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Caderno Processo Civil - Execuções

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 CADERNO DE PROCESSO CIVIL 4 - EXECUÇÕES 
 
AULA DO DIA 05.08.2016 
Autores recomendado: Fredy Didier Jr. 
Araken de Assis 
 
EXECUÇÃO 
 
É através da EXECUÇÃO que se realiza direitos. 
* Cumprimento de sentença. 
* Processo de execução. 
 
PRINCÍPIOS GERAIS REFERENTES A TODA E QUALQUER EXECUÇÃO 
 
1. Princípio da Autonomia 
 
Toda e qualquer execução é dotada de autonomia procedimental, isto significa que a 
execução tem regras próprias. No âmbito da execução nós temos o chamado ​cumprimento de 
sentença ​que se refere as ​execuções de títulos judiciais e que está previsto no Livro 1 da PARTE 
ESPECIAL e temos o ​processo de execução que está previsto no Livro 2 da PARTE ESPECIAL e 
que se refere aos ​títulos extra judiciais​. 
 
2. Princípio do Título 
 
Toda e qualquer execução obrigatoriamente deverá preencher DOIS pressupostos: 
1. Pressuposto jurídico = que é o título executivo; 
2. Pressuposto de fato = que é o inadimplemento. 
 
TITULO EXECUTIVO consiste em documentos que a lei confere como atos ao 
desencadeamento de uma execução. Tratando-se de documentos que obrigatoriamente precisam 
estar previstos em lei. Isto significa dizer que os títulos executivos não são criados/inventados, mas 
sim a lei diz quais são eles. Nos termos do ARTIGO 784 estão elencados os títulos extra judiciais. 
 
 
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Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: 
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; 
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; 
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; 
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria 
Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador 
credenciado por tribunal; 
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e 
aquele garantido por caução; 
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte; 
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; 
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como 
de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; 
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; 
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio 
edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que 
documentalmente comprovadas; 
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de 
emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas 
estabelecidas em lei; 
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força 
executiva. 
 
§ 1​o A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe 
o credor de promover-lhe a execução. 
§ 2 ​o Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de 
homologação para serem executados. 
§ 3 ​o O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de 
formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado como o lugar 
de cumprimento da obrigação. 
 
 
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Nos títulos extra judiciais elencados no artigo referido, não há formação do título. Os títulos 
elencados nesse artigo se formam a partir de atos envolvendo particulares ou a partir de atos 
envolvendo particulares e o poder público. São títulos que se formam sem que o judiciário participe. 
 
TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS são os elencados no ARTIGO 515. Via de regra, nos 
títulos executivos judiciais há intervenção do poder judiciário na formação do título. Ex.: Sentenças 
condenatórias cíveis. 
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os 
artigos previstos neste Título: 
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de 
pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; 
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; 
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza; 
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos 
herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal; 
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem 
sido aprovados por decisão judicial; 
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado; 
VII - a sentença arbitral; 
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; 
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória 
pelo Superior Tribunal de Justiça; 
X - (VETADO). 
 
§ 1​o Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento 
da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 2 ​o A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre 
relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo. 
 
Características que um título deve ter para que seja considerado título executivo: 
 
Nos termos do ARTIGO 803 a obrigação corporificado no título deve ser: 
 
 
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• Líquida: É aquela expressamente determinada quanto ao objeto da prestação. Por exemplo, o 
título tem que dizer qual o valor devido, ou ainda, o título deve delimitar qual é a coisa = contrato 
de compra e venda de 10 mil sacas de soja. No caso da obrigação de fazer/não fazer em que 
consiste a obrigação, por exemplo: em um contrato de pintura da casa; 
• Certa: é aquela corporificado em um título executivo previsto em lei como título executivo; 
• Exigível: é aquela obrigação que não está sujeita a termo nem condição que significa dizer que ela 
precisa estar vencida. 
Art. 803. É nula a execução se: 
I - o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível; 
II - o executado não for regularmente citado; 
III - for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer o termo. 
 
Se o título executivo não corporificar uma obrigação que preencha estas 3 condições (se 
faltar alguma delas) a execução será NULA e EXTINTA podendo esta nulidade ser pronunciada de 
ofício ou mediante requerimento da parte artigo 803, parágrafo único. 
 
Parágrafo único. A nulidade de que cuida este artigo será pronunciada pelo juiz, de ofício 
ou a requerimento da parte, independentemente de embargos à execução. 
 
3. Princípio do Resultado 
 
O princípio do resultado está previsto no ARTIGO 797, CAPUT: 
 
Art. 797. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o concurso 
universal, realiza-se a execução no interesse do exequente que adquire, pela penhora, o direito de 
preferência sobre os bens penhorados. 
 
Toda e qualquer execução se realiza no exclusivo interesse do credor. Esse princípio tutela ocredor e há um outro princípio que tutela os interesses do devedor (próximo princípio) 
 
4. Princípio da menor gravidade ou menor onerosidade 
 
 
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Este princípio está no ARTIGO 805. De acordo com esse princípio, se por diversas formas o 
devedor poder ser executado, o credor deverá optar pelo meio menos gravoso. 
 
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará 
que se faça pelo modo menos gravoso para o executado. 
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe 
indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos 
já determinados. 
 
O parágrafo único - Não basta o devedor simplesmente arguir a menor gravidade. Sempre 
que o devedor arguir a menor gravidade ele necessariamente deverá indicar outros meios mais 
eficazes e menos onerosos para a realização do crédito. 
 
 
5. Princípio da Adequação 
 
Os meios executarmos se harmonizam com o objeto da prestação tendo cada meio 
executaria um procedimento específico. Por exemplo: Se o título executivo corporificar uma 
obrigação para pagamento e se for um título extra judicial, o procedimento que será seguido é o dos 
artigos 824 e 909. Já se for uma obrigação para entrega de coisa e for extra judicial, será o artigo 
806 a 813; Obrigação de fazer/não fazer corporificado em título extra judicial devem ser seguidos 
os artigos 814 a 823. 
 
Procedimentos executórios que tem por objeto TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRA JUDICIAIS 
 
Elencados no artigo 784, I, letra de câmbio, nota promissória, duplicata, debenture e cheque, 
cédulas de crédito. 
 
II - Escritura pública ou outro documento assinado pelo devedor, por exemplo, o proprietário de um 
imóvel vende um bem de sua propriedade de forma parcelada. R$300.000,00 ⁒ 30 = R$10.000,00. 
Comprador não paga. Além da alternativa de desfazer o negócio o alienante poderá executar a 
dívida. Um contrato de mútuo (empréstimo) com garantia hipotecária deve ser por escritura pública. 
Se o devedor não pagar, o credor poderá ajuizar uma ação de execução para receber o crédito; 
 
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III - Documento particular assinado pelo devedor e por mais duas testemunhas. Exemplo: contrato 
de empréstimo sem garantia hipotecária (precisa de duas testemunhas); 
 
IV - Trato do instrumento de transação referenciado pela defensoria pública, MP, advogados dos 
transistores ou ainda por conciliador ou mediador credenciado por tribunal. 
Instrumento de transação referendado pelo MP => São chamados de termo de ajustamento 
de conduta, vulgarmente “TAC”. Via de regra, antes de se utilizar da via judicial, o MP chama as 
partes para tentar um acordo. Se a parte aceitar o acordo com o MP, eles firmarão um “TAC”. Por 
exemplo: a parte resolve desmatar uma floresta (Bombinhas); 
 
V - Trata do contrato garantido de hipoteca, penhor ou outro direito real da garantia; 
 
VI - Trata do contrato do seguro de vida em caso de morte (exclui incapacidade). No caso de morte, 
se a seguradora não paga o prêmio os beneficiados podem executar o contrato. 
 
VII - Crédito decorrente de foro e laudêmio. 
 
VIII - O crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel e encargos 
acessórios tais como taxas e despesas do condomínio. 
 
IX - Trata da certidão de dívida ativa da fazenda pública da União, dos Estados e do Distrito 
Federal e municípios. A certidão de dívida ativa é o título executivo que vai instruir os executivos 
fiscais sempre que há um tributo e a parte não paga o mesmo, a fazenda pública expede uma 
certidão de dívida ativa (unilateralmente) que vai instruir as ações de execução fiscal. As execuções 
fiscais não são reguladas pelo código de processo civil mas por uma lei especial. LEI 6.830/1980; 
 
X - O crédito referente as contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio do edifício 
previstas na respectiva convenção ou aprovadas na Assembléia geral, desde que documentalmente 
comprovadas. Proprietário que não paga o condomínio. Se o proprietário não pagar o condomínio, 
também poderá se valer da ação de execução e o condomínio pode pretender cobrar despesas 
ordinárias. 
 
 
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XI - Certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e 
demais despesas devidas pelos atos por ela praticados. 
 
