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29/09/2009 1 Eletricidade II PARTE I ANÁLISE DE CIRCUITOS EM CORRENTE ALTERNADA 1 CORRENTE ALTERNADA Princípios y A energia elétrica fornecida por meio de tensão e corrente alternadas são as formas mais comuns em nosso sistema elétrico; y Isto se deve, principalmente, pela simplicidade com a qual as tensões alternadas são produzidas; C b L i d I d ã d F d é í l d iy Com base na Lei da Indução de Faraday, é possível produzir geradores de grande capacidade e eficiência associados a elevados níveis de potência. 2 29/09/2009 2 Aula I ONDAS SENOIDAIS 3 Princípios y Uma tensão alternada (c.a.) é aquela cujo módulo varia continuamente e cuja polaridade é invertida periodicamentej p p y Formas de onda alternada podem ser encontradas de diversas formas: { Quadrada; { Retangular; { Triangular;{ Triangular; { Dente de Serra; { Senoidal. 4 29/09/2009 3 Princípios y Representações: { vCA ou vc.a. { vAC ou va.c. { v(t) 5 Tensão Senoidal y É uma tensão alternada cuja variação pode ser representada por uma função senoidal:p ç )()( max φω += tsenvtv 6 29/09/2009 4 Geração de Tensão Senoidal y A forma mais usual de geração de tensão senoidal é através de um gerador, denominado alternador;g y Um exemplo simplificado de um alternador pode ser obtido considerando‐se uma espira condutora que gira através de um campo magnético interceptando as linhas de força; y A variação do campo que intercepta a espira produz uma força eletromotriz variável em seus terminais; y Se a espira gira a uma velocidade angular ω constante a y Se a espira gira a uma velocidade angular, ω, constante, a tensão induzida varia de forma senoidal; y Cada giro completo da espira no interior do campo representa um ciclo da forma de onda. 7 Princípios 8 29/09/2009 5 Geração de Tensão Senoidal 9 Geração de Tensão Senoidal 10 29/09/2009 6 Geração de Tensão Senoidal y Para uma espira retangular, sabemos que: dlA y O campo magnético que atravessa essa espira depende da sua posição relativa, sendo dado por: ;dlA ⋅= ;θφ senAB ⋅⋅= y Se essa posição varia a uma velocidade angular constante, ω, pode‐se dizer que: ;)( tsenABt ωφ ⋅⋅= 11 Geração de Tensão Senoidal y Pela lei da indução, o módulo da força eletromotriz induzida é dada por:p y Considerando‐se a variação senoidal do fluxo, a tensão induzida na espira será dada por: ; dt dφ=X ( ) ;cos )( tAB tsen dt dAB dt tsenABd dt d ωω ωωφ ⋅= ⋅=⋅⋅== X X 12 29/09/2009 7 Geração de Tensão Senoidal y Como um ciclo de tensão correspode a uma rotação da espira em torno de um ciclo, os trechos deste círculo são expressos p em ângulos: y Assim: { O ciclo completo equivale a uma rotação completa da espira, ou 360 graus; { Meio ciclo, ou uma alternação, correspondem a meio ciclo de rotação da espira, 180 graus;ç p g y Lembrando que os ângulos podem ser representados em radianos: { 360 graus = 2π rad 13 Geração de Tensão Senoidal 14 29/09/2009 8 Corrente Senoidal y Quando uma fonte de tensão senoidal é conectada a uma resistência de carga, a corrente que passa pelo circuito é uma g q p p onda senoidal: 15 Características da Onda Senoidal y O valor instantâneo da tensão em em qualquer ponto da onda senoidal é dado pela equação:p q ç ( )φω += tsenVtv M)( 16 OBS: Pode‐se usar também o cosseno no lugar do seno. As duas funções são diferem apenas por um valor de fase. 29/09/2009 9 Características da Onda Senoidal y O número de ciclos por segundo é chamado de frequência, f, e dado em hertz (Hz):( ) y A rede elétrica no Brasil trabalha na frequência de 60 Hz; y O intervalo de tempo necessário para que um ciclo se complete é denominado período, T. f 1 T f = 17 Características da Onda Senoidal 18 29/09/2009 10 Características da Onda Senoidal y O ângulo de fase entre