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Doutrina da Justificação

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Seminário Teológico Batista do Sudeste em Guarulhos 
A Doutrina da Justificação 
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Geanfrancisco 2006 Página 1 de 5 
 
Conteúdo 
Definição de Justificação ........................................................................................................ 1 
Elementos da Justificação ...................................................................................................... 1 
Argumentos e Métodos da justificação ................................................................................ 2 
Relação da justificação com a lei e santidade de Deus .................................................... 3 
Relação da justificação com a união com cristo e com o espírito ................................... 3 
Relação da justificação com a obra ...................................................................................... 4 
Relação da justificação com a Fé ......................................................................................... 4 
Prova da Doutrina .................................................................................................................... 4 
Resultados e Conseqüências da Justificação ..................................................................... 5 
Bibliografia ................................................................................................................................ 5 
 
 
A Doutrina da Justificação 
 
Definição de Justificação 
 
Justificação – processo pelo qual seres humanos pecadores são aceitos por um 
Deus Santo (Dicionário Ilustrado da Bíblia) 
A justificação é a declaração de Deus de que as exigências de sua lei foram 
cumpridas na justiça de seu Filho. Pois o homem já nasce pecador, e Deus 
inverte sua atitude para com o pecador, por causa da nova relação do pecador 
para com Cristo, Deus condenou, agora Ele absolve. 
 
Elementos da Justificação 
 A justificação é um ato, como a santificação, uma obra continua e 
progressiva; 
 Um ato da graça para com o pecador. Por si mesmo, ele merece 
condenação quando Deus justifica; 
 Quanto à natureza do ato, ele não é, em primeiro lugar, um ato eficaz 
nem um ato de poder. Não produz nenhuma mudança subjetiva na 
pessoa justificada. Não efetua nenhuma mudança de caráter, fazendo 
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bons os que eram maus, nem santos, os que eram ímpios. Isso ocorre 
na regeneração e na santificação. Em lugar, não se trata de mero ato 
executivo, como quando um soberano perdoa um criminoso e restaura 
com ele seus elementos civis, ou a sua anterior posição na 
comunidade. 
 É um ato legal ou judicial, o ato de um juiz, não de um soberano. Ou 
seja, no caso do pecador, ou, in foro Dei, trata-se de um ato de Deus, 
não em seu carater de Soberano, mas em seu carater de juiz. É um ato 
declarativo no qual Deus pronuncia justo ou reto o pecador, ou seja, 
declara que as exigências da justiça são satisfeitas até onde ela lhe diz 
respeito, de modo que ele não pode ser justamente condenado, senão 
que, em justiça, tem direito à recompensa prometida ou devido à 
perfeita justiça. 
 
Argumentos e Métodos da justificação 
 
A justificação do homem se dá pela graça de Deus, pois é a declaração de Deus 
que as exigências de sua lei foram cumpridas na justiça de seu filho. A base para 
a justificação é a morte de Cristo, Paulo diz que “Deus estava em Cristo 
reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas 
transgressões” (2CO 5.19). Essa reconciliação cobre todo o pecado. 
Quando Deus justifica, ele lança o debito do pecado do homem a Cristo e credita 
a justiça de Cristo ao crente (2CO 5.21). Desse modo, “assim como, por uma só 
ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, 
por um só ato de justiça, veio à graça sobre todos os homens para a justificação 
que dá vida” (Rm 5.18). Visto que essa justiça é “a justiça de Deus” e “sem lei” 
(Rm. 3.21), é completa; um crente é “justificado de todas as coisas” (At 13.39). 
A justificação pela fé esta no principio de que embora o Senhor Jesus tenha 
pagado o preço por nossa justificação, é por meio da fé que ele é recebido e sua 
justiça é experimentada e desfrutada. 
 
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Relação da justificação com a lei e santidade de Deus 
 
Por ser um termo forense. Pode-se conceber o homem justo em dois sentidos: 
 Caráter moral, isto é, absolutamente santo na natureza, disposição e 
conduta; 
 E em relação à lei, ou livre de toda a obrigação de sobre a pena e ter 
direito as recompensas da obediência. 
Porem a própria bíblia declara que não há na terra um homem justo nos sentidos 
acima descrito, Então se existe justificação, deve ser não um ato que torna o 
pecador absolutamente santo, mas um ato de Deus que declara o pecado livre 
das penas legais e habilitado às recompensas legais. 
 