XII - Confere abertura para o rol do artigo 784, ou seja, o rol dos títulos executivos previstos no 784 
é um rol meramente exemplificativo, ou seja, a legislação pode dar força executiva também a outros 
documentos. Por exemplo: contrato de honorários que está previsto no Estatuto da OAB. 
 
Títulos executivos oriundos de países estrangeiros 
 
Nos termos do § 2º e do 3º do artigo 784 para que os títulos executivos extra judiciais oriundos de 
países estrangeiros possam ser executados no Brasil, deverão preencher alguns requisitos 
cumulados: 
1º requisito: Título deve ser traduzido para o português; 
2º requisito: Deve ser convertido para o real (R$); 
3º requisito: o título deverá respeitas os requisitos do local de sua formação; 
4º requisito: Deverá indicar o Brasil como local de cumprimento da obrigação. 
 
Legitimação para o desencadeamento de toda e qualquer execução 
 
Figura do polo ativo o exequente. 
As pessoas estão elencadas no 778: 
Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo. 
§ 1​o Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente 
originário: 
I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei; 
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for 
transmitido o direito resultante do título executivo; 
III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato 
entre vivos; 
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. 
§ 2 ​o​ A sucessão prevista no § 1​o​ independe de consentimento do executado. 
 
1º. Credor a quem a lei confere título executivo; 
 
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2º. Se o credor falecer quem tem legitimidade será o espólio representado pelo inventariante (se 
houver inventário em aberto). Se não tem inventário aberto e no caso de pessoas que não tem 
patrimônio, os herdeiros (sucessores do credor). O espólio só enquanto não houver partilha; 
3º. Cessionário quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido em ato entre vivos; 
4º. O sub-rogado nos casos de sub-rogação legal ou convencional. Exemplo: fiador que paga a 
dívida do afiançado assume a condição de credor do afiançado. 
Em todos os casos de sucessão NÃO há necessidade do consentimento do executado. 
5º. O MP com os “TAC”s. 
 
Legitimidade Passiva 
 
Art. 779. A execução pode ser promovida contra: 
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo; 
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; 
III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do 
título executivo; 
IV - o fiador do débitoconstante em título extrajudicial; 
V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito; 
VI - o responsável tributário, assim definido em lei. 
 
1º. Devedor; 
2º. No caso de morte, o espólio representado pelo inventariante. Se não houver inventário para os 
sucessores do devedor; 
3º. O novo devedor que assumir a dívida com consentimento do credor (assunção de dívida) = 
compra e venda de imóvel financiado; 
4º. Fiador do débito constante em título extra judicial; 
5º. Responsável titular do bem vinculante por garantia real vinculada ao pagamento do débito por 
garantia real. 
 
A é ​devedor ​de B - R$100.000,00 
C -> 3º que dá BEM em garantia 
É instituida hipoteca 
C é citado como DEVEDOR. 
 
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6º. Responsável tributário assim definido em lei. Dívidas das Pessoas jurídicas, via de regra, não 
atinge os sócios. Em casos de responsabilidade pessoal do sócio administrador. Dívidas tributárias e 
trabalhistas. 
 
Competência para processar e julgar as ações de execução de títulos extra judiciais. 
 
Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo 
competente, observando-se o seguinte: 
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante 
do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos; 
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer 
deles; 
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser 
proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente; 
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no 
foro de qualquer deles, à escolha do exequente; 
 
Regras: 
 
1. Se houver apenas UM executado, o credor terá opção de desencadear a execução no foro do 
domicílio do executado no foro de eleição ou no foro do local do patrimônio do devedor que vai 
garantir o pagamento do crédito; 
6. Se o executado com mais de UM domicílio, o crédito poderá optar em demanda-lo em qualquer 
um; 
7. Executado com domicílio incerto, a execução poderá ser desencadeada onde ele for encontrado 
ou no foro do domicílio do exequente. 
8. Se houver mais de UM devedor, ou seja, litisconsorte com domicílio diferente, o credor terá 
opção de desencadear execução em qualquer domicílio; 
9. A execução poderá ser proposta no foro do local em que o ato foi praticado ou em que ocorreu 
o fato que deu origem ao título ainda que o executado não mais resida no local. 
 
 
 
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AULA DIA 12.08.2016 
 
Execução para pagamento de quantia certa contra devedor solvente (que tem patrimônio) 
 
1) Natureza da execução de qualquer título extrajudicial: A execução tem natureza de ação porque 
ela é dotada de autonomia procedimental (Livro II, parte especial, Artigos 827 e ss). 
Como se trata de uma ação de execução, ela será desencadeada através de uma petição 
inicial que deverá conter os requerimentos do artigo 798. O devedor é citado (ação), mas não para 
contestar ou para comparecer em audiência. Ele é contestado para pagar em 3 dias (artigo 827). 
O devedor poderá se insurgir contra a execução, através de uma outra ação (ajuizar 
embargos do devedor) cujos requisitos e procedimento vai de acordo com os artigos 914 e ss. 
Como tanto a ação de execução quanto os embargos têm “natureza” de ação, o 
procedimento se dá em autos separados mas ficam presos “por uma cordinha”. 
 
AÇÃO DE EXECUÇÃO 
 
Requisitos da Petição Inicial (Artigo 798) 
 
 
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A petição inicial em uma ação de execução é talvez a petição mais fácil de ser feita. 
O livro II, da parte especial, não coloca em um artigo específico os requisitos para inicial. O 
Artigo 798 coloca os documentos que devem acompanhar a execução. 
Na ausência de regra própria, aplicam-se subsidiariamente as regras do Livro I, da parte 
especial (processo de conhecimento). 
Artigo 771, § único. Entretanto, as regras do processo de conhecimento só vão ser aplicadas 
subsidiariamente na execução na ausência de regra própria e se houver compatibilidade. 
 
Requisitos 
 
A. Foro competente para processar e julgar toda e qualquer ação de título extrajudicial, cuja as 
regras estão no artigo 781; 
B. Na petição inicial da execução haverá um preâmbulo (todos tem) sendo que as partes são 
qualificadas de acordo com artigo 319, II. Exequente e executado. A ação de execução de título 
extrajudicial, ação de execução de pagamento de quantia certa; 
C. A inicial de execução são subdivididas em fato, direito e pedido (como a petição inicial que 
embargam o processo de conhecimento). 
O credor ou exequente na inicial de execução tem que afirmar que está preenchendo os 
requisitos pressupostos da execução. Tem que ter título e dizer que há inadimplemento. 
O exequente é titular de um crédito corporificado no título tal e que este venceu e o 
executado não pagou. 
No pedido o exequente requer a citação do devedor para pagar em 3 dias o valor da dívida 
acrescida de correção monetária, juros, multa e honorários. (10% artigo 827 - tabelado) 
 
-> Não se pede produção de provas em execução, pois não há! 
 
Há produção de provas SOMENTE na ação de embargos e não na execução. 
 
O VALOR DA CAUSA na execução corresponde ao valor do crédito. 
 
Se o devedor não pagar voluntariamente haverá penhora de dinheiro ou de bens. A penhora, 
via de regra, consiste na apreensão de bens que integram o patrimônio do devedor que 
 
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posteriormente serão vendidos (alienados dentro da execução) obtendo-se assim o dinheiro para 
pagamento do credor. 
O credor na inicial de execução já poderá desde logo indicar bens para penhora. 
 
Documentos que devem instruir a execução (Artigo 789,I) 
 
1) Título executivo extrajudicial: Via de regra, é possível intervirem a petição inicial com a cópia 
do título, entretanto, há casos em que a parte é obrigada a anexar o original, como, por exemplo, 
em títulos bancários como cheque, letra de câmbio, nota promissória. Os títulos cambiários 
podem ser transferidos através de ENDOSSO (crédito passa para outra pessoa e pode se formar 
uma cadeia de pessoas. Deve-se juntar o título, mas pede-se o desentranhamento deste ao juiz 
para colocar no cofre ou em mãos do credor). 
2) Demonstrativo de dívida: O NCPC, no seu artigo 798, § único, relaciona os requisitos que o 
demonstrativo ao débito deve conter. Se o crédito estiver sujeito a termo ou condição, o credor 
deverá comprovar que estes foram implementados. Ex.: Credor contrata com devedor a 
construção de uma casa e em uma das cláusulas as partes pactuaram neste contrato que haverá o 
pagamento de R$100.000,00 quando a casa estiver pronta. Tem que comprovar que a casa está 
pronta. 
 
 Indeferida - Sentença - Apelação 
Petição inicial 
 
 Deferida - Citação do réu para pagamento em 3 
DIAS. 
 
