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medição de vazão

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Prévia do material em texto

HIDRÁULICA 
VINICIUS RIOS BARROS 
e-mail:prof.riosbarros@gmail.com 
MEDIÇÃO DIRETA 
MÉTODO DO VERTEDOR 
Retangular com parede delgada 
sem contração lateral 
Retangular com parede delgada 
 com contração lateral 
Triangular com parede delgada 
Trapezoidal (Cipolletti) com 
parede delgada 
Retangular com parede espessa 
 
MÉTODOS DE 
SUPERFÍCIE 
 MÉTODO DO FLUTUADOR 
 MÉTODO DO MOLINETE 
 MEDIDOR VENTURI 
 TUBO DE PITOT 
 ORIFÍCIOS E BOCAIS 
 CALHA MEDIDORA – WSC 
 MÉTODO ADCP 
 
 ALTIMETRIA ESPACIAL+ESTAÇÃO VIRTUAL 
MÉTODOS DE 
SUPERFÍCIE 
SENSORIAMENTO 
REMOTO 
Consiste na determinação do tempo necessário para encher um 
determinado recipiente de volume conhecido. Este método é aplicável 
a pequenas vazões (Q  10 L/s); devem ser feitas pelo menos três 
medições do tempo e trabalhar com a média. 
Para que toda a água aflua para o recipiente, às vezes torna-se 
necessário a construção de um pequeno dique de terra a fim de que o 
recipiente possa entrar livremente à jusante do dique; neste caso a água 
é conduzida ao recipiente através de uma calha qualquer (telha, pedaço 
de tubo, bambu, etc.). 
Conceito: é uma passagem feita no alto de uma parede por onde a água 
escoa livremente. Apresenta a superfície sujeita à pressão atmosférica. 
Emprego: utilizados na medição de vazão de pequenos cursos d’água, 
canais, nascentes (Q<300 L/s). 
 
Partes componentes: 
 
L= tamanho da soleira ou crista; 
B=base do corpo ou da parede; 
P=altura do vertedor. 
Classificação: vários são os critérios para classificação dos vertedores. 
 1) Quanto à forma : retangular, triangular, trapezoidal, circular, etc: 
2) Quanto à espessura (natureza) da parede (e): 
 
 
- Parede delgada: a espessura (e) não é suficiente para que sobre ela se 
estabeleça o paralelismo das linhas de corrente (e < 2/3 H). 
 
- Parede espessa: a espessura é suficiente para que sobre ela se 
estabeleça o paralelismo das linhas de corrente (e > 2/3 H). 
3) Quanto ao comprimento da soleira (L): 
 
 L=B - Vertedor sem contração lateral 
 
L<B - Vertedor com contração lateral – uma contração 
L<B - Vertedor com contração lateral – duas contrações 
Observação: 
Vertedor com duas contrações laterais é o mais usado na prática. 
Equação geral da vazão para vertedores com parede delgada 
 
H
dyyHCgQ
0
2
1
 )( 2 2
1) Vertedor retangular de parede delgada sem contração lateral 
2
3
 HLCQ  Q = vazão (m³/s); 
C = coeficiente de ajuste; 
L = comprimento da soleira (m); 
H = carga hidráulica (m); 
CQ = coeficiente de descarga; 
g = gravidade (m/s²). 
 2 
3
2
QCgC 
CQ 
 
FUNÇÃO DE P(m) e H(m) 
Na falta de maiores informações pode-se tomar CQ=0,60. Valor proposto 
Por Poncelet. 
2
3
'L 838,1 HQ 
Poncelet -> não é necessária correção da contração lateral 
Com isso: 
2) Vertedor retangular de parede delgada com contração lateral 
(Correção de Francis) 
2
3
 77,1 HLQ 
Quando o vertedor 
possui contração 
lateral é necessário 
fazer correção no 
valor de L. 
3) Vertedor triangular -> Só parede delgada 
2
5
 HCQ 
Q = vazão (m³/s); 
C = coeficiente de ajuste; 
θ = ângulo (graus); 
g = gravidade (m/s²); 
H = carga hidráulica (m); 
CQ = coeficiente de descarga. 
CQ poderá ser 
encontrado em 
tabelas, em função de 
θ, H e P. Na falta de 
maiores informações 
pode-se adotar como 
valor médio CQ = 
0,60. Se θ = 90º, 
tg θ/2 = 1. 
 )
2
( 2 
15
8 
tgCgC Q
Fórmula acima se simplifica para: 
2
5
H 40,1Q 
Fórmula de Thompson (θ = 90o) 
Observação: 
1) Para pequenas vazões, o vertedor triangular é mais preciso que o 
retangular (aumenta o valor de H a ser lido quando comparado ao 
retangular). 
2) Para maiores vazões, o triangular passa a ser menos preciso, pois 
qualquer erro de leitura é afetado pelo expoente 5/2. 
 
