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0 APOSTILA PRÉ-VESTIBULAR NOS BAIRROS 2012 Índice Física ........................................................................................................... 01 Português..................................................................................................... 15 Matemática.................................................................................................. 43 Química....................................................................................................... 67 Biologia........................................................................................................ 77 Redação....................................................................................................... 96 Espanhol.................................................................................................... 118 Geografia................................................................................................... 155 Literatura................................................................................................... 172 História....................................................................................................... 179 Secretaria de Igualdade Social FÍSICA 1 DINÂMICA II TRABALHO Trabalho produzido por uma força está relacionado com a energia envolvida em seu deslocamento. Sua unidade é ( J ) joule. W = F. d. cos onde: F é o módulo da força d é o deslocamento é o ângulo formado entre a direção da força e do deslocamento. Trabalho motor W > 0 Favorece o movimento Trabalho resistente W < 0 dificulta o movimento Trabalho nulo = 90º a força não influencia no movimento Força Variável: O valor do trabalho coincide com a área do gráfico. Trabalho do Peso: não depende da trajetória descrita, depende apenas do desnível sofrido pelo corpo. WP = m. g. h WP ( + ) descida WP ( - ) subida WP ( 0 ) corpo em movimento na horizontal Trabalho da Força Centrípeta : é sempre nulo ( = 90º). ENERGIA É a capacidade que um corpo possui de realizar trabalho e não pode haver movimento sem envolvimento de energia. Energia Cinética: é a energia associada ao estado de movimento de um corpo. Unidades: Ec J (Joule) m kg v m/s Depende da sua massa m) e do quadrado de sua velocidade (v 2 ). Energia potencial: é a energia armazenada pelo corpo e que depende da sua posição em relação a um determinado referencial. Potencial Gravitacional: depende da massa do corpo e da altura que este se encontra de um determinado referencial. Ep = m. g.h Unidades: EP J (Joule) m kg g m/s 2 h m Potencial Elástica: depende da dureza da mola ( K ) e da compressão ou distensão ( x 2 ) desta. Unidades: EP J (Joule) m kg x m Força elástica: é uma força que surge devido a deformação de um mola, de um elástico, etc. xKFel . Esta força depende: da dureza da mola, dado pela constante elástica (K), que tem como unidade no S.I. ( N m ). e da deformação ( x ) sofrida por ela. O sinal negativo indica que esta força sempre se opõe à força externa aplicada sobre o corpo. Teorema da Energia Cinética: o trabalho da resultante das forças que agem num corpo é igual a variação da energia cinética. W = Ec = Ecfinal - Ecinicial W = Ec = Ecfinal - Ecinicial Variação da energia potencial: associa-se o conceito de energia potencial sempre que no sistema atuarem forças conservativas. W = - EP = EPinicial - EPfinal Energia Mecânica: é a soma das energias cinéticas e potencial. PCM EEE Conservação da Energia Mecânica: na ausência de forças dissipativas (força de atrito, resistência do ar, etc) isto é, em um sistema conservativo, a energia mecânica permanece constante. EM = Ec + Ep = cte Eminicial = EMfinal Obs: Quando um sistema possuir forças dissipativas (força de atrito cinético), essas ao realizarem trabalho, dissipam energia mecânica, isto é, transforma a energia mecânica em térmica. Potência média: mede a rapidez com que o trabalho é realizado. Unidades: P W (Watt) W J (Joule) t s (segundo) Potência instantânea: nos dá a idéia da potência do móvel a cada instante de seu deslocamento. P W t F d t . P F v . 2 2 . x KEpel 2 2 . v mEc t W Pm FÍSICA 2 Conversões: 1cv = 736W ; 1hp = 746W EXERCÍCIOS 14. (UFAL) Considere um corpo sendo arrastado sobre uma superfície horizontal não-lisa, em movimento uniforme. Considere as afirmações I, II e III a seguir. I- O trabalho da força de atrito é nulo. II- O trabalho da força peso é nulo. III- A força que arrasta o corpo é nula. Dentre as afirmações I, II e III: a) é correta I, somente d) é correta II, somente b) é correta III, somente e) são corretas I e II c) são incorretas I, II e III 15. Um corpo de massa m = 3kg desloca-se sobre o plano inclinado conforme a figura. Sabe-se que AB = 8m. O trabalho realizado pela força gravitacional, quando o corpo vai de B até A, supondo, g = 10m/s 2 é: a) 1200 J b) 600 J c) 300 J d) 150 J e) 120 J 16. (FURG) Analise as afirmações sobre trabalho mecânico apresentadas abaixo. I- O trabalho realizado pela força resultante que age sobre um corpo que se move com velocidade constante é nulo. II- O trabalho realizado pela força de atrito que age sobre um corpo que se move com velocidade constante é nulo. III- O trabalho realizado pela força peso que age sobre um corpo em movimento é sempre nulo. Pode- se afirmar que: a) apenas I está correta b) apenas II está correta c) apenas III está correta d) apenas I e III estão corretas e) todas estão corretas 17. Um corpo de massa 7kg é arrastado, com velocidade constante, 12m sobre um plano horizontal, por uma força de 50N, paralela ao plano. Considerar g = 10m/s 2 . Determine: a) o trabalho realizado pela força b) o trabalho realizado pela força de atrito c) o coeficiente de atrito cinético entre o corpo e o plano 18. Uma força ,agindo sobre um ponto material, varia com a posição de acordo com o gráfico. Calcule o trabalho realizado pela força no deslocamento de 0 até 6m. 19. (UFPEL) Um corpo de massa m deve ser deslocado do ponto A ao ponto B, conforme mostra a figura. A linha AC é horizontal e AB representa um plano inclinado. Sob o ponto de vista do trabalho realizado pelo peso do corpo, podemos afirmar a) o trabalho independe do percurso b) é mais conveniente o percurso AB c) é mais conveniente o percurso ABC d) não há trabalho realizado, nesse caso. e) o trabalho é menor, no percurso AB. 20. (VUNESP) Um motor de potência útil igual a 125 W, funcionando como o elevador, eleva a 10m de altura, com velocidade constante, um corpo de peso 50N, no tempo de: a) 0,4s b) 2,5s c) 12,5s d) 5,0s e) 4,0s 21. Uma pedra é lançada verticalmente para cima no campo gravitacional terrestre. Após o lançamento, qual a grandeza, associada à pedra, cujo módulo aumenta na subida e diminui na descida? a) Aceleração da gravidade b) força gravitacional c) Energia cinética d) Energia potencial gravitacional e) Quantidadede movimento linear 22. (FUVEST-SP) Um ciclista desce uma ladeira, com forte vento contrário ao seu movimento. Pedalando vigorosamente, ele consegue manter a velocidade constante. Pode-se, então, afirmar que a sua energia: a) cinética está aumentando. b) cinética está diminuindo. c) potencial gravitacional está aumentando. d) potencial gravitacional está diminuindo. e) potencial gravitacional é constante. 23. (FURG) Uma gota de chuva, com velocidade nula, de uma grande altura cai livremente. Sabe-se que sobre a gota atua uma força de resistência do ar, cuja intensidade aumenta com o aumento da velocidade da gota. O gráfico abaixo mostra o valor da velocidade da gota em função do tempo. Analise as seguintes afirmativas. I- No intervalo de 0 a t1 , o aumento de energia cinética da gota é igual ao decréscimo de sua energia potencial gravitacional. II- No intervalo de t1 a t2 , onde a energia cinética da gota não varia, sua energia potencial gravitacional também não varia. III- No intervalo de 0 a t2 a energia mecânica da gota varia. Estão corretas: a) apenas a I b) apenas a II c) apenas a III d) apenas a I e II e) todas. 24. (FURG) O carro de uma “montanha russa” tem uma massa de 150 kg. Ele parte do repouso do ponto A e no ponto B atinge uma velocidade de 3 m/s. Qual a variação da energia mecânica entre A e B? Considere g = 10m/s 2 . a) –675 J b) –825 J c) 528 J 4 6 30 60 F (N) X (m) B A 30° M A C B A 3m 2m B t1 t2 t v FÍSICA 3 d) –2175 J e) 2175 J 25. Um objeto de 8 kg possui velocidade de 4 m/s quando recebe a ação de uma força horizontal cuja variação obedece o gráfico abaixo. Determine: a) O trabalho realizado até os 10m b) A energia cinética quando x = 0 c) A energia cinética quando x = 10m d) A velocidade em x = 10m 26. (UFPEL) Uma força de direção e sentido constantes tem o seu módulo dado, em função da distância percorrida, pelo gráfico a seguir. Sabendo-se que a força atuou em uma partícula de massa 2,0 kg e que esta partiu do repouso, qual a velocidade da partícula depois de percorridos 200m ? 