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GEOLOGIA ESTRUTURALGEOLOGIA ESTRUTURAL Aula 5 Zonas de Cisalhamento f d d l iProf. Eduardo Salamuni INTRODUÇÃO e MECANISMOS DE CISALHAMENTODE CISALHAMENTO DefiniçãoDefinição • Zona (ou banda) de cisalhamento é uma faixa estreita e planar de paredes subparalelas onde se concentra a deformação comde paredes subparalelas onde se concentra a deformação com taxas variáveis, porém normalmente altas. • São zonas de fraqueza e apresentam adelgaçamento por d f ã l li d (há f ã d il it tãdeformação localizada (há formação de milonitos ou então cataclasitos/falhas). São classificadas em: Rúpteis (frágil)Rúpteis (frágil) Rúpteis-dúcteis ou dúcteis-rúpteis Dúcteis (plástica)Dúcteis (plástica) • As zonas dúcteis e as dúcteis-rúpteis normalmente são as equivalentes, em maiores profundidades (nível estruturalq , p ( inferior) das zonas rúpteis situadas em profundidades menores (nível estrutural superior). a) Rúptil b) Rúptil-Dúctil c) Rúptil-Dúctil d)Dúctil Cisalhamento rúptil Em geral representado por zonas cataclásticas ou fraturas (falhas ou diáclases) \\ Grupo Brusque. Foto:Fernanda M. Gonçalves Cisalhamento dúctil Em geral representado por faixas miloníticas ou protomiloníticas com estiramento generalizado Complexo Atuba Foto: E SalamuniComplexo Atuba. Foto: E.Salamuni Os parâmetros do cisalhamento são: Ψ ⇒ ângulo do cisalhamento γ= tg Ψ ⇒ taxa do cisalhamentoγ= tg Ψ ⇒ taxa do cisalhamento ∝ ⇒ ângulo entre o eixo principal do elipsóide e a direção de g p p p ç cisalhamento x s- z = tan = ângulo de cisalhamento = taxa de cisalhamento x taxa de cisalhamento = ângulo entre o eixo principal do elipsóide e a direção do cisalhamentoç ( = 2 cotg 2 ) Relação de elipse de deformação para o cisalhamento em umRelação de elipse de deformação para o cisalhamento em um sistema de cisalhamento simples. Deformação em Zonas de Cisalhamento (ZC) • Tendo-se em conta que (a) o deslocamento de um determinado ponto em um objeto ( ) p j geológico é definido pelo vetor que une o ponto no estado indeformado com o estado deformado, não importando a trajetória executada;trajetória executada; • (b) as mudanças mais pronunciadas podem se dar através da distorção (mudança de forma) dilatação ou dilatação comdistorção (mudança de forma), dilatação ou dilatação com distorção; é possível inferir que há vários modos pelos quais se podeé possível inferir que há vários modos pelos quais se pode caracterizar uma ZC. Assim sendo, é possível observar em uma faixa cisalhada, no estado rúptil, cataclase e brechação em zona de falha. úNo estado dúctil, por outro lado, observa-se tanto estiramento mineral quando achatamento mineral, ambos controlados pelo grau de deformação em cada um dos eixos (X, Y e Z).de deformação em cada um dos eixos (X, Y e Z). • Em relação aos eixos do• Em relação aos eixos do elipsóide de deformação, em ZC dúcteis, observa-se que: A- Constrição (a) se Y corresponde à direção de encurtamento. Há t i ã ã dconstrição com geração de lineação; (b) d Y d à B- Achatamento (b) quando Y corresponde à direção de estiramento há achatamento com geração da foliação; (c) quando não há deformação C- Deformação Plana ( ) q ç na direção Y a deformação é plana gerando foliação e lineação de formalineação de forma concomitante. x y a = _ • Diagrama de Flinn é uma 1 < k < y k = Flinn é uma representaçã o gráfica que t 1 k Constrição k = a - 1 b - 1k = 1 mostra como um corpo passaria do o < k < 1 Achatamentof o r m . passaria do estado de deformação francamente k = o b D e f o P l a n a y francamente linear para francamenteo DIAGRAMA DE FLINN b = _ x y achatado Em uma ZC a deformação pode ser facilmente quantificadaEm uma ZC a deformação pode ser facilmente quantificada, desde que haja condições de se conhecer ou estimar os valores e as posições geométricas iniciais. Assim