Buscar

Caderno de Processo de Conhecimento Civil Prof. Gisele

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 69 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 69 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 69 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SDP00004 - Processo de Conhecimento Civil – Professora: Gisele Picooreli
Ementa: 
	
	Procedimentos no código de processo civil. 
Procedimento comum ordinário.
Cognição no processo civil.
Conceito. 
Classificação.
Fase postulatória. 
Formação do processo. 
Petição inicial e seus requisitos. 
Indeferimento, emenda e despacho liminar de admissibilidade. 
Contestação. 
Exceções. reconvenção. impugnação ao valor da causa. outras respostas do réu.
 Fase de saneamento. providências preliminares. 
Julgamento conforme o estado do processo. 
Fase de instrução.
Teoria geral das provas.
Provas em espécie: documental, eletrônica, pericial, testemunhal, depoimento, interrogatório e inspeção judicial. 
Audiência. princípios. conciliação. instrução e julgamento. 
Fase decisória.
Suspensão e extinção do processo. 
Sentença. conceito. classificação. elementos. vícios. coisa julgada. 
Conceito. limites objetivos e subjetivos. limites temporais e territoriais
Data: 21/03/2017- Aula 01 – Introdutória 
E-mail da professora: gisellepicorelli@gmail.com 
Bibliografia 
- Dinamarco
- Greco
- Theodoro Junior 
- Didier
Obs: O aluno escolhe o que preferir! 
Cronograma 
01/06/2017 – Entrega do Trabalho
27/06/2017 – Prova 
VS e 2º chamada diferentemente da prova comum cai a matéria TODA
Trabalho 
Temática: Provas em Espécie
- De 20 à 30 páginas
- Grupos de 2 à 4 anos 
- Para além do trabalho em si, haverá uma exposição à turma de um caso concreto de uma das jurisprudências anexadas ao trabalho, no dia da entrega e na aula seguinte. 
- Pesquisa doutrinária de ao menos 02 autores por tema!
- Pesquisa jurisprudência: 1 decisão do STJ e 02 de TJ diferentes por tema!
- Bibliografia completa segundo as normas da ABNT: Autor, data, página
- Entrega da pesquisa: 01 impressa e 1 via em PDF via e-mail. 
Abordagens acerca dos seguintes temas: 
Ata notarial
Depoimento pessoal
Confissão
Exibição de documentos ou coisa 
Prova documental
Prova testemunhal 
Prova pericial 
Inspeção judicial
Faltas: até 08 aulas
OBS: Quinta-feira: 23/03 – não haverá aula de processo!
Data: 28/03/2017- Aula 02
Revisão: Ação, Processo e Pressupostos Processuais
Direito de ação: é exercido mediante um complexo de situações jurídicas. 
		Possibilita acesso aos tribunais; tutela jurisdicional adequada, tempestiva e efetiva (a adequação está correlacionada ao tipo de demanda assim como o tempo razoável para a satisfação do processo, ou seja, é relativa à especialidade de cada processo, não havendo um tempo exato pré-determinado para que os processos sejam julgados e satisfaça as partes). 
Ação: ato jurídico de exercício do direito de ação.
Elementos da ação: Partes; Causa de pedir e Pedido. 
Ação
Partes
 São os sujeitos da lide, participam do contraditório – autor x réu. 
“Entendemos que o contraditório é que possibilita a ampla defesa. O réu somente poderá apresentar uma contestação, por exemplo, após sua citação”. Linhas à frente conclui que “[...] pode ser afirmado que o contraditório proporcionou a ampla defesa, mas esta é faculdade do réu. Em outras palavras, a informação é obrigatória, mas a reação, esta é facultativa”. Mesquita
“O princípio da ampla defesa é uma consequência do contraditório, mas tem características próprias. Além do direito de tomar conhecimento de todos os termos do processo (princípio do contraditório), a parte também tem o direito de alegar e provar o que alega e – tal com o direito de ação – tem o direito de não se defender. Optando pela defesa, o faz com plena liberdade.” Portanova. 
Obs.: Processo Penal: MP/querelante x acusado/querelado
Causa de pedir (causa petendi)
		 Premissa vinculada diretamente ao pedido, que possibilita que o magistrado examine e verifique a sua procedência a partir do nexo de causalidade que deve existir entre a narrativa dos fatos e o seu enquadramento numa categoria jurídico material. “Todo direito alegado está ligado necessariamente a um fato gerador”.
	Uma vez que no Brasil predomina a ideia de que o juiz conhece o direito (Juria novit curia) adota-se a teoria da substanciação da causa de pedir, ou seja, os fatos narrados sobrepõem-se ao direito subjetivo violado, logo pode o juiz acolher o pedido do autor baseado em fundamentação jurídica diversa daquela apresentada na inicial. 
Circunstâncias de fato alegadas pelo autor: 
“fato jurídico com todas as suas circunstâncias que fundamenta a demanda autoral “ Liebman 
“razão ou motivo pelo qual se exercito a ação” Carreira Alvim
Exposição dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido, que delimitam a pretensão do autor: 
CPC. Art. 319.  A petição inicial indicará: (...)
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
Classificação doutrinária (há divergências, este é apenas um dos posicionamentos): 
Causa de pedir próxima/imediata: 
		São os fundamentos jurídicos, que se distingue de fundamentos legais simplesmente, pois exige que se especifique o enquadramento jurídico dos fatos narrados.
Causa de pedir remota/mediata/fática: fato constitutivo do direito do autor (fatos jurídicos), em especial, os fatos essenciais ou principais, ou seja, que têm importância para o julgamento da causa. Deve conter a narrativa do fato com precisão e clareza, porém se limita somente aquilo que é considerado imprescindível para a conclusão jurídica. Ressalta-se que o juiz tem o dever de se ater rigorosamente aos fatos explícitos, sendo ilícito tomar uma decisão com embasamento em fatos não narrados. (Remota = que acontece primeiro, ou seja, os fatos que darão origem à demanda, sendo eles: o direito ameaçado ou violado). Vide: 
CPC. Art. 374: Não dependem de prova os fatos:
I - notórios; Necessariamente tem que ser fatos tão notórios sempre a ponto de não depender de provas? Claro que não, senão não haveria fase probatória no processo, por exemplo. 
Tem autor que entende que a causa de pedir próxima são os fatos pois sem ela eu não teria a causa de pedir jurídica. –-> Posição que adota uma posição mais lógica quanto a formação, decorrência de um para o outro - Divergência doutrinária.
A posição apresentada pela professora, em que a causa de pedir próxima consiste na fundamentação e a remota os fatos, está mais ligada a uma lógica temporal, tendo em vista que os fatos estão mais distantes temporalmente do momento em que se alega ela num processo. 
Pedido:
O que se pede em juízo; provimento requerido; “pretensão material deduzida em juízo”; certo – CPC/2015, arts. 322 e seguintes
Art. 322. O pedido deve ser certo.
§ 1° Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
§ 2° A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.
Limita a prestação jurisdicional
Imediato: providência jurisdicional, pode ser: declaratória, constitutiva, condenatória, executiva/satisfativa ou cautelar (Ainda existe?) - (o que eu quero do juízo). Está atrelado ao direito processual.
Mediato: bem da vida ou interesse para o qual se busca a tutela (o que eu quero proteger). Está atrelado ao direito substancial.
Ações de conhecimento:
Condenatórias: relacionadas com direitos a uma prestação;
Constitutivas: objetivo de obter a certificação de um direito potestativo (alteração, criação ou extinção de uma situação jurídica) Ex.: ação de anulação de casamento.