No NCPC, a citação do devedor pode ser feita pelo correio.Não é mais obrigatório a citação 
por oficial de justiça. artigo 247. 
Evidentemente, se o credor quiser, poderá requerer citação por oficial de justiça ou seja, se o 
devedor não for encontrado também pode-se citar pelo oficial de justiça. 
 
Citação: 
 
 
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A. Frustada: Se for frustrada, o oficial de justiça (correio não) procura no endereço e não acha. 
artigo 830. O oficial de justiça promoverá o arresto (antecipação de penhora) de bens de 
propriedade do devedor. Para isso o credor deve indicar bens na petição inicial. Havendo arresto 
pelo oficial de justiça, ele vai tentar encontrar o devedor mais DUAS vezes. Se não encontrar, 
dirá que não e devolve o mandado sem cumprir. O credor poderá requerer a citação por hora 
certa se houver indícios que o devedor está se escondendo ou a citação por edital. 
 
Depois que o devedor for citado: 
 
A. Pagar em 3 dias o valor da dívida + honorários de 10%. Se ele pagar, a execução será extinta 
por sentença (natureza de ação). 
B. Poderá não pagar e apresentar embargos no prazo de 15 dias a contar da juntada aos autos do 
AR do mandado de citação; 
C. No mesmo prazo que dispõe dos embargos, ele poderá fazer uma proposta de pagamento 
parcelado da dívida. Artigo 916 (quando não tiver patrimônio); 
D. Quando uma ação de execução de título extrajudicial é ajuizada, o credor poderá se valer de 
medidas corretivas indiretas de modo a forçar que o devedor pague a dívida. Neste aspecto, o 
NCPC, artigo 782, § 3, traz uma novidade: o credor na petição inicial poderá requerer a 
inserção do nome do devedor em cadastro de inadimplentes (SPC e SERASA). Essa medida 
coercitiva precisa do requerimento da parte, não pode ser concedida de ofício. 
Nos termos do Artigo 782, § 4, a inserção nos cadastros de inadimplemento será cancelada 
imediatamente se o devedor pagar a dívida ou ainda se for garantida a execução através da penhora 
ou ainda se a execução for extinta por outro motivo (ex.: prescrição). 
 
Averbação da certidão dando certa que a execução for admitida pelo juiz. ARTIGO 828 
 
Tão logo a execução tiver sido admitida, ou seja, deferida a inicial e determinada a citação, 
o credor poderá providenciar uma certidão perante o cartório ou perante a vara dando a de que a 
execução for admitida. De posse dessa certidão, o exequente poderá providenciar a averbação desta 
certidão junto a registros públicos. 
Ex.: Registro de imóveis; Detran. 
 
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Tornar público que há uma execução evitando que os terceiros de boa-fé venham adquirir 
bens que integrem o patrimônio do devedor. Se houver alienações posteriores à execução, ou seja, 
há presunção absoluta de que o terceiro sabia da execução. 
Tão logo, o exequente averbe a certidão de que a execução foi admitida ele deverá no prazo 
de 10 dias avisar ao juiz as averbações que foram efetivadas. 
O exequente deve avisar porque, tão logo for realizada a penhora de bens suficientes para 
assegurar o recebimento do crédito, o magistrado de ofício ou a requerimento do exequente ou 
mesmo do executado deverá determinar o cancelamento daquelas averbações cujo bens não foram 
penhorados (artigo 828, §3). 
 
Exequente averba esta certidão em um patrimônio muito superior aquele que é necessário 
para assegurar o pagamento da dívida ou ainda se o exequente não requerer o cancelamento de 
abreviações de bens que não foram penhorados, neste caso, se o devedor tiver algum prejuízo em 
razão do não cancelamento ou averbação indevidas, o exequente poderá vir a ser obrigado a 
ressarcir ao devedor os prejuízos que o devedor tiver suportado. 
Nos termos da parte final do §5, do artigo 828, se ocorrer esta hipótese o devedor não 
precisará ajuizar uma ação de indenização contra o exequente, os prejuízos sofridos pelo devedor 
serão apurados de forma incidental, mas em autos separados. 
A responsabilidade civil do credor pelas averbações indevidas ou pelo não cancelamento é 
de natureza objetiva (independente de culpa) porque é fundado no risco. 
 
 
Responsabilidade Patrimonial: Na penhora e fraudes 
 
- O que é penhora? A penhora, em se tratando de bens corpóreos, sempre vai implicar a apreensão 
de patrimônio que vai se xxx com o depósito (alguém fica com a coisa). Há a figura de 
depositário, apenas no caso de bens corpóreos, no caso de bens materiais ou não corpóreos não 
existe a figura de depositário. Ex.: Penhora de direito e ações sobre uma marca ou ainda penhora 
de direitos e ações sobre um crédito. No caso de bens corpóreos, quem será o depositário vem 
disposto no artigo 840. §2: o executado, via de regra, fica com a posse do bem penhorado. 
 
Súmula vinculante n. 25 -> Não é mais possível a prisão civil do depositário infiel em razão do 
Pacto São josé da Costa Rita, que permite prisão civil apenas do devedor de alimentos. 
 
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Tão logo for deferido em um processo judicial qual o bem que será penhorado será lavrado 
um auto ou um termo de penhora. Neste auto ou termo de penhora deverá constar a assinatura do 
depositário (papel onde consta o bem penhorado). 
O auto de penhora é lavrado por um oficial de justiça e o termo de penhora é lavrado por 
escrivão do cartório. Via de regra, os bens imóveis, são penhorados a termo (feito pelo escrivão do 
cartório) e os bens móveis, via de regra, a penhora é feita através do auto (oficial de justiça) pois ele 
deve ver se o bem existe. 
 
Auto ou termo de penhora em que o escrivão ou o oficial de justiça esqueceram de colher a 
assinatura do depositário: 
Posição do STJ = A ausência da assinatura do depositário não é condição nem de existência 
nem de validade e nem de eficácia da penhora. Se faltar a assinatura do depositário, o problema que 
temos é que não terá como responsabilizar ninguém como depositário infiel. 
 
 
 
 
 
 
AULA DO DIA 19.08.2016 
 
TRABALHO EM GRUPO. 
 
1. Antonio Santos sofreu um acidente de trânsito, tendo ficado tetraplégico. Anteriormente a 
referido evento lesivo, contratou um seguro por incapacidade, com a seguradora LMX, que lhe 
assegura uma renda vitalícia de R$2.000,00 (dois mil reais). Ao procurar a seguradora LMX, 
esta recusou-se a pagar o favor pactuado, por entender que a incapacidade não foi total (pois o 
mesmo encontra-se com suas faculdades mentais plenas). Antônio Santos procurou um 
advogado para que este tomasse as respectivas providências junto à seguradora, no sentido de 
obter o valor contratado. Se você fosse o advogado, qual ação ajuizaria? 
 
 
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Neste caso, não vale a ação de execução pois não estamos tratando de um seguro de vida 
(que neste caso sim estaria classificado conforme artigo 784, VI), sendo assim não se trata de título 
executivo. Entraríamos então com uma ação de obrigação de fazer a coisa certa (?) 
 
2. Suzana Guerreiro ajuizou contra Mariana Lima ação de execução de uma nota promissória no 
valor de R$50.000,00(cinquenta mil reais), que se venceu dia 10 de março de 2016. Anexou à 
inicial de execução cópia autenticada do título, o demonstrativo atualizado da dívida e a 
procuração. Se você fosse juiz, como despacharia a inicial? 
3. 
Decretaria nulidade do processo pois para nota promissória é obrigatório anexar o documento 
original (798,I) 
 
4. Mariano Lima firmou com a empresa JP Comércio de Materiais LTDA., representada por João 
Moraes, sócio administrador, contrato de compra e venda, subscrito por duas testemunhas, no 
valor de R$20.000,00 (vinte mil reais), cujo pagamento deveria ter sido realizado no dia 21 de 
março de 2016. A empresa JP Comercio de Materiais não pagou o valor na data aprazada. 
Mariano procurou um advogado que ajuizou uma ação de execução contra JP Comercio de 
Materiais e seu sócio João Moraes. Se você fosse advogado de Mariano Lima, teria agido da 
mesma forma? 
Não. A ação teria sido ajuizada somente contra a JP Comércio de Materiais pois o sócio não 
responde solidariamente junto a empresa em ações de execução e também, por força do artigo 779, 
não consta a figura dos sócios. 
 
 
5. Luciana Lima ajuizou contra Sandro Guerreiro ação de execução para pagamento de quantia 
certa contra devedor solvente no valor de R$100.000,00 (cem mil reais). A ação foi distribuída 
no dia 2 de março de 2016. No mesmo dia em que distribuiu a ação providenciou uma certidão 
junto à distribuição dando conta do ajuizamento da execução. Imediatamente dirigiu-se ao 
registro de imóveis e requereu a averbação da certidão em dez salas comerciais do devedor, 
cada uma delas no valor de cem mil reais. O registrador promoveu a referida averbação. Em 
razão das averbações, o devedor perdeu a venda de cinco das dez salas comerciais. A partir 
destas informações, indaga-se: 
 
 
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A. Poderia ter sido averbada a certidão da distribuição da execução? Por que? 
 
