Buscar

Resumo mata atlântica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS
BÁRBARA VERENA DIAS GALVÃO 
MATA ATLÂNTICA - RESUMO
Resumo apresentado como requisito para obtenção parcial de nota referente à disciplina de Elementos de Ecologia no curso de Biomedicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
Professoras: Betina Kozlowsky Suzuki e Tatiana Fabricio Maria.
RIO DE JANEIRO - RJ
2015
	Caracterização estrutural do ambiente florestal
A Mata Atlântica, também conhecida como floresta atlântica ou floresta pluvial costeira, localiza-se nas montanhas e planícies costeiras que vão do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Originalmente atingia 17 estados brasileiros, mas cerca de 90% desse bioma foi destruído. 
Sua floresta, fechada e densa, possui árvores latifoliadas e perenifólias, de médio e grande porte, cujo dossel varia entre 30 e 35 metros, o que gera um microclima com sombra e umidade, com maior densidade de vegetação no andar arbustivo, onde há grande diversidade de plantas epífitas, como por exemplo, orquídeas e bromélias (AMABIS, 2013). Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, ela era composta originalmente por um mosaico de vegetações heterogêneas definidas como florestas ombrófilas densa, aberta e mista; florestas estacionais decidual e semidecidual; campos de altitude, mangues e restingas, cujos processos ecológicos são interligados e variam conforme o clima da região onde estão situados. No litoral do Rio de Janeiro, predomina a restinga, vegetação influenciada diretamente por águas marítimas, e na região da Serra do Mar, vive sob constante neblina.
 
