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XXIII EXAME DA ORDEM - CORREÇÃO DE QUESTÕES (DICAS)

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PARA MAIS QUESTÕES E DICAS DE COMO ESTUDAR ÉTICA PARA O EXAME DA ORDEM, 
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XXIII EXAME DA ORDEM - ÉTICA 
 
 
Questão 1 
 
O advogado Diogo foi procurado, em seu escritório profissional, por Paulo, que 
desejava contratá-lo para atuar nos autos de processo judicial já em trâmite, 
patrocinado pelo advogado Jorge, mediante procuração, em face de um plano 
de saúde, pelo seguinte motivo: subitamente, Paulo descobriu que precisa 
realizar uma cirurgia imediatamente, sob risco de morte. Como não estava 
satisfeito com a atuação do advogado Jorge, decide, diante da necessidade de 
realizar a cirurgia, procurar Diogo, para requerer a tutela de urgência nos 
referidos autos, em plantão judicial. Considerando a situação narrada e o 
disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Diogo apenas deverá atuar na causa, aceitando procuração, se houver 
concordância do advogado Jorge, uma vez que, de acordo com o Código de 
Ética e Disciplina da OAB, o advogado não deve aceitar procuração de quem já 
tenha patrono constituído, salvo com a concordância deste. 
 
B) Diogo apenas deverá atuar na causa, aceitando procuração, após ser dado 
prévio conhecimento ao advogado Jorge, uma vez que, de acordo com o Código 
de Ética e Disciplina da OAB, o advogado não deve aceitar procuração de quem 
já tenha patrono constituído anteriormente à comunicação a este. 
 
C) Diogo poderá aceitar procuração e requerer nos autos judiciais, em favor de 
Paulo, a tutela de urgência necessária apenas se apresentar nos autos 
justificativa idônea a cessar a responsabilidade profissional de Jorge pelo 
acompanhamento da causa. 
 
D) Diogo poderá aceitar procuração e requerer nos autos judiciais, em favor de 
Paulo, a tutela de urgência necessária, independentemente de prévia 
comunicação a Jorge ou de apresentação ao juízo de justificativa idônea para a 
cessação da responsabilidade profissional de Jorge. 
 
Resolução: 
 
A primeira informação que devemos extrair do enunciado é a urgência (tutela 
de urgência para realização de cirurgia que será requerida no plantão forense). 
 
Obs.: os requirimentos feitos no plantão forense são somente aqueles urgentes, 
os quais não podem ser adiados para o próximo dia útil de trabalho (perigo de 
dano ou risco ao resultado útil do processo - lembrando o disposto no art. 300 
do CPC para concessão da tutela provisória de urgência). 
 
Devemos lembrar que o advogado não pode agir de forma desleal com os 
colegas de profissão, principalmente nos processos em curso com patrono 
constituído. 
 
A aceitação de procuração de cliente que já tem outro advogado constituído sem 
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prévio conhecimento deste, em regra, constitui infração disciplinar, 
à exceção de motivos plenamente justificáveis OU para adoção de medidas 
URGENTES e INADIÁVEIS. 
 
Percebam que a questão traz a urgência para realização da cirurgia, tanto que 
será protocolado no plantão forense. Entretanto, o advogado, ao postular em 
juízo, deverá justificar a urgência 
 
Pode surgir dúvidas quanto às alternativas C e D, pois aquela afirma que há 
necessidade de justificar em juízo e esta afirma que não é necessária a 
justificação. 
 
A alternativa C é suspeita pelo advérbio "apenas". Por eliminação, a alternativa 
correta seria a letra D. 
 
Observem a redação do art. 14 do novo Código de Ética e Disciplina (NCED): 
 
Art. 14. O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono 
constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo plenamente 
justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. 
 
Consta do dispositivo que o advogado poderá aceitar procuração de quem já 
tenha outro advogado constituído, sem prévio conhecimento deste, SE estiver 
amparado por motivo plenamente justificável OU PARA ADOÇÃO DE 
MEDIDAS JUDICIAIS URGENTE E INADIÁVEIS. 
 
O art. 14 não determina que o advogado deva justificar o motivo pelo qual aceitou 
procuração de cliente que já tinha outro patrono para adoção de medidas 
judiciais urgentes e inadiáveis. Portanto, a alternativa correta é a letra D. 
 
Lembrando, por fim, que o advogado poderá postular, inclusive, sem procuração 
nos casos de urgência, ocasião na qual deverá apresentar a justificativa, o que 
não se confunde com o enunciado da questão (art. 5º, § 1º, EOAB). 
 
