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DIREITO CONSTITUCIONAL O que é Direito? Ciência: ‘’Eu estudo Direito’’. Norma Jurídica: Determinações – ‘’O direito determina a igualdade’’. Faculdade: Direito de agir – ‘’Eu tenho o direito de...’’ Justiça: adaptação à norma – ‘’O salário é um direito do trabalhador’’. ‘’O direito é a vinculação bilateral, atributiva da conduta para a realização ordenada dos valores da convivência’’. Na citação, Miguel Reale afirma que o nosso comportamento é vinculado ao mundo das leis, e essa vinculação é das duas parts, pois não só obriga, como também atribui ao lesado a faculdade de agir. Quais são os elementos do Estado? Território: espaço físico delimitado por fronteiras. Povo: indivíduos que habitam o msm território unidos pela msm língua, cultura. Soberania: poder de um pais de aplicar o Direito em seu território. Finalidade: Estado por ser uma sociedade, tem a finalidade do bem comum. Divisão de poderes do Estado: Executivo: aquele que chefia o Estado. Chega ao poder por meio do voto popular. Judiciário: função de julgar e fiscalizar. Chega ao poder por concursos e títulos. Legislativo: disciplina as leis. Chega ao poder por meio dos votos. Esses poderes foram criados pelo poder constituinte e se esbarram nos direitos fundamentas, o que acaba limitando o poder do Estado. O que é a Contituição? ‘’É um sistema de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regulam a forma do Estado, a forma de seu governo, o modo de aquisição e o exercício do poder, estabelecendo seus órgão e os limites de sua ação’’. Teorias da Constituição: Sociológica: A constituição é a soma dos fatores reais de poder – Ferdinand Lassale. Politica: A constituição é uma decisão política fundamental – Carl Schimitt Jurídica: sentido lógico-jurídico (norma hipotética) e jurídico positivo (lei fundamental). Objetivos últimos da Constituição: Institucionalizar o Estado Democrático de Direito. Assegurar o respeito aos Direitos Fundamentais. Contribuir para o desenvolvimento econômico e para a justiça social. Assegurar uma boa administração, com racionalidade e transparência. Universalismo =/= Multiculturalismo O universalismo é o reconhecimento de que há um conjunto mínimo de direitos universais, o multiculturalismo procura resguardar a diversidade dos povos e impedir a hegemonia. Estudo do Direito Constitucional sobre vários aspectos: Ciência: conhecimento sistematizado e fundamental q busca promover os princípios. Direito Positivo: estuda a vigência e eficácia das normas de cada Estado. Direito comparado: o Direito Constitucional varia no tempo e espaço. Direito Constitucional Geral: extrai oq há de comum entre os institutos. Direito Constitucional Material =/= Direito Constitucional Formal Enquanto o Material trata de regras referentes a forma do Estado, o Formal não precisa se referir necessariamente à matéria constitucional, apenas a forma. Diferenças Direito Publico x Direito Privado: Interesse preponderante Forma de relação jurídica: Que pode ser de coordenação (acordo mutuo) ou de subordinação (o Estado determina o comportamento). O Direito Publico protege os interesses preponderantemente públicos ou do estado e regula relações de subordinação. O Direito Privado protege os interesses preponderantemente privados ou particulares e regula as relações de coordenação. O que é Constitucionalismo? O termo constitucionalismo significa a limitação do poder e a supremacia da Lei. Evolução do Constitucionalismo: Pactos e Carta Magna: convenções desenvolvidas entre o monarca e os súditos e diziam respeito as garantias individuais. Forais ou cartas de Franquia: esboçam a participação dos súditos e defendem os direitos individuais. Contribuíram para assegurar os textos escritos. Contratos de colonização: quando os peregrinos vieram para a America, procuraram fixar as regras pelas quais governariam. Leis Fundamentais do Reino: criação francesa para defender das fraquezas monarca, estabelecendo o ‘corpo especifico’. Superioridade e inviabilidade das regras. Contrato Social: A autoridade dos governantes se fundava de um contrato entre o soberano e os súditos, no qual o povo obedecia ao príncipe, que por sua vez deveria governar com justiça. Iluminismo: O homem passa a ser individualizado, prevalecendo a razão. Era proposto um governo de respeito as liberdades individuais. Como surgem as leis municipais? Resultam de uma iniciativa ou do prefeito, ou do vereador ou do povo. Vai para a Câmara de vereadores, que pode não aceitar o projeto que é, então, arquivado. Caso aceitem, volta ao prefeito que o sanciona, promulga e publica. Se o prefeito vetar, o projeto volta a câmara que pode aceitar o veto do prefeito e o arquivá-lo, ou então derrubá-lo por maioria absoluta, promulgando e publicando o projeto pelo presidente da Câmara. Caso o prefeito nem sancione, nem vete, após o período de 15 dias, o projeto é transformado em Lei, ocorre a chamada sansão