27. (FURG) Um objeto de massa 0,2kg é lançado verticalmente para cima com uma energia cinética de 1000 J. Durante a sua subida uma energia de 200J é dissipada devido ao atrito com o ar. Considere g = 10 m/s 2 . A altura máxima atingida pelo objeto é a) 200m b) 400m c) 500m d) 800m e) 1000m 28. (UFPEL) O pequeno bloco mostrado na figura desliza sobre a superfície, saindo do repouso, no ponto A, e passando no ponto B de forma que sua energia potencial gravitacional sofre um decréscimo igual a 40 J. Sabendo que a energia cinética do corpo, ao passar no ponto B, é igual a 30 J, responda às questões abaixo e justifique sua resposta. a) Quanto vale o trabalho total realizado sobre o bloco enquanto ele se movimenta do ponto A ao ponto B? b) É possível que apenas forças conservativas tenham realizado trabalho sobre o bloco enquanto este se movimenta de A até B? 29. (UFPEL) Dois irmãos gêmeos, Mauro e Maurício, têm o mesmo peso. Eles brincam juntos no escorregador mostrado na figura abaixo. Enquanto Maurício sobe a escada até o topo do escorregador, Mauro corre até a base da rampa e sobe por ela até o topo, mesmo sujeitando-se a eventuais escorregões. a) Baseado(a) nas informações acima, você conclui que o trabalho realizado pelo peso de Maurício foi maior, menor ou igual ao trabalho realizado pelo peso de Mauro? Justifique sua resposta. b) Se Maurício é empurrado por Mauro, de forma que comece a descer a rampa com velocidade de 2,0 m/s, a partir de uma altura de 1,6 m, qual o módulo da velocidade de Maurício ao atingir o chão? Despreze o atrito e considere g=10 m/s 2 . IMPULSO e QUANTIDADE de MOVIMENTO Impulso: Ocorre quando um corpo recebe a aplicação de uma força durante um intervalo de tempo. Unidades: I N.s módulo I F t . F N t s direção mesma da força sentido mesmo da força Força Variável: o impulso é igual a área do gráfico. Quantidade de Movimento: É a grandeza relacionada com o movimento do corpo, e é diretamente proporcional a sua massa e sua velocidade Unidade Kg. m/s módulo Q m v . direção mesma da velocidade sentido mesmo da velocidade Teorema do Impulso: o impulso da resultante das forças que agem em um corpo num, determinado intervalo de tempo é igual a variação da quantidade de movimento desse corpo neste intervalo de tempo considerado. F m a F m v t F t m vR R R . . . . I Q m v m v . . 0 10 20 F (N) x (m) 4 2 40 80 120 160 200 F (N) d(m) A B FÍSICA 4 Conservação da Quantidade de Movimento: num sistema isolado de forças externas, a quantidade de movimento é constante. Q Qinicial final EXERCÍCIOS 30. (FURG) Dois automóveis movem-se sobre uma linha reta, em sentidos contrários, constituindo um sistema livre da ação de forças externas. Havendo uma colisão entre eles podemos dizer SEMPRE que a) a colisão é elástica. b) após a colisão os automóveis seguem colados. c) existe conservação da energia mecânica do sistema. d) a quantidade de movimento linear do sistema não varia. e) ocorre uma inversão das velocidades. 31. (FURG) Uma gota de chuva, ao cair, intacta, vai aumentando sua velocidade até que a força de resistência do ar seja igual, em módulo, ao peso da gota. A partir desse instante, as grandezas que se mantêm constantes são a) energia mecânica e aceleração. b) energia mecânica e quantidade de movimento. c) energia potencial e quantidade de movimento. d) energia potencial e aceleração. e) energia cinética e quantidade de movimento. 32. Uma bola de 0,5 kg aproxima-se de uma parede com velocidade de 10m/s e, após um choque com a parede, retorna, na mesma direção, sem alterar o módulo de sua velocidade. Determine: a) a quantidade de movimento da bola antes e depois do choque. b) o impulso recebido pela bola, na interação com a parede. 33. (UFRS) Um corpo com massa de 2 kg, em movimento retilíneo, tem a sua velocidade linear variando no tempo de acordo com o gráfico abaixo. O valor do impulso e do trabalho da força resultante sobre o corpo entre t = 0 e t = 4 s valem, respectivamente, a) 8 N.s e 24 J. b) 24 N.s e 8 J c) 16 N.s e 24 J. d) 24 N.s e 96 J. e) 16 N.s e 96 J. 34. (PUC-MG) A bola A (m = 0,1 kg), com velocidade constante de 6m/s, colide elasticamente com a bola B (m=0,05 kg), que está parada. Após impacto, A tem velocidade de 2m/s; a velocidade de B é em, m/s: a) 2 b) 4 c) 6 d) 8 e) 10 35. (PUC-RS) O móvel A de massa M move-se com velocidade constante v ao longo de um plano horizontal sem atrito. Quando o corpo B de massa M/3 é solto, encaixa-se perfeitamente na abertura do móvel A. Qual será a nova velocidade do conjunto após as duas massas terem se encaixado perfeitamente? a) 3v/4 b) 2v/3 c) v/3 d) 3v e) 4v/3 Ondulatória Movimento Oscilatório: quando um corpo executa um movimento ora num sentido ora no outro, em torno da sua posição de equilíbrio(movimento de “vaivém”). Ex.: corda de violão, pêndulo simples, .. Movimento Periódico: quando um corpo passa sucessivas vezes pela mesma posição num mesmo intervalo de tempo, dizemos que ele está executando um movimento periódico. Ex.: movimento circular uniforme, pêndulo simples Período (T): o período do movimento oscilatório é o tempo gasto para completar uma oscilação. Unidade: segundo (s) Freqüência (f): freqüência do movimento oscilatório é dada pelo número de oscilações (repetições) num determinado intervalo de tempo. )(st oscilaçõesn f Unidade: hertz (Hz) = s -1 Relação: T f 1 Amplitude (A): a amplitude de um movimento é o máximo deslocamento em relação à posição de equilíbrio. MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS) Movimento pelo qual um corpo de massa m é retirado da sua posição de equilíbrio e, a partir daí, passa a oscilar em torno dessa posição. O movimento é oscilatório, ou seja, o corpo executa um movimento ora num sentido ora no outro em torno da sua posição de equilíbrio. Isso se deve ao fato de existir uma força restauradora no sentido do ponto de equilíbrio do movimento quando o corpo encontra-se fora dessa posição. PÊNDULO SIMPLES Pêndulo simples consistem em um corpo massivo suspenso por um fio de determinado comprimento. FÍSICA 5 Num determinado local, desprezada as forças dissipativas (como a resistência do ar), o corpo, quando devidamente movimentado, oscila simetricamente em torno da posição 0 de equilíbrio, tendo como extremos os pontos A e B da figura. Obs.: O movimento pendular é periódico. PERÍODO DO PÊNDULO SIMPLES g L T .2 onde: L: comprimento do fio g: aceleração da gravidade Obs.: O período do pêndulo simples Só depende do comprimento do fio e da aceleração da gravidade local; Não depende da massa pendular; O ângulo deve ser pequeno (até 13°). Nessas condições o período não depende da amplitude de oscilação. OSCILADOR HARMÔNICO (MASSA-MOLA) Considere um corpo de massa m preso a uma mola ideal, cuja constante elástica é K . Colocaremos esse corpo sobre uma superfície sem atrito no seu estado de equilíbrio (x = 0, ou seja mola não- deformada). Quando o corpo for deslocado da posição (x = 0), surgirá uma força no sentido do ponto de equilíbrio. Por esse motivo, como já comentamos, essa força é chamada de força restauradora. Sendo assim, observamos que a força (elástica) e o deslocamento possuem sentidos diferentes. Então, podemos expressar a lei de Hooke como: xkF . onde: k = constante elástica da mola x = medida da elongação ou compressão da mola A partir das figuras acima analisaremos algumas grandezas físicas como velocidade, aceleração, força, energia cinética e energia potencial. grandezas -A O A velocidade 0 máx. 0 aceleração máx. 0 máx. força máx. 0 máx. energia cinética 0 máx. 0 energia potencial máx. 0 máx. Período do M.H.S. k m T .2 Obs.: Quanto maior for a massa do corpo, maior será o seu período de oscilação, ou seja, oscila lentamente. Quanto maior for a constante da mola, menor será o seu período de oscilação. O período de oscilação do M.H.S. não depende da amplitude. EXERCÍCIOS 1. (FURG) Sejam “T” o período e “f” a freqüência de oscilação de um pêndulo simples. Se levarmos este pêndulo da Terra para a Lua, a) “T” diminuirá, “f” aumentará b) “T” e “f” permanecerão inalterados c) “T” aumentará, “f” aumentará d) “T” diminuirá, “f” diminuirá e) “T” aumentará, “f” diminuirá 2. (FURG) Um pêndulo simples de comprimento L e massa m efetua 100 oscilações por minuto. Se quadruplicássemos o comprimento do pêndulo, o número de oscilações por minuto será: a) 25 b) 50 c) 100 d) 200 e) 400 3) (UFRGS) O período de um pêndulo simples que oscila com pequena amplitude, depende: a) da amplitude do movimento e da aceleração da gravidade. b) do comprimento do pêndulo e da aceleração da gravidade c) do comprimento do pêndulo e da amplitude do movimento d) da massa e do comprimento do pêndulo e) da massa do pêndulo e da amplitude do movimento. GRAVITAÇÃO Leis de Kepler 1ª Lei – Lei das órbitas Os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol, que ocupa um dos focos da elípse. 