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CUSTOS INDUSTRIAIS Apostila

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“CONTABILIDADE DE CUSTOS” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profº Maria da Penha Broédel Lopes Vallim 
 
 
 
 
 
 
 
 
ES 
 
 
 
 FACULDADES INTEGRADAS ESPÍRITO-SANTENSES 
 
Contabilidade de Custos 
 Maria da Penha Broédel Lopes Vallim 
 
 
 
2 
 
A EMPRESA MODERNA 
 
1-INTRODUÇÃO 
 
Nas primeiras décadas da revolução industrial a produção ocorria praticamente de 
forma artesanal, o mercado inexplorado e expansionista levava as empresas a 
mecanizarem suas produções que passavam a atingir um grande aumento de 
produtividade e uma posição confortável como empresa emergente neste novo 
cenário que se formava. 
 Na segunda década do século XX, com a administração científica de TAYLOR 
e da linha de produção da FORD, a lógica da produção capitalista causa melhorias 
na produtividade industrial devido principalmente a ESPECIALIZAÇÃO DO 
TRABALHO e PADRONIZAÇÃO DOS PRODUTOS E PEÇAS. (Isso foi possível 
porque a demanda do mercado era superior a produção). 
 Inicia-se um novo cenário, a oferta de produtos começou a superar a procura, 
o aumento da concorrência fez com que a padronização dos produtos fossem 
diminuindo cada vez mais e novos modelos foram introduzidos de forma rápida, 
diminuindo a vida útil dos produtos. Observa-se neste momento uma flexibilização 
na introdução de novos modelos e freqüente alteração nos produtos.Outro fator 
relevante foi a redução contínua dos preços de venda, mostrando que as 
imperfeições e ineficiências deveriam ser reduzidas, pois, os clientes agora podiam 
escolher não aceitando ineficiências e imperfeições devido concorrência, preços 
mais baixos devido abundância de oferta de produtos e melhor qualidade com 
variedade de modelos do mesmo produto e marcas diferentes. 
 Neste contexto o cenário atual é de mercado competitivo, produtos de baixo 
preço, boa qualidade, freqüentes modificações de projetos, curta vida útil dos 
produtos (ciclo de vida) e muitos modelos diferentes. O Controle efetivo das 
atividades produtivas é condição indispensável para que qualquer empresa possa 
competir em igualdade de condições com seus concorrentes. 
 
(AVALIAR O DESEMPENHO DE SUAS ATIVIDADES E INTERVIR RAPIDAMENTE 
PARA A CORREÇÃO E MELHORIA DOS PROCESSOS). 
(EFICIÊNCIA E EFICÁCIA) 
 
ANÁLISE DO PREÇO DE VENDA AO LONGO DA EVOLUÇÃO DE CUSTOS 
 
 
 
Antes 
 
 ( CÁLCULOS DOS CUSTOS) 
 
Depois 
 
 ( CONTROLE DOS CUSTOS) 
 
 
Preço = Custo + Lucro 
 
 
Lucro = Preço - Custo 
 
 
Custo = Preço - Lucro 
 
PVu 
PVu 
PVu Qualidade A 
Qualidade B 
Qualidade C 
 FACULDADES INTEGRADAS ESPÍRITO-SANTENSES 
 
Contabilidade de Custos 
 Maria da Penha Broédel Lopes Vallim 
 
 
 
3 
 
Hoje 
 ( GESTÃO DOS CUSTOS) 
O NOVO AMBIENTE COMPETITIVO 
 
O ambiente que as empresas estão inseridas está modificando continuamente 
devido um cenário mais complexo e globalizado, gerando uma competição cada vez 
mais acirrada, redução de barreiras alfandegárias, criação de grandes mercados de 
livre comércio como: NAFTA, MERCOSUL, MERCADO COMUM EUROPEU e 
Outros blocos econômicos que visam fortalecimento para sobrevivência de pessoas 
e organizações. 
 No Brasil a abundância de matéria prima e mão de obra de baixo custo, 
devida baixa qualificação, tem sido alvo de muitas empresas internacionais que 
detêm elevada tecnologia de gestão de custos e estabelecem seus investimentos 
em diversos segmentos e industrias, isto quando os fatores políticos, econômicos do 
Brasil não apresentam sintomas de risco e sim de retorno compensador dos Ativos 
aqui investidos. Não poderíamos deixar de falar dos produtos importados que tem 
ocupado a dispensa de muitas famílias brasileiras devido à ineficiência em várias 
áreas das empresas nacionais. Este aumento de concorrência tem provocado 
profundas mudanças no sistema produtivo das atuais empresas. 
 
EMPRESA TRADICIONAL EMPRESA MODERNA 
Comporta poucos produtos Flexibilização da produção 
Trabalha com grandes lotes Muitos modelos. 
Alto volume de produção Ciclo operacional reduzido 
Ciclo de vida longo Menor vida útil produtos (ciclo de vida) 
Prazos de entrega longo Menor prazo de entrega ao cliente 
Grandes lotes Lotes pequenos com alta qualidade 
Pouca ênfase ao desperdício Combate contínuo ao desperdício 
Altos estoques Filosofia da qualidade total 
 Baixos estoques 
 Fluxo contínuo de materiais 
 
 
A empresa tradicional não necessitava do aprimoramento contínuo da eficiência, 
pois, o mercado menos competitivo absorvia os produtos defeituosos e a ineficiência 
produtiva com preços razoavelmente altos. 
 
A empresa moderna busca incessantemente pela melhoria da eficiência e da 
produtividade. (EVITAR O MÁXIMO DE INEFICIÊNCIA DECORRENTE DA MÁ 
QUALIDADE E DO TRABALHO IMPRODUTIVO). 
 As atividades devem agregar valor aos produtos, pois, o que estiver contrário 
a essa lógica deve ser reduzido sistematicamente e continuamente, bem como, não 
se tolera quaisquer tipos de desperdício. 
 
 
 FACULDADES INTEGRADAS ESPÍRITO-SANTENSES 
 
Contabilidade de Custos 
 Maria da Penha Broédel Lopes Vallim 
 
 
 
4 
 
2- CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA MODERNA 
 
 Vivemos numa constante necessidade de produção que visa atender as 
exigências do mercado com novos produtos e variedade de modelos que tem como 
alvo um cliente mais exigente e contemporâneo. As inovações e modificações nos 
produtos são freqüentes, o ciclo operacional e o prazo de entrega cada vez mais 
reduzido, bem como a vida útil dos produtos. 
 Para atingir o aprimoramento no sistema produtivo a empresa moderna busca 
“contínuo processo de melhoria e de combate ao desperdício e a filosofia da 
qualidade total”. 
 
A constante melhoria de suas atividades e eliminação do desperdício relaciona-se 
com inovações tecnológicas, qualificação da mão de obra e constante 
aprimoramento do processo produtivo. 
 
Definição de desperdício: “insumo consumido de forma não eficiente e não 
eficaz” Ex. materiais defeituosos, atividades desnecessários. 
 
Existem também, atividades que não agregam valor ao produto, mas que são 
necessárias para a fabricação dos produtos recebendo tratamento análogo ao 
dispensado aos desperdícios. 
Ex. Preparação de máquinas e movimentação de materiais. 
 
TEMPO X R$ X $$ Preços justos ao consumidor 
 
A empresa moderna busca incessante redução dos desperdícios por meio de 
incessante atividade de racionalização da produção. Dentro deste objetivo global 
surgem algumas características essenciais, que diferem das empresas tradicionais e 
será foco de nossa análise. 
 
CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA MELHORIA CONTÍNUA E 
ELIMINAÇÃO DO DESPERDÍCIO: 
 
2.1. Lotes de produção Pequenos 
2.2. Baixos Estoques 
2.3. Fluxo Contínuo de Materiais 
2.4. Filosofia da Qualidade Total 
 
 
 
2.1. Lotes de Produção Pequenos 
 
Atualmente as empresas modernas trabalham com pequenos lotes, meta do lote 
unitário e não mais lotes econômicos que como conseqüência destrutiva é de gerar 
acomodamento no processo produtivo com atitudes e pensamentos do tipo “o 
funcionamento da fábrica está ajustado no ponto ótimo e nossa tarefa está sendo 
 FACULDADES INTEGRADAS ESPÍRITO-SANTENSES 
 
Contabilidade de Custos 
 Maria da Penha Broédel LopesVallim 
 
 
 
5 
 
bem cumprida” ou pior “no ponto de máximo qualquer modificação diminuirá a 
eficiência da empresa”. 
 Na racionalidade da produção a redução do tamanho do lote tende a 
aumentar a produtividade da empresa, pois força o aprimoramento do processo. O 
tempo de preparação das máquinas era visto como variável independente e na 
realidade o tempo de preparação sofre ações de melhoria para que o objetivo possa 
ser satisfeito, ou seja, se não houver reduções no tempo de preparação a produção 
não poderá ser efetuada em lotes menores. Na prática percebe-se que tal mudança 
de mentalidade produz resultados poderosos na busca constante da eliminação do 
desperdício. 
 
2.2. Baixos Estoques 
 
 Os estoques são desperdícios, visto que não acrescentam valor ao produto e 
demandam gastos. Da mesma forma que o tamanho do lote, os estoques de matéria 
prima, de material em processo e de produtos acabados também são reduzidos na 
empresa. 
Com os lotes de produção pequenos e baixos inventários o processo produtivo deve 
estar bem ajustado e balanceado, pois, não admite falhas e perda de tempo por não 
dispor de grande estoque de segurança. 
 
Pensamento tradicional: “paradas na fábrica são normais e quanto maiores os 
estoques, mais tempo teremos para resolver o problema antes de faltarem 
artigos para venda”. 
 
