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Artigo Distribuição de Terras no Brasil Colonial

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Inclusão: Alunos Deficientes e o Programa de estágio na educação Lagoagrandese
Joel Nogueira dos Santos[1: Aluno do 5º período do Curso de Licenciatura Plena em História, Universidade de Pernambuco, Campus Petrolina – UPE joelnogueira0@gmail.com]
Robson Fonseca[2: Aluno do 5º período do Curso de Licenciatura Plena em História, Universidade de Pernambuco, Campus Petrolina – UPE]
Hermerson Diogo Alves[3: Aluno do 5º período do Curso de Licenciatura Plena em História, Universidade de Pernambuco, Campus Petrolina – UPE]
Resumo
Este ensaio visa analisar de forma resumida e breve, o processo inclusivo desenvolvido pela secretaria municipal de educação de Lagoa Grande -Pernambuco, entre os anos de 2013 a 2017. Uma análise do processo de inclusão de alunos portadores de Necessidades Especiais no ensino regular da rede pública Municipal, observando a grande relevância do mesmo. O ensaio objetiva-se a fazer uma breve retrospectiva sobre a educação do município e suas mudanças ao longo dos últimos cinco anos, caracterizando a educação inclusiva, para percebermos nesta, os benefícios proporcionados as crianças e adultos com quadro de deficiência. Para tal, utilizamos o Relatório de Gestão desenvolvido pela Secretaria de Educação (SEDUC), e o pensamento de alguns autores como: Figueiredo (2002), Souza (1997) e a LDB, ainda contamos com uma breve entrevista com o Ex-Secretário de Educação, professor Daniel Torres, visto a impossibilidade de agenda do atual comandante da pasta.
Palavras-Chave: Educação Especial, Inclusão e Benefícios.
Abstract
This essay aims to analyze in a brief and brief form the inclusive process developed by the municipal education department of Lagoa Grande -Pernambuco between 2013 and 2017. An analysis of the process of inclusion of students with special needs in the regular education of the network Municipal public, observing the great relevance of it. The essay aims to give a brief retrospective on the education of the municipality and its changes over the last five years, characterizing inclusive education, to realize in this, the benefits provided to children and adults with disabilities. To that end, we used the Management Report developed by the Secretary of Education (SEDUC), and the thoughts of some authors such as: Figueiredo (2002), Souza (1997) and LDB, we still have a brief interview with the Education, Professor Daniel Torres, given the impossibility of agenda of the current folder commander.
Key Words: Special Education, Inclusion and Benefits.
Há muitos anos, crianças e adultos com necessidades especiais eram totalmente excluídas, não tão somente do ambiente escolar, mas de toda a sociedade e muitas vezes pela própria família. Estas pessoas, por serem portadoras de alguma deficiência, sempre encontraram (encontram) muita dificuldade para se inserirem no meio social ao qual pertenciam, isso se dava em virtude do preconceito da sociedade em geral, por não estarem encaixados nas definições de padrões que foram estabelecidos pelas pessoas. Durante anos, pessoas que possuíssem alguma necessidade, eram submetidas a diversos tratamentos, sendo postas como doentes, portadores de anormalias. O processo de inclusão ao qual nos referimos, ainda é sonho para muitos, pois a mesma já não é mais inclusiva de acordo com Ghiraldelli (2009), “Já não sabemos mais onde e por que queremos incluir tudo e todos.”
Nota-se que o conceito de inclusão é vagamente utilizado, ocorrendo geralmente a crença de ser ela um prêmio como as cotas por exemplo, e com isso os excluídos acabam por se conformar e achar que estão inclusos.
Voltando-nos para a inclusão escolar, nos referimos das pessoas que por direito devem estar em convivência com os demais que compõe o ambiente, assim é importante estudarmos e buscarmos compreender esse processo, principalmente nós, futuros professores. Quantos deficientes vemos nas faculdades? Quais cursos de Licenciatura consta a língua Brasileira de Sinais? Fica aberto um leque para que um dia possamos nos aprofundar no assunto, não apenas nós, mas qualquer um que queira se aprofundar neste estudo, e assim, construírem o seu próprio saber.
O processo de inclusão na cidade de Lagoa Grande, se deu com a integração de família e escolar trabalhando juntos, um movimento de evolução nas políticas públicas, na re-organização das estruturas dos prédios escolares e no quadro de pessoal, tendo a meta de não deixar ninguém fora da escola. 