Sim, é possível que o exequente averbe a certidão de execução junto ao registro público 
porém existem regras. Ele deverá informar o juiz no prazo de 10 dias para que seja eliminado de 
ofício ou a requerimento quaisquer averbações em excesso, como neste caso. Está previsto no artigo 
828 
 
E. Os prejuízos sofridos pelo devedor em razão das averbações poderão ser indenizados? Quem 
ressarcirá? Qual a natureza da responsabilidade civil? É necessário o ajuizamento de ação? 
 
Os prejuízos deverão ser indenizados conforme parágrafo 5 do artigo 828. Não é necessário 
ajuizar uma ação, pois os prejuízos serão apurados de forma incidental dentro do processo tendo em 
vista que a natureza da responsabilidade é objetiva 
 
6. Antonio Medeiros ajuizou contra Suzana Terra ação de execução para pagamento de quantia de 
R$50.000,00 (cinquenta mil reais). A ação foi distribuída para a primeira Vara Cível de 
Cachoeirinha. O julgador a quo, de ofício, determinou a inscrição do nome do devedor no 
SPC, determinando a citação do devedor para pagamento da quantia no prazo de 3 dias. Se você 
fosse o advogado do devedor, o que poderia fazer diante deste despacho? 
 
O juiz não pode, conforme artigo 782, parágrafo 3, determinar a inscrição do nome do 
devedor no SPC de ofício, somente a requerimento do credor na petição inicial. Neste caso entra-se 
com agrava de instrumento, conforme artigo 1015, II 
 
7. Marília Bastos firmou com Luciano Silva contrato de mútuo, na qualidade de devedora da 
quantia de R$50.000,00 (cinquenta mil reais), com vencimento dia 20 de outubro de 2016. 
Como a devedora estava se desfazendo do patrimônio, o credor ajuizou ação de execução contra 
Marília, tendo sido a ação distribuída para a Primeira Vara Cível de Cachoeirinha. Se você 
fosse o juiz, como despacharia a inicial. 
 
Por não se tratar de um título executivo com obrigação líquida, certa e exigível (conforme 
disposto no artigo 786), não será possível aceitar a inicial. Nesse caso, conforme artigo 803, será 
 
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NULA a execução por falta desses requisitos (inciso I). Essa nulidade, conforme parágrafo único, 
pode ser feita de oficio pelo próprio juiz. 
 
 
 
AULA DO DIA 26.08.2016 
 
Ordem de nomeação dos bens à penhora - artigo 835 
 
Nos termos do artigo 835, a ordem de nomeação de bens a penhora, trata-se de uma ordem 
preferencial, ela não é obrigatória. Isto significa dizer que, via de regra, ainda que esta ordem não 
seja seguida, a penhora pode ser considerada válida e eficaz. 
Na ordem prevista no artigo 835 , o que está em primeiro lugar é o dinheiro em espécie ou 
em depósito ou aplicação em instituições financeiras. Em que pese a ordem de nomeações ser 
preferencial, a penhora em dinheiro prefere as demais pela leitura do artigo 835 § 1, NCPC. O que 
parece é que pode ser alterada a ordem de nomeação nos demais incisos. 
Isto significa dizer que quando é efetivada uma penhora em dinheiro, é muito difícil de 
conseguir substituir, pois ela é probatória. No tocante a penhora em dinheiro, a mesma pode se 
efetivar em várias formas. 
1ª forma: O devedor voluntariamente poderá oferecer a penhora em dinheiro, ele vai lá e deposita. 
A modalidade mais comum da efetivação da penhora em dinheiro é através da penhora 
online. A penhora online não é voluntária, ela ocorre sempre mediante requerimento do exequente. 
Ela não pode ser de ofício e o juiz não dá vistas ao devedor do requerimento, sendo feita por meio 
de sistema eletrônico que torna indisponíveis ativos financeiros existentes em instituições 
financeiras. 
A penhora online é feita principalmente quando é pessoa jurídica. *Conta salário não pode 
ser penhorada. 
Artigo 854 - Quando o credor faz requerimento da penhora online, ele não tem como ouvir o 
devedor (dar vistas ao devedor) porque ele pode limpar a conta. A penhora online tem que pegar o 
devedor de surpresa. 
Não é interessante pedir penhora online na petição inicial. O juiz defere a penhora online 
depois que decorre os três dias e o devedor não paga. Estrategicamente no processo, o credor deverá 
requerer a penhora online após transcorrido o prazo de 3 dias para o pagamento voluntários. 
 
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Realizada a penhora online, como a mesma é realizada pelo CPF ou CNPJ, poderá haver 
penhora em excesso. Se houver penhora em excesso o juiz nos termos do artigo 854 § 1, 
determinará o cancelamento de eventual penhora excessiva. No prazo de 24h a contar da resposta 
do recebimento do juiz da resposta de oficio do banco. Quem tem que agilizar é o devedor. 
Depois que forem tornados indisponíveis os ativos financeiros (efetivada a penhora online) o 
devedor será informado na pessoa do advogado, se não tiver advogado, pessoalmente da penhora 
online. 
 
Intimado o devedor da penhora online, ele terá o prazo de 5 dias para arguir: 
1. Que as quantias penhoradas e tornadas indisponíveis são impenetráveis (as remunerações 
adquiridas em grupo de trabalho - salário, honorários,solto no caso de militar). Em regra, este 
dinheiro é impenhorável. Tem que provar que é salário. 
No prazo de 5 dias, se ainda houver indisponibilidade excessiva, o devedor poderá requerer 
o cancelamento da indisponibilidade excessiva. Essas matérias estão no § 3. 
Se o magistrado acolher a arguição de impenhorabilidade ou de excesso, ele vai determinar 
que a instituição financeira libere o valor em 24 horas. O prazo de 24 horas não é para o juiz, é para 
o banco. O juiz não tem prazo. Se a instituição financeira não cancelar ou bloquear um valor maior, 
se há um equívoco no bloqueio, o banco irá responder. 
No caso de descumprimento do prazo de 24 horas ou de bloqueio acima do que foi 
determinado, ou ainda no caso de outros equívocos, a instituição financeira será responsável pelos 
prejuízos causados ao executado. Tem responsabilidade civil o banco § 8 , artigo 854, NCPC. 
Intimado o executado sobre a indisponibilidade, se este não se manifestar em 5 dias ou se 
ele se manifestar e o juiz rejeitar o que o devedor pretende, o bloqueio que foi feito (a 
indisponibilidade) se converte em penhora. 
Se o devedor já foi intimado por edital e não responder (embargar) é nomeado o defensor 
público como curador. SÚMULA 196, STJ . ARTIGO 72, NCPC. 
 
O artigo 835 traz outros bens para penhora. 
 
Artigo 835, II - Títulos da dívida pública da união, dos Estados e do Distrito Federal com cotação 
em mercado. Ex.: Tenho um precatório para receber do Estado do RS. “To ferrada” pois o Estado 
está quebrado. Da união ainda pagam, dependendo do município também. 
 
 
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Artigo 835, III - Títulos e valores mobiliários com cotação em mercado (ações). Ações na 
Petrobrás. 
Quem tem patrimônio é benéfico ir ao processo nomeando bens razoáveis a penhora, para 
não ter a penhora online. 
 
Artigo 853, IV - Veículos de via terrestre - não é qualquer veículo, é carro, moto ou caminhão. 
 
Artigo 853, V - Bens imóveis - nestes a liquidez é boa. 
 
Artigo 853, VI - Bens móveis em geral - Os bens móveis que guarnecem a residência são 
impenhoráveis, salvo bens duplicados. 
 
Artigo 853, VII - Semoventes - animais. 
 
Artigo 853, VIII - Navios e aeronaves. 
 
Artigo 853, IX - Ações e cotas de sociedades simples e empresarias - não existem bolsas de valores. 
ex.: cotas na Murlik. Em razão das dívidas é difícil penhorar as cotas. É loucura comprar sem 
conhecer a realidade da empresa. 
Artigo 853, X - Penhora de percentual do faturamento da empresa devedora - O grande problema 
dessa penhora é que o percentual desse penhora não pode penhorar muito do faturamento, pois 
acaba não sobrando dinheiro. 
Antes de determinar a penhora, o mais sensato é o juiz ordenar uma perícia contábil. 
No artigo 866, § 1 - se trata disso. 
 
Artigo 853, XI - Pedras e metais preciosos. 
 
