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ROTEIRO 12

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BCC-110 Legislação Tributária 
Professor: Fernando Vaz de Mello 
Unidade VII 
Roteiro 12 
CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
CONCEITO 
O crédito tributário é o direito do estado de cobrar um tributo após a criação da obrigação tributária. Por 
sua vez a obrigação tributária se concretiza, conforme já estudado, seguindo os passos abaixo: 
1. Realização da hipótese de incidência prevista em abstrato na lei. 
2. Criação da relação jurídica com a figura do fato gerador. 
3. Definido a submissão ao fato gerador, nasce a obrigação tributária (sujeito ativo x sujeito passivo). 
4. A obrigação tributária (dever de entregar certa quantia em dinheiro) cria para o fisco a condição 
de credor do tributo (crédito tributário). 
Em resumo, o crédito tributário é o direito do Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) de 
exigir do contribuinte (devedor) o objeto da obrigação tributária, traduzido pelo verbo “DAR”, que é o 
pagamento, em espécie, do valor do tributo. 
CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
A constituição do crédito tributário se faz através da comprovação documental necessária para provar a 
submissão do devedor ao fato gerador da obrigação (títulos ou documentos). É necessário que o ente 
tributante prove o seu direito ao crédito que nasce com a realização do fato gerador pelo sujeito passivo. 
Assim, para que o Estado possa lançar o crédito em relação ao devedor, é preciso que ele possua a 
documentação obrigatória do direito (IPVA – nota fiscal de compra ou certidão de propriedade de veiculo/ 
ICMS – nota fiscal de venda de mercadoria/ IRPF – relação de rendas auferidas/ IPI, ISSQN, Cofins e etc.). 
A caracterização da dívida tributária se realiza através de um ato administrativo chamado de 
LANÇAMENTO. 
O artigo 142 do CTN define lançamento dizendo que “compete privativamente à autoridade 
administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento 
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, 
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo 
e, sendo o caso, propor aplicação da penalidade cabível.” 
Analisando um a um os elementos do conceito de lançamento: 
1. Competência privativa da autoridade administrativa: o lançamento é vinculado e obrigatório e, 
segundo o parágrafo único do artigo 142, acarreta pena de responsabilidade funcional em caso de omissão 
do agente público. 
- Ato administrativo discricionário: a lei faculta à autoridade pública diversas formas de agir, devendo 
ser escolhida a mais conveniente e oportuna ao interesse público. 
- Ato administrativo vinculado: a administração pública não pode escolher caminho ou forma de agir 
diferente daquela indicada pela lei. 
2. Procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador: comprovação 
documental de submissão à hipótese de incidência tributária. É realizado pelo órgão competente do poder 
executivo com competência para cobrar, arrecadar e fiscalizar determinado tributo (União – Ministério da 
Fazenda-Secretaria Receita Federal/ Estados – Secretaria de Estado da Fazenda/ Municípios – secretaria de 
Finanças do Município). 
3. Determinar a matéria tributável: consignar a legislação aplicável ao fato gerador verificado. 
4. Calcular o montante do tributo: “valoração quantitativa”, determinar a base de cálculo e sobre ela 
aplicar a alíquota legal para apurar o quantum do tributo (valor da dívida). 
5. Identificar o sujeito passivo: definição de quem deverá recolher o tributo aos cofres público, se o 
contribuinte ou o responsável tributário. 
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
É um ato declaratório, ou seja, ato administrativo que declara a existência de uma relação jurídica tributária 
que coloca o Estado numa posição de credor e o particular como devedor da obrigação. 
Características do lançamento: 
- Tem presunção de validade e certeza: até prova em contrário, o lançamento foi efetuado em 
conformidade com a lei. 
Obs. O artigo 145 do CTN define as possibilidades de alteração do lançamento: 
a) impugnação do sujeito passivo – na eventualidade de ocorrer um erro de lançamento (TOTAL OU 
PARCIAL), o sujeito passivo ou o responsável pode impugnar o ato declaratório de lançamento através de 
RECURSO ADMINISTRATIVO OU JUDICIAL (contraditório e ampla defesa). 
b) recurso de ofício – a fazenda pública revê o lançamento efetuado por constatar falha na forma de 
constituição do crédito tributário (revisão de ofício). 
- Reporta-se à ocorrência do fato gerador: praticado de acordo com a legislação vigente na data em que 
ocorreu o fato gerador (artigo 144 CTN), ou seja, o lançamento retroage à data do fato gerador. 
Exemplos: 
a) I. Exportação, alíquota 10% em 11/2012, alterada em 01/2013 para 15%. Lançamento relativo a fato 
gerador ocorrido até 01/2013 terá que obedecer a alíquota da época do fato gerador da obrigação tributária, 
10%. 
b) Se o valor do crédito tributário estiver expresso em moeda estrangeira, deverá ser convertida pelo valor 
do câmbio da data em que ocorreu o fato gerador (artigo 143 do CTN). 
Exceção: 
Quando forem instituídas novas formas de apuração e fiscalização tributária (ampliação de poder 
investigativo) essas serão aplicadas inclusive sobre lançamentos relativos a fatos geradores já ocorridos. 
Nesse caso a alteração ocorreu no lançamento, não na hipótese de incidência e nos elementos do tributo 
(fato gerador, base de cálculo, alíquota, sujeito passivo). 
MODALIDADES DE LANÇAMENTO

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