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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS FÍSICAS E MATEMÁTICA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA DISCIPLINA: CÁLCULO I (MTM 7136) PROFESSOR: MARCOS MARTINS INTEGRAIS IMPRÓPRIAS 1. Introdução As integrais podem ser classificadas em três tipos: ( i ) Integrais Indefinidas: ( )f x dx F x C ( ii ) Integrais Definidas: b a f x dx F b F a ( iii ) Integrais Impróprias: Quando escrevemos uma integral definida b a f x dx , admitimos que os limites de integração são números finitos e que o integrando f x é uma função contínua no intervalo limitado a x b . Se 0f x , estamos completamente familiarizados com a idéia de que a integral b a f x dx representa a área da região sombreada. No entanto, também é necessário considerar as chamadas integrais impróprias da forma, a f x dx , em que o limite superior de integração é infinito e o integrando f x é suposto ser contínuo no intervalo ilimitado a x . Definimos a f x dx da maneira natural mostrada na figura a seguir: isto é, integramos de “ a ” até um limite superior finito, porém variável “ t ” e depois fazemos “ t ” tender a “ ” e definimos a f x dx por: lim t f x dx f x dx ta a Se o limite existe e tem um valor finito, a integral imprópria diz-se convergir ou ser convergente, e esse valor é atribuído a ele. Caso contrário, a integral é chamada divergente. Se 0f x , então a f x dx pode ser encarada como a área da região ilimitada. Nesse caso, a área da região é finita ou infinita conforme a integral imprópria a f x dx convirja ou divirja. Temos duas classes à considerar: ( I ) Limites Infinitos de Integração (1° Caso) lim t f x dx f x dx ta a , sendo “ f ” uma função integrável em , ,a t t a . (2° Caso) lim b b f x dx f x dx t t , sendo “ f ” uma função integrável em , ,t b t b . ( II ) Imprópria nos Pontos Extremos esquerdo ou direito (Integrandos Descontínuos) (3° Caso) Se f x é descontínua em x b , lim b t f x dx f x dx a at b , sendo “ f ” contínua em “ a ” e descontínua em “ b ”, ou seja, “ f ” é contínua em ,a b . (4° Caso) Se f x é descontínua em x a , lim b b f x dx f x dx a tt a , sendo “ f ” descontínua em “ a ” e contínua em “ b ”, ou seja, “ f ” é contínua em ,a b . Observação: Em todos os casos, desde que os limites existam (como um número). ( III ) Outros Casos (5° Caso) Se a f x dx e a f x dx são ambas convergentes, então definimos: a f x dx f x dx f x dx a . Observação: Para este caso, qualquer número real “ a ” pode ser usado. (6° Caso) Se f tiver uma descontinuidade em “ c ”, onde a c b , e ambos c a f x dx e b c f x dx forem ambas convergentes, então definimos: b c b f x dx f x dx f x dx a a c . EXEMPLOS RESOLVIDOS 1) 2 1 1 dx x Solução: Observemos primeiramente o esboço gráfico de “ f ”: De acordo com a definição de integral imprópria (Caso 1), temos: 12 2 1 1 1 1 1 1 lim lim lim t t t t t dx dx x x x t 0 1 1 Logo, a integral 2 1 1 dx x converge para 1 . 2) 1 1 dx x Solução: Observemos primeiramente o esboço gráfico de “ f ”: 2 1 f x x 1 f x x De acordo com a definição de integral imprópria (Caso 1), temos: 1 1 1 1 1 lim lim ln lim ln ln1 t t t t t dx dx x t x x 0 lim ln t t Logo, a integral 1 1 dx x é divergente. 3) 0 xxe dx Solução: De acordo com a definição de integral imprópria (Caso 2), temos: 0 0 limx x t t xe dx xe dx Resolvemos a integral indefinida xxe dx por partes: Chamando: u x du dx e x x xdv e dx dv e dx v e . Aplicando a fórmula para integração por partes u v vdu , vem: x x x x xxe dx xe e dx xe e C Assim: 0 0 0 0lim lim lim 0x x x x tt t t t xe dx xe dx xe e e 0 0e 1 t tte e 0 lim 1 t t te Da propriedade de limites, temos: lim 1 lim 1 lim 1 limt t t t t t t te te te Calculemos agora o limite: lim t t te . Ora, temos uma indeterminação: lim t t te e e (Indeterminação!) Sabemos que 0te quando t ,e pela Regra de L’Hospital temos: 1 1 lim lim lim lim lim 0t t t t tt t t t t t te e e e e Portanto, lim 1 lim 1 lim 1 lim 1 0 1t t t t t t t te te te Logo, 0 0 lim 1x x t t xe dx xe dx ,o que nos faz concluir que a integral dada converge para “ 1 ”. 4) 2 1 1 dx x Solução: Observemos primeiramente o esboço gráfico de “ f ”: É conveniente escolher “ 0a ” (para Caso 5). Assim: 0 2 2 2 0 1 1 1 1 1 1 dx dx dx x x x . Precisamos avaliar as integrais no lado direito separadamente: ( i ) 0 0 0 2 2 1 1 lim lim lim 0 1 1 tt t t t dx dx arctg x arctg x x 0 arctg t 2 2 2 ( ii ) 2 2 0 0 0 1 1 lim lim lim 1 1 t t t t t dx dx arctg x arctg t x x 2 0arctg 0 2 Logo, 0 2 2 2 0 1 1 1 1 1 1 2 2 dx dx dx x x x , o que nos faz concluir que a integral dada converge para “ ”. EXERCÍCIOS Calcule: ( 1 ) 5 2 1 2 dx x ( 2 ) 2 0 sec x dx 2 1 ( ) 1 f x x
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