sendo,p ç g , mudanças tanto no comprimento de linhas quanto no valor angular entre essas linhas podem ser calculadas. Utilizam-se as seguintes relações: e = elongação l = comprimento e = l1-l0 / l0 áλ = (1+e)2 = (l1 / l0)2 (elongação quadrática) sendo: x = √λ y = √λ z = √λsendo: x = √λ1 y = √λ2 z = √λ3 A deformação em uma zona de cisalhamento éA deformação em uma zona de cisalhamento é frequentemente concentrada, isto ocorre porque após o aparecimento do primeiro núcleo de deformação, comp p ç , incrementos posteriores, a rocha poderá assumir uma ou mais das seguintes condições: ( ) l d d f ã ã d(a) aumento natural da deformação com a manutenção do esforço constante, (b) aumento da deformação com esforços cada vez menores(b) aumento da deformação com esforços cada vez menores (strain softening). Nesta situação o local tende a concentrar cada vez mais a deformação impedindo aç p propagação para o restante da rocha. E i õ ô l é há d i ê iEm situações anômalas, porém, há aumento da resistência e consequente necessidade do aumento do esforço para aumento da deformação (strain hardening) Isto ocorreaumento da deformação (strain hardening). Isto ocorre, por exemplo, quanto há silicificação em um plano de falha. GEOMETRIA DE ZONAS DE CISALHAMENTOCISALHAMENTO • Uma zona de cisalhamento (ZC) deve possuir limites laterais paralelos entre si. O fi d d l t l d l ã• Os perfis de deslocamento, ao longo de qualquer seção transversal à zona, devem ser aproximadamente idênticos. • Como há variação na tipologia do deslocamento é possível• Como há variação na tipologia do deslocamento, é possível a ocorrência de seis campos de deslocamento, que desenham a geometria diferenciadas em uma ZC:desenham a geometria diferenciadas em uma ZC: (a) quando as paredes da ZC estiverem indeformadas: a.1 cisalhamento simples heterogêneoa.1 cisalhamento simples heterogêneo a.2 troca de volume heterogêneo a 3 combinação entre (1) e (2)a.3 combinação entre (1) e (2) A - Cisalhamento simples heterogêneo A - Cisalhamento simples heterogêneo com troca de volume C- A + B Indeformado D- Deformação homogênea + E- Def. homogênea + cisalhamento simples F- Def. homogênea + cisalhamento simples +homogênea + cisalhamento simples cisalhamento simples com troca de volume cisalhamento simples + troca de volume (b) quando as paredes da ZC estiverem deformadas b.1 deformação homogênea combinada com o cisalhamento simples b.2 deformação homogênea combinada com a troca de volume b.3 Deformação homogênea combinada com o cisalhamento simples e troca de volumep • Quando há perda de volume as zonas de deformação são chamadas de zonas de dissolução por pressão (mineraischamadas de zonas de dissolução por pressão (minerais mais solúveis são carreados para pontos onde a deformação é menor), possibilitando a concentração de minerais (mineralização) em ZC. Classificação de tectonitos gerados em zonas de cisalhamento Em um mesmo evento de deformação, ou seja na mesma zona d i lh t d d d d í l t l ide cisalhamento, dependendo do nível crustal, se superior, médio ou superior; pode haver geração de cataclasitos e milonitos de forma concomitante. ZONA DE FALHA X NÍVEL CRUSTAL milonitos de forma concomitante. Incoesiva (gouge e brecha) Pseudo - Taquilito F 1-4 km 10 - 15 km Coesiva Maciça Brechas Moídas CataclasitosR e g i m e E F Pseudo-Taquilito ? Coesiva, rochas falhadas das séries do milonito e blastomilonitog i m e Q P 250 - 350ºC (SIBSON, 1977) blastomilonito R e g Definição por escala (a) Cinturão de cisalhamento (b) Zona de cisalhamento(b) o a de c sa a e to (c) Banda de cisalhamento ZONAS DE CISALHAMENTO RÚPTILRÚPTIL CaracterísticasCaracterísticas(a) são representadas por uma zona de falha (longas e estreitas faixas onde se concentra a deformação);ç ); (b) há intenso quebramento e cominuição (moagem) nas rochas; (c) ocorre