Dispositivo: art. 14 NCED. 
 
 
Questão 2 
 
O advogado Ramiro foi procurado por Hugo, inventariante, para atuar no 
processo de inventário do genitor deste. Em momento posterior, os irmãos de 
Hugo, José e Luiz, outros herdeiros do de cujus, conferiram procuração a 
Ramiro, a fim de ele também representá-los na demanda. Todavia, no curso do 
feito, os irmãos, até então concordantes, passam a divergir sobre os termos da 
partilha. Ramiro, então, marca reuniões, em busca de harmonização dos 
interesses dos três, porém não obtém sucesso. Diante do caso narrado, por 
determinação do Código de Ética e Disciplina da OAB, Ramiro deverá 
 
A) renunciar aos três mandatos, afastando-se do feito. 
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B) manter-se no patrocínio dos três irmãos, desde que informe o conflito nos 
autos e atue de forma imparcial, observando-se a disciplina legal. 
 
C) escolher, de acordo com seus critérios de prudência, apenas um dos 
mandatos, renunciando aos demais. 
 
D) manter-se no patrocínio daquele que primeiro lhe conferiu o mandato, isto é, 
o inventariante, renunciando aos demais. 
 
Resolução: 
 
A alternativa A poderá ser eliminada com a seguinte informação: ao advogado é 
vedado patrocinar clientes com interesses conflitantes, devendo optar por um 
deles. Então, Ramiro poderá optar por um dos clientes; o que não pode fazer é 
patrocinar mais de um se os interesses conflitam. 
 
A alternativa B também é eliminada pelos fundamentos acima. 
 
O enunciado da questão pode induzir o candidato a erro ao frisar que foi o 
herdeiro Hugo, inventariante, quem primeiro procurou o advogado Ramiro. 
 
Os mandatos conferidos por clientes diversos não têm nenhum tipo de hierarquia 
ou preferência quanto aos outros, sendo a relação cliente-advogado 
de confiança (motivo pelo qual o advogado pode renunciar ao mandato e o 
cliente revogar os poderes). 
 
Dessa forma, poderá o advogado escolher qual cliente deve representar em 
razão do conflito, guardando o sigilo profissional em qualquer caso, sendo, 
portanto, correta a alternativa C. 
 
Dispositivo: art. 20 do NCED. 
 
Art. 20. Sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes e não 
conseguindo o advogado harmonizá-los, caber-lhe-á optar, com prudência e 
discrição, por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado sempre 
o sigilo profissional. 
 
Questão 3 
 
Nilza, advogada, responde a processo disciplinar perante certo Conselho 
Seccional da OAB, em razão da suposta prática de infração disciplinar que, se 
comprovada, poderá sujeitá-la à sanção de exclusão. Sobre o tema, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) O processo disciplinar instaurado em face de Nilza tramita em sigilo, até o seu 
término, só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a 
autoridade competente. 
 
B) O processo disciplinar instaurado em face de Nilza é público, sendo facultado 
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o acesso aos autos a qualquer advogado regularmente inscrito, para exercício 
do controle externo. 
 
C) O processo disciplinar instaurado em face de Nilza é, em regra, público, sendo 
facultado o acesso aos autos a qualquer cidadão. Porém, excepcionalmente, 
pode ser decretado o sigilo,a critério da autoridade processante, quando 
justificada a necessidade de preservação do direito à intimidade. 
 
D) O processo disciplinar instaurado em face de Nilza tramita, em regra, em 
sigilo, só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a 
autoridade competente. Torna-se, porém, público se o Tribunal de Ética e 
Disciplina do Conselho decidir suspender Nilza preventivamente. 
 
 
Resolução: 
 
A divulgação do processo disciplinar instaurado em face do advogado poderia 
acarretar diversos prejuízos ao advogado quanto aos clientes que já possui, bem 
como eventuais terceiros interessados na contratação de seus serviços, mesmo 
porque, após o encerramento do processo, poderá constatar que o advogado 
não cometeu nenhuma infração, entretanto, os efeitos negativos da divulgação 
do processo administrativo poderão ser irreversíveis. 
 
Dessa forma, optou-se pelo sigilo do processo administrativo disciplinar, 
eliminando-se as questões B e C. 
 
A eliminação da alternativa D poderá ser feita pela última palavra da alternativa 
(preventivamente). Se a alternativa colocasse que a suspensão tivesse sido ao 
término do processo disciplinar, poderia até haver confusão, mas, no caso, falou-
se em preventivamente, ou seja, sem imposição de sanção definitiva. 
 
