Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANEMIAS Prof. Msc. Bruna Cocco Pilar CONCEITO • A anemia corresponde à diminuição da taxa de Hb no sangue abaixo da esperada para um indivíduo sadio de mesma idade, sexo e condição fisiológica. • É uma síndrome clínica, pois pode decorrer de múltiplas causas. Produção defeituosa de eritrócitos Redução da sobrevida eritrocitária (hemólise) Perda sanguínea Sequestro de eritrócitos anormais no baço Anemia HIPÓXIA. CONCEITO Diminuição do transporte de oxigênio molecular. Hb associada a: Ht N° de eritrócitos Considera-se portador de anemia o indivíduo cuja concentração de Hb é inferior a: • 13 g/dL no homem adulto; • 12 g/dL na mulher adulta; • 11 g/dL na mulher grávida; • 11 g/dL em crianças até 6 anos; • 12 g/dL em crianças entre 6 e 14 anos de idade. CONCEITO Sinais ou sintomas que permitem identificar a presença de anemia: DIAGNÓSTICO CLÍNICO • Dispnéia • Taquicardia • Aumento da pressão • Sopros cardíacos • Sinais de insuficiência cardíaca • Fraqueza muscular • Tontura • Zumbido nos ouvidos • Amenorréia • Hipodesenvolvimento • Palidez cutaneomucosa Sinais ou sintomas que permitem identificar o tipo e a etiologia da anemia: DIAGNÓSTICO CLÍNICO • Febre • Infecções • Diarréia • Manifestações neurológicas • Hemorragia gastrointestinal • Esplenomegalia • Icterícia • Dores ósseas • Dores articulares • Manifestações hemorrágicas Hábitos que devem ser levados em consideração: TÓPICOS RELEVANTES • Profissão e ambiente de trabalho; • Alcoolismo; • Alimentação (qualidade e quantidade); • Uso de medicamentos; • Contato com substâncias tóxicas; • Grupo de risco para HIV. Condições que provocam ou facilitam o aparecimento da anemia: TÓPICOS RELEVANTES • Períodos de crescimento • Gravidez • Neiplasias • Insuficiência renal • Hipotireioidismo • Doença infecciosa ou inflamatória crônica 1. NÃO HEMOLÍTICAS Carenciais Aplástica Hemorrágica Ferropênica Megaloblástica Aguda Crônica 2. HEMOLÍTICAS Estrínseca Intrínseca Hemoglobinopatias Enzimática Membrana Aloimunes Autoimunes CLASSIFICAÇÃO ANEMIAS NÃO-HEMOLÍTICAS HIPORREGENERATIVAS Anemias Carenciais 1. Anemia Ferropênica • RN: prematuros, gêmeos, diminuição de ferro na mãe. • Crianças > 1 ano: verminoses. • Adultos: má absorção de ferro, perdas menstruais, gestação. ANEMIA FERROPÊNICA CAUSAS: • Anemia mais comum, afetando 30% da população mundial. • Alta prevalência em crianças e idosos. • Infância ANEMIA FERROPÊNICA PREVALÊNCIA: Grave problema de saúde pública Graves repercussões no desenvolvimento cognitivo e psicopmotor Alta prevalência Fatores que contribuem para a deficiência de ferro na infância: • Necessidade de ferro para o crescimento; • Dieta pobre em ferro; • Limitada capacidade de absorção do ferro; • Alta prevalência de parasitose intestinal; ANEMIA FERROPÊNICA PREVALÊNCIA: Anemia ferropênica é rara até os 6 meses de idade Leite é pobre em ferro!!!! ANEMIA FERROPÊNICA PREVALÊNCIA: Nascimento RN hemolisa o excesso de hemácias da mãe Estoque de ferro no RN No entanto ANEMIA FERROPÊNICA FISIOPATOLOGIA Hemoglobina: Se liga reversi- velmente ao O2 Trocas gasosas necessárias ao metabolismo orgânico ANEMIA FERROPÊNICA FISIOPATOLOGIA Esgotamento dos estoques de ferro Insuficiente oferta de ferro aos eritroblastos em proliferação Diminuição da síntese do heme Produção diminuída de Hb