2ª Lei – Lei das áreas k elF F elF K K K FÍSICA 6 O segmento de reta imaginário que une o Sol ao planeta, descreve áreas iguais em intervalos de tempos iguais. A1=A2 e t1=t2 Como X2>X1 V2>V1 Do Afélio(A), parte que o planeta está mais afastado do Sol, até o Periélio(P), parte em que o planeta está mais próximo do Sol, a velocidade do planeta aumenta seu valor (Mov. Acelerado) e do Periélio ao Afélio, o mov. do planeta passa a ser Retardado. 3ª Lei – Lei dos períodos O quadrado do período de revolução (T) de um planeta em torno do Sol é diretamente proporcional ao cubo do raio médio (R) da sua órbita. 32 .RT K constante Quanto mais afastado (maior for sua órbita) o planeta estiver do Sol, maior será o tempo que ele levará para dar uma volta ao redor do Sol. Lei da Gravitação Universal de Newton Dois corpos colocados a uma distância (d) m do outro atraem-se com forças de mesmo módulo, mesma direção e de sentidos contrários, chamada Força Gravitacional. que é diretamente proporcional ao produto entre suas massas. e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas. 2 . . d mM GFG Aceleração da Gravidade (g) Na superfície do Planeta 2sup . R M Gg R – raio da Terra - A Gravidade é maior nos pólos, onde a LATITUDE é maior (achatamento dos pólos) e um pouco menor na linha do equador, onde temos - LATITUDE menor (ZERO). Em pontos externos 2 . hR M Gg ext h – Altitude considerada - A Gravidade é menor quanto maior for a ALTITUDE (altura). Velocidade (V) de um satélite hR MG V . EXERCÍCIOS 1. (UF-RS) Dois satélites artificiais da Terra, x e y, de mesma massa, giram em órbitas circulares concêntricas de raios r e 2r, respectivamente. Qual a relação entre o período do satélite y (Ty) e o do x (Tx)? a) Ty=Tx/4 b) Ty=Tx/2 c) Ty=2.Tx d) Ty=2. 2 .Tx e) Ty=4.Tx 2. (Uneb-BA) Considere um planeta com massa igual ao dobro da massa da Terra e raio três vezes menor que o raio da Terra. Se a aceleração da gravidade na superfície da Terra é g, na superfície do planeta em questão, a aceleração da gravidade é: a) 9g b) 18g c) 1,5g d) 6g e) 0,6g 3. (Mackenzie-SP) Dois satélites de um planeta têm períodos de translação de 32 dias e 256 dias. Se o raio da órbita do primeiro vale x, então o raio da órbita do segundo vale: a) 4x b) 8x c) 16x d) 64x e) 128x Termodinâmica Normalmente, durante uma transformação gasosa, a pressão, o volume e a temperatura variam. Expressão geral dos gases p V T p V T 1 1 1 2 2 2 . . 1ª Lei da Termodinâmica Q W U Transformação Isotérmica T = constante Sob temperaturaconstante, a pressão de um gás é inversamente proporcional ao seu volume. p V p V1 1 2 2. . U n R T 3 2 . . . U 0 Q W FÍSICA 7 Transformação Isobárica p = constante Mantendo-se um gás sob pressão constante, seu volume aumenta com o aumento da temperatura. V T V T 1 1 2 2 Q W U Transformação Isométrica V = constante Mantendo-se o volume constante de um gás, a sua pressão aumenta com o aumento da temperatura. p T p T 1 1 2 2 W p V . V 0 Q U Transformação Adiabática Não há troca de calor entre o gás e o meio externo. Q=0 W U Equação do estado de um gás p V n R T. . . R atm l mol K 0 082, . . 2ª Lei da Termodinâmica - O calor não passa espontaneamente de um corpo de menor temperatura (frio) para um de maior temperatura (quente). - Nenhum motor térmico consegue transformar integralmente calor em trabalho. Rendimento W Qquente ou 1 Q Q fria quente EXERCÍCIOS 1. (UF-SC) O pneu de um automóvel foi regulado de forma a manter uma pressão interna de 21 libras-força por polegada quadrada, a uma temperatura de 14ºC. Durante o movimento do automóvel, no entanto, a temperatura do pneu elevou-se a 55ºC. Determine, aproximadamente, a pressão interna correspondente, em libras-força por polegada quadrada, desprezando a variação de volume do pneu. a) 18 b) 20 c) 21 d) 24 e) 28 2. (EEP) Um gás está contido em um cilindro de volume V com pressão de 1 atm e temperatura de 25ºC. Esse cilindro possui uma válvula de segurança que libera o gás quando a pressão excede 5 atm. Qual a temperatura máxima que este gás pode ter sem que haja liberação? a) 125ºC b) 1217ºC c) 50ºC d) 200ºC e) 25ºC 3. (AFA-RJ) Um cilindro com êmbolo móvel contém hélio à pressão de 2,0x10 4 N/m 2 . Fornecendo-se 5 kJ de calor ao sistema, é registrada uma expansão de 1,0x10 5 cm 3 a pressão constante. O trabalho realizado e a variação da energia interna valem, em J, respectivamente: a) 1500 e 4500 b) 2000 e 3000 c) 2500 e 2500 d) 3000 e 1000 e) 1500 e 2500 4. Determinada massa de gás ideal ocupa um volume de 60 litros sob pressão de 2,0 atm, à temperatura de 77ºC. Se a temperatura do gás for aumentada mantendo-se a pressão constante, qual será a temperatura do gás quando o volume for 240 litros? a) 1000 k b) 1200 k c) 1400 k d) 1600 k e) 1800 k ESTÁTICA Equilíbrio: Um corpo pode estar em equilíbrio das seguintes maneiras: Equilíbrio estático v 0 : o corpo está em repouso em relação a um determinado referencial, isto é, a velocidade é nula para qualquer ponto do corpo. Equilíbrio Dinâmico v cte 0 : o corpo está em movimento retilíneo uniforme no referencial escolhido, isto é, a velocidade é constante para qualquer ponto do corpo. Momento de uma Força: O momento de uma força, em relação ao ponto fixo, é o produto de uma força F (perpendicular à barra) pela distância d ao ponto à reta suporte da força. Rotação no sentido anti-horário momento positivo Rotação no sentido horário momento negativo UNIDADE NO S.I. N.m Binário: É um sistema constituído de duas forças de mesma intensidade, mesma direção e sentidos opostos cujas linhas de ação estão a uma certa distância d, que chama- se braço do binário. M 0 FR = 0 FÍSICA 8 Se aplicarmos um binário a um sólido, inicialmente em repouso, este NÃO adquire movimento de translação (pois a força resultante é nula), mas adquire movimento de rotação (pois o momento não é nulo). Equilíbrio de um ponto material: A condição necessária e suficiente para que um ponto material esteja em equilíbrio estático é que a resultante de todas as forças que atuam sobre ele seja nula. RX 0 FR 0 RY 0 Equilíbrio do corpo extenso: Esta 1ª condição faz com que o corpo não tenha movimento de translação. RX 0 FR 0 RY 0 Esta 2ª condição faz com que o corpo não tenha movimento de rotação. M 0 EXERCÍCIOS 1. (VUNESP-SP) O peso P está pendurado em duas cordas inextensíveis e de peso desprezível, amarradas nos pontos A e B do teto e em C, como mostra a figura: Os módulos das forças de reação nos pontos A e B do teto são: a) P 2 em cada um. b) P 2 em A e P 3 2 em B. c) P 3 2 em A e P 2 em B. d) P 3 2 em cada um. e) P em cada um. 2. (UFRS) Os objetos L, M e N, cujos pesos são 10N, 15N e 8N, respectivamente, estão suspensos por um arame muito leve, como mostra a figura. Qual é a força que o arame suporta entre L e M? a) 2 N b) 8 N c) 23 N d) 25 N e) 33 N 3. (UNIFOR-CE) Na figura abaixo, AB é uma barra rígida, homogênea e cilíndrica em equilíbrio, apoiada em um ponto fixo O. A esfera M, pendurada na extremidade A da barra por um fio de massa desprezível, pesa 20 N. A experiência nos leva a concluir que o peso da barra é de : a) 10 N b) 20 N c) 30 N d) 40 N e) 50 N 4. (PUC-SP) Na figura a seguir está representado um sistema mecânico em equilíbrio estático. X é uma barra rígida cilíndrica e homogênea, P é um apoio fixo, Y é uma esfera de massa igual a 2,0 kg, pendurada na barra por um fio de massa desprezível. Considere g=10 m/s 2 . Qual é a massa da barra em quilograma? a) 2,0 b) 0,5 c) 3,0 d) 4,0 e) 5,0 5. (UFRGS-RS) Uma barra homogênea de peso P e comprimento 4,0 m é articulada no ponto O, conforme a figura. Para se manter a barra em equilíbrio, é necessário exercer uma força F=80 N na extremidade livre. O peso da barra, em N, será: a) 20 b) 40 c) 60 d) 100 e) 160 HIDROSTÁTICA Pressão Pressão: é dada pela razão entre a intensidade da força normal à superfície e a área em que ela se distribui. p F A N Unidades: N/m 2 =Pa ( Pascal ) no S.I. atm, mmHg, bária outras Relação entre as unidades: pressão atm. = 760 mmHg = 1 atm = 10 m.c.a = 10 5 Pa FÍSICA 9 Massa Específica Massa Específica ou Densidade Absoluta: é a razão entre a massa e o volume do corpo. m V Unidades: Kg/m 3 no S.I. g/cm 3 CGS a densidade de um corpo pode não ter o mesmo valor da densidade absoluta da substância que constitui o corpo. Os valores somente são iguais quando o corpo for maciço e homogênio. Densidade Relativa: densidade relativa de uma substância é o quociente entre sua massa específica e a de outra substância tomada para comparação. dA B A B , a água é comumente tomada como substância para comparação. não possui unidade. EXERCÍCIOS 1. A densidade absoluta do mercúrio é 13,6 g/cm 3 . Determine a massa de mercúrio contida em 1 . 