight. No dial externo, um ponteiro branco indica o peso sobre a broca durante a perfuração, com a sensibilidade de 4:1, conhecido como Vernier, tendo dois damper (amortecedores) para retirar a sensibilidade da transmissão hidráulica. ATENÇÃO Cada dial possui duas faces onde determina a escala de acordo com os números de linhas da catarina (6, 8, 10 e 12 linhas). A unidade de medida mais utilizada é libras e toneladas. O fundo do dial é pintado de preto fosco para eliminar o reflexo, com números brancos para facilitar a leitura. As marcas mais conhecidas de indicadores de peso são Martin Decker e Totco. Devido à fusão das empresas tornou-se MD/Totco. A Âncora é montada na subestrutura da sonda e tem a forma arredondada onde a linha morta (cabo de perfuração) é fixada no tambor da âncora dando três voltas. Marca: National. Os tipos são: • Sondas de perfuração – D, EB, F e G; • Sonda de produção – não tem âncora. 22 Alta Competência ZERO ADJUST KNOB WEIGHT POINTER (WEIGHT ON HOOK) VERNIER POINTER (WEIGHT ON BIT) DAMPER Sonda de Perfuração - D, E, EB, FS e G Sonda de Produção – Clipper A Célula de carga é montada na âncora e tem como elemento sensor um diafragma montado em uma câmara cheia de fluido hidráulico na cor vermelha para identificar possíveis vazamentos. Marca: MD/Totco. (2mm) Sonda de Perfuração – E80, E160A e E190 Sondas de Produção – Clipper 23 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda Indicador Âncora National Âncora Hercules Célula de Carga Fundo de Escala (FS) Tipo D D 129T e 119T E80 816 psi Tipo E EB 120, 121T e 131T E80 816 psi Tipo EB EB 121T e 131T E80 1088 psi Tipo FS F 118T E160A 1408 psi Tipo G G 117T e 127T E190 970 psi Célula de Carga E80 Célula de Carga E160A 24 Alta Competência 1.1.1.1. Montagem e Operação A montagem do sistema é composta da instalação de uma mangueira hidráulica (média pressão) na célula de carga para o indicador, montado no console do sondador, que deriva para o registrador de parâmetros e outros equipamentos que necessitem deste sinal enviado pela célula de carga. O sistema de indicação de peso consiste de um manômetro indicador de peso, de uma âncora de linha morta com uma célula de carga, onde as tensões adicionadas ao tambor da âncora tendem a girar e a forçar a carga do sensor, transformando-se em sinal hidráulico que, por sua vez, é transmitido para o indicador de peso. Ao iniciar a perfuração, após o DTM, observe se o sistema está cheio de fluido hidráulico (OH-49 da lubrax) através da abertura da célula de carga (sensor de âncora) de 5/8”. Observe também o ponteiro amarelo, na escala interna (weight) do indicador de peso, a leitura do peso do bloco móvel (catarina), caso haja necessidade, complete o sistema com a bomba manual. IMPORTANTE! Para fazer o zero do peso sobre a broca, após a conexão, realize o seguinteprocedimento: • Ligue a bomba de lama com os SPM recomendado pelo programa do poço; • Desça a coluna de perfuração e pare antes do fundo do poço, aproximadamente 1 metro; • Ligue a mesa rotativa e ajuste o RPM de acordo com programação; 25 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda • Observe o ponteiro branco na escala externa (vernier) do peso sobre a broca. Caso não esteja no zero, gire a escala até que a marca do zero da escala externa coincida com o ponteiro Vernier, através do botão que está localizado na parte superior do indicador de peso. • Note a oscilação do peso sobre a broca durante a perfuração, gire o damper (amortecedor) no sentido horário para realizar o amortecimento, ou anti-horário para retirar o amortecimento, caso haja necessidade. • Verifique se a linha morta está friccionando em alguma parte do mastro durante a sua trajetória, pois reduz a sensibilidade da leitura no indicador. 1.1.2. Indicador de RPM da Mesa Rotativa Talvez nenhum fator seja tão controvertido quanto o efeito da rotação da mesa sobre a taxa de penetração. Uma coisa é certa: em métodos convencionais, um poço não pode ser perfurado sem a mesa e haverá, provavelmente, uma velocidade que resultará na melhor taxa de penetração, se esta velocidade puder ser encontrada. Testes reais de rotação da mesa versus penetração indicam que a taxa de penetração diminui consideravelmente, exatamente a alguns RPM e acima ou abaixo desta velocidade ideal. Então, a velocidade da mesa rotativa é importante e a seleção apropriada desta velocidade dará grandes melhorias para taxa de penetração. Um sondador que tenha um indicador para lhe oferecer a informação de velocidade estará habilitado a procurar inteligentemente a velocidade ideal e retornar a ela após cada conexão. O sistema de medição da rotação da mesa rotativa usa um pequeno gerador AC (alternada), conectado a qualquer eixo girando proporcionalmente à velocidade da mesa rotativa e um indicador de RPM alimentado através de um cabo elétrico pelo gerador AC (alternada). 