 Este pensamento é um perigo gerando acomodação na situação presente, 
passando-se a considerar os problemas como normais, só atacando os mesmos de 
forma paliativa quando surgirem “combatem os efeitos e não as causas”. Na 
empresa moderna a lógica e trabalhar as causas e de forma permanente, portanto, 
os baixos estoques de segurança até ajudam esta mudança de comportamento. 
Uma fábrica com baixo estoque proporciona, rapidez. (menor tempo e menor custo) 
quando da necessidade de modificação, inclusão ou desativação de produtos. Esta 
característica é um instrumento importante na disputa pelo mercado. O risco de 
obsolescência e o tempo de fabricação (lead time) também são reduzidos levando a 
possibilidade de um melhor atendimento ao cliente, a redução do custo de produção 
possibilita trabalhar com preços de venda mais competitivos, a diminuição do espaço 
físico para fabricação e armazenamento possibilita menor investimento e maior 
integração dos processos; o capital de giro da empresa também é reduzido, 
proporcionando maior rentabilidade sobre o investimento. 
 
TODOS ESTES ITENS COLOCAM A EMPRESA MODERNA EM GRANDE 
VANTAGEM COMPETITIVA SOBRE AS TRADICIONAIS. 
 
2.3. Fluxo Contínuo de Materiais 
 
Trabalhando com lotes pequenos e baixos estoques, a empresa moderna consegue 
aproximar-se de um fluxo contínuo de materiais, chegando perto da produção 
 FACULDADES INTEGRADAS ESPÍRITO-SANTENSES 
 
Contabilidade de Custos 
 Maria da Penha Broédel Lopes Vallim 
 
 
 
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contínua. Com isto, a fabricação dos produtos torna-se mais rápida e eficiente. A 
flexibilidade de qualificação humana torna-se fator relevante formando um conjunto 
que torna o sistema produtivo com seus departamentos e seções funcionando na 
forma de interdependência que, evitará a espera na linha de produção ganhando em 
velocidade e eficiência. 
“Esta visão de perda de espera não é a atual, porque nós aprendemos como 
aperfeiçoar nossas oficinas de serviços intermitentes, fazendo-as comportarem-se 
mais como oficinas de serviços contínuos. (...) O camaleão nunca poderá ser uma 
folha, mas poderá parecer-se com uma. Assim ocorre na fabricação” (Schonberger, 
1988). 
 
2.4. Filosofia da Qualidade Total 
 
A empresa moderna prioriza a qualidade, que geralmente é subdividida em 
qualidade de projeto, relacionada com a adequação do produto ao mercado, e 
qualidade de conformação que visa atender as especificações do projeto durante a 
fabricação do produto. Hoje, esta visão de qualidade está cada vez mais ampliada, 
englobando a satisfação dos desejos do mercado pelo projeto, manufatura 
confiável e sem defeitos, preço de venda acessível aos consumidores, a 
segurança e adequação ao meio ambiente e o atendimento aos prazos locais e 
quantidades exigidas, sem falar ns serviços de assistência técnica e o 
relacionamento com fornecedores e funcionários. 
 
Da empresa tradicional lembramos do DCQ (Departamento de Controle de 
Qualidade) que possui inspetores que atuam nos pontos críticos do processo 
produtivo no intuito de manter a qualidade. A restrição é o custo elevado que surge 
por existir mais mão de obra, lotes rejeitados ocupando área física, conflitos com 
produção para não atrasar produção e clientes gerando espera e insatisfação, perda 
de tempo etc. 
 
3 - OS DESPERDÍCIOS DA EMPRESA 
 
De maneira geral os esforços da empresa podem ser divididos em trabalho e desperdícios. O 
trabalho é dividido em trabalho que agrega valor e trabalho que não agrega valor. 
 O trabalho que agrega valor também chamado de trabalho efetivo, porque 
compreende atividades que agregam, ou melhor, aumentam o valor do produto, 
dentro da ótica do consumidor; em outras palavras o produto após a atividade vale 
mais do que antes. Normalmente são atividades que transformação, que modificam 
fisicamente o produto. 
 O trabalho que não agrega valor também chamado de trabalho adicional 
compreende as atividades que não aumentam o valor do produto, mas geram 
suporte para o desenvolvimento do trabalho efetivo, sendo que às vezes até 
diminuem o valor de tais produtos. Ex. preparação de máquinas e manutenção. 
 Os desperdícios não adicionam valor aos produtos e não são necessários ao 
trabalho efetivo, sendo que, às vezes até diminuem o valor de tais produtos. 
Ex. Produção de itens defeituosos, movimentação desnecessária, inspeção de 
qualidade e capacidade ociosa. 
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Contabilidade de Custos 
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7 
 
Avaliando estes conceitos nos leva a lógica de buscarmos atitudes de eliminar os 
desperdícios, minimizar o trabalho adicional e maximizar o trabalho efetivo, que 
precisa ser a cada dia ser operacionalizado com a maior eficiência possível. 
A expressão trabalho que não agrega valor geralmente é usada para identificar o 
conjunto do trabalho adicional e dos desperdícios. 
 
Como exemplo poderíamos implementar um processo de melhoria em uma 
organização com objetivo de avaliar dentro de um determinado período o 
tempo dedicado com o trabalho efetivo, trabalho adicional e desperdícios. 
(ANTES X DEPOIS) 
 
3.1.Tipos de Desperdicios 
 
Segundo Shingo (1981) os desperdícios classificam-se em sete tipos; 
superprodução, transporte, processamento, fabricação de produtos defeituosos, 
movimento, espera e estoque. 
 
A) Desperdícios por Superprodução - Produzir acima do necessário ou 
antecipadamente levam a mascaração de outros desperdícios. O aumento 
de estoques esconde eventuais (e naturais) imperfeições do processo. Por 
isso recomenda-se eliminar completamente este tipo de desperdício, 
devendo aprimorar constantemente o processo obtendo um fluxo contínuo 
de materiais, redução dos tempos de preparação dos equipamentos 
diminuindo o tamanho dos lotes processados. 
B) Desperdícios por Transporte – as atividades de movimentação de 
materiais que não adicionam valor ao produto. Neste caso a condição ideal e 
a melhoria por meio do processo de mecanização e automação e 
diretamente da reorganização física da fábrica que deve reduzir ao mínimo 
possível as necessidades de movimentação de materiais. 
C) Desperdícios no processamento – Citamos aqui as atividades de 
transformação desnecessárias, evitar ter no produto aquilo que não é 
essencial, não precisa, o clientenão está pedindo, ou seja, o desnecessário 
partes que poderiam ser dispensáveis, o que pode ser trabalhado com 
técnicas de análise de valor e de processo. 
D) Desperdícios por fabricação de produtos defeituosos - entendemos aqui 
produtos fora das especificações de qualidade. Este talvez seja o mais 
facilmente identificável e mensurável, mas não o menos importante. A maior 
necessidade da empresa e a busca incessante pela excelência na produção 
para se tornar competitiva no mercado moderno. Este combate está ligado a 
confiabilidade do processo. 
E) Desperdícios no movimento - Movimentos inúteis na execução das 
atividades, ineficiência da operação. Segundo estudos de movimentos de 
Gilbreth, a ineficiência resulta de movimentações desnecessárias no 
trabalho de transformação. Sua eliminação está ligada a obtenção de 
padrões de desempenho e ações corretivas em busca de atingir as metas 
padrão. 
F) Desperdícios por espera – A capacidade ociosa é a grande vilã, pois, 
ocasiona trabalhadores e instalações parados gerando custos perdidos. 
 FACULDADES INTEGRADAS ESPÍRITO-SANTENSES 
 
Contabilidade de Custos 
 Maria da Penha Broédel Lopes Vallim 
 
 
 
8 
 
Fatores identificados que aumentam este desperdício; elevado tempo de 
preparação falta de sincronização da produção, falhas não previstas no 
sistema produtivo. Este desperdício será denominado desperdício por 
ociosidade. 
G) Desperdícios por estoque – A existência do estoque gera custos 
financeiros de manutenção dos estoques, obsolescência dos itens 
estocados e principalmente o custo de oportunidade pela perda de mercado 
futuro para a concorrência com menor “lead time”. 
H) Desperdício de Matéria-Prima – Matérias primas despendidas de maneira 
anormal ou acima da necessidade para confecção do produto. Este 
desperdício geralmente é atacado no momento de processamento, já que 
geram trabalho e/ou materiais não usados para transformação dos produtos. 
 
3.2 A Necessidade de mensuraração dos desperdícios. 
 
Mensurar dos desperdícios e as atividades que não agregam valor são de extrema 
importância para análise e discursão dos usuários dos sistemas de custos, pois são 
informações ricas para o efetivo auxilio ao controle e à avaliação da empresa 
moderna, pois, permite visualizar o montante que, despendido no sistema produtivo, 
não colabora para a fabricação dos produtos, tendo, portanto, condições de priorizar 
esforços direcionados aos pontos que existe maior potencial de retorno. 
 A Especialização e competência são fator essencial para as empresas 
modernas se manterem no mercado e constituírem um sistema que permita a 
identificação e quantificação sistemática dos desperdícios. 
“Deixar de perder é aumentar o lucro ou ter preços mais competitivos no mercado 
concorrente”. 
 
4 - AS RELAÇÕES ENTRE CONTABILIDADE FINANCEIRA, 
CONTABILIDADE DE CUSTOS E CONTABILIDADE GERENCIAL. 
 