2. A densidade absoluta do óleo é de 0,8 g/cm 3 .a) Quanto pesa o óleo contido em uma lata de 900 ml? b) Quantas latas de 900 ml podem ser preenchidas com 180 kg de óleo? 3. Um corpo de forma cúbica tem aresta igual a 20 cm e massa 3,2 Kg. Calcule a massa específica desse corpo. 4. Dois tijolos de mesma massa e mesmas dimensões A e B estão apoiados sobre uma superfície horizontal como na figura. Pode-se afirmar que ( justifique ) a) o tijolo A exerce maior pressão sobre a mesa do que o tijolo B. b) o tijolo B exerce maior pressão sobre a mesa do que o tijolo A. c) o tijolo A exerce sobre a mesa uma força maior do que a exercida por B. d) o tijolo B exerce sobre a mesa uma força maior do que a exercida por A. e) as forças e as pressões exercidas por A e B sobre a mesa são iguais. 5. (Covest) Qual a maior altura em centímetros que pode ter uma coluna cilíndrica feita de um metal de densidade igual a 3,0 x 10 3 kg/m 3 para que possa ser colocada em pé com segurança sobre um piso que resiste a uma pressão de no máxio 9,0 x 10 4 Pa? a) 300 b) 270 c) 60 d) 30 e) 27 6. (Faap) Uma pessoa de 72 kgf está sentada numa cadeira de 2kgf, cujas pernas têm 2cm 2 de base cada uma. Quando a pessoa levanta os pés do chão a pressão que a cadeira, com seus quatro pés,faz sobre o chão, é de: a) 2kgf/cm 2 b) 18kgf/cm 2 c) 9kgf/cm 2 d) 28kgf/cm 2 e) 72kgf/cm 2 Pressão de uma coluna de líquido (pressão hidrostática, efetiva ou relativa). É a pressão que um líquido exerce sobre o fundo do recipiente. p g h . . Princípio de Stevin A diferença de pressão entre dois pontos no interior de um líquido em equilíbrio é igual ao produto de sua massa específica pela aceleração da gravidade e pela diferença de nível entre esses ontos considerados. p g h . . Se o ponto B estiver na superfície do líquido, temos: pressão absoluta pB = patm pA = patm + . g. h Conseqüências do Teorema de Stevin: - a pressão aumenta com a profundidade; - num mesmo nível as pressões são iguais; - paradoxo hidrostático: a força exercida pelo líquido no fundo de cada recipiente são iguais. Vasos Comunicantes (tubo em U) com líquidos imiscíveis: 1 1 2 2. .h h EXERCÍCIOS 7. As barragens são construídas com a base bem mais larga do que o topo. Isso se deve principalmente FÍSICA 10 a) a presença da pressão atmosférica na superfície da água. b) no empuxo que água faz sobre a barragem. c) a variação da densidade da água com a profundidade. d) a existência de uma diferença de temperatura entre a superfície e o fundo do rio. e) ao aumento de pressão com a profundidade nos líquidos. 8. (FURG-98) Sabemos que no interior de um líquido a pressão cresce com a profundidade. Considerando-se a densidade da água 1,0 g/cm 3 , a aceleração da gravidade 10m/s 2 e a pressão atmosférica 1,0 x 10 5 Pa. Qual é a profundidade na água na qual a pressão atinge o dobro da pressão atmosférica? a) 1m b) 5m c) 10m d) 500m e) 1000m 9. (FURG) Uma grande piscina e um pequeno tanque, um ao lado do outro, contêm água a uma mesma profundidade. Podemos afirmar que: a) a pressão e a força total exercida pela água no fundo da piscina, são maiores que no tanque. b) a pressão no fundo da piscina, é menor que no fundo do tanque e as forças totais exercidas pela água, nas duas situações são iguais. c) a pressão no fundo da piscina, é maior que no fundo do tanque e as forças totais exercidas pela água, nas duas situações, são iguais. d) a força total exercida pela água, no fundo da piscina, é maior que no tanque, mas as pressões são iguais. e) a força total exercida pela água, no fundo da piscina, é menor que no tanque, mas as pressões são iguais. 10. Selecione a alternativa que apresenta as palavras que preenchem corretamente as lacunas nas afirmações seguintes: I- Na atmosfera terrestre, a pressão atmosférica ............... à medida que aumenta a altitude. II- No mar, a pressão na superfície é ................ do que a pressão a dez metros de profundidade. a) aumenta - maior b) permanece constante - menor c) permanece constante – maior d) diminui - maior e) diminui - menor 11. (PUC-SP) Um tubo em U contém mercúrio. Derrama- se num dos ramos, sobre o mercúrio, um líquido de densidade 3g/cm 3 , até que a coluna do mesmo tenha 10cm de altura. No outro ramo coloca-se álcool de densidade 0,8g/cm 3 até 15 cm de altura. A densidade do mercúrio é 13,6g/cm 3 . A diferença final de nível de mercúrio nos dois ramos é: a) 3,53cm b) 2,50cm c) 1,50cm d) 1,32cm e) 0cm Princípio de Pascal o acréscimo de pressão dado a um ponto de um líquido em equilíbrio transmite-se integralmente para todos os pontos do líquido. O trabalho realizado nos êmbolos são iguais. WA = WB F X F XA A B B. . EXERCÍCIOS 12. (FEI) Num macaco hidráulico, onde as áreas das secções transversais dos vasos verticais são A1=20cm 2 e A2=0,04m 2 . Qual é o peso máximo que o macaco pode levantar, quando fizermos uma força de 50N no êmbolo menor? a) 100N b) 1000N c) 200kgf d) 1000kgf e) 10000kgf Princípio de Arquimedes (EMPUXO) Todo corpo imerso, total ou parcialmente num líquido recebe uma força vertical, de baixo para cima, denominada empuxo, igual ao peso da porção de líquido deslocado. E V gL L . . Pc > E corpo desce Pc < E corpo sobe até flutuar Pc = E corpo em equilíbrio O Empuxo é uma força aplicada pelo fluido no corpo nele submerso ou flutuando, sempre na direção vertical e com sentido para cima. O Empuxo depende: - da densidade do fluido e não da do corpo. - do volume do corpo que está submerso (mergulhado). - da gravidade do local(g). Peso Aparente P P Eap EXERCÍCIOS 13. Selecione a alternativa que completa corretamente as lacunas do período seguinte: Quando um corpo é mergulhado num líquido ele sofre a ação de uma ... chamada empuxo, que atua de ... e que depende ... do corpo. a) força - baixo para cima - do volume submerso b) força - cima para baixo - do volume submerso c) força - baixo para cima - da densidade d) pressão - cima para baixo - da densidade e) pressão - baixo para cima - da densidade 14. O empuxo exercido sobre um corpo totalmente imerso em um líquido em equilíbrio depende: a) da profundidade em que está o corpo, da densidade do líquido e da aceleração da gravidade. b) da profundidade em que está o corpo, da densidade do corpo e da aceleração da gravidade. c) da densidade do líquido, do volume imerso do corpo e da aceleração da gravidade. d) da massa do corpo e da aceleração da gravidade. B B A A A F A F FÍSICA 11 e) da densidade do corpo, do volume imerso do corpo e da aceleração da gravidade. 15. (Faap) Um tronco de árvore de 0,8 m 3 de volume flutua na água com metade de seu volume submerso. Qual é o empuxo de água sobre o tronco? Dado: g=10m/s 2 Densidade da água = 1000 kg/m 3 a) 80N b) 400N c) 800N d) 4000N e) 8000N 16. (FEI) Sabe-se que a densidade do gelo é 0,92g/cm 3 , a do óleo é 0,8g/cm 3 e a da água é 1,0g/cm 3 . A partir destes dados podemos afirmar que: a) o gelo flutua no óleo e na água. b) o gelo afunda no óleo e flutua na água. c) o gelo flutua no óleo e afunda na água. d) o óleo flutua sobre a água e o gelo flutuasobre o óleo. e) a água flutua sobre o gelo e afunda no óleo. HIDRODINÂMICA Estuda os fluidos em movimento. VAZÃO É a quantidade de fluido (volume) que escoa, por um determinado tempo, através de uma seção transversal qualquer. Q V t onde: Q = vazão (m 3 /s) V = variação de volume (m 3 ) t = variação de tempo (s) como: V A x . Q A x t . Q A v . onde: Q = vazão (m 3 /s) A = área (m 2 ) v =velocidade (m/s) Conversão: 1m 3 = 1000 litros Equação da Continuidade Lei da conservação da massa: A quantidade de massa de fluido que entra na tubulação deverá ser a mesma que sai desta tubulação, num mesmo intervalo de tempo. m t m t 1 2 . . V t V t 1 2 A x t A x t 1 1 2 2. . A v A v1 1 2 2. . Num escoamento de vazão constante, a velocidade de escoamento é inversamente proporcional à área da seção transversal. Ex: diminuir a área da ponta de uma mangueira, aumenta a velocidade. EXERCÍCIOS 1. A água flui com uma velocidade v1 através de uma mangueira de área de secção reta A colocada na horizontal. Se, na extremidade da mangueira, for colocado um bocal de área A/6, a água fluirá através dele com uma velocidade de a) v/6 b) v/3 c) v d) 3v e) 6v 2. (UFSM/97) Um líquido incompressível escoa através de um mangueira cilíndrica de raio (r) e enche um recipiente de volume (V) em um intervalo de tempo (t). A velocidade média de escoamento do líquido é: a) V r t. b) V r t2. . . c) V r t . .2 d) V r t. . . 