26 Alta Competência O indicador de RPM mostrará o número de rotações por minuto atual da mesa rotativa. Indicador Analógico de RPM Taco-gerador 1.1.2.1. Montagem e Operação A montagem do sistema é composta pela instalação de um cabo elétrico no taco-gerador para uma ponte retificadora, onde a tensão é transformada de AC (alternada) para DC (contínua), enviando o sinal para o indicador de RPM montado no console do sondador, que deriva para o registrador de parâmetros e outros equipamentos que necessitem deste sinal enviado pelo taco-gerador. ATENÇÃO Ao iniciar a perfuração, observe a deflexão do ponteiro do indicador de RPM, contando manualmente e comparando com seu próprio relógio. Caso as rotações por minuto não estejam corretas, ajuste através do potenciômetro localizado na parte traseira do mesmo, com a mesa girando. 27 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda 1.1.3. Indicador de torque de Mesa O sistema de torque é usado para monitorar e registrar o torque relativo da mesa, durante as operações que dependam deste monitoramento. Ele ajuda a determinar as condições do poço e as características de torque, dando ao sondador uma indicação de quando se deve substituir a broca. Isso é fundamental para reduzir o perigo de quebra da coluna e alertar o sondador da existência de cones travados, problemas com a broca ou variações no diâmetro do poço, enfim, uma ajuda real nas operações especiais, tais como testemunhagem e trituração de metais. 1.1.3.1. Sistema de torque elétrico O sistema de torque elétrico mede a queda de tensão em um resistor (shunt) de 0,050 ohm, colocado em série com o motor DC (contínua), com medição básica. Visto que o conjugado do motor é diretamente proporcional à corrente do mesmo (exceto em correntes baixas), o voltímetro pode ser calibrado em termos conjugados. A tensão entre os extremos do resistor (shunt) é amplificada e alimentada por vários medidores e/ou registradores, a saída de 0-10 volts é convertida a uma corrente de 0-4 mA. ATENÇÃO O amplificador de isolação é usado para proteger o indicador e o sinal do registrador. O indicador é instalado, normalmente, no console do sondador. A escala de 5” de diâmetro pode ter até 3 escalas graduadas. Estas escalas podem ser quaisquer combinações ampares (AMPS), torque em marcha baixa e torque em marcha alta. A escala em AMPS mostra a corrente elétrica alimentando o motor DC (contínua) da mesa rotativa em qualquer ocasião. As escalas de torque transformam a corrente em leitura direta de torque. 28 Alta Competência 0 00 2000 4000 100 0 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 4000 8000 8000 10000 12000 18000 12000 14000 16000 18000 20000 21546 20000 24000 28000 32000 34306 6000 HI.FT.LB LO.FT.LB AMPS Indicador Analógico de Torque da Mesa Rotativa 1.1.3.2. Sistema de torque hidráulico O sistema de torque hidráulico consiste em um sensor instalado no guincho (no caso de transmissão por corrente), de uma mangueira hidráulica e de um manômetro com escala graduada em libra/pé. Hidromec (sensor de torque hidráulico da mesa rotativa) 1.1.3.3. Montagem e Operação A montagem do sistema do torque elétrico é composta da instalação de um cabo elétrico no shunt, localizado na unidade de controle SCR, para a placa amplificadora da casa do sondador, que deriva para o indicador de torque da mesa rotativa fixado no console do sondador, enviando o sinal 0-4 mA para o transdutor E/P, conectado ao registrador de parâmetros. 29 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 7 PCB114A ISOLATION AMPLIFIER INPUT (STRAPPED FOR 50 mV INPUT) TPI 50 mV GND HI LO METER - METER + E/P RET E/P 115VAC 60HZ A253B JUNCTION BOX RG77-3 E/P TRANSDUCER (OPTIONAL) TO RECORD-O-GRAPH (OPTIONAL) TO MR20A RECORDER (OPTIONAL) YELLOW RED 1 - - + + - + 2 3 4 R7 R9 TP2 GND A GHT 101A TORQUE METER C TB2 - - + + TB1 - + Sistema de Torque Elétrico Já a montagem do sistema do torque mecânico é composta da instalação de uma mangueira (média pressão) no sensor de torque (hidromec) para o indicador montado no console do sondador, que deriva para o registrador de parâmetros e outros equipamentos que necessitem deste sinal enviado pelo sensor. A DAMPER ASSEMBLY CONSOLE MANIFOLD 3 3 5 6 4 B IDLER HOSE2 Instalação do sistema hidráulico do Torque de Mesa 30 Alta Competência No sistema mecânico ajustamos o torque hidráulico ao iniciar a perfuração com a mesa rotativa e a bomba de lama em funcionamento. Deve-se fazer o zero girando o dial na parte traseira ou frontal do indicador (depende do modelo). Para o sistema elétrico é necessário fazer a comparação com o indicador de amperagem, localizado no quadro de manobra do sondador. Havendo necessidade, fazer a calibração no potenciômetro que se encontra na parte traseira do indicador. Relação entre corrente elétrica (Ampères) no motor da mesa rotativa (MR) em torque aproximado (lb x pé) na mesa rotativa. Ampères Transmissão lb x pé Ampères Transmissão lb x pé BAIXA ALTA BAIXA ALTA 200 2.600 1300 700 21400 10700 250 4700 2400 750 23400 11700 300 6000 3000 800 25400 12700 350 8000 4000 850 27400 13700 400 9400 4700 900 29400 14700 450 11400 5700 950 31400 15700 500 13400 6700 1000 33400 16700 550 15400 7700 1050 35400 17700 600 17400 8700 1100 37400 18700 650 19400 9700 1.2. Registradores O registrador é um instrumento cuja função é imprimir valores de forma contínuae automática. Em outras palavras, o registrador é o que sente uma variável de processo e imprime o valor desta variável em um gráfico através de uma pena. 31 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda O registrador pode ser remoto ou local, contínuo, com 1 a 4 penas, ou multiponto, com o registro descontínuo de 6, 12 ou 24 pontos. O gráfico do registrador tem o formato de círculo ou de tira (rolo ou sanfonado) e o acionamento desse gráfico pode ser mecânico, elétrico e raramente pneumático. 