A inclusão tem um caráter de reunir alunos com e sem dificuldades, funcionários, professores, pais, diretores, enfim todas as pessoas envolvidas com a educação. (MANTOAN, 1997). 
A LDB, sancionada em 20 de Dezembro de 1996 (Lei 9394/96), baseia-se nos princípios dos direitos universais, frisando o direito à educação para todos. A LDB traz diversas mudanças se comparada a leis que lhe antecede, Tais como a inclusão da educação infantil com creches e pré-escola, como com a primeira etapa da educação básica. No artigo 58 destaca-se: Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.
A inclusão se torna uma oportunidade e um catalisador para a construção de um sistema democrático melhor e mais humano. (MANTOAN, 1997).
O tipo de escola que requer inclusão de acordo com FIGUEREDO: 
”A educação inclusiva requer uma escola aberta para todos os alunos, visto que ela propõe inserir na escola todos os excluídos, garantir qualidade na educação, considerar as diferenças e valorizar a diversidade. Ela vai além da posição política, por que resgata uma proposta de recriação da própria vida na escola”. (FIGUEREDO : 2002).
Ainda sobre os professores, FIGUEREDO comenta:
 “Que ele seja capaz de realizar reflexão e questionamentos sobre a sua prática, enfatizando o trabalho cooperativo em detrimento da competição, respeitando os diferentes estilos de aprendizagem e, sobretudo, refletindo, planejando e assumindo a educação”.
Mediante todos estes quesitos, a Secretaria Municipal de Educação viabilizou por meio da lei de estagio (Lei 11.788/08), o professor auxiliar que é ainda hoje usado pela atual gestão. O estagiário, alunos universitários, exercem a função de auxiliares na qual fazem exclusivamente o acompanhamento educacional de crianças que precisam de um Maior apoio. Para a Professora Cícera Lima: “Essa ajuda é muito importante, pois nós não teríamos como cuidar de quarenta ou mais alunos e nos dedicarmos só a um. O programa de estágio é bom para todos.” O ex-secretário Daniel Torres frisa: “Temos que buscar o melhor para o nosso Município, e uma cidade não é nada se não tem o seu foco voltado para a educação!” Questionado sobre o programa de estágio e a reestrutura do ambiente escola, Torres destaca: “Pensamos unicamente em nossos alunos. Os prédios precisavam de uma adequação pois já não condiziam com a realidade do município. Precisávamos não mudar as estruturas físicas, mais também o quadro de pessoal, para isso oferecemos diversas capacitações para professores e estagiários... O programa de estágio implantado, foi uma grande ajuda, pois não causou e não causa inchaço na folha de pagamento e acima de tudo oferece a oportunidade para alunos irem se adequando a realidade da sala de aula, tendo uma bolsa que os ajuda.” Notamos então que a integração entre o programa de estágio, as escolas reformadas e as capacitações do pessoal do quadro, favorecem uma evolução que terá retorno no futuro. Mediante essa ideia, GOTTI afirma:
 “A integração é princípio fundamental que rege a educação inclusiva. [...]. Esse princípio nos remete a necessidade de que as escolas devem adequar-se a todos os alunos, adaptar-se aos diferentes estilos e ritmos de aprendizagem e assegurar um ensino de qualidade”. (GOTTI, 1998:89 e 90).
Assim, percebemos que o município de Lagoa Grande vem buscando fazer o que regem as leis, incluindo não somente alunoscom deficiências, mais buscando abrangi estes e outros, tais como alunos universitários que tem a oportunidade de vivenciar a educação, por meio do estágio. 
REFERÊNCIAS
FIGUEREDO, Rita Vieira de. Políticas de Inclusão: Escola - Gestão da Aprendizagem na Diversidade. In Políticas Organizativass e Curriculares, Educação Inclusiva e Formação de Professores. [Org. Dalva E. Gonçalves Rosa, Vanilton Camilo de Souza]; Alfredo Veiga - Neto... [Et AL]. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. 
GOTTI, Marlene. Integração e Inclusão: Nova Perspectiva sobre a Prática da Educação Especial. Perspectivas Multidisciplinares em Educação Especial. Londrina: VEL, 1998. 
MANTOAN. Maria Teresa Egler. Ser ou Estar, eis a Questão: Explicando o Déficit Intelectual. Rio de Janeiro: WWA, 1997.
EDUCAÇÃO, Secretaria Municipal De. Memorial da gestão: 2013-2016. [S.L.: s.n.], 2016.
 PLANALTO. Presidência da república casa civil subchefia para assuntos jurídicos. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 12 jul. 2017.

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