Produção diminuída de eritrócitos ANEMIA • Fadiga; • Sonolência; • Tontura; • Palidez; • Hipotensão postural; • Taquicardia; • Dispnéia ao realizar esforços. ANEMIA FERROPÊNICA SINAIS E SINTOMAS: • VCM: microcitose • CHCM: hipocromia • RDW: aumentado • Ferro sérico: diminuido • Ferritina: diminuida • Transferrina: aumentada • Eletroforese de Hb: normal • Reticulócitos: normal ou diminuido Anemia microcítica e hipocrômica ANEMIA FERROPÊNICA ACHADOS LABORATORIAIS: Parâmetro 1º Estágio 2º Estágio 3º Estágio Ferritina Diminuída Diminuída Diminuída Ferro sérico Normal Diminuído Diminuído Hemoglobina Normal Normal Diminuída ANEMIA FERROPÊNICA ACHADOS LABORATORIAIS: Estágios da deficiência de ferro: ANEMIA FERROPÊNICA TRATAMENTO Sulfato ferroso: 150 a 200 mg/dia • Reticulócitos aumentam em 1 semana. • Hemoglobina aumenta em 3 a 4 semanas (2g/dL) Anemias Carenciais 2. Anemia Megaloblástica • Deficiência de ácido fólico • Deficiência de vitamina B12 ANEMIA MEGALOBLÁSTICA CAUSAS ANEMIA MEGALOBLÁSTICA FISIOPATOLOGIA Hematopoese Necessidade de duplicação repetida da massa cromossômica para contínua proliferação Deficiência de vitamina B12 e/ou ácido fólico Bloqueio da síntese de DNA Crescimento deficiente com eventual inviabilidade celular ANEMIA Eritropoese ineficaz Dietética: • Idosos Má-absorção: • Pacientes em jejum Drogas anti-folato: • Quimioterápicos • Anticovulsionantes • Contraceptivos orais • Alcoólatras ANEMIA MEGALOBLÁSTICA CAUSAS DE DEFICIÊNCIA DE ÁCIDO FÓLICO • Absorção prejudicada; • Deficiência do fator intrínseco gástrico (essencial para a absorção de vit. B12); • Gastrectomia; • Gastrite crônica; • Alteração do pH do íleo; • Nutricional: vegetarianos restritos. ANEMIA MEGALOBLÁSTICA CAUSAS DE DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B12 • VCM aumentado: macrocitose • Presença de macrovalócitos • Reticulócitos: normais ou diminuídos • Leucócitos: número diminuído com hipersegmentação • Plaquetas: número diminuído com macroplaquetas • Dosagem sérica de ácido fólico e da vitamina B12. ANEMIA MEGALOBLÁSTICA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ANEMIA MEGALOBLÁSTICA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Anemia Macrocítica Megaloblásticas Macrocitose severa (VCM 110-140) • Deficiência de B12 • Deficiência de Folato Não - megaloblástica • Macrocitose leve (VCM 100- 110) • Sindr. Mielodisplásicas • Anemia Aplásica • Etilismo • Drogas (AZT, metotrexate) • Hepatopatia crônica • Hipotireoidismo • Anemias hemolíticas • Anemia da hemorragia aguda ANEMIA MEGALOBLÁSTICA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Ácido fólico: • Comprimidos de 5 mg por dia durante 3 a 4 semanas. Vitamina B12: • Injeções intramusculares de hidroxicobalamina diárias e depois semanais • Fazer acompanhamento da melhora ou não do paciente. ANEMIA MEGALOBLÁSTICA TRATAMENTO Anemia Aplástica Pancitopenias Adquirida: • Primária (idiopática) • Secundária (drogas) Hereditárias: • Anemia de Fanconi; • Blackfan-Diamond; • Disqueratose congênita. PANCITOPENIAS ANEMIA APLÁSTICA Quimioterápicos antineoplásicos Benzeno, Querosene, Tetracloreto de Carbono, Clorofenóis • Tumores; • Mieloma; • Linfoma; • Mielodisplasias; • Diseritropoese. PANCITOPENIAS OUTRAS DOENÇAS ENVOLVENDO A MO • Esplenomegalia congestiva • Infiltração neoplásica • Anemia megaloblástica. PANCITOPENIAS