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COMPARAÇÃO DA ANÁLISE MICROBIANA DE APARELHOS CELULARES E BANHEIROS PÚBLICOS EM ARACAJU

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COMPARAÇÃO DA ANÁLISE MICROBIANA DE APARELHOS CELULARES E BANHEIROS PÚBLICOS EM ARACAJU
NASCIMENTO, Denize O; TAVARES, Laila; FREITAS, Valdemar; SANTANA OLIVEIRA, Raphaella I.
Universidade Tiradentes (UNIT), Av. Murilo Dantas, 300 - Farolândia  Aracaju-SE, Brasil.
RESUMO
Estudo de verificação da flora microbiana de cinco aparelhos celulares na cidade de Aracaju, de forma que os micróbios encontrados sejam analisados e relacionados com determinadas doenças. Espera-se encontrar após coletas e inoculação em caldos de enriquecimento para Enterobactérias como: Escherichia coli, Citrobacter amalonaticus, Providencia stuartii e Salmonella sp. Além de cepas de Staphylococcus sp. como: S. aureus, S. auricularis, S. epidermidis, S. intermedius, S. sciuri e S. piscifermentans. A ocorrência de patógenos como S. aureus, Salmonella sp. e C. albicans, além de E. coli que é indicadora de higienização deficiente, mostrará o pouco cuidado com aparelhos telefônicos, potenciais veículos de microrganismos patogênicos que possivelmente pode causar problemas gastrointestinais e náuseas. Além desta relação micróbio-doença, medidas de higiene para celulares serão apresentadas de modo que o risco de contaminação seja diminuído.
Palavras – Chaves: Aparelhos celulares, Staphylococcus sp., Enterobacteriaceae.
1 INTRODUÇÃO 
Os microrganismos encontram-se distribuídos em praticamente todos os lugares da natureza e de uso pessoal como em telefones celulares, teclado de computadores, cédulas de dinheiros entre outros. A falta de limpeza adequada nos ambientes e a deficiência de hábitos básicos de higiene, como limpar um celular ao chegar da rua, é o que permite o desenvolvimento de bactérias em nossos ambientes. Algumas pessoas, apesar de terem o hábito de limpeza, não lembram de higienizar o famoso aparelho. Dormem e jantam com o objeto eletrônico, levam-no ao banheiro para ouvir música durante o banho, deixam-no em cima da mesa em sala de aula, pegam ônibus com o telefone em mãos. Esses são alguns exemplos diários por onde tais objetos pequenos e portáteis, os quais, facilmente carregados, fazem parte do nosso cotidiano. Quando utilizados ficam em contato próximo ao rosto e expõe várias partes do corpo à contaminação, onde sua superfície proporciona um ambiente propício para o crescimento microbiano. Segundo o médico infectologista Jaime Rocha, do laboratório Frieschmann Aisengart, o problema está nas patogênicas, que são as bactérias que podem trazer doenças ou diminuição de imunidade. O contato intenso pode gerar infecções que dão origem à diarréia, febre, conjuntivite, dores, mal-estar e cólicas. 
De acordo com estudos de Gabriel M. et al, objetos que estão em contato com várias pessoas possibilitam a contaminação de superfície além de causar infecções em organismos debilitados. Os microorganismos são, geralmente, causadores de patologias, entretanto, alguns deles contribuem para a manutenção do organismo, sendo constituintes da microbiota normal dos seres humanos. 
Considerando-se a importância que telefone celular é parte do cotidiano da comunidade, e a literatura, mostra raros relatos de níveis de contaminação microbiana, este estudo objetivou verificar a flora microbiana de celulares na cidade de Aracaju e avaliar a presença de microoganismos potencialmente patogênicos em suas superfícies, uma vez que causem riscos a seus usuários.
2 MATERIAL E MÉTODOS
Foram selecionados cinco aparelhos telefônicos de alunos da Universidade Tiradentes na cidade de Aracaju e com auxílio de swab umedecido em salina estéril esfregou-se sobre a superfície dos mesmos com objetivo de coletar os microorganismos. Em seguida, estes foram colocados imediatamente em tubos contendo caldo de BHI, devidamente identificados. Na sequência, encaminhados para a estufa do Laboratório de Microbiologia da Universidade Tiradentes onde foram incubados a 37ºC/24h. 
Após o período de incubação, o inóculo foi esgotado em placas de Petri contendo Ágar Nutriente, Ágar MacConkey, Ágar Sabouraud e Ágar Sangue, além da utilização do caldo VBBL em série de dois tubos contendo tubos de Durhan invertidos, respectivamente incubadas a 37ºC/48 horas. Seguindo o processo, realizou-se a identificação morfológica pela técnica de Gram e identificação bioquímica, segundo protocolo de Koneman et al., (1999). 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Na literatura brasileira são raros os relatos de pesquisas realizadas para avaliar contaminação microbiana de telefones celulares. No entanto, esta pesquisa avaliou a ocorrência de contaminação microbiana de cinco aparelhos celulares de alunos da Universidade Tiradentes. Examinou-se o crescimento em meios Ágar Nutriente, Ágar MacConkey, Ágar Sabouraud e Ágar Sangue, onde observou-se a formação de colônias bacterianas e presença fungos. A utilização do caldo VBBL em série de dois tubos contendo tubos de Durhan invertidos para a determinação de coliformes totais, trouxe resultados quanto a produção de gás.
Apenas uma das amostras foi esgotada em Ágar Sangue, meio este que oferece ótimas condições de crescimento a maioria dos microrganismos. Nesta placa, observou-se uma enorme presença de colônias bacterianas. Nas placas de Ágar Nutriente, todas as amostras foram esgotadas e apenas duas apresentaram a formação de colônia após a incubação a 37ºC/48h. Em Ágar MacConkey, não apresentou resultados devido a erro de manipulação. Em meio Ágar Sabouraud, recomendado para o cultivo, isolamento e identificação de fungos patogênicos e leveduras, apenas uma amostra apresentou crescimento. Em duas amostras em VBBL ocorreram a presença de gás no tubo de Durhan, consideradas então, positivas para a presença de microrganismos. 
Em nossa pesquisa observamos que os celulares estudados apresentaram algum tipo de microrganismo o que nos leva a pensar que não há o hábito de proceder à higienização dos mesmos. Estes microrganismos podem ser transmitidos por objetos inanimados e também por contaminação originária de hábitos higiênicos e que é necessária uma boa higienização das mãos após a manipulação de dinheiro, assim como após a manipulação de outros objetos.
4 CONCLUSÃO 
Conclui-se que a contaminação microbiana em celulares é um veículo de contaminação aos seus usuários e uma vez o uso frequente de soluções germicidas em ambientes onde os aparelhos estão localizados e o uso de álcool 70%, poderiam ser uma maneira de reduzir as contaminações.
 
