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APOSTILA DE DISCIPLINA ESCOLAR

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INSPETOR DE DISCIPLINA
O monitor - também chamado, em algumas instituições, de inspetor - é um dos profissionais mais atuantes na esfera educacional. Ele transita por toda a escola, em geral conhece os alunos pelo nome e é um dos primeiros a serem procurados quando há algum problema que precisa ser solucionado rapidamente. Contudo, ele nem sempre é valorizado como deveria. Infelizmente, muitos diretores entendem que quem atua nessa função deve apenas controlar os espaços coletivos para impedir a ocorrência de agressões, depredações e furtos, vigiar grupos de alunos, observar comportamentos suspeitos e até mesmo revistar armários e mochilas. 
Esse tipo de controle, além de perigoso - pois os conflitos abafados por ações repressoras acabam se manifestando com mais violência -, contribui para reforçar a desconfiança entre a instituição e os estudantes. E uma relação fundada na insegurança fragiliza a construção de valores democráticos, que deveria ser um dos objetivos de todas as escolas. Como qualquer profissional do nosso meio, os monitores também são educadores e cabe à equipe gestora realizar ações formativas para que eles saibam como interagir com as crianças e os jovens nos diversos espaços (como o pátio, os corredores, as quadras, a cantina, o banheiro etc). Com uma boa formação, eles são capazes de trazer informações importantes sobre a convivência entre os alunos que poderão ser objeto de análise para que o orientador educacional, juntamente com o diretor e a equipe docente, planeje e execute intervenções. Algumas das atribuições dos monitores que favorecem a análise da convivência são: 
- Acompanhar o processo de adaptação dos alunos novos na escola e dos que estão nas séries iniciais de um segmento, sobretudo no início das aulas. 
- Analisar o grupo em diferentes contextos: como ele se organiza, os espaços que ocupa, as brincadeiras e os jogos que privilegia no dia a dia. 
- Observar os valores que circulam longe do olhar dos professores. 
- Investigar as relações de poder existentes entre os alunos, reconhecendo as lideranças e os que se submetem a elas. 
Além de capacitá-los a examinar as relações interpessoais, é imprescindível que a formação contemple também o aprendizado sobre como agir em momentos de conflito. Os monitores contribuem para evitar brigas quando atuam com ética e promovem ações educacionais para ajudar as crianças a lidar com as divergências e os desentendimentos. Quanto mais os monitores souberem do projeto político-pedagógico da escola, mais eles se sentirão parceiros na Educação dos alunos e atuarão como tal. 
Para tanto, devem ser convidados a participar das reuniões de planejamento e das decisões que envolvem toda a equipe. Ao mesmo tempo, os encontros deles com a equipe de direção podem entrar na rotina, pois assim se cria um canal de comunicação em que eles se sintam seguros para expor as dúvidas, explicitar as incertezas e discutir os acontecimentos. Escolas que optam por formar monitores capazes de favorecer a segurança dos alunos e atuar na prevenção e intervenção de situações delicadas estão no caminho certo para promover a melhoria das relações de convivência.
ATRIBUIÇÕES DO INSPETOR ESCOLAR:
- Orientar os alunos quanto às regras e procedimentos especificados no regimento escolar;
- Acompanhar o processo de adaptação dos alunos novos na escola e dos que estão nas séries iniciais de um segmento, sobretudo no início de cada período letivo;
- Registrar as atividades do grupo, como ele se organiza, os espaços que ocupa, as brincadeiras e os jogos que privilegia no cotidiano;
- Observar os valores que circulam longe do olhar dos professores, conduzindo o alunado para aquisição de hábitos e atitudes que promovam a convivência pacifica e respeitosa entre eles, bem como com todos os funcionários da escola (pessoal administrativo educacional, cozinha, docentes, equipe técnico-pedagógica e técnico-administrativa);
- Orientar os alunos para uma atitude de zelo para com o patrimônio da escola, entendido como de bem comum;
- Informar sistematicamente à equipe técnico-pedagógica sobre o andamento da dinâmica da unidade escolar e eventuais comportamentos inadequados de alunos, elaborando relatórios, se necessário ou solicitado;
- Encaminhar os alunos que adoeceram ou se acidentaram dentro da escola;
- Auxiliar na divulgação de avisos e instruções para alunos;
- Observar as condições de asseio e limpeza das dependências da unidade escolar, informando à equipe técnico-administrativa sempre que perceber a necessidade de serviço de limpeza ou manutenção;
- Acompanhar e registrar o atraso de alunos, informando à equipe técnico-pedagógica os casos de excessos;
- Acompanhar e monitorar alunos nos intervalos e movimentações dentro da escola, bem como na entrada e saída, zelando por condutas de segurança;
- Atuar cotidianamente em consonância com as orientações da coordenação de turno;
- Participar, sempre que solicitado, de cursos de formação, aperfeiçoamento e capacitação de sua área de atuação, com vistas ao seu aprimoramento constante
- Compete ao posto, dar atendimento e acompanhamento aos alunos nos horários de entrada, saída, recreio e em outros períodos em que não houver a assistência do professor; 
- Comunicar à direção da escola eventuais enfermidades ou acidentes ocorridos com os alunos, bem como outras ocorrências graves; 
- Participar de programas e projetos definidos no projeto pedagógico que visem à prevenção de acidentes e de uso indevidos de substâncias nocivas à saúde dos educandos;
- Auxiliar os professores quanto a providências de assistência diária aos alunos; participar das atividades de integração escola-comunidade; 
- Colaborar no controle dos educandos quando da participação em atividades cívicas ou em concentrações escolares de qualquer natureza; 
- Colaborar nos programas de recenseamento e controle de freqüência escolar dos alunos; executar atividades correlatas, após discussão e aprovação pelo conselho de escola e definidas no projeto pedagógico; 
- Exercer outras atividades que lhe forem atribuídas pela direção da escola, em sua área de atuação; 
- Acompanhar os alunos em atividades extra curriculares, dentre outras, em passeios, excursões, visitas, etc;
- Acompanhar os alunos até sua residência, quando determinado pela direção da unidade escolar; acompanhar o aluno, caso haja necessidade de atendimento médico em unidade hospitalar, quando determinado pela direção da unidade escolar, e em casos de pequena gravidade, prestar-lhe socorro de urgência.
Atribuições do Inspetor Escolar
PORTARIA E/COIE.E NORMATIVA N.º 03, DE 19 DE SETEMBRO DE 2001.
FIXA AS ATRIBUIÇÕES DO INSPETOR ESCOLAR.
A COORDENADORA DA COORDENADORIA DE INSPEÇÃO ESCOLAR, no uso de suas
atribuições legais e,
- Considerando que a garantia de padrão de qualidade é princípio no qual deve estar embasada a oferta do
