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ESTUDO DE CASO Sistemas de Ensino e Políticas Educacionais – Estatuto da Criança e do Adolescente PROBLEMA: Vandalismo em patrimônio público ou privado pela pichação de aluno.Em uma escola que sofre diariamente com a pichação de suas dependências, principalmente nos banheiros onde não há o olho vigilante tão atento, um aluno foi flagrado escrevendo em suas paredes. Nesse caso, o que pode acontecer com esse aluno? Que norte a escola pode tomar? QUESTÃO ORIENTADORA: Na hipótese de um aluno de escola (pública ou privada) executar a pichação com “canetões” em alguma parede da instituição, qual a atitude correta que deve ser tomada pela equipe diretiva da escola (Diretor e Pedagogo), levando em consideração o Estatuto da Criança e do Adolescente, a LDBEN e o Regimento interno da Escola? *Responda a questão no formato de respostatexto. Nota: 80.0 RESOLUÇÃO 1: Cabe registrar, que a escola é um lugar institucional (estabelecido social, cultural e juridicamente), e em função deste lugar, ela é determinada institucionalmente, regulamentarmente, e seu caráter instituído marca bem seu peso, sua inércia, tanto para os professores como para alunos. Há uma administração, o diretor, o supervisor, os inspetores etc. que se ocupam de estabelecer e manter a “programação” (os programas), os controles, a disciplina assim como a definição dos poderes, os estatutos. De uma certa forma, o caráter estático da organização expressase através da “burocratização”. A criança e o adolescente têm direito à educação para atingirem seu pleno desenvolvimento e garantirem o preparo para o exercício da cidadania, além da qualificação para o trabalho (artigo 53 do ECA). Todos devem ter igualdade de condições para o acesso e permanência na escola e o direito de serem respeitados pelos educadores. Também é garantido o ingresso na escola pública e gratuita o mais próximo possível de sua residência. Os pais (ou o responsável) têm a obrigação de matricular seus filhos na rede regular de ensino (artigo 55 do ECA). Em primeiro lugar, o dever de educar crianças e adolescentes é dos pais e responsável. Dever este que decorre do exercício do pátrio poder que, por omissão, pode acarretar a perda ou suspensão desse último, depois do devido processo legal, com ampla defesa para o acusado. Paralelamente a isso, também a escola tem atribuições bem definidas e quanto a elas não pode omitirse, sob a pena de também ser responsabilizada. Cabe à escola observar as condutas individuais de seus alunos e, por intermédio destes, da família e ainda por outros meios, procurar saber porque vêm se comportando de forma inadequada. As condutas antijurídicas ou antissociais deverão ser relatadas aos pais, que devem ser orientados a procurar os serviços de atendimento existentes no município. Ao constatar que os encaminhamentos não estão sendo seguidos pelo aluno ou por sua família, a escola deve comunicar o fato ao Conselho Tutelar, em se tratando de crianças, e à Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente, em se tratando de adolescente com conduta típica de ato Infracional contra a lei criminal. Quando o Adolescente pratica atos infracionais que não estejam incluídos na lei criminal, também se deve recorrer ao Conselho Tutelar, depois de esgotados todos os recursos escolares, entre os quais se inclui, obviamente, a aplicação do regulamento da escola que, caso não trate do assunto, deve ser reformulado. Lei 9.605/98 dispõe acerca das sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Inserida na Seção IV, denominada “Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural”, encontrase a norma incriminadora do artigo 65: “Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano: Pena detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. Nessa situação, a escola deveria fazer o registro da ocorrência de dano ao patrimônio e chamar os policiais do Batalhão Escolar para, de forma educativa, explicar o tema aos alunos, deixando a responsabilidade repressiva à polícia judiciária para que sejam descobertos os autores do delito e as providências sejam tomadas para reparálo. RESOLUÇÃO 2: Outra situação que pode ocorrer é a limpeza do espaço pichado pelo autor da pichação, salvaguardando o entendimento de que não se pode submeter o adolescente ou a criança a situação vexatória conforme o ECA.
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