O art. 72, § 2º, do EOAB dispõe que o processo disciplinar até o seu término será 
sigiloso e somente terão acesso as partes, os defensores e a autoridade 
competente. 
 
Já o art. 73, § 1º, do NCED disciplina a divulgação trimestral da quantidade de 
processos e as punições aplicadas em caráter definitivo, preservado o sigilo. 
 
Alternativa A está correta. 
 
 
Dispositivo: art. 72, § 2º, EOAB e art. 73, § 1º, NCED. 
 
Art. 72. O processo disciplinar instaura-se de ofício ou mediante representação 
de qualquer autoridade ou pessoa interessada. 
 
§ 2º O processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso 
às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária 
competente. 
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Art. 73. O Conselho Seccional deve oferecer os meios e o suporte de apoio 
material, logístico, de informática e de pessoal necessários ao pleno 
funcionamento e ao desenvolvimento das atividades do Tribunal de Ética e 
Disciplina. 
 
§ 1º Os Conselhos Seccionais divulgarão, trimestralmente, na internet, a 
quantidade de processos ético-disciplinares em andamento e as punições 
decididas em caráter definitivo, preservadas as regras de sigilo. 
 
 
Questão 4 
 
Juliana é integrante da equipe de recursos humanos de certa sociedade 
anônima, de grande porte, cujo objeto social é o comércio de produtos 
eletrônicos. Encontrando-se vago um cargo de gerência jurídica, Juliana 
organizou processo seletivo, tendo recebido os currículos de três candidatas. A 
primeira delas, Mariana, é advogada regularmente inscrita na OAB, tendo se 
especializado em Direito Penal. A segunda, Patrícia, não é graduada em Direito, 
porém é economista e concluiu o doutorado em direito societário e mercado de 
capitais. A terceira, Luana, graduada em Direito, foi aprovada no exame da OAB 
e concluiu mestrado e doutorado. É conselheira de certo tribunal de contas 
estadual, mas encontra-se afastada, a pedido, sem vencimentos. Considerando 
a situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Qualquer das candidatas poderá exercer a função de gerência jurídica, mas 
apenas Mariana poderá subscrever os atos privativos da advocacia. 
 
B) Qualquer das candidatas poderá exercer a função de gerência jurídica, mas 
apenas Mariana e Luana poderão subscrever os atos privativos da advocacia. 
 
C) Apenas Mariana poderá exercer a função de gerência jurídica. 
 
D) Apenas Mariana e Luana poderão exercer a função de gerência jurídica. 
 
Resolução: 
 
Lembram de o advogado pode tudo; só não pode fazer publicidade? 
Então, é o advogado! Advogado é aquele devidamente inscrito nos 
quadros da ordem depois de preenchidos os requisitos do art. 8º do 
EOAB. Não basta ser aprovado, deve ser regularmente inscrito. 
 
A única advogada dentre as pessoas mencionadas no enunciado é 
Mariana. 
 
Não há no enunciado as funções que serão exercidas pela ocupante do 
cargo de gerência jurídica, entretanto, não se olvide de que o gerente 
jurídico certamente emitirá pareceres, consultorias e outras funções 
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exclusivas de advogado. (Poderíamos resolver por raciocínio e um 
pouco de conhecimento). 
 
As atividades privativas da advocacia, segundo o art. 1º do OEAB são: 
postulação (capacidade postulatória), assessoria, consultoria e direção 
jurídica. 
 
Trata-se de uma disposição expressa quanto à direção jurídica ser 
atividade exclusiva de advogado. Portanto, a alternativa correta é a C. 
 
Dispositivo: art. 1º, II, do EOAB. 
 
Art. 1º São atividades privativas de advocacia: 
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. 
 
 
Questão 5 
 
Miguel, advogado, sempre exerceu a atividade sozinho. Não obstante, 
passou a pesquisar sobre a possibilidade de constituir, individualmente, 
pessoa jurídica para a prestação de seus serviços de advocacia. Sobre 
o tema, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida, mediante 
registro dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em 
cuja base territorial tiver sede, com denominação formada pelo nome 
do titular, seguida da expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’. 
 
B) Miguel não poderá constituir a pessoa jurídica pretendida, uma vez 
que o ordenamento jurídico brasileiro não admite a figura da sociedade 
unipessoal, ressalvados apenas os casos de unipessoalidade 
temporária e da chamada subsidiária integral. 
 
C) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida mediante 
registro dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB, 
com denominação formada pelo nome do titular, seguida da expressão 
‘EIRELI’. 
 
D) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida mediante 
registro dos seus atos constitutivos no Registro Civil de Pessoas 
Jurídicas, com denominação formada pelo nome do titular, seguida da 
expressão ‘EIRELI’. 
 
 
Resolução: 
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Vamos dar um pulo no campo do direito empresarial. 
 
O empresário é aquele quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para produção ou circulação de bens ou 
serviços (art. 966 do CC/02). Entretanto, o código, em seu parágrafo 
único, dispôs que não será considerado empresário quem exerce 
atividade intelectual, de natureza científica, literária ou artística, salvo 
se constituir elemento de empresa. 
 
O profissional da advocacia se enquadra no parágrafo único do art. 966 
do CC/02, tratando-se de profissional que exerce atividade intelectual. 
 
A EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) é 
constituída por apenas uma pessoa física (alguns entendem que pode 
ser jurídica também) com a responsabilidade limitada. 
 
O EOAB não permitia a criação de sociedade unipessoal, até a 
alteração que ocorreu no ano de 2016, bem como sempre dispôs que a 
responsabilidade do sócio seria ilimitada, apesar de subsidiária, pelos 
danos causados aos clientes por ação ou omissão. 
 
Atualmente, o advogado pode constituir a sociedade simples (com mais 
sócios) ou sociedade unipessoal (somente ele), ambas de 
responsabilidade subsidiária e ilimitada. 
 
Na EIRELI, por sua vez, a responsabilidade do titular será limitada, 
como diz o próprio nome. 
 
Assim, eliminamos as alternativas C e D. 
 
Como dito acima, houve alteração no EOAB no anode 2016, ocasião 
na qual foi criada a figura da sociedade unipessoal de advocacia, que 
ganha personalidade jurídica a partir da aprovação do seu registro na 
Seccional da OAB em que situa sua sede. 
 
A alternativa correta é a A. 
 
Dispositivo: art. 15 do EOAB. 
 
Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de 
prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal 
de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento 
geral. (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016). 
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Questão 6 
 
O Dr. Silvestre, advogado, é procurado por um cliente para patrociná-lo 
em duas demandas em curso, nas quais o aludido cliente figura como 
autor. Ao verificar o andamento processual dos feitos, Silvestre observa 
que o primeiro processo tramita perante a juíza Dra. Isabel, sua tia. Já 
o segundo processo tramita perante o juiz Dr. Zacarias, que, 
coincidentemente, é o locador do imóvel onde o Dr. Silvestre reside. 
Considerando o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, 
assinale a afirmativa correta. 
 
A) O Dr. Silvestre cometerá infração ética se atuar em qualquer dos 
processos, tendo em vista o grau de parentesco com a primeira 
magistrada e a existência de relação negocial com o segundo juiz. 
 
B) O Dr. Silvestre cometerá infração ética apenas se atuar no processo 
que tramita perante a juíza Dra. Isabel, tendo em vista o grau de 
parentesco com a magistrada. Quanto ao segundo processo, não há 
vedação ética ao patrocínio na demanda. 
 
C) O Dr. Silvestre cometerá infração ética apenas se atuar no processo 
que tramita perante o juiz Dr. Zacarias, tendo em vista a existência de 
relação negocial com o magistrado. Quanto ao primeiro processo, não 
há vedação ética ao patrocínio na demanda. 
 
D) O Dr. Zacarias não cometerá infração ética se atuar em ambos os 
feitos, pois as hipóteses de suspeição e impedimento dos juízes versam 
sobre seu relacionamento com as partes, e não com os advogados. 
 
Resolução: 
 
O grau de parentesco narrado no enunciado é de terceiro grau (tia) com 
o advogado. Em relação à situação seguinte, é possível verificar uma 
relação negocial entre o julgador e advogado. 
 
A suspeição e o impedimento repetidos no atual CPC têm por finalidade 
a garantia da imparcialidade do julgador e defesa da Democracia e do 
Direito. 
 
Pensem na seguinte situação: vocês são advogados dos réus nas 
demandas citadas no enunciado da questão. Vocês se sentiriam 
confortáveis sabendo que o outro advogado é sobrinho do julgador ou 
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mantém com ele um contrato de locação? Acredito que não. Eu não me 
sentiria! 
 