duas formas de onda de mesma frequência é a diferença angular entre as duas formas de q ç g onda em um dado instante: 19 Características da Onda Senoidal 20 29/09/2009 11 Características da Onda Senoidal y Valor de pico ou representa o valor máximo da tensão na forma de onda; { Se a onda for simétrica, os picos positivos e negativos são iguais; { VP ou y Valor médio corresponde a média aritmética dos valores de tensão; { No caso de uma onda simétrica, o valor médio é nulo para um ciclo completo; { VM ou . V l RMS l fi d d id l dy Valor RMS ou valor eficaz de uma onda senoidal corresponde a um valor que representa a quantidade de um valor contínuo capaz de produzir a mesma potência de aquecimento; { VRMS ou Vef. 21 Características da Onda Senoidal 22 29/09/2009 12 Características da Onda Senoidal y O valor RMS é calculado através de: [ ]∫T d2)(1 y Se a onda é uma senoide perfeitamente simétrica: y O valor RMS é normalmente utilizados nos cálculos 2 P RMS VV = [ ]∫= oRMS dttvTV 2)(1 envolvendo circuitos em c.a.: R VIRP IRV RMS RMS RMSRMS 2 2 ; =⋅= ⋅= 23 Características da Onda Senoidal y Valor eficaz para outras formas de onda alternadas: { Quadrada: { Dente de serra: PRMS VV = 3 P RMS VV = 24 29/09/2009 13 Nível DC y O que acontece quando somamos um sinal de tensão senoidal a um sinal de tensão contínuo? y Neste caso, cada valor instantâneo da onda senoidal é somado ao valor da onda contínua; y Diz‐se que a onda resultante apresenta um nível DC: 25 Nível DC 26 29/09/2009 14 Harmônicos y Nas aplicações elétricas, a frequência de interesse na qual uma onda senoidal é utilizada ou gerada é chamada de g frequência fundamental; y As ondas cuja frequência são múltiplos da frequência fundamental são chamadas de harmônicas; y O sistema elétrico está sujeito a ocorrência de ondas harmônicas que poluem o sinal da onda na frequência fundamental;fundamental; y A presença de harmônicos em excesso acarreta em prejuízos e redução da vida útil de alguns equipamentos. 27 Harmônicos 28 29/09/2009 15 Harmônicos 29 Harmônicos y Nos exemplo anterior, é possível verificar que, à medida em que somamos os harmônicos ímpares à frequenciaq p q fundamental, a onda resultante se aproxima de uma onda quadrada: y Este resultado notável, de aplicação bastante ampla, ilustra um princípio formulado pelo matemático francês Joseph Fourier, que diz: Qualquer forma de onda cíclica pode ser construída pela superposição de ondas senoidais puras, harmônicas particulares da onda fundamental. 30 29/09/2009 16 Ouvindo uma Senóide 31 Ouvindo uma Senóide 32 29/09/2009 17 Ouvindo uma Senóide 33 Exemplo 1 y Considerando a rede elétrica no Brasil: { Em 1 s, quantos ciclos de tensão ocorrem? { Qual o período da onda senoidal? { Qual o valor de tensão fornecido às residências? 34 29/09/2009 18 Exemplo 2 y Calcule o tempo de atraso para uma defasagem de 45° em uma frequência de 500 Hz.q 35 Exemplo 3 y Uma onda senoidal, na frequência de 100 Hz e valor de pico de 10 V encontra‐se atrasada de 30° de uma outra onda senoidal, também de 100 Hz e valor de pico de 5 V. { Esboce o diagrama das duas ondas. { Calcule a defasagem de tempo entre as duas. 36 29/09/2009 19 Exemplo 4 y Uma espira quadrada de lados 5 cm e 10 cm gira, através de um eixo central, no interior de um campo magnético de 10 p g mT. Esta espira gira a uma velocidade de 10 rad/s é nos seus terminais está ligada uma resistência de 50 Ω. { Qual o valor máximo da corrente que passa pela resistência? { Qual a frequência desta corrente?37 Análise em Regime Permanente Senoidal FASORES 38 29/09/2009 20 Números Complexos ‐ Revisão y Seja um número complexo dado por: r y Podemos definir a parte real e a parte imaginária deste número por: 1−= ⋅+= j yjxzr xz =)Re( yz =)Im( 39 Número Complexos ‐ Revisão y Graficamente, podemos representar um número complexo em coordenadas cartesianas: { O eixo horizontal representa a parte real; { O eixo vertical representa a parte imaginária. 