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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO FISCAL E TRIBUTÁRIA Resenha Crítica Camila Gomes Macedo Trabalho da disciplina INTRODUÇÃO AO DIREITO TRIBUTÁRIO Tutor: Prof. GEORGE WILTON TOLEDO São Paulo 2020 http://portal.estacio.br/ 2 ATIVIDADE AVALIATIVA 1. Faça uma breve síntese sobre as aulas apresentadas, colocando o objetivo da aula, conteúdo apresentado e um exemplo prático dado em cada aula. Mínimo de dez linhas por aula, usando a letra times new Roman ou Arial, tamanho 12, espaçamento simples. Introdução ao Direito Tributário Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituído em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada, art. 3º, do Código Tributário Nacional. O conceito de Direito Tributário segundo Rubens Gomes de Souza: “Ramo do direito público que rege as relações entre o Estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado, na obtenção de receitas que correspondem ao conceito de tributos.” Algumas fontes do Direito Tributário são: Constituição; Código Tributário Nacional; Normas de Direito Civil; Direito Administrativo; Direito Financeiro; Direito Penal. Hierarquia das fontes do Direito Constituição Federal Emendas à Constituição Leis Complementares Leis Ordinárias Medidas Provisórias Decretos Legislativos (Tratados Inter) Resoluções (alíquotas ICMS) O Direito Tributário é o ramo do Direito público que rege as relações jurídicas entre Estado e os particulares para fins de obtenção originaria da receita que irá compor a atividade financeira daquele Estado, por meio da instituição e arrecadação dos tributos. O Estado tem a incumbência de agir no sentido de promover a dignidade dos indivíduos, e o faz por meio de serviços de saúde, educação, previdência social etc. Para isso, o Estado precisa arrecadar dinheiro, e o faz de diversas formas. E comum no nosso cotidiano a utilização indevida da palavra “impostos” com o mesmo significado de tributo. Mas na verdade tributo é um gênero, cujas espécies são: o imposto, a contribuição de melhoria, o empréstimo compulsório, a taxa, o 3 pedágio, as contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e no interesse de categorias profissionais e econômicas. Imposto é o tributo cuja obrigação tem como fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribui nte. Significa dizer que a obrigação de pagar um Imposto não decorrente de qualquer atividade ou serviço prestado pelo Estado. As contribuições de melhoria só podem ser cobradas em virtude de obra pública onde ocorre a valorização do imóvel. Empréstimo compulsório é um tributo instituído ela União Federal, com a revisão de ressarcimento ao contribuinte, para atender despesas extraordinárias decorrentes de calamidade públicas. Taxas são cobradas ela União Estados Distrito Federal e ou Munícipios em suas respectivas atribuições, o fato gerador se dá pelo exercício regular do poder de polícia ou a utilização de sérvios públicos. Pedágio é um tributo bastante controverso, a quem entenda como uma espécie tributária eventualmente uma taxa de utilização do bem público defendendo que o, pedágio não é pago pelos serviços prestados, mas pela utilização da via pública. A contribuição especial é um tributo cujo resultado da arrecadação é destinado ao financiamento da seguridade social (assistência social, previdência social e saúde), de programas que impliquem intervenção no domínio econômico, ou ao atendimento de interesses de classes. A hipótese de incidência é o elemento econômico, previsto abstratamente na norma jurídica tributária, capaz de ensejar o surgimento da relação jurídico-tributária. Por isso, a hipótese de incidência é a descrição legal e abstrata dos fatos materiais eleitos pelo legislador para figurar na norma jurídica tributária. Por outro lado, o fato gerador é a ocorrência, do fato econômico abstratamente previsto na norma tributária, ou seja, é a realização fática da hipótese de incidência. Desse modo, o fato gerador é a concretização, da hipótese de incidência prevista de forma abstrata na norma jurídica. Das limitações ao poder de tributar Vimos que, uma vez praticado o fato gerador da obrigação tributária, o contribuinte fica obrigado, ao cumprimento do que é disposto pela lei, inclusive ao recolhimento do tributo, mas essa cobrança precisa ser feita de forma proporcional e razoável, o 4 que limita o exercício do poder de tributar pelo Estado, visando um equilíbrio entre o poder impositivo e a cidadania. Princípios