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UNIVERSIDADE PAULISTA 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
CURSO: PEDAGOGIA 
 
 
 
LUCIANA BARBOSA DA SILVA RA: 1883130 
RILLZILEDY BRUNO RODRIGUES RA: 0505017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A COMPREENSÃO DE INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES 
EDUCACIONAIS ESPECIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUGUSTINÓPOLIS – TO 
2020
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
 
 
 
 
LUCICANA BARBOSA DA SILVA RA: 1883130 
RILLZILEDY BRUNO RODRIGUES RA: 0505017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A COMPREENSÃO DE INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES 
EDUCACIONAIS ESPECIAIS 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
graduação em Pedagogia. Universidade Paulista – 
Polo de Augustinópolis - TO. 
Orientador (a): Prof. Me. Fábio Ferreira Silva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUGUSTINÓPOLIS – TO 
2020 
 
FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
 
DADOS AUTORAIS 
Autores: Lucicana Barbosa da Silva e Rillziledy Bruno Rodrigues 
 
Titulo: A compreensão de inclusão do aluno com necessidades educacionais 
especiais. 
 
Área de concentração: Aspectos patológicos na educação inclusiva (autismo, 
síndrome de Down, paralisia cerebral, deficiência visual, deficiência auditiva, TDAH 
etc.). 
 
Local: Augustinópolis - TO Data: novembro de 2020 Nº de folhas: 25 
 
1. DADOS DO CURSO 
Graduação em Pedagogia 
 
Orientador: Prof. Me. Fábio Ferreira Silva 
 
Instituto: Universidade Paulista - Educação a Distância 
 
2. FONTE UTILIZADA NO TRABALHO 
( ) Times New Roman ( x ) Arial ( ) Calibre light 
 
Anexo: ( ) CD-ROM ( ) folder ( ) foto ( ) DVD ( x ) outros: 
 
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 
Palavras-chaves: Paradigmas, Sistemas Educacionais, Diferenças, Inserção, 
Exclusão, Fortalecimento, Processo Educacional, Multifuncionais, Diretrizes, 
Inclusão. 
 
E-mail: lucianabarbosasilva01@gmail.com Telefone: (63) 9.9955-6661 
 Ou: riuzi.br@gmail.com Telefone: (63) 9.8104-9274 
 
mailto:lucianabarbosasilva01@gmail.com%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20Telefone
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradecemos primeiramente a Deus, pelo infinito amor e misericórdia 
demonstrados em Jesus, por ser nosso maior motivo de prazer e contentamento na 
vida, pela iluminação e força concedida por Ele para alcançar com êxito o presente 
resultado final sem esmorecer, mesmo com todos os obstáculos enfrentados. 
Também a nossas famílias, por terem nos ensinado a importância da 
manutenção de uma conduta digna, por todo amor, carinho e sacrifícios a nós 
dedicados, além de toda paciência e compreensão nos momentos de descontrole 
emocional. 
A todas as equipes escolares que visitamos e pesquisamos, por toda 
orientação prestada, pela colaboração e pelo ensino transmitido com empenho e 
excelência. 
Aos professores do curso e funcionários do Polo, em nome da Aira Dayse, por 
ser tão prestativa no desenvolvimento de suas atividades. 
A todos vocês, meu muito, muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dedicamos este trabalho à Professora 
Arlete Teles de Menezes, pedagoga que 
muito contribuiu com a nossa formação, 
amiga e companheira constante, mulher 
determinada e sábia, que nos tem sido 
grande auxiliadora e exemplo, tanto na 
vida acadêmica quanto na pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Não basta que todos sejam iguais 
perante a Lei. É preciso que a Lei seja 
igual perante todos.” 
 
Salvador Allende 
 
RESUMO 
 
Este trabalho tem como finalidade compreender os paradigmas que sustentam os 
sistemas educacionais em seus fundamentos frente à identidade e diferenças, 
inserção e/ou exclusão. Para tanto serão feitos estudos, pesquisa e observações em 
documentos da Escola Municipal Boa Vista, município de Augustinópolis, Estado do 
Tocantins, a qual possui sala de Recursos Multifuncionais tipo “I” para contribuir com 
o fortalecimento do processo de inclusão educacional nas classes comuns de ensino 
de acordo com a Resolução n. 2/2001 que instituiu as diretrizes Nacionais para a 
Educação Especial na Educação Básica. 
 
