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NOÇÕES BÁSICAS DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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NOÇÕES BÁSICAS DE 
MEIO AMBIENTE E 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL 
PROFESSOR (A): COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA 
 
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO 
NOÇÕES BÁSICAS DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
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SUMÁRIO 
 
1. NOÇÕES BÁSICAS DE MEIO AMBIENTE .................................................. 02 
1.1. Meio ambiente e seus elementos naturais .............................................. 03 
1.1.1 Paisagem rural e urbana ............................................................................ 04 
1.1.2 Fatores físicos e sociais ............................................................................. 05 
1.1.3 Proteção ambiental ..................................................................................... 05 
1.1.3.1Preservação .............................................................................................. 07 
1.1.3.2 Conservação ............................................................................................ 07 
1.1.3.3 Recuperação ............................................................................................ 07 
1.1.3.4 Degradação.............................................................................................. 08 
 
2. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL......................................................... 10 
2.1 Sustentabilidade .......................................................................................... 10 
2.2. Desenvolvimento sustentável – quando tudo começou ....................... 14 
2.3 Diversidade ................................................................................................... 17 
 
3. GESTÃO AMBIENTAL.................................................................................... 22 
3.1. Breve histórico ............................................................................................ 23 
3.2. Objetivos e finalidades da Gestão Ambiental ......................................... 24 
3.3. Fundamentos da Gestão Ambiental ......................................................... 25 
3.4. O sistema de gestão ambiental nas empresas ....................................... 27 
 
4. REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ....................................... 34 
 
 
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5. ANEXOS .......................................................................................................... 37
 
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1. NOÇÕES BÁSICAS DE MEIO AMBIENTE 
 
O termo gestão ambiental é bastante abrangente. Ele é frequentemente 
usado para designar ações ambientais em determinados espaços geográficos, 
como por exemplo: gestão ambiental de bacias hidrográficas, gestão ambiental de 
parques e reservas florestais, gestão de áreas de proteção ambiental, gestão 
ambiental de reservas de biosfera e outras tantas modalidades de gestão que 
incluam aspectos ambientais. 
A gestão ambiental empresarial está essencialmente voltada para 
organizações, ou seja, companhias, corporações, firmas, empresas ou instituições 
e pode ser definida como sendo um conjunto de políticas, programas e práticas 
administrativas e operacionais que levam em conta a saúde e a segurança das 
pessoas e a proteção do meio ambiente através da eliminação ou minimização de 
impactos e danos ambientais decorrentes do planejamento, implantação, 
operação, ampliação, realocação ou desativação de empreendimentos ou 
atividades, incluindo-se todas as fases do ciclo de vida de um produto. 
Para entendermos claramente o funcionamento e a importância da gestão 
ambiental será preciso passar por conceitos básicos como meio ambiente, seus 
elementos e o desenvolvimento sustentável, assuntos dessa apostila. 
O conceito de meio ambiente tem sido definido de várias maneiras 
dependendo do especialista de determinada ciência. Na verdade acreditamos que 
o título “meio ambiente” não é rígido nem definitivo. É na realidade uma 
representação social, ou seja, uma visão que evolui no tempo e que depende do 
grupo social em que é utilizada. Segundo Brasil (1997) são essas representações, 
bem como suas modificações ao longo do tempo, que importam: é nelas que se 
busca intervir quando se trabalha com o tema Meio Ambiente. 
De fato, quando se trata de decidir e agir com relação à qualidade de vida 
das pessoas, é fundamental trabalhar a partir da visão que cada grupo social tem 
do significado do termo “meio ambiente” e, principalmente, de como cada grupo 
percebe o seu ambiente e os ambientes mais abrangentes em que está inserido. 
 
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São fundamentais, na formação de opiniões e no estabelecimento de 
atitudes individuais, as representações coletivas dos grupos sociais aos quais os 
indivíduos pertencem. E essas representações sociais são dinâmicas, evoluindo 
rapidamente (BRASIL, 1997). 
De qualquer forma, o termo “meio ambiente” tem sido utilizado para indicar 
um “espaço” (com seus componentes bióticos e abióticos1 e suas interações) em 
que um ser vive e se desenvolve, trocando energia e interagindo com ele, sendo 
transformado e transformando-o. No caso do ser humano, ao espaço físico e 
biológico soma-se o “espaço” sociocultural. Interagindo com os elementos do seu 
ambiente, a humanidade provoca tipos de modificação que se transformam com o 
passar da história. E, ao transformar o ambiente, o homem também muda sua 
própria visão a respeito da natureza e do meio em que vive. 
Uma estratégia didática para melhor se estudar o meio ambiente consiste 
em se identificar elementos que constituem seus subsistemas ou partes deles. 
Assim se distinguem, por exemplo, os elementos naturais e construídos, urbanos 
e rurais ou físicos e sociais do meio ambiente. No entanto, a própria abordagem 
ambiental implica em ver que não existem tais categorias como realidades 
estanques, mas que há gradações (BRASIL, 1997). 
 
1.1. Meio Ambiente E Seus Elementos Naturais 
De um lado, distinguem-se aqueles elementos que são “como a natureza 
os fez”, sem a intervenção direta do homem: desde cada recurso natural presente 
num sistema, até conjuntos de plantas e animais nativos, silvestres; paisagens 
mantidas quase sem nenhuma intervenção humana; nascentes, rios e lagos não 
atingidos pela ação humana; etc. Esses elementos são predominantes nas matas, 
nas praias afastadas, nas cavernas não descaracterizadas. Mas, de fato, não 
 
1
 Componentes bióticos e abióticos são os componentes de um ecossistema. Componentes 
bióticos são os seres vivos: animais (inclusive o homem), vegetais, fungos, protozoários e 
bactérias, bem como as substâncias que os compõem ou são geradas por eles. Componentes 
abióticos são aqueles não-vivos: água, gases atmosféricos, sais minerais e todos os tipos de 
radiação (Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 1992). 
 
 
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existe uma natureza intocada pelo homem, uma vez que a espécie humana faz 
parte da trama toda da vida no planeta e vem habitando e interagindo com os 
mais diferentes ecossistemas há milhões de anos. Por isso, a maior parte dos 
elementosconsiderados naturais ou são produto de uma interação direta com a 
cultura humana (uma cenoura ou uma alface, por exemplo, são na realidade 
produtos de manejo genético por centenas de anos), ou provêm de ambientes em 
que a atuação do homem não parece evidente porque foi conservativa e não 
destrutiva, ou ainda consistem em sistemas nos quais já houve regeneração, 
após um tempo suficiente (BRASIL, 1997). 
De outro lado, consideram-se os elementos produzidos ou transformados 
pela ação humana, que se pode chamar de elementos construídos do meio 
ambiente: desde matérias-primas processadas, até objetos de uso, construções 
ou cultivos. Em determinados sistemas prevalecem os elementos adaptados pela 
sociedade humana, como cidades e áreas industriais, praias urbanizadas, 
plantações, pastos, jardins, praças e bosques plantados, etc. 
Esse tipo de diferenciação é útil principalmente para chamar a atenção 
sobre a forma como se realiza a ação do homem na natureza e sobre como se 
constrói um patrimônio cultural. Permite discutir a necessidade, de um lado, de se 
preservar e cuidar do patrimônio natural para garantir a sobrevivência das 
espécies, a biodiversidade, conservarem de maneira saudável os recursos 
naturais como a água, o ar e o solo; e, de outro lado, preservar e cuidar do 
patrimônio cultural, construído pelas sociedades em diferentes lugares e épocas. 
Tudo isso é importante para garantir a qualidade de vida da população. 
 