constitucionais: • Princípio da territorialidade • Princípio da legalidade • Princípio da irretroatividade • Princípio da anterioridade • Princípio da anterioridade nonagesimal • Princípio da igualdade • Princípio específico do IR • Princípio específico do IPI • Princípio específico do ITR Obrigação tributária Os elementos estruturais da obrigação tributária são os seguintes: Sujeito Ativo: E aquele que tem poder legal para exigir a prestação da obrigação. A União, os Estados Federados, o Distrito Federal e os Municípios. Sujeito Passivo: E aquele que deve prestar a obrigação. E o Contribuinte, o Responsável ou Substituto da obrigação tributária. Impostos em Espécies IMPOSTO DE RENDA Fato gerador é aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos ou de proventos de qualquer natureza. Empresas de Lucro real, presumido ou arbitrado, integram a base de cálculo do IRPJ todos os ganhos e rendimentos de capital, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada. Para as IRPF a base do IR se dá entre a diferença de todos 5 rendimentos recebidos durante o ano exceto os isentos e os não tributáveis, os tributáveis exclusivamente na fonte e os sujeitos à tributação definitiva; e das deduções legais permitidas. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS Na importação o fator gerador ocorre no desembaraço aduaneiro de produtos de procedência estrangeira, já na operação interna o fato gerador se dá produto de estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial. A base de cálculo na operação interna é o valor total da operação, e na importação é o valor que serviria de base para o cálculo dos tributos aduaneiros. ICMS O fato gerador e a circulação de mercadorias. IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO A base de cálculo é o valor venal do imóvel. O contribuinte é o proprietário do imóvel, o titular do seu dom ínio útil ou o seu possuidor a qualquer título IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA O fato gerador é a prestação de serviços constantes da lista anexa à Lei Complementar 116/2003. A base de cálculo do imposto é o valor do serviço, não sendo incluído o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços previstos na execução, conforme lista da LC 116/2003. A alíquota do ISSQN é de 2% a 5%. O Código Tributário Nacional – CTN deixa bem claro que a competência para constituir o crédito tributário é privativa da Autoridade Administrativa, que o faz por meio do lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. É necessário que fique bem claro que o lançamento tributário é imprescindível para se cobrar qualquer tributo, seja qual for, imposto, taxa ou contribuição de melhoria. Além do mais, importante frisar que qualquer tributo nasce obrigatoriamente com o fatogerador. Uma vez praticado o fato gerador, surge a obrigação tributária, onde o sujeito passivo, contribuinte, fica sujeito ao pagamento de tributos ao Fisco 6 Lançamento por Homologação Na modalidade lançamento por homologação cabe ao contribuinte o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, ou seja, é o próprio contribuinte que apura e efetua o pagamento do trib uto. Neste caso, compete à autoridade administrativa verificar se o lançamento atendeu aos requisitos legais, – se o pagamento do tributo se concretizou de maneira correta. Atendidos os requisitos legais, o Fisco homologa o lançamento realizado pelo contribuinte. Importante lembrar que se a lei não fixar um prazo para homologação, a Fazenda Pública terá o prazo decadencial de 5 (cinco) anos, a contar da ocorrência do fato gerador para realizar o lançamento de ofício, caso haja diferença entre o valor pago pelo contribuinte e o efetivamente devido. Atualmente, a maior parte dos tributos está sujeito ao lançamento por homologação, temos como exemplo: ICMS, IPI, IR e ITCMD. Lançamento de Ofício O lançamento de ofício é realizado direta e exclusivamente pelo Fisco, seja por previsão legal, ou por desrespeito por parte do contribuinte das modalidades acima mencionadas. No lançamento de ofício, a autoridade administrativa, após verificar a ocorrência do fato gerador, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo, identifica o sujeito passivo e, se for o caso, aplica a penalidade cabível. Alguns dos tributos sujeitos ao lançamento de ofício, IPTU, IPVA, taxas, entre outros. Caso o sujeito passivo seja notificado a pagar o tributo devido, mas acaba não efetuando o pagamento, nem apresenta defesa administrativa, estará sujeito à execução fiscal. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO A extinção consiste no desaparecimento da exigibilidade do crédito tributário motivado por qualquer ato jurídico ou fato jurídico que faça desaparecer a obrigação respectiva, desde que prevista em lei, conforme explicita o artigo 156CTN ao qual mencionará as modalidades de extinção do crédito tributário. A extinção poderá ser total ou parcial e, será assim definida, após a verificação de irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149 (tratam do lançamento). 7 Para melhor entender vejamos o exemplo: Imagine que aquele IPTU suspenso, por decorrência de um acordo celebrado entre as partes, chegue ao final e o contribuinte quite a dívida de (R$ 3000,00 reais), neste caso há o pagamento integral daquele tributo, incidindo em uma das hipóteses previstas na vigente lei, ensejando deste modo a extinção total da exigibilidade do crédito tributário. Outro exemplo, agora para melhor compreender a extinção parcial, imagine que um contribuinte adquiriu um imóvel e a Fazenda Municipal para lhe expedir o habite-se concedeu um crédito e solicitou posteriormente a este que apresentasse os recolhimentos realizados. Ao demonstra-los com as respectivas notas, constata-se que já houve o pagamento de parte do valor que está sendo exigido pela Fazenda, logo, ao se constatar tal irregularidade no lançamento, extingue-se parcialmente a dívida, permanecendo então o contribuinte com a obrigação de arcar com o que ainda lhe resta. A prescrição é uma modalidade de extinção de crédito tributário enumerado no art. 156, inciso V do CTN, sendo que, a partir do momento que ocorre a prescrição contra a Fazenda Pública acarreta a extinção total do crédito tributário. Processo Administrativo Fiscal Federal É o instrumento pelo qual o contribuinte se utiliza para sua defesa administrativa nos casos de lançamento de ofício ou misto. Provas e indícios, consiste no fato conhecido que, por via de raciocínio, sugere o fato provando, do qual é causa ou efeito”. Os elementos de prova devem instruir o procedimento de fiscalização. Presunção legal é o pressuposto de se ter como verdadeiro um fato duvidoso ou provável a que a lei atribui o caráter de infração, a qual se considera configurada com a prática da operação ou transação na norma legal, gera uma verdadeira inversão de prova em favor do fisco. Princípios Aplicáveis ao processo administrativo fiscal UNIDADE DE JURISDIÇÃO: Concede exclusividade ao Poder Judiciário para prestação jurisdicional. Dessa forma, não pode a decisão administrativa se sobrepor a judicial ou mesmo a administração pública vedar que tal ato seja revisto pelo poder judiciário. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA: Previsto na Constituição Federal, tem a seguinte redação: aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos 8 acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. INADMISSIBILIDADE DE PROVAS ILÍCITAS: Previsto na constitucional, o qual veda a utilização de provas ilícitas no processo. PUBLICIDADE: Art. 5o, LX a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. É o caso, já que a própria Constituição protege a intimidade do indivíduo. LEGALIDADE: O procedimento administrativo tributário deve seguir rigorosamente os ditames legais. Não podia ser diferente. Então todos os atos processuais, inclusive anexação e colheita de provas devem observar os atos normativos Procedimento de fiscalização O procedimento fiscal tem início com o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto. O ato que determinar o início do procedimento fiscal exclui a espontaneidade do contribuinte somente em relação ao tributo, ao período e à matéria nele expressamente inseridos. Assim o contribuinte não mais poderá retificar a sua declaração, a fim de alterar lançamento anteriormente feito por ele. A exigência de crédito tributário, a retificação de prejuízo fiscal e a aplicação de penalidade isolada serão formalizadas em autos de infração ou notificações de lançamento, distintos para cada imposto, contribuição ou penalidade, os quais deverão estar instruídos com todos os termos, depoimentos, laudos e demais elementos de prova indispensáveis à comprovação do ilícito . Exigência fiscal Constatado pela autoridade fiscal que o fiscalizado cometeu um ilícito tributário deve de imediato formalizar a exigência fiscal, efetuando o correspondente lançamento. Atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional do agente. § único, do art. 142, do CTN Defesa do