4.1-Contabilidade Financeira 
A Contabilidade Financeira sinteticamente analisando objetiva controlar o Patrimônio 
e Apurar o resultado de determinado período de tempo e propõe gerar informações 
aos usuários externos. È também chamada como Contabilidade Fiscal, pois, seu 
foco principal é atender as leis e está ancorada na exigibilidade dos princípios 
contábeis geralmente aceitos que padroniza a ação dos contadores no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Contabilidade de Custos 
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Lógica: 
 
CONTABILIDADE FINANCEIRA 
 
 
PRESTA INFORMAÇÕES A USUÁRIOS EXTERNOS 
 
 
COLETA DADOS, ESCRITURA E ORGANIZA, ARMAZENA DADOS, SINTETIZA. 
 
 
EMITE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (INFORMAÇÃO FINAL) 
 
 
 
BP DRE DLPA ou DMPL DOAR 
 
 
 
Nosso foco agora passa a ser a análise da AVALIAÇÃO DO ESTOQUE 
e a influência que recebe da Contabilidade Financeira. 
 
 
Tratamos inicialmente da seguinte forma: 
 
CMV= EI + C – EF LB= V – CMV 
 
CMV=Custo da Mercadoria Vendida 
EI=Estoque inicial 
C=compras 
EF=Estoque Final 
LB=Lucro Bruto 
V=Vendas 
 
Ao analisar a matemática das fórmulas podemos concluir alguns pontos de extrema 
importância para acompanharmos nosso conceito na área de Custos Gerencial. 
 
Afirmamos que: quanto < EI > LB 
 > EF >LB 
 
portanto se : EI LB e se EF LB 
 
 
 
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Contabilidade de Custos 
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10 
 
4.2-CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
Com o advento da revolução Industrial tivemos que assumir nova forma de 
pensamento. 
 
Problemas de Apuração: 
 
1-Artesanal 
2- Processo com Matéria Prima e Fatores de Produção 
 
O item Compras foi substituído pelos fatores ( MP. MO, Energia, Combustível, etc.), 
melhor definindo custos de Produção. 
 
O Ramo que controla estes gastos passou a chamar Contabilidade de custos. 
 
Quando entramos no Processo produtivo o ESTOQUE passar a ter divisões 
(Produtos em Elaboração e Produtos Acabados). 
 
 
Neste momento constituímos nova fórmula: 
 
CPV= EI + GASTOS NA PRODUÇÃO - EF 
 
LB= VENDAS - CPV 
 
 
RECEITA LÍQUIDA 
(-)CPV 
=RESULTDO BRUTO INDUSTRIAL 
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 
=RESULTADO LÍQUIDO 
 
O custo de produção do Período na realidade são (todos os gastos ocorridos), que 
foram totalmente absorvidos o que na linguagem de custos afirmamos que o 
custeamento, ou seja, “forma de apurar os custos” – denominamos neste caso 
Custeio por Absorção. 
 
Obs.: O Custeio por Absorção é exigido pelas Auditorias externas e pela 
legislação do IRPJ 
 
Este custeio é sustentado pelos seguintes princípios: 
 
Princípio do Registro pelo Valor Original-(estoques são avaliados pelo custo 
histórico, não havendo correção no preço dos fatores de produção). 
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Contabilidade de Custos 
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11 
 
Princípio da Competência - todos os gastos do período com a produção que não 
tiveram correspondência com receitas obtidas devem ser incorporados ao valor dos 
estoques (daí Custeio Por Absorção). 
 
4.3-CONTABILIDADE GERENCIAL 
 
1-FOCO NAS INFORMAÇÕES COM CARACTERÍSTICAS 
(Relevantes, Oportunas, Tempestivas, eficazes etc.) 
2-ATENDER USUÁRIOS INTERNOS 
3- TOMAR DECISÕES 
(Maximizem riqueza, Minimizem Custos, Minimizem Grau de Risco). 
 
4.4- NOVO CENÁRIO EMPRESARIAL 
(Empresas modernas, mercado globalizado, Crescente Tecnológica, Qualificação da 
Mão de Obra, Variedade de Produtos, Oferta de produtos na média maior que 
Demanda, Concorrência; Comunicação em alta velocidade, Perfil de Clientes 
racionais, Grandes Fusões Empresariais, Blocos econômicos na Busca de 
privilégios e barreiras tributárias, fatores políticos, Reforma da Previdência, 
Trabalhista e Tributária). 
 
4.5- FUNÇAO CONTROLE - METAS PREVISTAS X REALIZADAS 
É moldada de acordo com a necessidade de cada tipo de organização e cada tipo 
de segmento (Industria, Comércio e Serviços). 
Não segue Princípios Contábeis e se relaciona com a estatística, Administração 
Financeira e análise das Demonstrações Contábeis/Financeiras. 
 
4.6 A CONTABILIDADE GERENCIAL É ESTRATÉGICA PARA 
EMPRESAS MODERNAS 
A Contabilidade de Custos Inicialmentetinha uma função de avaliar estoques e 
apurar resultados e na era em que vivemos ganhou e vem ganhando novas funções 
e extrema importância da ramificação da contabilidade gerencial. 
 
HOJE: 
Custos São Usados 
 
 
Auxiliar Controle e Tomar Decisões 
 
 
Padrões Orçamentos Previsões Informações Eficazes 
 
 
 
CUSTEIO-PADRÃO CUSTEIO - VARIÁVEL 
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Contabilidade de Custos 
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12 
 
 
 
 
 
 
 
Obs: Neste Caso os Estoques Finais não incorporarão todos os gastos efetivos na 
produção e serão avaliados por um valor menor que o custeio por Absorção fazendo 
com que o Lucro bruto seja Menor. 
 
 
5-TERMINOLOGIA CONTÁBIL 
(Classificações e Nomenclaturas de Custos) 
 
Na Contabilidade, encontramos várias terminologias com significados diferentes que 
às vezes são utilizados de forma errônea. 
 Nosso objetivo nesta parte é uniformizar o entendimento de determinados 
termos que utilizaremos ao longo dos próximos capítulos. 
Como exemplo podemos encontrar termos como: desembolso,dispêndio, gasto, 
desencaixe, despesa, custo, perda , investimento e outros. 
GASTO – É todo dispêndio, sacrifício para aquisição de um bem ou serviço 
(renuncia de um ativo) com pagamento no ato (desembolso) ou no futuro (cria nova 
dívida); representada pela entrega ou promessa de entrega de bens ou direitos. O 
gasto se concretiza quando bens ou serviços adquiridos são prestados ou passam a 
ser propriedade da empresa. 
 
Ex.: gasto com mão de obra (salários e encargos sociais) = aquisição de serviços de 
MO. 
Gastos com aquisição de mercadoria para revenda; aquisição de matéria primas 
para industrialização; gastos com aquisição de imobilizados (máquinas e 
equipamentos); gastos com energia elétrica (aquisição de serviços de fornecimento 
de energia); gasto com aluguel de edifício e galpões; gasto com reorganização 
administrativa (serviço). 
 
DESEMBOLSO - É o pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço; 
é todo dinheiro que sai do Caixa (disponível),um desencaixe. Na realidade mais 
cedo ou mais tarde todo gasto será um desembolso; gasto (pagamento à vista) ou 
no futuro (pagamento a prazo). 
 
Os Gastos podem ser classificados em três tipos: Investimentos, Custos ou 
Despesas. 
 
INVESTIMENTOS - Quando os gastos mostram que trarão benefícios futuros 
para a empresa ou ativado em função da sua vida útil denominamos gasto de 
investimento.(ter potencial para gerar receita)=(lucro)=benefícios para vários 
períodos. 
EVITA INEFICIÊNCIAS E 
DESPERDÍCIOS 
TRATA TODOS CUSTOS FIXOS COMO 
DESPESAS DO EXERCÍCIO, 
INDEPENDENTE DO % DA PRODUÇÃO 
QUE TENHA SIDO VENDIDA OU QUE 
TENHA FICADO EM ESTOQUE. 
 FACULDADES INTEGRADAS ESPÍRITO-SANTENSES 
 
Contabilidade de Custos 
 Maria da Penha Broédel Lopes Vallim 
 
 
 
13 
 
Ex: Aquisição de móveis e utensílios; aquisição de imóveis; despesas pré-
operacionais; aquisição de marcas e patentes; aquisição de matéria prima; aquisição 
de material pra escritório. 
 
DESPESAS- Despesas é o contrário. Depois da sua ocorrência, não traz mais 
benefícios para a empresa. Gasto com bens e serviços não utilizados nas atividades 
produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de receitas. 
Para facilitar o entendimento e facilitar a diferença ente custos e despesas 
colocaremos uma divisória didática: todos os gastos realizados com o produtos até 
que esteja pronto, são CUSTOS, a partir daí , são DESPESAS. 
 
Ex: gastos com embalagens são custos se realizados no âmbito do processo 
produtivo (o produto é vendido embalado) é despesa se embalado fora do processo 
produtivo. 
Obs.:Todos os custos que estão incorporados nos produtos acabados da empresa 
industrial são reconhecidos como despesas e deverão ser apropriados na conta de 
resultado no momento em que tais produtos são vendidos. 
 
Ex: Salários e encargos sociais do pessoal de vendas; salários e encargos do 
pessoal da Administração; energia elétrica consumida no escritório; gastos com 
combustível e refeições do pessoal de vendas; conta telefônica do escritório e de 
vendas; aluguéis e seguros do prédio do escritório. 
 
Obs.: A matéria prima no momento de sua compra representa um investimento e 
quando passa a ser utilizada no processo produtivo torna-se custo e despesa 
quando o produto é vendido. Entretanto está matéria prima que está incorporada no 
produto acabado em estoque pelo fato de ser ativo , volta a ser investimento. 
 Os encargos financeiros incorridos pelas empresas independem de serem 
originários da aquisição de insumos para a produção; são sempre Despesas. 
 