Declaratória: certifica a existência/ inexistência / modo de ser de uma relação jurídica (art. 19 CPC) Ex.: reconhecimento de paternidade
Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
II - da autenticidade ou da falsidade de documento.
 
Condições da ação
CPC/73: questão relacionada aos elementos da ação (possibilidade jurídica do pedido, legitimidade e interesse processual) – poderia gerar carência de ação;
CPC/2015: 
Questões de MéritoLegitimidade extraordinária/substituição - ocorre emcasos excepcionais, que decorrem de lei expressa ou do sistema jurídico, em que admite-se que alguém vá a juízo, em nome próprio, para defender interesses alheios, ex.: condômino art. 1.313 CC/02) e interesse processual (utilidade do processo para a demanda)
Pressupostos processuais (art. 485, VI, CPC):
CPC/2015: O juiz não resolverá o mérito quando:
VI – Verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual.
Possibilidade jurídica do pedido (Ex.: é possível algum estado entrar com um processo pedindo para se desvincular do Brasil? Não!) e legitimidade ordinária - Via de regra, ninguém pode ir a juízo, em nome próprio, para defender direito alheio, sob pena de carência da ação por ilegitimidade de parte). 
Freddie Didier: conceito de condições da ação (carência de ação) despareceu Há uma discussão em torno desse desaparecimento da “carência da ação”. 
O Novo CPC teria excluído a possibilidade jurídica das condições da ação, a constituindo como causa de mérito, ou seja, que acarreta a improcedência liminar do pedido vide artigo 307. 
Teorias Vigentes:
Teoria Eclética: adotada pelo CPC, as condições da ação (legitimidade e interesse processual) se confundem com o mérito e, quando ausentes, geram uma sentença terminativa de carência de ação (art. 485, VI, Novo CPC) sem a formação de coisa julgada material. Em suma, para esta teoria a existência do direito de ação independe da existência do direito material, mas do preenchimento de certos requisitos formais, chamados “condições da ação”. 
Teoria da Asserção, adotada pelo STJ:
A) Sendo possível o juiz mediante uma cognição sumária perceber a ausência de uma ou mais condições da ação: extinção do processo SEM resolução do mérito, por carência de ação (art. 485, VI, Novo CPC).
B) Caso o juiz precise, no caso concreto, de uma cognição mais aprofundada para então decidir sobre a presença ou não das condições da ação, não mais haverá tais condições da ação (que perdem essa natureza a partir do momento em que o réu é citado), passando a ser entendidas como matéria de mérito: extinção do processo COM resolução do mérito – gera uma sentença de rejeição do pedido do autor (art. 487, I, do NCPC).
VIDE, o seguinte artigo esclarecedor da matéria:
https://carloszoette.jusbrasil.com.br/artigos/412617180/o-cpc-quebra-o-paradigma-das-condicoes-da-acao
Processo
“instrumento de exercício de uma função do Estado (jurisdição), função essa que ele exerce por autoridade própria, soberana, independentemente da voluntária submissão das partes” A.Grinover
“Instrumento através do qual a jurisdição é exercida” H.Dalla
Processo com natureza jurídica de “relação processual” 
Partes interligadas por liames jurídicos “nexo que liga dois ou mais sujeitos, atribuindo-lhes poderes, direitos, faculdades e os correspondentes deveres, obrigações e ônus”
Bullow (1868): estudou a distinção entre processo e procedimento – fortaleceu autonomia científica alcançada pelo direito processual
Bülow afirmava, que no processo existiam duas relações distintas uma de direito material, que é a causa de pedir da ação, a própria relação discutida em juízo, e uma relação de direito processual “que se estabelecia com o próprio processo entre o autor e o juiz e este e o réu, identificando o processo como uma relação jurídica distinta daquela outra, porque tem como objeto a prestação jurisdicional”. 
A partir da obra Teoria das Exceção Processuais de Bulow o processo passou então a ser o meio, o instrumento através do qual se obtém a prestação jurisdicional, o caminho formado por atos processuais que obedecem uma regra e que vão culminar em uma sentença. Já o procedimento configurou-se como o modo em que se executa estes atos processuais.
Processo: caráter teleológico, finalidade de permitir exercício do poder jurisdicional e eliminação dos conflitos.
“aspecto dos atos que lhe dão corpo e das relações entre eles e igualmente pelo aspecto das relações entre os seus sujeitos” AGrinover
 “síntese da relação jurídica progressiva (relação processual) e da série de fatos que determinam sua progressão (procedimento).“ AGrinover
Procedimento: elemento visível do processo, meio extrínseco pelo qual o processo é instaurado e desenvolvido;
Sucessão de atos processuais; “realidade fenemonológica perceptível” do processo; aspecto formal do processo. Ex.: procedimento ordinário.
Autos: correspondem segundo Agatha Grinover a “materialidade dos documentos em que se corporificam os atos do procedimento” 
Processo de conhecimento
Caracterizado pela atividade de cognição do juiz;
Partes levam suas teses ao conhecimento do órgão jurisdicional em busca de uma comprovação e uma decisão favorável – sentença de mérito;
Estado – juiz é chamado a julgar, declarando qual das partes tem razão
“o objeto do processo de conhecimento é a pretensão ao provimento declaratório denominado sentença de mérito”
Processo Cautelar
Algumas vezes torna-se necessário que determinadas medidas sejam tomadas com urgência para evitar o perecimento de um direito;
Serve para assegurar a efetividade do processo
Processo de execução
Função jurisdicional no sentido de dar efetividade ao disposto na sentença;
Processo de execução permite a realização prática do direito mesmo contra a vontade do devedor – execução forçada
Características da relação processual
Complexidade: relação jurídica processual composta por diversas posições jurídicas (ativas e passivas), as quais exercem direitos, obrigações, ônus e poderes.
Simples: uma posição jurídica passiva e uma posição jurídica ativa
Complexa: pluralidade de posições jurídicas ativas e passivas
Progressividade: o processo se desenvolve através de atos que vão se sucedendo até o provimento final, ou seja, a sentença. Os atos têm uma finalidade única, constituem uma relação progressiva, que se desenvolve de grau em grau para o mesmo fim.
Unidade: Liga-se ao princípio da imutabilidade. Os atos realizados, interligados entre si, tendem a uma finalidade, que é a sentença. A essa relação há que se referir a unidade teleológica.
“A relação jurídica processual é sempre a mesma, em que pese a modificação subjetiva ou objetiva que possa passar no curso do seu desenvolvimento” .
Caráter tríplice/Trilateralidade: relação jurídica formada por três sujeitos – autor, estado e réu. 
Na doutrina prevalece o entendimento de uma relação jurídica triangular 
Natureza pública: meio pelo qual o juiz, representando o Estado, exerce uma função pública (função jurisdicional). Partes sujeitas à função pública.
O juiz no processo age em nome do Estado, não está em litígio com as partes, mas exerce autoridade soberana. A relação entre o juiz e as partes é tipicamente de direito público. 
“A relação é de direito público ainda que seja privada a relação substancial controvertida: assim, tanto é publica a relação processual penal como a trabalhista ou a civil, ainda que, com referência particular a esta, a pretensão deduzida seja de caráter privado(obrigações, coisas, etc.)” .
Autonomia: a relação jurídica processual é autônoma, porque é distinta da relação jurídica de direito material. Ambas existem no processo, mas cada qual tem seus pressupostos próprios. São reguladas por normas distintas: as relações jurídicas processuais são reguladas por normas de direito processual enquanto as relações jurídicas substanciais são regidas por normas de direito substantivo.