2 e) V r t . . 2 3. (UFSM) Um fluido incompressível, não viscoso escoa em um cilindro horizontal com velocidade v1. A partir de um certo ponto, o raio do tubo reduz-se à metade. A velocidade v2, na região estreita, é: a) v2=v1/4 b) v2=4v1 c) v2=v1 d) v2=v1/2 e) v2=2v1 4. Um tanque de volume 20 m 3 está vazio. Quer-se enchê- lo de água por meio de uma mangueira de secção 0,20cm 2 com água tendo velocidade constante e igual a 5 m/s. Determine: a) a vazão; b) o tempo gasto para encher o tanque. TEOREMA DE BERNOULLI p g h v p g h v cte1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 . . . . . . Para uma mesma altura h1=h2 A velocidade é inversamente proporcional a pressão do fluido. VELOCIDADE GRANDE PRESSÃO pequena VELOCIDADE pequena PRESSÃO GRANDE Velocidade de escoamento FÍSICA 12 EXERCÍCIOS 5. (UFSM) Um recipiente contendo água a uma altura constante , possui um orifício a 50 cm da superfície livre da água. Sendo a aceleração da gravidade 10 m/s2, calcule a velocidade de escoamento da água através do orifício. a) 1000 m/s b) 100 m/s c) 10 m/s d) 5 m/s e) 2 m/s EXERCÍCIOS DE REFORÇO 01. (UFCE) Sob a ação de uma força constante, de 20N de intensidade, um bloco de massa 5,0 kg descreve um movimento retilíneo e uniforme, numa superfície horizontal, na mesma direção e sentido da força aplicada. O trabalho realizado pela força resultante que atua no bloco, num deslocamento de 2,0m, vale: a) zero b) 20J c) 50J d) 80J e) 100J 02. (UFR-RJ) Um elevador (A) transporta 1000 kg em 10 min, e um outro elevador (B) 200 kg em 2 min. Ambos percorrem a mesma altura (h) . Podemos afirmar que: a) (A) é mais potente que (B). b) (A) e (B) realizam o mesmo trabalho. c) (A) realiza maior trabalho que (B) e ambos são igualmente potentes. d) (A), por transportar maior massa que (B), é menos potente que (B). e) (A) realiza menor trabalho que (B). 03. (UEL-PR) O gráfico representa o valor algébrico da força resultante que age sobre um corpo de massa 5,0kg, em função do deslocamento x. O trabalho realizado pela força resultante, no deslocamento de 0 a 4,0m, em joules, vale: a) zero b) 10 c) 20 d) 30 e) 40 04. (UFV-MG) Um pai puxa o balanço da filha até encostá- lo em seu peito. Solta-o e permanece parado, sem receio de ser atingido pelo brinquedo quando ele retorna a posição inicial. Tal segurança se fundamenta na: a) primeira lei de Newton. b) segunda lei de Newton. c) conservação da Energia Mecânica. d) lei da ação e reação. e) lei da gravitação universal. 05. (UU-MG) Um corpo colocado a certa altura em relação ao solo possui energia potencial gravitacional. Se o soltarmos, seu próprio peso coloca-o em movimento e, à medida que o corpo vai caindo a: a) energia cinética aumenta. b) energia cinética diminui. c) energia cinética permanece constante. d) energia potencial gravitacional aumenta. e) energia potencial gravitacional permanece constante. 06. (Unimep-SP) Quando dizemos que um móvel com massa de 8kg tem 900J de energia, podemos afirmar que: a) o móvel está em repouso. b) o móvel está com movimento retilíneo. c) a trajetória descrita pelo móvel é uma parábola. d) o móvel está a 11,5m acima do solo. e) a velocidade do móvel vale 15m/s. 07. Quando abandonamos uma pedra de 1kg de massa de um ponto situado a 20 m acima do solo, ele desce com uma aceleração de 10m/s 2 . Desprezando a resistência do ar, podemos afirmar que: a) a energia potencial gravitacional é constante. b) a energia cinética é sempre igual à potencial. c) a 10 m do solo, a energia cinética é igual a 100J. d) a energia cinética independe da altura em que se encontra a pedra. e) é impossível calcular a energia mecânica num determinado ponto. 08. Uma partícula com massa de 10kg, em repouso, sofre a ação de uma força resultante, cujo módulo varia com o tempo de acordo com o gráfico. Determine: a) o módulo do impulso produzido pela força no intervalo de 0 a 10 s. b) a velocidade da partícula ao final de 10s. c) a intensidade de uma força constante que produziria o mesmo impulso no intervalo de 0 a 10 s. 09. Dois patinadores, um homem de 60kg de massa e um menino de 40kg, estão inicialmente em repouso sobre uma superfície gelada, plana e horizontal. Suponha que eles se empurrem mutuamente, um de frente para o outro. O homem vai para a direita com velocidade de 2,0m/s, e o menino vai para a esquerda com velocidade ( em m/s) de: a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6 10. Em um jogo da seleção brasileira de futebol, o jogador Dunga acertou um violento chute na trave do gol adversário. A velocidade da bola, na hora do impacto, era de 108 km/h. Supondo a massa da bola de 0.400 kg, a duração do impacto 5,0 x 10 -3 s e o choque é hgv ..2 FÍSICA 13 perfeitamente elástico. Calcule o módulo da força média que a bola exerceu sobre a trave durante o choque. a) 1,728 x 10 4 N b) 1,728 x 10 7 N c) 4,8 x 10 3 N d) 4,8 x 10 5 N e) nula 11. (UCP-RJ) Um pêndulo simples de comprimento L e massa m oscila com período T. O fio do pêndulo é inextensível e sem peso. O comprimento L pode variar convenientemente. Podemos afirmar que: a) encurtando o fio, a freqüência da oscilação diminui. b) mantendo o comprimento do fio constante e aumentando a massa m do pêndulo, o período aumenta.c) mantendo constante o comprimento do fio e transportando o pêndulo para outro lugar onde a aceleração da gravidade é maior, o período aumenta. d) durante a oscilação, ao passar pela posição vertical, a tração no fio é igual ao peso da massa do pêndulo. e) nenhuma das afirmativas anteriores é correta. 12. (Uneb-BA) Um bloco preso a uma mola ideal, encontra-se inicialmente em repouso, em um ponto O, sobre um plano horizontal. O bloco é afastado da posição inicial e, em seguida, abandonado, passando a oscilar, sem atrito, sobre o plano. Enquanto ele oscila, é correto afirmar que, no ponto O, o bloco tem: a) velocidade, aceleração e energia potencial máximas. b) velocidade mínima, aceleração e energia potencial máximas. c) velocidade e aceleração mínimas e energia potencial máxima. d) velocidade máxima, aceleração e energia potencial mínimas. e) velocidade, aceleração e energia potencial mínimas. 13. A distância media de Júpiter ao Sol é, aproximadamente, cinco vezes a distância média da Terra ao Sol. Se o período de translação, ao redor do Sol, é de 1 ano, determine, usando a terceira lei de Kepler, o período de translação de Júpiter, aproximadamente. a) 11 meses b) 11 anos c) 25 anos d) 25 meses e) 5 anos 14. (FEI-SP) Analise as afirmações e assinale a alternativa correta. I - O período de translação de Mercúrio (planeta mais próximo do Sol) é menor que o período de translação da Terra. II - A velocidade de translação de um planeta é constante ao longo de sua órbita. III - Segundo a primeira lei de Kepler, os planetas descrevem órbitas elípticas ao redor do Sol, estando este no centro da elipse. São corretas: a) somente I. b) somente II. c) somente III. d) somente I e II. e) somente I e III. 15. (FGV) Um recipiente metálico possui um êmbolo numa de suas extremidades e contém um gás no seu interior. A pressão do gás é p e a temperatura 200K. Pressionando- se o êmbolo até a metade do volume do recipiente e aumentando-se a temperatura para 400K, a pressão do gás será: a) p/4 b) p/2 c) p d) 2p e) 4p 16. (UFSM) Uma bolha de gás ideal, com volume V, é solta do fundo de um lago, onde a pressão é o dobro da pressão existente na superfície. Supondo a temperatura da água constante, a bolha chegará à superfície, com um volume: a) V/3 b) V/2 c) V d) 3V/2 e) 2V 17. (USF-SP) Considere as seguintes afirmações: I - Um sistema que recebe calor e não realiza trabalho aumenta sua energia interna. II - Se um sistema realiza um trabalho de 300J enquanto recebe 300 cal de calor, tem uma variação de energia interna igual a 960J. III - Se um sistema cede 50 cal em forma de calor e realiza trabalho de 100J, a variação de energia interna é de – 310J. É(são) correta(s): a) apenas I b) apenas II c) apenas III d) somente I e II e) todas 18. (UFRJ) Um gás ideal, em um recipiente mantido a volume constante, liberou 80 cal para a sua vizinhança. Pode-se afirmar que: I - O trabalho pelo gás foi de 80 cal. II - A energia interna do gás variou de 80 cal. III - A temperatura do gás diminuiu. IV - O trabalho realizado pelo gás foi nulo. As afirmativas corretas são: a) I, II e III b) I, II e IV c) I, III e IV d) II, III e IV e) I, II, III e IV 19. (ACAFE-SC) Um rapaz de 60 kg de massa está pendurado numa barra pelos dois braços, que formam ângulos de 30º com a vertical. Determine o valor aproximado da força exercida pelo seu braço direito. Adote g= 9,8 m/s 2 . a) 339,5 N b) 362,4 N c) 385,3 N d) 408,2 N e) 431,1 N 20. (UFRS) A barra homogênea BC da figura tem um peso de 10 5 N e seu comprimento é de 10 m. O centro de gravidade CG da barra e o ponto de apoio A estão, respectivamente, a 5 m e 2 m da extremidade B. Qual é o peso do corpo X que deve ser suspenso na extremidade B para que a barra se mantenha em equilíbrio mecânico na posição horizontal? a) 1,0 x 10 4 N b) 6,6 x 10 4 N c) 1,5 x 10 5 N d) 1,7 x 10 5 N e) 6,0 x 10 5 N 20) (AMAN-RJ) Um tanque contendo 5 . 