Palavras chave: Paradigmas, Sistemas Educacionais, Diferenças, Inserção, 
Exclusão, Fortalecimento, Processo Educacional, Multifuncionais, Diretrizes, 
Inclusão. 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………. 9 
2. CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA…………………………………….. 10 
2.1. LEGISLAÇÃO REFERENTE À EDUCAÇÃO ESPECIAL BRASILEIRA ............. 12 
2.2. A ESCOLA COMO PROCESSO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA 
PERSPECTIVA DA COMPREENSÃO DA DIVERSIDADE. ....................................... 14 
2.3. A LÓGICA DO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO E O ESTATUTO DOS 
SABERES ..................................................................................................................... 15 
3. CAPÍTULO II – MÉTODO……………………………………………………………. 17 
3.1. PROCESSO METODOLÓGICO ........................................................................... 18 
3.2. BREVE HITÓRICO DA INSTITUIÇÃO CAMPO................................................... 18 
3.3. LEVANTAMENTO DE DADOS E INFORMAÇÕES ............................................. 20 
4. CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO………………………………………….. 21 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………………… 23 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…………………………………………………. 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 Este trabalho foi elaborado a partir de análise de documentos In loco, 
entrevistas com educadores e pesquisas bibliográficas acerca da temática, o mesmo 
pretende relatar um estudo sobre o processo de inclusão e as mudanças de atitudes 
sociais em relação à compreensão da Educação na Diversidade e Diferenças, com 
base na Escola Municipal Boa Vista, Augustinópolis, Tocantins. 
 A intenção de pesquisa surgiu das observações feitas durante visitas, diante 
das necessidades enfrentadas no cotidiano escolar e, tem como objetivo entender o 
desenvolvimento do processo da inclusão na perspectiva da diversidade e proposta 
educacional da Escola acima citada e apontar a lógica do processo de escolarização 
de alunos com limitações. 
 Com vista a compreender a diversidade educacional dos estudantes, 
possibilitando a superação das barreiras à aprendizagem e a participação social, e o 
procedimento de apoio a esses educandos, nos questionamos: como os educadores 
estão trabalhando os alunos com necessidades especiais? O questionamento tem 
uma importância para o levantamento das hipóteses, tendo em vista que as escolas 
municipais não disponibilizam de muitos recursos pedagógicos. 
 Acredita-se que os alunos que apresentam limitações sejam trabalhados tal 
quais os ditos “normais”, que as atividades diferenciadas não atendam as 
dificuldades dos educandos e que poucas são as formações continuadas para 
professores dentro da área de Ensino Especial. A formação em serviço deve visar 
um melhor ensino, que possam superar e/ou compensar as limitações causadas 
pelos seus comprometimentos sensórias, físicos, intelectuais ou comportamentais, 
desenvolvendo e explorando ao máximo suas competências e habilidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
 Na atualidade muito tem se discutido sobre os direitos dos alunos 
portadores de necessidades educacionais especiais, cobra-se adequações e 
punição em casos extremos de desrespeito. Mas vale lembrar que nem sempre foi 
assim. Na antiguidade os deficientes eram considerados não só como diferentes, 
mas como seres queenvergonhavam a família, peso para a sociedade, sujeito sem 
direitos. Muito já foi conquistado, contudo, os portadores de necessidades 
educacionais especiais ainda são marcados pela exclusão e trazem consigo a marca 
da rejeição. 
 Para os filósofos Aristóteles e Herófilo, que viveram antes da era Cristã, 
deixaram escritos relacionados à deficiência mental. Para eles a deficiência já era 
algo que se dava no cérebro, alterações na estrutura cerebral. Essas pessoas 
portadoras de necessidades especiais sempre foram consideradas como alguém 
fora dos padrões normais, dentro da visão histórica cultural, que ditou, sempre, para 
a sociedade, os critérios para a normalidade. Muitos termos foram usados para 
identificar pessoas com deficiência e atravessaram décadas buscando assumir um 
sentido de inovação na busca pela superação de preconceitos. 
 Registros dão conta de infanticídio de crianças deficientes, que ocorreu no 
século IV. Nessa época houve uma luta do bispo S. Nicolau Taumaturgo contra a 
realidade que sofriam essas crianças e como elas viviam, passando a ser 
considerado o protetor desses seres humanos, marco de uma luta grandiosa. Luta 
até contra a igreja que pregava que pessoas nascidas assim, com retardo, eram 
frutos da ação demoníaca sendo considerado pela igreja como um castigo merecido 
aos pais. 
 Para a maioria dos alunos pobres dos Estados Unidos deficientes ou não, a 
primeira dificuldade era simplesmente ter acesso à educação isso até 
aproximadamente 1800, a grande maioria dos alunos com deficiência não eram 
considerados dignos de educação formal, embora esses fossem percebidos como 
irmãos participantes da comunidade. No final da guerra Americana da 
Independência, em 1783, grupos e cidadãos ricos estabeleceram várias sociedades 
filantrópicas cuja principal preocupação era garantir que grupos marginalizados não 
ameaçassem a República e os valores norte-americanos vigentes na época. Os 
 