“Do exposto, já se conclui que a relação jurídica processual independe, para ter validade, da existência da relação de direito substancial controvertida. Instaurado o processo, sua validade vai depender de requisitos próprios, pouco importando que esta exista ou não.”
Vide: http://www.sedep.com.br/artigos/conceito-caracteristicas-e-estrutura-da-relacao-juridica-processual/
Data: 30/03/2017 - Aula 03
Pressupostos Processuais
	Consistem nos requisitos mínimos para o estabelecimento da relação jurídica processual (vínculo que se forma entre as várias partes que participam da atividadeprocessual) válida e regular. 
	A relação jurídica processual é dinâmica: a cada ato que se pratica surge uma nova situação em que nascem novos direitos e deveres que vão sendo, gradativamente, exercidos. 
Art. 104 CC/02: agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, forma prescrita ou defesa em lei.
Ausência dos pressupostos processuais gera a extinção do processo sem julgamento do mérito. 
IPC! “ não devemos confundir os pressupostos processuais com as condições da ação. Enquanto os primeiros se referem à existência e validade da relação processual, as segundas dizem respeito ao exercício do direito de ação”
“juntamente com as condições da ação, os pressupostos processuais inserem-se na ampla categoria dos pressupostos de admissibilidade do julgamento do mérito”
Pressupostos de existência: requisitos para a instauração do processo. 
Subjetivos:
- Órgão investido de jurisdição
- Capacidade de ser parte
2. Objetivo: existência da demanda 
Pressupostos de validade: correspondem a “adjetificação” dos pressupostos de existência da ação.
 Subjetivos: 
- Competência e imparcialidade do juiz
- Capacidade processual/postulatória/ad causam
2. Objetivos:
- Intrínseco: diz respeito ao formalismo processual. Ex.: petição apta, citação válida. 
- Extrínsecos (ou negativos): Ex.: Interesse de agir, inexistência de perempção (prescrição ou extinção de um processo judicial ou administrativo, em virtude de seu abandono durante certo tempo ou por inépcia da petição inicial), Litispendência (impede a propositura de uma ação em razão de já existir outra, de elementos idênticos, em curso), coisa julgada (impede a repropositura de nova ação que envolva as mesmas partes, tenha a mesma causa de pedir e o mesmo pedido), convenção de arbitragem. 
Questões do Processo
QUESTÕES PRÉVIAS: examinadas antes da questão principal.
Questão preliminar: arguida antes da questão (defesa) de mérito. Questão de direito processual. Exemplos:
Defesas dilatórias (art. 337, I, II, VIII): consistem em defesas processuais nas quais o réu alerta o magistrado sobre alguma imperfeição formal que pode ser sanada e quando acolhida, não provoca a extinção do processo, mas apenas causam ampliação ou dilatação do curso do procedimento.
CPC. Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;	
VIII – conexão (dois ou mais processos em curso perante juízes distintos, havendo objeto/pedido ou causa de pedir comuns, art. 55 CPC)
Defesas peremptórias (ex. art. 337, IV, V, VI, VII, X, XI): ocorrem quando o réu alerta o magistrado para uma imperfeição formal tão grave que impede que o feito prossiga seu curso normal, e dessa forma, o juiz determina que o processo será extinto.
CPC. Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção;
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
Defesas dilatórias potencialmente peremptórias: ocorrem quando há uma imperfeição formal que não enseja extinção do processo e que dependa de uma conduta do autor para sanar a imperfeição. Só que o autor não cumpre a atitude necessária para ajustar a situação, e dessa forma, o vício não é sanado. Por isso, uma defesa processual dilatória se tornou peremptória, e irá ocasionar a extinção do processo.
Maiores detalhes, vide: https://raqueldeoliveira1966.jusbrasil.com.br/artigos/308631602/contestacao-no-novo-codigo-de-processo-civil 
 
Questão prejudicial: questão que não impede o exame do mérito, mas condiciona o teor da decisão. Questão de direito material. Questão prejudicial é autônoma, existe independente da principal. Ex.: Relação de filiação, na ação de alimentos ou de petição de herança; validade do contrato na ação de cobrança de uma de suas parcelas. 
“Prejudiciais são questões ligadas ao próprio mérito e que por si só podem ser objeto autônomo de um outro processo” Humberto Theodoro Junior.
“Questão prejudicial determina como mérito será julgado... questão preliminar determina se o mérito será julgado.” Humberto Dalla.
Por exemplo: Em uma Ação de Alimentos, temos que a FILIAÇÃO é uma questão prejudicial que deve ser decidida previamente, pois influencia diretamente na questão principal sobre a qual versa a ação judicial, qual seja: a concessão ou não de alimentos. Isso porque, se verificado que o autor da ação não é filho do réu, nada é devido.
Vale dizer que as questões prejudiciais podem ser PRINCIPAIS ou INCIDENTAIS, a depender da maneira pela qual foram colocadas no processo.
Assim, voltando ao exemplo: Se fosse o caso de Ação de Alimentos cumulada com Ação de Investigação de Paternidade, ter-se-ia a filiação como questão prejudicial posta como questão principal, já que sobre ela há pedido específico. Por outro lado, caso ajuizada, pura e simplesmente, uma Ação de Alimentos, ter-se-ia a filiação como questão prejudicial incidental, pois, apesar de não haver pedido específico, é necessário aferir-se se o autor é ou não filho do réu. 
OBS.: Coisa julgada nas questões prejudicais no novo CPC, vide: https://samealuz.jusbrasil.com.br/artigos/385516585/coisa-julgada-em-questoes-prejudiciais-incidentais-no-novo-codigo-de-processo-civil
Questão principal/mérito: pretensão; o mérito do processo. Decisão definitiva; exame do mérito; pedido acolhido ou rejeitado. 
Formação do Processo
LIVRO VI DA FORMAÇÃO, DA SUSPENSÃO E DA EXTINÇÃO DO PROCESSO TÍTULO I DA FORMAÇÃO DO PROCESSO
Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado. 
Propositura da ação: protocolo da petição inicial mediante juízo
Formação do processo;
Relação jurídica processual: linear (juiz e autor)
Citação do réu: relação processual tríplice
Citação é necessária para os efeitos do artigo 240: 
CPC/15, Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
Efeitos para o réu: 
Litispendência (art.312 e 240 do CPC: “pendência de causa”; desde a propositura da ação, mas efeitos e momentos distintos para o autor – desde o protocolo da ação - e o réu – desde a citação válida.”)
OBS.: Controvérsia: CPC/2015 art. 240, 59, 485, 43, vide: 
https://marciovianadesouza.jusbrasil.com.br/artigos/317833025/o-criterio-de-prevencao-e-o-reconhecimento-da-litispendencia-no-novo-cpc-citacao-ou-distribuicao 
 Qual juiz extinguirá o processo sem resolução do mérito por reconhecer a litispendência? O que ainda nem realizou a citação ou o que já conseguiu formar a relação processual e está pronto para receber a contestação e avançar no processo?
Seria justo com os princípios da celeridade e economia processual, com o devido processo legal e, sobremaneira, com as partes, exigir que a ação fique com o magistrado que sequer realizou a citação só porque a ação foi distribuída a ele primeiro? 
Torna litigiosa a coisa
Constitui em mora o devedor
CC/02, art. 397: O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor. 
Parágrafo único: Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial. 
CC/02, art. 398: Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou. 