CUSTO - Gastos com bens ou serviços utilizados na produção de outros bens e 
serviços; são todos os gastos ligados à atividade de produção. Todos os gastos no 
processo de industrialização que contribuem com a transformação da matéria prima 
(fabricação) entendemos como custos: mão de obra; energia elétrica; desgaste das 
máquinas utilizadas na produção,embalagem; gastos cm manutenção das máquinas 
da fábrica, aluguéis e seguros do prédio da fábrica; combustíveis e lubrificantes 
usados nas máquinas da fábrica; salários do pessoal da produção. 
 
PERDA- É um gasto não intencional (involuntário), anormal, extraordinário; decorre 
de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa. Quando 
for de fatores externos a produção, é lançado diretamente na conta resultado como 
DESPESA e quando são perdas normais de matérias primas na produção industrial 
ou no processo produtivo integram o CUSTO DE PRODUÇÃO DO PERÍODO. 
 
Ex: Desfalque no caixa; inundações, greves, incêndio; perda de um veículo em um 
desastre; perda através das máquinas; quebra produtos; rebarbas; sucatas; galgas. 
 
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14 
 
Obs: É importante tornar relevante que se um gasto que é considerado como 
despesa afetará diretamente o resultado do exercício e ser for considerado Custo, só 
afetará o resultado a parcela do gasto que corresponder aos produtos vendidos. As 
parcelas correspondentes aos produtos em estoque (produtos acabados e em 
elaboração. (semi-acabados) ficará ativada o que veremos em comentários nas 
próximas partes). 
 
 
GANHO - Podemos também ter ganhado que é bastante aleatório. Lucro que 
independe da atividade operacional da empresa Ex; ganhos monetários (ganhos 
com a inflação); venda de um imobilizado por valor acima do seu custo; recebimento 
de seguros por um bem perdido. 
 
 
TANTO A PERDA QUANTO O GANHO REFLETEM NO PL DIMINUINDO OU 
AUMENTANDO O LUCRO APURADO NA DRE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GASTO 
 
DESEMBOLSO 
PAGAMENTO DO 
GASTO 
OBTENÇÃO DE UM 
BEM OU SERVIÇO 
BENS OU SERVIÇOS CONSUMIDOS OU UTILIZADOS 
NA PRODUÇÃO (REALIZAÇÃO) DE OUTROS BENS OU 
SERVIÇOS 
COMPRAS 
CONTRATAÇÕES 
A VISTA 
A PRAZO PGTO DO 
TÍTULO 
CPV –CMV -CSP 
EM FUNÇÃO DA SUA VIDA ÚTIL OU DE BENEFÍCIOS 
FUTUROS 
DESPESAS 
INVESTIMENTO 
BENS E SERVIÇOS CONSUMIDOS COM FINALIDADE 
DE OBTENÇÃO DE RECEITA E QUE NÃO ESTÃO 
DIRETA OU INDIRETAMENTE LIGADOS A PRODUÇÃO 
OU AO SERVIÇO PRESTADO 
PERDA 
BENS OU SERVIÇOS CONSUMIDOS DE FORMA 
ANORMAL OU INVOLUNTÁRIA NO PROCESSO DE 
PRODUÇÃO OU PRESTAÇÃO DO SERVIÇOLÓGICA DOS GASTOS –DESEMBOLSOS -INVESTIMENTOS -DESPESAS – CUSTOS -PERDAS 
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15 
 
Exercícios para fixação da matéria: 
 
1. Quais têm sido as principais alterações ocorridas no ambiente de 
concorrência das empresas nas últimas décadas? 
 
2. O que tem ocorrido com o preço de venda praticado no mercado? 
 
3. Quais são as principais características de uma empresa moderna? 
 
4. Porquê a eliminação dos desperdícios é particularmente importante para uma 
empresa moderna? 
 
5. Como podem ser classificados os desperdícios e que análise você faria da 
importância do reconhecimento e tratamento dos mesmos? 
 
6. Porquê a Contabilidade gerencial é estratégica para as empresas e em que 
ponto a Contabilidade de custos se insere e contribui para a geração de 
resultados? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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16 
 
Exercícios e testes de fixação da matéria: 
 
1- Abaixo temos vários exemplos de gastos, portanto marque com um (X) se 
forem gastos de Investimentos, Custos, Despesas, Perdas e 
Desembolso, na coluna correspondente. 
Legenda das colunas: I=Investimentos; C=Custos; D=Despesas; P=Perdas; 
DB=Desembolso. 
Nº Descrição fato I C D P Db 
01 Compras, à vista, de um computador. 
02 Compra, a prazo de matérias-primas. 
03 Compra, à vista de materiais-
secundários. 
 
04 Transferência de matérias primas do 
almoxarifado para a produção 
 
05 Transferência de materiais secundários 
do almoxarifado para a produção. 
 
06 Pagamento de prêmios de seguro, 
cobrindo a fábrica e os imóveis da adm. 
comercial e financeira , com vigência de 
1 ano a partir da contratação. 
 
07 Apropriação do seguro da fábrica num 
determinado mês 
 
08 Apropriação do seguro da 
administração. 
 
09 Pagamento de energia elétrica relativa 
às instalações industriais 
 
10 Pagamento de energia elétrica relativa 
ao escritório de vendas 
 
11 Apropriação dos gastos de mão de obra 
(inclusive encargos sociais) relativo ao 
pessoal de vendas 
 
12 Apropriação dos gastos de mão de obra 
relativo ao pessoal da produção 
 
13 Pagamento de encargos financeiros 
relativos à compra de mat.Primas 
 
14 Pagamento de taxas sobre talões de 
cheques nos bancos 
 
15 Apropriação, à produção, de honorários 
da diretoria industrial. 
 
16 Despesas, à vista com refeições do 
pessoal da fábrica. 
 
17 Despesas, à vista com refeições do 
pessoal de vendas. 
 
18 Depreciação de móveis e utensílios da 
área comercial e administrativa 
 
19 Depreciação de máquinas e 
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17 
 
equipamentos da área de produção 
20 Pagamento de fretes e carretos sobre 
matérias primas e materiais secundários 
adquiridos (incorpora-se ao valor dos 
materiais comprados) 
 
21 Pagamento de fretes e carretos sobre 
produtos vendidos pela fábrica 
 
22 Constituição de provisões para o 13º e 
férias do pessoal da fábrica 
 
23 Provisão do 13º e férias do pessoal da 
administração comercial 
 
 
24 Pagamento do 13º ao pessoal da 
fábrica, sendo que não houve nenhuma 
diferença em relação ao que foi 
provisionado. 
 
25 Danificação de matéria primas em 
função de incêndio 
 
26 Gasto já pago com mão de obra da 
fábrica num período de greve (acordo 
com o sindicato resultou no pagamento 
de dias parados) 
 
27 Perda de matéria prima num processo 
normal de produção 
 
28 Embalagem utilizada em produto no 
decorrer da produção 
 
29 Embalagem utilizada em produto após o 
processo de produção 
 
2. Em relação à terminologia utilizada pela Contabilidade de custos, é correto afirmar que: 
a) Gastos são custos ou despesas que a empresa incorre para realizar a produção e 
vende-la; 
b) Despesas são gastos incorridos com a produção de bens e serviços, com intenção de 
sua venda posterior; 
c) Investimentos não são gastos, uma vez que se trata de ativos adquiridos pela empresa 
que somente são depreciados lentamente; 
d) Perdas são sacrifícios ocorridos na produção, de forma involuntária ou fortuita; 
e) Custos são gastos que a empresa incorre pra comercialização dos produtos por ela 
fabricados. 
 
3 -Gasto do Departamento de faturamento, a depreciação das máquinas de produção, a 
compra de matéria-prima, o tempo do pessoal em greve (remunerado) são respectivamente: 
a) Despesa, perda, ativo, custo; 
b) Despesa, ativo.Perda, custo; 
c) Despesa, custo. Ativo, perda; 
d) Despesa, custo, perda, ativo; 
e) Despesa, ativo, custo.Perda. 
 
4-Representa gasto: 
a) O pagamento de dividendos; 
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18 
 
b) A contratação de um financiamento em longo prazo; 
c) O pagamento de compra efetuada a prazo; 
d) O aumento de capital da empresa; 
e) A aquisição de máquinas; 
 
5-Desembolso representa: 
a) Pagamento pela aquisição de um bem ou pela obtenção de um serviço; 
b) Aquisição a prazo de móveis e utensílios; 
c) Depreciação de equipamentos da fábrica; 
d) A apropriação dos gastos de mão de obra; 
e) Constituição de provisão. 
 
6-Investimento representa: 
a) Qualquer desembolso pra aquisição de um serviço; 
b) Um gasto com bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de benefícios 
atribuíveis a períodos futuros; 
c) Gasto com bens e serviços consumidos com a finalidade de obter receitas; 
d) Gasto de salários e encargos sociais do pessoal de vendas;Gasto não intencional, 
decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva normal da 
empresa. 
Bornia, Antonio Cezar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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19 
 
 
5-CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS E OS DIFERENTES TIPOS DE CUSTEIO 
 
 
5.1- EM RELAÇÃO À APROPRIAÇÃO AOS PRODUTOS FABRICADOS 
 
Temos aqui os Custos diretos e os Custos indiretos 
 
Os Custos Diretos (CD) – São todos os custos que podem ser alocados 
(apropriados) diretamente ao produto , porque há um medida objetiva de seu 
consumo nesta fabricação. 
Ex: Matéria Prima- Geralmente a empresa sabe a quantidade exata de matéria 
prima que está sendo utilizada para fabricação de uma unidade do produto, portanto, 
sabendo o preço da matéria prima o custo fica facilmente identificado por cada 
produto 
Mão-de-Obra Direta - Trata-se dos custos com os trabalhadores, utilizados 
diretamente na produção. Sabendo-se quanto tempo cada um trabalhou em cada 
produto e o preço da mão de obra, é possível apropria-los diretamente ao produto. 
Material de embalagem; Depreciação de equipamento (quando este é utilizado praproduzir apenas um tipo de produto); Energia elétrica das máquinas (quando é 
possível saber quanto foi consumido na fabricação de cada produto) 
 
Os Custo Indiretos (CI) - São todos os custos que dependem de cálculos, rateios 
ou estimativas para serem apropriados aos diferentes produtos, portanto, são 
custos apropriados indiretamente aos produtos. O parâmetro utilizado para as 
estimativas e chamado de base ou critério de rateio. 
 