ensino;
- Considerando que a liberdade de ensino se acha condicionada ao cumprimento das normas gerais da
educação nacional e do respectivo sistema de ensino;
- Considerando caber ao Poder Público a autorização de funcionamento de escolas e a avaliação da
qualidade do ensino ali ministrado;
- Considerando as competências da Coordenadoria de Inspeção Escolar previstas no Artigo 13, Capítulo
III, da Resolução CEE n.º 2029, de 16 de agosto de 1996.
- Considerando que o Inspetor Escolar, profissional da educação, membro do magistério com exercício
efetivo, tem formação prevista em Lei, em conformidade com o art. 64 da Lei 9394/96,
R E S O L V E :
Art. 1.º - Ao Inspetor Escolar, em exercício nos diversos órgãos regionais da Secretaria de
Estado de Educação, cabe planejar a dinâmica de sua atuação em consonância com as diretrizes
estabelecidas pela Coordenadoria de Inspeção Escolar da Subsecretaria Adjunta de Desenvolvimento do
Ensino, observadas as normas do Conselho Estadual de Educação - RJ.
Parágrafo Único - A ação do Inspetor Escolar dar-se-á, prioritariamente, de modo preventivo e
sob a forma de orientação, visando evitar desvios que possam comprometer a regularidadedos estudos dos
alunos e a eficácia do processo educacional.
Art. 2.º - É função precípua do Inspetor Escolar zelar pelo bom funcionamento das
instituições vinculadas ao sistema estadual de ensino - público e particular - avaliando-as, permanentemente,
sob o ponto de vista educacional e institucional e verificando:
a) a formação e a habilitação exigidas do pessoal técnico-administrativo-pedagógico, em atuação na
unidade escolar.
b) a organização da escrituração e do arquivo escolar, de forma que fiquem asseguradas a autenticidade e
a regularidade dos estudos e da vida escolar dos alunos.
c) o fiel cumprimento das normas regimentais fixadas pelo estabelecimento de ensino, desde que estejam
em consonância com a legislação em vigor.
d) a observância dos princípios estabelecidos na proposta pedagógica da instituição, os quais devem
atender à legislação vigente.
e) o cumprimento das normas legais da educação nacional e das emanadas do Conselho Estadual de
Educação - RJ.
Art. 3.º - São ainda atribuições específicas do Inspetor Escolar, além do acompanhamento
contínuo às unidades de ensino:
a) integrar comissões de autorização de funcionamento de instituições de ensino e/ou de cursos; de
verificação de eventuais irregularidades, ocorridas em unidades escolares; de recolhimento de arquivo
de escola com atividades encerradas, ou comissões especiais determinadas pela Coordenadoria de
Inspeção Escolar.
b) manter fluxo horizontal e vertical de informações, possibilitando a realimentação do Sistema Estadual de
Educação, bem como sua avaliação pela Secretaria de Estado de Educação.
c) declarar a autenticidade, ou não, de documentos escolares de alunos, sempre que solicitado por órgãos
e/ou instituições diversas.
d) divulgar matéria de interesse relativo à área educacional.
Art. 4.º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogada a Portaria
COSE-E n.º 02, de 07 de dezembro de 1989 (D.O. de 02.01.90).
Rio de Janeiro, 19 de setembro de 2001.
CAPÍTULO XI
DO INSPETOR DE ALUNOS E/OU MONITOR DE ALUNOS
SEÇÃO I
DA COMPETÊNCIA
Art. 140 – Ao monitor de alunos e/ou inspetor de alunos compete zelar pela disciplina geral dos alunos dentro da unidade escolar ou em suas imediações.
SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES
Art. 141 - São atribuições do monitor de alunos e/ou inspetor de alunos:
I - orientar os alunos quanto às normas da unidade escolar;
II - organizar a entrada e saída dos alunos;
III - zelar pela disciplina dos alunos dentro e fora das salas de aula;
IV - orientar os alunos quanto à manutenção da limpeza da escola;
V - monitorar o deslocamento e permanência dos alunos nos corredores e banheiros da unidade escolar;
VI - realizar atividades de recepção;
VII - acatar as orientações dos superiores e tratar com urbanidade e respeito os funcionários da unidade escolar e os usuários dos serviços educacionais;
VIII - zelar pelo cumprimento do horário das aulas;
IX - prestar assistência, no que lhe couber, ao aluno que adoecer ou sofrer qualquer acidente, comunicando o fato de forma imediata à autoridade escolar competente;
X - levar ao conhecimento do diretor escolar os casos de infração e indisciplina;
XI - encaminhar à orientação educacional e/ou supervisão escolar o aluno retardatário e não permitir, antes de findar os trabalhos escolares, a saída de alunos sem a devida autorização;
XII - desempenhar a função com competência, assiduidade, pontualidade, senso de responsabilidade, zelo, discrição e honestidade;
XIII - informar ao diretor ou ao diretor-adjunto, a permanência de pessoas não-autorizadas no recinto da unidade escolar;
XIV - preparar material para os professores quando solicitado;
XV - desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido;
XVI - conhecer e cumprir os termos deste regimento.
A qualidade do trabalho do Inspetor Escolar
PEDAGOGIA
16/10/2012
A figura do Inspetor Escolar passou a ocupar cada vez mais um lugar de destaque na administração do fazer pedagógico e na organização positiva da sua atuação. O Inspetor Escolar, no papel de gestor, será o mentor dos processos participativos, uma vez que, ao refletir sobre a realidade das unidades escolares e buscar soluções conjuntas, tornar-se-á um agente de participação efetiva no trabalho realizado. 
Hoje não cabe mais ao Inspetor o papel de ir à escola para prescrever, mas para traduzir, explicar, interpretar e reinterpretar as determinações, avaliar o seu impacto na vida da escola e discutir como cumprir e acompanhar a aplicação da norma, levando em conta a realidade da escola. O Inspetor deve estar presente para dar suporte à autonomia, mas impedindo a soberania. Nesse sentido, cabe a ele encontrar, no emaranhado legal, os caminhos caminháveis, as alternativas possíveis para conciliar o desejável, para garantia da qualidade do ensino, para a melhoria das condições de trabalho de alunos e professores, para tornar fértil a leira pedagógica, sem ferir as normas e dispositivos legais. 
O papel do Inspetor Escolar será de articulação e integração, contribuindo para recolocar a visão de totalidade no tratamento que será dado ao conhecimento, no currículo escolar. Somente quando o inspetor for educador, será capaz de compreender o sentido dessa totalidade e ajudar a escola a escola na criação e desenvolvimento de projetos pedagógicos que a viabilizem o trabalho integrador em que a escola deverá se empenhar, com a participação de todos os seus profissionais. 
Enfim, cabe a Inspeção Escolar a tarefa de contribuir na preparação dos educandos para a vida social nos seu sentido abrangente, compreendendo esta abrangência como participação nas mudanças da sociedade, daí a necessidade da sua postura estar voltado para o equilíbrio emocional, bom senso, objetividade, imparcialidade, criatividade, responsabilidade e principalmente organização e método, colocando seu relato de forma que possa ser compreendido e usado pelo grupo, procurando traçar sempre uma ponte entre teoria e prática.