O art. 144, III, do CPC veda a atuação do julgador nas causas em que 
postular advogado ou qualquer parente, afim ou consanguíneo, em 
linha reta ou colateral, até o terceiro grau (tio-tia). Trata-se de causa de 
impedimento. 
 
Contudo, ressalte-se que o impedimento acima somente surge quando 
o advogado já atuava na causa. Se o advogado assumiu 
posteriormente, o magistrado não estará impedido e o advogado 
cometerá infração ética (art. 144, § 1º, do CPC). 
 
Em relação ao contrato de locação, poderíamos dizer que se trata de 
causa de suspeição (lembrando que o rol de suspeição não é taxativo), 
estendendo a aplicação do art. 145, III, do CPC. 
 
Não obstante as previsões do CPC, o CED dispõe que é dever do 
advogado abster-se de atuar ou ingressar em pleitos administrativos ou 
judiciais perante autoridades com as quais tenha vínculo de parentesco 
e/ou vínculo negocial. 
 
Dessa forma, tanto o vínculo de parentesco quanto o contrato celebrado 
são causas suficientes para que o advogado recuse a atuação nas 
demandas. 
 
Assim sendo, a alternativa correta é a letra A. 
 
 
 
Dispositivo: art. 2º, parágrafo único, VIII, e, do CED. 
 
Parágrafo único. São deveres do advogado: VIII - abster-se de: e) 
ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante 
autoridades com as quais tenha vínculos negociais ou familiares; 
 
 
Questão 7 
 
Diogo é estudante de Direito com elevado desempenho acadêmico. Ao 
ingressar nos últimos anos do curso, ele é convidado por um ex-
professor para estagiar em seu escritório. Inscrito nos quadros de 
estagiários da OAB e demonstrando alta capacidade, Diogo ganha a 
confiança dos sócios do escritório e passa a, isoladamente e sob a 
responsabilidade do advogado, retirar e devolver autos em cartório, 
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assinando a respectiva carga; visar atos constitutivos de sociedades 
para que sejam admitidos a registro; obter junto a escrivães e chefes de 
secretaria certidões de peças ou autos de processos em curso ou 
findos; assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais 
ou administrativos; e subscrever embargos de declaração opostos em 
face de decisões judiciais. Considerando as diversas atividades 
desempenhadas por Diogo, isoladamente e sob a responsabilidade do 
advogado, de acordo com o Estatuto e Regulamento da OAB, ele pode 
 
A) retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga, 
bem como visar atos constitutivos de sociedades, para que sejam 
admitidos a registro. 
 
B) obter, junto a escrivães e chefes de secretaria, certidões de peças 
ou autos de processos em curso ou findos, bem como assinar petições 
de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos. 
 
C) obter, junto a escrivães e chefes de secretaria, certidões de peças 
ou autos de processos findos, mas não de processos em curso, bem 
como subscrever embargos de declaração opostos em face de 
decisões judiciais. 
 
D) assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais, 
mas não a processos administrativos, nem subscrever embargos de 
declaração opostos em face de decisões judiciais. 
 
Resolução: 
 
Esta questão demanda leitura do REGA e atenção, pois lá estão 
previstos os atos que o estagiário poderá praticar isoladamente, mas 
sempre sob responsabilidade do advogado. 
 
Primeira informação que devemos observar é que se trata de estagiário, 
e não advogado. Limita-se, portanto, os atos que ele poderá praticar. 
 
Observando todas as alternativas, as alternativas B e D são as que 
conferem menos autonomia ao estagiário, que contém atos que não 
exigem tanta responsabilidade. Explico. 
 
A alternativa A contém um erro substancial na parte final, pois o visto 
nos atos constitutivos da sociedade é atividade privativa do advogado, 
o qual pode ser responsabilizado. 
 
A alternativa C menciona a subscrição de embargos de declaração. Os 
embargos se trata de peça processual manejada contra decisões 
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judiciais e até mesmo contra despachos para sanar obscuridade, 
contradição, omissão e sanar erro material. Portanto, deve ser subscrita 
por advogado, que detém a capacidade postulatória. 
 
Por fim, a alternativa D excepciona os processos administrativos, 
apesar de estar correta quanto aos embargos de declaração, motivo 
pelo qual está incorreta, pois o estagiário também poderá assinar as 
petições nos processos administrativos. 
 
 
A alternativa correta é a B. 
 
Dispositivo: art. 29, § 1º, III, REGA. 
 