Ex: Depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais de um 
produto; salário dos chefes de supervisão de equipes de produção; energia elétrica 
que não pode ser associada ao produto. 
 
Obs: se a empresa produz apenas um produto, todos os seus custos são diretos. 
Às vezes, o custo é direto por natureza, mas é de tão pequeno, valor que não 
compensa o trabalho de associa-lo a cada produto, sendo tratado como. 
Indireto. (relação custos/benefícios). Ex: gastos com verniz e cola na fabricação de 
móveis 
 
 
5.2- EM RELAÇÃO AOS NÍVEIS DE PRODUÇÃO 
 
Custos Fixos- São aqueles cujos valores são o mesmo qualquer que seja o volume 
de produção da empresa. 
Podemos alertar neste item que os custos fixos podem vir de valor no decorrer do 
tempo. O aluguel da fábrica sofre reajustes em determinado mês, mas não deixa de 
ser considerado um custo fixo, uma vez que terá o mesmo valor qualquer que seja a 
produção do mês. Ex: imposto predial, depreciação dos equipamentos (método 
linear) salários de segurança e porteiros da empresa, prêmios de seguros. 
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20 
 
 
Custos Variáveis- São aqueles cujos valores se alteram em função do volume de 
produção da empresa. Ex: matéria-prima consumida. 
Se não houver quantidade produzida o custo variável será nulo. 
Os custos variáveis aumentam à medida que aumenta a produção. Outros 
exemplos; materiais indiretos consumidos, depreciação dos equipamentos quando 
for feito em função das horas/máquinas trabalhadas, gastos com horas extras na 
produção. 
 
Custos semivariáveis – São aqueles que variam de acordo com o volume de 
produção e possuem uma parcela fixa mesmo que não haja produção ex: conta de 
energia elétrica da fábrica que existe uma taxa mínima, aluguel de uma copiadora, 
gasto com combustível para aquecimento de uma caldeira (a caldeira não pode 
esfriar). 
 
Custo semifixos ou Custos por degraus – são fixos numa determinada faixa de 
produção mais que variam se houver mudança dessa faixa de produção. Ex: 
necessidade de supervisores de produção da Cia. 
Tabela de supervisores da empresa x 
Volume de produção Quantidade necessária de 
Supervisores 
Custos em R$ 
(Salários + Encargos) 
0 - 20.000 1 120.000,00 
20.001-40.000 2 240.000,00 
40.001-60.000 3 360.000,00 
60.001-80.000 4 480.000,00 
 
Alguns autores não fazem uso da nomenclatura de custos semivariáveis e custos 
semifixos, preferindo denomina-los de custos que possuem uma parcela fixa e uma 
parcela variável ou de custos mistos. 
 
Afirmamos neste ponto que para aplicação do custeio variável (princípio de 
custeamento), é muito importante sabermos separar a parcela fixa da parcela 
variável dos custos mistos, de forma que tenhamos apenas custos fixos e custos 
variáveis. 
 
5.3- ANÁLISE DE HIPÓTESES DE COMPORTAMENTO 
 
 
Neste momento assumiremos o comportamento que os custos variáveis (CV) 
sejam diretamente proporcionais à quantidade produzida. Isto quer dizer que o 
custo variável unitário (Cvu), ou seja, o custo variável dividido pela quantidade 
produzida é fixo (constante). 
 
CVU= CV 
 Qtd. Produzida 
 
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21 
 
Por outro lado, o custo fixo (CF), pela sua própria definição é constante 
qualquer que seja o volume de produção. Entretanto, o custo fixo unitário 
(Cfu), custo fixo dividido pela quantidade produzida é sempre decrescente. 
 
Exemplo: 
 
Foi elaborado o seguinte quadro para apresentar os custos de produção de 0 a 100 
unidades produzidas, em R$: 
 
Q C FIXO C VARIÁVEL CUSTO 
TOTAL 
CUSTO 
FIXO 
UNITÁRIO 
CUSTO 
VARIÁVEL 
UNITÁRIO 
CUSTO 
MÉDIO 
Q CF R$ CV R$ CT R$ Cfu R$ Cvu R$ CMe R$ 
0 100,00 0,00 100,00 - - - 
1 100,00 10,00 110,00 100,00 10,00 110,0 
2 100,00 20,00 120,00 50,00 10,00 60,00 
3 100,00 30,00 130,00 33,33 10,00 43,33 
4 100,00 40.00 140,00 25,00 10,00 35,00 
- - - - - - - 
- - - - - - - 
- - - - - - - 
99 100,00 990,00 1090,00 1,01 10,00 11,01 
100 100,00 1000,00 1100,00 1,00 10,00 11,00 
 
 
Análise do quadro construído: 
O Custo Fixo (CF) é sempre constante. Neste caso R$100,00 qualquer que seja o 
volume de produção. 
O Custo Fixo unitário (CFu) é sempre decrescente uma vez que seu resultado 
origina-se da divisão de um valor fixo por quantidades produzidas cada vez maiores. 
O Custo Variável (CV) é sempre crescente com o volume de produção. Se a 
empresa produz maior quantidade de um determinado produto, é lógico que ela vai 
gastar, por exemplo, mais matéria prima. 
 
O Custo Variável Unitário (CVu) é sempre constante, qualquer que seja o volume 
de produção (isto implica dizer que se dobrarmos a produção dobraremos também o 
custo com matéria –prima. (esta é uma análise gerencial de grau de comparabilidade 
entre os diversos custos que melhoraremos através dos gráficos descritos abaixo e 
da demonstração matemática dos custos até aqui explanados). 
 
 
Observe no gráfico 01 que o CF é uma reta paralela ao eixo das quantidades. O CV 
é zero se nada for produzido e aumentado a medida que a produção aumenta. O CT 
se nada for produzido é igual ao CF e também é crescente com acréscimos da 
produção. Note que o CT é uma reta paralela à CV e está situado acima desta. 
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22 
 
Observe que no gráfico dois o Cvu é uma reta paralela ao eixo das quantidades. 
CFu e CMe são decrescentes à medida que as quantidades aumentam. Note 
também que a distancia, para um dado QTD, entre CFu e CMe é sempre constante 
e igual a CVu. 
Então: CMe - CFu = CVu 
 
 
Gráfico 01 
 
 
 
 
250,00 
 
 
 200,00 
 150,00 
 
100,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CF,CV e 
CT (R$) 
CT 
CV 
QTD 10 15 
CFu,CVu 
e CMe 
(R$) 
20,00 
 
 
16,67 
 
10,00 
 
6,67 
CVu 
CMe 
CFu 
10 15 
Gráfico 02 
CF 
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23 
 
 
 MATEMATICAMENTE TERÍAMOS A SEGUINTE ANÁLISE: 
 
CF=100 
CV=CVu .Q Cv=10.Q então CT=CF +CV = 100 + 10Q 
 
PARA Q=10 TERÍAMOS: 
 
CF=100 
CV=10 X 10 =100 E CT= CF + CV = 100 + 100 =200 
 
PARA Q=15 TERÍAMOS: 
 
CF=100 
CV=10 x 15= 150 E CT= CF + CV = 100 + 150=250 
 
Para custos unitários, teríamos: 
 
CFu=CF/Q 
CVu=CV/Q 
CMe=CT/Q = CF + CV = CF + CV = CFu + CVu 
 Q Q Q 
 
Sendo assim;Para Q=10 Para Q=15 
 
CFu=100/10=10 CFu=100/15=6,67 
CVu=100/10=10 CVu=150/15=10,00 
CMe=10 + 10=20 CMe=6,67 + 10 = 16,67 
 
 
Exercício de fixação: 
 
Efetue os cálculos feitos acima para um volume de produção de 25 peças 
produzidas e 40 peças produzidas. 
 
Considerações: Podemos admitir a hipótese da classificação dos custos em 
relação à apropriação ao produto fabricado e ao volume de produção. 
O consumo do material direto de uma produção é um custo direto e variável. Os 
materiais indiretos utilizados na produção são exemplos de custos indiretos e 
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24 
 
variáveis. O seguro de fábrica é um custo indireto e fixo. A mão de obra utilizada em 
máquinas que precisam de regulagem é um custo direto e fixo. 
 
 
5.4 DESPESAS FIXAS E VARIÁVEIS 
 
As despesas podem receber esta classificação de variáveis e fixas, porém definidas 
em função do volume de vendas e não do volume de produção. 
Ex: comissão paga a vendedores são despesas variáveis; aluguel do escritório é 
despesa fixa já que deve ser pago independente das vendas efetuadas. 
 