tácita. Iniciativa -> Câmara Municipal -> Prefeito -> Câmara Municipal -> Promulga -> Publica Para entender melhor: - Sansão: aceitação do projeto de Lei. - Promulgação: declarar que o projeto virou Lei. - Publica: vai para o jornal, para que a população fique ciente. - Maioria Absoluta: metade de todos os deputados que completam a Câmara + 1. - Maioria Simples: metade de todos os deputados presentes + 1. Como surgem as leis estaduais? Segue o mesmo caminho que as leis municipais. Iniciativa do governador, deputado, tribunais, procuradores ou povo -> Assembleia Legislativa -> Governador (veta ou sanciona) -> Assembleia Legislativa -> Promulga -> Publica. Como surgem as leis federais? Segue o mesmo caminho que as leis municipais e estaduais. Iniciativa do presidente, senadores, deputados, Supremo, procurador geral ou povo -> Câmara dos Deputados e Senado -> Presidente -> Câmara e Senado -> Promulga -> Publica. Quando o presidente do Legislativo pode assinar a Lei? Quando derrubam o veto do prefeito/governador/presidente por maioria absoluta. Quando o prefeito/governador/presidente não sanciona, nem veta o projeto de Lei. Poder constituinte: Poder composto de representantes extraordinários dele mesmo, tal poder constituinte edita a Constituição e com isso encerra sua missão. O poder constituinte se fundamente em si próprio e não decorre de qualquer regra jurídica, tendo como fundamento o poder natural de organização social. Quem é o titular do poder constituinte? O povo, pois ‘’individuos isolados buscam reunir-se; uma vez reunidos, passam a deliberar sobre questões de interesse comum, oq caberia a representantes da sociedade, ocasião em que haveria a estruturação dos órgãos de governo, exigindo, assim, uma contituição’’. Quem é o agente do poder constituinte? A Assembleia Nacional Constituinte, já que esta é composta de representantes do povo, eleitos para a votação e a promulgação de uma nova constituição. Qual a natureza do Poder Constituinte? De fato, pois o poder constituinte é originário, autônomo e onipotente, ou seja, não existe nada anterior a ele que possa disciplinado. É nele então, que se situa a vontade do soberano. (Direito Positivo) O Poder Constituinte pode ser: Originário: Quando se aplica na elaboração de uma Constituição, quando surge um novo estado ou logo após uma revolução em que houve total ruptura da ordem jurídica. Por ser o poder de elaborar uma nova constituição, é a primeira norma do ordenamento, assim não há limites jurídicos à sua elaboração , caracterizando-se como poder de fato e absoluto. Tem como característica ser: inicial, ilimitado, incondicionado e autônomo. Derivado: É o poder responsável peça alteração do Texto Constitucional. Pode ser: Poder Constituinte Derivado Reformador: É responsável pela alteração, revisão e reforma do texto constitucional. Poder Constituinte Derivado Decorrente: Consiste na possibilidade que os Estados-Membros têm, em virtude de sua autonomia político-administrativa, de se auto organizarem por meio de suas respectivas Constituições estaduais, sempre respeitandoa Constituição Federal. O poder constituinte derivado está previsto na própria Constituição, e portanto, tem limitações constitucionais expressas e implícitas, que são Temporais: Quando a Constituição prevê que período ela pode ser revisada ou alterada. Exemplo: Artigo 3º. Circunstanciais: limita as circunstancias/situações em q a Constituição não pode ser alterada, são elas: intervenção federal, estado de defesa, estado de sítio. Materiais: São assuntos q dada a sua importância para a sociedade, não podem ser modificadas por meio de Emenda Constitucionais – cláusulas pétreas. Classificação das Constituições: Quanto ao conteúdo: Material: contêm normas próprias da Constituição, estabelecem a estrutura estatal. Formal: contêm normas que não são essenciais. Quanto à forma: Escritas: Aquelas codificadas em documento único escrito e solene. Não escritas: Normas esparsas, costumeiras e jurisprudência. Quanto à elaboração: Dogmáticas: apresenta-se com documento escrito, solene e único. Históricas: decorrentes da história de um povo, costumeiras. Quanto à origem: Outorgadas: impostas por quem detém o poder, sem participação popular. Promulgada: promulgada pela Assembleia Nacional Constituinte, composta por representantes do povo. Cesarista: imposta por governante, mas submetida a plebiscito ou referendo. Quanto à estabilidade: Imutável: não pode sofrer alteração. Rígidas: só pode ser mudada mediante um processo com regras severas. Semirrígidas: podem ser alteradas por um processo legislativo ordinário. Flexível: pode ser modificada segundo mesmo processo para leis ordinárias. Quanto à sua extensão: Sintéticas: prevê apenas princípios e normas gerais referentes a estrutura estatal. Analíticas: examina e regulamenta todos os assuntos relevantes à formação, destinação e funcionamento do Estado.
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