1.2.1. Registrador de parâmetros Todas as variáveis de perfuração que são monitoradas pelo sondador tiveram a necessidade de serem documentadas. Por isso, foram criados os registradores capazes de indicar e registrar a capacidade e rendimento dos instrumentos. Os registradores de parâmetros de perfuração, registradores analógicos, são equipamentos que recebem sinais elétricos, hidráulico e pneumático, registrando as variáveis: peso da coluna, penetração, torque de mesa, RPM, pressão de injeção, SPM1 e SPM2. O registrador é um equipamento que contém um mecanismo para movimentar a carta através de um tambor, juntamente com um relógio a corda com capacidade de tempo de 24 horas. Proporciona também a indicação da profundidade em metro ou pés através de um indicador mecânico. Registrador de Parâmetro Analógico 32 Alta Competência 1.2.1.1. Montagem e Operação Todos os sinais enviados pelos sensores são conectados diretamente (hidráulico) e indiretamente (pneumático) através do transdutor E/P no registrador. Durante a montagem, devemos conectar o sinal elétrico do taco- gerador e do shunt (placa amplificadora) através de um cabo elétrico para seus respectivos transdutores, sendo: • Transdutor de 0 – 16 mA para SPM1, SPM2 e RPM; • Transdutor de 0 – 4 mA para torque da mesa rotativa sinal da placa amplificadora. Precauções devem ser tomadas logo após o DTM, como a instalação do cabo de aço para o registro de penetração no diâmetro de 1/8”. O cabo de aço está condicionado no carretel, acoplado a um motor pneumático, ou a um motor a corda, que é passado na polia interna do mecanismo do registrador de parâmetros para um jogo de polias fixado no mastro e amarrado no suiwel. Para tencionar o cabo de penetração, deve-se ajustar a reguladora de pressão do motor pneumático para 40 psi a 50 psi. Porém, se o motor for a corda, deve-se destravar o carretel da segunda ranhura e acoplar na primeira ranhura do eixo para que o mesmo mova- se livremente. Descer a catarina até o final do kelly, enroscar a manivela na extremidade do eixo do motor, acionar o dispositivo (forma sextavada) girando-o no sentido horário (para quando estiver dando corda à manivela, não retornar). Girar a manivela no sentido horário no mínimo 70 e no máximo 80 voltas. Depois, acoplar o carretel na segunda ranhura do eixo, segurar a manivela firmemente e desabilitar o dispositivo de travamento girando no sentido anti- horário, deixando lentamente o tambor girar no sentido contrário em que foi dada a corda, onde irá tencionar o cabo de penetração. 33 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda Normalmente as trocas das cartas são às 00 h para cada 24 h dia, após a troca da carta, deve-se dar corda no relógio. Suiwel Polias Instalação do cabo de aço para o registro de penetração 34 Alta Competência Na atualidade, a eletrônica tende a substituir os registradores analógicos por instrumentos digitais (supervisórios). Com a utilização dessa tecnologia obtém-se melhor rendimento durante a perfuração, mantendo os mesmo padrões de segurança e confiabilidade no processo de perfuração do poço de petróleo. O sistema é composto por sensores eletrônicos como: transmissores de pressão, sensores de proximidade, encooder, sensores de nível, sensores de vazão, detector de gás, sensor de temperatura, sensor de densidade. Juntamente com os sensores temos um aquisitor de dados onde são coletados todos os sinais dos sensores, que serão enviados para um computador onde fará um tratamento dos dados. Toda essa trajetória terá como finalidade apresentar as variáveis em uma tela (display) e registrá-las para os sondadores e profissionais responsáveis pela operação, onde será visualizada e manipulada de acordo com as necessidades das operações de perfuração do poço de petróleo. Na atualidade, o sistema de monitoramento mais utilizado é o da marca MD/Totco, tendo como modelo Rigsense. A cada DTM é desmontado e depois será montado na nova locação todo o sistema de monitoramento. Casa do Sondador sensores Console do Sondador Escritório do Encarregado NTTracer Fiscal Rádio Servidor Roteador Cliente1 DAQ (Aquisição de Dados) Sirene Arranjo Físico do Sistema Rigsense 35 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda Todo sistema é testado antes de fazer a inicialização do poço (START a WELL), onde são alimentados todos os dados fornecidos pelo programa do poço como: número do poço, dados referente à identificação da locação, número da sonda. Se não seguir este procedimento, o sistema monitorará, porém não poderá armazenar nenhum dado para posterior consulta. Ao finalizar este procedimento aparecerá na parte superior do programa o número do poço. Colocar o status da operação clicando em RIG ACTIVITY. 