A figura a seguir mostra o efeito do formato do vertedor na lâmina 
vertente. Para a mesma vazão, percebe-se que a lâmina sobre o vertedor 
é maior no formato triangular (esquerda), quando comparado com o 
retangular (direita). 
4) Vertedor retangular de parede espessa 
Q = vazão (m³/s); 
g = gravidade (m/s²); 
H = carga hidráulica (m); 
L = comprimento da soleira (m) 
CQ = coeficiente de descarga. 
A espessura da parede (e) é suficiente para que se estabeleça o 
paralelismo entre os filetes, ou seja: as linhas de corrente sejam paralelas 
(o que confere uma distribuição hidrostática das pressões). 
2
3
Q HLCg2385,0Q 
Experiências realizadas levam à conclusão de que CQ = 0,91, podendo a 
expressão acima ser escrita como: 
2
3
HL55,1Q 
(Lesbrós) 
1) O ideal é calibrar o vertedor no local (quando sua instalação é 
definitiva) para a obtenção do coeficiente de vazão CQ. 
 
2) O vertedor de parede delgada é empregado exclusivamente como 
medidor de vazão e o de parede espessa faz parte, geralmente, de uma 
estrutura hidráulica (vertedor de barragem por exemplo) podendo também 
ser usado como medidor de vazão. 
Observações: 
É suficiente atentar para as deduções das fórmulas que a determinação da 
altura da lâmina H não é feita sobre a crista do vertedor e sim a uma 
distância à montante do mesmo suficiente para evitar a curvatura da 
superfície líquida. 
 
Os seguintes cuidados devem ser tomados na instalação na medida de H: 
1) Escolher um trecho do canal retilíneo à montante e com pelo menos 20 
H de comprimento; na prática, pelo menos 3 metros. 
 
2) A distância da soleira ao fundo deve ser superior a 3 H (  50 cm ) e de 
face à margem, superior a 2 H (  30 cm ). 
 
3) Deve ser instalado na posição vertical, devendo estar a soleira na 
posição horizontal. 
 
 
Recomendações de instalação: 
4) Não permitir que haja qualquer escoamento lateral ou por baixo do 
vertedor. 
 
5) A ventilação sob a cauda deve ser mantida para assegurar-se do 
escoamento livre. 
 
6) O valor de H deve ser mantido a uma distância da soleira de 10 H 
(1,5m). 
 
Recomendações de instalação: 
Exercícios: 
1) Qual é a altura de lâmina vertente que se deve manter sobre um 
vertedor retangular de duas contrações laterais e comprimento da soleira 
de 2,0 m para que as vazões determinadas tanto pela fórmula de Francis 
quanto pela de Poncelet sejam iguais? E para soleiras de 1,5 m e 1,0 m, 
respectivamente? 
2) Sabe-se que a vazão de um pequeno curso d’água é de 15 L s-1 e que a 
carga hidráulica num vertedor triangular instalado é de 23,2 cm. Qual é o 
ângulo de abertura desse vertedor? Se ângulo fosse de 90º, qual seria a 
carga hidráulica observada? 
Respostas: 
p/ L = 2,0 m  H = 37,0 cm; 
p/ L = 1,5 m  H = 27,7 cm; e 
p/ L = 1,0 m  H = 18,5 cm. 
Resposta: 44,41o; 16,21 cm. 
De pouca precisão. Consiste em medir a velocidade média de escoamento 
da água em um trecho do curso d'água previamente escolhido, com o 
auxílio de um flutuador e determinar a seção média do referido trecho. 
 