10 3 litros de água tem 2m de comprimento e 1m de largura. Sendo g = 10m.s -2 , a pressão exercida pela água no fundo do tanque, em pascal, vale: a) 2,5 . 104. b) 2,5 . 101. FÍSICA 14 c) 5,0 . 10 3 . d) 5,0 . 104. e) 2,5 . 106. 21. A densidade do ouro é 19,33. Pergunta-se: a) o que significa fisicamente este valor? b) qual sua massa específica? c) qual seu peso específico? Dado: g = 10 m/s 2 ; água = 1 g/cm 3 22. Você está de pé sobre o chão de uma sala. Seja p a pressão média sobre o chão, debaixo das solas dos seus sapatos. Se você suspendesse o pé, equilibrando-se numa só perna, qual seria a pressão média? 23. Observe os recipientes abaixo, todos contendo o mesmo líquido e próximos um do outro. Podemos afirmar que a pressão no fundo a) do recipiente A é maior que em B e C. b) do recipiente B é menor que em A e C. c) é igual nos três recipientes. d) do recipiente A é maior que em C. e) Nenhuma das afirmativas anteriores é correta 24. O recipiente mostrado na figura abaixo contém um líquido em equilíbrio. a) Nessa condição os pontos A e B, no interior do líquido, estão sujeitos à mesma pressão? b) Se um pistão for adaptado ao recipiente e através dele for produzido um acréscimo de pressão sobre o líquido, as paredes laterais do recipiente sofrerão um acréscimo de pressão igual ao exercido sobre o líquido? 25. Dois corpos A e B, de massa iguais e densidades diferentes são colocados na água. Ambos ficam parcialmente submersos. a) Se o volume do corpo B for a metade do volume do corpo A, o corpo A sempre ficará com metade de seu volume fora da água. b) Se a densidade de A for maior que a densidade de B, o empuxo sofrido pelo corpo A é maior que o sofrido por B. c) Se o volume do corpo A for maior que o volume do corpo B, o empuxo sofrido pelo corpo A é maior que o sofrido por B. d) O empuxo sofrido por cada corpo tem o mesmo valor. e) Se a densidade de A for maior que a densidade de B, o volume submerso de A é menor que o de B. 26. Um corpo homogêneo flutua na superfície da água com somente 20% do seu volume total emerso, isto é, fora da água. Qual a massa específica desse corpo? 27. Uma jangada de madeira de 2 m de largura e 4 m de comprimento flutua em um lago com águas paradas . Nessa situação, 4 cm da espessura da madeira fica fora d’agua. Considere a densidade da água 1000 Kg/m3 e a gravidade local 10 m/s 2 . Quantas pessoas de 50 Kg cada podem ficar sobre a jangada sem molhar os pés? 28. Um cubo de gelo de 10 cm de aresta flutua na água. A massa específica da água é 1,0 g/cm 3 e a do gelo 0,9 g/cm 3 . Para que o cubo de gelo flutue com a face superior coincidindo com a superfície livre da água, deve ser posto sobre ele um coro de massa: PORTUGUÊS 15 Português VARIAÇÃO LINGUÍSTICA Toda língua possui variações linguísticas. Elas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo (variação histórica) e no espaço (variação regional). As variações linguísticas podem ser compreendidas a partir de três diferentes fenômenos.1) Em sociedades complexas convivem variedades linguísticas diferentes, usadas por diferentes grupos sociais, com diferentes acessos à educação formal; note que as diferenças tendem a ser maiores na língua falada que na língua escrita; 2) Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as diferentes situações de uso, sejam situações formais, informais ou de outro tipo; 3) Há falares específicos para grupos específicos, como profissionais de uma mesma área (médicos, policiais, profissionais de informática, metalúrgicos, alfaiates, por exemplo), jovens, grupos marginalizados e outros. São as gírias e jargões . MITOS DO PRECONCEITO LINGUÍSTICO Professor Marcos Bagno - Linguista e professor da UNB Mito nº 1: “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente.” Mito nº 2: “Brasileiro não sabe português. Só em Portugal se fala bem português.” Mito nº 3: “Português é muito difícil.” Mito nº 4: “As pessoas sem instrução falam tudo errado.” Mito nº 5: “O lugar onde melhor se fala português no Brasil é o Maranhão.” Mito nº 6: “O certo é falar assim porque se escreve assim.” Mito nº 7: “É preciso saber gramática para falar e escrever bem.” Mito nº 8: “O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social” 18 de maio de 2011 Marcos Bagno: Discussão sobre livro didático só revela ignorância da grande imprensa Na semana passada, o site IG noticiou que o Ministério da Educação comprou e distribuiu, para 4.236 mil escolas públicas, um livro que “ensina o aluno a falar errado”. Os jornalistas Jorge Felix e Tales Faria - do Blog Poder On Line, hospedado no portal – se basearam em exemplos de um capítulo do livro Por Uma Vida Melhor para afirmar que, segundo os autores da coleção organizada pela ONG Ação Educativa, não há nenhum problema em se falar “nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe”. Calçaram sua tese no seguinte trecho de um capítulo que diferencia o uso da língua culta e da falada:”Você pode estar se perguntando: “Mas eu posso falar os livro?”. Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico”. O fato de haver outros capítulos, no mesmo livro, que propõem a leitura e discussão de obras de autores como Cervantes, Machado de Assis e Clarice Lispector e ensina modos de leitura, produção e revisão de textos não foi citado. Mas a discussão sobre como registrar as diferenças entre o discurso oral e o escrito esquentou, principalmente após o colunista da Folha de S. Paulo Clóvis Rossi vociferar, no último domingo, que tal livro é “criminoso”. por Marcos Bagno, no seu site, via CartaCapital Para surpresa de ninguém, a coisa se repetiu. A grande imprensa brasileira mais uma vez exibiu sua ampla e larga ignorância a respeito do que se faz hoje no mundo acadêmico e no universo da educação no campo do ensino de língua. Jornalistas desinformados abrem um livro didático, leem metade de meia páginae saem falando coisas que depõem sempre muito mais contra eles mesmos doque eles mesmos pensam (se é que pensam nisso, prepotentementeconvencidos que são, quase todos, de que detêm o absoluto poder da informação). Polêmica? Por que polêmica, meus senhores e minhas senhoras? Já faz mais de quinze anos que os livros didáticos de língua portuguesa disponíveis no mercado e avaliados e aprovados pelo Ministério da Educação abordam o tema da variação linguística e do seu tratamento em sala de aula. Não é coisa de petista, fiquem tranquilas senhoras comentaristas políticas da televisão brasileira e seus colegas explanadores do óbvio. Já no governo FHC, sob a gestão do ministro Paulo Renato, os livros didáticos de português avaliados pelo MEC começavam a abordar os fenômenos da variação linguística, o caráter inevitavelmente heterogêneo de qualquer língua viva falada no mundo, a mudança irreprimível que transformou, tem transformado, transforma e transformará qualquer idioma usado por uma comunidade humana. Somente com uma abordagem assim as alunas e os alunos provenientes das chamadas “classes populares” poderão se reconhecer no material didático e não se sentir alvo de zombaria e preconceito. E, é claro,om a chegada ao magistério de docentes provenientes cada vez mais dessas mesmas “classes populares”, esses mesmos profissionais entenderão que seu modo de falar, e o de seus aprendizes, não é feio, nem errado, nem tosco, é apenas uma língua diferente