36 Alta Competência Logo após devemos fazer a calibração da altura do elevador, pois cada vez que iniciar o poço, correr e cortar o cabo devemos seguir o procedimento de calibração de dois pontos: clicar em TOOLS / ADJUSTEMENTS / DETPH CALIBRATION / YES. Descer o elevador até preencher a primeira camada do tambor do guincho e clicar em ZERO EDMS COUNTS para zerar, depois clicar em GO TO STEP 2 e descer o elevador até encostar no piso e clicar ZERO and EXIT. Ajustar a profundidade do poço e da broca antes de iniciar a perfuração do poço ou, quando for necessário, clicar em SET DEPTH/ BIT no rodapé do programa. Ao clicar em RESET HOLE DEPTH poderá ajustar a profundidade digitando a profundidade atual do poço e, caso a broca esteja no fundo, clicar em YES. Se a broca não estiver no fundo, clicar em NO. 37 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda Clicando em RESET BIT DEPTH poderá ajustar a profundidade da broca, digitando a posição atual da broca. Clique em YES para confirmar a operação. Para zerar o peso sobre a broca, clique em ZERO BIT WT seguindo o mesmo procedimento para zerar o peso sobre a broca do indicador de peso convencional. Depois, clique em OK para finalizar. 1.3. Transdutores Elétricos Pneumáticos E/P O transdutor é um instrumento que converte o sinal padrão pneumático no sinal padrão elétrico ou vice-versa. O transdutor recebe um sinal (elétrico) de 0 Vdc a 10 Vdc (0 mA – 16 mA) e converte em um sinal de saída (pneumático) 3 psi – 15 psi, enviando para o registrador de parâmetro. A alimentação pneumática é de 18 psi a 20 psi, fornecido pelo sistema da sonda através de uma válvula reguladora. 38 Alta Competência RANGE RESTRICTION VENT NOZZLE INPUT COIL RANGE ADJUSTMENT DRAIN HOLE ZERO ADJUST FLOAT SILICONE OIL TERMINALS MAGNET POLE PIECE PURGE SCREW YELOW WIRE (-) CONNECTION RED WIRE (+) CONNECTION (+) INPUT CONNECTION (-) INPUT CONNECTION ZERO ADJ. SCREW 1/2 CONDUIT CONNECTION GND. SCREW Transdutor E/P 1.4. Transmissores O transmissor é um instrumento que sente a variável do processo e gera na saída um sinal padrão, proporcional ao valor desta variável. Pode- se usar o transmissor para enviar um sinal padrão a grandes distâncias a fim de ser manipulada remotamente e de permitir a centralização e a padronização dos instrumentos da sala de controle. Os sinais padrãosão: • Pneumático: 3 psi a 15 psi / 0,2 bar a 1 bar / 0,2 Kgf/cm a 1,0 Kgf/cm; • Eletrônico: 4 mA a 20 mA. 39 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda São poucos usados 10 mA a 50 mA (nível elevado e perigoso). ATENÇÃO Tensões de 1 Vcc a 5 Vcc não são convenientes para a transmissão. Já há transmissores que incorporam o microprocessador em seu circuito eletrônico. Isto possibilita e facilita as operações de computação matemática, de alarme, de sequência lógica e de intertravamento. São os chamados transmissores inteligentes. 1.5. Inclinômetro A perfuração vertical controlada é uma técnica na qual a tendência de fio de prumo e as forças naturais inerentes ao processo de perfuração giratória são controladas de tal modo que a broca de perfuração seja dirigida dentro de limites confinados de um curso vertical predeterminado. Independentemente da profundidade à qual a broca de perfuração possa ser levada, o furo resultante é mantido sempre dentro de apertados limites de uma linha vertical, e sai pelo fundo dentro desses limites. Desde 1930, as principais companhias de petróleo e empreiteiros de perfuração têm usado o Registrador Totco, a fim de guiá-los em seus esforços para perfurar poços verticais. Durante esse tempo, difundiu-se a prática de perfuração vertical, ou seja, controlada com a ajuda do registrador Totco. A arte de perfurar poços verticais sem recorrer à reperfuração e ao uso de meios mecânicos de endireitamento para evitar ou corrigir deflexões tornou-se uma prática estabelecida de perfuração. O sondador precisa saber precisamente quando ocorre qualquer ligeiro desvio no furo, para que possa ajustar corretamente o peso da perfuração e a velocidade de rotação para manter o curso vertical. Isso exige um meio rápido de fornecimento ao sondador, a intervalos muito frequentes, de registros de inclinação extremamente precisos e claramente legíveis. 