1.1.1. Paisagem Rural E Urbana 
Em geral se usa essa diferenciação para distinguir a área das 
concentrações urbanas, em que o ambiente é mais fortemente modificado pela 
ação antrópica2, da área rural, fora dos “limites” da cidade, onde se localizam 
desde intervenções muito fortes como as monoculturas, até as áreas mais 
intocadas como as Unidades de Conservação (parques, reservas, estações 
 
2
 Ação do homem sobre a natureza. 
 
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ecológicas, etc.). Esse tipo de classificação é útil especialmente quando se pensa 
em intervir em decisões relativas a políticas públicas: determinadas questões 
ambientais são consideradas de caráter urbano, como saneamento, trânsito, 
áreas verdes, patrimônio histórico; e outras são consideradas questões rurais, 
como as relacionadas aos recursos hídricos, conservação de áreas com 
vegetação nativa, erosão, uso de agrotóxicos. 
Pelas regras da legislação no Brasil, muitas decisões podem ser tomadas 
localmente quando dizem respeito ao município, especialmente à área urbana. 
As consequências da ação antrópica, como geradora de impacto 
ambiental, incluem fatores como a dinâmica populacional (aglomerações, 
crescimento populacional, deslocamentos, fluxos migratórios), o uso e a ocupação 
do solo (expansão urbana, paisagismo, instalações de infraestrutura, rede viária, 
etc.). São definições importantes para aqueles que pretendem, por exemplo, 
elaborar projetos que irão impactar o meio ambiente. 
Em relação especificamente ao município, é importante conhecer os limites 
definidos pela prefeitura para a área urbana. E também conhecer minimamente as 
leis, as restrições, as regras que deveriam ser obedecidas em cada parte do 
município, especialmente na comunidade com a qual interage diretamente. 
 
1.1.2. Fatores Físicos E Sociais 
Nesse caso estará em evidência, ao se identificarem os elementos, o 
espaço das relações estabelecidas: de um lado, destacam-se os fatores físicos do 
ambiente, quando se vai tratar das relações de trocas de energia e do uso dos 
recursos minerais, vegetais ou animais entre os elementos naturais ou 
construídos; e, de outro, destacam-se os fatores sociais do ambiente quando se 
quer tratar das relações econômicas, culturais, políticas — de respeito ou 
dominação, de destruição ou preservação, de consumismo ou conservação, por 
exemplo — que podem abranger os níveis local, regional e internacional. 
 
 
 
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1.1.3 Proteção ambiental 
Significa o ato de proteger. É a dedicação pessoal àquele ou àquilo que 
dela precisa; é a defesa daquele ou daquilo que é ameaçado. O termo “proteção” 
tem sido utilizado por vários especialistas para englobar os demais: preservação, 
conservação, recuperação, etc. Para eles, essas são formas de proteção. No 
Brasil há várias leis estabelecendo Áreas de Proteção Ambiental (APAs), que são 
espaços do território brasileiro, assim definidos e delimitados pelo poder público 
(União, Estado ou Município), cuja proteção se faz necessária para garantir o bem 
estar das populações presentes e futuras e o meio ambiente ecologicamente 
equilibrado. Nas APAs declaradas pelos Estados e Municípios poderão ser 
estabelecidos critérios e normas complementares (de restrição ao uso de seus 
recursos naturais), levando-se em consideração a realidade local, em especial a 
situação das comunidades tradicionais que porventura habitem tais regiões. O 
uso dos recursos naturais nas APAs só pode se dar desde que “não comprometa 
a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção” (Constituição Federal, 
art. 225, § 1º, III). 
Muitas vezes, nos estudos, nas ações e mesmo nas leis ambientais, 
empregam-se termos que indicam formas cuidadosas de se lidar com o meio 
ambiente como proteção, conservação, preservação, recuperação e reabilitação. 
Em oposição a estes, emprega-se especialmente o termo “degradação 
ambiental” que engloba uma ou várias formas de destruição, poluição ou 
contaminação do meio ambiente. O que querem dizer? Qual a diferença entre 
eles? 
Conhecer o significado mais preciso desses termos e as leis de proteção 
ambiental que incidem sobre a região onde se pretende intervir é muito importante 
para qualquer que seja o profissional que ali vai trabalhar (Secretaria do Meio 
Ambiente do Estado de São Paulo, 1992). 
Abaixo estão definidos os termos citados anteriormente e para os que são 
empregados pela legislação ambiental, procurou-se manter, aqui, a definição 
 
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dada pela lei ou por órgãos nacionais e internacionais de Meio Ambiente e de 
Saúde3. 
 
1.1.3.1Preservação 
Preservação é a ação de proteger contra a destruição e qualquer forma de 
dano ou degradação um ecossistema, uma área geográfica ou espécies animais e 
vegetais ameaçadas de extinção, adotando-se as medidas preventivas 
legalmente necessárias e as medidas de vigilância adequadas. O Código 
Florestal estabelece áreas de preservação permanente, ao longo dos cursos 
d’água (margens de rios, lagos, nascentes e mananciais em geral), que ficam 
impedidas de qualquer uso. 
Essas áreas se destinam, em princípio, à vegetação ou mata ciliar4 
especialmente importante para garantir a qualidade e a quantidade das águas, 
prevenindo assoreamento e contaminação. A Constituição brasileira impõe, 
também, a preservação do meio ambiente da Serra do Mar, da Floresta 
Amazônica, da Mata Atlântica, do Pantanal Mato-Grossense e da Zona Costeira 
(Constituição Federal, art. 225, § 4º). 
 
1.1.3.2. Conservação 
Conservação é a utilização racional de um recurso qualquer, de modo a se 
obter um rendimento considerado bom, garantindo-se, entretanto, sua renovação 
ou sua auto sustentação. Analogamente, conservação ambiental quer dizer o uso 
apropriadodo meio ambiente dentro dos limites capazes de manter sua qualidade 
e seu equilíbrio em níveis aceitáveis. Para a legislação brasileira, “conservar” 
 
3
 Todas as definições foram extraídas de: Organização Mundial da Saúde (OMS) (ver TEIXEIRA, 
P., 1996); Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo; Fundação Estadual de 
Engenharia do Meio Ambiente (Feema, RJ); Código Florestal, Lei n. 4.771 de 15/09/1965; 
Resoluções do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) e Constituição Federal, artigo 225. 
 
4 Mata ciliar é a faixa de vegetação nativa às margens de rios, lagos, nascentes e mananciais em 
geral, especialmente importante para garantir a qualidade e a quantidade das águas, prevenindo 
assoreamento e contaminação. 
 
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implica manejar, usar com cuidado, manter; enquanto “preservar” é mais restritivo: 
significa não usar ou não permitir qualquer intervenção humana significativa. 
 
1.1.3.3. Recuperação 
Recuperação, no vocabulário comum, é o ato de recobrar o perdido, de 
adquiri-lo novamente. O termo “recuperação ambiental” aplicado a uma área 
degradada pressupõe que nela se restabeleçam as características do ambiente 
original. Nem sempre isso é viável e às vezes pode não ser necessário, 
recomendando-se então uma reabilitação. Uma área degradada pode ser 
reabilitada (tornar-se novamente habilitada) para diversas funções como a 
cobertura por vegetação nativa local ou destinada a novos usos, semelhantes ou 
diferentes do uso anterior à degradação. A lei prevê, na maioria dos casos, que o 
investimento necessário à recuperação ou reabilitação seja assumido pelo agente 
degradador. Além disso, o agente responsável pelo dano ambiental deve reparar 
esse dano. 
Reparação é o ressarcimento, para efeito de consertar ou atenuar dano 
causado a pessoa ou patrimônio, e, no caso de dano ambiental, além de provável 
pagamento de multa, pode envolver a obrigação de recuperar ou reabilitar a área 
degradada. 
 