A INDISCIPLINA NA ESCOLA
A indisciplina na escola tem sido assunto amplamente discutido pelos profissionais nela inseridos. Esta norteia todo o descontentamento com a educação, provocando desinteresse, aliada a falta de preparo dos agentes educacionais. Para enfrentar o problema da indisciplina, é necessário compreendê-la, entender o que está acontecendo hoje com a disciplina na sala de aula, na escola, na família e na sociedade, para melhor discutir este tema que é tão comum mais pouco entendido, buscou-se o conceito de (in) disciplina do ponto de vista teórico encontrando diversas possibilidades, fazendo um paralelo entre a indisciplina e a função do Inspetor Escolar como membro da equipe e a importância da sua contribuição como elemento articulador, sobretudo qual disciplina que a escola deveria pressupor para si e a historicidade do conceito que hoje é mais vigente nas escolas e salas de aula.
Segundo o autor vernáculo, indisciplina é “falta de disciplina; desordem; desobediência; rebelião” (Fernandez, 1981, p.731) e disciplina é o “conjunto de regras destinados a manter a boa ordem em qualquer organização; obediência à autoridade; observância de normas ou preceitos” (p. 469). Portanto, segundo o dicionário, ser indisciplinado significa não obedecer ao conjunto de regras que visam manter a boa ordem em uma organização (a escola, por exemplo), não obedecer à autoridade e ser rebelde.
 O autor Parrat-Dayan (2008) conceitua a disciplina como “um conjunto de regras e obrigações de um determinado grupo social e que vem acompanhado de sanções nos casos em que as regras e/ou obrigações forem desrespeitadas.”(p.20).
Para Tiba (1996), a disciplina escolar é um conjunto de regras que devem ser obedecidas para o êxito do aprendizado escolar. Portanto, ela é uma qualidade de relacionamento humano entre o corpo docente e os alunos em uma sala de aula e, consequentemente, na escola. 
DESAFIOS:
Família
É possível que a família possa colaborar para a contenção da indisciplina na escola, mas para que isto aconteça, é preciso que seja resgatada a prática do diálogo noambiente familiar, a prática de participação efetiva dos pais na vida escolar dos filhos, indo às reuniões escolares procurando saber da vida dos filhos, suas angústias, seus temores, suas conquistas, bem como suas expectativas e possibilidades de realização com relação ao futuro. É fundamental que os pais sejam capazes de impor limites, ajudando seus filhos a terem postura crítica diante dos meios de comunicação que despertam o consumismo, a sexualidade e etc.
 Aqui podemos retomar Vasconcellos, (1989, p. 122, 123). Além das dificuldades sócio-econômicas e culturais, existem os problemas de alcoolismo, o divórcio, as drogas, a violência doméstica, a permissividade sem limite e, consequentemente, a desestrutura familiar que interfere negativamente no desempenho do aluno em sala de aula (Parrat-Dayan, 2008, apud. Benette & Costa 2010). Segundo Aquino (1999), do ponto de vista empírico, os alunos carregam saberes anteriores adquiridos no seio de sua família, do meio em que vivem que se chocam com os saberes docentes.
 Nota-se que as crianças chegam à escola, cada vez mais sem limites, com ausências de comportamentos educativos mínimos, por exemplo: respeito, gratidão, e cumprimento de regras básicas, que deveriam ser trabalhados pela família. O que se configura na “ausência de valores e regras ou com presença de valores e regras contraditórias no seio de uma mesma sociedade” (DE LA TAILLE, 1998, p. 07). Percebe-se então que o aluno é fruto de um contexto familiar e de uma sociedade com todos seus axiomas, modos e costumes, é sujeito/objeto de contexto escolar.
Aquino (2000), por exemplo, considera que a indisciplina escolar deve ser pensada e analisada sob um ângulo histórico baseado em condicionantes culturais ou sob uma matriz psicológica, em relação à influência das relações familiares.– Tiba (1998) define disciplina como “O conjunto de regras éticas para se atingir um objetivo. A ética é entendida, aqui, como o critério qualitativo do comportamento humano envolvendo e preservando o respeito, o bem-estar biopsicossocial”, apontando como causas da indisciplina na escola as características pessoais do aluno (distúrbios psiquiátricos, neurológicos, deficiência mental, distúrbios de personalidade, neuróticos), as características relacionais (distúrbios entre os próprios colegas, distorções de autoestima) e os distúrbios e desmandos de professores.
ESCOLA:
Dentre os desafios que a escola enfrenta neste momento histórico, percebe-se a indisciplina e suas relações com os princípios de autonomia e liberdade, tão caros entre nós educadores. Mas, sobretudo, trata-se aqui do estreito vínculo existente entre a escola e a sociedade, muitas vezes negligenciado pelas políticas educacionais e pelos próprios trabalhadores docentes. Porém, muita coisa mudou, estamos numa época de valorização da democracia, cidadania e respeito. Cabe a escola levar estes princípios à sério dentro do seu projeto pedagógico. Então, como acabar ou diminuir a indisciplina em sala de aula, objetivando melhorar as condições de aprendizado dos alunos?
Primeiramente, o inspetor de disciplina deve identificar os motivos da indisciplina. Observar os alunos e estabelecer um diálogo pode ajudar muito neste sentido. Muitas vezes, a indisciplina ocorre porque os alunos não entendem o conteúdo ou acham as aulas cansativas. Nestes casos, o professor pode modificar suas aulas, adotando atividades estimulantes e interativas. Celso Antunes sugere um conceito mais amável de disciplina como, por exemplo, "Disciplina é uma relação de afeto e respeito, uma ação recíproca de cumprimento de normas". 
O autor afirma que o início dessa construção deve se manifestar por meio de um acordo entre alunos e professores, algo como um "contrato" em que ambas as partes discutem e constroem seu papel e sabem como acatar sanções na eventualidade de um descumprimento. Dessa forma, conclui o autor:
ressignificação das relações entre esses sujeitos e na construção e desconstrução do conceito de indisciplina que, reconhecendo a disciplina como ferramenta essencial às relações interpessoais, aprendem autonomia, exercitam a firmeza e conseguem, com mais dignidade, construir o caráter. Quando os professores de uma unidade escolar sentam-se com seus alunos e desconstroem e sabem reconstruir a plenitude da significação e dos tipos de disciplina, não apenas a aula corre mais facilmente e a aprendizagem se concretiza de maneira mais saborosa como estudantes e mestres descobrem que esta atitude costuma gerar bons resultados. Com estas e outras atitudes, o professor vai ganhar o respeito de seus alunos. 