Procedimento Comum
Abandono da bipartição do procedimento comum entre procedimento ordinário (CPC/73, art.274) e sumário (CPC/73, art. 275): 
CPC/73, art. 274: O procedimento ordinário reger-se-á segundo as disposições dos Livros I e II deste Código
CPC/73, Art. 275. Observar-se-á o procedimento sumário: 
I - nas causas, cujo valor não exceder 20 (vinte)vezes o maior salário mínimo vigente no País; 
I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo; 
II - nas causas, qualquer que seja o valor:
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola; 
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio; 
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; 
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; 
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução; 
f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial; 
g) que versem sobre revogação de doação;
h) nos demais casos previstos em lei. 
Parágrafo único. Este procedimento não será observado nas ações relativas ao estado e à capacidade das pessoas. 
		O rito sumário se caracterizava por propiciar solução mais célere, tendo em vista sua característica de concentração de atos processuais. Desse modo, era utilizado diante da necessidade de simplificação do processo comum ordinário, porém com baixa atividade cognitiva.
	Quanto ao rito ordinário que permaneceu em vigor, de acordo com Humberto Theodoro Jr. (2011): “é o mais completo e o mais apto à perfeita realização do processo de conhecimento, pela amplitude que permite às partes e ao juiz pesquisar a verdade real e encontrar justa composição á lide”.
	OBS.: Vide explicações quanto aos procedimentos vigentes no código anterior (CPC/73): https://anaangelicaft.jusbrasil.com.br/artigos/235228281/a-conversao-do-procedimento-sumario-para-ordinario-no-codigo-de-processo-civil-de-1973 
	Da análise do Código de Processo Civil depreende-se que ao autor cabe escolher entre determinadas espécies de tutela jurisdicional de acordo com sua conveniência sempre que a lei permitir. Porém, de maneira nenhuma o autor pode optar pelo procedimento que preferir, sendo este assunto de ordem pública.
	Tem-se assim a regra da indisponibilidade do procedimento, que tem como exceção a opção por procedimento ordinário em caso de cumulação de demandas regidas por diferentes procedimentos.
CPC/15 possui procedimento comum único, que mescla aspectos bem-sucedidos dos dois modelos anteriores. A descoberta do rito se dá por exclusão, partindo do específico para o geral, assim caso a situação do seu caso não seja solucionável por um dos procedimentos do rito especial previstos no CPC ou em lei específica, o rito será o comum.
 CPC, art.318: Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei. 
Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.
Diminuição do número de procedimentos especiais/próprios/específicos (CPC, art. 539)
Procedimento especial – Jurisdição contenciosa – Arts. 539 ao 718 do CPC/15
CPC/15, Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
§ 1° Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa.
§ 2° Decorrido o prazo do § 1°, contado do retorno do aviso de recebimento, sem a manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada.
§ 3° Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa.
§ 4° Não proposta a ação no prazo do § 3°, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante.
Procedimento especial – Jurisdição voluntária – Arts. 719 ao 770 do CPC/15
Art. 719. Quando este Código não estabelecer procedimento especial, regem os procedimentos de jurisdição voluntária as disposições constantes desta Seção.
Procedimentos especiais em legislação esparsa
Art. 1046: Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973.
§ 1° As disposições da Lei nº. 5.869, de 11 de janeiro de 1973, relativas ao procedimento sumário e aos procedimentos especiais que forem revogadas aplicar-se-ão às ações propostas e não sentenciadas até o início da vigência deste Código.
§ 2° Permanecem em vigor as disposições especiais dos procedimentos regulados em outras leis, aos quais se aplicará supletivamente este Código.
§ 3° Os processos mencionados no art. 1.218 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, cujo procedimento ainda não tenha sido incorporado por lei submetem-se ao procedimento comum previsto neste Código.
§ 4° As remissões a disposições do Código de Processo Civil revogado, existentes em outras leis, passam a referir-se às que lhes são correspondentes neste Código.
§ 5° A primeira lista de processos para julgamento em ordem cronológica observará a antiguidade da distribuição entre os já conclusos na data da entrada em vigor deste Código.
Data: 04/04/2017 – Aula 03
Processo de Conhecimento - Petição Inicial - Arts. 319 e seguintes
A petição inicial permite o exercício do direito de ação
“Peça inaugural do processo, meio pelo qual o juiz toma conhecimento do fato constitutivo do direito alegado pelo autor” Humberto Dalla
Princípio da inércia/ demanda: é a petição que tira a jurisdição da inércia
CPC/15, Art. 2 ° O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
Petição inicial – nomenclaturas possíveis:
- Peça de ingresso
- Preambular
- Exordial 
- Vestibular
A propositura da ação se dá mediante protocolo da petição inicial: 
CPC/15, Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado. 
CPC/15, Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
CPC/15, Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
CPC/15, Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais de um juiz.
A petição inicial define: 
 Partes, causa de pedir e pedido (elementos da ação)
 Elementos identificadores da ação: partes (quem), causa de pedir (porque) e pedido (o que/pra que)
 Limita a atuação do juiz: adstrição da sentença ao pedido. 
CPC, art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.
CPC. Art. 490: O juiz resolverá o mérito acolhendo ou rejeitando, no todo ou em parte, os pedidos formulados pelas partes.
CPC. Art. 492: É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
 	Ex.: Indenização por danos materiais (ressarcimento por acidente de carro) juiz condena a indenização por danos morais. Pedido de 10.000 Juiz condena em 20.000 ou Ação de 5.000 Juiz condena a multa de 3.000 + obrigação de fazer 
	Nesse caso se for inviável a obrigação de fazer pela empresa, pede-se conversão desta em perdas e danos. Nessa situação o valor ultrapassa o de 5 mil reais, nesse caso estaremos indo de encontro com o disposto no art. 492 CPC por ultrapassar o valor inicialmentedemandado?! Não, pois o teto estabelecido de 5.000 refere-se ao pedido inicial (dano moral + dano material + obrigação de fazer), podendo este ser transformado no caso de conversão decorrente do fato da obrigação de fazer ser inviável de ser realizada por incapacidade técnica, por exemplo. Vale ressaltar que o valor da ação é distinto do pedido. Acontece que essa conversão somente se dá mediante pedido do autor. No caso da multa é consequente do não cumprimento da obrigação de fazer. Há no entanto, um entendimento dos tribunais no sentido de que quando não houver cumprimento da obrigação a conversão em perdas e danos desconfigura a necessidade de multa, retirando-a, porém isso descaracteriza a multa pelo atraso no cumprimento como um mecanismo disciplinar pedagógico sob o argumento de que abarcar tanto a multa + a conversão em perdas e danos seria uma caso de enriquecimento ilícito. 
Requisitos da Petição Inicial 
 	CPC. Art. 319. A petição inicial indicará: 
I – o juízo a que é dirigida;
II – os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III – O fato e os fundamentos jurídicos do pedido (causa de pedir)
IV – O pedido com as suas especificações 
V – O valor da causa (toda causa tem uma valor mesmo que não seja pecuniário financeiro) 
VI – As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegado (na petição é que se alega as provas que pretende produzir)
VII – A opção do autor pela realização ou não da audiência de conciliação ou de mediação (vide art. 282 do CPC/73)
	A inicial é O MOMENTO de fala do autor. NO caso de não haver acordo nas audiências de conciliação e mediação segue para AIJ em conformidade com a 9.099. 