1.1.3.4. Degradação 
Degradação ambiental consiste em alterações e desequilíbrios provocados 
no meio ambiente que prejudicam os seres vivos ou impedem os processos vitais 
ali existentes antes dessas alterações. Embora possa ser causada por efeitos 
naturais, a forma de degradação que mais preocupa governos e sociedades é 
aquela causada pela ação antrópica, que pode e deve ser regulamentada. 
A atividade humana gera impactos ambientais que repercutem nos meios 
físico-biológicos e socioeconômicos, afetando os recursos naturais e a saúde 
humana, podendo causar desequilíbrios ambientais no ar, nas águas, no solo e 
no meio sociocultural. Algumas das formas mais conhecidas de degradação 
 
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ambiental são: a desestruturação física (erosão, no caso de solos), a poluição e a 
contaminação. Para a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente, 
poluição é a “introdução, no meio, de elementos tais como organismos 
patogênicos, substâncias tóxicas ou radioativas, em concentrações nocivas à 
saúde humana”. Fala-se também em contaminação, “muitas vezes como 
sinônimo de poluição, porém quase sempre em relação direta sobre a saúde 
humana”. De fato, para a Organização Mundial da Saúde, “poluição ou 
contaminação ambiental é uma alteração do meio ambiente que pode afetar a 
saúde e a integridade dos seres vivos”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
A partir dos anos 1980 começamos a ouvir o termo “sustentabilidade”. 
Aplicado à causa ambiental surgiu como um conceito tangível na década de 1980 
por Lester Brown, que foi o fundador do Wordwatch Institute. A definição que 
acabou se tornando um padrão seguido mundialmente com algumas pequenas 
variações representa o seguinte: diz-se que uma comunidade é sustentável 
quando satisfaz plenamente suas necessidades de forma a preservar as 
condições para que as gerações futuras também o façam. Da mesma forma, as 
atividades processadas por agrupamentos humanos não podem interferir 
prejudicialmente nos ciclos de renovação da natureza e nem destruir esses 
recursos de forma a privar as gerações futuras de sua assistência (ABREU, 
2008). 
Segundo Dias (2009) foi na última década do século XX que consolidou-se 
essa nova visão de desenvolvimento que não somente envolve o meio ambiente 
natural, mas também inclui os aspectos socioculturais numa posição de destaque, 
revelando que a qualidade de vida dos seres humanos passa a ser a condição 
para o progresso. As propostas de desenvolvimento sustentável estão baseadas 
na perspectiva de utilização atual dos recursos naturais desde que sejam 
preservados para as gerações futuras (em anexo quadro com o resumo dos 
principais acontecimentos relacionados com o desenvolvimento sustentável). 
 
2.1. Sustentabilidade 
 
Para falarmos do desenvolvimento sustentável vamos a alguns conceitos e 
discussões sobre o termo sustentabilidade, pois segundo Sachs (1993) há um 
amplo consenso de que a sustentabilidade edifica-se em diferentes dimensões 
que podem ser analisadas individual ou coletivamente: 
 Sustentabilidade social – busca o estabelecimento de um padrão de 
desenvolvimento que conduza à distribuição mais equitativa da renda, 
 
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assegurando a melhoria dos direitos das grandes massas da população e a 
redução das atuais desigualdades sociais. 
 Sustentabilidade econômica – é possível através de inversões públicas e 
privadas e da alocação e do manejo eficiente dos recursos naturais para 
redução dos custos sociais e ambientais. 
 Sustentabilidade ecológica – entendida como o aumento ou a manutenção 
da capacidade de suporte do planeta, mediante intensificação do uso do 
potencial de recursos disponíveis, compatível com um nível mínimo de 
deterioração deste potencial; e a limitação do uso dos recursos não-
renováveis pela substituição por recursos renováveis e, ou, abundantes e 
inofensivos. 
 Sustentabilidade espacial - busca uma configuração urbano-rural mais 
equilibrada, evitando-se a concentração da população em áreas 
metropolitanas ou em assentamentos humanos em ecossistemas frágeis. 
 Sustentabilidade cultural – garantia da continuidade das tradições e 
continuidade da pluralidade dos povos. 
De acordo com o economista Welford (1997 apud Gomes, 2005), a 
sustentabilidade está mais relacionada a processos do que a resultados tangíveis, 
sendo os elementos-chave da sustentabilidade: a equidade (estímulo à 
participação dos interessados, proporcionando-lhes poder de decisão); a 
futuridade (precaução e uso consciente dos recursos); a preservação da 
biodiversidade; o respeito aos direitos humanos; e a incorporação do conceito de 
ciclo de vida e responsabilidade sobre os produtos. 
Marinho (2001 citando O’Riordan e Voisey, 1998) afirma que a transição 
para a sustentabilidade é um processo permanente, uma vez que a 
“sustentabilidade pura” nunca será, de fato, alcançada. Dentro dessa perspectiva, 
os autores identificam os vários estágios da sustentabilidade, variandoem uma 
escala que vai de sustentabilidade muito fraca, implicando pequenas mudanças 
de práticas ambientais, até sustentabilidade muito forte, mais inclusiva, auto-
sustentada e que se preocupa em envolver as pessoas afetadas pelos processos 
 
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produtivos nas decisões. A sustentabilidade envolve, portanto, educação, 
mudança cultural e consideração dos interesses coletivos nas decisões. 
Os esforços no sentido de identificar as implicações operacionais da 
sustentabilidade só atingirão seus objetivos com a integração dos pontos de vista 
econômico, ecológico e social. Isto porque todas as atividades comerciais e 
econômicas estão inseridas em sistemas ecológicos e sociais mais amplos e 
deles dependem fundamentalmente, devendo ser ressaltado que se um aspecto 
for comprometido a estabilidade dos outros elementos inter-relacionados estará 
ameaçada (SERAGELDIN, 1993 apud WAAGE, 2004). 
Ressalta-se que a sustentabilidade está também associada ao tipo de 
negócio e à sua relação com os recursos naturais e com o contexto social. As 
empresas que, pela sua natureza, são consumidoras intensivas de recursos 
naturais, energia ou água e aquelas atividades que implicam altos riscos para as 
populações ou geram grandes impactos ambientais ou sociais (ex. usinas 
nucleares, indústria de cigarro), sem uma profunda transformação na sua forma 
de produzir ou das características dos seus produtos, teriam maiores dificuldades 
de se enquadrar no conceito de sustentabilidade (MARINHO, 2001). 
Gomes (2005) ressalta que as definições de sustentabilidade no contexto 
de desenvolvimento sustentável são muito amplas, comportando diversas 
interpretações, de acordo com a perspectiva e os interesses envolvidos na 
análise. Dentre as diferentes abordagens identificam-se os seguintes modelos 
conceituais que servem como base para as estratégias de gerenciamento em 
busca da sustentabilidade das organizações: Tripé da sustentabilidade (The Triple 
Botton Line); Modelo dos capitais; The Natural Step (TNS) e Capitalismo natural. 
Mediante o conceito de tripé da sustentabilidade, as empresas não são 
focadas apenas no valor econômico que produzem, mas também nos valores 
ambientais e sociais que produzem ou destroem. 
Neste sentido, muitas empresas falham em não reconhecer que o sucesso 
financeiro não é igual ao sucesso econômico, e que as suas escolhas econômicas 
são críticas para a realização de resultados social e ambiental, uma vez que, por 
 
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natureza, o pilar econômico é intrinsecamente ligado aos pilares sociais e 
ambientais (MONAGHAN et al., 2003 apud GOMES, 2005). 
A dimensão econômica da sustentabilidade refere-se aos impactos da 
organização sobre as circunstâncias econômicas de seus stakeholders e os 
sistemas econômicos nos níveis local e global. Assim, o desempenho econômico 
engloba todos os aspectos das interações econômicas da organização, incluindo 
as medidas tradicionais usadas na contabilidade financeira e os valores 
intangíveis que não aparecem sistematicamente nas citações financeiras (GRI, 
2003 apud GOMES, 2005). 
Essencialmente, a ideia do tripé da sustentabilidade é que as empresas 
obtenham sua licença para operar não somente satisfazendo os seus acionistas 
através de lucros e dividendos (tripé econômico), mas pela satisfação simultânea 
de outros stakeholders da sociedade (empregados, comunidades, clientes e 
outros), através do melhor desempenho nos tripés ambiental e social (SIGMA 
PROJECT, 2002 apud GOMES, 2005). 
Em termos estratégicos, esse modelo propõe que através de um bom 
gerenciamento do seu desempenho e dos seus impactos econômicos, ambientais 
e sociais, as empresas aumentam o seu valor a curto e a longo prazos, bem como 
criam maiores oportunidades e reduzem riscos. 
Os pontos a seguir representam o comportamento e as atitudes essenciais 
que são evidenciados nas empresas que buscam gerenciar e reportar de acordo 
com a linha do tripé da sustentabilidade (Suggett e Goodsir, 2002 apud Gomes, 
2005): 
 Aceitação de responsabilidade: o modelo é baseado na concepção de 
que as empresas são responsáveis não somente pela geração de valor 
para os acionistas ou proprietários, mas também para os stakeholders. 
 Transparência: as empresas têm a obrigação, dentro dos limites 
comerciais, de ser transparentes em relação às suas atividades e aos seus 
impactos, além do desempenho financeiro. 
 Operações e planejamento integrados: para a empresa contribuir para a 
prosperidade econômica (incluindo o retorno aos acionistas), a qualidade 
 
