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Apostila PPR cap 5

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Barras ou Conexões Maiores Superiores - 42 
 
CAPÍTULO 5 – BARRAS OU 
CONEXÕES MAIORES SUPERIORES 
 
BARRAS OU CONEXÕES MAIORES 
 
1- Conceito e funções 
A prótese parcial removível é compos-
ta de vários componentes, sendo que cada 
um deles deve apresentar características ade-
quadas ao correto desempenho de suas fun-
ções específicas. A união entre todos esses 
componentes da prótese de um lado do arco 
dental com o lado oposto, é obtida por meio 
dos chamados conectores maiores. A rigidez 
desses componentes proporciona, além da 
união, a distribuição das forças que incidem 
sobre a prótese, para todo o arco dental. 
Essa diversidade de componentes, 
características e funções, faz com que o 
profissional necessite de conhecimentos tan-
to biológicos como mecânicos, para que pos-
sa planejar corretamente as próteses parciais 
removíveis e obter sucesso no tratamento. 
Assim, serão descritos todos os princípios 
necessários à correta indicação e desenho 
especificamente com relação aos conectores 
maiores. 
As barras ou conectores maiores a-
presentam como característica fundamental a 
rigidez, tanto aquelas utilizadas para o arco 
superior, como para o inferior. Durante a 
atuação de forças, em uma determinada 
região do arco, se a barra não for rígida, ela 
se flexiona e as forças ficam concentradas 
somente naquela área, sobrecarregando os 
componentes de suporte (Figuras 1 e 2). 
Entretanto, se a conexão for rígida, a flexão 
não ocorrerá e as forças serão distribuídas 
por meio dela em todo o arco dental (Figuras 
3 e 4). A falta de rigidez não permitirá que a 
conexão maior desempenhe suas funções 
básicas. Qualquer prótese removível sem 
dispor de uma conexão maior rígida causará 
desconforto ao paciente e ocasionará trau-
mas aos tecidos adjacentes. Além disso, a 
rigidez da conexão maior determina que as 
forças laterais sejam transmitidas para todos 
os dentes pilares com orientação vertical e 
menos propensa a causar danos nas suas 
estruturas periodontais de sustentação. A 
barra, também, proporciona estabilidade para 
as próteses removíveis, prevenindo os movi-
mentos rotacionais. 
 
 
 
Figura 1- Barra flexível 
F 
F 
Modificado de WEINBERG, 
1969 
Barras ou Conexões Maiores Superiores - 43 
 
 
 
Figura 2 - Barra flexível. O hemiarco onde a força incide 
está sendo sobrecarregado 
(Modificado de WEINBERG, 1969) 
 
 
 
Figura 3- Barra rígida 
 
 
 
 
 
Figura 4 - Barra rígida. A força está sendo distribuída para 
os dois hemiarcos 
(Modificado de WEINBERG, 1969) 
 
Neste capítulo, serão descritos os ti-
pos, características e indicações das barras 
superiores. 
 
2- Relacionamento com os tecidos mucosos 
As barras utilizadas para a maxila a-
presentam relação de contato com a fibromu-
cosa, pois essa é densa, firmemente aderida 
ao osso subjacente e possui inervação e irriga-
ção profundas. Não haverá nenhum alívio entre 
ela e a barra. Essas características proporcio-
nam, inclusive, a distribuição de forças para o 
próprio palato. Todavia, a gengiva marginal 
deverá ser aliviada evitando contato com a 
barra e conseqüentemente a transmissão de 
forças compressivas para essa região. Sob 
hipótese alguma, a gengiva marginal deve re-
ceber forças compressivas. Essas forças, 
quando existentes e associadas à presença de 
placa bacteriana, propiciam uma situação mais 
favorável para que se instale a doença perio-
dontal. 
As barras utilizadas para a mandíbula 
necessitam de alívio, pois a fibromucosa man-
dibular é fina, móvel e sensível. 
 
 
F F 
F 
F 
Modificado de WEINBERG, 1969 
Barras ou Conexões Maiores Superiores - 44 
 
CONEXÕES MAIORES UTILIZADAS PARA O 
ARCO SUPERIOR 
 
Existem vários tipos de barras que po-
dem ser utilizadas na maxila, entretanto, serão 
descritas as características, indicações e limi-
tes de localização das quatro utilizadas com 
maior freqüência. 
 
1- Barra ântero-posterior 
Essa barra proporciona maior rigidez, 
sendo, portanto, indicada para todos os casos 
de próteses parciais removíveis superiores, 
exceto aqueles em que o paciente apresenta 
um tórus maxilar volumoso e inoperável. 
Esse tipo de conexão apresenta a for-
ma de um paralelogramo aberto no centro, 
sendo composto por uma barra anterior, duas 
fitas laterais e uma barra posterior, que une as 
duas fitas laterais. Essa barra posterior, em 
forma de meia cana, proporciona maior rigidez 
a esse tipo de conexão. A flexão é praticamen-
te inexistente nesse tipo de conexão maior. A 
barra anterior e as fitas laterais devem locali-
zar-se 5,0 a 6,0 mm da margem gengival (Figu-
ras 5 e 6) e apresentar largura, aproximada-
mente, de 6,0 mm. Nas extremidades livres 
(Classe I e II), o limite posterior das fitas late-
rais deve ser o final do rebordo, uma vez que 
em função da relação de contato, essa fita irá 
participar na transmissão de forças para o osso 
subjacente (Figuras 7 e 8B). Nos casos em que 
há hemiarcos dentados ou com espaços proté-
ticos intercalados (Classes II, III e IV), o limite 
posterior da fita lateral deve ser o último apoio 
oclusal. Nessa região, a transmissão de forças 
é por via dental (Figuras 8A, 9 e 10). A barra 
posterior deve cruzar a linha mediana em ângu-
lo de 90º (assim como a barra anterior e ter 
como limite posterior a região do último apoio 
oclusal nas Classes II, III e IV (Figuras 8, 9 
e10) ou, 1,0 a 2,0 mm aquém do limite palato 
duro/mole nos casos de Classe I (Figura 7). 
 