daquela – devidamente fossilizada e conservada em formol – que a tradição normativa tenta preservar a ferro e fogo, principalmente nos últimos tempos, com a chegada aos novos meios de comunicação de pseudoespecialistas que, amparados em tecnologias inovadoras, tentam vender um peixe gramatiqueiro para lá de podre. Enquanto não se reconhecer a especificidade do português brasileiro dentro doconjunto de línguas derivadas do português quinhentista transplantados para as colônias, enquanto não se reconhecer que o português brasileiro é uma língua em si, com gramática própria, diferente da do português europeu, teremos de conviver com essas situações no mínimo patéticas. A principal característica dos discursos marcadamente ideologizados (sejam eles da direita ou da esquerda) é a impossibilidade de ver as coisas em perspectiva contínua, em redes complexas de elementos que se cruzam e entrecruzam, em ciclos constantes. Nesses discursos só existe o preto e o branco, o masculino e o feminino, o mocinho e o bandido, o certo e o errado e por aí vai. Darwin nunca disse em nenhum lugar de seus escritos que “o homem vem do macaco”. Ele disse, sim, que humanos e demais primatas deviam ter se originado de um ancestral comum. Mas essa visão mais sofisticada não interessava ao fundamentalismo religioso que precisava de um lema distorcido como “o homem vem do macaco” para empreender sua campanha obscurantista, que permanece em voga até hoje (inclusive no discurso da candidata azul disfarçada de verde à presidência da República no ano passado). Da mesma forma, nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua. O que esses profissionais vêm tentando fazer as pessoas entenderem é que defender uma coisa nãosignifica automaticamente combater a outra. Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los aomundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento. Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso é para eu tomar?”, porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de português brasileiro, mas por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo” e os que falam “errado”, é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de modo que eles – se julgarem pertinente, adequado e necessário – possam vir a usá-la TAMBÉM. O problema da ideologia purista é PORTUGUÊS 16 esse também. Seus defensores não conseguem admitir que tanto faz dizer assisti o filme quanto assiti ao filme, que a palavra óculos pode ser usada tanto no singular (o óculos, como dizem 101% dos brasileiros) quanto no plural (os óculos, comodizem dois ou três gatos pingados). O mais divertido (para mim, pelo menos, talvez por um pouco de masoquismo) é ver os mesmos defensores da suposta “língua certa”, no exato momento em quea defendem, empregar regras linguísticas que a tradição normativa que eles acham que defendem rejeitaria imediatamente. Pois ontem, vendo o Jornal das Dez, da GloboNews, ouvi da boca do sr. Carlos Monforte essa deliciosa pergunta: “Como é que fica então as concordâncias?”. Ora, sr. Monforte, eu lhe devolvo a pergunta: “E as concordâncias, como é que ficam então? Exercícios 01 Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo? Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo. Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente? Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco. Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma. BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado). Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido a) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade. b) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco. c) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais). d) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo. e) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio. Texto para as questões 02 e 03 02 Tendo em vista a segunda fala do personagem entrevistado, constata-se que a) o entrevistado deseja convencer o jornalista a não publicar um livro. b) o principal objetivo do entrevistado é explicar o significado da palavra motivação. c) são utilizados diversos recursos da linguagem literária, tais como a metáfora e a metonímia. d) o entrevistado deseja informar de modo objetivo o jornalista sobre as etapas de produção de um livro. e) o principal objetivo do entrevistado é evidenciar seu sentimento com relação ao processo de produção de um livro. 03 Quanto às variantes linguísticas presentes no texto, a norma padrão da língua portuguesa é rigorosamente obedecida por meio a) do emprego do pronome demonstrativo “esse” em “Por que o senhor publicou esse livro?”. b) do emprego do pronome pessoal oblíquo em “Meu filho, um escritor publica um livro para parar de escrevê-lo!”. c) do emprego do pronome possessivo “sua” em “Qual foi sua maior motivação?”. d) do emprego do vocativo “Meu filho”, que confere à fala distanciamento do interlocutor. e) da necessária repetição do conectivo no último quadrinho. 04 Texto I O professor deve ser um guia seguro, muito senhor de sua língua; se outra for a orientação, vamos cair na “língua brasileira”, refúgio nefasto e confissão nojenta de ignorância do idioma pátrio, recurso vergonhoso de homens de cultura falsa e de falso patriotismo. Como havemos de querer que respeitem a nossa nacionalidade se somos os primeiros a descuidar daquilo que exprime e representa o idioma pátrio? ALMEIDA, N. M. Gramática metódica da língua portuguesa. Prefácio. São Paulo: Saraiva, 1999 (adaptado). Texto II Alguns leitores poderão achar que a linguagem desta Gramática se afasta do padrão estrito usual neste tipo de livro. Assim, o autor escreve tenho que reformular, e não tenho de reformular; pode-se colocar dois constituintes, e não podem-se colocar dois constituintes; e assim por diante. Isso foi feito de caso pensado, com a preocupação de aproximar a linguagem da gramática do padrão atual brasileiro presente nos textos técnicos e jornalísticos de nossa época. REIS, N. Nota do editor. PERINI, M. A. Gramática descritiva do português. São Paulo: Ática, 1996. Confrontando-se as opiniões defendidas nos dois textos, conclui-se que a) ambos os textos tratam da questão do uso da língua com o objetivo de criticar a linguagem do brasileiro. b) os dois textos defendem a ideia de que o estudo da gramática deve ter o objetivo de ensinar as regras prescritivas da língua. c) a questão do português falado no Brasil é abordada nos dois textos, que procuram justificar como é correto e aceitável o uso coloquial do idioma. PORTUGUÊS 17 d) o primeiro texto enaltece o padrão estrito da língua, ao passo que o segundo defende que a linguagem jornalística deve criar suas próprias regras gramaticais. e) o primeiro texto prega a rigidez gramatical no uso da língua, enquanto o segundo defende uma adequação da língua escrita ao padrão atual brasileiro. 05 O personagem Chico Bento pode ser considerado um típico habitante da zona rural, comumente chamado de “roceiro” ou “caipira”. Considerando a sua fala, essa tipicidade é confirmada primordialmente pela a) transcrição da fala característica de áreas rurais. b) redução do nome “José” para “Zé”, comum nas comunidades rurais. c) emprego de elementos que caracterizam sua linguagem como coloquial. d) escolha de palavras ligadas ao meio rural, incomuns nos meios urbanos. e) utilização da palavra “coisa”, pouco frequente nas zonas mais urbanizadas. 06 O uso do pronome átono no início das frases é destacado por um poeta e por um gramático nos textos abaixo. Pronominais Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro (ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São Paulo: Nova Cultural, 1988) “Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na conversação familiar, despreocupada, ou na língua escrita quando se deseja reproduzir a fala dos personagens (...).” (CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980) Comparando a explicação dada pelos autores sobre essa regra, pode-se afirmar que ambos: a) condenam essa regra gramatical. b) acreditam que apenas os esclarecidos sabem essa regra. c) criticam a presença de regras na gramática. d) afirmam que não há regras para uso de pronomes. e) relativizam essa regra gramatical. 