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ambiental e o bem-estar social, é necessário que essas dimensões sejam 
refletidas no planejamento estratégico. 
 Comprometimento com o engajamento dos stakeholders: a interação 
com os stakeholders internos e externos é um processo que informa os 
objetivos do negócio e é desenvolvido com base em rigorosa pesquisa e 
diálogo. 
 Avaliação e relatório multidimensional: a análise sistemática e a 
verificação do desempenho econômico, ambiental e social, em conjunto 
com uma comunicação estruturada dos resultados, são os mecanismos 
mais frequentes para tornar concreto o que a empresa sustenta, como age 
e como assume os seus compromissos. 
O conceito do tripé da sustentabilidade tornou-se amplamente conhecido 
entre as empresas e os pesquisadores, sendo uma ferramenta conceitual útil para 
interpretar as interações extra empresariais e especialmente para ilustrar a 
importância de uma visão da sustentabilidade mais ampla, além de uma mera 
sustentabilidade econômica. 
 
2.2. Desenvolvimento Sustentável – Quando Tudo Começou 
 
Segundo Dias (2009) com o confronto inevitável entre o modelo de 
desenvolvimento econômico vigente — que valoriza o aumento de riqueza em 
detrimento da conservação dos recursos naturais — e a necessidade vital de 
conservação do meio ambiente, surge a discussão sobre como promover o 
desenvolvimento das nações de forma a gerar o crescimento econômico, mas 
explorando os recursos naturais de forma racional e não predatória. Estabelece-
se, então, uma discussão que está longe de chegar a um fim, a um consenso 
geral. Será necessário impor limites ao crescimento? Será possível o 
desenvolvimento sem aumentar a destruição? De que tipo de desenvolvimento se 
fala? 
 
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De qualquer forma, nas discussões de Dias (2009) encontramos que é 
fundamental a sociedade impor regras ao crescimento, à exploração e à 
distribuição dos recursos de modo a garantir as condições da vida no planeta. 
Nos documentos assinados pela grande maioria dos países do mundo, incluindo-
se o Brasil, fala-se em garantir o acesso de todos aos bens econômicos e 
culturais necessários ao seu desenvolvimento pessoal e a uma boa qualidade de 
vida, relacionando-o com os conceitos de desenvolvimento e sociedade 
sustentáveis. 
Desenvolvimento sustentável foi definido pela Comissão Mundial sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento como o “desenvolvimento que satisfaz as 
necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de 
suprir suas próprias necessidades”. Muitosconsideram essa ideia ambígua, 
permitindo interpretações contraditórias, porque desenvolvimento pode ser 
entendido como crescimento, e crescimento sustentável é uma contradição: 
nenhum elemento físico pode crescer indefinidamente. Nas propostas 
apresentadas pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), 
emprega-se o termo “desenvolvimento sustentável” significando “melhorar a 
qualidade da vida humana dentro dos limites da capacidade de suporte dos 
ecossistemas”. Isso implica, entre outros requisitos, o uso sustentável dos 
recursos renováveis — ou seja, de forma qualitativamente adequada e em 
quantidades compatíveis com sua capacidade de renovação (DIAS, 2009). 
O Pnuma, com o apoio da ONU e de diversas organizações não 
governamentais, propôs, em 1991, princípios, ações e estratégias para a 
construção de uma sociedade sustentável (ONU, 1991). Na formulação dessa 
proposta emprega-se a palavra “sustentável” em diversas expressões: 
desenvolvimento sustentável, economia sustentável, sociedade sustentável e uso 
sustentável. Parte-se do princípio que “se uma atividade é sustentável, para todos 
os fins práticos ela pode continuar indefinidamente. Contudo, não pode haver 
garantia de sustentabilidade a longo prazo porque muitos fatores são 
desconhecidos ou imprevisíveis”. Diante disso, propõe-se que as ações humanas 
ocorram dentro das técnicas e princípios conhecidos de conservação, estudando 
seus efeitos para que se aprenda rapidamente com os erros. Esse processo exige 
 
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monitorização das decisões, avaliação e redirecionamento da ação (BRASIL, 
1997). 
Uma sociedade sustentável, segundo o Pnuma, é aquela que vive em 
harmonia com nove princípios interligados apresentados a seguir. 
1. Respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos (princípio 
fundamental). Trata-se de um princípio ético que “reflete o dever de nos 
preocuparmos com as outras pessoas e outras formas de vida, agora e no 
futuro”. 
2. Melhorar a qualidade da vida humana (critério de sustentabilidade). Esse 
é o verdadeiro objetivo do desenvolvimento, ao qual o crescimento 
econômico deve estar sujeito: permitir aos seres humanos “perceber o seu 
potencial, obter autoconfiança e uma vida plena de dignidade e satisfação”. 
3. Conservar a vitalidade e a diversidade do Planeta Terra (critério de 
sustentabilidade). O desenvolvimento deve ser tal que garanta a proteção 
“da estrutura, das funções e da diversidade dos sistemas naturais do 
Planeta, dos quais temos absoluta dependência”. 
4. Minimizar o esgotamento de recursos não-renováveis (critério de 
sustentabilidade). São recursos como os minérios, petróleo, gás, carvão 
mineral. Não podem ser usados de maneira “sustentável” porque não são 
renováveis. Mas podem ser retirados de modo a reduzir perdas e 
principalmente a minimizar o impacto ambiental. Devem ser usados de 
modo a “ter sua vida prolongada como, por exemplo, através de 
reciclagem, pela utilização de menor quantidade na obtenção de produtos, 
ou pela substituição por recursos renováveis, quando possível”. 
5. Permanecer nos limites de capacidade de suporte do Planeta Terra 
(critério de sustentabilidade). Não se pode ter uma definição exata, por 
enquanto, mas sem dúvida há limites para os impactos que os 
ecossistemas e a biosfera como um todo podem suportar sem provocar 
uma destruição arriscada. Isso varia de região para região. Poucas 
pessoas consumindo muito podem causar tanta destruição quanto muitas 
pessoas consumindo pouco. Devem-se adotar políticas que desenvolvam 
 
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técnicas adequadas e tragam equilíbrio entre a capacidade da natureza e 
as necessidades de uso pelas pessoas. 
6. Modificar atitudes e práticas pessoais (meio para se chegar à 
sustentabilidade). “Para adotar a ética de se viver sustentavelmente, as 
pessoas devem reexaminar os seus valores e alterar o seu 
comportamento. A sociedade deve promover atitudes que apoiem a nova 
ética e desfavoreçam aqueles que não se coadunem com o modo de vida 
sustentável.” 
7. Permitir que as comunidades cuidem de seu próprio ambiente (meio para 
se chegar à sustentabilidade). É nas comunidades que os indivíduos 
desenvolvem a maioria das atividades produtivas e criativas. E constituem 
o meio mais acessível para a manifestação de opiniões e tomada de 
decisões sobre iniciativas e situações que as afetam. 
8. Gerar uma estrutura nacional para a integração de desenvolvimento e 
conservação (meio para se chegar à sustentabilidade). A estrutura deve 
garantir “uma base de informação e de conhecimento, leis e instituições, 
políticas econômicas e sociais coerentes”. A estrutura deve ser flexível e 
regionalizável, considerando cada região de modo integrado, centrado nas 
pessoas e nos fatores sociais, econômicos, técnicos e políticos que influem 
na sustentabilidade dos processos de geração e distribuição de riqueza e 
bem-estar. 
9. Constituir uma aliança global (meio para se chegar à sustentabilidade). 
Hoje, mais do que antes, a sustentabilidade do planeta depende da 
confluência das ações de todos os países, de todos os povos. As grandes 
desigualdades entre ricos e pobres são prejudiciais a todos. “A ética do 
cuidado com a Terra aplica-se em todos os níveis, internacional, nacional e 
individual. Todas as nações só têm a ganhar com a sustentabilidade 
mundial e todas estão ameaçadas caso não consigamos essa 
sustentabilidade.” 
 