5.5 OUTRAS TERMINOLOGIAS 
 
5.5.1 CUSTO DE PRODUÇÃO DO PERÍODO (CPP) 
 
São todos os custos incorridos no processo produtivo num determinado período de 
tempo e normalmente e descrito da seguinte forma 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de cada item que compõe o CPP: 
 
Material direto (MD)= Matéria prima; Materiais secundários cujo valor compense 
apropria-los diretamente ao produto; Material de embalagem. 
Mão de Obra Direta (MOD)= Gastos com mão de obra que são diretamente 
apropriáveis ao produto. 
CIF= Demais gastos de fabricação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material Direto(MD) + Mão-de-Obra Direta(MOD) + Custo Indiretos de Fabricação (CIF) = 
CUSTO DE PRODUÇÃO DO PERÍODO 
CPP=MD+MOD+CIF 
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25 
 
 
5.5.2-OUTRAS TERMINOLOGIAS – CUSTO DE PRODUÇÃO DO PERÍODO (CPP) 
São todos os custos incorridos no processo produtivo num determinado período de 
tempo e normalmente e descrito da seguinte forma: 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS E DIVERSOS TIPOS DE CUSTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MD 
Materiais Diretos 
Matéria-Prima 
Embalagem 
MOD 
Mão-de-Obra 
Direta 
Mensurada e 
identificada de 
forma direta 
CIF 
Custos Indiretos 
Custos que não 
são 
MD nem MOD 
Despesas 
 
Gastos não 
associados 
à produção 
 
Custo total, contábil ou fabril 
 
Custo de transformação 
 
Custo primário ou direto 
 
Gastos totais ou custo 
integral ou Gerencial ou 
Pleno 
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26 
 
5.6 TIPOS DE CUSTEIO E SUAS FINALIDADES 
 
 
5.6.1-CUSTEIO POR ABSORÇÃO 
 
O custeio por absorção ou Custeio pleno consiste na apropriação de todos os custos 
(Fixos ou Variáveis) à produção do período. Os gastos não ligados diretamente ao 
processo de produção (despesas) são excluídos. 
 
A principal característica no custeio por absorção é entre custos e despesas. Daí a 
importância do conhecimento e a separação, porque as despesas são contabilizadas 
imediatamente contra o resultado do período (DRE)., enquanto somente os custos 
relativamente aos produtos vendidos terão idêntico tratamento. Os custos relativos 
aos produtos em elaboração e aos produtos acabados que não tenham sido 
vendidos estarão ativados no estoques destes produtos. Resumidamente 
poderíamos afirmar que o custo dos produtos que não foram vendidos e que estão 
em elaboração e acabados estão carregados de custos e despesas. 
 
O exemplo abaixo revela a importância da distinção entre custos e despesas para o 
custeio por absorção. 
 
“Uma empresa que fabricou 1000 unidades de sapatos, incorreu em custos de 
R$9.000,00 e despesas operacionais de R$3.000,00. O Departamento de vendas 
informou venda de 800 unidades ao preço de R$20,00 , totalizando vendas de 
R$16.000,00. 
O custo unitário =9.000,00/1000=R$9,00 
 
 
 
DRE APRESENTADA: MOMENTO 01 
VENDAS=R$16.000,00 
(-) CPV =(R$7.200,00) (800 X 9,00) 
=LUCRO BRUTO R$8.800,00 
(-)DESPESAS OPEACIONAIS = (R$3.000,00) 
= LUCRO LÍQUIDO = R$5.800,00 
 
Se simularmos que um custo de R$ 1.000,00 tivesse sido classificado erroneamente 
como despesas, o custo unitário de fabricação diminuiria para R$8,00 
(8000,00/1000) e as despesas operacionais aumentariam pra R$4.000,00 e o DRE 
APRESENTADO SERIA: 
 
DRE APRESENTADA: MOMENTO 02 
VENDAS=R$16.000,00 
(-) CPV =(R$6.400,00) (800 X 8,00) 
=LUCRO BRUTO R$9.600,00 
(-)DESPESAS OPERACIONAIS = (R$4.000,00) 
= LUCRO LÍQUIDO = R$5.600,00 
 
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27 
 
Podemos analisar diante desta simulação que a classificação incorreta de um custo 
como uma despesa reduziu o lucro líquido da empresa, pois, 1000,00 foi totalmente 
deduzido na apuração do resultado em vez de ter sido deduzido apenas a parcela 
referente à produção vendida (80% da produção x 1000,00= 800,00 . Este fato 
explica a diferença de R$200,00 a mais de lucro no resultado correto. 
 Cabe neste momento informar que o Custeio por absorção é o único aceito 
pela auditoria externa, porque atende aos princípios Contábeis da realização da 
Receita, da Competência e da confrontação. Além disso, é o único aceito pela 
legislação do IRPJ. (Esta forma de custeio atende as exigências da lei mas está 
longe como ferramenta Gerencial para tomada de decisão pelo administrador que 
necessita de conceitos modernos , diminuir riscos, maximizar riqueza e minimizar 
custos num mercado globalizado e cada vez mais competitivo com constante 
evolução de novos instrumentos tecnológicos e a eficácia do conhecimento na 
seleção das informações que possam atingir os objetivos e metas das organizações 
e pessoas. 
 
Síntese dos 03 princípios: 
Realização da receita – Ocorre à realização da receita quando da transferência do 
bem ou serviço vendido para terceiros. 
Confrontação- As despesas devem ser reconhecidas à medida que são realizadas 
as receitas que ajudam a gerar (direta ou indiretamente). 
Competência- As despesas e receitas devem ser reconhecidas no períodos a que 
competirem, ou seja, no período em que ocorrer seu fato gerador. 
 
5.6.2-CUSTEIO VARIÁVEL 
 
O princípio de custeio variável leva em conta a apropriação à produção os custos 
variáveis e trata os custos Fixos contabilizando diretamente à débito da conta de 
resultado juntamente com as despesas sob a afirmativa de que estes ocorrerão 
independente do volume de produção da empresa. 
 Os princípios contábeis descritos acima são feridos porque os custosfixos 
são reconhecidos como despesas mesmo que nem todos os produtos fabricados 
tenham sido vendidos. Este tipo de custeio é indicado para tomada de decisões. 
 
5.7 MÉTODO DO CUSTO PADRÃO 
 
Os custos são apropriados à produção não pelo seu valor efetivo (ou real) mas sim 
por uma estimativa do que deveriam ser (custo-padrão).Podem ser utilizados mesmo 
que a empresa adote o Custeio por Absorção ou o custeio Variável. 
 As diferenças entre o custo-padrão e o custo real são objeto de análise da 
contabilidade de custos, com objetivo de controle de gastos e medida de eficiência. 
 
 
 
 
 
 
 
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28 
 
5.8-SISTEMAS DE CUSTOS 
 
Neste momento é importante abordar princípios e métodos de custeio que 
ainda tem gerado divergências conceituais de vários estudiosos da área de 
custos. 
 
 A análise de um sistema de custos pode ser efetuada sob dois pontos de 
vista. No primeiro, analisamos se o tipo de informação gerada é adequado às 
necessidades da empresa e quais seriam as informações importantes que 
deveriam ser fornecidas. Esta análise está relacionada com os objetivos do 
sistema, pois a relevância das informações depende da sua finalidade. Neste 
ponto o que é importante para uma decisão pode não ser para outra. A análise do 
sistema sobre esse enfoque, será denominada princípio de custeio. 
 (É diferente de princípios contábeis) 
No segundo ponto de vista levamos em consideração a parte operacional , como os 
dados são processados pra obtenção das informações. A expressão método de 
custeio será empregada para referir-se ao sistema visto sob este angulo. 
Exemplos de Princípios de Custeio – custeio variável, custeio por absorção 
integral, custeio por absorção ideal. 
 
Exemplos de Métodos de Custeio – Custo- Padrão, Centro de Custos, Custos 
baseado em atividades (ABC) e Unidade de esforço de produção.(UEP). 
 
 
TESTE DE FIXAÇÃO: 
 
1.assinale a alternativa correta; 
a) Material direto + Mão de Obra direta = Custo de fabricação 
b) Mão de Obra direta + Gastos de Fabricação = Custo Primário 
c) Material direto + Gastos gerais de Fabricação = Custo Total 
d) Mão de Obra Direta + custo Primário= Custo Total 
e) Custo Primário + Gastos Gerais de fabricação = custo de Fabricação 
 
2.Compõem o chamado custo primário; 
a) Custo do material direto + custo da mão de obra direta 
b) Custo do material direto + custo da mão de obra direta = gastos gerais de 
fabricação. 
c) Custo do material direto + gastos gerais de fabricação. 
d) Custo da mão de obra direta + gastos gerais de fabricação. 
e) Custo do material direto + gastos gerais de fabricação. 
 
3. Os custos que dependem de cálculos , rateios ou estimativas pra serem divididos 
e apropriados em diferentes produtos ou diferentes serviços denominam –se: 
a) variáveis 
b) diretos 
c) proporcionais 
d) fixos 
e) indiretos 
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29 
 
4. Observe as informações abaixo , extraídas de escrituração de uma empresa 
industrial, relativas a um determinado período de produção: 
 
A-Materiais requisitados do almoxarifado: 
Diretos = R$300.000,00 
Indiretos= R$ 50.000,00 
B-Mão de obra apontada 
Direta = R$200.000,00 
Indireta= R$ 30.000,00 
C-Aluguel de Fábrica R$40.000,00 
D-Seguro da fábrica R$20.000,00 
E- Depreciação das máquinas R$60.000,00 
 
 
 
O custo de fabricação , o custo primário e o custo de transformação têm, 
respectivamente, os valores de: 
a) R$700.000,00 R$500.000,00 e R$400.000,00 
b) R$580.000,00 R$500.000,00 e R$120.000,00 
c) R$700.000,00 R$580.000,00 e R$230.000,00 
d) R$500.000,00 R$580.000,00 e R$400.000,00 
e) R$580.000,00 R$350.000,00 e R$230.000,00 
 
1- Observe os dados abaixo, representativos dos custo de uma empresa 
industrial (fábrica de calçados); 
 
 
CONTAS R$ 
Matéria prima 2.100.000,00 
Encargos de depreciação (M.linear) 27.000,00 
Material de embalagem 30.000,00 
Aluguéis de fábrica 80.000,00 
Administração da fábrica 100.000,00 
Comissão sobre vendas 1.500.000,00 
Energia elétrica (fábrica) 50.000,00 
 
Os custos fixos dessa empresa , no período considerado, atingiram o valor de (em 
R$): 
 
a) 80.000,00 
b) 207.000,00 
c) 180.000,00 
d) 237.000,00 
e) 287.000,00 
 
 
 
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6. Em relação a custos , é correto afirmar: 
a) os custos fixos totais mantêm-se estáveis , independentemente do volume da 
atividade fabril 
b) Os custos variáveis da produção crescem proporcionalmente à quantidade 
produzida, em razão inversa. 
c) Os custos fixos unitários decrescem à medida que a quantidade produzida 
diminui 
d) Os custos variáveis unitários crescem ou decrescem, de conformidade com a 
quantidade produzida; 
e) O custo industrial unitário, pela diluição dos custos fixos , tende a afastar-se 
do custo variável unitário, à medida que o volume da produção aumenta. 
 
