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Trabalho Interdisciplinar Dirigido IV INSTITUTO POLITÉCNICO – Centro Universitário UNA Desenvolvimento de um sistema de estacionamento automatizado CURSO: Engenharia Mecânica - Professor TIDIR: Alexander Fischer André Felipe Vale da Silva, Déborah Carolina Gomes de Oliveira, Estevão Henrique, Gracileyde Soares Henrique, Leandro Raul, Márcio Alves Francisco. Resumo Este trabalho tem com intuito apresentar um novo modelo de estacionamento veicular automatizado, capaz de contribuir de forma positiva quanto aos problemas relacionados à falta de vagas de estacionamento, otimizando assim espaço físico e tempo demandado no processo. O modelo de protótipo apresentado é acionado por um motor elétrico que a partir de um comando de um software transmite para todo o sistema um torque que assim movimenta as gaiolas de armazenamento dos veículos direcionando assim as vagas devidas. Palavras-chave: motores elétricos, estacionamento veicular automatizado, torque. 1. Introdução Diante do aumento significativo da população e consequentemente de seus meios de transportes, principalmente veículos de pequeno porte, tem se observado a necessidade de criar novas formas de se acondicionar estes veículos, uma vez que os modelos já existentes não atendem a demanda. Com base nestes dados, este trabalho tem como objetivo apresentar uma possível solução para suprir a déficit por vagas de estacionamento. 2. Referencial Teórico De acordo com o livro Da Arquitetura (2002), os primeiros relatos que se tem na história referente a elevadores vem do arquiteto romano do século I A.C. Marcos Vitrúvio Polião. Ele criou uma cabina suspensa em poço vertical, movida por tração 1 humana, animal ou hidráulica, com o auxílio de um contrapeso para elevar pessoas ou cargas. Na metade do século XIX, o americano Elias Graves Otis introduziu no elevador, movido a vapor, o uso do sarilho, cilindro horizontal onde o cabo é enrolado e tracionado. Atualmente, os elevadores a cabo consistem em uma torre, em cujo interior se move em uma cabine, tracionada por um cabo de aço, que se enrola no carretel de um guincho, movido por um motor elétrico. A tensão expressa no cabo é a força que puxa o cabo de elevação, quando o elevador está abaixo do cabo é puxado para baixo conforme visto na Figura 1. As forças ocorrem em pares de ação da reação, de modo que a reação à força de tensão seria exercida pelo cabo sobre o elevador. Os pares de ação de reação atuam em direções opostas, mas com igual magnitude. (a) (b) Figura 1. Tensão expressa no cabo do elevador, onde (a) elevador descendo e (b) Diagrama de corpo livre sendo T=tensão; p=peso; m=massa e g=aceleração da gravidade. Fonte: Ciência na Mão Nos grandes centros urbanos acumulam-se problemas de ordem urbanística devido ao crescimento populacional e ao crescimento do poder aquisitivo, esse último torna possível a aquisição de veículos automotivos por várias pessoas de tipos diferentes de classe social, gerando problemas como o excesso de veículos causam cada vez mais congestionamentos e a falta de vagas para estacionar se tornam cada vez mais escassas. De acordo com o Detran-SP (2013), a frota de veículos na cidade de São Paulo chegou a 7.429.805. Destes 5.355.919 são carros, 973.000 motos, triciclos e quadricíclos, 823.131 micro-ônibus, caminhonetes e utilitários, 148.398 caminhões e 43.466 ônibus. 2 Para solucionar estes problemas algumas propostas estão sendo implantadas em países como Japão e Coréia do Sul, onde a necessidade de agilidade no processo de estacionar e ao mesmo tempo a exigência de aproveitamento do espaço vertical são indispensáveis. O estacionamento automático ou automatic parking vem sendo uma forma de resolver tais problemas. A fábrica da Volkswagen, na Alemanha, goza de um sofisticado sistema de armazenamento para os novos veículos. Esse sistema possibilita uma melhor organização e otimização do espaço físico, como pode ser observado na Figura 2. De acordo com a multinacional o sistema implantado economiza 20% do espaço para armazenamento de veículos. Segundo a D.Y. Park (2013), empresa especializada no desenvolvimento de automatic parking, o sistema de estacionamento automatizado facilitou o tráfico e tornou-se essencial dentro de grandes cidades, na maioria das áreas urbanas no mundo assim como na Coréia, desde as primeiras implantações ao redor de 30 anos atrás. Os engenheiros especializados da D. Y. Park já desenvolveram mais de 10 mil sistemas de estacionamento automatizado na Coréia. O sistema utilizado na Figura 3 é composto de gaiolas para armazenamento dos veículos, tracionadas por moto redutor que recebe comandos elétricos gerenciados por software. 3 Figura 2. Estacionamento da Volkswagen. Wolfsburg, Alemanha. Figura 3. Estacionamento desenvolvido pela D. Y. Park. Coreia do Sul. Um motor elétrico é responsável pela locomoção de todo o sistema, transmitindo o seu torque para as polias e catracas. Todos os motores elétricos valem-se dos princípios do eletromagnetismo, mediante os quais condutores situados num campo magnético e atravessados por correntes elétricas sofrem a ação de uma força mecânica, ou eletroímãs exercem forças de atração ou repulsão sobre outros materiais magnéticos. Na verdade, um campo magnético pode exercer força sobre cargas elétricas em movimento. Como uma corrente elétrica é um fluxo de cargas elétricas em movimento num condutor, conclui-se que todo condutor percorrido por uma corrente elétrica, imerso num campo magnético, pode sofrer a ação de uma força. 