DOENÇAS ENVOLVENDO O BAÇO DEFICIÊNCIAS DE FATORES ESSENCIAISANEMIA APLÁSTICA FISIOPATOLOGIA Lesões bioquímicas ou imunológicas das células primitivas da hematopoese Se tornam insuficientes para a própria replicação Ocupação progressiva da MO por tecido gorduroso ANEMIA Hematopoese ineficaz Forma grave: • Hipocelularidade de MO: - Biopsia: < 25% de celularidade • Diminuição das células do sangue periférico por + de 3 semanas: - Neutrófilos (< 500/μL) - Plaquetas (< 20.000/μL) - Anemia (< 10 g/dL) Muito grave: Neutrófilos < 200/μL ANEMIA APLÁSTICA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Eritrócitos diminuídos • Neutropenia • Trombocitopenia Anemia Infecção Hemorragia ANEMIA APLÁSTICA CONSEQUÊNCIAS • Anemia; • Febre; • Hemorragias; • Esplenomegalia; ANEMIA APLÁSTICA SINAIS E SINTOMAS ANEMIA APLÁSTICA TRATAMENTO • Remoção do agente causal (ex.: medicação); • Transplante de MO. Anemias Hemorrágicas Agudas ou crônicas • Perda de sangue em grande quantidade em curto espaço de tempo. • Exemplos: acidentes, cirurgias, pós-aborto. • Perda de sangue em pequena quantidade em longo espaço de tempo. • Exemplos: gastrites, parasitoses, úlceras gástricas. ANEMIAS HEMORRÁGICAS AGUDA CRÔNICA • 500 a 1000 mL: Ausência de sintomas ou reação vasovagal (fraqueza, sudorese, náusea, diminuição da PA, desmaios). • 1000 a 1500 mL: Assintomática em repouso, tontura e hipotensão postural. • 1500 a 2000 mL: Tontura, hipotensão, perda da consciência, pele fria, úmida e pálida. • 2000 a 2500 mL: Choque grave e morte. ANEMIAS HEMORRÁGICAS AGUDA Sintomas ANEMIAS HEMORRÁGICAS TRATAMENTO Características Aguda Crônica Regeneração da MO - Reticulócitos - Eritroblastos Ativa Aumentados Presentes Lenta ou nula Normal ou diminuídos Ausente Hemoglobina Normal Diminuída Tamanho das hemácias Normal Diminuído Forma das hemácias Normal Poiquilocitose Deposto de ferro Normal Esgotado ANEMIAS HEMORRÁGICAS DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Anemias Hemolíticas Hiperregenerativas • Destruição prematura da hemácia CAUSAS • Hemácias defeituosas • Fatores nocivos no ambiente intravascular HEMÓLISE HEMÓLISE INTRAVASCULAR • Hemoglobinemia; • Hemoglobinúria EXTRAVASCULAR • Baço e fígado; • Aumento da bilirrubina indireta. EVIDÊNCIAS Sinais de eritropoese acelerada • Reticulocitose • Eritroblastose • Policromasia • Macrocitose • Leucocitose e trombocitose HEMÓLISE Causa Intrínseca Hemoglobinopatias • A síntese dos diferentes tipos de Hb obedece a um rígido controle genético. Hb F = Hb fetal; Hb A = Hb normal do adulto; Hb variantes: -HbS -HbC HEMOGLOBINA Genes α Genes Hemoglobina CONTROLE GENÉTICO • Deficiência na síntese das cadeias globínicas; • α e/ou β. • Alteração estrutural na cadeia globínica HEMOGLOBINOPATIAS QUANTITATIVAS Talassemias QUALITATIVAS Hb anormais (variantes) PERSISTÊNCIA HEREDITÁRIA DA HEMOGLOBINA FETAL (PHHF) • Deficiência parcial ou total das cadeias alfa ou beta globínicas. Consequências: • Redução da síntese de hemoglobina normal. • Desequilíbrio entre produção das cadeias globínicas. HEMOGLOBINOPATIAS TALASSEMIAS • Deficiência da síntese de uma ou mais cadeias α; Hereditária: • Mais comum; • Atinge ≈ 4% da população brasileira. Adquirida: • Secundária a um processo patológico primário: doenças linfo e mieloproliferativas, anemia sideroblástica. HEMOGLOBINOPATIAS TALASSEMIAS