40 29/09/2009 21 Número Complexos ‐ Revisão y O número imaginário j, é também conhecido como operador j: j 1 y Multiplicando‐se por um escalar a qualquer: jjjj jjj j −=×= −=×= −= 23 2 1 1 jjjj jjj =×= =×= 45 224 1 yjaxajyxa ⋅+⋅=+⋅ )( 41 Números Complexos ‐ Revisão y Alternativamente, o número complexo pode ser t d f y Partindo do gráfico em coordenadas cartesianas: ód l d 42 representado na forma polar: { Módulo de z: { Fase de Z: 22 yxz += x yz arctan=∠=θ y Portanto: θθ jezzz =∠= 29/09/2009 22 Operações com Números Complexos y Adição/subtração: { Números complexos podem ser somados/subtraídos quando p p / q estão em sua forma retangular; { Na adição/subtração, somam‐se/subtraem‐se separadamente as partes reais e as partes imaginárias: ( ) ( ) ( ) ( ) 3514321342 jjjjj +=−++=−++ ( ) ( ) ( ) ( ) 5114321342 jjjjj +−=++−=−−+ 43 Operações com Números Complexos y Multiplicação: { Números complexos podem ser multiplicados tanto na forma p p p retangular como polar; { Na forma retangular, seguem‐se as regras convencionais da álgebra: { Na forma polar, multiplicam‐se os módulos e somam‐se as fases: ( ) ( ) ( ) ( ) 1010141234321342 jjjjjjj +=−⋅+−⋅+⋅+⋅=−⋅+ p , p ( ) ( ) ( )21212211 θθθθ +∠⋅=∠⋅∠ zzzz 44 29/09/2009 23 Operações com Números Complexos y Conjugado: { O conjugado de um número complexo é obtido quando o sinal da j g p q parte imaginária do número é trocado; { Um número complexo e seu conjugado são denominados de par conjugado; { O conjugado de z, é representado por z*;( ) )42( 42 j j −= +=z* z { A multiplicação de um número complexo por seu conjugado resulta sempre em um número real: )42( j z ( ) ( ) 204242 =−⋅+ jj 45 Operações com Números Complexos y Divisão: { Números complexos podem ser divididos tanto na forma p p retangular como polar; { Na forma retangular, seguem‐se as regras convencionais da álgebra: 2,34,2 5 1612 14 48816 12 12 12 48 12 48 2 jjjjj j j j j j j −=−=+ +−−=+ +⋅+ −=+ − { Na forma polar, dividem‐se os módulos e subtraem‐se as fases: ( )21 2 1 22 11 θθθ θ −∠=∠ ∠ z z z z 46 29/09/2009 24 Fasores y Se tomarmos uma onda senoidal genérica, com frequência angular ω:g y É possível observar que esta onda, na frequência ω, fica completamente determinada por sua amplitude, Am, e sua fase, φ; P d t óid i d ú ( )φω += tsenAtv m)( y Podemos representar uma senóide por meio de um número complexo, A, de modo que: { Am é o módulo do número complexo, |A|; { φ é a fase do número complexo, ∠A. 47 Fasores 48 y Ao número complexo associado a uma tensão ou corrente alternada de rrrou corrente alternada de fase deslocada dá‐se o nome de fasor; y Se o fasor estiver na forma polar, o módulo é o valor eficaz da forma de onda e o ângulo é ângulo b baV VVjbaV += ∠=+= r r rrr 22 g g de fase da tensão ou corrente de forma deslocada. a barctgV =∠ r 29/09/2009 25 Fasores y Ex: Uma tensão de valor eficaz igual a 100V e defasagem inicial de 45°, para uma dada frequência angular, pode ser p q g p representada por: °∠= 45100VVr y Teorema Fundamental A soma algébrica de qualquer número de senóides de mesma frequência angular ω com suas derivadas de qualquer ordem é também uma senóide de frequência angular ω. 49 Exemplo y Seja v(t) = √2 ⋅ 110 cos ሺ2π 60t π/3ሻ. { Qual a sua fase? { Qual a frequência da senóide? { Qual o valor de pico da tensão? { Qual o valor RMS da tensão? { Qual a sua representação fasorial? 