3. MATERIAIS E MÉTODOS METODOLOGIA DE TRABALHO Para confecção do projeto proposto se fez necessário a realização de pesquisas de embasamento sobre aplicações já existentes, a fim de delimitar qual método adotar para construir o mesmo. Depois de concluídas as pesquisas e determinado o método a ser utilizado iniciou-se a etapa de obtenção dos materiais necessários para a construção do projeto como Circuitos Integrados, Cabos, Motores de Passo, Software CAD, entre outros pertinentes para a confecção do projeto. Seguindo o raciocínio foi avaliado o software para que haja a comunicação entre a parte virtual e a parte física do projeto, com o intuito de obter conhecimento em seus comandos básicos e necessários ao projeto. Posteriormente após adquiridos os materiais deu-se a construção do protótipo desenvolvendo os comandos do software CAD e paralelamente o protótipo físico realizando-se testes comparativos de atuação e desempenho. SOFTWARE DE ACIONAMENTO E FRENAGEM DO SISTEMA 4 O Software utilizado para acionamento e frenagem do sistema foi o CAD. Para a programação do software foram utilizadas técnicas de condição, onde é feita a troca de acionamentos, SE o motor é acionado o freio desacionado,. Para o funcionamento do software faz-se necessário um operador que definirá por si só as gaiolas a ser direcionadas a entrada e saída. CIRCUITO DE ACIONAMENTO DO MOTOR Para o funcionamento do sistema foi utilizado um circuito de recepção com sinais de porta paralela. Para a construção do circuito foi utilizada uma placa de fenolite onde todo o circuito foi desenhado, composto por dois diodos para evitar que a corrente retorne pelo sistema podendo ocasionar a queima do sistema; dois transistores com a função de receber o sinal do computar e transmiti-lo para o motor conforme visto na Figura 4. Figura 4. Circuito desenvolvido para o Motor. MOTOR O motor utilizado funciona comuma tensão de 6 volts, com uma potencia de 6 watts, e sua transmissão e feito por meio de uma polia de 20mm de diâmetro. SISTEMA DE TRANSMISSÃO A transmissão em primeiro momento é feita por uma correia que é fixada na polia do motor e na polia fixada a um eixo, eixo que transmite para uma catraca 5 fixada na outra extremidade do mesmo. Através de corrente é feita a transmissão da primeira catraca para uma segunda fixada à roda onde as gaiolas são fixadas. GAIOLAS As quantidades de gaiolas definem a capacidade de armazenamento de veículos no sistema. As gaiolas também são responsáveis pela transmissão dos movimentos entre as rodas. Figura 5. Vista plana vista lateral e vista frontal do Estacionamento com quatro gaiolas. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Para os testes experimentais, o estacionamento foi carregado com carros em miniatura escala de 1:36 com o peso de 0,100 kg cada. Basicamente todo o sistema é reduzido para a mesma escala. Os resultados encontrados foram satisfatórios 6 visto que os processos utilizados foram basicamente direcionados para o nível de protótipo. Para os sistemas estudados foram encontrados processos aperfeiçoados, onde as vagas são pré-definidas e identificadas para o software. O próprio software controla o sistema conforme a solicitação do próprio usuário, que é identificado através de um ticket retirado após o mesmo estacionar o seu veículo. O sistema é travado após a conclusão da rotina, sendo destravado apenas após uma nova solicitação. Os resultados foram satisfatórios, visto a simplicidade do sistema, não necessitando de grande tecnologia, mostrando que a sua implantação é possível. Referencia Bibliográfica BRAGA, N. C. Eletrônica Básica para Mecatrônica. 1. ed. São Paulo; Editora Saber, 2005. DETRAN SP Frota de Veículos da Cidade de São Paulo. Disponível em: <http://www.detran.sp.gov.br/frota/frota.asp> Acesso em 10 de abril 2013 Elevadores, História. Disponível em: <http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2002-2/Transportes_ Verticais/elevadores.htm> Acesso em 15 de Abril de 2013. Lagonegro, Marcos Aurélio. Da Arquitetura de Marco Vitrúvio Polião. Ed São Paulo; Editora Annablume 2ª edição 2002. Motores Elétricos. Disponível em: <http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php? midia=pmd&cod=_pmd2005_i0902> Acesso em 02 de abril de 2013. 7 Otto Wöhr GmbH Auto-Parksysteme, Alemanha. Disponível em: <http://www.woehr.de> Acesso em: 14 março 2013. PARK D.Y., DongYang PC, INC, Seol Korea. Disponível em: <http://www.dysmart.com/eng/html/into_01.html> Acesso em: 10 mar 2013. REZENDE, E. M. Sistemas de Estacionamento Vertical Modulado em Estrutura Metálica. Universidade Federal de Ouro Preto, 2005. Volkswagen. Wolfsburg, Alemanha. Disponível em: <http://armazemgeralcuriosidades.blogspot.com/2009/11/modernidade-pelo- mundo.html> Acesso em 14 março 2013. 8 1. Introdução 2. Referencial Teórico 3. MATERIAIS E MÉTODOS
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