A vazão é dada por: 
vAQ 
Q=vazão; 
A=área; 
V=velocidade média. 
1) Determinação da velocidade média (v) 
 
 Feita com o auxílio de uma garrafa parcialmente cheia de água 
(flutuador) de forma que somente o gargalo fique fora da superfície 
livre de água. A tendência do flutuador é ser levado pela região de 
escoamento de maior velocidade. 
Escolhe-se um trecho retilíneo do curso d'água, de pelo menos 10 metros 
de comprimento e procede-se a limpeza do mesmo. Para marcar essa 
distância colocam-seduas varas transversalmente à direção do 
escoamento. Lança-se o flutuador a uma distância de  5 metros à 
montante do primeiro ponto. 
Um observador aciona um cronômetro quando o flutuador passar pelo 
primeiro ponto e o tranca quando passar pelo segundo ponto. Com isso, 
tem-se o tempo gasto para percorrer a distância conhecida (10 metros) e, 
consequentemente, a velocidade (v1). Essa determinação do tempo deve 
ser feita pelo menos três vezes, usando-se a média. 
A velocidade média (v) é conseguida através dos 
coeficientes : 
Para canais com paredes lisas (cimento) 
v = 0,85 a 0,95 v1 
 
Para canais com paredes pouco lisas (terra) 
v = 0,75 a 0,85v1 
 
Para canais com paredes irregulares e vegetação no 
fundo 
v = 0,65 a 0,75v1 
2) Determinação da seção média do curso d'água - Batimetria 
O processo de medição de área em cursos d´água recebe o nome de 
batimetria. E deve ser considerada como a média da medição de pelo 
menos três seções, no trecho considerado (seção A, seção B e seção C 
entre A e B). 
 
Os cursos d'água naturais apresentam-se com seções muito irregulares. 
Quando se tratar de um pequeno córrego, pode-se enquadrar a figura 
numa seção geométrica conhecida (retângulo, trapézio, etc.). No caso da 
seção ser avantajada, pode-se subdividi-la em subseções, para se ter uma 
maior precisão. 
n1n210 AAAAAA  
     
n
L
 . 
2
hh
n
L
 . 
2
hh
n
L
 . 
2
hh
A n1n2110





 
Exercício: 
1) Utilizando um flutuador, determinou-se a velocidade da água em um 
trecho de 12,0 m do curso d’água ilustrado conforme levantamento 
batimétrico mostrado abaixo. Sabendo que a seção deste curso d’água 
apresenta (dimensões em metros), calcular a vazão que nele escoa em 
(L/s), sabendo que os tempos medidos para o deslocamento do flutuador 
foram de 10,5 s; 10,7 s; 11,0 s e 10,8 s 
0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 
Resposta: v = 0,78 m/s; A = 0,76 m2; Q = 0,593 m3/s  593,0 L/s 
0,8 
0,6 
0,8 0,8 0,8 
Determinação da seção média do curso d'água - Batimetria 
O processo de medição de área em cursos d´água recebe o nome de 
batimetria. E deve ser considerada como a média da medição de pelo 
menos três seções, no trecho considerado (seção A, seção B e seção C 
entre A e B). 
 
Os cursos d'água naturais apresentam-se com seções muito irregulares. 
Quando se tratar de um pequeno córrego, pode-se enquadrar a figura 
numa seção geométrica conhecida (retângulo, trapézio, etc.). No caso da 
seção ser avantajada, pode-se subdividi-la em subseções, para se ter uma 
maior precisão. 
n1n210 AAAAAA  
     
n
L
 . 
2
hh
n
L
 . 
2
hh
n
L
 . 
2
hh
A n1n2110





 
Exercício: 
1) Considerando a geometria da seção do exercício do flutuador, 
estabeleça como ficaria a configuração das tomadas de velocidade. 
O medidor Venturi ou venturímetro é uma peça especial, colocado em 
linha na canalização, utilizado para medir vazão em condutos forçados. É 
uma aplicação prática da equação de Bernoulli. Divide-se em três partes: 
uma parte convergente, a outra, divergente e outra intermediária, 
denominada garganta. 
Venturi foi um físico Italiano nascido em Bibiano, hoje Reggio nell'Emilia, 
ordenado padre aos 23 anos e cuja mais importante criação foi o 
dispositivo hidráulico tubo de Venturi. 
No Venturi, a parte convergente é constituída por um bocal. A porção 
divergente tem a finalidade de trazer progressivamente o diâmetro ao 
seu valor inicial, e diminuir a perda de carga no aparelho. 
A instalação do Venturi deve ser precedida de um trecho retilíneo de pelo 
menos 15 vezes o diâmetro. Aplicando a equação de Bernoulli nas seções 1 
e 2, tem-se a seguinte equação: 
h
D
1
D
1
g2)1(
4
 kQ
4
1
4
2
1
2