ART. 319 – ESTUDO DE INCISO POR INCISO 
Inciso I
O juízo a que é dirigida:
- PI dirigida ao órgão jurisdicional
- Regras de competência 
- Endereçamento na parte superior da PI 
 Endereçamento com juízo certo, vide art. 286 CPC (c/c art. 55 e 56 CPC) – distribuição por dependência
CPC/15, Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza:
I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada;
II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda;
III - quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3°, ao juízo prevento.
Parágrafo único. Havendo intervenção de terceiro, reconvenção ou outra hipótese de ampliação objetiva do processo, o juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor.
CPC/15, Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
§ 1° Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.
§ 2° Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
§ 3° Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
CPC/15, Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
 Endereçamento de forma genérica, quando há mais de uma vara competente (ex.: múltiplas varas de família _____ Vara de Família de Niterói. Uma vez que nesse caso haverá o sorteio a fim de garantir a imparcialidade) e não somente o registro da petição. Além disso, as entrâncias existentes devem ser conhecidas para esse direcionamento, em especial, quanto a Vara na qual será distribuída, por exemplo, no caso de somente existir Vara criminal e cível, para qual eu distribuo uma ação de família? Na vara cível. 
1. Qual o órgão julgador competente? 
- Justiça federal: art. 109 CF/88 – União empresa pública ou autarquia federal
- Justiça estadual: competência residual – art. 125 CF/88
- Juizados Especiais Estaduais (Lei 9.099/95): art. 3° até 40 salários mínimos 
- Juizados Especiais Federais (Lei 10.259/01): até 60 salários mínimos 
- Juizados Especiais das Fazendas Públicas Estaduais (Lei 12.153/69/01): competência absoluta, até 60 salários mínimos. 
2. Qual o foro (circunscrição territorial) competente?
- DA COMPETÊNCIA: art. 46 e seguintes do CPC/15
- Direito pessoal e direito real sobre bens móveis: domicílio do réu: art. 46 CPC/15
- Ação em que o incapaz for réu: foro do domicílio de seu representante ou assistente – art. 50 CPC
- Regras específicas: art. 53 CPC (obs. Art. 53, V)
Inciso II
II – os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
- Qualificação das partes (indicar CPF/RG/CNPJ)
- Artigo 73: consentimento do cônjuge/companheiro
CPC/15, Art. 73: O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.
- Pessoa jurídica: estatuto e documentação que comprove a representação (designado no estatuto ou diretores – art. 75, VIII, CPC)
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: (...) 
VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem (ADMINISTRADOR) ou, não havendo essa designação, por seus diretores;
- Impossibilidade de qualificação do réu
CPC/15, Art. 319: (...)
 § 1° Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2° A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3° A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Disposições para viabilizar o acesso à justiça.- Indicar elementos que tornem possível a identificação (citação por edital – art. 256, I CPC)
Art. 256. A citação por edital será feita:
I - quando desconhecido ou incerto o citando;
Data: 06/04/2017 – Aula 04
Petição Inicial - Arts. 319 e seguintes - Requisitos 
Gratuidade de justiça (custas e despesas judiciais) x Assistência judiciária gratuita (relacionada a quem postula a causa)
 A parte pode ter gratuidade de justiça mesmo que tenha advogado particular.	
OBS.: Art. 98, inciso IX permite a gratuidade dos atos cartorários decorrentes de processo com gratuidade de justiça. 
CPC, art. 98 § 2° A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência. 
	Se o beneficiário da gratuidade de justiça perde a causa, fica sucumbente e desse modo não se isenta de pagar os valores decorrentes disto. Porém, tem até 5 anos posteriores ao trânsito em julgado para pagar estes valores se provado a mudança da sua situação financeira, de modo que viabilize o seu pagamento. Se passado esses 5 anos e tal situação fática não se alterar, a dívida se extingue, vide § 3° do art. 98 CPC/15.
CPC, art. 98. § 3° Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificoua concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
	Nos §§ 5° e 6° do art. 98 CPC/15 vislumbra-se a modulação da gratuidade de justiça que pode ser concedida para determinados atos se comprovado a inviabilidade de ser paga, por exemplo: o caso de perícia necessária demasiadamente custosa que extrapola as possibilidades financeiras do autor. 
CPC, art. 98, § 5° A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
§ 6° Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao parcelamento de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
	O novo CPC reconhece a possibilidade no §3° do art. 99 de pessoa jurídica requerer gratuidade de justiça e esta ser concedida mediante comprovação da sua necessidade, pelos seus livros contábeis e outros documentos. Além disso, pode ser requerida em vários momentos do processo tendo em vista a possibilidade de mudança da situação financeira fática tanto do autor como dos outros participantes do processo, sendo assim poderá ser requerida na petição inicial pelo autor, na contestação pelo réu assim como através de recurso, vide art. 99 CAPUT e §1°. 
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 1° Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso.
	Questão da não isenção do pagamento de multas à quem detém gratuidade de justiça confere maior segurança ao procedimento, pois se assim não o fosse quem o detém iria pouco se importar com processo até mesmo induzir a uma litigância de má fé, art. 98, §4°. 
CPC, Art. 98 § 4° A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas.
	O art. 99 §2° viabiliza a comprovação da necessidade ao requerer gratuidade de justiça de pronto pelo juiz, conferindo a possibilidade de ser comprovada. No art. 100 se evidencia que pode haver a impugnação da gratuidade de justiça deferida a parte contrária por meio de petição simples (prazo de 15 dias do deferimento/decisão que concedeu a gratuidade) ou na contestação, na réplica, nas contrarrazões de recurso (prazo destes instrumentos processuais). Ressalta-se que essa impugnação não suspende o processo, ou seja, ele corre normalmente. 
CPC, art. 99, § 2° O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.
CPC, Art. 100. Deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer impugnação na contestação, na réplica, nas contrarrazões de recurso ou, nos casos de pedido superveniente ou formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão de seu curso.
Parágrafo único. Revogado o benefício, a parte arcará com as despesas processuais que tiver deixado de adiantar e pagará, em caso de má-fé, até o décuplo de seu valor a título de multa, que será revertida em benefício da Fazenda Pública estadual ou federal e poderá ser inscrita em dívida ativa.
CPC, Art. 102. Sobrevindo o trânsito em julgado de decisão que revoga a gratuidade, a parte deverá efetuar o recolhimento de todas as despesas de cujo adiantamento foi dispensada, inclusive as relativas ao recurso interposto, se houver, no prazo fixado pelo juiz, sem prejuízo de aplicação das sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Não efetuado o recolhimento, o processo será extinto sem resolução de mérito, tratando-se do autor, e, nos demais casos, não poderá ser deferida a realização de nenhum ato ou diligência requerida pela parte enquanto não efetuado o depósito.
	O art. 101 explicita a possibilidade de impugnação no caso de indeferimento da gratuidade de justiça. 
Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação.
§ 1° O recorrente estará dispensado do recolhimento de custas até decisão do relator sobre a questão, preliminarmente ao julgamento do recurso.
§ 2° Confirmada a denegação ou a revogação da gratuidade, o relator ou o órgão colegiado determinará ao recorrente o recolhimento das custas processuais, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento do recurso.
OBS.: Honorários de sucumbência: são os honorários que o vencido tem que pagar ao vencedor para que este seja reembolsado dos gastos que teve com a contratação do advogado que defendeu seus interesses no processo.
 Qualificação auxilia no pedido de gratuidade de justiça 
- CPC, arts. 98 à 102
- Lei 1060/50: revogação de diversos dispositivos – art. 1.072, III CPC
 Pessoa jurídica pode ser beneficiária de Gratuidade de Justiça?