contribuinte Se dá por meio de processo administrativo - Decreto 70.235/76. Trata do contencioso administrativo, aplica-se aos casos em que houve constituição ou alteração do lançamento pelo fisco. A defesa dispensa advogado e o julgamento 9 das infrações se dá em duas instâncias, por colegiado, cujas autoridades são distintas daquela que efetuou o lançamento. Julgamento em Primeira Instância O julgamento em primeira instância, em relação aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, compete às Delegacias da Receita Federal de Julgamento. Criadas em 1993, pela Lei no 8.748/93, essas Delegacias concentraram as atividades de julgamento dos processos de exigência de créditos tributários federais, antes desenvolvidas pelos próprios Delegados da Receita Federal, titulares da repartição de onde se originara o lançamento, com auxílio do Sistema de Tributação (Divisão, Serviço ou Seção, conforme a classe de cada Delegacia). Julgamento em Segunda Instância Contra a decisão de primeira instância pode o contribuinte interpor recurso voluntário, no prazo de 30 dias, contado da ciência da decisão de primeira instância (art. 33). Ultrapassado esse prazo sem qualquer recurso, a decisão torna-se definitiva (art. 42, I). O créditotributário decorrente de decisão não recorrida deve ser encaminhado para cobrança amigável, nos trinta dias seguintes se posteriormente para inscrição em dívida ativa e cobrança executiva. Julgamento em instância especial Trata-se de recurso à Câmara Superior de Recursos Fiscais, criada pelo Decreto no 83.304, de 28 de março de 1979, a quem compete julgar os recursos especiais. Essa competência, antes da criação da CSRF, era do Ministro da fazenda. A definitividade da decisão administrativa Dispõe sobre as situações em que a decisão administrativa torna-se definitiva, conforme abaixo: São definitivas as decisões de primeira instância, esgotado o prazo para recurso voluntário sem que este tenha sido interposto; de segunda instância, de que não caiba recurso ou, se cabível, quando decorrido o prazo sem sua interposição; de instância especial. Parágrafo único. Serão também definitivas as decisões de primeira instância na parte que não for objeto de recurso voluntário ou não estiver sujeita a recurso de ofício. 10 2. Escolha um dos temas das aulas um tópico que você tenha se interessado e apresente uma notícia vinculada na imprensa sobre o assunto, ou alguma decisão jurídica pública sobre o assunto. https://www.conjur.com.br/2019-set-01/compensacao-credito-tributario-determinada- lei Para haver inovação no ordenamento jurídico, como a criação de obstáculo à compensação do crédito tributário, é imprescindível a expressa determinação prevista em texto legal, e não pode ser feita por meio de solução de consulta. Esse foi o entendimento firmado pela juíza Cristina Maria Costa Garcez, da 3ª Vara Federal da Paraíba. A decisão é em resposta a um mandado de segurança preventivo interposto pelo Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem em Geral do Estado da Paraíba. Em sua decisão, a juíza afirmou que a lei é o instrumento hábil para disciplinar matéria atinente à obrigação tributária acessória e imposição de penalidades, a qual inclusive deve descrever pormenorizadamente o fato gerador da respectiva obrigação, impondo a realização de certa conduta ou abstenção da prática de determinado ato pelo contribuinte. “Considerando que o direito à compensação das contribuições previdenciárias reconhecido por sentença judicial transitada em julgado foi limitado indevidamente por meio de Solução de Consulta, visto que se criou restrição ao direito de compensação e aplicação, inclusive, de penalidades sem previsão em lei", disse. Atuação Ilegal A associação alegava que a Receita Federal estava na iminência de aplicar multas, com base na Solução de Consulta 77/2018, que determina a não homologação do pedido de compensação de créditos previdenciários, já reconhecidos por decisão judicial transitada em julgado, se os contribuintes não retificassem todas as declarações (GFIPS) do período relacionado ao crédito. Em sua representação, o Sindicato afirmava que a Solução de Consulta criava, “ilegalmente, óbices ao exercício de direitos, impondo novas obrigações acessórias e imposição de penalidades pelo seu descumprimento, incluindo multas exorbitantes”. O mandado foi assinado pelos advogados Nelson Wilians e Angello Ribeiro, do escritório Nelson Wilians Advogados Associados.
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