Talassemia α • Indivíduos normais 4 genes responsáveis pela produção das globinas α (2 em cada crom. 16); • Talassemias α Classificadas de acordo com o número de genes alfa afetados: Portador silencioso: 1 gene α afetado; Traço α-talassêmico: 2 genes α afetados; Doença da Hemoglobina H: 3 genes α afetados; Hidropsia fetal da Hb de Bart: 4 genes α afetados; HEMOGLOBINOPATIAS TALASSEMIAS Talassemia α HEMOGLOBINOPATIAS TALASSEMIAS Talassemia α Portador silencioso: • Mais comum entre as talassemias alfa • (-,/,). • O portador é assintomático e os valores de Hb estão próximos ao limite inferior da normalidade. Traço alfa talassêmico: • (-,/-,) ou (-,-/,). • Os são normais sob o ponto de vista clínico, mas reclamam de fraqueza, cansaço, dores nas pernas e palidez. Doenças de Hb H: • (-,-/-,). • Hb H com características instáveis, formando corpúsculos de inclusões nos eritrócitos visualizados quando incubados com corantes. • É a forma moderadamente grave de talassemia, com uma anemia considerável. HEMOGLOBINOPATIAS TALASSEMIAS Talassemia α Hidropsia fetal: • (-,-/-,-); • Forma mais grave de todos os tipos de talassemia, pois é letal. • As crianças nascem com uma anemia muito grave, edema, hepatoesplenomegalia e morre horas após o nascimento. HEMOGLOBINOPATIAS TALASSEMIAS Talassemia α HEMOGLOBINOPATIAS TALASSEMIAS Talassemia β • Resultam de mutações nos genes da globina β, levando a alterações quantitativas das globinas β; • São mais heterogênias do que as do tipo alfa. Talassemias β0: • Não há síntese de globinas (expressão ausente) Talassemia β+: • Há alguma taxa de síntese (expressão reduzida). Consequências: • Excesso relativo de globinas alfa, que acumulam-se nos eritrócitos durante a eritropoese, causando agregação e precipitação que destroem prematuramente essas células provocando a anemia. • Anemia microcítica e hipocrômica. HEMOGLOBINOPATIAS TALASSEMIAS Talassemia β HEMOGLOBINOPATIAS TALASSEMIAS Talassemia β Classificação clínica β-talassemias menores: • Heterozigose para as formas β0 ou β+; • Portadores geralmente assintomáticos. β-talassemias maiores: • Homozigose β0β0 ou heterozigose β0 ou β+ • Anemia severa. β-talassemias intermediárias: • Homozigose β+β+; • Fenótipo clínico intermediário. • Mais de 750 Hbs variantes; • A maioria (75%) devido a alteração de 1 único aa mutação de ponto. • Principais representantes: Hb S (pos. 6 da cadeia - ác. glutâmicovalina); Hb C (pos. 6 da cadeia - ác. glutâmicolisina). HEMOGLOBINOPATIAS QUALITATIVAS (ESTRUTURAIS) Definição: herança de um gene para cadeia estruturalmente anormal da HbA, a cadeia s. Padrões de herança: 1- Homozigótica: Hb SS (Anemia Falciforme) 2- Heterozigótica: Hb AS (Traço falciforme) 3- Associado a outras variantes. HEMOGLOBINOPATIAS QUALITATIVAS (ESTRUTURAIS) Síndromes falciformes • África Equatorial, Arábia Saudita, Índia, regiões do baixo mediterrâneo; • No Brasil População com diferentes origens étnicas e diversificados graus de miscigenização Síndromes falciformes são decorrentes da imigração. HEMOGLOBINOPATIAS QUALITATIVAS (ESTRUTURAIS) Síndromes falciformes Distribuição geográfica HbS → polimerização → precipitação → alteração da morfologia do eritrócito (foice) → bloqueio artérias/capilares. HEMOGLOBINOPATIAS QUALITATIVAS (ESTRUTURAIS) Síndromes falciformes - Fisiopatologia Valina é um aa neutro; Ácido