no nível estrutural superior e intermediário (até cerca de 15 Km de profundidade) (d) depende do volume do material deformado e dos mecanismos de deformação; ú(e) os mecanismos de cisalhamento rúptil são principalmente controlados pela concentração de esforços em torno de imperfeições internas seja em nível cristalino seja em nível deimperfeições internas seja em nível cristalino seja em nível de blocos e maciços rochosos. Rochas cataclásticas formadas (tectonitos rúpteis) • As rochas formadas no processo cataclástico recebem a• As rochas formadas no processo cataclástico recebem a seguintes nomenclatura: brecha, pseudotaquilito, microbrecha, protocataclasito, cataclasito,, p , , ultracataclasito (ver a classificação de Sibson, 1977). • Essas rochas envolvem respectivamente os seguintesEssas rochas envolvem respectivamente os seguintes processos de deformação: (a) microfraturamento coalescente;(a) microfraturamento coalescente; (b) fraturamento generalizado; (c) rotação e esmagamento dos minerais Fraturamento generalizado e geração de cataclase e brechasg g ç Formação de planos de descontinuidade (falhas e juntas) e estrias em planos de falhasestrias em planos de falhas Da mesma forma que na deformação coaxial a deformação não-q ç ç coaxial mostra comportamento rúptil, onde as descontinuidades desenvolvidas são caracterizadas pelo Modelo de Riedel. Cisalhamento rúptil progressivo É h ti id d d d f ã ( dÉ comum haver a continuidade da deformação (ou dos elementos estruturais que foram ali gerados. O resultado é a rotação destes elementos estruturais Há possibilidade de querotação destes elementos estruturais. Há possibilidade de que novas estruturas sejam geradas assumindo a posição original. ZONAS DE CISALHAMENTO DÚCTIL (ZCD)DÚCTIL (ZCD) Generalidades • A feição fundamental das ZCDs é a recristalização acentuada, com desenvolvimento de estruturas e texturas indicadoras de fluxo plástico. O li i i d bi d d l• O limite superior do ambiente onde se desenvolvem estas feições apresenta temperaturas da ordem de 300°C (cerca de 15 km de profundidade⇔ nível estrutural inferior).de 15 km de profundidade⇔ nível estrutural inferior). • As rochas geradas são aquelas que caem no campo dos milonitos (ver classificação de Sibson, 1977). Pode haver( ç , ) processos cataclásticos envolvidos porém o mecanismo de deformação mais característico é o superplástico (fluxo laminar não-coaxial)laminar não-coaxial). • Com o aumento da deformação os grãos grossos das rochas convertem-se em protomilonitos, milonitos ou ultramilonitosultramilonitos. • Os elementos mobilizados podem também formar concentrações minerais importantes As principaisconcentrações minerais importantes. As principais “armadilhas” são as faixas de alta deformação; zonas de sombra de pressão; zonas de fraturas diversas e aberturas criadas por distensão. • As zonas de cisalhamento dúctil articulam-se de forma a i l l t i t f disolar lentes mais ou menos extensas formando o padrão amendoado. O padrão amendoado pode ser resultado de: (1) anastomosamento de zonas deresultado de: (1) anastomosamento de zonas de cisalhamento; (2) zonas de cisalhamento conjugadas e (3) zonas de cisalhamento de tipos diversos entrecruzadasentrecruzadas. Feições PlanaresFeições Planares • Em zonas de cisalhamento dúctil há orientação preferencial (ou estatística) de minerais ou neocristalização no plano de(ou estatística) de minerais ou neocristalização no plano de achatamento. Isto origina a xistosidade materializada no plano XY (perpendicular a Z), constituindo-se na feiçãop (p p ), ç planar fundamental de ZCs. Os mecanismos de formação das foliações (ou feições planares): (a) rotação passiva de minerais planares (matriz sofre deformação plástica); (b) orientação de minerais neo-formados; (c) mecanismos de dissolução e recristalização por