motivos da assistência social e do controle eram interligadas no funcionamento 
dessas instituições. Alguns líderes, da educação especial da época fizeram notáveis 
esforços para promover a ideia de que todas as crianças, incluindo as deficientes, 
deveriam ter direito ao ensino (STAINBACK, 1999, p. 37). 
 A grande preocupação com a Educação das pessoas com deficiência deu-
se na idade contemporânea (na 2ª metade do século passado), aonde vem a 
proliferação dos discursos defendendo as diferenças, com pouca valia já que a 
segregação fazia parte da realidade dessa época, deixando até os dias atuais 
efeitos ainda prejudiciais às pessoas com deficiência, às escolas e à sociedade em 
geral. O bom dessa discussão foi à ideologia da normalização que se destacou 
desse momento histórico. 
 Com os avanços dos Direitos Humanos registraram-se consideráveis 
progressos na conquista da igualdade e do exercício de direitos e o que se sente e 
observa atualmente, tendo como grande enfoque, é a busca da inclusão destas 
pessoas historicamente marcadas pela segregação, pelo preconceito e pela 
rejeição. 
 De acordo com Mazzota (1996), a educação especial no Brasil é marcada 
por dois períodos: de 1854 a 1956, com iniciativas oficiais, particulares e isoladas, e 
de 1957 a 1993, com iniciativas oficiais e de âmbito nacional. No Brasil, até a 
década de 50, praticamente quase não se falava em Educação Especial, mas na 
educação de deficientes. 
 A educação especial tem um papel de grande importância dentro de uma 
perspectiva em atender as crescentes exigências de uma sociedade em processo de 
renovação incessante e de busca da democracia, que só se dará por completo 
quando todas as pessoas tiverem acesso ao conhecimento, a informação, através 
de meios necessários para a formação de sua plena cidadania. 
 Atualmente é desígnio das escolas “democráticas” promover a igualdade de 
oportunidades através de um ensino inclusivo, centralizada numa concepção de 
educação de qualidade para todos, enfatizando o respeito à diversidade dos 
educandos e orientada para o sucesso educativo de todas as crianças e jovens. 
 O atendimento às necessidades educacionais dos portadores de 
deficiências, principalmente na rede regular de ensino é uma realidade que possui 
amparo legal e encontra-se claramente publicada no inciso III do artigo 208 da 
Constituição Federal, reforçada na Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional 
 
(Lei nº9394/96), e nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação 
Básica (CNE/CEB, 2001). 
 
2.1. LEGISLAÇÃO REFERENTE À EDUCAÇÃO ESPECIAL BRASILEIRA 
 
 
 O Brasil conta com diversas legislações que busca garantir a igualdade e o 
exercício de direito, através de marcos legais nacionais e internacionais que vieram 
fortalecer a Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da Educação 
Inclusiva. 
 Destacam-se a Lei nº 4024/61 que trata da educação do excepcional como 
um direito que deve enquadrar-se no sistema geral de educação e nesse sentido ser 
assegurada em classes especiais, instituições e oficinas separadas da educação 
regular com a finalidade de fortalecer as habilidades das quais o sistema regular não 
está preparado para trabalhar. 
 A Lei nº 5692/71, que prevê “tratamento especial aos excepcionais” e 
oficializa a educação especial e de classes especiais a partir da criação do Centro 
Nacional de Educação Especial. Sendo a base para o fortalecimento do parecer nº 
848/72 do CFE que prevê a “adoção” de medidas urgentes para que o campo de 
ensino e amparo ao excepcional seja dinamizado. Mas foi somente a partir da 
promulgação da Constituição Federal de 1988 que de fato, a educação especial 
trouxe uma reflexão nacional e assegurada sobre a “promoção de um bem maior 
para todos”, livre de preconceitos de origem, racial, sexual ou quaisquer outras 
denominações referentes à discriminação, pois garante o princípio de igualdade, 
comum à todos os pertencentes à uma nação considerada democrática. 
 Vejamos o que fala a Constituição Federal Brasileira (1988): 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando 
ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício 
da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (Art. 205). 
 
 Nesse caso, o Atendimento Educacional Especializado, que deve ser 
oferecido preferencialmente na rede regular de ensino, também é garantido na 
Constituição Federal (Artigo 208, Inciso III) onde prevê também a partir da Lei nº 
7853/89 que é obrigatória a oferta e gratuidade da Educação Especial em 
 