Este respeito é uma porta aberta para, através do diálogo com os estudantes, buscar soluções adequadas para melhorar as condições de aula na escola. Sugere-se, a implantação, da forma mais coerente e democrática possível, dos Conselhos Escolares, pois estes terão a incumbência de tratar de problemas também desta natureza. Isto pode ocorrer quando a escola começar a tratar qualquer ato dos alunos como indisciplina. Atos como o aluno cobrar o direito de tirar suas dúvidas e não ser compreendido por alguns professores e ser tratado como indisciplinado, impedindo os de pensar e questionar.
Assim agindo, a escola poderá está evitando que alguns direitos dos alunos sejam desrespeitados, ficando assim mais fácil garantir os direitos deles para que os deveres possam ser cumpridos com, mais coerência, respeito e responsabilidade. Coisas que estão entre muitos dos deveres e papéis da escola no processo de formação de seu alunado, mesmo em um momento social bastante conturbado com um excesso de maus exemplos para as crianças e jovens.
COMO O INSPETOR DE DISCIPLINA CONTRIBUI COM A ESCOLA:
Cuidar da segurança do aluno nas dependências e proximidades da escola; inspecionar o comportamento dos alunos no ambiente escolar. Orientar alunos sobre regras e procedimentos, regimento escolar, cumprimento de horários; ouvir reclamações e analisar fatos. Prestar apoio às atividades acadêmicas; controlar as atividades livres dos alunos, orientar entrada e saída de alunos, fiscalizar espaços de recreação, definir limites nas atividades livres. Organizar ambiente escolar e providenciar manutenção predial. 
Auxiliar professores e profissionais da área artística. Auxiliar a Secretaria da Associação no tocante ao controle e desenvolvimento das atividades de formação cultural. Auxiliar alunos com deficiência física; Identificar pessoas suspeitas nas imediações da escola; Comunicar à chefia a presença de estranhos nas imediações da escola; Chamar ronda escolar ou a polícia; Verificar iluminação pública nas proximidades da escola; Controlar fluxo de pessoas estranhas ao ambiente escolar; Chamar resgate; Confirmar irregularidades comunicadas pelos alunos; Identificar responsáveis por irregularidades; Identificar responsáveis por atos de depredação do patrimônio escolar; Reprimir furtos na escola; Vistoriar latão de lixo; Liberar alunos para pessoas autorizadas; Comunicar à diretoria casos de furto entre alunos; Retirar objetos perigosos dos alunos; Vigiar ações de intimidação entre alunos; Auxiliar na organização de atividades culturais, recreativas e esportivas; Inibir ações de intimidação entre alunos; 
Separar brigas de alunos; Conduzir aluno indisciplinado à diretoria; Comunicar à coordenação atitudes agressivas de alunos; Explicar aos alunos regras e procedimentos da escola; Informar sobre regimento e regulamento da escola; Orientar alunos quanto ao cumprimento dos horários; Ouvir reclamações dos alunos; Analisar fatos da escola com os alunos; Aconselhar alunos; Controlar manifestações afetivas; Informar à coordenação a ausência do professor; Restabelecer disciplina em salas de aula sem professor; Fornecer informações à professores; Orientar entrada e saída dos alunos; Vistoriar agrupamentos isolados de alunos; Orientar a utilização dos banheiros; Fixar avisos em mural; Abrir as salas de aula; Controlar carteira de identidade escolar; Relatar ocorrência disciplinar; Inspecionar a limpeza nas dependênciasda Escola; Verificar o estado da lousa; Comunicar à Gerência de Serviços sobre equipamentos danificados; Controlar acesso de alunos e professores; Controlar as atividades de formação cultural sob orientação da Secretaria da Associação; Exercer o controle de reqüência de alunos e professores.
Ao inspetor de alunos, também conhecido por monitor de alunos, é atribuída a responsabilidade de zelar pelo bem-estar dos alunos, bem como pela sua disciplina.
As suas principais funções são as seguintes:
· Zelar pela boa conduta dos alunos;
· Controlar a entrada e a saída dos alunos;
· Evitar que os alunos danifiquem os equipamentos e sujem o espaço escolar;
· Garantir o cumprimento do horário escolar;
· Auxiliar os alunos que apresentem mal-estar físico;
· Reportar ao diretor as infrações cometidas pelos alunos;
· Cuidar das requisições de material escolar.
Para além das responsabilidades concernentes aos alunos, o inspetor de alunos deverá também estar pronto a auxiliar os professores, fornecendo-lhes os materiais solicitados e ajudando-os quando necessário.
O PAPEL DO INSPETOR ESCOLAR NO PROCESSO DEMOCRATICO:
A Inspeção Escolar está ligada a vários fatores que contribuem com o processo democrático da comunidade escolar. Evidentemente, nem sempre foi assim. A própria expressão lingüística nos remete à história, desde o Brasil colonial, de que o ato de inspecionar nos lembra o ato de fiscalizar, observar, examinar, verificar, olhar, vistoriar, controlar, vigiar…
Porém, atualmente, a figura deste profissional nas Instituições Escolares proporciona uma estreita ligação entre os outros órgãos do Sistema Educacional, quer sejam Secretárias quer sejam Regionais e Unidades Escolares, para garantir a aplicação legal do regime democrático. Por isso, o Inspetor tem uma grande concentração nos aspectos Administrativos, Financeiros e Pedagógicos das Unidades Escolares, trabalhando inclusive, como agente sócio-político.
Neste sentido, o Inspetor Escolar trabalha estreitamente com a gestão de pessoal. Está sempre preocupado com a veracidade e atualização da escrituração e organização escolar para proporcionar segurança no processo de arquivos e no futuro, próximo e até cem anos, esteja resguardada para servir de acervo de pesquisas históricas ou da situação funcional dos servidores que almejam a aposentadoria.
Isto acontece, inclusive, com os documentos informativos da vida escolar dos alunos. Em qualquer tempo, as pessoas poderão procurar a sua instituição escolar de origem para requerer um novo documento, Histórico Escolar, por exemplo.
O Inspetor Escolar está sempre imaginando as possibilidades do futuro, pois não se sabe quando alguém que conhece e trabalha na instituição Escolar ainda estará ou nem se lembrará das situações, casos ou momentos ocorridos; ou seja, as equipes de trabalhos estão sempre se renovando e acaba necessitando de uma Escrituração dos fatos, ato na Organização escolar muito bem definida para resguardar a integridade de todo arquivo (Atas, Diários de Classe, Fichas individuais e entre outros).
Inclusive, como o Inspetor Escolar está sempre em contato com as comunidades escolares e tem um papel importante na comunicação entre os órgãos da administração superior do sistema e os estabelecimentos de ensino que o integram, “volta-se para : organização e funcionamento da escola e do ensino, a regularidade funcional dos corpos docente e discente, a existência de satisfatórios registros e documentação escolar…”(RESOLUÇÃO 305/83).