 
 
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2.3. Diversidade 
 
Um dos valores que passa a ser reconhecido como essencial para a 
sustentabilidade da vida na Terra é o da conservação da diversidade biológica 
(biodiversidade). E para a sustentabilidade social, reconhece-se a importância da 
diversidade dos tipos de sociedades, de culturas (sociodiversidade) (BRASIL, 
1997). 
Os seres vivos evoluíram por milhões de anos, chegando o mundo à forma 
como está hoje, num equilíbrio químico e climático que permitiu o aparecimento 
das espécies atuais, entre elas a espécie humana. A diversidade biológica ou 
biodiversidade consiste no conjunto total de disponibilidade genética de diferentes 
espécies e variedades, de diferentes ecossistemas. Por lentos processos 
evolutivos, surgem novas variedades, novas espécies, constituem-se novos 
sistemas. E por mudanças nas condições ecológicas, outras variedades, espécies 
e ecossistemas desaparecem. Mas as atividades humanas estão agora 
acelerando muito as mudanças nas condições ecológicas, levando a rápidas 
mudanças climáticas e à extinção de espécies e variedades, o que tem uma 
gravidade considerável. 
Pouco se sabe ainda do papel relativo de cada espécie e de cada 
ecossistema na manutenção desse equilíbrio em condições viáveis para a 
sobrevivência. Mas sabe-se que todas as espécies são componentes do sistema 
de sustentação da vida, que a conservação da biodiversidade é estratégica para a 
qualidade de vida. Cada vez mais se descobrem substâncias de grande valor 
para a saúde, alimentação, obtenção de tinturas, fibras e outros usos, no grande 
laboratório representado pelas diferentes espécies de plantas e animais, muitas 
até pouco tempo desconhecidas ou desprezadas pela cultura oficial. A 
diversidade biológica deve ser conservada não só por sua importância conhecidae presumível para a humanidade, mas por uma questão de princípio: todas as 
espécies merecem respeito, pertencemos todos à mesma e única trama da vida 
neste planeta (BRASIL, 1997). 
 
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Quanto à diversidade das formas de sociedade e cultura, em poucas 
palavras, é importante reconhecer a imensa variedade de modos de vida, de 
relações sociais, de construções culturais que a humanidade chegou a 
desenvolver. 
Historicamente, em 1987, a Comissão Mundial de Meio Ambiente e 
Desenvolvimento (Comissão Brundtland) publicou o relatório intitulado “Nosso 
Futuro Comum”, que passou a constituir a referência central para o 
desenvolvimento futuro, propagando o conceito de desenvolvimento sustentável: 
“desenvolvimento que atende as necessidades e aspirações do presente, sem 
comprometer a capacidade de atendimento das futuras gerações” 
(CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O MEIO AMBIENTE E 
DESENVOLVIMENTO, 1998). 
A partir da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, realizada em 1992 no Rio de Janeiro, os conceitos de 
desenvolvimento sustentável e sustentabilidade transformaram-se em um 
importante referencial para as estratégias de desenvolvimento social e ambiental 
para as organizações privadas (GOMES, 2005; DIAS, 2009). 
Entretanto, não há um consenso sobre o significado preciso ou operacional 
desses conceitos. Souza (1998) relatou que a proposta de desenvolvimento 
sustentável, como uma forma alternativa de desenvolvimento, possui todos os 
ingredientes de uma proposta utópica, já que busca a conciliação de interesses 
contraditórios, sem que a ordem estabelecida em nível da economia mundial atual 
seja, sequer, mexida. 
Contudo, alguns autores afirmam que o desenvolvimento sustentável pode 
ser visto como um novo paradigma cultural e científico, pois anseiam pela 
construção de novos valores, percepções, conceitos e pensamentos que 
determinarão como a sociedade irá enxergar a realidade vivida e como a ciência 
irá se organizar, diante desse novo campo de atuação disciplinar ou 
interdisciplinar (MOREIRA, 1994). 
De forma mais operacional, o desenvolvimento sustentável pode ser 
conceituado como o processo de mudança social e de elevação das 
 
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oportunidades da sociedade, compatibilizando, no tempo e no espaço, o 
crescimento e a eficiência econômica, a conservação ambiental, a qualidade de 
vida e a equidade social, partindo de um claro compromisso com o futuro e a 
solidariedade entre gerações (BUARQUE, 1996). 
Em consonância com esse conceito, o Forum for the Future relatou que o 
desenvolvimento sustentável é um processo dinâmico que permite que todas as 
pessoas realizem seu potencial e melhorem sua qualidade de vida de maneira 
que, simultaneamente, protejam e melhorem os sistemas de suporte de vida da 
Terra (GOMES, 2005). 
Assim sendo, o desenvolvimento compreende as seguintes condições: 
 Social, no sentido de acesso a educação, moradia, serviços de saúde, 
alimentação, uso racional e sustentável dos recursos e respeito da cultura 
e tradições no seu entorno social; 
 Econômico, em relação às oportunidades de emprego, satisfação das 
necessidades básicas e uma boa distribuição da riqueza; e, 
 Político, a respeito da legitimidade não só em termos legais, mas também 
em termos de prover a maioria da população de benefícios sociais 
(REYES, 2004 apud Gomes, 2005). 
Esses conceitos evidenciam a integração dos propósitos sociais, 
econômicos e ambientais, orientados para a qualidade de vida, estando em 
sintonia com a tese de Sem (2000), na qual o desenvolvimento pode ser visto 
como um processo de expansão das liberdades reais que as pessoas desfrutam. 
Nesse sentido, o desenvolvimento requer que se removam as principais 
fontes de privação da liberdade: pobreza e tirania, carência de oportunidades 
econômicas e destituição social sistemática, negligência dos serviços públicos e 
intolerância ou interferência excessiva de Estados repressivos (SEN, 2000). 
A aplicação do conceito de desenvolvimento sustentável evidencia a 
necessidade de avaliar os impactos da execução de projetos industriais e de seus 
papéis sociais como elementos importantes na implementação de políticas 
públicas de inclusão social e de proteção e uso racional dos recursos naturais. O 
 
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elemento essencial dessa avaliação está na potencialização dos impactos 
positivos e na minimização dos negativos e seus controles no momento das 
decisões econômicas. 
A agricultura e a utilização dos recursos florestais são temas centrais para 
o desenvolvimento sustentável, devido à grande quantidade de empregos 
gerados, ao valor econômico da produção e aos impactos extensos e diretos que 
ambas têm sobre os recursos renováveis e o meio ambiente (SCHMIDHEINY, 
1992) e sobre as relações sociais. 
Podemos tomar como exemplo, as plantações de eucalipto as quais têm 
sido vistas apenas como uma “unidade de produção de madeira”, sendo ignorado 
o contexto ambiental, social e cultural da região onde se instalam. Segundo 
Guerra (1997), somente um modelo responsável e consequente de administração 
dos recursos florestais, dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável, 
poderia trazer o progresso e a modernização para as regiões onde os 
empreendimentos estão instalados, além de garantir a sustentabilidade e a 
qualidade de vida razoável para os trabalhadores e suas famílias. 
Assim, de acordo com Schettino et al (2000), o estabelecimento de 
modelos de desenvolvimento com base em planos de gestão sustentável é a 
melhor forma de aproveitamento das potencialidades oferecidas pelas florestas, o 
que pode contribuir para o desenvolvimento socioeconômico de regiões que 
tenham vocação florestal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. GESTÃO AMBIENTAL 
 