REFERÊNCIAS 
REIS, Gabriel M, et al. Contaminação microbiana de telefones celulares de acadêmicos de uma universidade do sul do Brasil. Seminário Interinstitucional, Rio Grande do Sul, 2010. Disponível em: http://www.unicruz.edu.br. Acesso em: 06/04/2013.
MICRORGANISMOS. Onde os Microorganismos vivem?. Disponível em: <http://microorganismos-ciencias.blogspot.com.br/2010/05/onde-os-microorganismos-vivem.html>. Acesso em: 08/04/2013.
NETO, Adelino C, et al. Flora Microbiana de Telefones Públicos Localizados no Campus de Uma Universidade em Cuiabá, MT. Revista Eletrônica de Biologia, Volume 5 (2): 56-72, 2012.
GAZETA DO POVO. Onde moram as bactérias. Disponível em: < http://www.gazetadopovo.com.br/viverbem/conteudo.phtml?id=982566&tit=Onde-moram-as-bacterias>. Acesso em: 08/04/2013.
FREITAS, Natylane E, et al. Avaliação Microbiológica do Leite Cru e Pasteurizado, Vendido em Bom Jesus, Piauí-Brasil. Disponível em: <http://www.ufpi.br/19sic/Documentos/RESUMOS/Vida/Natylane%20Eufransino%20Freitas.pdf> Acesso em: 14/06/2013.
RODRIGUES, Auro de Jesus. Metodologia Científica. 3. ed. Aracaju: UNIT, 2010.

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