40 Alta Competência Tanto na perfuração vertical controlada como na perfuração direcional controlada são utilizados princípios idênticos de controle. Os principais fatores são as influências da força pendular da coluna de perfuração sob tração, e sua flexão sob compressão. Cada unidade consiste de um instrumento registrador, que contém um dispositivo marcador cujo objetivo é proporcionar um método que faça o registro preciso do poço. 3 6 Dispositivo Marcador O raspa-tubo atua como um recipiente vedador e um veículo para o instrumento registrador. Esses dois conjuntos principais, juntamente com outros equipamentos, são montados para funcionar em um ou mais métodos de descida. Unidade Operacional (método de descida em queda livre) 41 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda Unidade Operacional (método de descida a cabo) Assim sendo, a leitura deverá ser tomada tão próxima da broca quanto possível, e enquanto estiver tão próximo do fundo quanto permitam as conexões. Para alguns métodos de descida, o uso de placas defletoras (aranha) é essencial. As placas centralizam a extremidades inferior do raspa- tubos, enquanto permite a livre passagem em derivação do fluido de perfuração. O projeto aerodinâmico evita turbilhamento no curso da lama. As placas são feitas em vários diâmetros para se adequarem a pinos de brocas de qualquer diâmetro, onde serão montadas. Placas Defletoras (Aranhas) O instrumento registrador é chamado de registrador duplo ou registrador duplo em tandem. Ele tem duas peças principais: um indicador de ângulo e um elemento temporizador, sendo que ambos são elementos completamente encerrados e vedados. 42 Alta Competência O registrador produz um registro permanente. A inclinação do furo é mostrada por duas pequenas perfurações, feitas pela ponta aguçada como uma agulha, do indicador de ângulo, em uma carta graduada com precisão e substituível. O raspa-tubos no qual o instrumento registrador desce no poço é a segunda peça vital do equipamento. Ele protege o registrador contra choques, pressão, fluido e sujeira, e é fácil de manusear. O registrador é protegido por um amortecedor pneumático de choques e uma mola de retorno que assentam dentro do tubo do raspa-tubos e que ficam selados no interior dele mediante um obturador expansor de vedação, impedindo a entrada de umidade e pressão do fundo do poço. Dependendo do içamento, às vezes, é desejável inserir uma chumbada, com o mesmo diâmetro do raspa-tubos. 1.5.1. Montagem e Operação A montagem do sistema é feita da seguinte forma: primeiramente remova do tubo o elemento de temporização. Introduza a carta (com o lado impresso para cima) na cabeça destinada à carta. Tome cuidado de colocar a borda da carta firmemente ao encontro da base do interior do encosto de recesso. 43 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda Em seguida, coloque a carta em posição, com a pressão do polegar, forçando-o uniformemente para dentro do recesso anular da cabeça destinada à carta. Para assegurar que a carta esteja assentada corretamente e em contato com o fundo côncavo do recesso, aperte-o firmemente para baixo com a ferramenta da carta. Agora o instrumento está pronto para a ajustagem do intervalo de tempo operacional. O tempo de descida do raspa-tubo, até que alcance o ponto no qual será efetuado, sofre variação de acordo com o método de descida usado e com as condições da lama de perfuração. Todos os métodos se baseiam em um dentre dois processos: o raspa-tubos é deixado cair livremente na coluna de perfuração e recuperado depois da manobra, ou o raspa-tubos é baixado e recuperado com um cabo de descida (fixado no encaixe do cabo, ou o agarrador do barrilete), onde não é necessário fazer uma manobra, dando continuidade à perfuração. Os temporizadores de todos os registradores têm um tempo máximo de 60 minutos. Os diais de ajustagem estão marcados com escala de 5 minutos a 60 minutos. Para ajustar o tempo do registro, segure o elemento de temporização. Gire o dial inferior no sentido anti-horário até que o índice do valor do tempo escolhido esteja alinhado com a marca de ajustagem. As marcas são em minutos, e a ajustagem pode ser feita até aproximadamente o meio-minuto mais próximo. Uma vez que o temporizador for ajustado, o mecanismo começa a funcionar. O momento de partida 44 Alta Competência precisa ser coordenado com o tempo do instrumento. A corda do elemento de temporização é dada automaticamente durante a ação de ajustagem do temporizador. Para armar a cabeça destinada à carta, use os polegares para girar o dial de armação (dial superior), dê duas voltas completas no sentido anti-horário, até que a rotação pare. Assegure-se de que duas voltas completas sejam dadas. Introduza o elemento de temporização, enroscando no elemento indicador de ângulo. 45 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda Prenda o pino roscado do registrador montado ao amortecedor de choques. Coloque o registrador e o amortecedor de choques no raspa-tubos. Prenda a chave no conjunto do obturador de vedação, gire-a no sentido horário para apertar o obturador de borracha. 46 Alta Competência Segure o obturador de forma justa ao encontro do ressalto de assentamento dentro do raspa-tubos. Retire a chave do conjunto do obturador de vedação e conclua a montagem do raspa-tubos, para proporcionar a descida do equipamento de acordo com o tempo necessário, seguindo o procedimento do método de descida. Para visualizar a carta após a retida do raspa-tubos, deve-se retirar o elemento registrador do tubo, removendo a carta e introduzindo a ponta da ferramenta da carta no pequeno furo ao lado da cabeça destinada à carta. Introduza a carta na leitora (lupa) de cartas. 