50 29/09/2009 26 Análise em Regime Permanente Senoidal IMPEDÂNCIA 51 Impedância y Na análise de circuitos em corrente contínua definimos a resistência elétrica como uma medida da oposição a circulação de corrente; y Um resistor pode ser visto como uma carga que irá utilizar parte da potência gerada pelas fontes; y Um termo mais abrangente que pode ser utilizado é a impedância, Z; y A impedância representa qualquer carga acoplada à f t d t ã t d dà fonte de tensão ou corrente, podendo ser resistiva, capacitiva ou indutiva. 52 29/09/2009 27 Impedância y Considere um circuito de um único acesso é formado por uma ligação arbitrária de elementos lineares invariantes e alimentado por uma fonte de tensão senoidal de frequência angular ω. y Assim: y A impedância de entrada do circuito, na frequência angular ω, é definida como a razão entre a tensão resposta V, e o fasor corrente, ( ) ( )VtVVetv ItIeIti tj S tj SS ∠+== ∠+== ω ω ω ω cos)Re()( cos)Re()( IS: SI VjZ r rr =)( ω 53 Impedância y Módulo e fase da impedância são relacionados com módulo e fase dos fasores tensão e corrente pelas relações: y E ainda: IVZ(jω I V jZ S ∠−∠=∠= ))( e ω IjZV )( rr ( )IZtIZtv IjZV s ∠+∠+= ⋅= ω ω cos)( )( 54 29/09/2009 28 Admitância y A admitância, por sua vez, considerando um circuito de um único acesso formado por uma ligação arbitrária de elementos lineares invariantes e alimentado por uma fonte de tensão senoidal de frequência angular ω, é definida como: )( 1)( ωω jZV IjY S == r rr S S VIY(jω V I jY ∠−∠=∠= ) e )( ω y E ainda: S VjYI rr ⋅= )( ω 55 Impedância Resistiva y Em um circuito c.a. cujas cargas são puramente resistivas, as relações entre tensão e corrente ocorre da mesma forma que ç q para os circuitos c.c.; y Nesse caso, considera‐se que a impedância é o próprio valor da resistência do circuito: RZ = 56 °∠=+= 00 RjRZr ou na forma fasorial: 29/09/2009 29 Impedância Resistiva y Para um circuito puramente resistivo alimentado por uma fonte senoidal: 57 Impedância Capacitiva y Vimos que um capacitor é um componente de circuito elétrico, cujo parâmetro C, capacitância, representa uma j p p p medida da oposição à variação de tensão; y Em situações em que estão envolvidas correntes alternadas, é conveniente definir um parâmetro chamado reatância capacitiva, representando o módulo da impedância imposta ao circuito pelo capacitor; y A reatância capacitiva é um parâmetro que depende daA reatância capacitiva é um parâmetro que depende da frequência da tensão aplicada aos terminais do capacitor: CfC XC ωπω 1 2 1)( == 58 29/09/2009 30 Impedância Capacitiva y A impedância capacitiva, por sua vez, é um valor complexo dado por: 11 y Se usarmos a lei de Ohm, considerando a forma vetorial ou os fasores de tensão e corrente: °−∠=−=−== 9011)( CCC XjXCjCjZ ωωω r IjXIZV CC −=⋅= rrr )(ω y Observa‐se que o operador “‐j” representa um atraso de 90° da tensão em relação a corrente que circula pelo capacitor. 59 j CC )( Impedância Capacitiva y Em um circuito alimentado por tensão alternada e constituído apenas por capacitâncias, são válidas as relações, em módulo:p p p ç dt dvCi iXv C CCC = ⋅= y O que acontece se o circuito é alimentado por uma tensão contínua? 60 29/09/2009 31 Impedância Capacitiva y Para um circuito capacitivo alimentado por uma fonte senoidal: 61 Impedância Indutivay Vimos que um indutor é um componente de circuito elétrico, cujo parâmetro L, indutância, representa uma medida da j p p oposição à variação de corrente; y Em situações em que estão envolvidas correntes alternadas, é conveniente definir um parâmetro chamado reatância indutiva, representando o módulo da impedância imposta ao circuito pelo indutor; y A reatância indutiva é um parâmetro que depende daA reatância indutiva é um parâmetro que depende da frequência da corrente que passa pelo circuito: LfLX L ωπ == 2 62 29/09/2009 32 Impedância Indutiva y A impedância capacitiva, por sua vez, é um valor complexo dado por: r y Se usarmos a lei de Ohm, considerando a forma vetorial ou os fasores de tensão e corrente: °∠=== 90)( LLL XjXLjZ ωω r IjXIZV LL rrrr =⋅= )(ω y Observa‐se que o operador “j” representa um adiantamento de 90° da tensão em relação a corrente que circula pelo indutor. 