estabelecimentos públicos de ensino, considerando crime a recusa de alunos com 
deficiência em estabelecimentos de ensino de qualquer curso ou grau, público ou 
privado. 
 Já a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990), aprovada em 
Jomtien, Tailândia, em 1990 garante o atendimento às necessidades básicas da 
aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos e em seu Artigo 3º, ressalta a 
universalização do acesso à educação e do princípio de equidade, especificamente 
em relação à educação dos alunos com especialidade. 
 No que se refere às conquistas educacionais sobre o olhar da inclusão 
escolar, a LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 
9394/96, deixa claro que a educação de pessoas com especialidades deve dar-se 
preferencialmente na rede regular, sendo um dever do Estado e da família promovê-
la. É imprescindível salientar que a LDBEN garante, em seu Artigo 59, que os 
sistemas de ensino assegurarão aos alunos com necessidades especiais: currículos, 
métodos, técnicas, recursos educativos e uma organização específica para atender 
suas necessidades fundamentais e de seguridade social.A terminalidade específica 
para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino 
fundamental, em virtude de suas limitações, e aceleração para concluir em menor 
tempo o programa escolar para os superdotados. 
 Todas essas leis e normativas ganharam força quando em 1994 fez surgir a 
Declaração de Salamanca, até hoje, um grande marco na conquista pelo direito à 
acessibilidade e garantia da permanência das pessoas com limitações e 
necessidades educacionais especiais na escola pública. Proclamando ainda, a 
necessidade de as escolas regulares obterem orientação inclusiva para combater 
atitudes discriminatórias e preparar os alunos com especialidades para o acesso e 
permanência à escola regular, tendo como princípio orientador que “as escolas 
deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições 
físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras” (BRASIL, 2006, p. 
330). 
 
 
 
 
 
2.2. A ESCOLA COMO PROCESSO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA 
PERSPECTIVA DA COMPREENSÃO DA DIVERSIDADE. 
 
 
 A escola toma espaço importante no procedimento de educação e 
socialização das novas gerações. Neste sentido, representa também local 
privilegiado para reflexão, discussão, acesso da diferença e inclusão de pessoas 
com deficiência. Por isso, a luta e empenho de inúmeros pensadores, educadores e 
políticos na construção de uma escola para todos, aberta a diversidade e inclusiva 
de pessoas portadoras de necessidades especiais. 
 Durante séculos o termo retardo mental foi usado como única classificação 
para portadores de limitações educacionais. O termo existe na medicina e ainda está 
presente no mais importantes códigos de classificação de doenças. A partir da 
década de 1960 foi atribuído o termo excepcional para as pessoas com deficiências 
ou com retardo, numa tentativa em diminuir o preconceito em que eram enunciadas, 
dando ênfase ao talento, como um sentido positivo aos indivíduos portadores dessas 
“deficiências”. Todavia em pouco tempo novas expressões passaram a ser mais 
usadas, como por exemplo, pessoas com necessidades educacionais especiais, 
pessoa especial, ou apenas especial, na tentativa de apagar o sentido da 
deficiência. “As diferentes formas de nomear podem apenas representar o 
esconderijo de velhas arapucas a maquiar valores sociais contraditórios e a encobrir 
as tensões geradoras de novas formas veladas de exclusão” (PAM, 2008, p. 28). 
Nasce assim o termo Diversidade, tendo em vista que a Educação “Espacial” não é 
direito de apenas UM, mas de todos. 
 Para tanto vale considerar o que indica Imbernón: 
A diversidade que a educação pretende atender não pode ser 
estabelecida em termos abstratos, mas ao contrário, deve ser 
vinculada a uma análise da realidade social atual e deve abranger 
todo o âmbito macrossocial quanto microssocial. [...] é preciso 
considerar a diversidade como um projeto sócioeducativo e cultural 
enquadrado em um determinado contexto, e entre as características 
desse projeto necessariamente devem figurar, a participação e a 
autonomia. (IMBERNÓN, 2000, p.86-87). 
 
 Neste sentido, a batalha pela aceitação será constante. A diversidade e 
inclusão escolar vem cobrar do discurso educativo respostas pedagógicas na 
educação, com o desígnio de incentivar uma escola que agregue as diferenças, 
respeitando o conhecimento intercultural, de modo a gerar uma “sociedade 
 
pluralista, democrática e socializante” (RENDO & VEGA, 2009). Esse é o desafio da 
escola contemporânea. 
 As classes especiais brasileiras (salas de aula), tiveram início na década de 
70, visando atender a legislação no que se referia a necessidade de uma integração 
social entre os indivíduos que apresentavam patologias e deficiências (limitações) 
físicas. Começa então um movimento com o objetivo de integrá-los em ambientes 
escolares, registrando nesta época muitos avanços na conquista da igualdade e do 
exercício de direito, aumentando aos poucos a pressão, de toda uma comunidade 
envolvida, para que o Estado reconhecesse cada vez mais a Educação Especial 
como responsabilidade e dever. Até mesmo a inserção profissional de pessoas com 
deficiência nos programas de reabilitação global, ganham espaço nas discursões. 
 Segundo Ferreira (2006, p.91) “na década de 1990 surge um novo conjunto 
e amplo de reformas estruturais e educacionais, inspiradas e encaminhadas por 
organismos internacionais e caracterizadas pelo discurso da Educação para Todos.” 
Como resultado desse movimento mundial, a Declaração de Salamanca (BRASIL, 
1994) brota no cenário educacional brasileiro como um dos documentos referenciais 
no processo de reflexões, discussões e adoção de políticas públicas de apoio à 
inclusão das pessoas com deficiência nas escolas comuns. 
 Assim, ao final da década, após a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação (BRASIL, 1996), vive-se no Brasil um momento de ampliação da presença 
de alunos com necessidades especiais nos diferentes espaços escolares. Daí em 
diante, o paradigma da inclusão vem ao longo dos anos se concretizando, ou seja, 
buscando instituir nos ambientes educacionais a não exclusão escolar dos 
deficientes, através de ações que garantam o acesso e permanência do aluno com 
deficiência no ensino regular. 
 