glutâmico é carregado negativamente. • Essa troca altera o pI da Hb S mobilidade mais lenta em relação a Hb A emeletroforese de pH alcalino. HEMOGLOBINOPATIAS QUALITATIVAS (ESTRUTURAIS) Síndromes falciformes - Fisiopatologia HEMOGLOBINOPATIAS QUALITATIVAS (ESTRUTURAIS) Traço falciforme • Heterozigoto: Hb AS; • Paciente clinicamente normal, sem alterações hematológicas; • Alguns trabalhos mostram que podem desenvolver doença renal, AVC e infarto; • Importância do diagnóstico: Aconselhamento genético. Mãe Pai A S A AA 25% AS 25% S AS 25% SS 25% HEMOGLOBINOPATIAS QUALITATIVAS (ESTRUTURAIS) Traço falciforme • Aconselhamento genético: HEMOGLOBINOPATIAS QUALITATIVAS (ESTRUTURAIS) Anemia falciforme • Homozigoto: Hb SS; • Assintomática até 6 meses (proteção pela HbF); • Anemia hemolítica crônica; • Crises vaso-oclusivas e esplenomegalia; • Síndrome mão-pé; • Dores músculos-esqueléticas intensas; • Se não receberem tratamento, 25% não atingem os 5 anos e 70% morrem antes dos 25 anos. Determinantes da polimerização • Tensão de oxigênio; Temperatura; [Hb S]; Presença de outras hemoglobinas (HbF). QUALITATIVAS (ESTRUTURAIS) Anemia falciforme HEMOGLOBINOPATIAS QUALITATIVAS (ESTRUTURAIS) Anemia falciforme HEMOGLOBINOPATIAS • Eletroforese qualitativa e quantitativa; • HPLC; • Testes de afoiçamento (metabissulfito de sódio); • Focalização isoelétrica; • Hemograma completo; • Biologia molecular (PCR). Triagem Neonatal QUALITATIVAS (ESTRUTURAIS) Anemia falciforme - Diagnóstico HEMOGLOBINOPATIAS QUALITATIVAS (ESTRUTURAIS) Anemia falciforme HEMOGLOBINOPATIAS • Transfusão de sangue; • Controle da dor (analgésicos opióides); • Ativação da síntese de Hb F com hidroxiuréia (agente antifalcizante); • Transplante de células tronco hematopoiéticas. QUALITATIVAS (ESTRUTURAIS) Anemia falciforme Tratamento: HEMOGLOBINOPATIAS Causa Intrínseca Defeito Enzimático ANEMIAS POR DEFEITO ENZIMÁTICO • Muitas enzimas metabólicas são cruciais para a integridade do eritrócito; •Principais: Vias de degradação da glicose. Energia Proteção contra dano oxidativo Deficiência de Glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) DEFICIÊNCIA DE G6PD VIA DAS PENTOSES • Oxidação da GSH; • Resulta na produção de H2O2 e radicais livres; • Oxidação de grupos sulfidrilas internos; • Precipitação Desnaturação da globina (corpos de Heinz); Mudanças conformacionais; • Destruição precoce ANEMIA DEFICIÊNCIA DE G6PD CONSEQUÊNCIAS DA DEFICIÊNCIA DEFICIÊNCIA DE G6PD • Icterícia neonatal – Morte – Danos neurológicos • Anemia hemolítica desencadeada por EO • Anemia hemolítica crônica não esferocítica DEFICIÊNCIA DE G6PD MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DEFICIÊNCIA DE G6PD • Doença recessiva ligado ao sexo (homens) • Ausência de moléculas de G-6-PD • Moléculas alteradas (mutações) • Atividade enzimática alterada DEFICIÊNCIA DE G6PD PODE DECORRER DE: • Mundial: 5-25%. • Distribuição geográfica: África; Ásia; Mediterrâneo; Negros americanos (11 – 13%). • Brasil 3 – 6,9%. DEFICIÊNCIA DE G6PD PREVALÊNCIA: • Bilirrubina elevada • Hemoglobinúria • Reticulócitos aumentados • Contagem de hemácias diminuída • Corpos de Heinz DEFICIÊNCIA DE G6PD ACHADOS LABORATORIAIS Kits: método cinético colorimétrico Medida da [NADPH] Correlacionar com [Hb] DEFICIÊNCIA DE G6PD DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Avaliação