Por isso, este profissional, como prática educativa, se torna um importante agente político e de caráter pedagógico do sistema, pois poderá sugerir mudanças de estratégias nas decisões dos órgãos do sistema para promover uma implementação organizacional mais ampla e democrática para garantir acesso de toda sociedade nas Instituições Escolares, ao conhecimento e à cultura.
Pensando nisso, os estudos e aplicação das normas do Sistema observadas pelo Inspetor Escolar, o faz posicionar diante de uma pragmática de educação, sociedade, modelos de organização e funcionamento, prática pedagógica e valores das práticas de conscientização e discussões.
As ações do Inspetor não se limitam, evidentemente, apenas nas aplicações de normas, mas, também, nas ações de revisão ou mudanças na legislação, numa perspectiva crítica adequada à realidade social a que se destina, dando conhecimento à administração do Sistema das consequencias da aplicação dessas mesmas normas.
Sob o ponto de vista Ideológico, o Inspetor Escolar quando age criticamente nos aspectos educacionais no momento da aplicação da legalidade pode contribuir nas reformulações das leis, fazendo o legislador legislar sob o ponto de vista do ato de educar. Ou melhor, o Inspetor converte o conteúdo ideológico da legislação do ensino em diretrizes capazes de orientar a ação dos agentes do Sistema. Por isso, é um agente Político.
Portanto, o papel do Inspetor Escolar no processo democrático é de fundamental importância social sob o ponto de vista educacional, pois se torna os “olhos”, a presença ou a representação, a ação do Estado ou do órgão executivo e Legislativo “in loco”, nas Instituições de Ensino. Inclusive, por causa da aplicação das normas que podem ser verificada a sua adequação na práxis operativa do Sistema Educacional.
Por fim, o processo democrático, na função do Inspetor, é captar os efeitos da aplicação da norma com o objetivo de promover a desejada adequação do “formal” ao “real” e vice-versa com uma função Comunicadora, Coordenadora e Reinterpretadora das orientações e informações das bases do sistema.
CONTRIBUIÇÕES DO INSPETOR ESCOLAR:
Ter respeito para com os alunos é uma das necessidades da postura de um educador consciente. Deve também exigir respeito dos alunos para com os colegas e para consigo.  No caso de ser desrespeitado, restabelecer os limites (não entrar no círculo vicioso do desrespeito) (VASCONCELLOS, 2004, p. 93). O Inspetor Escolar deve analisar a dinâmica institucional com todos os profissionais nela inseridos, como também no contato com o sujeito para detectar os possíveis problemas que afetam a relações de ensino aprendizagem, intervindo para que a instituição se reestruture, e o sujeito ressignifique sua história.
 Deve também conhecer os contextos macro e micro onde o discente situa-se, seja por meio do diagnóstico, da pesquisa, e ou da observação. Propõe-se o estabelecimento do diálogo e dos processos grupais entre os atores envolvidos, quais sejam eles: escola – aluno – família. Dos três sujeitos, o diferencial está no terceiro sujeito, tanto na materialização da introdução da família no espaço, como no desafio de torná-la consciente de sua importância como sujeita do fazer educativo. A família e a escola têm sido historicamente as bases da educação de crianças, adolescentes e jovens e têm se constituído como aparelho de inclusão social desse grupo.
 A família, a escola, os amigos e círculos sociais têm importância crucial na formação do individuo, na construção de sua personalidade e na aquisição de uma identidade pessoal (LANE, 1995, apud, SILVA, 2009). Todavia, deve-se ter um olhar atento e direcionado para a família. Como nos afirma Munhoz (2003, p. 8.), “a família se faz presente desde os primeiros momentos da criação de um novo ser. Se quisermos conhecer o sujeito que aprende, temos que compreender em que contextos aprendizagem acontece”. Prichón Reviérie (1998., apud.BIASE 2010,), considera o trabalho com grupo de grande importância no trabalho curativo, de intervenção, na construção ou desconstrução de conceitos. E afirma que o ser humano desde que nasce já está inserido em grupos, a família, amigos, a escola entre outros. O foco da deve estar centrado no aluno, a partir de uma relação dialógica entre escola e família.
Um trabalho de formação continuada na escola é essencial, na qual os profissionais da instituição tenham espaço para o diálogo, a reflexão e a própria avaliação de seus trabalhos, condutas e práticas.
Sobre a questão do trabalho conjunto  entre coordenação pedagógicae professor, Vasconcellos (2004) enfatiza:
Tem havido uma certa confusão em relação ao trabalho do professor: como se constatou que é muito complexo, começou-se a repartir com outros profissionais, ao invés destes profissionais (orientadores, supervisores etc) estarem trabalhando junto ao professor para melhor capacitá-lo, já que ao nosso ver, é ele quem deve enfrentar os conflitos e não cair no jogo dos “encaminhamentos”. O espaço da reunião é privilegiado para esta interajuda entre os profissionais (p.76). 
Nessa perspectiva de interação de toda a equipe, tendo como elemento mobilizador o inspetor escolar, os professores terão muito mais condições de planejar um trabalho contextualizado, construindo assim de forma coletiva um currículo que contemple diferentes tipos de atividades, entre eles excursões, jogos, festivais, exposições, no qual o aluno deixa de ser concebido como um indivíduo passivo e é percebido como um sujeito ativo no processo de construção de conhecimentos.
O que o aluno poderia estar tentando dizer ao professor com os constantes atos de indisciplina? Possivelmente que a escola que aí está não lhe proporciona alegria, satisfação e tampouco uma aprendizagem consistente, estando dessa maneira, muito distante de suas aspirações e necessidades (
O QUE FAZER PARA EVITAR O BULLYING?
A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) sugere as seguintes atitudes para um ambiente saudável na escola:
· Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações ou sugestões;
· Estimular os estudantes a informar os casos;
· Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate ao problema;
· Criar com os estudantes regras de disciplina para a classe em coerência com o regimento escolar;
· Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos;
· Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica do bullying.
Todo ambiente escolar pode apresentar esse problema. "A escola que afirma não ter bullying ou não sabe o que é ou está negando sua existência", diz o pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia). O primeiro passo é admitir que a escola é um local passível de bullying. É necessário também informar professores e alunos sobre o que é o problema e deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática.
"A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também de formação cidadã, de direitos e deveres, amizade, cooperação e solidariedade. Agir contra o bullying é uma forma barata e eficiente de diminuir a violência entre estudantes e na sociedade", afirma o pediatra.
1. Entenda  o que é o bullying
 