Relação da justificação com a união com cristo e com o espírito 
 
É pela Graça de Deus. 
“Sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em 
Cristo Jesus” (Rm. 3:24). 
“A fim de que justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a 
esperança da vida eterna” (Tito 3:7). 
Isto demonstra a fonte de nossa justificação. Não é ela a obra da justiça que 
temos praticado, mas é segundo a sua misericórdia “que ele nos salvou (Tito 
3:5). Assim a justificacao se origina no coração de Deus. Tendo consciencai não 
apenas de nossa falta de justiça, mas também de nossa incapacidade de 
consegui-la, Ele, em sua bondade, decidiu nos fornecer a justiça. Foi sua graça 
que levou a fornecê-la; Ele não tinha a menor obrigação de fazer isso. Em sua 
gracao, ele não considerou a nossa culpa, e em sua misericórdia, nossa miséria”. 
 
É pele sangue de Cristo. 
“Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo sangue, seremos por ele salvo 
da ira” (Rm. 3:24). 
“Com efeito, quase todas as cousas, seguindo a lei, se purificam com sangue, e 
sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb. 9:22). 
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Isto estabelece a base de nossa justificação. Por ter Cristo suportado o castigo 
de nossos pecados em Seu próprio corpo, Deus pôde revogar a pena e nos 
restabelecer a Seu favor. 
 
Relação da justificação com a obra 
 
Não é pelas obras da Lei. Mesmo sendo verdade que Jesus se referiu à lei 
quando o jovem rico perguntou como poderia obter a vida eterna (MC. 10:17-22); 
mas é claro que Ele fez isto apenas para demonstrar ao jovem que a salvação é 
impossível nesta base, Aquele quer for ser justificado pelas obras, deve continuar 
em todas as coisas que estão escritas na lei (Gl. 3:10 Tg. 2:10) Ninguém 
consegue nem pode fazer isso. Paulo declara que pelas obras da lei ninguém é 
justificado diante Dele (Rm. 3:20; Gl. 2:16). A lei sé serve para revelar o pecado 
(Rm. 3:20; 7:7) e para impedir a alma condenada a fugir para Cristo (Gl. 3:24). 
Jesus em outra ocasião ensinou que “a obra de Deus” é a deque “creiais 
naquele que por ele oi enviado” (Jô. 6:29). Os homens não são salvos por 
“fazerem o melhor que podem” , como normalmente se entende essa declaração, 
mas são salvos por fazerem o melhor que podem se quiserem com isso dizer que 
creêm no Senhor Jesus Cristo (Mt. 7:12). 
 
Relação da justificação com a Fé 
 
Muitas passagens declaram que somos justificados pela fé. Em Rm. 3:26-30; 5:1; 
10:10; Gl. 2:16; 3:8, 24; Atos 13: 38,39. 
Então esta é a condição de nossa justificação, não a base meritória para ela; a fé 
não é o preço da justificação, mas o meio pela qual nos apropriamos dela. 
 
Prova da Doutrina 
 
A prova da escrituriíticas da doutrina como um todo são as seguintes: 
 Rm. 1:17; 
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 Gl. 3:11; 
 Ef. 1:17; 
 Hb. 11:4, 7; 
 Sl. 85:8 
 Entre outros 
 
Resultados e Conseqüências da Justificação 
Uma das conseqüências da justificação é aquilo do que somos salvos: “... 
justificados por seu sangue seremos por ele salvos da ira” (Rm 5.9). Outra 
conseqüência é o objetivo daquilo para que fomos salvos: “... aqueles a quem 
justificou, também glorificou” (Rm 8.30). 
Paulo também inclui a paz com Deus (Rm 5.1) e o acesso à graça divina (RM5. 
2) como benefícios da justificação. Quem crê em Cristo pode olhar com 
expectativas para a redenção do corpo (Rm 8.23) e para a herança eterna (Rm 
8.17; 1Pe1. 4). 
 
 
Bibliografia 
 
 DIB – Dicionário Ilustrado da Bíblia 
 Hodge, Charles. Teologia Sistemática, 1ª edição, 2005. 
 Henry clarence Thiessem. Palestras introdutórias a Teologia sistemática, 
2001. 
 Strong, Augustos Hopkins. A doutrina de Deus vol II, Hagnos.

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