Energia e materiais no sistema (nutrientes, luz, água, ciclagem).
	A mata atlântica está localizada sobre uma grande cadeia de montanhas, ao longo da costa brasileira, cujo substrato predominante é as rochas cristalinas. Seu solo, extremamente pobre e de pH ácido, é geralmente muito raso e sempre úmido, com pouca ventilação e iluminação, por causa da absorção dos raios solares pelo estrato arbóreo. Sua umidade somada à grande quantidade de matéria orgânica, como a serrapilheira, cria um terreno favorável à ação de organismos decompositores, os quais tornam possível o aproveitamento dos nutrientes e sais minerais pelos vegetais. Certos animais, como minhocas, executam atividades que acabam por revolver o solo, o que facilita a absorção de água e sais minerais e a formação de húmus.
	Este ecossistema apresenta um alto índice pluviométrico, devido à condensação da brisa oceânica, e está água se precipita em forma de chuva ou nevoeiro, que caem pelo solo da floresta, umidificando a serrapilheira, acelerando seu processo de decomposição. Estas águas também alimentam lençóis freáticos da região, participam do arrasamento do solo, transporte de sedimentos e formação de cavernas.
	As folhas das plantas dos diversos estratos auxiliam na diminuição da intensidade com que a água chega ao solo, reduzindo o risco de erosão e resguardando plantas mais jovens. Percorrendo este caminho vertical, a água vai sendo enriquecida com sais minerais e substâncias orgânicas, incorporadas posteriormente ao solo, tornando-se disponível para as raízes, para ser usada na hidratação das células e na fotossíntese.
Adaptações dos organismos observados em campo
Dentre os organismos que podemos citar, estão:
Barba-de-velho (Tillandsia usneoides): É uma planta epífita de folhas finas e longas com fios extensos, desprovida de raízes, absorvendo umidade e nutrientes diretamente do ar. Vive sobre os galhos das árvores, formando assim uma relação de inquilinismo, ficando assim mais próxima do sol, o que facilita seu processo de fotossíntese.
Cambuí (Myrciaria tenella): é uma árvore de tronco curto que apresenta grande diâmetro. Alguns trabalhos sugerem que o fato de suas folhas jovens apresentarem cores diferentes das folhas adultas seja uma estratégia contra a herbivoria. Além disso, suas folhas são revestidas por uma camada serosa que lhe permite maior retenção de água.
Plantas de sombra: possuem folhas grandes por quanto maior a área da folha maior a exposição à luz solar, e apresentam coloração verde escuro devido a uma maior quantidade de clorofila para garantir suas taxas fotossintéticas.
Jaqueira (Artocarpus heterophyllus): A jaqueira é considerada uma espécie exótica invasora, por não ser nativa da mata atlântica, tenso sido trazida da Índia, e que chega a prejudicar o desenvolvimento de algumas espécies naturais destas regiões pela maneira agressiva que sua reprodução acontece, devido à grande quantidade de caroços que cada fruto possui. Ao cair e quebrar-se sobre o solo, cada uma de suas sementes gera uma pequena jaqueira. Além disso, é uma planta é alelopática, que dissemina ao seu redor uma substância que não permite o desenvolvimento de outras espécies, por isso ela representa um risco a sobrevivência das espécies nativas, sobretudo por conta do bloqueio de luz do sol, e pela dificuldade de suas folhas se decomporem, e, dessa forma, impedirem a germinação de outras árvores.
As transformações no tempo (sucessão ecológica, estabilidade, escalas).
Sucessão ecológica, é um fenômeno no qual certa comunidade vegetal é gradativamente substituída por outra ao longo do tempo e numa mesma zona (GANDOLFI et al., 2007), em u processo de alteração na vegetação em várias escalas, como temporal, espacial e vegetacional, abrangendo transformações na distribuição de energia, na estrutura das espécies e nos processos da comunidade (ODUM; BARRETT, 2011, p. 337 a 373). Quanto à sucessão ecológica, estão presentes organismos pioneiros, como os liquens, que produzem um tipo de ácido orgânico, que vai decompondo as cascas das árvores, liberando nutrientes das cascas para o ambiente. A morte destes organismos, somada à decomposição das cascas das árvores, possibilita o surgimento de outros vegetais, como os musgos, e estes, possibilitam através de sua ação o aparecimento de espécies maiores, como bromélias e gramíneas, por exemplo.
	Essa sucessão atuava no intuito de levar a vegetação em um sentido unidirecional e constante, de uma condição de maior instabilidade a uma de maior estabilidade, até que o clímax fosse alcançado. Desta forma, o ecossistema pode ser comparado a um organismo individual, pela forma em que progride de uma fase jovem a uma fase madura, isso quer dizer, o ambiente se desenvolve ao longo dos anos para chegar a sua estabilidade, que é a capacidade de suportar e absorver alterações, conservando sua estrutura e seu padrão geral de comportamento, segundo TIVY (1993 apud Engel & Parrotta 2003). Um ecossistema é estável quando reage a um distúrbio absorvendo o impacto sofrido, sem sofrer mudanças, e ajustando-o aos seus processos ecológicos. Para isso, tanto a polinização quanto a dispersão de sementes exercem papéis que são importantes para estabelecer uma floresta heterogênea com possibilidade verdadeira de estabilidade e de manutenção de uma boa diversidade.	
REFERÊNCIAS
AB'SABER, A. N. Ecossistemas do Brasil. Metalivros, 2006.
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia em contexto. Moderna, 2013.
COUTO, R. G. coord. Ecossistemas Brasileiros. BRASIL: Index, 1988.
ENGEL, V.L. & PARROTTA, J.A. Definindo a restauração ecológica: tendências e perspectivas mundiais. In: Kageyama, P.Y.; Oliveira, R.E.; Moraes, L.F.D. et al. (Coord.). Restauração ecológica de ecossistemas naturais. Botucatu: Fepaf, 2003. p. 1-26.
FONTES, A. R. C. Ecologia e história urbana da jaqueira no Campo de Santana, no Rio de Janeiro. Editora JC, 23 jun. 2013. Disponível em: http://www.editorajc.com.br/2013/06/ecologia-e-historia-urbana-da-jaqueira-no-campo-de-santana-no-rio-de-janeiro/. Acesso em: 30 mai. 2015.
FRONTIER, S. Os ecossistemas. Instituto Piaget, 2001.
FUNDAÇÃO SOS Mata Atlântica. Florestas: A Mata Atlântica. Disponível em: https://www.sosma.org.br/nossa-causa/a-mata-atlantica/. Acesso em: 24 mai. 2015.
GANDOLFI, S.; RODRIGUES, R. R.; MARTINS, S. V. Theoretical bases of the Forestecological restoration. In: RODRIGUES, R. R.; MARTINS, S. V.; GANDOLFI, S. (eds.). High diversity forest restoration in degraded areas. New York: Nova Science Publishers, 2007. 286p.
LABORATÓRIO de ecologia e restauração florestal. Pacto para a  restauração ecológica da Mata Atlântica. Piracicaba, 2007. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/processos/73C36E90/Documento_geral_PACTO.pdf. Acesso em: 30 mai. 2015.
MACEDO, E. Reação anti-jaca. O Eco, 2Disponível em: http://www.oeco.org.br/reportagens/1705-oeco_18365. Acesso em: 30 mai. 2015.
NEVES, A. P. S. F.; PEREIRA, J. L. A. A sucessão ecológica e suas implicações no processo de licenciamento ambiental no estado de São Paulo. Revista Acadêmica Oswaldo Cruz, ano 1, n. 2, abr.-jun 2014. Disponível em: http://www.revista.oswaldocruz.br/Content/pdf/Ana%20Paula%20Scherer%20Ferreira%20das%20Neves.pdf. Acesso em: 30 mai. 2015.
ODUM, E. P. Fundamentos de Ecologia. C. M. Baeta Neves (Trad.). 6ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1976.
ODUM, E. P.; BARRETT, G. W. Fundamentos de Ecologia. 5. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011, 612 p.
PROJETO Ecossistemas Costeiros. Mata atlântica. Disponível em: http://www.ib.usp.br/ecosteiros/textos_educ/mata.htm. Acesso em: 24 mai. 2015. 
PROJETO Fundão. Visita ao Jardim Botânico. Disponível em: http://www.projetofundao.ufrj.br/biologia/images/materiais/visita_ao_jardim_botanico_daniele_fabrini_francine.pdf. Acesso em: 24 mai. 2015.
RICKLEFS, R.E. A Economia da Natureza. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara- Koogan, 2009. 503 p.

Continue navegando