Artigo 853, XII - Direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação 
fiduciária em garantia. 
 
Artigo 853, XIII - Outros direitos (direitos sobre outros contratos). 
 
 
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Sempre que for penhorado um bem, se o devedor pedir a substituição por dinheiro, o 
dinheiro é sempre bem vindo e, desde que o valor seja correspondente ao bem móvel, será deferido. 
Existe também a garantia hipotecária. Se houver garantia hipotecária do pagamento do débito, o que 
será penhorado será o bem hipotecado. 
 
Impenhorabilidade (protege o devedor) 
 
As impenhorabilidades estão previstas no artigo 833, NCPC e também no 834, NCPC e há 
também uma lei específica sobre impenhorabilidade que é a Lei 8009/90 que contempla a 
impenhorabilidade do bem de família. 
 
Fundamento constitucional para as impenhorabilidades 
 
As impenhorabilidades tem por objetivo tutelar, preservar direitos fundamentais do devedor. 
-> Direito fundamental à vida; 
-> Direito fundamental à moradia; 
Contemporaneamente, muitos doutrinadores têm questionado o excesso que temos muitas 
vezes nas impenhorabilidades. O que se tem questionado que é certo, é óbvio que o devedor é titular 
de Direitos fundamentais, mas o credor também é titular de direitos fundamentais. O credor tem o 
direito fundamental a tutela jurisdicional tempestiva e efetiva. 
 
 
 
Artigo 833 - Bens impenhoráveis 
 
I - Bens inalienáveis e os declarados por ato voluntário, não são sujeitos à execução - ex.: os bens 
públicos são bens inalienáveis. Ex.: bens declarados por ato voluntário não sujeito à execução. 
Doações com cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade; testamento na parte disponível da 
pessoa ela pode instituir essas cláusulas da inalienabilidade, incomunicabilidade e 
impenhorabilidade. 
 
 
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II - Os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, 
salvo os de elevado valor ou os que ultrapassam as necessidades comuns correspondentes a um 
médio padrão de vida. A lei 8009/90 tem uma disposição igual. 
 
III - Os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salto de elevado valor. 
 
IV - Os vencimentos, os subsídios, os saldos, os salários. TODAS as remunerações auferidas com o 
produto do trabalho, via de regra, são impenhoráveis. 
EXCEÇÃO: 1 - Dúvida relativa a prestação alimentícia independente de sua origem. Para 
pagar alimentos, qualquer que seja os alimentos (parentesco, ao ilícito, etc). - Dívida de honorários 
advocatícios também, pois tem caráter alimentício. 
O objeto dessas ações é o DIREITO FUNDAMENTAL À VIDA. 
O novo código na segunda parte do § 2, do artigo 833 prevê uma hipótese de penhora de 
parte das remunerações auferidas com o produto do trabalho independentemente da origem do 
crédito. Se for alimentos dá para penhorar. Se não for alimentos, a parte poderá penhorar o valor 
que exceder a 50 salários mínimos mensais que o devedor vem a receber mensalmente. 
 
V - Os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios ou outros bens móveis necessários ou úteis 
ao exercício da profissão do executado - só pessoa física. O inciso I está vinculado com o § 3, do 
833. 
 
VI - O seguro de vida (o prêmio do seguro) independente do valor. 
 
VII - Os materiais necessários para obras em andamento, salvo se estas forem penhoráveis. 
 
VIII - A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família. 
Significa que a família deve retirar da terra o seu sustento (pode ter empregados) e não precisa 
morar na pequena propriedade. 
O INCRA é quem define a função mínima de parcelamento do solo de cada região. 
Se pode arguir várias impenhorabilidades. 
 
IX - Os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em 
educação, saúde ou assistência social. Ex.: PROUNI em relação a CESUCA. 
 
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X - A quantia depositada em poupança até o limite de 40 salários mínimos. 
É só a poupança? E se tiver previdência? De acordo com a jurisprudência do STJ, a 
impenhorabilidade da poupança até o limite dos 40 salários mínimos se estende também às outrasmodalidades de investimentos (CDB, previdência privada). 
E pluralidade de poupança? Se o devedor tem poupanças cada uma com 40 salários 
mínimos? O STJ diz que tem que ser a soma. Se o devedor tiver uma pluralidade de poupança para 
efeito de impenhorabilidade considera-se o somatório das poupanças. 
 
XI - Os recursos públicos do fundo partidário recebido por partido político, nos termos da lei. 
 
XII - Os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação 
imobiliária, vinculados a execução da obra. 
Ex.: não pode penhorar as prestações que entram na construtora por que eles usam esses 
valores para terminar de construir. 
 
AULA DO DIA 02.09.2016 
 
Nos termos do Artigo 1 da lei 8009 é impenhorável o imóvel residencial do devedor 
independente do valor do imóvel. Para ser impenhorável basta residir. É esta impenhorabilidade que 
se refere a lei 8009. 
O código civil também tem um bem de família, mas é um bem instituível (que a parte 
escolhe) ex.: casa da praia não mora mas escolhe no tabelionato. 
Fundamento constitucional é o direito fundamental de moradia. É para preservar a moradia 
do devedor. 
No caso de apartamentos uma indagação que se faz é se o BOX seria ou não penhorável. De 
acordo com a jurisprudência do STJ, se o BOX tiver matrícula distinta do apartamento, penhora o 
BOX (1976) 
 
Artigo 1. Casal/Entidade familiar 
 
De acordo com a jurisprudência do STJ o conceito de família evolui, ou seja, os sozinhos 
também são entidade familiar, ou seja, também tem o direito. Incluem-se dentro da 
 
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impenhorabilidade desta lei os bens móveis que guarnecem na residência e que são indispensáveis 
para sobrevivência. 
Exceção: Há casos que a impenhorabilidade do bem de família não pode ser arguida, ou 
seja, penhora o bem de família. 
revogado o artigo 3, I. 
Nas dívidas trabalhistas, via de regra, sempre se admitiu a impenhorabilidade, mas o inciso I 
excepciona uma hipótese que não excepciona mais. 
Inciso I - Se a dívida fosse de trabalhador doméstico, que são aqueles que trabalham para a 
conservação da residência, penhorava o bem de família. - antigamente eles não tinham os mesmos 
direitos. 
A lei complementar 150 deu para os domésticos o mesmo tratamento que é dado aos demais, 
logo, não faria sentido penhorar-se o imóvel residencial par ao pagamento de crédito trabalhista da 
doméstica e não para os demais trabalhadores. Por isso, a revogação do Inciso I, do artigo 3. 
Hoje nas execuções trabalhistas, independentemente do objeto o bem de família SEMPRE é 
impenhorável. 
Inciso II - Devedor comprou imóvel onde reside financiado pela CEF. Esse devedor não 
paga as parcelas; vem a CEF e executa. Consequentemente aqui não tem como arguir. 
Inciso III - ALIMENTAR. Como o direito fundamental da vida está em jogo, penhora o 
bem de família. 
Ex.: Se, por exemplo, “Paulo” mora com outra mulher, ela não é responsável pela dívida, ou 
seja, é impenhorável. 
Inciso IV - TRIBUTOS DO IMÓVEL. Penhora o imóvel se não pagar. Porque? O convívio 
social se tornaria insustentável. Ninguém mais pagaria. 
A jurisprudência do STJ estendeu para a dívida de condomínio, ou seja, se o condômino não 
paga o condomínio, o imóvel residencial também se tornaria insustentável. 
Inciso V - O devedor pode hipotecar o imóvel residencial para o pagamento de uma dívida. 
Se ele hipoteca, abre mão da impenhorabilidade. 
STJ - Se o devedor hipotecar ele abre mão apenas ao credor beneficiário da hipoteca. 
Por exemplo: Devedor deve para o Banco Do Brasil e hipoteca o apartamento; ele também 
tem dívida com o Bradesco. O Bradesco não pode arguir como “abriu mão da impenhorabilidade”. 
Restringe direitos fundamentais a norma deve ser interpretada restritivamente. 
Inciso VI - Dinheiro de atos ilícitos. 
 
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Do mesmo modo, será penhorado o bem com condenação na esfera criminal. Em caso de 
condenação criminal, em havendo condenação ao ressarcimento, o imóvel também será 
impenhorável. 
Inciso VII - O imóvel residencial do fiador nos contratos de locação é penhoráveis. 
O STF diz que esse dispositivo é constitucional, ainda que seja o único bem. 
O inciso VII refere-se apenas as fianças prestadas em contratos de locação, tanto residencial 
quanto comercial. Se a fiança for em contrato de mútuo (empréstimo) não se aplica este inciso. 
 