pressão;(c) mecanismos de dissolução e recristalização por pressão; (d) fluxo plástico, gerado por defeitos intra-cristalinos. • O cisalhamento dúctil apresenta gradiente de máximo deslocamento na zona central, decrescendo em direção às margens, resultando geometria sigmoidal às feições planaresplanares Variação da deformação (strain) dentro d d i lh id lde uma zona de cisalhamento ideal (1) (2) (3) (4) (5) Estágios de milonitização de gnaisses-granitosEstágios de milonitização de gnaisses-granitos, relacionados ao elipsóide de deformação finito As deformações plásticas, em escala cristalina, são as responsáveis pela orientação planar das rochas metamórficas em altas temperaturas e altas taxas de deformaçãodeformação. E lt t t d f õ ZCDEm altas temperaturas as deformações em ZCD provocam recuperação mineralógica motivada pela recristalização dinâmicadinâmica. Lineação de EstiramentoLineação de Estiramento Cauda de recristalização do Pórfiroclasto PÓRFIRO CLASTO Feições Lineares • São basicamente representadas pelas lineações de estiramento. Estas são impressas no plano XY e representam o eixo X do elipsóide Podem serrepresentam o eixo X do elipsóide. Podem ser representadas por: (a) minerais pré ou sincinemáticos orientados ou( ) p alinhados; (b) objetos geológicos alongados, tais como seixos, pillow-lavas, fósseis e sombras de pressão Dobras • As dobras geradas pelo cisalhamento dúctil (shear-folds) podem eventualmente apresentar ter o seu eixo Y, paralelop p , p à direção de X (direção do transporte tectônico). • Dobras podem deformar foliações geradas anteriormentep ç g ou concomitantemente na zona de cisalhamento dúctil. • É frequente o desenvolvimento de dobras com eixos d b d (d b b i h ) A d bcurvos e redobrados (dobras em bainha). As dobras variam continuamente em estilo a partir de abertas concêntricas até a isoclinais similares Podem ser geradasconcêntricas até a isoclinais similares . Podem ser geradas a partir de um buckling interno (instabilidade da foliação). Evolução das Dobras nas Zona de Cisalhamento (Dobras em bainha) Deformação de estruturas pré-existentes • As feições lineares pré-existentes aproximam-se da direção de cisalhamento (X) durante o transcorrer da deformação. Um dobramento pré-existente, por exemplo, tem suas variações de orientação amplificadas até tornar-se uma dobra em bainha A dobra em bainha. SZB A B Sc SZB A’A B’ Vergência correta Vergência incorreta para a zona de cisalhamento Estruturas geradas em deformação progressiva • Em zonas de cisalhamento dúctil é possível que feições estruturais sejam geradas e, posteriormente, com o éincremento da deformação, essas feições sejam também deformadas. Sombras de Pressão Assimétricas Marcadores de Direção de Movimentoç Algumas das estruturas mais comuns, que fornecem o sentido de movimento tectônico em zonas de cisalhamento são as seguintes:seguintes: (a) Estruturas do Tipo Augen Pó fi l d i d d i i lí• Pórfiroclastos com estruturas augen derivadas de minerais relíctos rígidos, indicam redução do tamanho dos grãos por processos brandos de deformação. Podem apresentar diâmetros entre 0,1 e 10 cm e desenvolvem-se em planos de foliação Em geral estãodesenvolvem se em planos de foliação. Em geral estão assimetricamente distribuídos, apresentando uma forma retorcida com caudas cuja composição é idêntica ao do grão (recristalização dinâmica) em direção ao cisalhamento. • Em relação à simetria interna, tomando-se como referência um plano mediatriz ao grão, o augen pode ser: (1) ortorrômbico quando não determina o sentido de cisalhamento (ou(1) ortorrômbico quando não determina o sentido de cisalhamento (oudo movimento cisalhante); (2) monoclínico ideal para a determinação do sentido. Neste caso há possibilidade de diagnosticar o sentido de movimento, já que a cauda “levanta-se” para o lado do sentido do, j