STJ, Súmula 481: “Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais “
CPC, Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
Inciso III
III – O fato e os fundamentos jurídicos do pedido
Causa de pedir (por que se quer):
Razões fáticas e jurídicas que justificam a pretensão do autor 
Próxima ou imediata: fundamentos jurídicos (direito subjetivo material gerado pelos fatos e cuja tutela o autor pretende);
Remota ou mediata: fatos constitutivos do direito; fato/evento que deu origem ao direito alegado pelo autor.
OBS.: Divergência doutrinária existente: Há corrente que defende que o contrário, ou seja, o que se refere aos fundamentos jurídicos correspondem a pretensão remota e a pretensão remota correspondentes aos fatos. 
 Estrutura: 
Dos fatos (narrativa do evento)
Do Direito (não se exige a transcrição dos artigos)
OBS: Do direito: Construção da relação jurídica entre o fato e o que estamos pedindo. Não exige a transcrição dos artigos que realizam esse liame/conexão entre o fato e o pedido, devendo apenas serem citados para maior segurança e não ficar a mercê de um ativismo jurídico.
 Lógica e coerência entre fatos – fundamentos jurídicos – pedido
Inciso IV
O pedido com as suas especificações
 Arts. 322 ao 329 CPC
O pedido delimita a atuação do juiz no processo
Deve ser certo: “ o que eu quero” e determinado; “para que”
Art. 322 CPC/2015: deve ser certo: descrever com exatidão a extensão, qualidade e quantidade (Qualidade + Quantidade + Extensão. Nele se trabalha com o binômio certeza/ determinação.) 
Art. 322. O pedido deve ser certo.
§ 1° Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
§ 2° A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.
 Admite formulação genérica nos casos do art. 324, §1° CPC. Vale ressaltar que a formulação genérica do pedido É exceção e não a regra! Vide art. 324 §1°:
I – ações universais: ex. petição de herança
II – impossibilidade de determinação de consequências: ex. acidente de carro 
III – dependência de ato do réu: ex. prestação de contas 
CPC, art. 324. O pedido deve ser determinado.
§ 1° É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou dovalor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
§ 2° O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.
Imediato: relaciona-se com a prestação jurisdicional (tipo de sentença) 
- Pedido declaratório: existência ou inexistência de um direito
- Pedido constitutivo: criação, modificação ou extinção de uma situação 
- Pedido condenatório: condenação do réu para pagamento 
- Pedido mandamental: satisfação de uma obrigação de fazer ou não fazer 
Imediato: bem da vida pretendido
Cumulação de pedidos: admitida – arts. 325 à 327 CPC
 Própria: soma de pedidos
- Simples: Pedidos autônomos e independentes, vide: 
CPC, art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
- Sucessivo: o acolhimento de um depende do acolhimento do outro (ex: alimentos e reconhecimento de paternidade). 
 Imprópria: cumulação em sentido lato
 OBS.: É possível haver mais de uma espécie de cumulação do seu pedido.
- Alternativa: pedido de um entre dois ou mais pedidos formulados (ex: indenização ou cumprimento da obrigação, vide art. 326, §único e art. 325) 
CPC, Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.
- Eventual ou subsidiária: pedido subsidiário ao pedido principal; existe uma ordem de preferência (ex: restituição da coisa, na impossibilidade, uma indenização – art. 326) 
Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior.
Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.
 Requisitos para a admissibilidade da cumulação:
CPC, Art. 327 § 1° São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
 CPC/73: o pedido era interpretado de forma restrita 
CPC/73, Art. 293. Os pedidos são interpretados restritivamente, compreendendo-se, entretanto, no principal os juros legais.
CPC/15: art. 322, §2° regra de interpretação: conjunto da postulação e boa fé
“interpretação lógico-sistemática das questões apresentadas pela parte ao longo da petição” (STJ, Resp 967-375, 2ª T., DJ 20.09.2010)
 Possibilidade de manifestação do juiz sem pedido: honorários (art. 85 CPC); prestações periódicas vencidas (art. 323 CPC); juros legais (art. 322, §1° CPC); multa diária
CPC, Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.
CPC, Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.
Art. 322. O pedido deve ser certo.
§ 1° Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
 Alteração: art. 329 CPC
Antes da citação do réu;
Após citação do réu apenas com o consentimento deste;
Após o saneamento do processo, em regra, nunca
	Destaca-se que o saneamento corresponde a uma fase do processo em que se “arruma” todos os dados, para prosseguimento para a fase probatória e decisória. 
Estrutura:
Do pedido
Inciso V
O valor da causa
Arts. 291 ao 293 
Necessário valor da causa, mesmo sem valor econômico imediato 
Sempre expresso
Critérios de fixação: art. 292, vale ressaltar que há previsão legal específica para algumas ações. 
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
§ 1° Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras.
§ 2° O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
§ 3° O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
Efeitos processuais: competência do juízo; cálculo das custas e honorários
- Juizados Especiais: até 40 salários (art. 3°, I Lei 9.099/95)
Lei 9.099/95. Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:
I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;
- Juizados Especiais das Fazendas Públicas Estaduais: competência absoluta, até 60 salários (art. 2°, §4°, Lei 12.153/09)
Lei 12.153/09. Art. 2° É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. (...) 
§ 4° No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta.
- Inventário e partilha: valor influencia na escolha do rito (art. 659 CPC)
CPC, Art. 659. A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos da lei, será homologada de plano pelo juiz, com observância dos arts. 660 a 663.
§ 1° O disposto neste artigo aplica-se, também, ao pedido de adjudicação, quando houver herdeiro único.
§ 2° Transitada em julgado a sentença de homologação de partilha ou de adjudicação, será lavrado o formal de partilha ou elaborada a carta de adjudicação e, em seguida, serão expedidos os alvarás referentes aos bens e às rendas por ele abrangidos, intimando-se o fisco para lançamento administrativo do imposto de transmissão e de outros tributos porventura incidentes, conforme dispuser a legislação tributária, nos termos do § 2° do art. 662.
Ausência: 
- intimação do autor para emendar a PI (art.321)
- Não sendo realizada poderá gerar o indeferimento da PI (art. 321, §único)
CPC, Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Data:11/04/2017- Aula 05
Petição Inicial
Inciso VI
As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
Autor deve esclarecer como pretende provar suas alegações
Ônus da prova é de quem alega – art. 373 CPC
- Regra geral
- PetiçãoInicial com proposição de provas genéricas: “protesta peça produção de todas as provas admitidas em direito”, “protesta pela produção de prova documental, oral e pericial”
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
§ 1° Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2° A decisão prevista no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
§ 3° A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4° A convenção de que trata o § 3o pode ser celebrada antes ou durante o processo.
 Meios de prova: art. 369 CPC
Documental;
Depoimento pessoal/prova testemunhal;
Pericial;
Inspeção Judicial;
Confissão;
Exibição de documento ou coisa.
Art. 370: admite a determinação de ofício pelo juiz para a produção de provas.
Fase de saneamento: juiz determina a intimação das partes para que indiquem as provas que desejam/pretendem produzir.
CPC, art. 320: 
CPC, Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
- Necessários ao exame da viabilidade da pretensão deduzida pelo autor 
- “Sem os quais o mérito da causa não possa ser julgado” Dinamarco
- Petição Inicial deve conter toda documentação já conhecida e disponível – arts. 434 e 435 CPC
CPC, Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar suas alegações.