Crianças: O bullying acontece quando uma pessoa ou um grupo de pessoas faz ou diz algo com a intenção de machucá-lo fisicamente ou emocionalmente. Se você está sofrendo bullying, lembre-se: Não é culpa sua. Você pode sentir-se impotente quando outra criança te agride, mas você pode evitar esse assédio moral. Para isso você precisa se informar: entender bem o que é o bullying, aprender o que fazer e como agir para se defender. 
 
Adultos Supervisores: A fim de combatê-lo, você precisa saber bem o que é e o que não é bullying . O bullying não é crianças sendo apenas crianças ou uma brincadeira mais bruta. Bullying é um ato intencional de agressão, persistente, de uma ou mais crianças para uma outra criança mais vulnerável em algum aspecto. Bullying é o abuso dos colegas - e a intimidação sofrida pode causar transtornos emocionais devastadores no desenvolvimento de quem é intimidado. Aprenda a reconhecer os sinais de bullying e converse com seu filho ou alunos sobre ele.
 
 
2. Detecte o bullying em potencial antes que ele aconteça
 
Crianças: Em qual local da sua escola ou bairro você acha que as crianças mais implicam umas com as outras?  Na maioria das vezes isso acontece em áreas onde há poucos adultos. Tente evitar esses pontos críticos. Se existem pontos inevitáveis, como o ônibus ou o parque, e você começa a se sentir ameaçado, se posicione próximo a um adulto. Apenas o fato de você estar perto de um adulto reduz as chances de você sofrer bullying. Além disso, mantenha sempre sua cabeça erguida ( evite andar olhando para baixo) e  fique com os olhos atentos. Se você estiver alerta, você terá mais chances de detectar uma situação de bullying antes que ela aconteça. 
 
Adultos Supervisores: “Se você é responsável por supervisionar crianças brincando, nunca fique em pé perto da porta, você deve estar no meio das crianças”, orienta o instrutor senior Patti Barnum, integrante da equipe de desenvolvimento das ações de prevenção ao bullying. "Esteja alerta e mantenha seus olhos e ouvidos abertos, mas também preste atenção especial na linguagem corporal. Se você ver duas crianças isoladas, uma com olhar assustado e a outra com atitute dominadora, você deve intervir o mais rapidamente possível. "
 
 
3. Seja confiante
 
Crianças: Nas aulas de artes marciais, você é instruído a permanecer atento e a projetar confiança. Utilize essas mesmas habilidades no seu dia a dia: na maneira de andar, de ficar em pé e se apresentar na escola e em outros lugares. Se o seu corpo, rosto e atitude demonstrar confiança, você tem menos chance de sofrer bullying. Quando os seus ombros estão para trás, você parece mais forte. Quando seus olhos  estão olhando para frente em vez de para baixo, é menos provável que você seja surpreendido por qualquer tipo de ataque. 
 