Situação: 
A lei 8.009 protege o bem de família. Se o devedor não reside no imóvel mas aluga o 
mesmo e com o valor recebido a título de aluguel paga a locação de outro imóvel onde vive, que 
neste caso, ainda que o devedor não resida, ele poderá arguir a impenhorabilidade. 
O devedor que tem várias residências. Ex.: Dois dias em Cachoeirinha; Três dias em Caxias; 
Dois dias em Gramado. Nos termos do ARTIGO 4, será impenhorável a residência de menor valor. 
 
FRAUDE À EXECUÇÃO E CONTRA CREDORES 
 
- Muitos devedores, para não pagar a dívida, vendem o seu patrimônio. 
Fraude à execução têm natureza típica de direito processual e está prevista no artigo 792, CPC. Já a 
Fraude contra credores tem natureza típica de direito material e está prevista no CC a partir do 
artigo 158. 
 
Configuração da Fraude a execução 792, CPC 
 
1 hipótese - Quando a alienação ou oneração de bens ocorrer após a averbação do registro público 
respectivo de ação fundada em direito real ou em pretensão reipersecutória - que gera efeitos sobre 
patrimônio. 
Ex.: Ação reivindicatória de bem imóvel, para que seja considerada FRAUDE nesta venda, 
o credor TEM QUE PROMOVER AVERBAÇÃO DESSA AÇÃO JUNTO A MATRÍCULA DO 
IMÓVEL. Se não promover e houver venda, a alienação pode ser considerada FRAUDE CONTRA 
CREDOR. 
 
 
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2 hipótese - Se a alienação ou oneração do bem tiver sido realizada após a averbação da certidão de 
admissão da execução. ARTIGO 828. 
Pela literalidade do inciso 2 do artigo 792, enquanto esta averbação não tiver sido efetivada, 
se houver venda, a alienação ou oneração de bens será considerada em FRAUDE CONTRA 
CREDORES. 
 
3 hipótese - A alienação ou oneração de bens após averbação de uma hipoteca ou ainda outro ato de 
constrição originária do processo onde foi arguida a fraude. ex.: arresto na matrícula. 
 
4 hipótese - Se a alienação ou oneração de bens for realizada para responder uma ação que possa 
reduzi-la a insolvência. Ex.: Cobrança; indenização; reclamatória trabalhista. 
Se a alienação de bens for realizada ANTES da citação do devedor poderá ser caso de 
FRAUDE CONTRA CREDORES e não a EXECUÇÃO. 
Para ser FRAUDE A EXECUÇÃO a alienação ou oneração de bens deve ser depois da 
CITAÇÃO. 
Sempre que houver FRAUDE A EXECUÇÃO presume-se a MÁ FÉ na alienação ou 
oneração de bens. 
A fraude contra credores é diferente. A má-fé não é presumida. O credor, para que a fraude 
seja pronunciada, deve comprovar: 
1) Concilium fraudes - ​Conluio entre o devedor e o terceiro adquirente para que a dívida não seja 
paga. 
1) Eventum damni - ​dano.A FRAUDE A EXECUÇÃO situa-se no plano da eficácia (artigo 792, § 1). A 
alienação ou oneração de bens em fraude a execução é existente, válida e eficaz entre as partes 
PORÉM ineficaz em relação ao exequente. Quando há venda em fraude à execução HÁ 
PENHORA. 
 
A FRAUDE CONTRA CREDORES situa-se no plano de validade, ou seja, a 
alienação ou oneração de bens em fraude contra credores é existente, porém nula. Isso faz com que, 
para que a fraude contra credores seja pronunciada, que tenha que ser ajuizada uma ação chama de 
AÇÃO PAULIANA, ou seja, AJUIZAR AÇÃO REVOCATÓRIA. 
 
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Para conseguir PENHORA um bem em fraude contra credores necessita do julgamento da 
PAULIANA. Aguardar a desconstituição da compra e venda. 
 
FRAUDE À EXECUÇÃO. PROTEÇÃO DE TERCEIROS DE BOA-FÉ. 
 
O novo código nos incisos 1, 2 e 3 do artigo 792 protege os terceiros de boa-fé tendo em 
vista que considera em fraude à execução as alienações ou onerações de bens realizadas após as 
averbações mencionadas nos incisos. 
O inciso 4 do artigo 792 não menciona nenhuma averbação para que a alienação seja 
considerada em FRAUDE A EXECUÇÃO se ao tempo da alienação tramitava contra o credor ação 
que pudesse reduzi-lo em solvência. 
A literalidade deste inciso 4, faz com que aquele que pretenda adquirir bem providencie 
negativas forenses do vendedor do imóvel ou veículo. É impossível providenciar do Brasil inteiro 
pois o país é muito grande. Para resolver este problema o STJ editou a súmula 375. 
Se a penhora de bens imóveis ou de veículos não estiver averbada na matrícula ou no 
DETRAN e houver venda presume-se que o terceiro de boa-fé adquirente estava de boa-fé. 
Entretanto, de acordo com a jurisprudência do STJ esta presunção de boa-fé do terceiro é 
relativa, admitindo prova em contrário, ou seja, o credor deverá comprovar e demonstrar que o 
terceiro adquirente sabia que tramitava contra o devedor ações que poderiam reduzi-lo à 
insolvência. 
Segundo o STJ aquele que adquire um bem deverá ter pelo menos duas cautelas: 
1) Providenciar negativas forenses do foro do local do imóvel; 
2) Providenciar negativas forenses do foro do domicilio do devedor. 
 
O terceiro alega a boa-fé através de uma ação que segue o rito especial (Embargos de 
terceiros). 
Prazo = Se a venda para o terceiro foi noticiada na execução o terceiro 
adquirente vai ser intimado sobre eventual fraude. Ele poderá opor embargos de terceiros no prazo 
de 15 dias a contar da intimação. Se for intimado e não opuser, preclusão. 
 
Há casos que o juiz não sabe que houve venda (contratos de gaveta). Nesses casos o terceiro 
fica sabendo por acaso ou através de edital que o bem está sendo vendido. O terceiro que tem o 
contrato de gaveta pode arguir a boa-fé de acordo com a SÚMULA 84, STJ. 
 
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Artigo 675 - Neste caso o prazo para oposição de embargos de terceiros será previsto no 
artigo - a qualquer tempo antes do trânsito em julgado ou até 5 dias depois da arrematação em 
leilão. 
 
MEIOS QUE O DEVEDOR TEM DE SE INSURGIR CONTRA AS EXECUÇÕES DE 
TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS INDEPENDENTEMENTE DO OBJETO 
 
O meio tradicional são os embargos à execução que também são chamados de Embargos do 
devedor. Existe um segundo meio, que está na jurisprudência e na doutrina, que se chama 
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. 
O processo de execução não tem contestação e nas execuções de títulos extrajudiciais se o 
devedor quiser se insurgir contra a pretensão do credor ele deverá ajuizar uma AÇÃO DE 
EMBARGOS À EXECUÇÃO. Essa ação tem autonomia de procedimento tendo uma atuação 
própria em outro número, mas ela tramita por dependência á ação de execução (cordinha). 
 
1. Quanto a natureza dos embargos à execução. 
Os embargos à execução tem a natureza de ação sendo dotados de autonomia de 
procedimento. O título 3 do livro 2 da parte especial, NCPC, prevê um procedimento específico 
para os embargos. 
 
2. Dispensa de segurança do juízo 
Para opor embargos, nos termos do artigo 914, caput, não há a necessidade de 
segurança do juízo. O que significa dizer que não precisa de penhora, depósito ou calção (nas 
execuções fiscais precisa). 
 
3. Foro competente para ajuizamento dos embargos e para seu julgamento 
 
Regra = os embargos serão ajuizados perante o juiz onde estiver tramitando a 
execução e serão distribuídos por independência pelo mesmo juiz. 
EXCEÇÃO - Embargos na execução por carta precatória. 
§ 2, artigo 914 e súmula 46, STJ. 
Ex.: Credor ajuiza uma ação de execução em Cachoeirinha mas o devedor tem domicilio em 
Uruguaiana. Ele é citado em Uruguaiana através de uma carta precatória 
 
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Duas regras: 
 
1) Se os embargos versarem unicamente sobre os vícios ou defeitos da penhora a avaliação ou 
alienação. Embargos que versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora (avaliação 
ou alienação do deprecado - Uruguai). 
3) Se os embargos tiverem por objeto outras matérias além dessas, ex: devedor arguiu uma 
prescrição; já pagou; compensação, ou seja, outras matérias de competência para processar e 
julgar os embargos será do juízo deprecante. ex: cachoeirinha. 
 
