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DIREITO PROCESSUAL CIVIL Aula 7 Formação, suspensão e extinção do processo Prof. Luiz Dellore 1. Contexto Considerando o princípio da inércia e a necessidade de provocação da parte, é de se analisar o que é necessário para que haja a FORMAÇÃO do processo. Por vezes, após o início da tramitação processual, surge uma situação em há necessidade da SUSPENSÃO do processo. E, por fim, é certo que a relação processual tem de chegar a um final, momento relacionado à EXTINÇÃO do processo. 2. Formação do processo O processo se forma no momento em que a petição inicial é protocolada / distribuída (CPC, 263). Assim, forma-se o processo quando: - petição inicial escrita, em português (CPC, 156) - subscrita por advogado - apresentada a juiz (é de se relembrar dos pressupostos processuais de constituição – aula 4) 3. Suspensão do processo. Apesar dos princípios da celeridade e do impulso oficial, por vezes é necessária a paralisação do trâmite processual. Contudo, mesmo durante a suspensão, atos urgentes podem ser realizados, para evitar dano irreparável (CPC, 266). As principais hipóteses de suspensão do processo estão previstas no CPC, 265: (i) morte ou perda de capacidade das partes ou procuradores - é preferível a regularização à extinção do processo (ii) por convenção das partes - prazo máximo de 6 meses (CPC, 265, § 3º) (iii) quando oposta exceção - incompetência, suspeição ou impedimento (iv) quando a sentença depender do julgamento de outra causa ou de prova imprescindível requisitada a outro juízo - é a denominada prejudicialidade externa - prazo máximo de 1 ano (CPC, 265, § 5º) (v) por motivo de força maior 4. Extinção do processo. 4.1 Extinção? CPC, 267 - Extingue-se o processo, sem resolução do mérito CPC, 269 - Haverá resolução de mérito 4.2 Sem resolução do mérito (CPC, 267): (i) indeferimento da inicial - grave vício da petição inicial (CPC, 295) (ii) processo parado por mais de 1 ano (abandono de ambas as partes) (iii) autor abandona por mais de 30 dias - nas 2 hipóteses de abandono, há necessidade de prévia intimação da parte (CPC, 267, § 1º) (iv) falta de requisitos de constituição ou validade do processo (v) perempção, litispendência e coisa julgada - perempção: CPC, 268, p.u. (vi) falta de uma das condições da ação (vii) convenção de arbitragem (viii) desistência da ação, pelo autor - se após contestação, réu deve concordar (CPC, 267, § 4º) (ix) ação intransmissível (x) confusão entre autor e réu Estas são sentenças terminativas - em regra, cabe repropositura se a extinção do processo for sem mérito, salvo no caso do inciso V (CPC, 268) 4.3 Com resolução do mérito (CPC, 269): (i) juiz julga procedente ou improcedente o pedido (ii) réu reconhece a procedência do pedido - não confundir com revelia (CPC, 319) (iii) transação (acordo) (iv) juiz reconhece prescrição e decadência (v) autor renuncia ao direito - não confundir renúncia (com mérito) com desistência (sem mérito – CPC, 267, VIII) - estas são sentenças definitivas (coisa julgada) A morte do autor no curso do processo: a) Sempre acarretará a extinção do processo sem resolução do mérito. b) Fará que o processo seja suspenso para que os herdeiros da parte ingressem no pólo ativo. c) Fará com que desde logo o juiz julgue o pedido procedente ou improcedente. d) Acarretará o indeferimento da petição inicial. e) Provocará a suspensão do processo, pelo prazo máximo de 6 meses – findos os quais o processo prosseguirá. A morte do autor no curso do processo: b) Fará que o processo seja suspenso para que os herdeiros da parte ingressem no pólo ativo. = CPC, art. 265, I * * * * * * * * * *
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