7- Uma empresa restringiu a sua linha de produção a um único produto. Assim 
sendo , a energia elétrica gasta na sua fábrica será considerada: 
a) custo indireto variável 
b) custo indireto fixo 
c) custo direto fixo 
d) custo direto variável 
e) despesa operacional. 
 
8- Produtos Acabados em estoque são: 
a) custo das mercadorias vendidas 
b) ativos 
c) gastos gerais de fabricação 
d) custo de transformação 
e) custo de produção. 
 
9- assinale a afirmativa correta; 
a) depreciação das máquinas é uma despesa direta, em geral, porque se 
relaciona com a mão de obra direta aplicada. 
b) O aluguel do prédio fabril não é item apropriável pela contabilidade de custos; 
c) Matéria-prima e embalagens são custos diretos, porque podem ser apropriados 
perfeitamente aos diversos produtos que são fabricados. 
d) Materiais de consumo tais como graxa ou cola são custos diretos pelas 
mesmas razões apontadas para a matéria prima e embalagens. 
e) Os pagamentos de comissões de vendedores , são considerados despesas 
fixas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10- A fábrica de móveis Botafogo Ltda. Tem os seguintes elementos de custo de 
fabricação: 
Elementos do custo Valor em R($) 
Força motriz 6000,00 
Madeira 110.000,00 
LixA 2000,00 
Cola 8000,00 
Depreciação do equipamento 11000,00 
Verniz 5000,00 
MOD 100000,00 
Contribuição do INSS da MOD 23000,00 
Salário do Supervisor 20000,00 
Contribuição do INSS- do Sal Supervisor 4000,00 
Seguro de instalações fabris 7000,00 
 
 
Pede-se o valor do Material Direto (MAT) , da mão de obra (MOD) E DO Custo 
Indireto de Fabricação (CIF) , em R$ 
 
a) MAT=125000,00;MOD=124000,00 E CIF=47000,00 
b) MAT=100000,00;MOD=147000,00 E CIF=49000,00 
c) MAT=110000,00;MOD=123000,00 E CIF=63000,00 
d) MAT=107000,00;MOD=120000,00 E CIF=69000,00 
e) MAT=123000,00;MOD=27000,00 E CIF=146000,00 
 
11- Está correto a seguinte afirmativa; 
a) os custos variáveis unitários diminuem quando aumenta a produção; 
b) os custos fixos unitários diminuem na mesma proporção da redução da 
produção;c) os custos fixos totais decrescem na mesma proporção em que o volume 
produzido diminui; 
d) os custos fixos unitários variam em proporção inversa às variações do volume 
produzido; 
e) os custos variáveis unitários crescem na mesma proporção em que o volume 
produzido aumenta. 
 
 
 
12- Considerando os gastos abaixo, efetuados pela empresa industrial alfa em 
determinado período: 
comissões sobre vendas R$600.000,00 
mão de obra direta R$7.200.000,00 
encargos de depreciação –máquinas da produção R$1.600.000,00 
matéria prima consumida R$12.400.000,00 
salários dos supervisores R$3.200.000,00 
Publicidade R$2.400.000,00 
Energia elétrica consumida na fábrica R$2.900.000,00 
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Os custos de transformação e os custos primários da empresa no período forma , 
respectivamente (em R$) 
a) 3.000.000,00 e 20.100.000,00 
b) 12.000.000,00 e 19.600.000,00 
c) 12.000.000,00 e 22.500.000,00 
d) 14.900.000,00 e 19.600.000,00 
 
AS QUESTÕES DE 13 A 15 DEVEM SER RESOLVIDAS COM BASE NOS 
GASTOS DA EMPRESA INDUSTRIAL ABAIXO: 
Encargos c/ depreciação de móveis e utensílios R$80.000,00 
Mão de obra indireta R$160.000,00 
Matéria prima consumida R$540.000,00 
Outros gastos gerais de fabricação R$120.000,00 
Comissões sobre vendas R$300.000,00 
Encargos com depreciação de Máquinas da Produção R$140.000,00 
Aluguel do escritório de vendas R$60.000,00 
Salário dos vendedores R$20.000,00 
ICMS sobre vendas R$600.000,00 
Mão de obra direta R$220.000,00 
Material d embalagem utilizada na produção R$40.000,00 
 
13- Os custos diretos da em presa no período totalizaram (em R$) 
 
a) 540.000,00 
b) 800.000,00 
c) 760.000,00 
d) 940.000,00 
e) 960.000,00 
 
 
14- O valor dos custos indiretos da empresa foi de : 
 
a) 280.000,00 
b) 420.000,00 
c) 460.000,00 
d) 500.000,00 
e) 540.000,00 
 
 
15- As despesas fixas e variáveis da empresa no período forma, respectivamente 
(em R$): 
 
a) 100.000,00 e 960.000,00 
b) 140.000,00 e 920.000,00 
c) 160.000,00 e 940.000,00 
d) 160.000,00 e 900.000,00 
e) 300.000,00 e 900.000,00 
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UTILIZE OS DADOS A SEGUIR PARA RESPONDER AS QUESTÕES DE 16 A 19. 
A empresa Vasco da Gama S/A apresentou os seguintes custos para a fabricação 
de su produto X: 
Custo variável unitário R$50,00 ; Custo fixos associados à produção de X: 
R$40.000,00 e o preço de venda de X é R$ 90,00 cada unidade. 
 
16- O custo total de produção de X (CT) pode ser representado pela função ( Q 
significa a quantidade produzida e vendida): 
 
a) CT=50 + 40.000,00Q 
b) CT=50Q 
c) CT=40.000,00 + 50Q 
d) CT=40.000,00 
e) CT=40.000,00 + 90Q 
 
17- O custo fixo unitário e o custo variável unitário de se produzir a milésima 
unidade de x são , respectivamente, em R$: 
 
a) 40.000,00 e 50,00 
b) 40.000,00 e 50.000,00 
c) 40,00 e 90,00 
d) 40,00 e 50,00 
e) 90,00 e 40.000,00 
 
18- O custo total de produção correspondente à fabricação de 800 unidades de X 
é, em R$: 
a) 104.000,00 
b) 90.000,00 
c) 64.000,00 
d) 80.000,00 
e) 40.000,00 
 
19- Caso a companhia produza e venda 1200 unidades de x, ela auferirá; 
a) uma receita total de vendas de R$100.000,00 
b) um custo total de produção de R$108.000,00 
c) um lucro de R$8.000,00 
d) um prejuízo de R$8.000,00 
e) nem lucro, nem prejuízo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONTABILIDADE DE CUSTOS 
Exercícios de Aprendizagem Acadêmica: 
 
01. Alguns dados contábeis e financeiros das Fábricas de sandálias pé de 
chinelos Ltda. Estão exibidos a seguir. Com base nos números apresentados 
estime para o volume total produzido no período (a) o custo primário (b) o custo 
de transformação (c) o custo fabril ou Total (d) o gasto total ou custo integral. 
Conta $ 
Materiais requisitados: Diretos 8.200,00 
Depreciação do parque industrial 1.700,00 
Aluguel de fabrica 5.200,00 
Aluguel de escritório Administrativo 7.400,00 
Materiais requisitados: Indiretos 950,00 
Depreciação de computadores da Diretoria 720,00 
Mão de Obra direta 9.400,00 
Seguro da área Industrial 2.600,00 
 
 
02. Como os elementos seguintes podem ser classificados em despesas fixas 
(DF) ,Custos fixos (CF) , despesas variáveis (DV), Custos Variáveis (CV), 
Investimento (I) ou Perda (P). 
Elemento CV CF DV DF P I 
a. Comissões sobre vendas 
b. Consumo de açúcar em fábrica de doces 
c. Energia elétrica da área Administrativa 
d. Energia elétrica da área Industrial 
e. fretes e entregas 
f. aquisição de veículos para entrega 
g. fretes de insumos produtivos 
h. gastos com depreciação da fábrica 
i.gastos com depreciação de micros da loja 
j. gastos com manutenção fabril 
k. compra de máquina industrial 
L gastos com seguros das fábricas 
m. gastos com seguros das lojas 
n. gastos com supervisão da linha de prod. 
o Leasing(aluguel) veículos administrativos 
P Limpeza e conservação de lojas 
q. Consumo de matéria prima no proc.fabril 
R Consumo de mat. Secundário na fábrica 
s. sobras de matéria prima consumida 
t. consumo de material de escritório 
u. Embalagem consumida na indústria 
v. Ociosidade de mão de Obra 
w. Salários e encargos administrativos 
x. combustível gasto por vendedores 
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03. A fábrica de sorvetes sabor gelado Ltda. Apresenta custos e despesas fixas 
iguais a R$40.000,00. Seus custos variáveis são iguais a R$13,50 por caixa. 
Comumente o preço de venda médio é iguala R$22,00. Supondo produções de 
10.000,00 e 20.000,00 caixas,calcule: (a) as receitas total; (b) O custo total e 
unitário; (c) o custo fixo total e unitário;(d) O custo variável total e unitário. 
 Quantidade = 10000 unid Quantidade = 20000 unid 
DRE Simplificado Total ($) Unitário($) Total ($) Unitário ($) 
Receita 
(-) custos fixos 
(-) custos Variáveis 
(-) custos Totais 
(=) Lucro bruto 
 