Prazo para opor embargos 
 
15 DIAS = 915, CAPUT. 
 
Situação: 
1) Se houver devedor único o prazo de 15 dias será contado da data da juntada aos autos do 
mandado de citação ou AR. 
4) Se houver litisconsórcio entre os devedores. Regra: 915, § 1, nos embargos a regra, nesse caso, 
é que a contagem do prazo será realizada de cada juntada em separado porque os embargos têm 
natureza de ação. ex: temos 3 devedores. A juntada do primeiro (10/9); juntada do segundo 
(11/9); terceiro (12/9) - para o devedor 1 - 10/9 e assim também para os outros. 
Se embargarem em uma peça, conta na data do primeiro. 
Exceção - Se o litisconsórcio for entre devedores cônjuges ou companheiros, neste caso o 
prazo para opor embargos será contada da data da última juntada, pois é presumida que a dívida é 
única. 
 
3) Litisconsórcio entre os devedores com diferentes procuradores que integram escritórios de 
advocacia distintos. 
Não é prazo dobrando, § 3, 915. Pela natureza de ação. 
 
 
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4) Embargos por carta precatória. 2 regras quanto o rap - artigo 915, 
 
 
 
AULA DO DIA 09.09.2016 
 
MATÉRIAS QUE PODEM SER DEDUZIDAS PELO DEVEDOR NOS EMBARGOS 
 
Os embargos, via de regra, são dotados de cognição plenária, ou seja, o devedor pode arguir 
como defesa todas as matérias que estão deduzíveis do processo de conhecimento. ARTIGO 917, 
VI. Pois aqui é a primeira oportunidade do devedor de falar, por isso tem ampla possibilidade. 
 
O artigo 917 elenca também nos demais incisos outras matérias que o devedor pode discutir. 
Inciso I - Refere que o devedor pode alegar a inexigibilidade do título ou inexigibilidade da 
obrigação. 
Inexequível quando a obrigação nele corporificado preencher os requisitos da certeza 
da liquidez e da exigibilidade do título. 
A expressão INEXEQUIBILIDADEDO TÍTULO abrange a inexigibilidade da obrigação 
por essa razão, por isso a segunda parte do Inciso I, artigo 917 NÃO PRECISARIA EXISTIR. 
 
Inciso II - Penhora incorreta ou avaliação errônea. 
 
Exemplo de penhora incorreta = a penhora de um bem impenhorável; excesso de penhora, são 
exemplos. 
 
Exemplo de avaliação errônea = No processo de execução a regra é que quem faz a avaliação é o 
oficial de justiça. Uma avaliação do bem que não corresponder ao valor de mercado. 
 
PROBLEMA 
 
No processo de execução o devedor opõe embargos no início do processo. Via de regra 
quando o devedor opõe embargos ainda não tem penhora; avaliação pois é no início. Via de regra, o 
 
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devedor tem que opor embargos para cumprir o prazo. Ele embarga e depois é intimado da penhora.
 
A solução está no § 1 do artigo 917, que diz que se a penhora se perfectibilizar após a 
oposição dos embargos, o devedor poderá impugná-la por simples petição no prazo de 15 dias 
contados da ciência do ato. 
 
 
Inciso III - excesso de execução ou cumulação indevida de execução 
Casos e excesso de execução - § 2, artigo 917. 
 
§ 4 e 3. credor pleiteia quantia superior a devida. ex: credor pleiteia 1 milhão e o devedor acha que a 
cobrança é abusiva; o devedor pode arguir que há excesso. Não basta somente arguir, ELE É 
OBRIGADO NOS TERMOS DO § 3 A DECLARAR NA PETIÇÃO INICIAL O VALOR QUE 
ENTENDE CORRETO E DEVE JUNTAR DEMONSTRATIVOS PARA O CÁLCULO. OU 
SEJA, O DEVEDOR É OBRIGADO A RECONHECER A DÍVIDA. 
 
Se o devedor simplesmente arguir de forma genérica: 
1. Devedor arguir excesso sem reconhecer parcelas incontroversas ou sem juntar demonstrativo, 
neste caso se o excesso for o único fundamento os embargos serão liminarmente rejeitados. 
Serão extintos. A natureza da decisão que rejeitar os embargos liminarmente é de sentença pois 
extingue uma AÇÃO DE EMBARGOS. Recurso de APELAÇÃO que nesse caso tem apenas o 
efeito devolutivo pela força do 1012, §1, III. 
10. Devedor argui o excesso sem preencher os requisitos mas ele deduz outros fundamentos além 
do excesso (ex: prescrição/compensação). Neste caso o magistrado não vai examinar a alegação 
do excesso porque não preencheu o requisito, e os embargos serão processados em relação aos 
demais fundamentos. 
 
CUMULAÇÃO INDEVIDA DE EXECUÇÃO 
 
A cumulação indevida ocorre quando o devedor cumular procedimentos executórios incompatíveis. 
Inciso IV - O devedor poderá arguir a intenção por benfeitorias necessárias ou úteis nos 
casos de execução para entrega de coisa. Esta retenção só pode ser arguida nessa entrega. 
 
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Inciso V - O devedor poderá arguir a incompetência absoluta de relativo do juiz na própria 
petição dos embargos. 
 
NÃO EFEITO SUSPENSIVO DOS EMBARGOS 
 
REGRA: 
- Os embargos não suspendem a execução. O não efeito suspensivo significa que o credor 
poderá levantar dinheiro/alienar bens poderá promover a venda de bens penhorados. 
Entretanto, se o devedor não quiser essa consequência, ele será obrigado a requerer que seja 
agregado efeito suspensivo aos embargos. Apenas o efeito suspensivo que for agregado aos 
embargos é que pode parar a execução. 
 
Devedor que tem DINHEIRO pede efeito SUSPENSIVO. 
REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO EFEITO SUSPENSIVO NOS EMBARGOS 
 
ARTIGO 919 
§ 1. O devedor tem que requerer o efeito suspensivo, isto significa dizer que o efeito suspensivo não 
pode ser agregado de ofício. 
§ 2. O devedor deve dizer que estão preenchidos os requisitos necessários para a concessão da tutela 
provisória. Me parece que quiseram se referir aos requisitos gerais da TUTELA DE 
URGÊNCIA que serão 2 e estão no CAPUT, ARTIGO 300. 
Probabilidade do direito (que é fácil de demonstrar em razão da amplitude de 
cognição dos embargos) 
Perigo de dano irreparável ou risco ao resultado útil do processo. Deverá o devedor 
dizer que se o juiz NÃO agrupar o efeito suspensivo a execução vai ir adiante e se for, o credor 
pode levantar dinheiro/promover a perda de bens. Mostrar que se for adiante o devedor sofrerá 
perigos enormes. 
 
§ 3. Para que seja agregado efeito suspensivo aos embargos deverá haver penhora de bens 
suficientes. 
Ora, o devedor só terá interesse em requerer o efeito suspensivo se houver patrimônio/bens. 
Se não tem nada, ficará parada igual. 
 
 
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O magistrado quando despachado um pedido de efeito suspensivo poderá deferir ou 
indeferir = decisão de natureza interlocutória, pois não extingue o processo. 
ARTIGO 1015, X - A extinção deste inciso também para os casos de indeferimento do 
efeito suspensivo pode ser sustentada a partir do princípio constitucional da igualdade 
(jurisprudência). 
 
 
PROCESSAMENTO DOS EMBARGOS 
 
Os embargos tem processamento próprio título 3 livro 2, embora na ausência de regras próprias 
devam ser estilizadas as regras do processo e conhecimento. 
 
1. Como os embargos tem a natureza de ação eles devem preencher do que for compatível com o 
procedimento os requisitos do artigo 319. 
11. Juízo a quem é dirigido: Os embargos, via de regra, são direcionados/dirigido ao mesmo juízo 
onde estiver tramitando a execução, por exemplo: se a execução estiver na 1 vara cível de 
Cachoeirinha, os embargos para o juiz da 1 vara cível e serão distribuídos por dependência a 
execução (corda amarrada). Os embargos tem um preâmbulo onde as partes são qualificadas de 
acordo com o artigo 318, devendo constar o e-mail das partes. 
 
EXEMPLO: 
 
AÇÃO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO/AÇÃO DE EMBARGOS DO DEVEDOR. 
 
Distribuição por dependência a execução n.__________ 
 
xxxx, dizendo e requerendo o que se segue: (ir por capítulos) 
 
1. Prescrição 
12. Pressupostos/ilegitimidade 
 
________________________________________________________ 
 
 
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PRODUÇÃO DE PROVAS 
 
É possível a produção em embargos na execução? NÃO. 
De acordo com entendimento dominante, são admissíveis todos os meios de prova, em 
direito admitidos. E essas provas devem ser requeridas na petição inicial de embargos. 
Por fim, como se trata de ação, tem que pedir a procedência dos embargos. A procedência 
pode ser a nulidade da execução porque a obrigação não é liquida, certa ou exigível. 
No caso de excesso de execução, via de regra, também se pede a nulidade por iliquidez. 
Ainda nos embargos, se já houver penhora, pode pedir efeito suspensivo. 
Por fim, o valor da causa: O mesmo valor da execução. 
 