2.3. A LÓGICA DO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO E O ESTATUTO DOS 
SABERES 
 
 
 A educação especial decorre todos os níveis, passos e demais modalidades 
de ensino, sem substituí-los, oferecendo aos seus alunos serviços, recursos e tática 
de acessibilidade ao ambiente e aos conhecimentos escolares. Nesse argumento, 
deixa de ser um sistema equivalente de ensino, com níveis e etapas próprias. 
 
Sinalizando um novo conceito de educação especial, a Política tenta novas práticas 
de ensino, com vistas a consentir as especificidades dos alunos que constituem seu 
público alvo e avalizar o direito à educação a todos. Distingue para a necessidade 
de se subverter a hegemonia de uma cultura escolar segregadora e para a 
possibilidade de se reinventar seus princípios e práticas escolares. 
 A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação 
Inclusiva (2008) foi formada segundo os preceitos de uma escola em que cada aluno 
tem a perspectiva de aprender, a partir de suas capacidades e aptidões, em que o 
conhecimento se edifica sem resistência ou submissão ao que é selecionado para 
compor o currículo, resultando na promoção de alguns alunos e na marginalização 
de outros do processo escolar. 
 A compreensão da educação especial nesta miragem está catalogada a 
uma concepção e a práticas da escola comum que modificam a coerência do 
processo de escolarização, a sua organização e o estatuto dos saberes que é objeto 
do ensino formal. Como modalidade que não supre a escolarização de alunos com 
deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento e com altas 
habilidades/superdotação, essa educação julga uma escola que não exclui alunos 
que não atendam ao perfil idealizado institucionalmente. 
 A concretização da política de inclusão se expressa pela criação de salas 
multifuncionais nas escolas públicas brasileira, por uma política de formação de 
professores em Atendimento Educacional Especializado voltado para o atendimento 
das crianças nessas escolas, bem como, pela transformação das práticas 
pedagógicas e da gestão escolar nas redes de ensino. Deste modo, o desafio de 
escolarizar todas as crianças no ensino comum, não é tarefa da educação especial, 
mas das redes públicas de ensino. 
 Uma política de perspectiva, não garante a acessibilidade aos saberes 
escolares se não houver uma verdadeira transformação no interior da escola. Faz-se 
necessário concretizar no cotidiano dessa instituição o que já está asseguradopor 
lei. Não basta garantir a acessibilidade, é preciso criar as condições para que a 
escola se transforme em espaço verdadeiro de trocas que favoreçam o ato de 
ensinar e aprender. Neste sentido, o Brasil ainda tem um importante caminho a 
percorrer para assegurar educação a todos os jovens, crianças, adultos e 
adolescentes que integram o sistema público de ensino. 
 
 Soodak (2003) faz referência ao desenvolvimento de estratégias para 
melhorar a qualidade global do ambiente da sala de aula para acolher os alunos com 
deficiência. Essas estratégias contemplam a organização de um ambiente no qual 
os alunos se sentem acolhidos, seguros e apoiados. Suas principais sugestões são: 
criar uma comunidade inclusiva, promover o sentimento de pertença, facilitar a 
aproximação das crianças, favorecendo a amizade entre os alunos, desenvolver a 
colaboração entre pais e professores e entre professores e outros membros da 
escola. Apoiar e incentivar comportamentos positivos em todos os alunos e não 
apenas naqueles que demonstram comportamentos inadequados ao ambiente 
escolar, evitando punições e expulsões. 
 De acordo com a nova Política de Educação Especial na Perspectiva da 
Educação Inclusiva os sistemas de ensino devem se organizar para oferecer a cada 
criança, não somente o acesso e a permanência na escola, mas também, os 
serviços educacionais que forem necessários para garantir a aprendizagem escolar. 
Transformar a escola significa criar as condições para que TODOS os alunos 
possam atuar efetivamente nesse espaço educativo focando as dificuldades do 
processo de construção do conhecimento para o ambiente escolar e não para as 
características particulares dos alunos. 
 
