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Caso Concreto III Ana Maria, produtora rural do oeste de São Paulo, firmou com Pedro Augusto a obrigação de entregar dez sacas de café Catauí, tipo exportação que estavam armazenadas em seu galpão ao final do mês de abril. Para tanto, Pedro adiantou a quantia de R$7.000,00 (sete mil reais). Ocorre que antes do termo fixado, uma chuva torrencial destruiu o galpão com as sacas destinadas ao credor. Sem saber o que fazer, Pedro que é novo no ramo do comércio de café, procura você, seu (sua) sobrinho(a), estudante de Direito da Estácio de Sá e pergunta: a) Que tipo de negócio jurídico fizera com Ana Maria? R: Obrigação de dar coisa certa, pois, trata-se de coisa específica, certa e determinada. b) Nesse caso, existe alguma maneira de ele reaver o prejuízo sofrido? Qual a base jurídica disso? R: Sim, Pedro Augusto terá direito a devolução da quantia paga antecipadamente à Ana Maria, amparado pelo Art. 234 1ª parte do CC/02 que diz “Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes(...)”. A título de elucidação, o Art. 233, citado, traz a seguinte redação: “A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.” Ao determinar que a obrigação fica resolvida para ambas as partes, o Código Civil afirma que ambos voltam à condição primitiva, anterior ao firmamento da obrigação.
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