 
AJUIZADA AÇÃO DE EMBARGOS É DESENCADEADA: 
 
PETIÇÃO INICIAL - DESPACHO INICIAL 
A) Rejeitar liminarmente os embargos (918): 
- Intempestivos; 
- Indeferimento da petição ou de 
improcedência liminar do pedido (332); 
- Quando forem manifestamente 
procrastinatório; 
- Sentença, porque estamos extinguido uma ação. Recurso: apelação com efeito devolutivo (1012, 
§1). 
B) Receber os embargos deferindo a petição (920,I): 
- Dá vistas ao exequente para responder os embargos (15dias). Como se trata de ação 
o exequente será citado para impugnar/contestar os embargos.Citado o exequente, o mesmo poderá impugnar os embargos ou silenciar. Se o exequente 
silenciar, há efeitos de revelia? De acordo com STJ, não há que se falar dos efeitos de revelia em 
sede de embargos, tendo em vista a presunção de certeza do crédito corporificado no título. 
Apresentada ou não a impugnação o magistrado: 
1) Extinção do processo sem resolução mérito (485). Se configurada qualquer alternativa do 485; 
5) Se configurado julgamento antecipado da lide (355); 
 
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6) Saneamento do feito nos termos do artigo 357. 
Se for saneado o feito o magistrado pode deferir produção de provas, audiências, etc; e ao 
final haverá o julgamento através de sentença sendo cabível a apelação cujo efeitos vão variar. 
1) Se os embargos forem julgados procedentes a apelação terá o duplo efeito justamente porque no 
caso de procedência a execução vai ser extinta; 
7) Embargos julgados improcedentes nos termos do artigo 1012, § 1, a apelação terá apenas o 
efeito devolutivo. Vai adiante ainda que tenha recurso pendente. 
 
OUTROS MEIOS QUE O DEVEDOR TEM DE SE INSURGIR CONTRA A EXECUÇÃO OU 
AINDA CONTRA A COBRANÇA DE UMA DÍVIDA 
 
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE 
Essa exceção foi mencionada pela primeira vez pelo Pontes de Miranda. Segundo Pontes, o 
processo de execução pode ter vícios que comprometam a própria formação da relação executiva. 
Segundo Pontes, se houver vícios seria um exagero exigir-se do devedor que oponha embargos. 
O prazo para o credor é o prazo que o juiz fixar. Se não fixar, será o geral e 5 dias. 
 
Situações: 
 
- Natureza do provimento que julgar a exceção de pré-executividade; 
- Recurso cabível; 
- Honorários advocatícios; 
1) Exceção de pré-executividade é acolhida e julgada procedente para que a execução seja extinta. 
A decisão que extingue a execução é uma sentença, sendo cabível a apelação. Como se trata de 
sentença a jurisprudência fixou honorários (artigo 203, § 1) 
8) Exceção de pré-executividade julgada improcedente/rejeitada liminarmente. Nesse caso a 
execução continua e como se trata de mero incidente o provimento é decisão interlocutora 
atacada pelo agravo por força do § único, 1015. 
Nesse caso de rejeição/improcedência não há fixação de honorários porque não há fixação de 
honorários na resolução de incidentes. 
3) Exceção parcialmente acolhida. Neste caso como a execução não é extinta, o provimento 
continua tendo a natureza de interlocutora. Recurso = agravo, artigo 1015 § unico. Neste caso, a 
jurisprudência fixa honorários. 
 
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O credor ajuíza ação de execução junto o contrato porém a assinatura do credor é falsa. Ele 
perde o prazo para embargar. NÃO CABE EXCEÇÃO. 
 
 
NESTE CASO CABE DEFESA HETEROTÓPICA 
 
O devedor poderá ajuizar ações de discutir dívida. Essas ações são chamadas de DEFESAS 
HETEROTÓPICA, ou seja, o devedor assume uma postura ativa e ajuda ação. 
Ex.: Ação revisional de contratos bancários; ações cujo objetivo é anulação de títulos; ou ainda 
inexistência de dívida. 
Exceção: consignação e pagamento. No ex. ação declaratória de inexistência de 
dívida; julgado procedente, transporta o resultado para a execução. “TRANSPORTA A COISA 
JULGADA”. 
Artigo 784, § 1 - o ajuizamento dessas ações não impede o credor de ajuizar a execução porque seu 
direito de ação é amplo. Artigo 5, XXXV, e o ajuizamento não suspende automaticamente a ação de 
execução. 
Segundo ele, no caso desses vícios, na própria relação executiva que bastaria o devedor 
apresentar uma simples petição no curso da execução de pré-executividade. Ela não é ação como os 
embargos. A natureza dela é de mero incidente, porque não tem autonomia de procedimento. É 
autuada junto, interpõe essa exceção. Dirigida ao mesmo juiz e não precisa qualificar as partes. 
Assim como os embargos a exceção não precisa de segurança do juízo/penhora. A vantagem 
que ela não tem prazo. 
 
MATÉRIAS PASSÍVEIS DE SEREM DEDUZIDAS EM SEDE DE EXCEÇÃO DE 
PRÉ-EXECUTIVIDADE 
 
É pacífico que as matérias de ordem pública podem ser arguidas em sede de exceção por uma razão: 
as matérias de ordem pública são pronunciadas de ofício - ex: condições da ação; pressuposto 
processual; prescrição. 
O GRANDE problema diz respeito a matérias relativas ao mérito que não são pronunciáveis de 
ofício. 
 
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De acordo com a jurisprudência se a matéria não for pronunciável de ofício o devedor 
poderá argui-la desde que a mesma possa ser comprovada através de prova exclusivamente 
documental. O único meio de prova é a prova documental. Não se admite pericial/testemunhal. 
Logo, p. ex. em que pese o pagamento não poder ser pronunciado de ofício o devedor 
poderá arguir em sede de exceção porque ele é comprovado por documento. 
 
EFEITO SUSPENSIVO EM SEDE DE EXCEÇÃO 
 
É possível o devedor requerer, se for o caso, o efeito suspensivo. E esse interesse é quando o 
devedor tiver patrimônio. 
Qual fundamento? TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR. 
 
COMO NÃO É AÇÃO NÃO TEM CUSTAS NEM VALOR DA CAUSA. 
 
VISTAS DA PARTE CONTRÁRIA 
 
Em razão do princípio do contraditório, apresentada a exceção de pré-executividade pelo devedor o 
magistrado obrigatoriamente deverá ouvir o credor. Como a exceção não é ação, ele intima o credor 
para falar sobre a exceção. 
ALTERNATIVA = Pedido incidente de tutela de urgência de caráter cautelar. 
 
 
TRABALHO DIA 23.09.2016 
 
AULA 30 DE SETEMBRO DE 2016 
Prof. Felipe Ferraro 
 
EXPROPRIAÇÃO 
 
Parte 1 - Teoria 
Expropriação é o último ato da execução 
É a busca do bem ou patrimônio como pagamento. 
 
 
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3 tipos principais: 
 
A. Adjudicação (ART. 876) = Pegar o bem para seu próprio patrimônio. Quando o credor tem 
interesse em algum bem do credor. Transferência do patrimônio do devedor para o credor. 
O valor deve ser feito pelo valor de avaliação (oficial de justiça). Quando ocorre a penhora 
do bem e tiver interesse, basta se manifestar e dizer que quer pedir adjudicação do bem. 
R$ avaliação = R$50.000,00 
Dívida = R$60.000,00 / R$40.000,00 
● Pega o carro e fica devendo R$10.000,00 / da os outros R$10.000,00 da diferença 
valor de avaliação é justo? “adjudico” R$50.000,00 
3 problemas: não me interesso pelo bem, avaliação mal, não conhece. 
 
A. Alienação (ART. 879) = Penhora 
 
1. Particular = Não tenho interesse no bem, mas me coloco a disposição para vender o bem. 
“deixa pra mim”. Eu, credor, coloco a venda o bem. Mas deve-se comunicar o juiz e deve 
ser pedido o preço de avaliação. Não necessita, nesse caso, do aval do devedor. Se for valor 
melhor, deve ter autorização judicial. 
Valor abaixo: a diferença pode ser dividida entre o credor e o devedor, ou seja, pode ser negociado. 
Se for o valor da avaliação não se discute, só devo dizer COMO vou fazer essa venda. Peticiona 
dizendo que tem interesse na alienação particular e como vou fazer a venda. 
IMPUGNAR A AVALIAÇÃO 
 
 
1. Pública = Leilão. Peticiona “quero leilão”. O trabalho é todo do leiloeiro. É o mais usado 
pois é o mais fácil/mais simples. 
 
A. Frutos =

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