Q = vazão (m³/s); 
D = diâmetro (m); 
k = coeficiente da perda de carga (0,98); 
h = carga hidráulica (m); 
ϒ= peso específico (N/m³, kgf/m³); 
g = gravidade (m/s²). 
Exercício: 
1) Determinar a vazão de água que atravessa um medidor Venturi que 
apresenta diâmetros de 50 cm (D1) e 5 cm (D2), deflexão da coluna de 
mercúrio de 15 cm (h) e coeficiente de perda de carga de 0,98. Qual será 
a nova vazão caso o líquido escoante tenha densidade de 0,80? 
Resposta: 0,0117 m3/s; 0,0132 m3/s 
Pode-se obter a velocidade medindo-se a diferença entre a pressão total e 
a estática. 
Permitem a determinação da velocidade em um ponto da seção do 
escoamento, principalmente em gases. 
Desenvolvido por Henri Pitot em 1732. 
ghv 20 
Tubo de Pitot em canal aberto. 
v0 = velocidade (m/s); 
g = gravidade (m/s²); 
h = carga hidráulica (m). 
ghcv v 21 
Corrigir o efeito das 
perturbações ocasionadas pela 
haste do aparelho. 
Tubo de Pitot e piezômetro numa disposição fechada. 
hgcv v )1(2
1
0  

v0 = velocidade (m/s); 
g = gravidade (m/s²); 
h = carga hidráulica (m); 
cv = coeficiente de velocidade; 
γ1 = peso específico líquido manométrico; 
γ = peso específico do fluido. 
Classificação: 
a) Quanto a forma geométrica: 
Retangular, circular, triangular e etc. 
Orifícios são perfurações (geralmente de forma geométrica conhecida) 
feitas abaixo da superfície livre do líquido em paredes de reservatórios, 
tanques, canais ou tubulações, com a finalidade de medição de vazão. 
b) Quanto as dimensões relativas: 
- Pequeno: quando suas dimensões forem 
muito menores que a profundidade (h) em 
que se encontram. Na prática, d  h/3 
- Grande: d > h/3 
d = altura do orifício. 
h = altura relativa ao centro de gravidade 
do orifício 
c) Quanto a natureza das paredes: 
-Parede delgada: (e < d): a veia líquida toca apenas a face interna da 
parede do reservatório. 
 
-Parede espessa: (e  d): nesse caso a veia líquida toca quase toda a 
parede do reservatório. Esse caso será enquadrado no estudo dos 
bocais. 
d) Quanto ao escoamento: 
Livre Afogado 
Seção contraída (vena contracta) 
 As partículas fluidas afluem ao orifício vindas de todas as direções, em 
trajetórias curvilíneas. Ao atravessarem a seção do orifício continuam a 
se mover em trajetórias curvilíneas (as partículas não podem mudar 
bruscamente de direção), obrigando o jato a contrair-se um pouco além 
do orifício (onde as linhas de corrente são paralelas e retilínea). 
 
L = 1d; 
L = 0,5 d - para orifício circular; 
 
 = CC - coeficiente de contração; 
 
Ac = área contraída. 
A
Ac
Fórmula para cálculo da vazão: 
 - Orifícios afogados de pequenas dimensões em paredes delgadas 
 
Neste caso, admite-se que todas as partículas que atravessam o orifício 
têm a mesma velocidade. 
Consideremos níveis constantes nos dois reservatórios. Apliquemos a 
equação de Bernoulli entre os pontos (0) e (1), situados na linha de 
corrente 0-1, com referência em (1). 
)( 2 101 hhgv 
v1 = velocidade (m/s); 
g = gravidade (m/s²); 
h0 = carga hidráulica (m); 
h1 = carga hidráulica (m). 
Na prática a velocidade real (vr) na seção contraída é menor que v1, 
devido às perdas existentes (atrito externo e viscosidade). 
Chamando de CV (coeficiente de velocidade) a relação entre vr e v1, vem: 
1v
v
C rv 
)( 2 10 hhgCv vr 
CV é determinado experimentalmente; CV = f (d, h0 - h1 , e forma do 
orifício); CV é tabelado; 
 