Do ponto de vista empresarial, gestão ambiental é a expressão utilizada 
para se denominar a gestão empresarial que se orienta para evitar, na medida do 
possível, problemas para o meio ambiente. Em outros termos, é a gestão cujo o 
objetivo é conseguir que os efeitos ambientais não ultrapassem a capacidade de 
carga do meio onde se encontra a organização, ou seja, obter-se um 
desenvolvimento sustentável (DIAS, 2009). 
Como se observa pelo discurso do autor acima, falar em gestão ambiental 
quase que automaticamente estaremos nos reportando às empresas, uma vez 
que elas constituem hoje um dos principais agentes responsáveis pela obtenção 
de um desenvolvimento sustentável. 
A questão na realidade envolve primeiramente o ambiente interno das 
empresas, pois não há condições de atuação responsável de uma organização na 
sociedade mais geral, se internamente os seus quadros não estão convencidos 
da importância da adoção de práticas ambientalmente corretas. Daí decorre a 
importância da adoção de Sistemas de Gestão Ambiental Integrados numa 
perspectiva mais ampla que envolva sempre a mudança da cultura organizacional 
da empresa, introduzindo o componente ambiental entre as preocupações da 
população interna (DIAS, 2009). 
O portal Ambienta Brasil (2010) reportaassim à Gestão Ambiental: “termo 
bastante abrangente, frequentemente usado para designar ações ambientais em 
determinados espaços geográficos, como por exemplo: gestão ambiental de 
bacias hidrográficas, gestão ambiental de parques e reservas florestais, gestão de 
áreas de proteção ambiental, gestão ambiental de reservas de biosfera e outras 
tantas modalidades de gestão que incluam aspectos ambientais” e coloca a 
gestão ambiental empresarial em outro patamar, mas corroborando com Dias. 
Essencialmente voltada para organizações, ou seja, companhias, corporações, 
firmas, empresas ou instituições, podem ser definidas como sendo um conjunto 
de políticas, programas e práticas administrativas e operacionais que levam em 
conta a saúde e a segurança das pessoas e a proteção do meio ambiente através 
 
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da eliminação ou minimização de impactos e danos ambientais decorrentes do 
planejamento, implantação, operação, ampliação, realocação ou desativação de 
empreendimentos ou atividades, incluindo-se todas as fases do ciclo de vida de 
um produto. 
 
3.1. Breve Histórico 
O Brasil, principalmente a partir de 1960, passou por um intenso ritmo de 
industrialização, com o consequente aumento da população nas áreas urbanas, o 
que provocou intensificação dos impactos no meio ambiente. Principalmente em 
áreas industrializadas como Cubatão (SP), Volta Redonda (RJ), ABC Paulista, é 
que a questão ambiental começou a ser sentida com mais intensidade, entre 
outros motivos, em razão do fenômeno de concentração de atividades urbanas e 
industriais (ANDRADE; TACHIZAWA; CARVALHO, 2000, p. 2 apud DIAS, 2009, 
p. 84). 
Como reflexo da Conferência de Estocolmo (1972), o governo brasileiro 
criou, em 30 de outubro de 1973, a Secretaria do Meio Ambiente (SEMA). Nesse 
mesmo ano, já havia sido criada a Companhia de Tecnologia de Saneamento 
Ambiental (CETESB) em São Paulo (Lei n. 118/73) e, em outubro de 1973, foi 
criado o Conselho Estadual de Proteção Ambiental na Bahia (CEPRAM). A partir 
daí, foram criados vários órgãos ambientais tendo como objetivo o controle 
ambiental, e como eixo central de sua atuação a poluição industrial (DIAS, 2009). 
Na década de 1980, foi lançado no Canadá o Programa de atuação 
responsável sob o nome de Responsible Care Program, considerado um 
programa que traz grandes contribuições para a solução dos problemas 
ambientais, entre as quais “enfoque proativo, busca de melhoria contínua, 
antecipando-se à própria legislação, e visão sistêmica que abarca, em um mesmo 
programa, as preocupações com segurança, saúde ocupacional e meio 
ambiente”. 
No Brasil, o Programa de Atuação Responsável é promovido pela 
Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM) e conta com a adesão de 
uma centena de empresas brasileiras. O programa está baseado em seis áreas: 
 
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princípios diretivos; códigos de práticas gerenciais; comissões de lideranças 
executivas; conselhos comunitários consultivos; avaliação de progresso; e difusão 
na cadeia produtiva (BARBIERI, 1997 apud DIAS, 2009). 
Uma medida que contribuiu para o incremento de ações mais responsáveis 
em relação ao meio ambiente foi a obrigatoriedade, a partir de 1986, dos estudos 
de impactos ambientais (EIA) quando da instalação de novas unidades industriais 
e outros empreendimentos de vulto, como represas, construção de estradas,etc. 
O relatório da Comissão Brundtland (falado anteriormente) destacou a 
responsabilidade e o impacto das atividades industriais no desenvolvimento 
sustentável. Ofereceu uma visão de crescimento econômico sustentável e da 
elevada qualidade ambiental que poderia ser alcançada através de boas práticas 
industriais e produzindo mais com menos (DIAS, 2009). 
 
3.2. Objetivos E Finalidades Da Gestão Ambiental 
O objetivo maior da gestão ambiental deve ser a busca permanente de 
melhoria da qualidade ambiental dos serviços, produtos e ambiente de trabalho 
de qualquer organização pública ou privada. 
A busca permanente da qualidade ambiental é, portanto, um processo de 
aprimoramento constante do sistema de gestão ambiental global de acordo com a 
política ambiental estabelecida pela organização. 
Há também objetivos específicos da gestão ambiental, claramente 
definidos segundo a própria norma NBR-ISO 14.001 que destaca alguns pontos 
básicos. 
Além dos objetivos oriundos da norma ISO, em complemento, na prática, 
observam-se outros objetivos que também podem ser alcançados através da 
gestão ambiental, a saber: 
 Gerir as tarefas da empresa no que diz respeito a políticas, diretrizes e 
programas relacionados ao meio ambiente e externo da companhia; 
 Manter, em geral, em conjunto com a área de segurança do trabalho, a 
saúde dos trabalhadores; 
 
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 Produzir, com a colaboração de toda a cúpula dirigente e os trabalhadores, 
produtos ou serviços ambientalmente compatíveis; 
 Colaborar com setores econômicos, a comunidade e com os órgãos 
ambientais para que sejam desenvolvidos e adotados processos produtivos 
que evitem ou minimizem agressões ao meio ambiente. 
 
Objetivos da gestão ambiental segundo a norma NBR-ISO 14.001: 
 Implementar, manter e aprimorar um sistema de gestão ambiental; 
 Assegurar-se de sua conformidade com sua política ambiental definida; 
 Demonstrar tal conformidade a terceiros; 
 Buscar certificação/registro do seu sistema de gestão ambiental por uma 
organização externa; 
 Realizar uma auto avaliação e emitir auto declaração de conformidade com 
esta Norma. 
 