3. CAPÍTULO II – MÉTODO 
 
 
 A escola precisa ser um espaço capaz de garantir que todos os sujeitos 
envolvidos no processo, gestores, professores, coordenadores, pais, alunos, e a 
comunidade como um todo, com ou sem algum tipo de deficiência, possam crescer 
juntos em busca de uma sociedade humanizada. 
 Como é sabido, os aspectos econômicos, políticos e sociais de cada 
sociedade é que configuram a concepção de homem, de sociedade e de mundo, 
consequentemente, de educação, pois esta é fruto das necessidades de cada 
momento. Porém é na sala de aula que acontece realmente o processo de ensino e 
aprendizagem. 
 Diante do vivenciado na Escola Campo, iniciou-se uma observação diária 
das relações de ensino e aprendizagem, tendo como foco os alunos portadores de 
limitações. Foram feitas leituras do Projeto Pedagógico e do Plano de Trabalho da 
 
Gestão, bem como conversas com professores e pais de alunos. Na sequência, 
análise dos dados coletados. 
 
3.1. PROCESSO METODOLÓGICO 
 
 
 Como já foi frisado, ainda no período de visitação a Escola, devido a 
observações da rotina institucional, alguns questionamentos começaram a ser 
levantado acerca da vida escolar de alunos e professores da Escola Municipal Boa 
Vista, principalmente com relação a aprendizagem dos alunos com necessidades 
especiais. Na Escola estão matriculados 11 alunos (diagnosticados) portadores de 
dificuldades especiais, os quais são assistidos em salas de aulas regulares e 
acompanhados por profissionais da Saúde e Técnico da Educação. 
 Logo após a tomada de decisão para a pesquisa (Pré-Projeto), iniciou-se as 
pesquisa bibliografias e o levantamento das informações de campo. O Projeto de 
Pesquisa baseia-se na forma qualitativa básica, com a finalidade de aprofundar o 
conhecimento sobre o processo de inclusão da Escola e a lógica no processo de 
escolarização. Todas as leituras (observações e entrevistas) feitas na Escola e com 
a comunidade que a compõem, foram anotadas (documentadas) para que se 
garantisse melhor interpretação das informações coletadas. 
 
3.2. BREVE HITÓRICO DA INSTITUIÇÃO CAMPO 
 
 
 A Escola Municipal Boa Vista surgiu do esforço das primeiras professoras: 
Cleonice Ferreira da Silva, Rosália Sousa Mota e Francisca das Chagas Silva Brasil, 
que no ano de 1989, mesmo ministrando aula particular no prédio da igreja católica 
Nossa Senhora de Aparecida, se preocuparam com o aumento no número de 
alunos, não comportar mais na igreja. 
 Diante da problemática, as professoras citadas realizarem uma reunião com 
os pais dos alunos e o Prefeito da época, o senhor Antonio Cayres de Almeida. 
Surpreso com a quantidade de alunos fora da sala de aula pública, tendo em vista 
que o bairro da referida escola é uma região de famílias pobres, o prefeito assumiu a 
 
responsabilidade de ali próximo construir uma escola e daquele dia em diante pagar 
as professoras pelos serviços prestados. 
 Assim sendo, em agosto de 1990 teve início as atividades educativas em 
prédio próprio. Porém sua legalização só ocorreu em 21 de setembro de 1999 pela 
lei de nº 255/99. 
 A instituição constituída teve como primeira equipe: o Sr. Cícero Paulo da 
Costa, diretor; Secretária Escolar: a senhora Cleonice Ferreira da Silva; Professores: 
Rosália de Sousa Mota, Francisca das Chagas Silva Brasil, Valmira de Melo, Maria 
de Jesus, Francinete, Vilma de Sousa Paixão, Rosângela Sousa e Zilma Gomes da 
Silva. No início de sua jornada a escola possuía 150 alunos de 1ª fase do Ensino 
Fundamental de nove anos, distribuídos nos seguintes períodos: matutino e 
vespertino. 
 Em 1992 a escola funcionou em 4 turnos: matutino, intermediário, 
vespertino e noturno e a demanda de alunos variava entre 550 e 600 alunos, 
distribuídos em cinco salas por turno. De início, atendia Educação infantil, de 1ª a 4ª 
série e EJA da Alfabetização ao 5ª série. Os servidores da época de fundação 
tinham apenas o 2º Grau em Magistério ou Contabilidade. Atualmente, todos os 
professores (14) e equipe gestora (5) tem formação Superior, (licenciatura na área 
de atuação) e de dez (10) administrativos apenas 3 não concluíram o Ensino Médio. 
 Em 2018 a escola possuía 29 funcionários e atendia 234 alunos do 
fundamental menor ou do 1º ao 5º ano, distribuídos em dois turnos (manhã e tarde). 
Mesmo após seus 18 anos de fundação as características da clientela sofreu poucas 
mudanças, a maioria reside no Bairro Boa Vista e são de famílias de baixa renda, 
filhos de lavradores que geralmente tem renda extra baseada nos cadastrados de 
programas do Governo Federal e/ou Estadual. 
 O ensino e aprendizagem estão pautados nas competências e habilidades 
a serem desenvolvidas de acordo com o Referencial Curricular Nacional e BNCC. A 
avaliação é o instrumento usado para averiguar o processo de ensino aprendizagem 
dando abertura para a reflexão metodológica para alcançar as metas almejadas. Ela 
acontecerá em três formas, diagnóstica, formativa e somativa. Como é percebido 
não existe uma pedagogia para atendimento de pessoas com necessidades 
especiais, tais alunos são “incluídos” nas salas de aula, obedecendo às normas 
legais, porém com desenvolvimento educacionais insatisfatórios, no que se refere à 
progressão escolar, porém com um melhor crescimento social e humano. 
 