)hh( g2 A C CQ 10Cv 
cv = coeficiente de velocidade; 
cc = coeficiente de contração; 
A = área (m²); 
g = gravidade (m/s²); 
h0 = cargahidráulica (m); 
h1 = carga hidráulica (m). 
Definindo como coeficiente de descarga (CQ) o produto: 
CvQ CCC 
(Na prática pode-se adotar CC =0,62) 
(na prática pode-se adotar CV = 0,985) 
61,0985,062,0CCC CvQ 
)hh( g2 A CQ 10Q 
cQ = coeficiente de descarga; 
A = área (m²); 
g = gravidade (m/s²); 
h0 = carga hidráulica (m); 
h1 = carga hidráulica (m). 
Fórmula para cálculo da vazão: 
 - Orifícios com escoamento livre, de pequenas dimensões e paredes 
delgadas 
 
Nesse caso h1 = 0 e a fórmula se escreve como; chamando h0 de h. 
v1 = velocidade (m/s); 
g = gravidade (m/s²); 
h0 = carga hidráulica (m); 
h1 = carga hidráulica (m). 
h g 2 A CQ Q
Observações: 
1) Em iguais condições de altura de lâmina d'água acima do orifício - (h) 
ou (h0 - h1), CQ é um pouco maior para escoamento livre. Em casos 
práticos, pode-se adotar os mesmos valores para CQ. 
 
2) Bocais ou tubos adicionais são constituídos por peças tubulares 
adaptadas aos orifícios, com a finalidade de dirigir o jato. O seu 
comprimento deve estar compreendido entre 1,5 e 3,0 vezes o diâmetro. 
De um modo geral, e para comprimentos maiores, consideram-se 
comprimentos de 1,5 a 3,0D como bocais, de 3,0 a 500 D como tubos 
muito curtos; de 500 a 4000 D (aproximadamente) como tubulações 
curtas; e acima de 4000D como tubulações longas. 
Observações: 
 
3) Para se determinar a vazão nos bocais, se aplica a fórmula geral 
deduzida anteriormente para os orifícios pequenos. Os bocais equipam 
os equipamentos denominados aspersores, destinados à aplicação de 
água sob forma de chuva e são constituintes de sistemas de irrigação por 
aspersão. No cálculo da vazão de um aspersor, devem ser consideradas 
as áreas dos bocais, além do coeficiente de descarga e da pressão na 
base do aspersor. 
Exercícios: 
 
1) Calcule a vazão em m³/h que um aspersor (bocais 4,2 mm e 3,0 mm) 
estará aplicando quando submetido a uma pressão de 51,45 psi, sabendo 
que o coeficiente de contração é de 0,93 e o coeficiente de velocidade é 
de 0,98. 
Resposta: 
0,0005 m3/s  1,80 m3/h 
Exercícios: 
 
2) Qual a vazão que escoa no orifício, sabendo que Ac = 2,40 cm2, 
CC = 0,60, CV = 0,98, ho = 5 cm e h1 = 2,5 cm? 
Resposta: 
0,000162 m3/s 
É um tipo de medidor que se adapta muito bem para a medição d’água 
em sulcos ou canais. Podem ser construídos de folhas de metal e 
também de cimento ou madeira. 
 
A Figura a seguir apresenta as partes componentes de uma calha WSC. 
Consiste basicamente em quatro seções: seção de entrada, seção 
convergente, seção contraída e seção divergente. 
Este tipo de medidor deverá ser instalado dentro do sulco, de modo que o 
seu fundo permaneça na horizontal, quer longitudinalmente, quer 
transversalmente. 
 
Seu fundo deve ficar no mesmo nível do fundo do sulco. Estará 
corretamente instalado quando a altura d’água na saída for menor que na 
entrada, o que normalmente acontece. 
 