 
 
Figura 5 - A barra anterior deve distar de 5 a 6 mm da 
margem gengival, para preservar a saúde dessa região 
 
 
 
Figura 6 - As fitas laterais devem distar de 5 a 6 mm da 
margem gengival. 
 
 
 
Figura 7- Classe I de Kennedy. 
 
 
 
Barras ou Conexões Maiores Superiores - 45 
 
 
 
Figura 8 - Classe II de Kennedy, modificação 1. A- espaço 
intercalado; B- extremidade livre. 
 
 
 
Figura 9 - Classe III de Kennedy, modificação 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 - Classe IV de Kennedy. 
 
 
 
 
2 - Barra palatina única 
Essa barra apresenta forma de fita em 
toda a sua extensão, portanto é muito flexível. 
A pequena espessura deve ser compensada 
pelo aumento da largura para obter maior rigi-
dez. Desse modo, está indicada apenas em 
casos de espaços protéticos intercalados pos-
teriores pequenos, tendo como limites anterior 
e posterior, a região dos apoios oclusais princi-
pais (Figura 11). Essa conexão maior deve 
cruzar a linha mediana do palato em ângulo de 
90º, para melhor conforto do paciente, visto 
que a língua adapta-se mais facilmente a com-
ponentes que sejam simétricos. 
 
 
 
Figura 11 - Classe III de Kennedy, modificação 1. 
 
3- Placa palatina ou cobertura total de pala-
to 
A cobertura total de palato está indica-
da para casos que apresentam poucos rema-
nescentes, ou quando a distribuição dental no 
arco é desfavorável (linear, por exemplo). Des-
se modo, a barra irá proporcionar ampla distri-
buição das forças por todo o palato. Essa co-
bertura pode ser totalmente metálica, em cobal-
to-cromo, obtida durante a fundição da prótese 
possuindo forma de fita em toda a extensão, 
com espessura reduzida e copiando as rugosi-
dades palatinas (Figura 12). A cobertura total-
A B 
Barras ou Conexões Maiores Superiores - 46 
 
mente metálica apresenta resultados adequa-
dos, porém é difícil de confeccionar, exigindo 
maior habilidade do técnicode laboratório. 
Outro tipo de cobertura é denominado metalo-
plástica. A parte metálica apresenta-se em 
forma de grade retentiva e é obtida durante a 
fundição da prótese removível (Figura 13). 
Sobre essa grade é, posteriormente, fixada a 
resina acrílica, por meio de inclusão em mufla e 
prensagem. Esse tipo de cobertura tem como 
vantagem ao técnico de laboratório a facilidade 
de confecção, além de melhor estética. A co-
bertura total do palato contribui para a estabili-
dade e retenção da prótese parcial removível, 
uma vez que é utilizado, para isso, um modelo 
funcional para a fundição, inclusão e prensa-
gem. 
 
 
 
Figura 12- Classe I de Kennedy, modificação 1. 
 
 
 
Figura 13- Classe I de Kennedy, modificação 1. 
4- Barra em forma de “U” 
É constituída por uma barra anterior e 
duas fitas laterais, apresentando relação de 
contato com a mucosa do palato. A barra ante-
rior e as fitas laterais devem se localizar 5,0 a 
6,0 mm da margem gengival dos dentes natu-
rais remanescentes (Figuras 6 e 7), devido à 
irrigação superficial dessa região. Se qualquer 
parte da estrutura metálica da prótese ficar em 
contato com a margem gengival ocorrerá infla-
mação. A barra anterior deve cruzar a linha 
mediana em ângulo de 90º. As fitas laterais 
devem se estender, no sentido posterior, até os 
últimos apoios oclusais. A rigidez que esse tipo 
de barra proporciona é suficiente apenas para 
indicá-la em casos de espaços intercalados 
posteriores pequenos (Classe III) e anteriores 
(Classe IV) ou quando existir tórus palatino 
inoperável que atinja o limite palato duro e mole 
(Figuras 14 e 15). A barra anterior e as fitas 
laterais devem possuir maior largura (10 a 
12mm) para aumentar a rigidez da conexão 
maior. 
 
 
Figura 14- Classe III de Kennedy, modificação 1. 
 
Em geral, os pacientes se adaptam me-
lhor às barras que cobrem menor quantidade de 
tecido mole, mas esse não deve ser um fator 
preponderante para a escolha da conexão, a 
qual deve ser realizada dentro de princípios 
biomecânicos. 
Barras ou Conexões Maiores Superiores - 47 
 
 
 
Figura 15- Classe IV de Kennedy. 
 
Com base nos conceitos anteriormente 
mencionados, o profissional terá condições de 
indicar e desenhar as conexões maiores para 
quaisquer casos de próteses parciais removíveis 
superiores. 
 
REFERÊNCIAS 
 
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