Parágrafo único. Quando o documento consistir em reprodução cinematográfica ou fonográfica, a parte deverá trazê-lo nos termos do caput, mas sua exposição será realizada em audiência, intimando-se previamente as partes.
CPC, Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5°.
Assinada por advogado e com a procuração em anexo (art. 287 CPC) 
- Art. 104 CPC – petição inicial sem procuração 
Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.
§ 1° Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.
§ 2° O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.
- Indicação do n° da OAB: 
Lei 8.906/94 (Estatuto do Advogado) Art. 14. É obrigatória a indicação do nome e do número de inscrição em todos os documentos assinados pelo advogado, no exercício de sua atividade.
Parágrafo único. É vedado anunciar ou divulgar qualquer atividade relacionada com o exercício da advocacia ou o uso da expressão escritório de advocacia, sem indicação expressa do nome e do número de inscrição dos advogados que o integrem ou o número de registro da sociedade de advogados na OAB.
- Art. 106 CPC: declaração do endereço em que receberá intimação
CPC, Art. 106. Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado:
I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações;
II - comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço.
§ 1° Se o advogado descumprir o disposto no inciso I, o juiz ordenará que se supra a omissão, no prazo de 5 (cinco) dias, antes de determinar a citação do réu, sob pena de indeferimento da petição.
§ 2° Se o advogado infringir o previsto no inciso II, serão consideradas válidas as intimações enviadas por carta registrada ou meio eletrônico ao endereço constante dos autos.
 Guia de recolhimento das taxas judiciárias – GRERJ
 Pedido de concessão dos benefícios da gratuidade de justiça: arts. 98 ao 102 CPC/ Lei 1.060/50 (art.1072, III, CPC)
 Art. 320 CPC: documentos indispensáveis à propositura da ação
Prioridade na tramitação: 
- Art. 1048 CPC – idoso ou doença grave 
CPC, Art. 1.048. Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais:
I - em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de doença grave, assim compreendida qualquer das enumeradas no art. 6o, inciso XIV, da Lei no 7.713, de 22 de dezembro de 1988;
II - regulados pela Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
§ 1° A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, deverá requerê-lo à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará ao cartório do juízo as providências a serem cumpridas.
§ 2° Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie o regime de tramitação prioritária.
§ 3° Concedida a prioridade, essa não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se em favor do cônjuge supérstite ou do companheiro em união estável.
§ 4° A tramitação prioritária independe de deferimento pelo órgão jurisdicional e deverá ser imediatamente concedida diante da prova da condição de beneficiário.
- Estatuto do idoso: 
Lei 10.741/2003: Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.
§ 1° O interessado na obtenção da prioridade a que alude este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o benefício à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do processo.
§ 2° A prioridade não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se em favor do cônjuge supérstite, companheiro ou companheira, com união estável, maior de 60 (sessenta) anos.
§ 3° A prioridade se estende aos processos e procedimentos na Administração Pública, empresas prestadoras de serviços públicos e instituições financeiras, ao atendimento preferencial junto à Defensoria Pública da União, dos Estados e do Distrito Federal em relação aos Serviços de Assistência Judiciária.
§ 4° Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso o fácil acesso aos assentos e caixas, identificados com a destinação a idosos em local visível e caracteres legíveis.
- Lei 7.713/98: 
Art. 6º Ficam isentos do imposto de renda os seguinte rendimentos percebidos por pessoas físicas: (...)
XIV - os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante,nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma; (Redação dada pela Lei nº 11.052, de 2004) (Vide Lei nº 13.105, de 2015)
Emenda da Petição Inicial 
CPC, Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Ausência de requisito: 
- Determinação de emenda/correção – art. 321 CPC
 - Prazo: 15 dias (não peremptório – STJ)
 - Indicação do que deve ser corrigido
Pode levar ao indeferimento da petição inicial – art. 321 §únicoVII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
Necessidade de manifestação 
 Meios de prova: art. 369 CPC
Documental;
Depoimento pessoal/prova testemunhal;
Pericial;
Inspeção Judicial;
Confissão;
Exibição de documento ou coisa.
Art. 370: admite a determinação de ofício pelo juiz para a produção de provas.
Fase de saneamento: juiz determina a intimação das partes para que indiquem as provas que desejam/pretendem produzir.
Audiência de conciliação ou de mediação:
Autor E réu: manifestação negativa – não ocorrerá
Se o autor não se manifesta ( DIVERGÊNCIA)
- Juiz manda emendar a Petição Inicial
- Silêncio entendido como não oposição a conciliação e mediação, sendo então marcada.
Audiência de conciliação ou de mediação: art. 334 
Busca do tratamento adequado dos conflitos 
Possibilidade de não ocorrência 
Audiência ocorre antes da apresentação da defesa – inspiração no modelo dos Juizados. Este modelo visa fomentar a autocomposição das partes, sem ter que adentrar nos ritos em si dos processos que abarcam o Judiciário de trabalho. 
Requisitos da Petição Inicial
Possibilidade de indicação do modo de citação (art. 246) – correio (AR – aviso de recebimento qualquer um pode receber, ex. porteiro/ARMP – aviso de recebimento em mão própria, só a pessoa destinatária que pode receber), oficial de justiça; edital; em cartório pelo escrivão; meio eletrônico; comarca distinta – carta precatória.
Prática eletrônica de atos processuais: art. 193 ao 199 CPC/ Lei 11.419/2006. 
Escrita (oral apenas JESP – art. 14, Lei 9.099/95)
Assinada (art. 209 CPC)
Em português (art.192 CPC)
Sem cotas marginais (art.202 CPC)
Sem rasuras (art.211 CPC)
Linguagem clara e concisa – apontar todos os fundamentos jurídicos/violação de normas constitucionais ou infra: devem constar para atender ao requisito do prequestionamento (recurso especial e extraordinário)
Assinada por advogado e com a procuração em anexo (art.287 CPC)
Art. 104 CPC: Petição inicial sem procuração
Indicação no n° da OAB – art. 14 Lei 8.906/94 Estatuto do Advogado
Art.106 CPC: declaração do endereço em que receberá intimação 
PEGAR SLIDE
Art. 312
PEGAR SLIDE 
Estrutura formal da Petição Inicial
Endereçamento/ Competência 
Qualificação do autor 
 Ação (procedimento)
Qualificação réu
 Gratuidade de justiça, prioridade de tramitação
Dos fatos 
Do Direito
Do Pedido
 Provas
 Mediação/Conciliação 
Valor da Causa 
Local, data 
Assinatura + OAB
Caso concreto
Data:20/04/2017- Aula 05
Indeferimento da petição Inicial
Juízo de admissibilidade da PI (cognição)
Requisitos: arts. 106, 319 e 320
Positivo: citação do réu e designação de conciliação/mediação (regra geral)
Decisão interlocutória (art.203)
Ausência de requisito: providências art. 321 (emenda da PI)
Decisão interlocutória (art.203)
Negativo: descumprimento da determinação da emenda (art. 321, parágrafo único) ou vício/defeito insanável
Decisão terminativa/sentença (art.203) – regra geral 
Cumulação de demandas: indeferimento de 1 demanda – decisão interlocutória.
O indeferimento da petição da inicial é SEMPRE sem julgamento 
de mérito!
OBS.: Decisão interlocutória nunca põe fim ao processo, só a decisão terminativa.