 
04. A empresa Trade Box apresentou os seguintes dados em ($) 
 
Custo Fixo = 75.000,00 com produção de 60.000 peças e um Custo Médio = 
$2,75 
 
a) Calcule o custo variável baseado nos dados acima . 
b) Calcule o custo variável unitário. 
c) Qual deveria ser produção para que custo fixo unitário diminuísse 45%. 
d) Baseado na nova produção encontrada na letra c) qual será o custo fixo 
unitário, custo variável unitário, custo médio , CF , CV e CT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Foram os seguintes os gastos feitos por uma empresa num determinado período: 
Matéria prima consumida R$100.000,00 
Mão de obra direta R$60.000,00 
Energia elétrica da Fabrica R$20.000,00 
Salário da Administração R$30.000,00 
Depreciação de máquinas e equipamentos R$10.000,00 
Despesa de entrega R$40.000,00 
 
O Custo de Produção do Período foi de (em R$) 
a) 160.000,00 
b) 170.000,00 
c) 180.000,00 
d) 190.000,00 
e) 230.000,00 
 
2. Num determinado mês, a escrituração contábil de uma empresa industrial 
registrou os seguintes dados: 
Estoque de MP no início de mês R$60.000,00 
Compras efetuadas durante o mês R$120.000,00 
Estoque de MP no final do mês R$120.000,00 
Gastos com mão de obra direta R$40.000,00 
Gastos gerais de fabricação R$50.000,00 
Produção em andamento no início do mês R$40.000,00 
Produção em andamento no final do mês R$34.000,00 
O Custo dos produtos elaborados foi de (em R$) 
a) 60.000,00 
b) 140.000,00 
c) 156.000,00 
d) 174.000,00 
e) 180.000,00 
 
 
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Os seguintes dados são relativos a um período de produção da Cia Industrial Global 
e devem ser utilizados para responder as questões números 05 a 09: 
ELEMENTOS R$ 
Compra de materiais diretos 100.000,00 
Arrendamento mercantil de máquinas industriais 80.000,00 
Mão-de-obra direta (MOD) 110.000,00 
Estoque inicial de produtos acabados 20.000,00 
Energia elétrica da fábrica 30.000,00 
Despesas pós-fabricação 150.000,00 
Vendas líquidas 726.000,00 
Estoque final de materiais diretos 15.000,00 
Estoque inicial de produtos em elaboração. 40.000,00 
Mão de Obra Indireta (MOI) 35.000,00 
Depreciação de máquinas industriais 55.000,00 
Estoque final de produtos acabados 28.000,00 
Estoque inicial de materiais diretos 23.000,00 
Constituição de provisão de férias e 13º (MOI) 17.000,00 
Estoque final de produtos em elaboração 62.000,00 
Demais Custos indiretos de fabricação 19.000,00 
 
 
03. O Custo de Produção do período (R$) importou em: 
a) 432.000,00; 
b) 424.000,00; 
c) 454.000,00; 
d) 354.000,00; 
e) 469.000,00. 
 
04. O Custo da Produção Acabada no período foi de (R$): 
a) 482.000,00; 
b) 479.000,00; 
c) 442.000,00; 
d) 494.000,00; 
e) 432.000,00. 
 
05. O Custo dos Produtos vendidos foi equivalente a de (R$): 
a) 424.000,00 
b) 452.000,00 
c) 454.000,00 
d) 432.000,00 
e) 447.000,00 
 
 6. O Resultado Bruto Industrial correspondeu a (R$): 
a) 310.000,00 
b) 272.000,00 
c) 290.000,00 
d) 302.000,00 
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e) 424.000,00 
 
07. O Lucro Operacional Líquido da companhia, supondo-se que não houve outras 
receitas e despesas operacionais além das mencionadas, foi de (R$): 
a) 160.000,00 
b) 182.000,00 
c) 302.000,00 
d) Não é possível ser determinado, pois faltam informações. 
e) 152.000,00 
 
 
 
CASO PRÁTICO 
 
A EMPRESA “TWIST” APRESENTAVA EM 01-03-X3 OS SEGUINTES RESULTADOS 
EM SUAS CNTAS DE ESTOQUE 
 
ESTOQUE DE: EIMD ( Material Direto) R$100,00 
ESTOQUE DE: EIPE ( Produtos em Elaboração) R$120,00 
ESTOQUE DE; EIPA( Estoque de Produtos Acabados) R$80,00 
 
No decorrer do mês ocorreram os seguintes fatos: 
1. Compra de material direto pelo valor de R$200,00. 
2. Apropriação do consumo de energia elétrica do mês ficando R$25,00 na 
fábrica e R$15,00 na Administração. 
3. Requisição de R$150,00 de material direto da produção 
4. Apropriação de serviços de limpeza executado por terceiros , ficando a 
fábrica com R$5,00 e a Administração comercial com R$3,00 
5. apropriação de parcela vencida de seguro contra incêndio , ficando a fábrica 
com R$10,00 e a Administração Comercial com R$2,00 
6. Folha de pagamento do mês com encargos inclusos; pessoal da Fábrica 
MOD com R$42,00 MOI com R$30,00 e pessoal da área Administrativa e 
comercial com R$50,00. 
7. Apropriação dos encargos de depreciação; fabrica com R$18,00 e 
Administração com R$5,00. 
 
Sabendo que as vendas líquidas neste mês totalizaram R$800,00 o estoque Final de 
Material Direto foi de R$150,00 ; O estoque final de Produtos em elaboração foi de R$50,00 
e o Estoque Final de Produtos Acabados foi de R$30,00 calcular o Lucro Operacional 
Líquido . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FACULDADES INTEGRADAS ESPÍRITO-SANTENSES 
 
Contabilidade de Custos 
 Maria da Penha Broédel Lopes Vallim 
 
 
 
39 
 
 
 
DISCIPLINA: CONTABILIDADE DE CUSTOS 
PROF. Maria da Penha Broédel Lopes Vallim 
ALUNOS: 
FACULDADE: PERÍODO: 
ESTUDO DE CASONº 03: CONSULTORIA DE CUSTOS NA INDUSTRIA SARDINHA LTDA 
 
Foram extraídas algumas informações dos livros desta empresa relacionados às operações 
do mês de Abril de 2003 e a parte correspondente a Compras de Matéria Prima não foi encontrado. 
Você acabou de ser contratado pela diretoria desta empresa para analisar os dados abaixo e fornecer as 
Seguintes informações para o processo produtivo e a diretoria da empresa tomar decisões. 
a) Compra de Matéria Prima d) Custo de Produção Acabada 
b) Custo Primário e)Custo dos Produtos Vendidos 
c)Custo de Produção do Período 
 
 ITEN 
1 Receitas (Vendas) R$ 95.000,00 
2 Mão de Obra Direta R$ 25.000,00 
3 Mão de Obra Indireta R$ 18.500,00 
4 Materiais Diversos - Fábrica R$ 500,00 
5 Depreciação de Máquinas -Fábrica R$ 2.500,00 
6 Salários do Pessoal do Escritório R$ 400,00 
7 Salário de Vendedores R$ 800,00 
8 Compra de Material de Embalagens R$400,00 
9 Gastos com Viagens de Vendedores R$800,00 
10 Propaganda e Publicidade R$300,00 
11 Outras gatos no Escritório da Administração R$100,00 
12 Compra de Matéria Prima ? 
13 Energia Elétrica - Fábrica R$500,00 
14 Seguros - Fábrica R$1.000,00 
15 Resultado Líquido (lucro)_ R$6.200,00 
 
 
 
 Descrição Estoque Inicial Estoque Final 
1 Matéria Prima R$10.000,00 R$8.200,00 
2 Material de Embalagem R$300,00 R$200,00 
3 Produtos em elaboração R$6.000,00 R$8.000,00 
4 Produtos Acabados R$6.000,00 R$5.000,00 
 
 
 
OBS: DESENVOLVA TODA A ANÁLISE E CÁLCULOS NECESSÁRIOS: 
E RESPONDA AS LETRAS A, B, C ,D e E solicitadas no início do 
estudo de caso. 
 FACULDADES INTEGRADAS ESPÍRITO-SANTENSES 
 
Contabilidade de Custos 
 Maria da Penha Broédel Lopes Vallim 
 
 
 
40 
 
 
 ESTUDO DE CASO Nº 04 
DISCIPLINA: CONTABILIDADE DE CUSTOS 
PROF. Maria da Penha Broédel Lopes Vallim 
 
 
 CONSULTORIA DE CUSTOS NA INDUSTRIA PANIFICADORA X MAIS 
LTDA 
 
Foram extraídas algumas informações dos livros desta empresa relacionados às operações 
do mês de Maio de 2003 e o livro correspondente ao controle de matéria prima foi perdido 
Você acabou de ser contratado pela diretoria desta empresa para analisar os dados abaixo e fornecer as 
seguintes informações para o processo produtivo e a diretoria da empresa tomar decisões.

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