q p movimento (torna-se como referência o plano traçado pelo centro do grão). (b) Sombras de pressão Tal como as estruturas do tipo augen, podem fornecer indícios do sentido de movimento porém se analisadasdo sentido de movimento, porém se analisadas superficialmente, podem fornecer geometrias cuja interpretação é contraditória.p ç • Determinam o contraste de ductilidade entre o grão e sua matriz e geralmente bordejam megacristais. As sombras de pressão podem sergeralmente bordejam megacristais. As sombras de pressão podem ser caracterizadas como franjas de quartzo e/ou “barbas”, como ocorrem ao redor de cristais de piritia e granada. Os eixos das novas fibras de quartzo seguem a direção de estiramentoseguem a direção de estiramento. • As principais feições diagnósticas são: (1) ocorrência de microdobras na foliação em bordas de granadas rotacionadas; (2) tendência aofoliação em bordas de granadas rotacionadas; (2) tendência ao espaçamento mais fechado dos planos de foliação pré-existentes; (3) junção do local da mais recente deposição de material na sombra de ã i l ( f é ô di ã l d f li ãpressão e o cristal (a forma é côncava em direção aos planos de foliação enquanto o lado oposto é reto e suavemente curvo). Passchier e Simpson (1987) subdividem os porfiroclastosPasschier e Simpson (1987) subdividem os porfiroclastos que possuem cauda em (1) cauda cuneiforme, quando as taxas de rescristalização dinâmica são maiores que a taxa de deformação (a cauda apresenta um lado côncavo e outro plano); (2) cauda fina, quando taxa de recristalização dinâmica é menor que a taxa deformação (a cauda tende adinâmica é menor que a taxa deformação (a cauda tende a formar um embaciamento). Estruturas augen ou pórfiroclastos assimétricos com cauda Plano de referência PlanoPlano de referência Plano CôncavoCôncavo (c) Deslocamento de grãos fraturados(c) Deslocamento de grãos fraturados • Minerais rígidos em matriz dúctil geralmente fraturam-se. A fratura é variável com relação ao plano de fluxo. Com a continuidade da deformação há rotação no mesmo sentido do cisalhamento através de dois tipos de fraturas: (1) fraturas de baixo ângulo, estando o sentido da falha o mesmo do sentido de cisalhamento; (2) fraturas do altoda a a o es o do se t do de c sa a e to; ( ) atu as do a to ângulo, normalmente são antitéticas ao sentido de cisalhamento, com a rotação, porém, podem diminuir seu ângulo e tornar-se sintéticas. Deslocamento de Grãos Fraturados • Para a determinação doç sentido de movimento, recomenda-se usar grãos fraturados com alto ângulofraturados com alto ângulo do plano de fratura (50º a 130º) ou muito baixo ângulo (<20º e >160º) em Deslocamentos Antitéticos em Feldspatos ângulo (<20º e >160º) em relação ao plano de fluxo. (d) Bandas de cisalhamento(d) Bandas de cisalhamento • São zonas de cisalhamento dúctil muito pequenas. Nestas podem ocorrer dois conjuntos de anisotropias planares definidas como superfícies C e S (1) superfícies C são paralelas à zona principal de cisalhamento; ( ) fí ã d l d l ó d d(2) superfícies S são perpendiculares ao eixo menor do elipsóide de deformação. Formam ângulo máximo de 45º com as superfícies C, porém com a deformação progressiva tendem a paralelizar-se a ela. O aspecto i id l d fí i (f li ã S) i di tid d i tsigmoidal da superfície (foliação S) indica o sentido de movimento. Banda de cisalhamento Superfície C Superfície SSuperfície S (e) Marcas de micas(e) Marcas de micas • Grãos maiores são freqüentemente orientados com seus planos 001 em ângulo baixo em relação à foliação milonítica, que se volta para a direção de encurtamento incremental. • Se for possível ver o fenômeno de flash (todas as micas mostram uma máxima reflexidade) é possível orientar a zona de cisalhamento pois omáxima reflexidade), é possível orientar a zona de cisalhamento, pois o ponto