63 j LL )( Impedância Indutiva y Em um circuito alimentado por tensão alternada e constituído apenas por indutâncias, são válidas as relações, em módulo:p p ç dt diLv iXv L LLL = ⋅= y O que acontece se a corrente que percorre o circuito é contínua? dt 64 29/09/2009 33 Impedância Indutiva y Para um circuito indutivo alimentado por uma fonte senoidal: 65 Impedância Mista y Para um circuito formado por um resistor e um capacitor ligados em série:g y O módulo e a fase da impedância complexa: CjXRC jRZ −=−= ω 1r ( ) ⎫XRZ 22 66 ( ) θ θ ∠= ⎪⎭ ⎪⎬ ⎫ −==∠ −+= ZZ R XarctgZ XRZ C C r 22 29/09/2009 34 Impedância Mista y Para um circuito formado por um resistor e um indutor ligados em série:g y O módulo e a fase da impedância complexa: LjRZ ω+=r ⎫XRZ 22 ⎫XRZ 22 67 θθ ∠=⎪⎭ ⎪⎬ ⎫ ==∠ += ZZ R XarctgZ XRZ L L 22 θθ ∠=⎪⎭ ⎪⎬ ⎫ ==∠ += ZZ R XarctgZ XRZ L L r 22 Impedância Mista y Para um circuito formado por um resistor, capacitor e um indutor ligados em série:g y O módulo e a fase da impedância complexa: ( )CL CL XXjRZ jXjXRCjLjRZ −+= −+=−+= r r ωω ( ) ⎫22 68 ( ) θ θ ∠= ⎪⎭ ⎪⎬ ⎫ −==∠ −+= ZZ R XXarctgZ XXRZ CL CL r 22 29/09/2009 35 Análise de Circuitos em CA ANÁLISE DE CIRCUITOS 69 Análise de circuitos y A análise de circuitos em CA é feita considerando‐se as impedâncias resistivas, indutivas e capacitivas;p p y Normalmente toma‐se um valor de tensão ou corrente como °−∠=−= °∠== = 90 ;90 ; CCC LLL R XjXZ XjXZ RZ r r r 70 referência, ou seja, uma função na forma de seno com defasagem inicial igual a zero, a não ser que seja especificada uma função específica; y Os valores de tensão e corrente utilizados geralmente são os valores RMS, a não ser que sejam especificados. 29/09/2009 36 Circuito Puramente Resistivo y Ex: Calcule I1, I2, I3, V1, V2 e V3 no circuito abaixo: 71 Circuito Puramente Indutivo 72 29/09/2009 37 Exemplo – Circuito L y Uma bobina de resistência desprezível limita a corrente através dela em 50 mA, quando uma tensão de 25 V e 400 kHz q é aplicada aos seus terminais. Calcule o valor da sua indutância. 73 RL Série 22 LRT LRT VVV VVV += += rrr R L V Vtg =θ 74 29/09/2009 38 Exemplo – RL Série y Um circuito RL série ca tem uma corrente de 1 A de pico com R = 50 Ω e XL = 50 Ω. Calcule VR, VL, VT e θ. Faça o diagrama de L R L T ç g fasores entre VT e I e o diagrama de tempo de i, vr, vL e vT. Determine a impedância total do circuito. 75 Exemplo – RL Série – Cont. 76 29/09/2009 39 77 RL Paralelo 22 LRT LRT III III += += rrr R L I Itg −=θ 78 29/09/2009 40 Exemplo – RL Paralelo y Um circuito RL paralelo apresenta uma tensão eficaz de 100 V aplicada através de uma resistência de 20 Ω e uma reatância p indutiva de 20 Ω. Calcule IR, IL, IT e θ. Desenhe o diagrama fasorial e o diagrama de tempo de vT, iR, iL e iT. 79 Exemplo – RL Paralelo – Cont. 80 29/09/2009 41 81 Circuito Puramente Capacitivo 82 29/09/2009 42 RC Série 22 CRT CRT VVV VVV += += rrr R C V Vtg −=θ 83 Exemplo – RC Série y Um circuito RC série tem uma corrente de pico de 1 A com R = 50 Ω e XC = 120 Ω. Calcule VR, VC, VT e θ. Desenhe o diagrama C R C T g fasorial de VT e I e o diagrama de tempo de i, vR, vC e vT. Qual a impedância total do circuito? 84 29/09/2009 43 85 RC Paralelo 22 CRT CRT III III += += rrr R C I Itg =θ 86 29/09/2009 44 Exemplo – RC Paralelo y Um resistor de 15 Ω e um capacitor com reatância capacitiva de 20 Ω estão dispostos em paralelo e conectados a uma linha p p ca de 120 V. Calcule IR, IC, IT, θ e ZT. Desenhe o diagrama fasorial. Se a tensão fosse contínua, quais seria os valores de IR, IC, IT? 87 Circuito RLC Série CL VV > 88 29/09/2009 45 Circuito RLC Série LC VV > 89 Circuito RLC Paralelo CL II > 90 29/09/2009 46 Circuito RLC Paralelo LC II > 91 Exemplo – Circuito RLC y Um circuito apresenta um ramo RL e um ramo RC em paralelo. Calcule a corrente total, o ângulo de fase e a p g impedância desse circuito. 