47 Capítulo1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda Aponte a leitora para uma fonte de luz e leia o ângulo de inclinação. Serão encontradas duas perfurações idênticas na carta. Quando o raspa-tubo for lançado livremente no tubo de perfuração cheio de lama, ele descerá à razão de 750 pés (228,6 metros) a 1000 pés (304,8 metros) por minuto. Vejamos dois exemplos práticos: Exemplo 1 Profundidade do poço 4000 pés (1219,2 metros) Preparação do registrador para lançamento ........................... 1,5 minutos Tempo de descida 750 pés por minuto (228,6 metros) ........... 5,5 minutos Período de assentamento no fundo .......................................... 1,0 minuto Intervalo de tempo a ser ajustado no temporizador ............... 9,0 minutos OBS: Para cada 750 pés adicionais de profundidade (228,6 metros), acrescenta-se um minuto. Quando o raspa-tubo for lançado através do cabo de aço no tubo de perfuração, cheio de lama, ele descerá à razão de 500 pés (152,4 metros) a 750 pés (228,6 metros) por minuto. 48 Alta Competência Exemplo 2 Profundidade do poço 4000 pés (1219,2 metros) Preparação do registrador para lançamento ........................... 1,5 minutos Tempo de descida 500 pés por minuto (152,4 metros) ............ 8,0 minutos Período de assentamento no fundo ........................................... 1,0 minuto Intervalo de tempo a ser ajustado no temporizador ............. 10,5 minutos OBS: Para cada 1000 pés adicionais de profundidade (304,8 metros), acrescenta-se dois minutos. Tabela de desvio horizontal (em pés) para os instrumentos de duplo registro desvio Distância Ângulo de Desvio Perfurada 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10° 12° 14° 50 0,9 1,7 2,6 3,5 4,4 5,2 6,1 7,0 7,8 8,7 10,4 12,1 100 1,7 3,5 5,2 7,0 8,7 10,5 12,2 13,9 15,6 17,4 20,8 24,2 150 2,6 5,2 7,9 10,5 13,1 15,7 18,3 20,9 23,5 26 31,2 36,3 200 3,5 7,0 10,5 14,0 17,4 20,9 24,4 27,8 31,3 34,7 41,6 48,4 250 4,4 8,7 13,1 17,4 21,8 26,1 30,5 34,8 39,1 43,4 52,0 60,5 300 5,2 10,5 15,7 20,9 26,1 31,4 36,6 41,8 46,9 52,1 62,4 72,6 350 6,1 12,2 18,3 24,4 30,5 36,6 42,7 48,7 54,8 60,8 72,8 84,7 400 7,0 14,0 20,9 27,9 34,9 41,8 48,7 55,7 62,6 69,5 83,2 96,8 450 7,9 15,7 23,6 31,4 39,2 47,0 54,8 62,6 70,4 78,1 93,6 108,9 500 8,7 17,4 26,2 34,9 43,6 52,3 60,9 69,6 78,2 86,8 104,0 121, 550 9,6 19,2 28,8 38,4 47,9 57,5 67,0 76,5 86,0 95,5 114,4 133,1 600 10,5 20,9 31,4 41,9 52,3 62,7 73,1 83,5 93,9 104,2 124,7 145,2 650 11,3 22,7 34,0 45,3 56,7 67,9 79,2 90,5 101,7 112,9 135,1 157,2 700 12,2 24,4 36,6 48,8 61,0 73,2 85,3 97,4 109,5 121,6 145,5 169,3 750 13,1 26,2 39,3 52,3 65,4 78,4 91,4 104,4 117,3 130,2 155,9 181,4 800 14,0 27,9 41,9 55,8 69,7 83,6 97,5 111,3 125,1 138,9 166,3 193,5 850 14,8 29,7 44,5 59,3 74,1 88,8 103,6 118,3 133,0 147,6 176,7 205,6 900 15,7 31,4 47,1 62,8 78,4 94,1 109,7 125,3 140,8 156,3 187,1 217,7 950 16,0 33,2 49,7 66,3 82,8 99,3 115,8 132,2 148,6 165,0 197,5 229,8 1000 17,5 34,9 52,3 69,8 87,2 104,5 121,9 139,2 156,4 173,6 207,9 241,9 49 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda Ta be la d e de sv io h or iz on ta l ( em m et ro s) D is ta nc ia A ng ul o de D es vi o (G ra us ) Pe rf ur ad a 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10 ° 12 ° 14 ° 15 ,2 4 0, 27 43 0, 27 43 0, 79 25 1, 06 68 1, 34 11 1, 58 5 1, 85 93 2, 13 36 2, 37 74 2, 65 18 3, 16 99 3, 68 81 30 ,4 8 0, 51 82 1, 06 68 1, 58 5 2, 13 36 2, 65 18 3, 20 04 3, 71 86 4, 23 67 4, 75 49 5, 30 35 6, 33 98 7, 37 62 45 ,7 2 0, 79 25 1, 58 5 2, 40 79 3, 20 04 3, 99 29 4, 78 54 5, 57 78 6, 37 03 7, 16 28 7, 92 48 9, 50 98 11 ,0 64 60 ,9 6 1, 06 68 2, 13 36 3, 20 04 4, 26 72 5, 30 35 6, 37 03 7, 43 71 8, 47 34 9, 54 02 10 ,5 77 12 ,6 8 14 ,7 52 76 ,2 1, 34 11 2, 65 18 3, 99 29 5, 30 35 6, 64 46 7, 95 53 9, 29 64 10 ,6 07 11 ,9 18 13 ,2 28 15 ,8 5 18 ,4 4 91 ,4 4 1, 58 5 3, 20 04 4, 78 54 6, 37 03 7, 95 53 9, 57 07 11 ,1 56 12 ,7 41 14 ,2 95 15 ,8 8 19 ,0 2 22 ,1 28 10 6, 68 1, 85 93 3, 71 86 5, 57 78 7, 43 71 9, 29 64 11 ,1 56 13 ,0 15 14 ,8 44 16 ,7 03 18 ,5 32 22 ,1 89 25 ,8 17 12 1, 92 2, 13 36 4, 26 72 6, 37 03 8, 50 39 10 ,6 38 12 ,7 41 14 ,8 44 16 ,9 77 19 ,0 8 21 ,1 84 25 ,3 59 29 ,5 05 13 7, 16 2, 40 79 4, 78 54 7, 19 33 9, 57 07 11 ,9 48 14 ,3 26 16 ,7 03 19 ,0 8 21 ,4 58 23 ,8 05 28 ,5 29 33 ,1 93 15 2, 4 2, 65 18 5, 30 35 7, 98 58 10 ,6 38 13 ,2 89 15 ,9 41 18 ,5 62 21 ,2 14 23 ,8 35 26 ,4 57 31 ,6 99 36 ,8 81 16 7, 64 2, 92 61 5, 85 22 8, 77 82 11 ,7 04 14 ,6 17 ,5 26 20 ,4 22 23 ,3 17 26 ,2 13 29 ,1 08 34 ,8 69 40 ,5 69 18 2, 88 3, 20 04 6, 37 03 9, 57 07 12 ,7 71 15 ,9 41 19 ,1 11 22 ,2 81 25 ,4 51 28 ,6 21 31 ,7 6 38 ,0 09 44 ,2 57 19 8, 12 3, 44 42 6, 91 9 10 ,3 63 13 ,8 07 17 ,2 82 20 ,6 96 24 ,1 4 27 ,5 84 30 ,9 98 34 ,4 12 41 ,1 78 47 ,9 15 21 3, 36 3, 71 86 7, 43 71 11 ,1 56 14 ,8 74 18 ,5 93 22 ,3 11 25 ,9 99 29 ,6 88 33 ,3 76 37 ,0 64 44 ,3 48 51 ,6 03 22 8, 6 3, 99 29 7, 98 58 11 ,9 79 15 ,9 41 19 ,9 34 23 ,8 96 27 ,8 59 31 ,8 21 35 ,7 53 39 ,6 85 47 ,5 18 55 ,2 91 24 3, 84 4, 26 72 8, 50 39 12 ,7 71 17 ,0 08 21 ,2 45 25 ,4 81 29 ,7 18 33 ,9 24 38 ,1 3 42 ,3 37 50 ,6 88 58 ,9 79 25 9, 08 4, 51 1 9, 05 26 13 ,5 64 18 ,0 75 22 ,5 86 27 ,0 66 31 ,5 77 36 ,0 58 40 ,5 38 44 ,9 88 53 ,8 58 62 ,6 67 27 4, 32 4, 78 54 9, 57 07 14 ,3 56 19 ,1 41 23 ,8 96 28 ,6 