de vista do observador forma uma linha que é paralela ao vetor de movimento da zona de cisalhamento. (f) B d t il íti d b d(f) Bandamentos miloníticos dobrados • Micro ou meso-dobras geradas por perturbações locais no fluxo tem sua vergência coincidente com o sentido de cisalhamento. É necessário oe gê c a co c de te co o se t do de c sa a e to ecessá o o conhecimento prévio da orientação do acamamento em relação ao plano de fluxo. (g) Orientação preferencial de minerais A i li ã di â i d i i (1) ã• A recristalização dinâmica apresenta dois mecanismos: (1) rotação progressiva de subgrãos durante a deformação plástica do cristal; (2) geração pela migração dos limites do grão entre cristais de diferentes t d d d f ã i testados de deformação interna. • A combinação dos dois mecanismos, além da deformação induzida nos retículos durante o evento deformacional, produz novos grãos , p g alongados cujos eixos X são paralelos à direção de estiramento. SÍNTESE DAS FEIÇÕES ESTRUTURAIS GERADAS NO CISALHAMENTOGERADAS NO CISALHAMENTO Feições Microscópicas (bandas de cisalhamento)Feições Microscópicas (bandas de cisalhamento) a. Orientação de grãos planar e linearmente; b. Extinção ondulante que progride para kinks, lamelas de deformação e ã d b ãseparação de subgrãos; c. Pórfiroclastos e agregados de grãos de lenticulares, envoltos por faixas e esteiras de subgrãos; d. Microbandamento de fluxo milonítico; e. Microfalhas e microdobras; f. Grãos rotacionados;f. Grãos rotacionados; g. Porfiroblastos com inclusões; h. Grãos fortemente achatados; ãi. Preenchimento de zonas de sombra de pressão; j. Dissolução por pressão k. Feições de recuperação, recristalização e neoformação de grãosk. Feições de recuperação, recristalização e neoformação de grãos l. Grãos sigmoidais como micas pisciformes; m. Tramas de grãos; Feições Microscópicas (continuação) • As feições que têm maior importância são as indicativas de rotação que t i ã i l E t f i õ ã f idcaracterizam o processo não-coaxial. Estas feições são referidas como indicadores de rotação, indicadores cinemáticos ou critérios de rotação. As mais comuns são: a. Dobras de arrasto; b. Deformação e rotação de minerais; A i t i d d bc. Assimetria de dobras; d. Bandas de cisalhamento; e. Estruturas de cisalhamento S-C;e. Estruturas de cisalhamento S C; f. Porfiroblastos rompidos; g. Assimetria na zona de sombra ao redor do porfiroblasto; h. Assimetria de esteiras de subgrãos; i. Micas Pisciformes; j Porfiroblastos rotacionados;j. Porfiroblastos rotacionados; Feições Mesoscópicas (zonas de cisalhamento emFeições Mesoscópicas (zonas de cisalhamento em escala de aforamento) • Diversas feições microscópicas encontram correspondência em escala macroscópica tais como:macroscópica, tais como: a. Dobras de arrasto; b. Bandas de cisalhamento; c. Estrutura S-C; d. Dobras assimétricas; • Outras são mais bem observadas em escala mesoscópica como: e. Foliação milonítica, que é a disposição planar de grãos no interior de f i i idi fl lá ti i lh t ã i lfaixas em que incidiu fluxo plástico por cisalhamento não-coaxial; f. Acamamento tectônico, que implica em aloctonia ou a disposição paralela de faixas com terminações acunhadas e lentes alongadas de rochas; g. Bandamento composicional: disposição paralela de faixas de composições e/ou texturas diferentes; h. Lineação de estiramento: representada por barras de quartzo feldspatosç p p q p e outros minerais; i. Lineação mineral, caracterizando a orientação linear de minerais. Feições Megascópicas (cinturões de cisalhamento) • Em mapa ou em imagens de escala regional as feições mais observadas são as a. Dobras de arrastoa. Dobras de arrasto b. Foliação milonítica c. Bandamento composicionald. Zonas mais ou menos deformadas (deformação heterogênea) e. Estruturas S-C
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