OBS.: Recurso que cabe a decisão interlocutória: agravo
 Recurso que cabe a sentença: apelação
CPC. Art. 330 A petição inicial será indeferida quando:
 I - for inepta; 
II - a parte for manifestamente ilegítima;
 III - o autor carecer de interesse processual;
 IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
Juízo de Admissibilidade negativo: 
Petição Inicial indeferida:
Início do procedimento (indeferimento in limite litis)
Total ou parcial (cumulação de demandas)
Rol taxativo
Extinção do processo SEM resolução de mérito (art. 485, I do CPC)
Admite reconsideração pelo juízo quando interposto recurso de apelação (art.331) 
Inépcia:
Ausência de pedido ou causa de pedir (I): impedimento de julgamento de mérito
PI juridicamente incompreensível
Pedido ou causa de pedir incompletas: não gera indeferimento pelo art.330, §1°, I
Pedido indeterminado (II): binômio certeza -determinação (arts. 322/324)
Admitido nas hipóteses – art.322, §1°
Narração dos fatos divergente/incompatível com a conclusão (III): incompatíveis
Incompatibilidade de pedidos(IV): compatibilidade é requisito para cumulação de demandas (art. 327, §1°, I) Ex.: construir e pagar um muro.
PEGAR SLIDE §2° 330
Ilegitimidade: 
Parte deve ser legítima
Manifestamente: “havendo qualquer dúvida quanto à ilegitimidade da parte, não poderá haver o indeferimento da petição inicial por inépcia” N. Nery Junior
Falta de interesse processual: 
Ausência do binômio necessidade-utilidade
Inobservância arts. 106 e 321:
Art. 106: advogado postulando em causa própria
Art.321: inobservância da determinação de emenda da PI 
Ausência dos requisitos dos arts. 319 e 320
CPC. Art. 331 
Indeferimento da PI 
Recurso: apelação 
Admitida retratação pelo juiz: prazo 05 dias 
Sem retratação: citação do réu para resposta
Reforma da sentença: prazo para contestação + citação do réu para conciliação/mediação 
Autor não apresenta apelação: intimação do réu; ciência do trânsito
Aula 25/04/2017
Improcedência Liminar do Pedido
CPC, art. 332: Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: (...) 
Casos que prescindem de outras provas além das existentes no processo (prova documental); casos de julgamento antecipado
Antes de citar/ouvir o réu: 
Parte da doutrina entende indispensável a intimação do autor para manifestação sobre motivo da possível improcedência – arts. 9° e 10
Rejeição COM julgamento do mérito; faz coisa julgada
Improcedência liminar do pedido atípica: improcedência explícita, em casos não elencados o art. 332 (ex.: usucapião de bem público – Fredie Didier).
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
 II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; ( VIDE arts. 947 e 976 do CPC)
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
Incisos I ao IV: observância às orientações dos Tribunais Superiores e Tribunais locais. Tem uma cognição maior do que no caso de prescrição e decadência, porém sua análise ainda assim é restrita aos pedidos. 
§ 1º - rejeição por prescrição ou decadência: institutos relacionados ao mérito da causa. Propriamente dito nesse caso não há uma análise de mérito. 
Súmula da JurisprudênciaPredominante do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
N°. 344 “ É assegurada aos policiais militares e bombeiros militares, a assistência médico hospitalar, de natureza (...) PEGAR DEPOIS!
§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241.
§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. 
§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
Improcedência liminar do pedido:
§ 3º - recurso: apelação (sentença)
Admitida retratação pelo juiz; prazo 5 dias.
Será que o tribunal (2° instância) pode julgar a apelação se entender que a sentença do primeiro grau estava errada ou sempre tem que mandar voltar para que o primeiro grau dê continuidade ao processo? – Questão para casa 😊 
Com retratação: prosseguimento do processo com citação do réu
Sem retratação: citação do réu para resposta/contrarrazões 
§ 2º Autor não representa apelação: intimação do réu; ciência do trânsito
Citação
CPC, Art. 238.  Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual.
CPC, Art. 239:  Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.
Conceito: art. 238
Efeito da citação: art. 240 
Indução à litispendência; estabilização da demanda ( consiste no fato de que até a citação o pedido pode ser alterado, após isso a relação tríplice estabiliza o processo que a partir daí já não pode ter seu pedido alterado); tornar a coisa litigiosa; constituir em mora o devedor. Interrupção da prescrição. (§1°)
CPC/15, Art. 241.  Transitada em julgado a sentença de mérito proferida em favor do réu antes da citação, incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria comunicar-lhe o resultado do julgamento.
Formas de citação
CPC/15, Art. 246.  A citação será feita:
 I - pelo correio; 
II - por oficial de justiça;
III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;
IV - por edital; 
V - por meio eletrônico, conforme regulado em lei.
I – pelo correio: 
- Regra geral, citação por correio
- Considerada rápida, fácil e econômica
- Pode ser realizada em qualquer comarca do território nacional – Dispensa carta precatória 
- Exceções: art. 247 ( oficial de justiça); art. 256 (edital); art.246, §1° (meio eletrônico)
CPC/15, art. 247:  A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto: 
I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3°; 
II - quando o citando for incapaz;
III - quando o citando for pessoa de direito público; 
IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; 
V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
Procedimento:
Art. 248 – A citação postal quando autorizada por lei, exige o aviso de recebimento. ( STJ, Súmula 420, j. 17/03/2010, DJe 13/05/2010)
CPC/15, Art. 248.  § 2° Sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento de correspondências. 
§ 4° Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está ausente.
STJ, Súmula 420, Súmula 420 - Incabível, em embargos de divergência, discutir o valor de indenização por danos morais. j, 17/03/2010, DJe 13/05/2010
		Informativo 338 do STJ 
II – Por oficial de justiça; 
Hipóteses: art. 249 e art. 247: ações de Estado; citado incapaz; citando pessoa de direito público; citando residir em local não atendido pelo correio; pedido justificado do autor.
Art. 249.  A citação será feita por meio de oficial de justiça nas hipóteses previstas neste Código ou em lei, ou quando frustrada a citação pelo correio.
Mandado expedido pelo cartório; requisito: art. 250
Citação por hora certa (ficta): art. 252, 253 e 254 
Art. 252.  Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
Art. 246. A citação será feita:
III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;
Comparecimento do réu em cartório
Citação realizada pelo escrivão ou chefe de secretaria 
Documentada a citação com assinatura do citando 
IV - por edital;
Hipóteses: art. 256 e 259 – citação ficta; excepcional 
Requisitos: art. 257
Art. 256.  A citação por edital será feita:
I - quando desconhecido ou incerto o citando; 
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando; III - nos casos expressos em lei. 
§ 1° Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória. 
§ 2° No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão. 
§ 3° O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos.
PEGAR ÚLTIMO SLIDE
Data:27/04/2017
Audiência de Conciliação/Mediação
	Há uma possibilidade maior de sua aplicação em processos nos quais a relação entre as partes se manterá após a sentença de mérito. 
CPC, art. 334.  Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
Audiência de conciliação ou de mediação: art. 334
Busca do tratamento adequado dos conflitos
Possibilidade de não ocorrência 
Audiência ocorre antes da apresentação da defesa – inspiração no modelo dos Juizados
Cabe ao juiz indicar qual o meio consensual mais adequado ao caso concreto.
	O objetivo da mediação é proporcionar um espaço de diálogo entre as partes do processo, por isso, o juiz não deve presidir tais audiências. 
CPC. Art. 334. § 1° O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária.
Conciliador/mediador: auxiliares da justiça – art. 165 e seguintes
Lei Geral de Mediação (13.140/2015)
CPC. Art.165. §2° O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem.
 § 3° O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.
Art. 166.  A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.
§ 2° Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo

Outros materiais