Pais: Reforce essas básicas instruções de artes marciais em casa, e suscite a autoconfiança em seu filho. Quando as crianças são escolhidas como alvos, é porque elas são vulneráveis de alguma forma e não são capazes de se defender - e o agressor sabe disso. Os pais precisam reforçar o comportamento confiante, elogiando e apoiando seus filhos quando eles estão mostrando habilidades de assertividade e liderança. Quando é dito para uma criança que ela está demonstrando confiança, ela valoriza e reforça essa confiança para si própria. Mesmo que seu filho ainda não esteja se sentindo confiante, explique  que em casos de  bullying ele deve agir de forma confiante para evitar um ataque, mesmo que ele esteja se sentindo assustado por dentro.
 
 
4. Fique calmo
 
Crianças: Quando você está sendo chamado de um nome ou empurrado por outra criança, sua reação natural é ficar chateado e usar uma voz assustada. Quando isso acontece, o valentão acha que ganhou. Em vez disso, pratique uma respiração profunda e não demonstre medo em seu rosto, em sua voz ou em sua linguagem corporal. A respiração profunda levará oxigênio para o seu cérebro, para que você possa se controlar e pensar. Se você manter a calma, a situação não pode piorar. Crianças que praticam o bullying não se interessam por vítimas que não pareçam assustadas. Não se esqueça disso. Então, aparente calma.
 
Pais: Quando alguém está prejudicando o seu filho, você naturalmente vai querer pular em defesa. Respire profundamente antes de pensar em enfrentar diretamente o jovem que está praticando bullying contra seu filho - isso só piora tudo por todos os lados. "Quando os pais ficam chateados e reagem perdendo a calma, eles ensinam a criança que essa é a maneira de responder ao bullying. Só que não é", diz Barnum. Assim que você descobrir o que está acontecendo, converse diretamente com o professor, e se for o caso solicite um encontro com os pais da criança  agressora. "Quanto mais calmo você se mantém em qualquer situação, melhor você pensa, e  melhor passa o valor da estratégia para seu filho." Pergunte diariamente ao seu filho se foi tudo bem na escola - esse apoio é fundamental.
 
 
5. Seja amigável
 
Crianças: Mesmo que você se sinta tímido demais para se destacar na multidão da escola, é importante ter amigos. Além de ser muito importante para sua auto-estima, ter um bom grupo de amigos também pode ajudá-lo em situações de bullying. Quanto mais amigos você tiver, menor a probabilidade de você ser intimidado, especialmente se o“valentão” que te perturba descobrir que vai ter que encarar um grupo de pessoas para mexer com você.  Se você ainda estiver se sentindo nervoso sobre fazer amigos na escola, lembre-se que para ter amigos, você deve ser um bom amigo em primeiro lugar. Seja prestativo e parceiro.
 
 
6. Seja Proativo: Fale
 
Crianças: Se você estiver sofrendo de bullying ou vendo o bullying acontecer na escola com alguém, você deve falar com um adulto. Saber a diferença entre fazer mexerico e reportar vai te dar as palavras e a confiança necessária para denunciar situações de bullying. 
 
Fazer mexerico é quando você diz alguma coisa para um adulto  apenas para chamar a atenção para si mesmo, ou para colocar  alguém em apuros. 
 
Reportar é quando você está em busca de proteção para si mesmo ou para outra pessoa. "Muitas vezes os professores são sufocados com as crianças dizendo-lhes todos os tipos de coisas, e os professores às vezes não respondem porque as abordagens acontecem como mexericos", diz o professor Greg Moody, um membro da equipe de prevenção do bullying. "O professor vai responder quando a criança entender a  diferença de linguagem e reportar com calma e seriedade uma situação real".
 
Se acontecer de você não receber a resposta que espera do professor com quem falou, fale com outro adulto responsável, até se sentir seguro.
 
 
7. Seja um Protetor
 
Crianças: Você pode na vida ter aprendido  habilidades pessoais necessárias para se defender contra qualquer tipo de bullying, mas não é toda criança que  tem a confiança que você tem. Então, se você ver uma criança sendo intimidada, sofrendo bullying, que tal pensar que é sua responsabilidade social proteger essa criança mais vulnerável?
 
Se o agressor estiver  apenas usando palavras, caminhe até o garoto que está sendo intimidado, pegue-o pelo braço, diga “ Vem comigo”, e  simplesmente ande para longe do agressor. Na grande maioria dos casos o episódio simplesmente termina aí. Quando você sentir que alguém pode estar em perigo físico, nesse caso corra e avise imediatamente a um adulto. 
 
Sua confiança em uma situação de bullying pode ser todo o necessário para uma intervenção positiva. "Na nossas classes de Taekwondo nós fazemos as crianças praticarem a atitude da intervenção", disse o técnico Barnum. “ Estamos tentando educar crianças confiantes, que consigam perceber que têm habilidades pessoais que outras crianças não têm, e usar essas habilidades para ajudar outros." 
 
 
8. Mude a cultura
 
Professores: Evitar o bullying leva muito mais tempo e esforço do que ações pontuais. É preciso uma mensagem consistente e contínua na sala de aula, nos corredores e pátio da escola. As escolas devem procurar soluções e implantar ações contínuas na prevenção do bullying, e criar o "clima escolar seguro" para todos.
 
Pais: Você pode se sentir como a única pessoa que tem um filho que é regularmente intimidado - até você conhecer e conversar com outros pais. Muitas vezes você descobre que muitas crianças na mesma sala de aula estão sendo intimidadas pelo mesmo agressor. 
 