3.3. LEVANTAMENTO DE DADOS E INFORMAÇÕES 
 
 
 Das escolas municipais, a Instituição Campo é a que tem o maior número de 
alunos “especiais”, chegando a ter três educandos por turma (dependendo do caso), 
apesar da “enturmação” garantida para a I Fase do Ensino Fundamental. Todos os 
professores e equipe gestora possuem formação superior em Pedagogia ou Normal 
Superior, porém no PPP da Instituição não se esclarece o trabalho com alunos 
portadores de necessidades especiais ou limitações, desconsidera-se a vivência 
com tais alunos, a presença destes não passa de cumprimentos Legais. 
 O que a escola tem feito até o momento é cumprir com a inclusão para a 
socialização do aluno “Especial”,garantir que a sociedade aceite-o como pessoa. 
Muitos destes cidadãos jamais aprenderão ler e escrever, mas terão melhor 
participação social. Com relação aos professores, novos conhecimentos acerca do 
tema em discussão são necessários (formação continuada) para que toda a Equipe 
Escolar possa discutir e propor ações de melhoria para a escolarização destes 
alunos. 
 Como já foi dito, a Escola campo recebe a cada ano vários alunos especiais 
em salas regulares de ensino primário, porém os professores sentem-se inseguros 
em lidar com as especialidades apresentadas por tais alunos, são vários tipos de 
deficiências, pouca formação por parte de professores e muitas cobranças da 
sociedade. E muitas vezes as formações continuadas em serviço não atendem as 
necessidades dos educadores, dificultando o atendimento aos alunos portadores de 
necessidades especiais. 
 Em virtude do supracitado a formação em serviço, com base nas 
necessidades dos alunos e nas dificuldades dos professores, se faz necessária e 
urgente, pois os mesmos precisam obter auxilio e orientação a respeito de como 
tratar e bem ensinar os alunos que apresentam Necessidades Educacionais 
Especiais – NEE, para que haja uma inclusão de fato e de direito na Escola. 
 
 
 
 
 
4. CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO 
 
 
 A entrada dos alunos com necessidades educativas especiais na escola 
regular, verdadeiramente representou um marco social, fruto de estudos, protestos e 
demandas judiciais, uma enorme conquista histórica, entretanto ainda há muito que 
fazer para a construção de uma escola efetivamente inclusiva e comprometida com 
a diversidade. 
 Leituras mostram que nas últimas décadas do século passado, houve um 
avanço expressivo nessa caminhada, com o paradigma da inclusão, que supõe uma 
profunda transformação da escola, e o maior deles diz respeito, em especial, à 
alteração no foco de atenção, pois, ao passar a olhar também para o meio e não 
apenas para a pessoa considerada como deficientes novas questões se apresentam 
e possibilidades se avistam. A transformação da escola implica em mudanças de 
vários aspectos, como edificação, mobiliário, recursos didático-pedagógicos, acervo 
de laboratórios e bibliotecas, currículo e principalmente a mentalidade de toda a 
comunidade escolar e das famílias de alunos. 
 Convém destacar a Resolução n. 2/2001 que instituiu as diretrizes Nacionais 
para a Educação Especial na Educação Básica, onde foi projetada uma perspectiva 
da universalização e atenção à diversidade, na educação brasileira, com a seguinte 
recomendação: Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo 
às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades 
educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para a educação de 
qualidade para todos. 
 De acordo com a declaração de Salamanca, 1994, todas as crianças têm 
necessidades educacionais e aprendizagens únicas, tem direito a ir à escola de sua 
comunidade, com acesso ao Ensino Regular, e os Sistemas devem implantar 
programas, considerando a diversidade humana e desenvolvendo uma pedagogia 
voltada para o educando. A inclusão escolar, fortalecida pela Afirmação de 
Salamanca, no entanto, não define todas as dificuldades de marginalização dessas 
pessoas, pois o procedimento de exclusão é antecedente ao período de 
escolarização, iniciando-se no ato de nascer ou exatamente no momento em que 
aparece algum tipo de deficiência física ou mental, adquirida ou hereditária, em 
determinado membro da família. 
 