3.3. Fundamentos da Gestão Ambiental 
Os fundamentos, ou seja, a base de razões que levam as empresas a 
adotar e praticar a gestão ambiental são vários. Pode perpassar desde 
procedimentos obrigatórios de atendimento da legislação ambiental até a fixação 
de políticas ambientais que visem a conscientização de todo o pessoal da 
organização. 
A busca de procedimentos gerenciais ambientalmente corretos, incluindo-
se aí a adoção de um Sistema Ambiental (SGA), na verdade, encontra inúmeras 
razões que justificam a sua adoção. Os fundamentos predominantes podem variar 
de uma organização para outra. No entanto, eles podem ser resumidos nos 
seguintes básicos: 
 Os recursos naturais (matérias-primas) são limitados e estão sendo 
fortemente afetados pelos processos de utilização, exaustão e degradação 
decorrentes de atividades públicas ou privadas, portanto estão cada vez 
 
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mais escassos, relativamente mais caros ou se encontram legalmente mais 
protegidos. 
 Os bens naturais (água, ar) já não são mais bens livres/grátis. Por 
exemplo, a água possui valor econômico, ou seja, paga-se, e cada vez se 
pagará mais por esse recurso natural. Determinadas indústrias, 
principalmente com tecnologias avançadas, necessitam de áreas com 
relativa pureza atmosférica. Ao mesmo tempo, uma residência num bairro 
com ar puro custa bem mais do que uma casa em região poluída. 
 O crescimento da população humana, principalmente em grandes regiões 
metropolitanas e nos países menos desenvolvidos, exerce forte 
consequência sobreo meio ambiente em geral e os recursos naturais em 
particular. 
 A legislação ambiental exige cada vez mais respeito e cuidado com o meio 
ambiente, exigência essa que conduz coercitivamente a uma maior 
preocupação ambiental. 
 Pressões públicas de cunho local, nacional e mesmo internacional exigem 
cada vez mais responsabilidades ambientais das empresas. 
 Bancos, financiadores e seguradoras dão privilégios a empresas 
ambientalmente sadias ou exigem taxas financeiras e valores de apólices 
mais elevadas de firmas poluidoras. 
 A sociedade em geral e a vizinhança em particular está cada vez mais 
exigente e crítica no que diz respeito a danos ambientais e à poluição 
provenientes de empresas e atividades. Organizações não governamentais 
estão sempre mais vigilantes, exigindo o cumprimento da legislação 
ambiental, a minimização de impactos, a reparação de danos ambientais 
ou impedem a implantação de novos empreendimentos ou atividades. 
 Compradores de produtos intermediários estão exigindo cada vez mais 
produtos que sejam produzidos em condições ambientais favoráveis. 
 A imagem de empresas ambientalmente saudáveis é mais bem aceita por 
acionistas, consumidores, fornecedores e autoridades públicas. 
 
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 Acionistas conscientes da responsabilidade ambiental preferem investir em 
empresas lucrativas sim, mas ambientalmente responsáveis. 
 A gestão ambiental empresarial está na ordem do dia, principalmente nos 
países ditos industrializados e também já nos países considerados em vias 
de desenvolvimento. 
 A demanda por produtos cultivados ou fabricados de forma 
ambientalmente compatível cresce mundialmente, em especial nos países 
industrializados. 
 Os consumidores tendem a dispensar produtos e serviços que agridem o 
meio ambiente (AMBIENTE BRASIL, 2010). 
Cada vez mais compradores, principalmente importadores, estão exigindo 
a certificação ambiental, nos moldes da ISO 14.000, ou mesmo certificados 
ambientais específicos como, por exemplo, para produtos têxteis, madeiras, 
cereais, frutas, etc. Tais exigências são voltadas para a concessão do “Selo 
Verde”, mediante a rotulagem ambiental. Acordos internacionais, tratados de 
comércio e mesmo tarifas alfandegárias incluem questões ambientais na pauta de 
negociações culminando com exigências não tarifárias que em geral afetam 
produtores de países exportadores. Esse conjunto de fundamentos não é 
conclusivo, pois os quesitos apontados continuam em discussão e tendem a se 
ampliar. Essa é uma tendência indiscutível, até pelo fato de que apenas as 
normas ambientais da família ISO 14.000 que tratam do Sistema de Gestão 
Ambiental e de Auditoria Ambiental encontram-se em vigor (AMBIENTE BRASIL, 
2010). 
 
3.4. O Sistema De Gestão Ambiental Nas Empresas 
Nas empresas o sistema e processo de gestão ambiental está 
profundamente vinculado a normas que são elaboradas pelas instituições públicas 
(prefeituras, governos estaduais e federal) sobre o meio ambiente. Estas normas 
fixam os limites aceitáveis de emissão de substâncias poluentes, definem em que 
condições serão despojados os resíduos, proíbem a utilização de substâncias 
 
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tóxicas, definem a quantidade de água que pode ser utilizada, volume de esgoto 
que pode ser lançado, etc. 
As normas legais serão vistas em maiores detalhes em outra apostila, mas 
podemos adiantar que elas são referências obrigatórias para as empresas que 
pretendem implantar um sistema de Gestão Ambiental5 (SGA). A violação dessas 
normas legais ou seu desconhecimento afetam de forma significativa os 
investimentos das empresas, além de afetar sua capacidade de intervenção no 
mercado (DIAS, 2009). 
A resposta das empresas ao grande número de normas legais que foram 
sendo implantadas ao longo dos últimos anos e às críticas que a sociedade lhes 
tem feito devido ao impacto negativo de suas atividades tem sido, 
tradicionalmente, de reagir conforme vão surgindo. Deste modo predominaram 
nos últimos anos, os métodos corretivos para a solução dos problemas 
ambientais causados pelas atividades das empresas, buscando-se eliminar ou 
reduzir os impactos que foram gerados. Esta política ambiental seguida pela 
maioria das empresas tem caráter reativo, e está ligada aos métodos corretivos 
(DIAS, 2009). 
Por outro lado uma política proativa implica um planejamento prévio em 
cima dos possíveis efeitos ambientais e uma atuação antecipada para evitar 
esses impactos, reestruturando os produtos e processos envolvidos. Uma política 
desse tipo está ligada à aplicação de métodos preventivos que estuda a 
eliminação dos impactos na origem, mas também para os que são produzidos ao 
longo de toda a vida do produto (DIAS, 2009). 
POLITICA 
AMBIENTAL 
REATIVA 
 
MÉTODOS 
CORRETIVOS 
 
5
 Conjunto de responsabilidades organizacionais, procedimentos, processos e meios que se 
adotam para a implantação de uma política ambiental em determinada empresa ou unidade 
produtiva. Um SGA é a sistematização da gestão ambiental por uma organização determinada. É 
o método empregado para levar uma organização a atingir e manter-se em funcionamento de 
acordo com as normas estabelecidas, bem como alcançar os objetivos definidos em sua política 
ambiental. 
 
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POLITICA 
AMBIENTAL 
PROATIVA 
 
MÉTODOS 
PREVENTIVOS 
Dentre as finalidades da Gestão ambiental e empresarial temos: 
1. Servir de instrumentos de gestão com vistas a obter ou assegurar a 
economia e o uso racional de matérias-primas e insumos, destacando-se a 
responsabilidade ambiental da empresa; 
2. Orientar consumidores quanto à compatibilidade ambiental dos processos 
produtivos e dos seus produtos ou serviços; 
3. Subsidiar campanhas institucionais da empresa com destaque para a 
conservação e a preservação da natureza; 
4. Servir de material informativo a acionistas, fornecedores e consumidores 
para demonstrar o desempenho empresarial na área ambiental; 
5. Orientar novos investimentos privilegiando setores com oportunidades em 
áreas correlatas; 
6. Subsidiar procedimentos para a obtenção da certificação ambiental nos 
moldes da série de normas ISO 14.000; 
7. Subsidiar a obtenção da rotulagem ambiental de produtos (DIAS, 2009). 
 
Os objetivos e as finalidades inerentes a um gerenciamento ambiental nas 
empresas evidentemente devem estar em consonância com o conjunto das 
atividades empresariais. Portanto, eles não podem e nem devem ser vistos como 
elementos isolados, por mais importantes que possam parecer num primeiro 
momento. Vale aqui relembrar o trinômio das responsabilidades empresariais: 
 Responsabilidade ambiental; 
 Responsabilidade econômica; 
 Responsabilidade social (AMBIENTE BRASIL, 2010). 
 