Os pais do aluno agressor normalmente vivem em situações domésticas de agressividade, e esse aluno precisa receber atenção especial, para que conheça e se identifique com novas referências. Quanto as crianças que são intimidadas, que sofrem o bullying, converse com outros pais sobre isso. Todos juntos devem participar junto com a escola no fortalecimento das habilidades morais e sociais e seus filhos.
 
 
9. Esteja preparado para se defender
 
Crianças: Quando o bullying cruza a linha verbal e moral e parte para a violência, e você tem medo de ser machucado, é importante saber como se defender. A regra nessa situação de defesa é apenas “fazer o suficiente”: corra e relate. Se “fazer o suficiente” nesse caso é correr, tudo bem. Corra para valer, indo imediatamente na direção de um adulto responsável.  Se o agressor estiver te  atacando de forma mais agressiva e você precisar atacar para se defender, faça, e em seguida corra e relate. Isso é um ato de coragem que será admirado por muitos.
 
 
INSPETOR DE DISCIPLINA
 
 
O monitor 
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também chamado, em algumas instituições, de inspetor 
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é um dos 
profissionais mais atuantes na esfera educacional. Ele transita por toda a escola, 
em geral conhece os alunos pelo nome e é um dos primeiros a serem 
procurados 
quando há algum problema que precisa ser solucionado rapidamente. Contudo, 
ele nem sempre é valorizado como deveria. Infelizmente, muitos diretores 
entendem que quem atua nessa função deve apenas controlar os espaços 
coletivos para impedir a oco
rrência de agressões, depredações e furtos, vigiar 
grupos de alunos, observar comportamentos suspeitos e até mesmo revistar 
armários e mochilas.
 
 
 
Esse tipo de controle, além de perigoso 
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pois os conflitos abafados por ações 
repressoras acabam se manifest
ando com mais violência 
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, contribui para 
reforçar a desconfiança entre a instituição e os estudantes. E uma relação 
fundada na insegurança fragiliza a construção de valores democráticos, que 
deveria ser um dos objetivos de todas as escolas. Como qualquer 
profissional 
do nosso meio, os monitores também são educadores e cabe à equipe gestora 
realizar ações formativas para que eles saibam como interagir com as crianças 
e os jovens nos diversos espaços (como o pátio, os corredores, as quadras, a 
cantina, o ban
heiro etc). Com uma boa formação, eles são capazes de trazer 
informações importantes sobre a convivência entre os alunos que poderão ser 
objeto de análise para que o orientador educacional, juntamente com o diretor e 
a equipe docente, planeje e execute int
ervenções. Algumas das atribuições dos 
monitores que favorecem a análise da convivência são:
 
 
 
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Acompanhar o processo de adaptação dos alunos novos na escola e dos que 
estão nas séries iniciais de um segmento, sobretudo no início das aulas.
 
 
 
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Analisar o
 
grupo em diferentes contextos: como ele se organiza, os espaços 
que ocupa, as brincadeiras e os jogos que privilegia no dia a dia.
 
 
 
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Observar os valores que circulam longe do olhar dos professores.
 
 
 
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Investigar as relações de poder existentes entre os
 
alunos, reconhecendo as 
lideranças e os que se submetem a elas.
 
 
 
Além de capacitá
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los a examinar as relações interpessoais, é imprescindível que 
a formação contemple também o aprendizado sobre como agir em momentos de 
conflito. Os monitores contribuem pa
ra evitar brigas quando atuam com ética e 
promovem ações educacionais para ajudar as crianças a lidar com as 
divergências e os desentendimentos. Quanto mais os monitores souberem do 
INSPETOR DE DISCIPLINA 
 
O monitor - também chamado, em algumas instituições, de inspetor - é um dos 
profissionais mais atuantes na esfera educacional. Ele transita por toda a escola, 
em geral conhece os alunos pelo nome e é um dos primeiros a serem procurados 
quando há algum problema que precisa ser solucionado rapidamente. Contudo, 
ele nem sempre é valorizado como deveria. Infelizmente, muitos diretores 
entendem que quem atua nessa função deve apenas controlar os espaços 
coletivos para impedir a ocorrência de agressões, depredações e furtos, vigiar 
grupos de alunos, observar comportamentos suspeitos e até mesmo revistar 
armários e mochilas. 
 
Esse tipo de controle, além de perigoso - pois os conflitos abafados por ações 
repressoras acabam se manifestando com mais violência -, contribui para 
reforçar a desconfiança entre a instituição e os estudantes. E uma relação 
fundada na insegurança fragiliza a construção de valores democráticos, que 
deveria ser um dos objetivos de todas as escolas. Como qualquer profissional 
do nosso meio, os monitores também são educadores e cabe à equipe gestora 
realizar ações formativas para que eles saibam como interagir com as crianças 
e os jovens nos diversos espaços (como o pátio, os corredores, as quadras, a 
cantina, o banheiro etc). Com uma boa formação,eles são capazes de trazer 
informações importantes sobre a convivência entre os alunos que poderão ser 
objeto de análise para que o orientador educacional, juntamente com o diretor e 
a equipe docente, planeje e execute intervenções. Algumas das atribuições dos 
monitores que favorecem a análise da convivência são: 
 
- Acompanhar o processo de adaptação dos alunos novos na escola e dos que 
estão nas séries iniciais de um segmento, sobretudo no início das aulas. 
 
- Analisar o grupo em diferentes contextos: como ele se organiza, os espaços 
que ocupa, as brincadeiras e os jogos que privilegia no dia a dia. 
 
- Observar os valores que circulam longe do olhar dos professores. 
 
- Investigar as relações de poder existentes entre os alunos, reconhecendo as 
lideranças e os que se submetem a elas. 
 
Além de capacitá-los a examinar as relações interpessoais, é imprescindível que 
a formação contemple também o aprendizado sobre como agir em momentos de 
conflito. Os monitores contribuem para evitar brigas quando atuam com ética e 
promovem ações educacionais para ajudar as crianças a lidar com as 
divergências e os desentendimentos. Quanto mais os monitores souberem do

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