92 29/09/2009 47 Ressonância y Considere o circuito abaixo: ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −+=++= C LjR Cj LjRjZ ωωωωω 11)( r 93 Ressonância y A impedância Z(jω), é composta por uma parte real e uma parte imaginária;p g y A parte imaginária depende da frequência angular ω: y Existe um valor de frequência, ω0, no qual a susceptância é igual a 0. Neste caso, diz‐se que o circuito está em â i L CB ωω 1−= ressonância; y Neste caso, para ω = ω0: RjZ =)( ωr 94 29/09/2009 48 Ressonância 95 Ressonância y Qual a implicação para um circuito ressonante, caso a resistência seja muito pequena?j p q → = R Se R VI 0 : ∞→ → I Então R : 0 96 29/09/2009 49 Potência em Circuitos CA FATOR DE POTÊNCIA 97 Potência Instantânea y Vimos que a potência em m circuito elétrico é dado pelo produto entre a tensão nos terminais deste circuito e a p corrente que o percorre; y Para um circuito CC: P = V⋅I { O valor da potência se mantêm constante; y Para um circuito CA, no qual os valores de tensão e corrente variam no tempo, podemos definir a potência instantânea como: 98 como: { A potência instantânea indica o valor da potência em um circuito em um determinado intervalo de tempo. )()()( titvtp ⋅= 29/09/2009 50 Potência Instantânea y Se a potência envolve uma tensão e uma corrente senoidais, generalizadas por:g p y Então: )cos()()cos()( ImVm tItitVtv ϕωϕω +=+= e ( ) ( ) IVmm ttIVtp ϕωϕω ++= 11 )cos()cos()( 99 ( ) ( )IVmmIVmm tIVIVtp ϕϕωϕϕ +++−= 2cos2 1cos 2 1)( Potência Instantânea y Na expressão: ( ) ( )IVIV 211)( y O primeiro termo é uma constante, enquanto que o segundo termo é uma senóide de frequência 2ω; y Graficamente, a potência instantânea para um circuito resistivo e para um circuito com defasagem entre tensão e t dif i l t ( ) ( )IVmmIVmm tIVIVtp ϕϕωϕϕ +++−= 2cos2 1cos 2 1)( 100 corrente se diferencia por alguns aspectos; { Em um circuito resistivo, a potência intantânea é sempre positiva; { Em um circuito capacitivo ou indutivo, a potência instantânea pode ser negativa. 29/09/2009 51 Potência Instantânea 101 Potência y No gráfico com defasagem verifica‐se a existência de valores positivos e negativos para a curva da potência instantânea; y Valores positivos indicam que umacerta quantidade de potência está sendo entregue a carga e dissipada através da realização de trabalho; y E os valores negativos? { Sabemos que capacitores e indutores armazenam energia em um campo elétrico ou magnético; { Em circuitos com C e L uma parte da potência fornecida pela 102 { Em circuitos com C e L, uma parte da potência fornecida pela fonte é utilizada para criar e manter estes campos; { Esta energia é chamada de energia reativa, circula pelo circuito e não está disponível para a realização de trabalho, portanto não é considerada uma energia útil. 29/09/2009 52 Potência Eficaz y Um valor mais prático para utilização é a potência eficaz, a qual pode ser definida em termos dos valores de tensão e q p corrente eficazes e das impedâncias do circuito: XX RR IVQ ou IVP ⋅= ⋅= 103 y Em que o índice “R” se refere à resistências o índice “X” se refere à reatâncias. Potência 104 y Para a resistência, a potência eficaz pode ser d d y Em um diagrama vetorial, P e Q estão defasadas de 90°dada por: y Para a reatância indutiva: 90°: 2 RRR IRIVP ⋅=⋅= y Em que a potência total, S: 2 LLLL IXIVQ ⋅=⋅= jQPS +=r 29/09/2009 53 Potência y Do diagrama de tensões pode‐se construir um triângulo de