82 33 ,4 37 38 ,1 91 42 ,9 16 47 ,6 4 57 ,0 28 66 ,3 55 28 9, 56 4, 87 68 10 ,1 19 15 ,1 49 20 ,2 08 25 ,2 37 30 ,2 67 35 ,2 96 40 ,2 95 45 ,2 93 50 ,2 92 60 ,1 98 70 ,0 43 30 4, 8 5, 33 4 10 ,6 38 15 ,9 41 21 ,2 75 26 ,5 79 31 ,8 52 37 ,1 55 42 ,4 28 47 ,6 71 52 ,9 13 63 ,3 68 73 ,7 31 50 Alta Competência 1.6. Sondador automático O sondador automático é um sistema de controle proporcional que permite ao sondador manter o peso sobre a broca constante, durante a perfuração. Com isto ele explora o maior rendimento da broca e garante a melhor taxa de penetração da mesma. Este equipamento fornece também ao sondador liberdade para supervisionar outras tarefas. O sondador automático consta de um controlador pneumático que aciona um motor a ar, um conjunto de engrenagens diferenciais, uma roldana que transmite o movimento do tambor à caixa de engrenagens de um braço mecânico. Sondador Automático 1.6.1. Montagem e Operação A montagemdo sistema é composta da instalação de uma mangueira hidráulica (média pressão) na célula de carga ou derivado do indicador de peso para o controlador, montado no console do sondador, e conectado às mangueiras pneumáticas para o controlador e o motor. 51 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda Para colocar o sistema em operação durante a perfuração, o sondador deve acionar a válvula de alimentação do controlador e a válvula que permite pressionar a roldana (realimentação negativa) contra o tambor do guincho. A partir disso, o sondador deve girar lentamente o botão do controlador (sentido anti-horário) até que o braço do sondador automático possa ser conectado à alavanca do frio do guincho. O sondador deve continuar girando o botão do controlador até que o indicador de peso mostre o peso desejado sobre a broca. Neste ponto o sondador deve parar de girar o botão e o instrumento manterá sozinho o peso constante sobre a broca até que se faça necessário desconectar o sistema para colocação de mais uma seção de tubo. O controlador opera conectado ao sensor de peso da coluna e depois de ajustado o ponto de controle (set point), para manter o peso constante sobre a broca, ele atua da seguinte forma: se o peso sobre a broca diminuir, isso significa que o peso total da coluna aumentou. O controlador, que consta de um elemento sensor tipo burdon atuando sobre um sistema bico/palheta, ao sentir o aumento de peso total terá uma saída de sinal (3 psi – 15 psi) que irá atuar em um elemento final de controle (válvula de controle) tipo ar para abrir, permitindo a passagem de ar para acionar o motor a ar. O motor girando faz com que a alavanca de freio do guincho (freio do sondador) levante permitindo que a coluna desça e aumente o peso sobre a broca. O movimento descendente do tubo de perfuração gira o tambor do guincho. A roldana que está acoplada ao tambor transmite este movimento à caixa de engrenagens diferenciais. Esta caixa compara o giro do motor a ar com o giro da roldana. Se a rotação da roldana for maior do que a rotação do motor, a caixa de engrenagens atuará na alavanca de freio do guincho no sentido de baixá-la, isto é, freando. O equilíbrio entre a atuação do controlador e contra a atuação da roldana garante uma grande constância no peso sobre a broca. 52 Alta Competência ATENÇÃO Antes da operação, devemos observar o nível de óleo do motor a ar, drenar o ar do sistema e verificar o estado da roldana. Trimestralmente, devemos lubrificar o eixo da roldana e suportes, engraxar a cremalheira e o pião e aplicar graxa nos graxeiros. Semestralmente, devemos recompletar o nível de óleo da caixa de engrenagens. 53 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda 1) Complete as lacunas com os termos disponíveis: amplificador de isolação - sistema de medição da rotação da mesa rotativa - sistema de torque - indicador de peso - sonda de perfuração - sistema de torque hidráulico - sondador automático - instrumento a) Denomina-se ___________________________ o conjunto de equi- pamentos, ferramentas e instrumentos utilizados para a perfura- ção de um poço. b) _______________________ é o dispositivo que serve para medir, registrar ou controlar as variáveis do processo. c) O sistema de controle proporcional que permite ao sondador manter o peso sobre a broca constante, durante a perfuração, é chamado de _______________________. d) Ele ajuda o sondador a perfurar um poço correto, e a obter a máxima metragem de cada broca e é absolutamente essencial para operações delicadas como testemunhagem, trituração de peças metálicas no poço, pescaria etc. Essa descrição refere-se ao _________________________. e) O ___________________________________________ usa um pe- queno gerador AC (alternada), conectado a qualquer eixo giran- do proporcionalmente à velocidade da mesa rotativa e um indica- dor de RPM alimentado através de um cabo elétrico pelo gerador AC (alternada). f) O _____________________________ é usado para monitorar e re- gistrar o torque relativo da mesa, durante as operações que de- pendam deste monitoramento. g) O ____________________________ é usado para proteger o indi- cador e o sinal do