Art. 29. Os atos de advocacia, previstos no Art. 1º do Estatuto, podem 
ser subscritos por estagiário inscrito na OAB, em conjunto com o 
advogado ou o defensor público. 
§ 1º O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os 
seguintes atos, sob a responsabilidade do advogado: 
I – retirar e devolver autosem cartório, assinando a respectiva carga; 
II – obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças 
ou autos de processos em curso ou findos; 
III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais 
ou administrativos. 
 
 
Questão 8 
 
O advogado Stéfano, buscando facilitar a satisfação de honorários 
advocatícios contratuais a que fará jus, estuda tomar duas providências: 
de um lado, tenciona incluir expressamente no contrato de prestação 
de seus serviços, com concordância do cliente, autorização para que se 
dê compensação de créditos pelo advogado, de importâncias devidas 
ao cliente; de outro, pretende passar a empregar, para o recebimento 
de honorários, sistema de cartão de crédito, mediante credenciamento 
junto a uma operadora. Tendo em vista as medidas pretendidas pelo 
advogado e as disposições do Código de Ética e Disciplina da OAB, 
assinale a afirmativa correta. 
 
A) Não é permitida a compensação de créditos, pelo advogado, de 
importâncias devidas ao cliente, sendo vedada a inclusão de cláusula 
nesse sentido no contrato de prestação de serviços. De igual maneira, 
não é admitido o emprego de sistema de cartões de crédito para 
recebimento de honorários, mediante credenciamento junto a 
operadoras de tal ramo. 
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B) Não é permitida a compensação de créditos, pelo advogado, de 
importâncias devidas ao cliente, sendo vedada a inclusão de cláusula 
nesse sentido no contrato de prestação de serviços. Porém, é admitido 
o emprego de sistema de cartões de crédito para recebimento de 
honorários, mediante credenciamento junto a operadoras de tal ramo. 
 
C) É admitida a compensação de créditos, pelo advogado, de 
importâncias devidas ao cliente, se houver autorização para tanto no 
contrato de prestação de serviços. Também é permitido o emprego de 
sistema de cartões de crédito para recebimento de honorários, 
mediante credenciamento junto a operadoras de tal ramo. 
 
D) É admitida a compensação de créditos, pelo advogado, de 
importâncias devidas ao cliente, se houver autorização para tanto no 
contrato de prestação de serviços. Porém, não é permitido o emprego 
de sistema de cartões de crédito para recebimento de honorários, 
mediante credenciamento junto a operadoras de tal ramo. 
 
Resolução: 
 
Atenção nessa questão! 
 
Primeiro, o enunciado mencionou que a compensação seria expressa 
no contrato celebrado com o cliente, com concordância deste, e tal 
medida partiu do próprio advogado. 
 
Segundo, quanto ao cartão de crédito, nada foi mencionado quanto à 
eventual publicidade, divulgação etc., mas somente que seria utilizado 
como meio de pagamento. 
 
Como existem diversas regras éticas que restringem a atuação do 
advogado no mercado e por tratar-se os honorários advocatícios de 
créditos de natureza alimentar, o candidato pode vir a marcar a 
alternativa A. 
 
O CED permite a compensação de honorários advocatícios com valores 
devidos ao cliente desde que haja autorização expressa do cliente (que 
é credor e devedor ao mesmo tempo, mas não ocorre a compensação, 
em regra, de forma automática, prevista no art. 368 do CC/02). 
 
Assim, a compensação seria plenamente possível, desde que prevista 
no contrato e haja anuência expressa do cliente. 
 
No que pertine ao cartão de crédito, conforme acima mencionado, não 
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há notícias de que o advogado se valeria de tal forma de pagamento 
para fazer publicidade. 
 
O novo CED fez uma atualização quanto alguns pontos observando a 
evolução da tecnologia, bem como do mercado. Seria um entendimento 
retrógrado vedar que o advogado recebesse seus honorários por meio 
de cartão de crédito, já que é uma forma de pagamento comumente 
utilizada no comércio. 
 
Assim, a alternativa correta é a C. 
 
 
Dispositivo: art. 48, § 2º, e art. 53, ambos do CED. 
 
§ 2º A compensação de créditos, pelo advogado, de importâncias 
devidas ao cliente, somente será admissível quando o contrato de 
prestação de serviços a autorizar ou quando houver autorização 
especial do cliente para esse fim, por este firmada 
 
Art. 53. É lícito ao advogado ou à sociedade de advogados empregar, 
para o recebimento de honorários, sistema de cartão de crédito, 
mediante credenciamento junto a empresa operadora do ramo.

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