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A gestão ambiental é aplicável em empresas de qualquer tamanho e setor. 
Qualquer uma pode reduzir o consumo de energia, de água ou pode incentivar o 
uso de produtos recicláveis, adotando vasilhames adequados para seu 
recolhimento. 
É bem verdade que as empresaspequenas enfrentam problemas na 
implantação de um SGA devido à necessidade de dedicar uma parte dos recursos 
humanos e financeiros à sua implantação de acordo com as normas da ISO 
14000, mas se estiverem vinculadas a grandes clientes que exigem de seus 
fornecedores um SGA, provavelmente será necessário se adequar, portanto, 
terão que levar em consideração as vantagens e desvantagens do investimento, 
mas a bem da verdade, é preciso perceber que cada vez mais há exigências de 
SGA, por parte dos consumidores, das instituições públicas e do mercado 
internacional. 
A adoção de um SGA implica uma mudança de mentalidade de toda a 
organização, desde os altos escalões até os níveis inferiores. Implica mudança de 
cultura organizacional com a incorporação da variável ambiental no dia-a-dia das 
pessoas que integram a empresa. Também implica mudanças de atitude com 
respeito ao ambiente externo da organização. 
 
Finalizando... 
Algumas considerações que não são finais, mas que devem nos levar a 
refletir e posicionar claramente em relação ao futuro que desejamos se não para 
nós, para os nossos herdeiros. 
Desenvolvimento e sustentabilidade são questões ambientais que 
requerem uma visão holística e sistêmica (Capra, 1996). Faz-se necessária a 
percepção do todo, uma mudança linear de causa-efeito, para enxergar as 
causas, suas relações e inter-relações cíclicas. Historicamente, os recursos 
naturais estiveram a serviço do ser humano para satisfazer suas necessidades, 
que, por sua vez, geraram um aumento na produção, no sentido de atendimento e 
criação de novas necessidades. 
 
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Os recursos eram considerados à disposição das pessoas, sem que as 
mesmas se preocupassem com o papel que exerciam no equilíbrio da natureza e 
os danos causados, ao retirá-los e ao despejá-los de volta em forma de lixo. 
Bastava que fossem economicamente viáveis sua exploração e extração, em 
curto prazo. 
Vimos pelo Relatório Brundtland, o apontamento da pobreza como uma 
das principais causas e um dos principais efeitos dos problemas ambientais do 
mundo. O relatório criticou o modelo adotado pelos países desenvolvidos, por ser 
insustentável e impossível de ser copiado pelos países em desenvolvimento, sob 
pena de se esgotarem rapidamente os recursos naturais. Emerge, desta forma, o 
conceito de desenvolvimento sustentável, ou seja, “o atendimento das 
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações 
futuras atenderem as suas próprias necessidades” (NOSSO FUTURO COMUM, 
1991, p.46 apud DIAS, 2009). 
Neste conceito estão embutidos pelo menos dois importantes princípios: o 
de necessidades e o da noção de limitação. O primeiro trata da equidade 
(necessidades essenciais dos pobres) e o outro refere-se às limitações que o 
estágio da tecnologia e da organização social determinam ao meio ambiente. 
Portanto, o desenvolvimento sustentável preconiza que as sociedades atendam 
às necessidades humanas em dois sentidos: aumentando o potencial de 
produção e assegurando a todos as mesmas oportunidades (gerações presentes 
e vindouras). A questão não é simplesmente referente ao tamanho da população, 
mas sim a distribuição equânime dos recursos. 
Em essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de 
transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a 
orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se 
harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às 
necessidades e aspirações humanas (NOSSO FUTURO COMUM, 1991 apud 
DIAS, 2009). 
É importante lembrar que muitos obstáculos deverão ser vencidos para que 
se possa atingir, de forma satisfatória, o desenvolvimento sustentável de uma 
 
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determinada região, ou melhor ainda, do planeta como um todo. Brügger (1994, 
p.25) atenta para o seguinte: 
“A economia não está isolada dos demais processos sociais e, assim, será 
preciso uma profunda revisão dos valores que compõem a nossa sociedade 
industrial. Do contrário, surgirão falsas alternativas como um Livre Comércio 
‘maquiado de verde’ que continuará a reproduzir o sistema econômico que 
degradou a qualidade de vida no planeta.” 
Capra (1996, p. 26-27) menciona que “a mudança de paradigmas requer 
uma expansão não apenas de nossas percepções e maneiras de pensar, mas 
também de nossos valores”, e que é preciso questionar os aspectos do velho 
paradigma, pois não precisaremos nos desfazer de tudo, mas antes de sabermos 
isso, devemos estar dispostos a questionar tudo, a respeito dos próprios 
fundamentos da nossa visão de mundo e do nosso modo de vida modernos, 
científicos, industriais, orientados para o crescimento e materialistas. 
Enquanto o velho paradigma está baseado em valores antropocêntricos, a 
ecologia profunda está alicerçada em valores ecocêntricos. É uma visão de 
mundo que reconhece o valor da vida não humana. Todos os seres vivos são 
membros de comunidades ecológicas ligadas umas às outras numa rede de 
interdependências. 
Quando essa percepção ecológica torna-se parte da consciência cotidiana, 
emerge um sistema de ética totalmente novo. 
Um bom exemplo é reciclar resíduos, transformá-los em produtos com 
valor agregado. O processo de refino da cana-de-açúcar é bastante ilustrativo, 
pode ser aproveitado para a geração de energia, na produção de papel e ainda 
como ração animal, quando hidrolisado. O vinhoto, além de excelente adubo, 
transforma-se em energia se utilizado em biodigestor. 
A informação e o acesso às tecnologias através de uma base conceitual 
abrangente são capazes de permitir a superação dos obstáculos à utilização 
sustentada do meio, a consciência em nível planetário para criar bases de 
compreensão holística da realidade, não pode perder a ótica local, regional e 
nacional. O suporte para a vida humana e para a sociedade é complexa, varia de 
 
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acordo com a forma à qual o homem maneja os seus recursos ambientais onde o 
desenvolvimento econômico e o bem estar do homem dependem dos recursos da 
Terra. 
De acordo com Lerípio (1999, p.43): 
“(...) a degradação ambiental é, consequência de um modelo de 
organização político-social e de desenvolvimento econômico, que estabelece 
prioridades e define o que a sociedade deve produzir, como produzir e como será 
distribuído o produto social. Isto implica no estabelecimento de um determinado 
padrão tecnológico e de uso dos recursos naturais, associados a uma forma 
específica de organização do trabalho e de apropriação das riquezas socialmente 
produzidas.” 
Portanto o desenvolvimento sustentado não é centrado exclusivamente na 
produção, a chave está nas pessoas, na participação, na organização, na 
educação e no fortalecimento cultural e na distribuição equitativa de rendas. 
Ideias de sociedades sustentáveis baseiam-se na necessidade de se pensar em 
diversidade, com opções econômicas e tecnologias diferenciadas, voltadas 
principalmente para o desenvolvimento harmonioso das pessoas e de suas 
relações com o conjunto do mundo natural, um processo que permita buscar a 
sustentabilidade ambiental, social e política, princípio ético normativo que 
segundo Guevara (1998 apud Dias, 2009), está centrada em princípios 
ecológicos,que refere ao manejo cuidadoso dos recursos naturais e conservação 
da biodiversidade e princípios político-sociais que diz respeito à liberdade 
democrática, satisfação às necessidades básicas e distribuição equitativa da 
riqueza gerada. 
A necessidade de se responder de forma responsável ao meio ambiente 
não é passageira, segundo Kinlaw (1997) embora os ecossistemas da Terra 
tenham se demonstrado extremamente resistentes até o momento, é evidente 
que nós, humanos, pressionamos tanto esses sistemas que sua capacidade de se 
autoregular já está prejudicada. Para que uma sociedade possa se desenvolver, 
precisa ser capaz de controlar suas próprias atividades dentro de suas 
comunidades, participar não apenas do trabalho físico envolvido no 
desenvolvimento econômico, mas agir como pessoas que têm ideias próprias. 
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5. ANEXOS 
 
ANO ACONTECIMENTO OBSERVAÇÃO 
1962 Publicação do livro 
Primavera Silenciosa 
(Silent Spring) 
Livro de Rachel Carson que teve grande 
repercussão na opinião pública e expunha 
os perigos do inseticida DDT 
 
1968 Criação do Clube de 
Roma 
Organização informal cujo objetivo era 
promover o entendimento dos 
componentes variados,

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