registrador. h) O _______________________________ consiste em um sensor ins- talado no guincho (no caso de transmissão por corrente), de uma mangueira hidráulica e um manômetro com escala graduada em libra/pé. Exercícios 54 Alta Competência 2) Relacione as características apresentadas na primeira coluna com os tipos de instrumentos listados na segunda coluna: ( 1 ) Instrumento que sente uma variá- vel do processo e apresenta o seu valor de forma instantânea. ( ) Registradores de parâmetros de perfuração ( 2 ) Instrumento cuja função é impri- mir valores de forma contínua e automática. ( ) Transdutor ( 3 ) Instrumentos que recebem sinais elétricos, hidráulico e pneumáti- co, registrando as variáveis: peso da coluna, penetração, torque de mesa, RPM, pressão de injeção, SPM1 e SPM2. ( ) Registrador ( 4 ) Instrumento que converte o sinal padrão pneumático no sinal pa- drão elétrico ou vice-versa. ( ) Indicador ( 5 ) Instrumento que sente a variável do processo e gera na saída um si- nal padrão, proporcional ao valor desta variável. ( ) Transmissor ( 6 ) Instrumento que atua como um re- cipiente vedador e como um veícu- lo para o registrador. ( ) Raspa-tubo 55 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda 3) Identifique os tipos de sondas. ZERO ADJUST KNOB WEIGHT POINTER (WEIGHT ON HOOK) VERNIER POINTER (WEIGHT ON BIT) DAMPER ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ 56 Alta Competência Console - painel. Potenciômetro - resistor variável. Suiwel - conjunto suspenso por um gancho e aparafusado ao lado superior do kelly por conexão roscada (rosca esquerda). Kelly - seção de tubulação, quadrada ou hexagonal, de aproximadamente 10,7 m de comprimento, aparafusada na parte superior de uma coluna de perfuração, por sua vez sustentada por um tornel que é suspenso pelo gancho principal do moitão móvel. Glossário 57 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda Curso de Instrumentação Geral (Apostila) Autor – Paulo Roberto Menezes dos Santos Technical Manual Martin Decker PR25A Electric Torque System Technical Manual Martin Decker Mud FLow-FILL System Technical Manual Martin Decker Mud Volume Totalizer System Technical Manual Martin Decker Pressure System Technical Manual Martin Decker Recorder System Technical Manual Martin Decker Tong Line Pull System Technical Manual Martin Decker Meter System Technical Manual Cameron Pressure Gauge Bibliografia 58 Alta Competência 1) Complete as lacunas com os termos disponíveis: a) Denomina-se sonda de perfuração o conjunto de equipamentos, ferramentas e instrumentos utilizados para a perfuração de um poço. b) Instrumento é o dispositivo que serve para medir, registrar ou controlar as variáveis do processo. c) O sistema de controle proporcional que permite ao sondador manter o peso sobre a broca constante, durante a perfuração, é chamado de sondador automático. d) Ele ajuda o sondador a perfurar um poço correto, e a obter a máxima metragem de cada broca e é absolutamente essencial para operações delicadas como testemunhagem, trituração de peças metálicas no poço, pescaria etc. Essa descrição refere-se ao indicador de peso. e) O sistema de medição da rotação da mesa rotativa usa um pequeno gerador AC (alternada), conectado a qualquer eixo girando proporcionalmente à velocidade da mesa rotativa e um indicador de RPM alimentadoatravés de um cabo elétrico pelo gerador AC (alternada). f) O sistema de torque é usado para monitorar e registrar o torque relativo da mesa, durante as operações que dependam deste monitoramento. g) O amplificador de isolação é usado para proteger o indicador e o sinal do registrador. h) O sistema de torque hidráulico consiste em um sensor instalado no guincho (no caso de transmissão por corrente), de uma mangueira hidráulica e um manômetro com escala graduada em libra/pé. 2) Relacione as características apresentadas na primeira coluna com os tipos de instrumentos listados na segunda coluna: ( 1 ) Instrumento que sente uma variável do processo e apresenta o seu valor de forma instantânea. ( 3 ) Registradores de parâmetros de perfuração ( 2 ) Instrumento cuja função é imprimir valores de forma contínua e automática. ( 4 ) Transdutor ( 3 ) Instrumentos que recebem sinais elétricos, hidráulico e pneumático, registrando as vari- áveis: peso da coluna, penetração, torque de mesa, RPM, pressão de injeção, SPM1 e SPM2. ( 2 ) Registrador ( 4 ) Instrumento que converte o sinal padrão pneu- mático no sinal padrão elétrico ou vice-versa. ( 1 ) Indicador ( 5 ) Instrumento que sente a variável do proces- so e gera na saída um sinal padrão, propor- cional ao valor desta variável. ( 5 ) Transmissor ( 6 ) Instrumento que atua como um recipiente ve- dador e como um veículo para o registrador. ( 6 ) Raspa-tubo Gabarito 59 Capítulo 1. Instrumentos do Sistema de Monitoração da Sonda 3) Identifique os tipos de sondas. ZERO ADJUST KNOB WEIGHT POINTER (WEIGHT ON HOOK) VERNIER POINTER (WEIGHT ON BIT) DAMPER Sonda de perfuração - D, E, EB, FS e G Sonda de produção – Clipper Sonda de perfuração – E80, E160A e E190
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