da atividade da enzima G6PD V.R.: -Normal: maior que 7,7 U/gHb a 37°C -Intermediário: entre 2,6 e 7,6 U/gHb a 37°C -Deficiente: menor 2,5 U/gHb a 37°C • Antimaláricos; • Antipiréticos e Analgésicos; • Análogos da vitamina K; • Nitrofuranos; • Sulfonamidas; • Cloranfenicol; • Infecções (viroses respiratórias, hepatites virais, Mononucleose, Pneumonias bacterianas); • Feijão de fava. DEFICIÊNCIA DE G6PD FATORES QUE CAUSAM HEMÓLISE • Adultos: 2 a 3 dias após contato com droga. Fadiga; Palidez; Respiração ofegante; Taquicardia; Icterícia; Urina escura ou vermelha; Esplenomegalia; DEFICIÊNCIA DE G6PD SINTOMAS • Profilaxia dos episódios hemolíticos (evitar fatores oxidantes - drogas, alimentos); • Tratamento das infecções; DEFICIÊNCIA DE G6PD TRATAMENTO Deficiência de piruvato quinase (PK) DEFICIÊNCIA DE PK DEFICIÊNCIA DE PK Ausência de produção de ATP Defeito da glicólise Ca+, perde K+ e H2O Rigidez da membrana HEMÓLISE FISIOPATOLOGIA DEFICIÊNCIA DE PK DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Reticulocitose; • Alterações eritrocitárias no hemograma. DEFICIÊNCIA DE PK TRATAMENTO • Esplenectomia Deficiência de pirimidina 5’- nucleotidase PIRIMIDINA 5’-NUCLEOTIDASE • Enzima que catalisa a degradação do RNA dos ribossomos em nucleotídeos pirimidínicos . • Intoxicação por Pb. DEFICIÊNCIA DE PIRIMIDINA 5’-NUCLEOTIDASE Deficiência de pirimidina 5’-nucleotidase RNA não é degradado RNA ppt na forma de pontilhado basófilo FISIOPATOLOGIA PRINCIPAL CAUSA DEFICIÊNCIA DE PIRIMIDINA 5’-NUCLEOTIDASE Causa Intrínseca Anemias Hemolíticas por Defeito de Membrana • Forma de disco bicôncavo; • Capilares = diâmetro de 3 a 4 m • Hemácia = diâmetro de 7 a 9 m • A hemácia tem que ser maleável e deformável para conseguir atravessar os capilares. HEMÁCIA Citoesqueleto HEMÁCIA Manutenção da forma bicôncava e flexibilidade Sobrevivência da hemácia na circulação HEMÁCIA CITOESQUELETO Esferocitose Hereditária • Herança autossômica dominante. • Defeitos proteicos da membrana = defeitos nas interações verticais. • Esferócitos têm sobrevida reduzida destruição precoce no fígado. • Grande variabilidade clínica Sinais de hemólise. ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA DIAGNÓSTICO Clínico • Anemia; • Icterícia; • Hepatomegalia. Laboratorial • CHCM aumentado = esferócito; • BI aumentada; • Teste de fragilidade osmótica - ≠ [sol. salina] Avalia a resistência do eritrócito a sol. hipotônicas. ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA Eliptocitose Hereditária • Herança autossômica dominante; • Defeitos proteicos da membrana = defeitos nas interações horizontais; • Sobrevida da eliptócito é próxima da normal; • A maioria é assintomático. ELIPTOCITOSE HEREDITÁRIA DIAGNÓSTICO • Presença de eliptócitos no esfregaço sanguíneo. ELIPTOCITOSE HEREDITÁRIA Causa Extrínseca Anemias Imunológicas • Causadas por anticorpos antieritrocitários. ANEMIAS IMUNOLÓGICAS ANEMIAS ALOIMUNES • Ac formam-se no corpo de outra pessoa; • Acesso via transplacentária ou transfusional; • Anemia hemolítica por incompatibilidade materno-fetal; • Anemia hemolítica por incompatibilidade transfusional. ANEMIAS IMUNOLÓGICAS ANEMIAS AUTOIMUNES • Ac formam-se no corpo do próprio paciente; • Classificadas pela natureza do autoanticorpo: Anemia induzida por crioaglutinina; Anemia coombs-positiva. Dúvidas??
Compartilhar