 Percebe-se, a partir desse estudo a importância da sociedade em adequar-
se às limitações das pessoas com deficiência e que ser diferente é também ser 
dotado de possibilidades. Diante dos avanços sociais e tecnológicos da atualidade, 
ser portador de alguma necessidade é ter direito de mostrar suas potencialidades. 
 A inclusão transcorre pelas várias dimensões humanas, sociais e políticas, 
e vem gradualmente se expandindo na sociedade contemporânea, de forma a 
auxiliar no desenvolvimento das pessoas, contribuir para a reestruturação de 
práticas e ações cada vez mais inclusivas e sem preconceitos. Na Escola Municipal 
Boa Vista, esse processo vem trazendo mudanças consideráveis, no processo 
educativo de uma forma geral, na visão dos professores, dos educandos e da 
sociedade. 
 Desta forma, o presente trabalho pretende abordar o tema da diversidade e 
inclusão escolar, assim como as questões ligadas ao currículo e formação de 
professores para o exercício dessa prática inclusiva e aberta a diversidade. 
Assuntos bastante relevantes na atualidade, já que o tempo presente faz crítica pela 
construção cada vez mais de escolas inclusivas e abertas a diversidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 Diante deste estudo entende-se que a educação inclusiva aponta para a 
transformação de uma sociedade inclusiva e é um processo em que se amplia a 
participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular, o qual 
se aborda de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas 
nas escolas, de modo que estas respondam à diversidade dos alunos. É uma 
abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, 
tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de 
todos. 
 O mais importante e necessário a ser feito é fazer da escola um espaço 
onde todos possam ter os mesmos direitos, que possam ser tratados com igualdade, 
que os alunos “deficientes” não sejam olhados com “preconceito”, onde a escola 
possa ver a diversidade não como um problema, mas sim como um atributo 
somatório na construção das experiências. E falando em experiência, a Escola 
Municipal Boa Vista tem aceitado o desafio educacional previsto pela inclusão, 
mesmo com inúmeras dificuldades vem prestando o seu papel. 
 Muito já foi feito aos cidadãos augustinopolinos, mas muito há ainda a se 
fazer para efetivar a acessibilidade e a inclusão em todas as escolas públicas 
municipais, pois o poder governamental concentra um conjunto de ações que 
impede a compreensão e participação social. Porém com tamanhas dificuldades a 
Educação Municipal tem se desdobrado para cumprir com suas obrigações cidadãs 
e sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inclus%C3%A3o_social
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ensino_regular&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Democracia
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
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BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9394/96, de 20 de 
dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. São 
Paulo: Brasil, 1996. 
 
BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Política Nacional de Educação Especial na 
Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008. 
 
BULGARELLI, Reinaldo S. A diversidade e a experiência de fazer juntos. 2004. 
CARVALHO, R. E. Temas em educação especial. 2. ed. Rio de Janeiro: WVA, 2000. 
Disponível em: <http:www.unicrio.org.br/textos /dialogo/reinaldo_s_bulgarelli.html> 
Acesso em: 12 de setembro de 2018. 
 
FERREIRA, J.R. Educação especial, inclusão e política educacional: notas 
brasileiras. 
 
FIORI, Ernani. M. Conscientização e Educação. Educação & Realidade, Porto 
Alegre, V.11, n.1, p.3-10, 1986. 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. 
 
HARVEAGRES, Handy. Os professores em tempo de mudança: o trabalho e a 
cultura do professor na idade pós-moderna. Lisboa: McGraw Hill, 1998, p.84-85. In: 
Inclusão E Educação - Doze olhares sobre a educação inclusiva. DavidRodrigues 
(org.). São Paulo. Editora Summus, 2006. 
 
PACHECO, J. (org.). Caminhos para inclusão. Porto Alegre: Artmed, 2007. 
 
PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes 
Médicas,2000. 
 
SANTOS, B. S. A construção multicultural da igualdade e da diferença. Oficina do 
CES, Coimbra: Centro de Estudos Sociais, n. 135, jan. 1999. 
 
 
http://www.unicrio.org.br/textos
http://www.unicrio.org.br/textos
	FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE FICHA CATALOGRÁFICA
	1. DADOS DO CURSO
	2. FONTE UTILIZADA NO TRABALHO
	1. INTRODUÇÃO
	2. CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	2.1. LEGISLAÇÃO REFERENTE À EDUCAÇÃO ESPECIAL BRASILEIRA
	2.2. A ESCOLA COMO PROCESSO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA COMPREENSÃO DA DIVERSIDADE.
	2.3. A LÓGICA DO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO E O ESTATUTO DOS SABERES
	3. CAPÍTULO II – MÉTODO
	3.1. PROCESSO METODOLÓGICO
	3.2. BREVE HITÓRICO DA INSTITUIÇÃO CAMPO
	3.3. LEVANTAMENTO DE DADOS E INFORMAÇÕES
	4. CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO
	5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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