potências: 105 { P é chamada de potência real ou ativa e está associada às impedâncias puramente resistivas que dissipam energia na forma de calor; { Sua unidade é o W (watt) θcosVIP = Potência y Do diagrama de tensões pode‐se construir um triângulo de potências: 106 { Q é chamada de potência reativa e está relacionada à manutenção dos campos elétricos e magnéticos; { Sua unidade é o VAR (volt‐ampère reativo) θVIsenQ = 29/09/2009 54 Potência y Do diagrama de tensões pode‐se construir um triângulo de potências: 107 { S é chamada de potência aparente e representa a soma vetorial das potências ativas e reativas envolvidas no circuito; { Sua unidade é o VA (volt‐ampère) VIS = Potência 108 )(cos θθ jsenIVS jQPS +⋅= += r r 29/09/2009 55 Fator de Potência y A potência aparente representa toda a potência que precisa ser produzida pela fonte;p p y Dessa potência, apenas a parte referente à potência real é utilizada para realização de trabalho; y Para uma um circuito, o ideal é que a potência reativa envolvida seja a menor possível de modo que a maior parte da potência produzida pela fonte seja aproveitada na forma de potência real; 109 de potência real; y Uma forma de se avaliar esta proporção entre potência aparente e potência real é através do fator de potência. Fator de Potência 110 29/09/2009 56 Fator de Potência y O fator de potência, FP, é definido como a razão entre a potência real e a potência aparente em um circuito:p p p y O FP detemina que parcela da potência aparente é potência real e pode variar de 0 a 1: d d ê é l d θcos=== S PFP aparente potência ativa potência 111 { Um FP = 1 indica que toda a potência aparente é utilizada como potência real, para a realização de trabalho; { Um FP = 0 indica que nenhuma potência está sendo gasta ou consumida na forma de trabalho. Fator de Potência y O FP pode ser positivo ou negativo; y Um FP positivo (θ > 0) indica um circuito predominantementeUm FP positivo (θ > 0) indica um circuito predominantemente indutivo: y Um FP negativo (θ < 0) indica um circuito mais capacitivo: 112 29/09/2009 57 Correção do FP y Como dito anteriormente, a potência reativa representa uma potência produzida pela fonte mas não aproveitada para realização de trabalho; y Baixos fatores de potência podem representar um carregamento desnecessário da fonte; y Existem técnicas que permitem a correção do fator de potência de um circuito, levando‐o para valores próximos de 1; y Nesta caso, a maior parte da potência aparente produzida pela 113 p p p p p fonte é aproveitada na forma de trabalho; y A correção do FP pode ser feita compensando‐se as cargas indutivas ou capacitivas. Correção do FP – Ex: Carga Indutiva y Tome como exemplo o circuito abaixo e o diagrama fasorial das correntes: y A carga do circuito apresenta características indutivas, de 114 modo que temos uma corrente indutiva atrasada de 90° em relação a corrente resistiva. y Em termos de potência: LLR IXQeIRP ⋅=⋅= 29/09/2009 58 Correção do FP – Ex: Carga Indutiva y O que acontece se colocarmos em paralelo com o ramo RL uma reatância capacitiva?p y Teremos agora uma corrente capacitiva adiantada de 90° em relação a corrente resistiva: 115 y Em termos de potência, se IC = IL, a corrente reativa total é zero, portanto: 0=⋅= QeIVP RR Correção do FP – Ex: Carga Indutiva y Quando a corrente capacitiva se torna igual á corrente indutiva, as duas se cancelam, já que são opostas uma a outra;j q p y Fisicamente isto representa uma troca de energia entre os indutores e capacitores, de modo que a manutenção dos seus campos elétricos e magnéticos é feita sem a necessidade da potência da fonte; y Uma carga capacitiva também pode ser compensada, ligando‐ se uma carga indutiva em paralelo. 116 se uma carga indutiva em paralelo.