07 O “internetês”, como popularmente é conhecida essa linguagem, vem sendo uma variante da língua escrita cada vez mais utilizada pelos internautas. Esse novo modo de escrever, trazido no bojo das novas tecnologias, utiliza-se de determinados recursos de modo a assegurar uma comunicação mais rápida nos “chats”. O seguinte diálogo, extraído de uma sessão de bate-papo via IRC – software desenvolvido para comunicação virtual – ilustra esse uso: <IrcLittleGirl> oie. c tae? <N£O_matrix> aham. <IrcLittleGirl> :) mas eh um virciado msm... hehehehe. iaih como c vai? <N£O_matrix> bah, se eu so virciado, tu eh nerd... hiahuahauaahua. td blz. tu? <IrcLittleGirl> + ou - :’( <N£O_matrix> tche, conta ae <IrcLittleGirl> melhor naum <N£O_matrix>:/ <IrcLittleGirl>afff... tah bom. bombei d novu em fisik. Pod issu? Fala seriu... <N£O_matrix> <o> pssss mas me caiu os butiah do bolso agora. Deu pra ti entaum? <IrcLittleGirl> nem tantu... tm mais um semestre pela frent, ops bimestre mas tipow se eu rodar jah era...Panico rulezzz... ¬¬ <N£O_matrix> ah meo tens q t enkrna, faze os troçu em ksa, pegah aula particular <IrcLittleGirl> kra eu jah fis td issu mas tipow na hr da prova dah um tilt ta ligadu? <N£O_matrix> sei, sei... t deu um ctrl alt del no cérebro. fico tri d kra qdo me dah uma dessas... <IrcLittleGirl> kkkkkk... peor. No stress. <N£O_matrix>flw. m xama no pvt. :***** <IrcLittleGirl> nemadoro tu entaum...; ) bjinhuxxxx <N£O_matrix> vlw. eu tb. Ah, manda um [ ] p saulo. t+ <IrcLittleGirl> pod cre. Xauzinhu Observe as seguintes afirmativas. I. Os erros presentes no texto possuem diferentes motivos, dentre eles a redução de palavras(namo – namorado), a supressão de vogais (qr – quer) ou até mesmo o empréstimo de palavras do inglês (pvt – private – privado). II. O termo ops (linha 16) está para uma expressão de retificação, assim como aham (linha 2) está para uma de confirmação, ao passo que tipow (linha 16) (variação internética da gíria “tipo”) é uma partícula expletiva, ou seja, pode ser retirada sem prejuízo de sentido. III. Pelo texto, é correto depreender que o interlocutor masculino possui mais marcas gaúchas em sua linguagem, utilizando um nível entre o regionalista e o coloquial. IV. O símbolo :/ (linha 10), pelo contexto, poderia ser corretamente substituído por: “Eu não acredito nisso que me contaste... Que coisa desagradável!” Estão corretas apenas as afirmativas a) I e IV. b) I e II. c) II e III. d) II e IV. e) I, II e IV. 08 PORTUGUÊS 18 Sobre a linguagem de Chico Bento e seu pai, pode-se afirmar que a mesma a) contém erros que evidenciam a deterioração da língua. b) demonstra ignorância acerca da gramática do português. c) representa a variedade rural do português brasileiro falado. d) é reflexo do péssimo ensino do português nas escolas. e) é um modo de falar engraçado e estranho. 09 Na parte superior do anúncio, há um comentário escrito à mão que aborda a questão das atividades linguísticas e sua relação com as modalidades oral e escrita da língua. Esse comentário deixa evidente uma posição crítica quanto a usos que se fazem da linguagem, enfatizando ser necessário a) implementar a fala, tendo em vista maior desenvoltura, naturalidade e segurança no uso da língua . b) conhecer gêneros mais formais da modalidade oral para a obtenção de clareza na comunicação oral e escrita. c) dominar as diferentes variedades do registro oral da língua portuguesa para escrever com adequação, eficiência e correção. d) empregar vocabulário adequado e usar regras da norma padrão da língua em se tratando da modalidade escrita. e) utilizar recursos mais expressivos e menos desgastados da variedade padrão da língua para se expressar com alguma segurança e sucesso. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS (SEMÂNTICA) Para os menos avisados, semântica é a parte da gramática que estuda o sentido e a aplicação das palavras em um contexto. Assim sendo, a palavra manga pode ter alguns significados dependendo o contexto. Vejamos a palavra nas orações “Me lambuzo todo chupando manga” e “Não posso sair com essa manga rasgada”. Será que temos o mesmo significado para a palavra manga nas duas orações? Com certeza, não. Na primeira oração, a palavra tem como significado o fruto da mangueira; já no segundo, ela é uma parte de uma peça do vestuário. A esta característica das palavras apresentarem a mesma escrita, mas significados diferentes, quando aplicadas em um contexto, chamamos polissemia. POLISSEMIA É quando uma palavra tem mais de uma significação. SINONÍMIA É a característica de determinadas palavras assumirem, num determinado contexto, significação semelhante. Ex.: apelido – alcunha; longo – comprido; bônus – prêmio; branco – alvo. ANTONÍMIA Palavras com sentido oposto. Ex.: rico – pobre; alto – baixo; gordo – magro; claro – escuro. HOMONÍMIA Quando uma palavra assume mais de um significado. É a condição de duas ou mais palavras com significado diferente possuírem som e grafia semelhantes. As palavras Homônimas podem ser: homógrafas, homófonas e perfeitas. • Homônimas homógrafas: são palavras iguais na grafia e som diferente. Ex1.: O acordo está feito. (substantivo) [som fechado] Às vezes, acordo com muito sono. (verbo) [som aberto] Ex2 .: O começo da festa é sempre mais calma. (substantivo) [som fechado] Quando começo a dançar, todos se animam a dançar também. (verbo) [som aberto] • Homônimas homófonas: são palavras com a mesma pronúncia, mas grafia diferente. Ex1.: Gosto de ir a última sessão de cinema. (intervalo de tempo que dura uma reunião, uma assembleia) Ele fez a cessão de seus direitos autorais à editora Nascimento. (ato de ceder, ato dar) Gosto de ler a seção de esportes. (significa parte de um todo, segmento, subdivisão) Ex2.: Aquela viagem foi muito especial para nós. (substantivo) É importante que eles viajem ainda hoje. (verbo) • Homônimas perfeitas: são palavras com grafia igual e som igual. Ex.: O homem são pode e deve trabalhar bastante. (adjetivo = sadio) PORTUGUÊS 19 São cinco horas agora. (verbo ser) Vejamos agora mais alguns homônimos: Assento – objeto ou lugar em que a gente se senta. Acento – sinal diacrítico indicativo do acento ou para marcar a pronúncia das palavras. Caçar – perseguir (animais silvestres) para os apanhar ou matar, procurar. Cassar – anular, tornar sem efeito: cassar uma licença. Cela – pequeno quarto de dormir; cubículo; quarto de preso. Sela – assento acolchoado de cavalgadura. Censo – recenseamento de uma população; rendimento coletável. Senso - ato de raciocinar; faculdade de julgar. Chá – planta arbústea, também chamada de chá-da-índia. Xá – título do soberano da Pérsia, hoje Irã. Incipiente – que começa; que está no princípio, principiante. Insipiente – ignorante, insensato, néscio; não sapiente. PARONÍMIA Quando duas ou mais palavras tem significados diferentes, mas se parecem na grafia e no som. Vejamos algumas destas palavras: Absolver- declarar inocente; perdoar pecados a; isentar. Absorver- embeber, sorver; aspirar, engolir; compreender, assimilar. Acedente- que ou quem acede. Acidente- acontecimento casual, fortuito, imprevisto; desastre. Incidente- que incide, ocorre, sobrevém. Acender- pôr fogo, fazer arder; queimar, incendiar. Ascender- subir de categoria ou postos; elevar-se. Adereço- objeto de adorno; ornamento, enfeite. Endereço- indicação de nome e residência em sobrescrito; direção. Adição- soma, acréscimo. Edição- ato ou efeito de editar. Publicação de obra literária. Alusão- referência vaga e indireta. Menção. Ilusão- engano dos sentidos ou da mente. Sonho, devaneio. Atuar- exercer atividade, ou estar em atividade. Exercer influência. Autuar- lavrar um auto contra alguém; formar processo contra. Bebedor- aquele que bebe. Bebedouro- local onde se bebe. Blindar- revestir (navio) de chapas de aço, como proteção. Brindar- beber à saúde de: brindaram a aniversariante. Bocal- abertura de um vaso, frasco, candeeiro. Bucal- relativo à boca. Cavaleiro- homem que monta a cavalo; aquele que sabe cavalgar. Cavalheiro- homem nobre, distinto, de educação esmerada. Comprido- longo, extenso, dilatado. Cumprido- que foi executado; realizado: dever cumprido Comprimento- longo, extenso, dilatado. Cumprimento- extensão de um objeto; extensão de uma linha etc; saudação. Descrição- ato de descrever, narrar; contar, minuciosamente. Discrição- qualidade do que é discreto; sensatez. Destinto- que se destingiu; sem cor. Distinto- que não se confunde com o outro; diferente, separado. Destratar- maltratar com palavras; insultar. Distratar- desfazer, anular, rescindir (um pacto ou contrato). Discente- estudante, discípulo. Docente- professor, instrutor. Emergir- erguer-se acima da água; manifestar-se; sair de onde estava. Imergir- mergulhar, fazer penetrar, engolfar-se. Eminente- elevado, alto, superior, sublime. Iminente- sobranceiro; que ameaça
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