Para a medição de vazão, somente uma leitura na régua graduada em 
milímetro é necessária. Esta régua deve estar encostada na parede 
lateral de entrada. Mediante calibração prévia, os valores de carga 
hidráulica (cm ou mm) são convertidos em vazão (L/s, L/h, etc.). 
A Figura a seguir apresenta curvas de calibração para duas calhas WSC 
distintas. No eixo das abcissas (eixo x), está representada a carga 
hidráulica (mm) e no eixo das ordenadas (eixo y), a vazão em L/s. 
É um aparelho utilizado para medir a vazão 
dos cursos d’água através do efeito 
“Doppler”. 
Também pode ser utilizado para medir o 
seu movimento em relação ao fundo do rio 
e a distribuição dos sedimentos em 
suspensão na seção de medição. 
O ADCP pode utilizar diferentes 
freqüências para emitir o som, tais como: 
75, 150, 300, 600, 1.200 e 2.400 kHz, 
dependendo do modelo. 
QUANDO E PORQUE USAR ADCP ? 
O uso do ADCP se justifica em situações que apresentem dificuldades para o trabalho 
com métodos tradicionais, como: grandes rios, períodos de cheia, seções 
descontínuas, etc. 
As vantagens do uso do ADCP são: maior quantidade e qualidade de dados; maior 
precisão (erro da ordem de 5%); medição em tempo real; alta taxa de 
reprodutibilidade; mais rápido que métodos convencionais; pode ser usado em 
grandes e pequenos rios; exige menos mão-de-obra; não necessita alinhamento, 
corrige desvios de rota em seções descontínuas; é possível estimar o movimento do 
sedimento de fundo; e boa correlação com métodos antigos. 
As limitações quanto ao uso do ADCP em grandes, médios ou pequenos cursos 
d’água dependem da freqüência do aparelho e da quantidade de células de 
profundidade que ele pode discriminar. Quanto menor for a profundidade do curso 
d’água, maior deve ser a freqüência do instrumento. Além destas, as outras limitações 
são: custo (varia de US$ 26.000,00 a US$ 60.000,00); equipamento sensível; 
embarcação deve ser de material que não cause interferência magnética; e 
dificuldades na manutenção. 
Técnica que permite a aquisição de 
informações sobre a superfície de um 
plano de água através de sensores 
altimétricos. 
O QUE É ? 
A altimetria por satélite, ou espacial, é 
uma técnica para determinação de alturas 
elipsoidais a partir de sensores orbitais. 
Essa determinação indireta deriva de 
duas medições básicas e independentes: 
1)Posição instantânea do satélite (GPS). 
2)Distância do centro da antena do 
satélite até a superfície refletora, 
observada na direção nadir do satélite. 
ALT=d-H 
Sensores radar operam na faixa de microondas, em diversas freqüências. 
 Emissão de uma onda eletromagnética na 
direção do nadir, definida pela vertical em 
relação ao solo. 
No retorno, o sensor recebe o eco refletido pela 
superfície do plano de água. 
 
A análise do eco permite extrair uma medida do 
tempo de trajeto entre o satélite e a superfície 
da água. 
ALTIMETRIA DE ÁGUAS CONTINENTAIS 
Altimetria de águas continentais via 
satélite, surgiu como uma alternativa a 
altimetria convencional. 
O primeiro trabalho utilizando altimetria 
espacial em águas continentais, surgiu 
em 1977, num estudo que analisou o 
retroespalhamento e formas de onda 
típicas do Lago Salgado de Utah. 
Em 1979, surgiram algumas aplicações 
para determinação dos níveis de água de 
lagos continentais. 
Em 1993 foi feito o primeiro estudo na 
região Amazônica, com o intuito de 
estimar os níveis de água em quatro 
locais diferentes. 
1975 1980 1985 1995 1990 2000 
TOPEX/POSEIDON 
JASON-1 
GFO 
2010 1975 1980 1985 1995 1990 2000 
ERS-1 
ENVISAT 
Seasat 
2005 
2005 2010 
GEOS-3 
JASON-2 
GEOSAT 
E 
EERS-2 
E 
ALTIMETRIA DE ÁGUAS CONTINENTAIS 
6) Regiões Costeiras 
 
 
Algumas Aplicações: 
4) Atmosfera 
3) Clima 
2) Gelo 
 
1) Geodésia e Geofísica 
5) Hidrologia 
 
 
Completar a rede convencional de 
estações fluviométricas. 
Restituir leituras convencionais 
perdidas por ausência de réguas. 
ALTIMETRIA DE ÁGUAS CONTINENTAIS 
Algumas Aplicações: 
Completar a rede convencional de estações 
fluviométricas. 
Altimetria Espacial para monitoramento hidrológico dos rios Solimões e Amazonas. 
Interseção traço/rio no Google Earth e definição de uma área de estudo (polígono e direção do 
escoamento). 
ALTIMETRIA DE ÁGUAS CONTINENTAIS 
Algumas Aplicações: 
Restituir leituras convencionais perdidas por ausência de 
réguas. 
Baixo nível d’água no período da seca.

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